ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL JORNALISTA OBERTO · escola tÉcnica estadual jornalista roberto marinho...
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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL JORNALISTA ROBERTO
MARINHO
HISTÓRIA DA ARTE
RENASCIMENTO CULTURAL
SABRINA DA SILVA DE CALDA Nº34
PROFª LILIANE 1ºB PAV
SÃO PAULO
MAIO DE 2013
ÍNDICE
1. RENASCIMENTO CULTURAL ...................................................................... 3
1. 1. Características ................................................................................................... 3
1. 2 Principais Artistas Renascentistas Italianos ...................................................... 4
2. LEONARDO DA VINCI ................................................................................... 5
2. 1. O Homem Vitruviano ....................................................................................... 7
3. MICHELANGELO ............................................................................................ 8
4. RAFAEL SANZIO ........................................................................................... 11
5. ANÁLISE DE OBRA RENASCENTISTA .................................................... 13
6. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 16
3
1. RENASCIMENTO CULTURAL
O Renascimento foi um movimento de renovação científica e cultural que ocorreu na
Europa entre os séculos XV e XVI. Desenvolveu-se primeiramente em algumas cidades da
Itália, iniciando-se em Florença e propagando-se posteriormente pela Europa.
Além da existência de diversas obras clássicas na região da Itália e da influência dos
sábios bizantinos, este movimento foi impulsionado pela intensificação do comércio e da
produção artesanal, que resultou no desenvolvimento da burguesia, das cidades e do
comércio. Essas transformações fizeram os europeus acreditarem na existência de um novo
mundo, muito diferente daquele que reinava na Idade Média. Assim, em grande parte da
Europa começou a surgir escritores e artistas preocupados em expressar os valores daquele
“novo mundo”. Em grande parte, essas atividades culturais eram financiadas por ricos
comerciantes e banqueiros, ao que se dá o nome de Mecenato.
Como já dito, o Renascimento Cultural apresentou-se como uma ruptura com o mundo
medieval. Ou seja, marcou a transição da Idade Média para a Idade Moderna, sendo esse fato
a essência das características do movimento.
1. 1. Características
No Renascimento Cultural estão presentes as seguintes características:
Humanismo: valorização do ser humano, a criação privilegiada de Deus.
Antropocentrismo: o homem passou a ser o centro do Universo e não mais
Deus, como pregava o Teocentrismo Medieval. O homem era visto como a
obra mais bela e perfeita de Deus, tendo a capacidade de criar e compreender o
universo.
Otimismo: os renascentistas acreditavam no progresso e na capacidade do
homem de resolver os problemas. Por isso, apreciavam a beleza do mundo e
tentavam captá-las nas suas obras de arte.
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Racionalismo: o homem deveria usar a razão para compreender o universo e
conhecer a natureza e as demais coisas. A razão era considerada um dom de
Deus, que aproximava o homem a Ele por meio da criatividade e genialidade.
Individualismo: afirmação do artista como criador da obra (pois agora ele as
assinava, tornando-se famoso) e valorização do seu talento.
Inspiração na antiguidade clássica: os artistas renascentistas procuraram
imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento
foi inspirado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar
fazendo renascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas”.
1. 2 PRINCIPAIS ARTISTAS RENASCENTISTAS ITALIANOS
O Renascimento modificou a forma de produção de arte. Na Idade Média, as obras
eram todas religiosas, geralmente em plano reto. Já nas artes renascentistas, os artistas
baseavam-se na observação do mundo, o que os fez considerar princípios matemáticos, como:
harmonia, equilíbrio e perspectiva. Os principais artistas renascentistas italianos foram
Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo Buonarroti (1475-1564) e Rafael Sanzio
(1483-1520).
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A virgem dos Rochedos
2. LEONARDO DA VINCI
Leonardo da Vinci nasceu no dia 15 de
abril de 1452, provavelmente em uma cidade
próxima a Vinci, Anchiano, na Itália (embora
alguns pesquisadores acreditem que ele tenha
nascido em uma cidade situada entre Florença e
Pisa). Além de notório pintor, ele também era
inventor, músico, filósofo, anatomista, engenheiro,
arquiteto, escultor e um estudioso da matemática,
pesquisando áreas de figuras e o desenho em
perspectiva.
Leonardo era filho do tabelião Piero di
Antonio da Vinci e da camponesa Catarina. Seus pais não eram casados e logo depois de seu
nascimento, eles se separaram. Leonardo ficou com o pai e sua mãe casou-se com um artesão.
Ele não teve educação formal e sabia pouco ou nenhum latim, o que o deixava com certo
ressentimento em relação aos colegas mais e estudados.
Aos 15 anos, Leonardo virou aprendiz do artista Andrea
del Verrocchio, um típico artesão renascentista. Lá
desenvolveu suas habilidades de pintar e de esculpir.
Ele passou algum tempo também no ateliê vizinho, do
artista Antonio Pollaiuolo. Mais tarde, foi aceito na
associação de pintores de Florença e permaneceu
trabalhando na região por um bom tempo. Depois,
mudou-se para Milão para fazer alguns trabalhos para o
duque Ludovico Sforza. Da Vinci viveu durante 17 anos
na cidade. Duas de suas magistrais obras-primas foram
pintadas nos primeiros anos em Milão: o quadro “A
virgem dos rochedos” e o mural “A última ceia”. Mas, a
provável razão da ida de Leonardo para Milão era erigir
uma escultura de cinco metros de altura em bronze em
homenagem a Francesco Sforza,
© iStockphoto.com
6
Monalisa del Giocondo
A Última Ceia (wikimedia.org)
fundador da dinastia a qual o duque pertencia, mas a obra não foi concluída.
A tomada de Milão pelo exército francês no final de 1499 levou Leonardo a deixar a
cidade. Ele passou por Mantua e Veneza
e alguns meses depois chegou a Florença,
onde foi recebido com honras de filho
célebre. Dois anos depois ele virou
general-engenheiro das tropas papais sob
comando de César Bórgia.
Após a temporada com as tropas papais,
Leonardo retornou para Florença,
encarregado de um ousado projeto de
construir um canal que ligasse a cidade
ao mar. Nesse novo período em Florença,
além dos trabalhos encomendados a ele,
da Vinci dedicou-se intensamente a
estudos científicos. Foi nesse período que
Francesco del Giocondo, um rico
florentino, encomendou a Leonardo - e
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O Homem Vitruviano
pagou-lhe muito bem por isso - um retrato de sua mulher, Monalisa. Quatro anos depois, o
quadro não estava pronto. A "Monalisa del Giocondo" se tornou o quadro mais célebre da
pintura ocidental. Hoje está no Louvre, como principal atração turística, numa sala em que um
Rafael e um Correggio passam despercebidos.
A admiração pelas obras de da Vinci espalhou-se. Em 1506, o governador francês em
Milão solicitou a presença de Leonardo para a realização de vários projetos arquitetônicos.
Com a expulsão dos franceses de Milão em 1513, da Vinci mudou-se novamente. Desta vez,
ele foi para Roma e ficou hospedado com Giuliano de Médici, irmão do papa Leão 10º. Após
três anos em Roma, com 65 anos de idade, ele aceitou o convite do rei Francisco 1.º e partiu
para a França. Lá fez pequenos trabalhos de pinturas, um projeto arquitetônico de um palácio
e seus jardins e organizou seus escritos científicos. Em 2 de maio de 1519, Leonardo da Vinci
morreu na cidade francesa de Cloux. Seus bens artísticos e científicos ficaram para Francesco
Melzi, um jovem nobre que era um de seus pupilos.
2. 1. O HOMEM VITRUVIANO
Homem Vitruviano foi feito por Da Vinci em 1492 e expõe o traçado e as proporções
do corpo humano.
O conceito elabora a noção a respeito
da divina proporção através do raciocínio
matemático, sendo um modelo ideal para
todo o ser humano. As proporções do
“homem vitruviano” são perfeitas e inserem
o conceito clássico e divino de beleza.
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Pietà de Michelangelo
3. MICHELANGELO
Michelangelo di Lodovico Buonarroti
Simoni nasceu em 6 de março de 1475, em
Caprese. Perdeu a mãe aos 6 anos e foi criado
por uma ama-de-leite e seu esposo, um
cortador de mármore, o que o influenciou em
sua vocação de escultor. Mesmo pressionado
pelo pai a não se tornar um artista,
Michelangelo persistiu.
Trabalhou na oficina do pintor
Domenico Ghirlandaio. Mas o aprendizado foi
breve – cerca de um ano. No ano seguinte, graças ao mecenato de Lourenço o Magnífico,
passou a estudar escultura com Bertoldo di Giovanni no jardim onde a família senhorial de
Florença conservava uma valiosa coleção de esculturas antigas. Após a morte de Lourenço,
Michelangelo fugiu para Veneza. Lá, teve contato com a concepção de outros artistas como
Petrarca, Boccaccio e Dante e esculpiu
obras como Baco Bêbado e Adonis
Morrendo. Sua grande obra do período é a
"Pietà" de mármore que se encontra na
basílica de São Pedro, em Roma, na qual a
cena trágica contrasta com a serenidade do
juveníssimo rosto da Virgem.
Retornou a Florença e recebeu o
encargo de realizar as 15 figuras da capela
Piccolomini da catedral de Siena e o
colossal "Davi" de mármore, concluído
em 1504. No mesmo ano, o artista
começou a pintar o afresco "Batalha de
Cascina" para a sala do conselho do
Palazzo Vecchio florentino. Essa grande
pintura, posteriormente destruída, suscitou
9
David
certa rivalidade entre Michelangelo e
Leonardo da Vinci, que estava pintando
"A batalha de Anghiari" na parede oposta.
Em 1505, o papa Julio II chamou
Michelangelo para construir um tumba
para a sua morte, um grande mausoléu
com mais de quarenta figuras em
tamanho natural. O projeto, que não
chegou a ser concluído, acarretou muitos
problemas para Michelangelo, desde
assistência inadequada na execução do
projeto a falta de pagamento. O escultor
desentendeu-se então com o papa e fugiu
de Roma. Mais tarde, Michelangelo
recebeu o primeiro pagamento do papa
para iniciar a ampliação da capela Sistina,
cujos afrescos pintou até 1512. Embora
tenha trabalhado como pintor a
contragosto, pois preferia a escultura,
realizou na capela Sistina afrescos tidos
como a expressão máxima da arte
pictórica do Renascimento. Mais tarde,
idealizou sua célebre estátua “Moisés” para a pedido dos herdeiros de Júlio II.
Em 1534, foi nomeado pelo papa Paulo III escultor, pintor e arquiteto oficial do
Vaticano, fixando assim residência definitiva em Roma. Mais tarde, realizou no altar da
capela Sistina o grande afresco "Juízo final".
Em seus últimos anos de vida, os encargos e projetos do artista foram principalmente
obras de arquitetura. Dirigiu os trabalhos da basílica de São Pedro, que contem uma grande
cúpula de sua autoria. Entre as esculturas de seus últimos anos, destaca-se a "Pietà
Rondanini".
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Além de pintor e escultor, trabalhou como arquiteto e escreveu poesias. Faleceu em 18
de fevereiro de 1564, em casa, solicitando em testamento que seu corpo fosse enterrado em
Florença.
Detalhe do Teto da Capela Sistina – “A Criação de Adão”
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O casamento da Virgem
4. RAFAEL SANZIO
Rafael Sanzio nasceu no dia 6 de abril de
1483, na cidade de Urbino. Era filho do pintor
obscuro Giovanni Santi, um pintor de poucos
méritos. Apesar disso, tinha ótimas relações na
corte do duque Federico de Montefeltro, o que
possibilitava ótimas mecenas.
Após a morte do pai, que transmitiu ao
filho o amor pela pintura e as primeiras lições do
ofício, foi para Perúgia, onde aprendeu com
Pietro Perugino a técnica do afresco e ali criou
sua primeira obra de realce, “”. Mudou-se para
Florença, atraído pela fama de Michelangelo e
Leonardo da Vinci, de quem teve grande
influência.
Mais tarde, o papa Júlio II convidou-o
para trabalhar para ele, especialmente na
decoração dos aposentos do Vaticano, que se
tornariam famosos como as “Stanze de
Rafael”. Ali ele permaneceu por 12 anos,
encarregado de obras de vulto, que provaram o
poder de sua rica e diversificada imaginação.
Após a morte de Júlio II, continuou
trabalhando para o novo papa, Leão X, sendo
que com a morte de Bramante, foi nomeado
para suceder-lhe como arquiteto do Vaticano e
assumiu as obras em curso na basílica de São
Pedro, onde substituiu a planta em cruz grega
por outra mais simples, em cruz latina. Neste
período ele assumiu também a decoração das
12
Transfiguração
Uma das “Stanze de Rafael”, a mais conhecida - Escola de Atenas (Scuola di Atene no original).
galerias do Vaticano, concluída depois por
seus aprendizes, e realizou trabalhos
diversos, como retratos, tapeçarias,
cenografias e ornamentações sacras, altares,
planos arquitetônicos direcionados para
edificações não religiosas, e igrejas como a
de Sant'Eligio degli Orefici. Era então o
pintor da moda na Itália. Seu prestígio era
tanto que biógrafos dizem que o papa pensou
em fazê-lo cardeal.
Indicado para cuidar das antiguidades
de Roma, elaborou um mapa arqueológico
desta cidade. Transfiguração, de 1517, foi
sua derradeira e importante obra, ao lado do
cenário composto para a peça cômica I
suppositi, do autor Ludovico Ariosto.
Ele morreu prematuramente, em Roma, no mesmo dia em que alcançava os 37 anos.
Afirma-se que ele foi vítima de uma febre muito severa. Rafael tornou-se famoso
especialmente pela produção de suas Madonas, um conjunto de pinturas sobre a Virgem
Maria.
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5. ANÁLISE DE OBRA RENASCENTISTA – DAVI, DE
MICHELANGELO
1. A Escultura Davi, de Michelangelo, foi feita em mármore.
2. A escolha de retratar Davi, um homem, em vez de um objeto do teocentrismo nos
mostra duas características essenciais do Renascimento: o humanismo e o
antropocentrismo, no qual o homem é valorizado como criação privilegiada de
Deus e passa a ser o centro do Universo.
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2. Podemos perceber claramente a influência grega na escultura renascentista - tanto
a posição de Davi quanto a idealização da beleza e serenidade. Uma das pernas
está apoiando o peso do corpo, equilibrando o eixo central para que a figura fique
relaxada. Isso se chama contraposto e foi muito utilizado nas esculturas clássicas.
2. A escultura tem um realismo anatômico e o predomínio das linhas curvas. É a
busca da perfeição presente nas obras Renascentistas.
3. Aqui, vemos a riqueza dos detalhes, que traz a perfeição da obra tão procurada e
explorada no Renascimento, realizadas por Michelangelo com pleno êxito: as veias, marcas
da mão, o rosto, nariz, boca, marcas de expressão... Todos os detalhes perfeitamente
entalhados.
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4. Os olhos de Davi tem um
toque especial de Michelangelo. Ele
perfurou a região da pupila dos olhos de
uma que, quando a luz incide sobre os
olhos, ilumina mais a área perfurada,
deixando na penumbra a região
perfurada. Isto dá um efeito
extremamente realista aos olhos, que
parecem brilhar com o espírito do Rei
guerreiro.
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6. BIBLIOGRAFIA
LEONARDO da Vinci Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/biografias/leonardo-da-vinci.jhtm>. Acesso em: 09 ago. 2013.
MARINHO, Jailson. RENASCIMENTO CULTURAL. Disponível em:
<http://www.mundovestibular.com.br/articles/4400/1/RENASCIMENTO-
CULTURAL/Paacutegina1.html>. Acesso em: 08 maio 2013.
MICHELANGELO - Um Gênio da Arte Renascentista Disponível em:
<http://emdiv.com.br/pt/arte/geniosdaarte/2391-michelangelo-um-genio-da-arte-
renascentista.html>. Acesso em: 09 ago. 2013.
PEDRO, Antônio; LIMA, Lizânia de S.. Renascimento Cultural. Disponível em:
<http://www2.portoseguro.ifba.edu.br/doc_professores/carla_camuso/Apostila%20renascime
nto.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2013.
PINTO, Tales. Renascimento Cultural europeu. Disponível em:
<http://www.escolakids.com/renascimento-cultural-europeu.htm>. Acesso em: 08 maio 2013.
REBOUÇAS, Fernando. Michelangelo. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/biografias/michelangelo/>. Acesso em: 10 ago. 2013.
SANTANA, Ana Lucia. Leonardo da Vinci. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/biografias/leonardo-da-vinci/>. Acesso em: 09 ago. 2013.
SANTANA, Ana Lucia. Rafael Sanzio. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/biografias/michelangelo/>. Acesso em: 10 ago. 2013.