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Lisboa, 8 de Novembro de 2014

Estimados membros da comunidade educativa,

Muito agradeço a consideração pela vossa escola da presente proposta de representação teatral e

debate. Como poderão constatar pelos documentos em anexo, a peça de teatro Marx na Baixa é uma

divertidíssima comédia sobre o filósofo e revolucionário alemão que tanto influenciou o curso da História,

do século XIX aos nossos dias.

Marx na Baixa desafia os estudantes a conhecerem pessoalmente um dos mais relevantes e

controversos protagonistas da História e cuja doutrina desponta nos programas de História, Filosofia e

Economia. Acreditamos que o teatro pode ser um eficaz instrumento didático para a transmissão de

conhecimentos e valores. Pela sua correspondência com os programas curriculares vigentes, com destaque

para o de História A de 11º e 12º ano, Marx na Baixa será uma ferramenta para o estudante adquirir

conhecimentos básicos sobre as origens e postulados filosóficos do marxismo, a história do movimento

operário e o impacto da ideologia comunista no século XX. Porque a História pode ser ainda mais

apaixonante quando ganha vida, voz e corpo, a peça de teatro que propomos aos vossos alunos segue-se

de um debate entre os estudantes e o próprio Karl Marx, potenciando o espírito crítico, a reflexão sobre a

história e a partilha de ideias. Mais ainda, a equipa de Marx na Baixa dispõe de um conjunto de fichas de

trabalho e propostas de projecto (individual e em grupo) para preparação dos alunos para a peça e

posterior avaliação dos conhecimentos adquiridos no quadro dos objectivos curriculares em anexo

(História A - 11º ano - módulo 6 e História A 12º ano - módulo 7).

"Marx na Baixa" trata-se da primeira representação da obra de Howard Zinn em Portugal, sendo

que a peça original "Marx in Soho" já foi representada em mais de dez línguas e em mais quinze países.

Marx na Baixa é também a primeira tradução para português da obra do prestigiado dramaturgo e

historiador norte-americano Howard Zinn. Nesta adaptação, o filósofo alemão regressa ao mundo dos

vivos por culpa de um erro burocrático do além e acaba na Baixa Lisboeta. Com André Levy, professor de

biologia, no papel de Karl Marx e encenação de Mafalda Santos, este monólogo surpreenderá os

estudantes com um socialista inesperado, que regressa ao mundo dos vivos para nos mostrar o seu lado

mais humano. Com efeito, este é um Karl Marx que os alunos vão querer conhecer, que nos fala sobre a

vida no século XIX e as lutas de então, sobre a sua vida privada e como esta afetou o seu pensamento

filosófico e político.

Propomos uma atuação da peça Marx na Baixa seguida de debate com os alunos, seguros de que a

sua relevância pedagógica e curricular encontrará nos estudantes o eco merecido da qualidade artística

oferecida.

Para vossa consideração, seguem em anexo os seguintes documentos.

Cartaz

Ficha técnica

Descrição da Peça

Relevância curricular para alunos de História A de 11º e 12º anos

Currículos artísticos da encenadora e do ator

Cartas de recomendação

Contactos e condições de compra da peça

Sem outros assuntos, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos e inteira disponibilidade

para esclarecer pessoalmente os objectivos da peça.

Atentamente,

Marx na Baixa

Que tremam as classes dominantes!

Um espectro assombra os

teatros. Para limpar o seu nome, Karl Marx regressa ao mundo dos

vivos e vem a Lisboa para provar que não está

morto. Está e não está! (Eis a dialéctica!)

Cartaz

Descrição da Peça - Marx na Baixa

Local de apresentação: Estreia no Fórum Romeu Correia, Almada - Itinerância pelo país

Datas de permanência: A partir de 17 de Maio

Duração: 70 minutos

Interpretação: André Levy

Encenação: Mafalda Santos

Direcção técnica: João Barreiros

Tradução e adaptação: António Santos

De Marx in Soho a Marx na Baixa

Marx marca de forma indelével a narrativa histórica do século XX. A sua filosofia inspira revoluções,

redesenha fronteiras e agita, com a promessa de um mundo novo, os corações da humanidade

inteira. Mas se 130 anos depois da sua morte o capitalismo triunfante garante tê-lo varrido para

debaixo do baú das antiguidades filosóficas, porque será necessário declará-lo morto uma e outra

vez? É para responder a esta pergunta que Karl Marx, em licença de uma hora, regressa ao mundo

dos vivos. Marx in Soho, foi escrita em 1999 por Howard Zinn (1922-2010), historiador e dramaturgo

norte-americano, mais conhecido pela sua autoria da "História dos Povos dos EUA". As suas obras

foram distinguidas com dezenas de prémios, entre os quais o Thomas Merton Award, o Eugene V.

Debs Award, o Upton Sinclar Award e o Lannan Literary Award. De estivador a doutor pela Columbia

University e professor catedrático, o percurso de vida de Howard Zinn é indissociável do seu

compromisso para com a justiça social e a simpatia pela causa dos humilhados.

Dizia Goethe que na impossibilidade de ser imparcial, vale mais a pena ser honesto. Marx in Soho é

isso mesmo: tão parcial como sincera, tão política como verdadeira. Traduzida para

dezenas de línguas e levada à cena em mais quinze países, Marx in Soho é uma crítica

mordaz às hipocrisias e injustiças dos nossos tempos; uma fotografia vívida e

apaixonante de Marx como a voz de uma humanidade insubmissa perante a

iniquidade. O Marx de Soho não é uma caricatura nem um ídolo de barro. As

mãos habilidosas de Howard Zinn historiador e activista modelaram um Karl

Marx além da figura histórica, que é também um pai carinhoso, um

marido dedicado e um crítico surpreendentemente lúcido do mundo actual. Mas Marx in Soho não

nos oferece apenas uma original síntese dramática da filosofia marxista. Sustentado por uma

investigação histórica de vários anos, Zinn foi capaz de reimaginar a personalidade, a vida e os

dramas de um Karl Marx completamente humano. Este é o Karl Marx que bebe cerveja e sofre de

furúnculos; Permanentemente exilado e procurado pela polícia, apaixonado pela sua mulher Jenny,

desempregado e sem dinheiro para sustentar os filhos. Este é o Karl Marx verdadeiro, irascível e

brilhante, que vê morrer três dos seus cinco filhos em condições miseráveis e que, apesar de tudo,

nunca perdeu a esperança num mundo mais justo.

À deriva do seu animado monólogo, Karl Marx partilha com o público detalhes da sua vida íntima,

comenta os grandes acontecimentos históricos da sua época, imiscui-se provocadoramente na nossa

e apresenta-nos personagens deliciosas como o intempestivo anarquista Bakunin, a precoce

revolucionária Eleanor ou o potencial burocrata Peeper. Howard Zinn dizia com propriedade que

esta não é uma peça sobre política. É uma peça sobre Marx. É essa subtileza que confere a força e

graciosidade necessárias a que, independentemente das opções políticas de cada um, ninguém fique

indiferente a um Marx ora embalado pela esperança, ora dilacerado pela culpa, ora consumido pela

tristeza, ora incendiado de raiva.

A relevância de uma peça ou a urgência de uma adaptação

Mas, por um erro burocrático das entidades do além, Karl Marx não aterra no Soho, Londres, que

originalmente planeava visitar, nem no Soho, New York, onde em 1999 Zinn o colocou, mas em

Portugal, no ano de 2014. "Marx na Baixa” não é só a primeira tradução desta peça para língua

portuguesa nem tampouco só a primeira vez que subirá aos palcos em Portugal, é a completa

adaptação do original aos nossos dias e à realidade política e social que o nosso país atravessa. A

transformação do texto original incide em grande medida sobre três vectores: a actualização de

comentários e notícias que desde 1999 perderam relevância; a adaptação a Portugal das referências

à política e cultura norte-americanas e, por fim, a suavização de alguns matizes políticos a que o

curso da História obriga.

Um fantasma assombra os teatros! Podem as classes dominantes tremer ante o seu regresso: Karl

Marx visita Portugal em 2014! “Marx na Baixa”, com encenação de Mafalda Santos e direcção

técnica de João Barreiros, a tradução e adaptação (António Santos) do original de Zinn, pisa pela

primeira vez os palcos portugueses. Munido de boa cerveja portuguesa e um acervo de jornais do

dia, Karl Marx (André Levy) visita Portugal para nos dizer de sua justiça, para nos contar

uma história ou duas sobre a sua vida e para discutir as notícias que a espuma dos dia

traz a Portugal, mas também para defender a sua honra e nos desafiar a defender a

nossa.

Título original: Marx in Soho Autoria: Howard Zinn Tradução e adaptação: António Santos Género: Comédia Encenação: Mafalda Santos Dias Interpretação: André Levy Direcção Técnica: João Barreiros Design Gráfico: Rui Galveias Vídeo: Hugo Sousa

Currículo de Mafalda Santos – Encenadora

Formação

2000/2005, Licenciatura no curso bietápico de Teatro (3+2 anos) - ramo Formação de Actores e Encenadores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema.

1997/2000, Curso de Interpretação (3 anos) na Escola Profissional de Teatro de Cascais.

Experiência

Televisão

5 para a Meia Noite, 2012 e 2013, RTP. Sketches de comédia nas temporadas V , VI e VII no programa com apresentação de Nuno Markl. Guionista nas mesmas temporadas.

Rádio Calipso, 2011, Canal Q. Programa da autoria de Nuno Markl. Personagem Sandra.

Maternidade, 2011,RTP, temporada II, personagem Lena.

Laços de Sangue, 2010 e 2011, SIC, personagem Paula.

Conta-me Como Foi, 2009, RTP, temporada IV , personagem Leonor.

“37”, 2008, Mini série TVI, personagem Catarina.

Floribella,2007, SIC, personagem Ritinha.

Morangos com Açúcar,2006, TVI, temporada IV, personagem Elsa.

Teatro

Autoria, encenação e interpretação na peça Á Espera de Gorete, no Teatro da Trindade, 2011.

Encenação e interpretação na peça Anfitrião, no Auditório Carlos Paredes, 2010

Autoria e Encenação da peça A Extraordinária Viagem de D. Afonso Henriques, Teatro Infantil, no Auditório Carlos Paredes, 2010.

As Criadas, de Jean Genet, Encenação de Pedro Luzindro, no Centro de Estudos Judiciais, 2005.

A Ópera dos três Vintés, de Bertold Brecht, com encenação de José Wallenstein, 2004. (espectáculo final de curso ESTC)

Auto do Solstício do Inverno, de Natália Correia, com encenação de Carlos Avillez, no TEC, 2004

Antígona, de Sófocles, com Encenação de Francisco Salgado, World Festival of Theatre, na Grécia e Roménia, 2003

Os Persas, de Ésquilo, com encenação de Rogério de Carvalho, no Espaço Ginjal, 2003.

A Real Caçada ao Sol, de Peter Shaffer, com encenação de Carlos Avilez, no Teatro Nacional D. Maria II, 2000.

Ópera

L'Italiana in Algeri, com encenação de Toni Servillo, no Teatro Nacional São Carlos, em 2007.

Locução

Dobragem de vários filmes e séries da Disney , na Matinha, Estúdios de Som, 2003/2014

Curtas Metragens

Inadaptado, de João Figueiredo, 2011

A Morte é uma Flor, de Miguel M. Matias, 2001

Outros

Criação da Aproximarte- Associação Cultural para o Desenvolvimento Cultural.

Professora de Teatro e Expressão Dramática e Corporal em escolas públicas e privadas desde 2005.

Currículo de André Levy – Actor

Formação

Curso de Teatro de Improviso com o Mundo Improviso, 2012.

Adult Advanced Acting Class (incld. Linklater techniques) at Theater Three Dramatic Academy, Port Jefferson, New York. Prof. June Christy Burch Fall/02, Sping/03

Introduction to Theater of the Oppressed, Brecht Forum, New York City.

Adult Workshop at Theater Three Dramatic Academy, Port Jefferson, New York. Prof. Frank Russo. Summer/01, Fall/01, Spring/02

Experiência

Teatro

i.b.s.e.n., de Miguel Castro Caldas, encenação de Cristina Carvalhal, Teatro da Trindade, Julho de 2013

Espectáculo de Teatro de improviso «A TURMA»: Laterna Mágica (23 Nov. 2012); Biblioteca Orlando Ribeiro, com OS IMPROVÁVEIS (17 Nov. 2012; Voz do Operário, sob o nome «OS IMPROVETAS» (11/Maio/2012)

After Darwin (Charles Darwin), de Timberlake Wertenbaker, encenação de Carlos António, Teatro da Politécnica, Outono 2007.

Timbuktu (Willy Christmas), baseado do livro homónimo de Paul Auster, adaptação de Emília Costa, encenação de Sandra Faleiro, Teatro da Trindade, Outono 2006, integrado na Trilogia do Cão, produção Primeiros Sintomas

Nunca Terra (Filho que queria nascer), de Miguel Castro Caldas, encenação de Bruno Bravo, CulturGest Setembro 2005, Teatro da Comuna Junho 2006. Produção Primeiros Sintomas

Cosmos (Leon), de Witold Gombrowicz, adaptação e direcção artística de Cristina Carvalhal, Teatro da Comuna Primavera 2005

Friday Night Faceoff (Dr. Dre), Improv comedy show, Theatre Three, 2003/04.

Alice's Most Decidely Unusal Adventures in Wonderland (Cheshire Cat), Children's Theater at Theatre Three, Summer/04, Dir. and Written by J. Sanzel.

Sound of Music (Franz), Theatre Three, Spring 2004, Dir. Jeffrey Sanzel

Romeo and Juliet (Mercutio/Old Capulet/Prince/Balthasar), Theatre Three Shakespeare Project, Touring Production, Spring/04, Dir. Doug ScholzCarlson

A Christmas Carol (Bob Cratchit), NovDec/ 03 (48 perf), Theatre Three, Dir. and Adaptation by J. Sanzel

'Puss in Boots' and 'The Frog Prince’, Children's Theater at Theatre Three, Summer/03, Dir. and Written by J.Sanzel.

Kiss Me Kate (Gen. Harrison Howell), Theatre Three, AprilMay/03, Dir. Jeffrey Sanzel

Hamlet (Horatio/Rosencrantz), Theatre Three Shakespeare Project, Touring Production, Spring/03, Dir. Doug ScholzCarlson

Midsummer Night's Dream (Snug/Lion), Long Island Shakespeare Festival, Touring production, Summer/02, Dir. Anton Dudley

Televisão

«Bem-vindos a Beirais», Novembro 2013, produção SP Televisão.

«Conta-me História», Janeiro 2013, produção Eyeworks Portugal.

«Depois do Adeus, Maio 2012, produção SP Televisão.

«Liberdade 21», Outubro 2008, produção SP Televisão.

Carta de Recomendação

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Contactos

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António Santos

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