Escotistas Em Acao

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Este livro, Escotistas em Ação - Ramo Escoteiro, é umapublicação dirigida aos adultos que atuam neste Ramo e quese dedicam a oferecer aos jovens a oportunidade de vivenciaratividades que possibilitam explorar novos territórios, aprendendoe desenvolvendo importantes habilidades que serão úteis portoda a vida e, principalmente, cultivando atitudes e valores que ostornarão pessoas melhores a cada dia.

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  • Prepararam este Guia para voc

    O contedo deste livro foi organizado e montado com a colaborao de:

    A organizao de contedos, coordenao das discusses e reviso final foi realizada por intermdio da Diretoria

    de Mtodos Educativos por meio da Equipe Nacional de Atualizao do Programa Educativo;

    Alessandro Garcia VieiraAlex Teixeira

    Amaro Koneski FilhoAndr Garcia

    Andre Torricelli F. da RosaAndra Cristina Queirolo Mussak

    Carla NevesCarmen BarreiraDanilo Dantas

    David Izecksohn NetoDouglas Lima

    Eduardo Edinger JaquesFbio Augusto Giunti Ribeiro

    Felipe Eduardo Portela de PauloFernanda Cristina Soares

    Fernanda VogtFernando Aguirre Lazzarotto

    Francisca Souza CarrerHctor CarrerJess Inostroza

    Jorge Antonio LopesJos Eduardo Fujiwara

    Jos Luiz dos Santos AzevedoLoreto GonzlezLoreto JansanaLuciano GontijoLuciano Loyola

    Luiz Csar de Simas Horn

    Marcelo Assis XaudMarcelo Lisboa

    Marcelo M. TeixeiraMarcelo MottaMarcio Randig

    Marcos CarvalhoMaria Terezinha Koneski Weiss

    Mariano RamosMaritza Pelz

    Megumi TokudomeMellina M. V. Izecksohn

    Mitterrand BrumNayara Vicari

    Nemo de SouzaPaulo QueirozRgis Moreira

    Ricardo CoelhoRicardo Valente Cruz

    Ronaldo Morgado SegundoSandro Ischkanian

    Snia JorgeThaysi Oliveira

    Theodomiro M. Rios RodriguesThiago Fernandes Pinto

    Thiago S. MoraesValdir Fontes

    Vanessa Melo RandigVeridiana Kotaka

    Unio dos Escoteiros do BrasilEscotistas em Ao Ramo Escoteiro

    Este um documento oficial da UEB - Unio dos Escoteiros do Brasil - para os escotistas que atuam em Tropas Escoteiras, conforme sistema aprovado pelo CAN Conselho de Administrao Nacional, e produzido por orientao da Diretoria Executiva Nacional com base na experincia centenria do Movimento Escoteiro

    no Brasil.

    1 Edio - 2 Reimpresso - Junho de 20102.000 exemplares

    1 Edio - 3 Reimpresso - Maio de 20122.000 exemplares

    Ilustraes:Muitas ilustraes que aparecem neste Guia foram retiradas, com autorizao, de livros produzidos pelo Escritrio Escoteiro Mundial Regio Interamericana. Tambm foram usados desenhos produzidos ou adaptados por Andra Queirolo, Veridiana Kotaka e Luiz Cesar Horn, assim como ilustraes em geral que fazem

    parte do acervo da UEB ou so de domnio pblico.

    Diagramao e Montagem:Andra Queirolo

    Edio:Luiz Cesar de Simas Horn

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser traduzida ou adaptada a nenhum idioma, como tambm no pode ser reproduzido, armazenado ou transmitido por nenhuma maneira ou meio, sem permisso expressa da Diretoria Executiva

    Nacional da Unio dos Escoteiros do Brasil.Todos os livros que compem o material de apoio do Ramo Escoteiro foram

    editados de acordo com as mais recentes atualizaes do Programa Educativo da UEB e possuem um selo que identifica a compatibilidade do material.

    Escritrio Nacional

    Rua Coronel Dulcdio, 2107 - Bairro gua VerdeCEP 80250-100 - Curitiba - PR

    Tel: (41) 3353-4732 | Fax: (41) 3353-4733www.escoteiros.org.br

  • 1Mensagem

    Nos ltimos quinze anos a Unio dos Escoteiros do Brasil vem investindo na atualizao do seu Programa Educativo, buscando torn-lo, conceitualmente, o mais prximo possvel ao proposto por Baden-Powell, considerando a realidade do mundo em que vivemos, com um contedo que desperte o interesse e produza experincias relevantes para contribuir no crescimento pessoal dos jovens.

    A partir da implantao de algumas propostas foi possvel perceber o impacto, os aspectos positivos e as dificuldades, permitindo Instituio desenvolver uma anlise mais profunda, que nos levou a fazer algumas alteraes significativas no sistema de progresso oferecido aos jovens, que o principal instrumento para direcionar e avaliar seu desenvolvimento.

    Nesse importante processo, que comeou com um estudo da ento Comisso Nacional de Programa de Jovens, somaram-se vrias foras da UEB, com a participao efetiva do CAN Conselho de Administrao Nacional, das Regies Escoteiras, do Escritrio Nacional e da nova estrutura da rea de Mtodos Educativos que criamos neste mandato.

    Graas a este esforo conjunto, que esta Diretoria Executiva Nacional teve a satisfao de coordenar, chegamos a um resultado totalmente positivo, de tal forma que podemos lanar, simultaneamente, os quatro livros necessrios para aplicao no Ramo Escoteiro: Guia da Aventura Escoteira Etapas Pistas e Trilha, Guia da Aventura Escoteira Etapas Rumo e Travessia, os livro de bolso Tropa Escoteira em Ao (para os jovens), e o livro de bolso Escotistas em Ao (para os chefes).

    Agradecemos a todos que contriburam, de uma forma ou outra, para alcanarmos este momento. Estamos certos de que este passo ter um importante reflexo no futuro da Unio dos Escoteiros do Brasil, para torn-la cada vez melhor e com maior capacidade de realizar a sua misso.

    Sempre Alerta Para Servir

    Diretoria Executiva Nacional

  • 2A felicidade no vem da riqueza, nem do sucesso profissional, nem do comodismo da vida regalada e da satisfao dos prprios

    apetites. Um passo para a felicidade , quando jovem, tornar-se forte e sau-

    dvel, para poder ser til e gozar a vida quando adulto. O estudo da natureza mostrar a vocs quo cheio de coisas belas e

    maravilhosas Deus fez o mundo para o nosso deleite. Fiquem contentes com o que possuem e tirem disso o melhor proveito. Vejam o lado bom das coisas ao invs do lado pior.

    Mas, o melhor meio para alcanar a felicidade proporcionando aos outros a felicidade.

    Baden-Powell

  • 3 Apresentao

    Este livro, Escotistas em Ao - Ramo Escoteiro, uma publicao dirigida aos adultos que atuam neste Ramo e que se dedicam a oferecer aos jovens a oportunidade de vivenciar atividades que possibilitam explorar novos territrios, aprendendo e desenvolvendo importantes habilidades que sero teis por toda a vida e, principalmente, cultivando atitudes e valores que os tornaro pessoas melhores a cada dia.

    Concluir o material de apoio ao Programa Educativo do Ramo Escoteiro era um sonho que agora se torna realidade. E foi graas ao esforo de muitos escotistas e dirigentes de todo o Brasil, alm de profissionais do Escritrio Nacional, a quem a UEB agradece, que foi possvel chegar at aqui.

    Certamente ainda podemos aprimorar este livro, j que, a cada nova edio, queremos introduzir as modificaes necessrias. Portanto, envie suas sugestes para melhorar o trabalho para o e-mail [email protected] pois a sua opinio e participao sero muito bem-vindas!

    importante dizer que existem outras publicaes disponveis para as atividades do Ramo Escoteiro. Conhea o livro Tropa Escoteira em Ao, cujo dowload pode ser feito a partir da pgina da UEB na internet ou, se preferir, pode ser adquirido nas lojas escoteiras. Os jovens contam ainda com os Guias Escoteiros (Pistas e Trilha / Rumo e Travessia), que igualmente podem ser adquiridos nas lojas escoteiras e so importantes instrumentos de apoio para as atividades escoteiras e para acompanhar o desenvolvimento pessoal dos jovens.

    Os adultos tambm possuem outra publicao dedicada especialmente a eles: o Manual do Escotista -Ramo Escoteiro, que utilizado em conjunto com o presente trabalho contribuir para que a dinmica da Tropa Escoteira fique cada vez mais interessante e educativa.

    Finalmente, importante destacar que este livro ser utilizado tambm como instrumento de formao continuada dos adultos e deve ser levado aos Cursos de Formao quando solicitado.

    Desejo que tenham timas atividades, que ajudem no crescimento de muitos jovens e que sejam muito felizes.

    Sempre Alerta!Alessandro Garcia Vieira

  • 4Prefcio

    Para qualquer tipo de atuao necessrio possuir uma base slida. Por isso, em todas as reas, os profissionais estudam, profissionalizam-se e adquirem conhecimentos diversos, principalmente nos chamados referenciais. No entanto, mesmo o mais competente profissional necessita, vez ou outra, de uma ajuda para se lembrar daquele pequeno detalhe sobre determinada ao ou operao. Para isso existem os manuais de consulta rpida.

    Este livro foi pensado desta forma. Nem de longe possui a pretenso de apresentar ou descrever todas as solues, nuances e detalhes acerca da atuao de um Escotista em uma Tropa Escoteira ou das situaes e contextos relativos a esta. Ao contrrio, apenas busca fornecer informaes teis e prticas que possam ser consultadas pelo adulto nas atividades de sede, acampamentos e outros, sem precisar folhear por vrios minutos o Manual do Escotista Ramo Escoteiro ou os Guias Escoteiros. Tambm pode fornecer uma ajuda valiosa ao Escotista durante sua formao e na consolidao de seu conhecimento.

    Aqui voc encontrar textos resumidos sobre a Histria do Escotismo, a personalidade e caractersticas dos jovens na faixa etria de 11 a 14 anos, dicas para contar as histrias que ajudaro a compor o Marco Simblico do Ramo, os itens do perodo introdutrio, as competncias a serem conquistadas pelos jovens, a estrutura da Tropa Escoteira e afins.

    Mas, os assuntos no sero esgotados. Por isso espera-se, sinceramente que durante o uso deste material, aumente seu interesse em pesquisar outras fontes e publicaes disponveis sobre o Mtodo Escoteiro, a atuao do Escotista na Tropa, Histria do Escotismo, e muitos outros.

  • 5Histria do Escotismo

    No final do sculo XIX, que marcou o auge do Imprio Colonial Britnico, o exrcito daquele pas se encontrava em situao complicada, pois os territrios das colnias eram frequentemente ameaados por outros pases ou lutavam para obter sua independncia1.

    Por isso mesmo, nos primeiros anos do Sculo XX, o povo ingls elegia seus heris tambm entre os que se destacavam nos campos de batalha espalhados pelo mundo. Robert Stephenson Smyth Baden-Powell (carinhosamente apelidado de B-P) foi um desses 2. Este, quando retorna de suas campanhas ao seu pas, j consagrado heri militar, encontra a Inglaterra imersa em graves problemas econmicos e sociais.

    Nas cidades no havia moradia digna, condies sanitrias, segurana e escolas. O trabalho nas indstrias era muito pesado e rendia salrios baixssimos para os trabalhadores. Nas ruas circulavam crianas, jovens e adultos desocupados de ambos os sexos, alcolatras, viciados e prostitutas.

    Foi sob este cenrio que B-P comeou a pensar que era indispensvel fazer alguma coisa pela juventude inglesa . Some-se a isso a constatao de que o livro Aids to Scouting, que ele escrevera para o exrcito, estava sendo usado por escolas como instrumento de apoio educao.

    Estimulado por essas circunstncias e tambm pelo grande nmero de cartas que recebia de jovens, B-P passou a estudar como usar suas ideias de atividades ao ar livre para contribuir na educao. Essas ideias foram testadas em um acampamento experimental em 1907, culminando com a publicao do livro Scouting for Boys A Handbook for instruction in Good Citizenship, que no Brasil recebeu o titulo de Escotismo para

    1 Canad, ndia, Austrlia, Nova Zelndia e vrias regies da frica (alm outros territrios espalhados pelo mundo foram colnias inglesas.2 Mais detalhes sobre a vida militar de B-P podem ser encontrados no Livro Lies da Escola da Vida.

  • 6Rapazes Um Manual para Instruo em Cidadania3). Em seu livro Lessons From The Varsity Of Life (publicado no Brasil com o ttulo de Lies da Escola da Vida), B-P clarifica suas intenes:

    Finalidade Era procurar melhorar o padro dos futuros cidados, especialmente seu carter e sua sade. Era preciso descobrir os pontos fracos do carter nacional e esforar-se por erradic-los, substituindo-os por virtudes equivalente, que os programas escolares no mencionavam. As habilidades manuais, as atividades ao ar livre e o servio ao prximo estavam na vanguarda desse programa.

    Atrao O plano estava baseado no princpio do jogo educativo, numa recreao que levava o rapaz auto-educao. Como chamar o movimento? O nome influi muito. Se tivssemos adotado a denominao de Sociedade para a Propagao das Qualidades Morais (que era de fato), os rapazes no teriam se precipitado para entrar nela... Mas cham-lo de Escotismo e dar-lhes a oportunidade de se tornar escoteiros em potencial era outra coisa. Seu desejo inato de pertencer a um bando era atendido fazendo-os ingressar numa tropa e numa patrulha Dar-lhes um uniforme, com distintivos a ganhar mostrando os progressos realizados por seus esforos pessoais e estavam assim, conquistados.

    Sob o termo escoteiro, os incontveis exemplos de exploradores, caadores, marinheiros, aviadores e pioneiros, os homens das florestas selvagens e das fronteiras, poderamos responder a seu desejo de admirar e imitar seus heris 4. At o rapaz da cidade poderia aprender a seguir uma pista, a acampar, a cozinhar ao ar livre, a rachar lenha e a se dedicar a outras atividades ao ar livre. Essas atividades teriam enorme atrao para ele e ao mesmo tempo iriam desenvolvendo sua sade, iniciativa, inteligncia, destreza e energia.

    3 Resolveu-se citar o livro em seu ttulo completo para expressarmos claramente a inteno do Fundador.4 Este trecho e de fundamental importncia para entendermos a aplicarmos corretamente o Marco Simblico do Ramo Escoteiro.

  • 7Com a publicao de Escotismo para Rapazes surgiram milhares de patrulhas - pequenos grupos de garotos com chapus de abas e lenos coloridos em volta do pescoo explorando todo o Reino Unido. As mes se viram obrigadas a converter calas compridas em calas curtas, enquanto os meninos enrolavam suas meias compridas e de cor preta, expondo seus joelhos plidos ao rigoroso inverno ingls, seguindo um desenho de Baden-Powell sobre a forma escoteira de se vestir. As lojas de ferragens tinham uma grande venda de bastes escoteiros. Em quase toda cidade ou povoado britnico, casas e ruas eram decoradas com grandes setas feitas com giz, para indicar aos retardatrios que Eu fui nessa direo ou crculos de giz com um grande ponto no centro que indicava Eu fui pra casa.

    Esta viso histrica nos apresenta um fato: Baden-Powell no havia planejado fundar uma nova organizao. Em suas citaes a respeito ele comenta que a inteno era que seu livro fosse usado por organizaes j existentes, como associaes de jovens, clubes ou igrejas. Mas, os rapazes e moas tinham outra idia: formaram, independentes, suas prprias patrulhas e iniciaram um Movimento que logo se expandiu por todo o mundo.

    O Escotismo chegou na Amrica do Sul em 1908, no Chile. No Brasil, comeou em 1910, no Rio de Janeiro. O Movimento Escoteiro no Brasil

    A primeira notcia sobre o Escotismo publicada no Brasil foi no dia 1 de dezembro de 1909, no nmero 13 da revista Ilustrao Brasileira, editada no Rio de Janeiro. A reportagem fora preparada na Inglaterra, pelo Tenente da Marinha de Guerra, Eduardo Henrique Weaver. poca encontrava-se na Inglaterra um contingente de Oficiais e Praas da Marinha do Brasil que se preparava para guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em construo.

    No retorno os militares trouxeram consigo uniformes escoteiros ingleses, a maioria embarcada no encouraado Minas Gerais, que chegou ao Rio de Janeiro em 17 de abril de 1910. No dia 14 de junho do mesmo ano, reuniram-se todos os interessados pelo

  • 8escotismo e foi oficialmente fundado o Centro de Boys Scouts do Brasil.

    Em 1914, em So Paulo, fundada a ABE Associao Brasileira de Escoteiros. Seu fortalecimento ajudou a irradiar o Movimento pelo pas. Em 1915, o Escotismo j estava presente em quase todos os Estados da Federao.

    No incio da dcada de 20, havia considervel nmero de instituies escoteiras. Naqueles anos, o Chefe Benjamim Sodr, conhecido como Velho Lobo, mantinha uma Seo sobre Escotismo na revista infanto-juvenil O TICO TICO. Na edio do dia 23 de janeiro de 1924, publicou um artigo que refletia a conjuntura do Escotismo quela poca e propunha a criao de uma confederao geral.

    Aps assistir a um discurso do Padre Leovigildo Frana, vice-presidente da Associao de Escotismo Catlico, sobre o Jamboree Mundial de 1924 5, renovou o seu apelo, remetendo cartas e fazendo contatos pessoais com os principais responsveis pelas Instituies Escoteiras do Brasil, convocando-os para se reunirem com o fim de criarem uma Associao Nacional do Escotismo Brasileiro.

    Passaram a se reunir seguidamente, incentivados pelo prprio Fundador, e dado o grande interesse e a boa vontade de todos, a tarefa foi concluda em 4 de novembro de 1924, com a fundao da UNIO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL UEB.

    A Unio dos Escoteiros do Brasil

    A UEB uma associao de mbito nacional, de direito privado e sem fins lucrativos, de carter educacional, cultural, beneficente e filantrpico, reconhecida como associao de Utilidade Pblica Federal.

    So fins da UEB: Organizar, fiscalizar e desenvolver o Escotismo no Brasil, sob a superviso dos rgos do nvel nacional; Representar o Escotismo Brasileiro junto aos poderes pblicos,

    5 Copenhague, Dinamarca.

  • 9setores da atividade nacional e organizaes internacionais; Propiciar a educao no-formal, valorizando o equilbrio ambiental e o desenvolvimento do propsito do Escotismo, junto s crianas e jovens do Brasil, na forma estabelecida pelo P.O.R. - Princpios, Organizao e Regras - e pelo Projeto Educativo da UEB.

    A Organizao da Unio dos Escoteiros do Brasil A UEB est organizada em trs nveis:

    O NACIONAL, com autoridade em todo Territrio Nacional; O REGIONAL, com autoridade sobre a rea geogrfica que lhe for fixada pelo CAN (Conselho de Administrao Nacional), podendo ter personalidade jurdica prpria; e O LOCAL, com autoridade sobre os praticantes do Escotismo vinculados respectiva Unidade Escoteira Local (Grupos Escoteiros e Sees Escoteiras Autnomas). Um organograma bsico apresentado na figura abaixo:

  • 10

    Nossos Regulamentos Todos os associados e todos os rgos escoteiros seguem as

    normas nacionais que esto definidas em trs principais fontes: O Estatuto da UEB, que define e orienta a organizao do Escotismo no Brasil; As Resolues Nacionais, que podem ser expedidas pelo CAN Conselho de Administrao Nacional ou pela DEN Diretoria Executiva Nacional; e O P.O.R. Princpios, Organizao e Regras que orienta a prtica do Escotismo

    importante ressaltar que alm desses documentos, os rgos de nvel regional e local tambm podem ter seus prprios regulamentos (vlidos desde que respeitem as definies dos documentos do nvel Nacional), aprovados por suas Assembleias. Consulte-os.

    Para saber mais, consulte os materiais disponveis nas Lojas Regionais ou no site da Unio dos Escoteiros do Brasil - www.escoteiros.org.br

  • 11

    Conhecendo os jovens do Ramo Escoteiro

    Os Estgios de Desenvolvimento Mesmo usando diferentes denominaes, todas as principais

    linhas da psicologia que estudam o desenvolvimento do ser humano concordam na diviso de perodos e fases. Utilizamos o quadro abaixo como sistematizao dos perodos que o Movimento Escoteiro considera:

    O Ramo Escoteiro se ocupa com os jovens que esto no perodo da Pr-Adolescncia, composta por duas fases distintas, que chamamos de pr-puberdade (entre 11 e 12 anos de idade) e puberdade (entre 13 e 14 anos de idade).

    Evidentemente, neste perodo, os jovens tem caractersticas muito especficas, que se manifestam nos seus principais interesses e necessidades. isso que vamos analisar em seguida.

  • 12

    Um perfil em linhas gerais sobre os distintos aspectos da personalidade

    possvel que muitas das caractersticas apresentadas sejam familiares e o faam lembrar-se dos jovens da sua tropa. Mas, importante ressaltar que as caractersticas seguintes so genricas e que os jovens podem apresent-las em maior ou menor intensidade em diferentes momentos de seu desenvolvimento.

    Um novo corpo (desenvolvimento fsico) O corpo se renova a cada dia. Com (e por) ele acontecem coisas

    que confundem, que convidam a explorao, que empurram ao extremo dos prprios limites, que revelam a beleza, que fazem surgir o pudor, que distorcem as propores, que importam demais ou de menos, que alegram, que entristecem, que ferem, que do prazer e que so parte do caminho de ser homem e ser mulher.

    O cansao uma presena permanente, que s desparece quando hora de comer. A disciplina no seu forte, o esporte os atrai, a preparao pessoal os inquieta, as roupas no lhe servem e, se lhe servem, nunca lhes apropriada.

    Tudo se encontra em constante mudana, crescimento e desenvolvimento. difcil criar uma imagem estvel sobre si mesmo.

    Idias Emergentes (desenvolvimento intelectual) O mundo tambm comea a mudar e a crescer. O dia muito

    curto para cumprir com todas as suas tarefas e muito longo quando se tem pouco a ser feito. Aparecem os conceitos que j no necessitam estar aliados com a realidade. As ideias tem vida prpria, so combinadas e do seus frutos com novas ideias.

    E nesse mundo de ideias, pouco a pouco, ganham espao a realidade, o prtico, o concreto. Fazer com que as coisas aconteam sempre um desafio, inclusive no momento de expressar o que se sente e o que se pensa em palavras concretas.

    As perguntas antes dirigidas ao mundo exterior, concentram-

  • 13

    se em si mesmo. Quem sou? e Como sou? so alguns questionamentos que os jovens levaro alguns anos para responder (se que o faro). No entanto, essas indagaes so o motor que os conduzem a refletir sobre tudo - principalmente sobre o que antes eram, para eles, verdades indiscutveis.

    Valores Prprios (Desenvolvimento do carter)

    O mundo do correto e incorreto tambm objeto de dvidas e perguntas. Analisa-se, acredita-se, volta-se atrs e recomea-se a caminhar, muda-se como se mudam as idias e os conceitos. Surge a capacidade de se colocar no lugar do outro e, repentinamente, tudo pode ser questionado a partir desse outro ponto de vista, em um exerccio que parece no ter fim.

    Esse o ponto de partida da construo de um cdigo de conduta que comea a ser assumido pessoalmente - que j no depende da opinio familiar (que muitas vezes no considerada) e que se articula a partir das prprias crenas, especialmente, do dilogo permanente com outros jovens da mesma idade.

    Emoes encontradas (Desenvolvimento Afetivo) O mundo interior cobra fora. As sensaes, emoes e

    sentimentos mudam o tempo todo, mas so sempre intensas e muito mais duradouras que na infncia. Os sentimentos inundam, enchem, desconcertam, descontrolam e passam a ser um eixo central da vida dos jovens.

    Amar o amor, odiar o dio, ser amigo dos amigos e inimigo dos inimigos... E, na busca de ser, de ter identidade prpria, s vezes so um e s vezes so outros. Algumas vezes esta dualidade faz os adultos perderem a pacincia. Mas, se fitarmos nosso olhar sem preconceito e com cuidado, descobriremos o crescimento que, dia a dia, experimentam os jovens, e veremos com satisfao os resultados esperados. Amigos para a Vida (Desenvolvimento Social)

    Os vnculos afetivos dos jovens se concentram nos amigos.

  • 14

    Neles confia-se, acredita-se, descansa-se e recuperam-se as foras. Embora o nmero de amigos possa parecer restrito, a intensidade da relao entre eles maior e permite aos jovens um desenvolvimento significativo, pois os amigos se tornam modelos e referncias.

    Em contrapartida, eles sentem que os familiares (especificamente os pais) parecem no entender o que desejam e o que sentem, ou no respeitam seus momentos. Como se no bastasse, parece que estes somente trazem cobranas, compromissos e implicncias. Em outras palavras, as liberdades so escassas e as responsabilidades muitas.

    Alm disso, a luta constante entre estar com os demais ou estar consigo mesmo, entre a companhia e o isolamento, entre o interno e o externo... Estes comportamentos ambguos e contraditrios so intensos e parecem no ter fim. No entanto, fazem parte dos exerccios e experimentaes que desenvolvero suas habilidades de se relacionar com os demais. Uma F Pessoal (Desenvolvimento Espiritual)

    A transio entre a f das crianas - recebida da famlia como um dom que ilumina a vida infantil - e a f do adulto - pessoal, ntima e conseqente dos atos, outro processo que comea nesta etapa e que, na maioria dos casos, s termina muito mais tarde.

    Vive-se em constante dualidade entre a crtica permanente e a busca incessante de respostas. Descobrir que a transcendncia um feito essencial na existncia humana ser uma tarefa que tomar tempo e esforo, tanto por parte dos jovens como dos adultos que acompanham o processo. Outros aspectos a ser considerados

    Nesta fase ocorre o chamado estiro, um acelerado aumento de estatua e peso, que tanto em homens como mulheres - aponta o amadurecimento sexual.

    Nas moas, em mdia, a acelerao do desenvolvimento

  • 15

    comea entre 10 e 11 anos, chega ao seu pice entre 12 e 13 anos. Com os rapazes ser mais comum observar esta fase comear pouco antes dos 13 anos, alcanando seu mximo aos 14 anos. Em ambos os casos, aps este perodo o desenvolvimento reduz-se rapidamente, atingindo padres anteriores ao estiro, que propiciaro um crescimento lento e contnuo durante mais alguns anos.

    O fato das mulheres alcanarem a estatura e peso de adultas cerca dois anos antes que os homens alimenta a crena comum de que as mulheres amadurecem antes dos homens. Isso um equvoco, pois o amadurecimento um processo que envolve o conjunto das modificaes psicolgicas, comportamentais, sexuais e cognitivas, e no somente os aspectos fsicos.

    J entre os 13 e os 15 anos acentua-se o desenvolvimento cognitivo 6. Assim, aparece mais explicitamente a capacidade de pensar sobre as afirmaes que no possuem relao com os objetos concretos. Os jovens demonstram mais capacidade de formular e provar hipteses, de pensar no que poderia ser e no somente no que e tornam-se mais introspectivos e analticos. Conseqentemente, o aumento do uso da ironia, da capacidade crtica, o gosto e diverso no uso dos duplos sentidos e ambigidades so expresses do desejo de demonstrar suas novas habilidades e destrezas para aqueles que os cercam.

    Essas habilidades intelectuais aparecem e aumentam a medida que a sociedade apresenta suas demandas e exigncias dos jovens nessa faixa etria, especialmente quando o assunto educao, vocao e independncia. Assim, o progresso em suas relaes com os adultos, naturalmente, aumenta e acelera sua integrao no grupo junto aos seus pares e contexto social no qual esto inseridos.

    6 Habilidade de assimilar e articular informaes, experincias e conhecimentos captados pelos sentidos por meio da interao com o ambiente.

  • 16

    Cada jovem uma histria e um projeto que no se repete

    Contudo, evidente que nem todos os jovens so iguais e que nem todos enfrentam as mesmas demandas do seu ambiente. Um jovem do interior possui prioridades e necessidades diferentes de um jovem de uma grande cidade, por exemplo. O mesmo princpio de aplica se consideradas diferenas culturais, econmicas, etc.

    Mesmo assim, todos os adolescentes compartilham certo numero de experincias e problemas comuns. Todos passam por mudanas fsicas e fisiolgicas da puberdade. Todos enfrentam a necessidade de estabelecer a sua identidade e traar o seu prprio caminho como membro independente da sociedade. Contudo e no obstante, diferentemente do que de forma comum se apresentam em muitas palestras, no existe uma identidade nica, um adolescente ou a possibilidade de generalizao os jovens de hoje. Essas so simplificaes equivocadas e exageradas, principalmente se vierem acompanhadas de percepes euforicamente positivas (como o futuro da Nao) ou negativas (como o reflexo de todo o mal da nossa sociedade)

    Mas, no basta ao adulto educador no Movimento Escoteiro saber o que a adolescncia, a puberdade e quais so os desafios que se apresentam aos jovens entre 11 e 15 anos. Para essa etapa de desenvolvimento e de grandes mudanas (irregulares e individuais), necessrio, conhecer a cada jovem pessoalmente.

    Para tanto, fundamental observar as particularidades que tornam nica a personalidade de cada jovem e que dependem da gentica e do ambiente - do lugar onde nasceu, da ordem que ocupa entre seus irmos, da escola em que estuda, dos amigos e amigas com quem convive ao seu redor, da forma na qual se tem desenvolvido sua vida. Enfim, da sua histria nica e de sua realidade individual.

    Para obter essa informao de cada jovem que integra a Tropa no bastam livros, cursos e nem manuais. necessrio tempo para compartilhar, conhecer o seu ambiente, viver os mesmos momentos, ser testemunha de suas reaes, entender

  • 17

    as suas frustraes, escutar seu corao, decifrar seus sonhos... Esse esforo a primeira tarefa de um Escotista e seu xito depender da qualidade das relaes que estabelea com cada jovem. Uma relao educativa que expresse interesse, respeito e considerao7.

    Voc consegue fazer uma descrio das caractersticas dos jovens da sua Tropa, em cada uma das reas de desenvol-

    vimento?

    reas de Desenvolvimento Caractersticas dos jo-vens da minha Tropa

    Fsico Intelectual Carter Afetivo Social Espiritual

    O Sistema Escoteiro

    O Propsito do Escotismo Desde sua concepo inicial, at os dias de hoje, o objetivo

    do Escotismo contribuir, por meio de suas atividades, com o desenvolvimento da educao integral dos jovens. Nos documentos oficiais da UEB est descrito que o Propsito contribuir para que o jovem assuma o seu prprio desenvolvimento, especialmente do carter, ajudando-os a realizar suas plenas potencialidades fsicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, como cidados

    7 Mais detalhes sobre as caractersticas do jovem que faz parte da sua Tropa Escoteira podem ser encontrados na publicao De Lobinho a Pioneiro ou no Manual do Escotista Ramo Escoteiro, publicados pela UEB e disponveis em Lojas Escoteiras.

    Voc consegue fazer uma descrio das caractersticas dos

    jovens da sua Tropa, em cada uma das reas de desenvol-

    vimento?

  • 18

    responsveis, participantes e teis em suas comunidades, conforme definido pelo Projeto Educativo.

    A primeira misso dos Chefes garantir que as atividades da Tropa caminhem em direo a este Propsito, ou seja, preservar o seu contedo educativo.

    Os Princpios Os Princpios do Escotismo formam a base moral, que aceita

    por todos os participantes do Movimento e que se ajusta aos diferentes graus de maturidade. Esses valores devem ser vivos e presentes no dia-a-dia da Tropa, como uma referncia positiva que motive os jovens a incorpor-los como seus.

    Para o Escotismo, como Fraternidade Mundial, os Princpios esto definidos em trs pontos: Dever para com Deus Adeso a princpios espirituais e vivncia ou busca da religio que os expresse, com respeito as demais. Dever para com o Prximo Lealdade ao nosso Pas, em harmonia com a promoo da paz, compreenso e cooperao local, nacional e internacional, exercitadas pela Fraternidade Escoteira. Participao no desenvolvimento da sociedade com reconhecimento e respeito dignidade do ser humano e ao equilbrio do meio ambiente. Dever para consigo mesmo Responsabilidade pelo seu prprio desenvolvimento.

    Oferecemos a Promessa e na Lei Escoteira aos jovens como uma referncia prtica dos valores definidos nos Princpios, de maneira que possam orientar suas condutas e suas vidas. O Programa Educativo

    Os jovens so atrados pelo Movimento Escoteiro porque querem fazer atividades interessantes, diferentes, variadas, divertidas e, principalmente, viver uma aventura ao ar livre com amigos. Em torno deste tema renem-se vrios contedos complementares, e este conjunto que forma o Programa Educativo do Ramo Escoteiro.

  • 19

    De maneira sinttica, podemos dizer que este Programa um conjunto formado por: Atividades atraentes e progressivas com nfase na vida ao ar livre, com acampamentos, excurses, reunies de sede, jogos, histrias, canes e danas, fogos de conselho e cerimnias; Conhecimentos e Habilidades com nfase nas tcnicas necessrias para desenvolver as atividades ao ar livre, as especialidades, o servio comunitrio e a boa ao; Uma Fraternidade Mundial, com um compromisso de valores para construir um mundo melhor e smbolos de identificao; Um Sistema de Progresso Pessoal, apoiado por um conjunto de distintivos e insgnias.

    O Mtodo Escoteiro As atividades se realizam de acordo com o Mtodo Escoteiro,

    composto por um conjunto de elementos que procuram transformar o jovem no principal agente de seu desenvolvimento, de maneira que chegue a e ser uma pessoa autnoma, solidria, responsvel e comprometida.

    O Mtodo Escoteiro, com aplicao planejada, eficaz e sistematicamente avaliada nos diversos nveis do Movimento, caracteriza-se pelo conjunto dos seguintes pontos: a) Aceitao da Promessa e da Lei Escoteira: Todos os mem-bros assumem, voluntariamente, um compromisso de vivncia da Promessa e da Lei Escoteira. b) Aprender fazendo: Para educar pela ao, o Escotismo valoriza: - o aprendizado pela prtica; - o treinamento para a autonomia, baseado na autoconfiana e iniciativa; - os hbitos de observao, induo e deduo. c) Vida em equipe, denominada nas Tropas Sistema de

    Patrulhas, que inclui: - a descoberta e a aceitao progressiva de responsabilidades; - a disciplina assumida voluntariamente;

  • 20

    - a capacidade tanto para cooperar como para liderar. d) Atividades progressivas, atraentes e variadas, que com-

    preende: - jogos; - habilidade e tcnicas teis, estimuladas por um sistema de distintivos; - vida ao ar livre e em contato com a Natureza; - interao com a Comunidade; - mstica e ambiente fraterno. e) Desenvolvimento pessoal com orientao individual, que

    considera: - A realidade e o ponto de vista dos jovens; - A confiana nas potencialidades de cada jovem; - O exemplo pessoal do adulto; - Sees com nmero limitado de jovens e faixa etria prpria.

    Que formas de aplicao do Mtodo Escoteiro voc j uti-

    liza? Que outras idias conseguiria esboar?

    Mtodo Escoteiro Aplicao na Tropa Escoteira

    Aceitao da Promessa e da Lei

    Escoteira

    Aprender fazendo

    Vida em equipe

    Atividades progressivas, atraentes

    e variadas

    Desenvolvimento pessoal com

    orientao individual

    Que formas de aplicao do Mtodo Escoteiro voc j uti-

    liza? Que outras idias conseguiria esboar?

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    O Marco Simblico do Ramo Escoteiro

    Explorar novos territrios com um grupo de amigos O marco simblico que o Mtodo Escoteiro prope aos jovens

    de 11 a 14 anos guarda estreita correspondncia com trs caractersticas ou necessidades que os jovens de 11 a 14 anos experimentam e expressam: O gosto por explorar - conhecer coisas novas; O interesse em conquistar um espao prprio; e A satisfao de pertencer a um grupo de amigos.

    Esses centros de interesse se expressam tambm em outras idades porm, nesta etapa da adolescncia, ocupam um lugar predominante.

    cENTRO DE INTERESSE DOS JOVENS

    cOMO SE EXPRESSA NO PANORAMA DO rAMO eSCOTEIRO...

    O g

    ost

    o p

    or

    expl

    ora

    r

    Arrumar uma mochila e sair para acampamentos e excurses, como nas grandes expedie

    Mostrar as posibilidades fsicas, testar suas foras e ganhar autoconfiana.

    Colocar a prova a intelign-cia e capacidades intelectuais.

    Ampliar os conhecimentos

    para poder superar os desa-

    fios da explorao

    No nome do Ramo, que sig-nifica explorador, o que vai adiante, o que informa o que est por acontecer

    No convite aoo jovem a viver uma aventura, a ser o protagonista e no apenas o espectador

    Nas atividades que desafiam suas inteligencias e capaci-dades.

    Nas atividades ao ar livre, os acampamentos e excurses.

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    O in

    tere

    sse

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    a

    de

    um t

    erri

    tri

    o Ganhar espaos, ou seja, conhecer e compreender o mundo que os rodeia.

    Ganhar autonomia, ter seus prprios espaos

    Contribuir de alguma maneira para melhorar o mundo.

    Nas viagens, na explorao e no conhecimento de sua comu-nidade prxima e de seu pas.

    Desenvolver habilidades e con-hecimentos para ser cada vez mais autnomo

    as atividades de servio, na boa ao, nos projetos de ecologia

    O s

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    Fazer amigos, formar turma, reforar sua identidade por meio de denominaes, roupas parecidas, lugares especiais, humor, ritos de passagem, msica e gostos estticos comuns

    Na patrulha escoteira, um grupo natural de jovens como qualquer outro mas, que tem um sentido para sua vida e se orienta por valores escoteiros. tambm uma comunidade de aprendizagem com suas prprias atividades, lugares, smbolos e normas internas

    Que outros aspectos o Programa considera para atender s

    necessidades apresentadas?

    Como aplicar o Marco Simblico na Tropa: Basicamente, mediante trs procedimentos:

    1. Mantendo vivo o esprito de aventura; 2. Evocando o heri e transferindo o smbolo; 3. Contando histrias!

    Que outros aspectos o Programa considera para atender s

    necessidades apresentadas?

  • 23

    1.Manter vivo o esprito de aventura A idia simblica de explorar novos territrios com um grupo

    de amigos deve estar sempre latente na vida de grupo. Para conquistar isso, os escotistas devem repassar continuamente entre si os conceitos de marco simblico e confront-los com a forma como o aplicam na realidade cotidiana a Tropa. Como? Durante a montagem do Ciclo de Programa, estimule os jovens a pensar em coisas novas, em abordagens diferentes. Convide-os a experimentarem; Tente enxergar as histrias que podero ser contadas. Quem pode ser um exemplo de determinao se uma patrulha que fazer uma balsa e atravessar um lago?

    O xito sem igual que o Movimento Escoteiro tem obtido entre os jovens (tanto hoje como em sua origem) ocorre porque os convida a realizar atividades que correspondam estreitamente com trs dinamismos essenciais: explorao, territrio e turma. 2. Evocar o heri e transferir o smbolo

    A evocao de diferentes passagens da vida e das aventuras de exploradores e pesquisadores, homens e mulheres, podem estar presentes na Tropa e nas Patrulhas por meio de diferentes atividades: Animadas histrias em noites de acampamento Leituras sugeridas aos jovens individualmente Apresentao de exposies Atividades de investigao por patrulha Montagem de documentrios em vdeo Reflexes com um tema central em que tudo o que ocorre est relacionado com um relato ou personagem, inclusive o lugar escolhido, a alimentao, as roupas e ambientao. Dramatizaes no Fogo de Conselho Montagem de pequenos experimentos, maquetes ou objetos teis que foram usados em descobrimentos cientficos celebres Visita a lugares histricos e museus Feiras de inventores que estimulem a criatividade dos jovens Entrevistas com quem possa proporcionar informaes sobre feitos e personagens.

  • 24

    Conversas na Tropa com especialistas convidados Fruns e discusses a partir de determinados documentrios ou textos Os smbolos, tais como nome da Tropa, Bandeira, gritos, etc

    A lista de ideias interminvel e as atividades que se planejam variaro segundo os ambientes, as iniciativas dos jovens e os recursos disponveis. O importante que a evocao coloque os jovens em contato com um heri de verdade, que se trate de exploradores e investigadores a servio da humanidade e no guerreiros ou colonizadores a servio de causas obscuras, duvidosas, com desejo de poder, ideologias ou outros interesses semelhantes.

    Faa que a evocao seja atraente e que os jovens, juntamente com a recepo de informaes, possam fazer coisas que os ajudem a internalizar os conhecimentos adquiridos.

    Para que esta prtica funcione, os chefes precisam gerenciar informaes suficientes que lhes permitam fornecer ideias, sugerir exemplos e ser autnticos animadores da atividade. No Manual do Escotista h numerosos testemunhos de exploradores e pesquisadores, e muitos outros exemplos podem ser encontrados nos Guia que incentivam diferentes estgios da progresso dos jovens. No entanto, nunca ser demais que os escotistas busquem outras fontes..

    A evocao constante seguida, naturalmente, pela transferncia simblica, isto , um processo de internalizao do valor que se desprende da conduta do heri e uma reflexo sobre o impacto que este valor tem na vida pessoal e no comportamento.

    Os chefes devem favorecer que esse processo ocorra nos jovens com o mnimo possvel de interferncias. A aproximao ao testemunho do heri deve operar como uma experincia, que depende de cada pessoa. Ao adulto corresponde o papel de somente captar aquilo que est sendo ignorado e apresent-lo novamente ao jovem, como um mediador.

    Os chefes devem favorecer que esse processo ocorra nos jovens com o mnimo possvel de interferncias. A aproximao ao testemunho do heri deve operar como uma experincia, que depende de cada pessoa. Ao adulto corresponde o papel de somente captar aquilo que est sendo ignorado e apresent-lo novamente ao jovem, como um mediador.

  • 25

    3. Contar entrar na magia!O marco simblico projeta nos chefes escoteiros a virtude de

    saber contar, o que nem sempre se valoriza. Se um educador possui esta virtude, pouco se reconhece e, se lhe falta, no se pede que a obtenha.

    Narrar os testemunhos dos exploradores no consiste, ento, em relacionar feitos nem em aborrecer com datas, lugares e nomes. O saber contar a que nos referimos a capacidade de recriar um ambiente onde os personagens caminham, gesticulam, tem expresses faciais, gritam e gemem diante dos olhos dos jovens.

    Para narrar bem no se requer ser artista, nem poeta, nem contista, nem humorista. A fora da narrao est em viver o que se diz, de maneira que a histria brote do interior, saia de dentro.

    Para se conseguir isso, quem narra deve ser rico em intimidade, em pensamentos e em experincias, ou seja, ter algo para dizer aos outros. Isso se obtm observando, escutando, lendo, experimentando, vivendo com intensidade. O bom contador de histrias sabe descobrir em uma paisagem os diferentes tons de verde, porque v alm da simples aparncia das coisas. Tambm deve envolver em encanto e fluidez suas palavras, porque os jovens so muito sensveis ao que emociona.

    Alguns conselhos de bons contadores de histrias: A narrativa deve ser direta, sem se perder em divagaes ou enrolaes. A boa histria caminha como flecha ao alvo e no cansa os olhos nem de criana nem de homem. Uma narrativa viva se sbria. Basta que por si mesmo o feito mgico ou extraordinrio esteja bem carregado de eletricidade criadora. Para motivar o interesse no se necessita de adjetivos nem de expresses difceis ou pedantes. O atrativo deve brotar honrado e lmpido do ncleo da prpria histria. Como o bom ginasta, uma boa narrativa aquela que perdeu os excessos e o suprfluo e sobrado msculo puro. O contador deve ser sensvel e at humilde, de forma que

  • 26

    os jovens deixem de ver o contador e mergulhem nos feitos que narra. O contador deve saber escolher o momento oportuno. Alm disso, deve aprender a transformar tempos aparentemente perdidos em ocasies de boas histrias. Um dia de chuva, uma noite sem luz no acampamento, ou um vazio na programao de uma atividade, podem se converterem em uma oportunidade inesperada de uma histria. A descrio dever se transformar o quanto for possvel da histria em imagens, e deixar sem seu apoio somente aquilo que no pode se traduzir nelas; Use uma linguagem que tenha relao com o meio dos jovens e lembre-lhes situaes cotidianas. Narrar no somente modular palavras. A linguagem no verbal comunica muito mais que a verbal. O rosto, as mos, os gestos... Certamente lhe ajudaro na beleza da histria, pois os jovens gostam de ver comovido e muito vivo o rosto daquele que conta.

    Escolha algum personagem histrico, explorador, pesquisador, benfeitor da humanidade.1. Selecione um feito de sua vida e prepare uma narrao para a Tropa. 2. Defina os valores mais importantes a ressaltar desse personagem ou feito histrico. 3. Projete uma atividade educativa, inspirada nesse personagem ou feito histrico.

    O Sistema de Progresso

    Como parte do Programa Educativo, o Ramo Escoteiro trabalha com um Sistema de Avaliao da Progresso Pessoal, que visa oferecer ao jovem e ao escotista alguns indicadores para avaliar o crescimento pessoal de cada jovem. Esses indicadores revelam

    Escolha algum personagem histrico, explorador, pesquisador, benfeitor da humanidade.1. Selecione um feito de sua vida e prepare uma narrao para a Tropa.2. Defina os valores mais importantes a ressaltar desse personagem ou feito histrico. 3. Projete uma atividade educativa, inspirada nesse personagem ou feito histrico.

  • 27

    no s o impacto das atividades escoteiras nos jovens, mas tambm pontos fortes e fracos de cada um, o que permite uma interveno mais direta dos escotistas.

    O sistema se ocupa de jovens dos 11 aos 14 anos de idade.

    Para efetivar o acompanhamento, foram desenvolvidos indicadores que serviro de base para a avaliao dos jovens. Para motiv-los em busca do autodesenvolvimento estabeleceram-se duas Etapas de Progresso em cada uma das fases que compem a Pr-Adolescncia. Ou seja, a vivncia completa na Tropa Escoteira passa por quatro diferentes Etapas.

    Observe que a diviso dos perodos e fases considera a maturidade apresentada pelos jovens em determinadas idades, mas embora o critrio de idade seja baseado no que se observa na maioria dos jovens, deveremos estar atentos para o fato de que as pessoas so diferentes, com diferentes histrias e possibilidades, razo pela qual deveremos, principalmente, avaliar como poderemos ajudar os jovens a crescer.

  • 28

    O Sistema enxerga o jovem em todas as suas dimenses

    Como estamos falando de um movimento educativo, que

    tem como propsito contribuir com a formao integral dos

    jovens, entendemos que o processo de desenvolvimento

    pessoal deve considerar o ser humano em sua totalidade,

    ou seja, o desenvolvimento em seis reas: Desenvolvimento

    Fsico, Intelectual, Social, Afetivo, Espiritual e do Carter. Se por um lado as atividades escoteiras devem oferecer

    experincias educativas que auxiliem no desenvolvimento do

    jovem em todas essas reas, por outro o sistema de avalia-

    o deve ter indicadores que incentivem os jovens a crescer

    nas seis dimenses e que nos ajudem a fazer uma avaliao

    de como isso est acontecendo.

  • 29

    O Sistema leva em conta os Objetivos Educativos do Movimento Escoteiro

    Para efeitos de avaliao do processo educativo do Escotismo todo o sistema foi baseado na malha de Objetivos Educativos do Movimento Escoteiro.

    A malha de Objetivos foi formulada a partir de uma descrio do que chamamos de perfil de sada, ou seja, da descrio de como gostaramos que fossem as condutas de algum que, depois de viver um bom perodo como escoteiro, deixasse o Movimento ao contemplar os 21 anos de idade. A estas condutas, que esto dentro das seis reas de desenvolvimento, chamamos de OBJETIVOS FINAIS ou OBJETIVOS TERMINAIS.

    Para que algum alcance esses Objetivos Finais ele deve, em cada perodo e fase de desenvolvimento, adquirir as condutas que levem em direo a estes. A estas condutas damos o nome de OBJETIVOS INTERMEDIRIOS ou OBJETIVOS EDUCATIVOS. So as condutas que esperamos que cada pessoa demonstre, em cada determinado estgio de desenvolvimento, pois caracterizam as condutas apropriadas para aquele perodo ou fase, e so caracterstica da maioria das pessoas8.

    Para avaliao dos jovens os Objetivos foram transformados em Competncias

    Por COMPETNCIA define-se a unio de CONHECIMENTO, HABILIDADE e ATITUDE em relao a algum tema especfico. O aspecto educativo da Competncia que ela rene no s o SABER algo (Conhecimento), mas tambm o SABER FAZER (Habilidade) para aplicao do conhecimento e, mais ainda, SABER SER (Atitude) em relao ao que sabe e faz, ou seja, uma conduta que revela a incorporao de valores.

    No Caso do Ramo Escoteiro, foram estabelecidas 36 Competncias para as Etapas de Pistas e Trilha outras 36 Competncias para as Etapas de Rumo e Travessia.

    8 Mais informaes e a malha completa dos Objetivos pode ser encontrada nos livros Objetivos Finais e Intermedirios e Manual do Escotista Ramo Escoteiro, publicados pela UEB.

  • 30

    Para ajudar os jovens a conquistar essas Competncias so oferecidas atividades

    Para que os jovens caminhem facilmente em direo a essas competncias, e para que os chefes tenham parmetros na avaliao do que os jovens conquistam, para cada uma dessas competncias foi criado um conjunto de atividades. Esses conjuntos de atividades so os indicadores de aquisio das Competncias.

    Assim, no Guia das Etapas Pistas e Trilhas constam 36 Conjuntos de Atividades, cada uma com uma quantidade de itens que devem ser oferecidos aos jovens que esto neste perodo. No Guia das Etapas Rumo e Travessia constam outros 36 Conjuntos de Atividades, um pouco mais complexas, j que so destinadas aos jovens em uma fase de desenvolvimento mais adiantada.

    O conhecimento dessas Competncias extremamente relevante para os escotistas, mas no tem muita importncia para os jovens. Por isso, no Guia, sero encontrados apenas os Conjuntos de Atividades. Cada conjunto recebe um nmero que o relaciona com as Competncias.

    Importante ressaltar que, alm desses 36 conjuntos de Atividades, tambm constam, em cada um dos Guias, um conjunto adicional para a Modalidade do Mar e outro para a Modalidade do Ar.

    O Sistema completo O Sistema de Progresso foi idealizado da seguinte maneira:

  • 31

    1. O ingresso pode ser feito por um jovem que veio do Ramo Lobinho. Ele est, nesse caso, na faixa etria entre 10 a 11anos de idade, ou pode ser feita por um jovem que no veio da Alcateia e cuja idade pode estar entre 11 a 14 anos;2. Independentemente da origem, todos ingressam na Tropa em um PERODO INTRODUTRIO, que ter uma durao mdia de 3 meses. Os jovens que vieram do Ramo Lobinho tero mais facilidade nesse momento e por certo vivero esse perodo em tempo mais curto. Para considerarmos concludo o Perodo Introdutrio, o jovem dever passar por um conjunto de itens que validaro sua integrao na Tropa;3. Ao final do Perodo Introdutrio o jovem passar pela Cerimnia de Integrao, na qual receber o Leno do Grupo Escoteiro e o seu primeiro distintivo de Progresso. Neste momento o jovem tambm poder fazer sua Cerimnia de Promessa, recebendo seu distintivo de Promessa. Caso isso no acontea, por deciso do jovem, os escotistas devero atuar para que ele faa sua Promessa em perodo futuro, que recomenda-se que no seja superior a dois meses 9; 4. Para decidir-se qual Etapa de Progresso o jovem recebe aps os itens do perodo introdutrio, existem duas formas, sendo que caber ao Grupo Escoteiro decidir qual delas adotar.a. Acesso Linear Nesta opo, independente da Fase de Desenvolvimento e maturidade, todos os jovens ingressaro sempre na Etapa de Pistas, e avanaro na Progresso pela conquista das atividades previstas em cada Etapa.b. Acesso Direto - Ao aproximar-se do final do Perodo Introdutrio o escotista que acompanhar a progresso do jovem conversar com ele, avaliando em que fase de desenvolvimento

    9 Essa recomendao tem uma razo de ser. No se concebe o Mtodo sendo aplicado parcialmente. Ele deve ser aplicado em sua totalidade, visando criar um ambiente de aprendizagem e motivao. Se um jovem que est a um longo perodo na Tropa no se sente apto a fazer sua Promessa, algo est errado. Ou estamos apresentando a ele um cdigo que o amedronta, afasta; ou, este cdigo no faz parte daquele grupo; ou ainda porque no o apresentamos de maneira adequada. Respeitar o tempo de cada um fundamental. Mas, devemos estimular a Promessa como estimulamos a participao em um acampamento: com disposio e insistncia!

  • 32

    ele est, e quanto, das atividades previstas para esta Etapa, ele j conquistou ou demonstra muita facilidade em conquistar. Neste caso, em acordo entre o escotista e o jovem, ser considerado o grau de maturidade do jovem, ou seja, ele ingressar na Etapa de Progresso correspondente a sua Fase de Desenvolvimento. 5. Para efeitos de progresso, devem ser levados em considerao os seguintes parmetros: Para passar da Etapa de Pistas para Etapa de Trilha realizar metade das atividades propostas para esta fase; Para passar da Etapa de Trilha para Etapa do Rumo realizar a totalidade das atividades propostos para a Etapa de Pistas e Trilha; Para passar da Etapa do Rumo para Etapa da Travessia realizar metade das atividades propostos para esta fase; Uma vez na Etapa de Travessia e realizadas todas as atividades previstas, o jovem poder conquistar o Distintivo de Escoteiro Lis de Ouro. 6. Depois da cerimnia de integrao o jovem pode comear a conquistar Especialidades. Ao somar os nmeros definidos, poder conquistar os Cordes de Eficincia. 7. Depois da cerimnia de integrao poder tambm trabalhar para a conquista da Insgnia Mundial do Meio Ambiente.

    importante destacar o que se entende por realizar a metade/totalidade dos itens. Em nenhum momento espera-se que um adulto impea a Progresso de um jovem pela falta de uma ou duas atividades. Oferecemos experincias e avaliamos em conjunto com o jovem o desenvolvimento demonstrado.

    Tambm no se deve entender que apenas a realizao de um conjunto de atividades referente uma Competncia garante sua conquista. misso dos escotistas, mais do que verificar se uma atividade foi feita ou no, avaliar se o jovem est se aproximando do definido na competncia, e motivar os jovens nesta direo.

    Se o jovem, no momento de avaliao de sua Progresso

    2

    importante destacar o que se entende por realizar a metade/totalidade dos itens. Em nenhum momento espera-se que um adulto impea a Progresso de um jovem pela falta de uma ou duas atividades. Oferecemos experincias e avaliamos em conjunto com o jovem o desenvolvimento demonstrado.

    Tambm no se deve entender que apenas a realizao de um conjunto de atividades referente uma Competnciagarante sua conquista. misso dos escotistas, mais do que verificar se uma atividade foi feita ou no, avaliar se o jovem est se aproximando do definido na competncia, e motivar os jovens nesta direo.

    Se o jovem, no momento de avaliao de sua Progresso

  • 33

    no se sentir seguro acerca da aquisio de um conheci-mento, habilidade ou atitude, deve ser estimulado a realizar outras atividades que o levem neste caminho. O contrrio tambm vale: um jovem que j demonstre uma competncia pode ser liberado de determinada atividade que julgue incua ou entediante, desde que acordado com o escotista.

    Tampouco se espera que todos faam exatamente as mes-mas atividades. H a opo de substituio de itens por quaisquer outros que julgarmos interessantes, considerando a realidade de cada jovem. Montar um blog pode ser muito fcil para um deles, enquanto para outro exigir um esforo de disciplina tremendo. Este aspecto permite que jovens com alguma deficincia desfrutem de todo o potencial que o Mo-vimento Escoteiro lhes possa oferecer.

    O Perodo Introdutrio O Perodo Introdutrio destinado integrao do jovem

    Tropa. Ou seja, um tempo em que o jovem poder conhecer e ser conhecido. Ser conhecido, pois ingressar em uma patrulha e ser avaliado por seus pares; um escotista ser encarregado de acompanh-lo e ir observar seu relacionamento com os demais e a sua capacidade em aprender. Verificar tambm se sua maturidade est de acordo com sua idade ou se suas condutas esto dentro do que est previsto para determinada faixa etria. Tambm conhecer sobre a vida na Tropa, pois ter algumas atividades a executar. So elas: Conhecer a estrutura da Tropa Escoteira. Conhecer os membros de sua Patrulha e os seus encargos. Entender e uso o lema do Escoteiro, o sinal, a saudao e o aperto de mo. Reconhecer os sinais manuais e apitos de comandos. Saber o grito da sua patrulha e conhecer o seu significado. Conhecer o uniforme/traje escoteiro e o significado dos seus distintivos. Conhecer o sistema de progresso escoteiro. Saber como hastear e arriar a bandeira Nacional.

    no se sentir seguro acerca da aquisio de um conheci-mento, habilidade ou atitude, deve ser estimulado a realizar outras atividades que o levem neste caminho. O contrrio tambm vale: um jovem que j demonstre uma competncia pode ser liberado de determinada atividade que julgue incua ou entediante, desde que acordado com o escotista.

    Tampouco se espera que todos faam exatamente as mes-mas atividades. H a opo de substituio de itens por quaisquer outros que julgarmos interessantes, considerando a realidade de cada jovem. Montar um blog pode ser muito fcil para um deles, enquanto para outro exigir um esforo de disciplina tremendo. Este aspecto permite que jovens com alguma deficincia desfrutem de todo o potencial que o Mo-vimento Escoteiro lhes possa oferecer.

  • 34

    Conhecer os aspectos mais importantes da histria do Escotismo e da vida seu Fundador. Conhecer a Lei e Promessa Escoteiras. Participar das atividades com suaPatrulha.

    Ao ser avaliado positivamente nestes itens, o jovem far sua Cerimnia de Integrao. Dever ser incentivado a fazer a sua Promessa Escoteira no mesmo momento.

    As Competncias e os Conjuntos de Atividades Os conjuntos de atividades so apresentados aos jovens nos

    Guias. O intuito de que eles realizem o mximo de atividades possveis, marcando-as. Alm de acompanhar este processo, os adultos tambm devem olhar outros dois aspectos importantes: Competncias: Originadas nos Objetivos Educativos, so os aspectos que orientam as definies de atividades e que devem ser observados quando da avaliao da Progresso de cada jovem. Avaliar o desenvolvimento no significa apenas verificar se o jovem executou as atividades propostas. Significa avaliar se as atividades sugeridas e realizadas cumpriram seu papel, que o de facilitar a incorporao dos conhecimentos, habilidades e condutas expressas nos objetivos educacionais. Se isto no aconteceu, uma atividade pode ser substituda ou novas atividades devem ser propostas, at que o objetivo educacional tenham sido alcanado; Outras idias: Deve-se ter em mente, quando outras atividades so incorporadas ou algumas atividades substitudas, que isto acontece no intuito de oferecermos ao jovem a possibilidade de, efetivamente, atingir um objetivo educacional. Um jovem cadeirante tem objetivos fsicos a cumprir, que, obviamente, so diferentes do objetivo de um jovem que caminha normalmente. Tambm preciso considerar que os jovens tm atividades diversas as que realizam num Grupo Escoteiro. Elas, necessariamente, tm de estar sob o escopo da avaliao da Progresso; 10

    10 Um jovem que participa de programas de formao religiosa ou esportiva realiza atividades que esto completamente adequadas aos objetivos espirituais ou fsicos. Um verdadeiro escotista no deve ignorar este fato.

  • 35

    Os objetivos (e as atividades) propostos para o jovens nas etapas de Pistas e Trilha sero ampliados (ou seja, exigiro mais ou novos esforos dos jovens) nas etapas de Rumo e Travessia. O mesmo acontece com sugestes de outras atividades possveis. Vamos a elas:

  • 36

    Os Conjuntos de Atividades

    Pista e TrilhaDESENVOLVIMENTO FSICO

    Competncia

    Outras atividades possveis

    Atividades (Indicadores)

    Atividades (Indicadores)

    Atividades (Indicadores)

    1Participar de pelo menos 5 atividades ao Ar livre da patrulha (jornadas, excurses, acampamentos de patrulha ou tropa) utilizando normas de baixo impacto ambientalConhecer e aplicar normas de limpeza no tratamento e na conservao de alimentos nas atividades de Patrulha;Aferir seu passo duplo, conhecer as medidas de seu corpo e aplicar- las em avaliaes e medies.Conhecer os elementos que compem a Caixa de Primeiros Socorros da patrulha;

    Atividades (Indicadores)

    Atividades (Indicadores)

    Atividades (Indicadores)

    Participar de pelo menos 5 atividades ao Ar livre da patrulha (jornadas, excurses, acampamentos de patrulhaou tropa) utilizando normas de baixo impacto ambientalConhecer e aplicar normas de limpeza no tratamento e na conservao de alimentos nas atividades de Patrulha;Aferir seu passo duplo, conhecer as medidas de seu corpo e aplicar-las em avaliaes e medies.Conhecer os elementos que compem a Caixa de Primeiros Socorros da patrulha;

    No

    Percebo que meu corpo est mudando, e fao atividades que o ajudam a ser forte e sadio, evitando aquilo que

    pode me fazer mal.

  • 37

    Manter hbitos de higiene individual, demonstrar cuidado com o traje ou uniforme escoteiro e utilizar corretamente os distintivos e emblemas.Classificar o lixo em diferentes categorias e saber como tratar os diferentes tipos de resduos de acampamentos ou excurses utilizando engenhocas para melhorar a higiene e o conforto nos acampamentos;Participar da manuteno do canto de patrulha; conhecer os materiais de sua patrulha e contribuir para a sua conservao, organizao e limpeza;Montar corretamente uma mochila para um acampamento de 3 dias e manter seu equipamento pessoal em bom estado;

    3

    2Conhecer as aes iniciais que devem ser tomadas num acidente e saber como cuidar de ferimentos leves; bandagens e transporte de feridos, pequenos cortes e insetos. Aplicar medidas de segurana nas atividades de patrulha e Tropa;Saber como prevenir os males da exposio ao sol: insolao, desidratao, queimaduras, cncer de pele.

    Conhecer as aes iniciais que devem ser tomadas num acidente e saber como cuidar de ferimentos leves; bandagense transporte de feridos, pequenos cortes e insetos.Aplicar medidas de segurana nas atividades de patrulha e Tropa;Saber como prevenir os males da exposio ao sol: insolao, desidratao, queimaduras, cncer de pele.

    Participo das atividades organizadas por minha patrulha cuidando para no colocar em risco minha sade e a de meus

    companheiros.

    Mantenho limpo e arrumado o ambiente em que fao minhas coisas, e cuido da minha higiene e apresentao pessoal.

  • 38

    Realizar regularmente uma atividade fsica ou o esporte que escolheu.Realizar regularmente uma atividade fsica ou o esporteque escolheu. 6

    Montar o cardpio de uma jornada e durante as atividades de sua patrulha, fazer as refeies de maneira equilibrada;Colaborar na elaborao de alimentos (como cozinheiro ou copeiro) em pelo menos trs atividades ao ar livre da patrulha; (jornadas, excurses ou acampamento de patrulha) Montar uma soluo para purificao de gua em acampamentos. Utilizar diversos tipos de fogos de acampamento, de maneira adequada e segura.

    Montar o cardpio de uma jornada e durante as atividadesde sua patrulha, fazer as refeies de maneira equilibrada;Colaborar na elaborao de alimentos (como cozinheiro ou copeiro) em pelo menos trs atividades ao ar livre da patrulha; (jornadas, excurses ou acampamento de patrulha)Montar uma soluo para purificao de gua em acampamentos.Utilizar diversos tipos de fogos de acampamento, de maneiraadequada e segura.

    4

    Organizar seu tempo utilizando uma agenda ou instrumento similar;Realizar, dentro do prazo, as suas tarefas escolares Freqentar regularmente as atividades e reunies da sua patrulha e da tropa;

    Organizar seu tempo utilizando uma agenda ouinstrumento similar;Realizar, dentro do prazo, as suas tarefas escolaresFreqentar regularmente as atividades e reunies da suapatrulha e da tropa;

    5

    Como alimentos saudveis, nas horas certas, e cuido da limpeza ao preparar refeies.

    Dedico ao estudo tempo suficiente, e uso meu tempo livre para participar de atividades recreativas e variadas.

    Pratico atividades fsicas regularmente e participo de muitos jogos, respeitando as suas regras e os demais participantes.

  • 39

    DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL

    Traar e seguir sinais de pista em um percurso de pelo menos 500 metros em rea de campo, e pelo menos 1.000 metros em rea urbana.Utilizar um mapa e uma bssola para orientar-se; Aplicar as tcnicas de tocaia em um jogo com sua Patrulha ou Tropa.

    Traar e seguir sinais de pista em um percurso de pelo menos 500 metros em rea de campo, e pelo menos 1.000 metros em rea urbana.Utilizar um mapa e uma bssola para orientar-se;Aplicar as tcnicas de tocaia em um jogo com sua Patrulha ou Tropa.

    7

    Explorar com sua patrulha ou Tropa a comunidade onde vive, identificando problemas e buscando solues;Estimar altura e distncias utilizando distintos mtodos. Ler um livro e aps a leitura apresentar um resumo a patrulhaSaber utilizar alguma tcnica de previso do tempo por indcios naturais;

    8

    Participar de diversos jogos com sua patrulha e Tropa respeitando as regras e aos demais participantes.

    Interesso-me pelo que se passa a minha volta e estou sempre disposto a aprender coisas novas.

    Sei buscar informaes que me ajudam a analisar problemas e encontrar solues, procurando minhas prprias leituras e

    relacionando com as coisas que me acontecem.

  • 40

    Participar de, pelo menos, dois Jogos Democrticos de sua Tropa

    9Participar de, pelo menos, dois Jogos Democrticos de sua TropaParticipar ativamente de seu Conselho de Patrulha contribuindo com idias e pontos de vista.Participar da organizao e planejamento de uma excurso de patrulha; e contribuir com idias para as atividades de Patrulha ou Tropa;Avaliar as atividades juntamente com sua patrulha ou Tropa;

    Demonstrar que utiliza as especialidades que conquista para colaborar em sua patrulha, casa ou escola.Ajudar um escoteiro da patrulha a conquistar uma especialidade.

    10Demonstrar que utiliza as especialidades que conquista para colaborar em sua patrulha, casa ou escola.Ajudar um escoteiro da patrulha a conquistar umaespecialidade.

    Participar de um fogo de conselho e de uma apresentao com sua patrulha;Construir, com sucata, um instrumento musical;

    11

    Conheo as Especialidades e as utilizo sempre que necessrio .

    Participo das atividades decididas por meu grupo de amigos, contribuindo nas discusses, manifestando minhas idias e

    experincias.

    Participo com entusiasmo das atividades artsticas de minha Tropa.

  • 41

    Conhecer e cantar algumas canes e danas tradicionais do Movimento Escoteiro e de sua Tropa, em especial, o Hino Alerta.

    Ler e escrever mensagens usando um cdigo secreto de sua patrulha;Utilizar corretamente um rdio comunicador numa atividade de sua patrulhaMontar um blog, lista de e-mails ou projeto similar que contribua para melhorar a comunicao em sua patrulha ou Tropa;

    12Ler e escrever mensagens usando um cdigo secreto de sua patrulha;Utilizar corretamente um rdio comunicador numa atividade de sua patrulhaMontar um blog, lista de e-mails ou projeto similar quecontribua para melhorar a comunicao em sua patrulha ouTropa;

    Participar ativamente da construo de pioneiras num acampamento de tropa, aplicando pelo menos os seguintes ns e amarras: direito, volta do fiel ou volta da ribeira, n de escota, amarra quadrada e diagonal.Saber utilizar e conservar as ferramentas tpicas de uma patrulha (machadinha, faco, etc.) e demonstrar os cuidados bsicos com os utenslios de campo (como lampies e fogareiros).Participar da construo de um Fogo Suspenso ou Forno de Acampamento;

    13

    Conheo vrias tcnicas de comunicao e sei utilizar algumas delas.

    Procuro desenvolver minhas habilidades manuais

  • 42

    DESENVOLVIMENTO DO CARTER

    Propor objetivos e aes para melhorar em alguns aspectos da sua vida;Participar da avaliao de sua progresso pessoal e das de seus companheiros em Conselho de Patrulha.Avaliar o seu desempenho e o de seus companheiros nos cargos de patrulha;

    Propor objetivos e aes para melhorar em alguns aspectos da sua vida;Participar da avaliao de sua progresso pessoal e das de seus companheiros em Conselho de Patrulha.Avaliar o seu desempenho e o de seus companheiros noscargos de patrulha;

    14

    Explicar o significado da Lei e da Promessa Escoteiras aos novos integrantes da sua patrulha;Participar corretamente das cerimnias com os Smbolos Nacionais e saber cantar o Hino Nacional

    15

    Explicar, a partir do seu ponto de vista, o que significa ser leal;

    16

    Procuro me conhecer cada vez mais, analisando as crticas que recebo e definindo aes para melhorar dia a dia.

    Compreendo a Lei e a Promessa Escoteira, e estou sempre disposto a aplic-las em minha vida.

    Sei o que significa lealdade e procuro agir desta forma com os outros e comigo mesmo.

  • 43

    Aplicar o conceito de lealdade em jogos e atividades de sua Patrulha e Tropa;Aplicar o conceito de lealdade em jogos e atividades de suaPatrulha e Tropa;

    Participar como animador em um acampamento de sua patrulhaConhecer historias de pessoas que se sobrepuseram em momentos difceis e os relatar aos seus companheiros de patrulha.

    17

    Respeitar e apoiar as decises tomadas no Conselho de Patrulha, ainda que no esteja de acordo;Ajudar a melhorar a organizao de seu Conselho de Patrulha;Participar da eleio do Monitor da sua patrulha

    18Respeitar e apoiar as decises tomadas no Conselho dePatrulha, ainda que no esteja de acordo;Ajudar a melhorar a organizao de seu Conselho dePatrulha;Participar da eleio do Monitor da sua patrulha

    Procuro ser alegre, mesmo nos momentos difceis, compartilho minha alegria com os outros respeitando a todos.

    Escuto os conselhos que recebo do meu grupo de amigos e respeito as decises que tomamos, mesmo quando penso de

    maneira diferente.

  • 44

    Pesquisar os malefcios de drogas e entorpecentes; Contribuir na manuteno de Livro de Patrulha; Participar de um turno de ronda em um acampamento de Tropa;Registrar, em algum tipo de diario ou arquivo, os principais momentos da sua historia pessoal.

    DESENVOLVIMENTO AFETIVO

    19Pesquisar os malefcios de drogas e entorpecentes;Contribuir na manuteno de Livro de Patrulha; Participar de um turno de ronda em um acampamento de Tropa;Registrar, em algum tipo de diario ou arquivo, os principais momentos da sua historia pessoal.

    Participar de um debate sobre um filme ou um documentrio com temtica ambiental ou social;Participar ativamente nas Assemblias expressando sua opinio de forma respeitosa;Propor temas para debater em seu Conselho de Patrulha; Participar da avaliao de um acampamento de tropa

    20Participar de um debate sobre um filme ou um documentrio com temtica ambiental ou social;Participar ativamente nas Assemblias expressando suaopinio de forma respeitosa;Propor temas para debater em seu Conselho de Patrulha; Participar da avaliao de um acampamento de tropa

    2

    Auxiliar a um novo integrante da patrulha a se ambientar;

    21

    Compreendo meus sentimentos e sei a quem procurar quando estou triste e confuso.

    Escuto a opinio dos outros e, se no concordo digo isso com respeito, mantendo ou no minha posio conforme minhas

    convices.

    Trato a todos com generosidade e gentileza

  • 45

    Participar de uma cerimnia com a presena dos pais, responsveis ou irmos;Participar de uma atividade de sua patrulha junto aos seus pais, responsveis, irmos;Solicitar ajuda dos seus pais ou familiares para capacitar a patrulha em algum tema de interesse (por exemplo: cozinha, mecnica, pintura, etc.);

    23Participar de uma cerimnia com a presena dos pais, responsveis ou irmos;Participar de uma atividade de sua patrulha junto aos seus pais, responsveis, irmos;Solicitar ajuda dos seus pais ou familiares para capacitar apatrulha em algum tema de interesse (por exemplo: cozinha,mecnica, pintura, etc.);

    Participar de atividades nas quais se promove a igualdade de direitos e deveres entre as pessoas;Compartilhar por igual com seus irmos as tarefas domsticas;Investigar sobre mulheres que se destacaram na histria de nosso pas;

    22

    Convidar sua patrulha para uma reunio em sua residncia;

    Entendo que homens e mulheres so iguais em direitos e deveres.

    Procuro participar com minha famlia de atividades dentro e fora do Grupo Escoteiro.

  • 46

    Assumir distintas responsabilidades nas atividades de sua patrulha e sua TropaColaborar para definio de metas da sua patrulha. Assumir e desempenhar satisfatoriamente um cargo na patrulhaParticipar das decises que toma seu Conselho de Patrulha, contribuindo com idias, votando e assumindo responsabilidades em distintas tarefas, atividades e projetos.

    25Assumir distintas responsabilidades nas atividades de sua patrulha e sua TropaColaborar para definio de metas da sua patrulha. Assumir e desempenhar satisfatoriamente um cargo napatrulhaParticipar das decises que toma seu Conselho de Patrulha, contribuindo com idias, votando e assumindo responsabilidades em distintas tarefas, atividades e projetos.

    DESENVOLVIMENTO SOCIAL

    Investigar sobre a vida de pessoas que lutaram pelos direitos humanos no Brasil e no Mundo, e apresentar para a Tropa.Participar de atividades nas quais se divulga a Declarao Universal dos Direitos Humanos.

    24Investigar sobre a vida de pessoas que lutaram pelosdireitos humanos no Brasil e no Mundo, e apresentar para a Tropa.Participar de atividades nas quais se divulga a Declarao Universal dos Direitos Humanos.

    Entendo o que so os Direitos Humanos e procuro respeit-los.

    Participo da definio das metas e decises nas diferentes equipes que participo, assumindo as responsabilidades que me

    cabem.

  • 47

    Fazer um croqui da rea onde reside, identificando os servios pblicos de seu bairro.Conhecer a localizao e nmero de telefone dos distintos servios pblicos de seu bairro.

    28

    Realizar boas aes individuais e participar de boas aes coletivas com sua patrulha ou Tropa;Participar de um MUTCOM;

    27

    Participar ativamente de uma Assemblia de Tropa, analisando as normas de convivncia e propondo melhorias;Estudar sobre a organizao do Escotismo Brasileiro e apresentar o resultado para sua patrulha ou Tropa;Conhecer a Estrutura de um Grupo Escoteiro

    s;26

    Colaboro na elaborao das normas dos diferentes grupos que participo, cumprindo aquilo com que me comprometo.

    Procuro fazer todos os dias uma boa ao e estou sempre disposto a participar de atividades de servio ao prximo.

    Conheo o bairro onde moro e sei onde encontrar os principais servios pblicos.

  • 48

    Explicar aos novos integrantes de sua patrulha os significados da Flor de Lis e saudao escoteira;Conhecer a histria de seu Grupo Escoteiro e seus smbolos; Participar de uma atividade, distrital, Regional e ou Jamboree NacionalParticipar de um JOTI ou JOTA;

    30Explicar aos novos integrantes de sua patrulha os significados da Flor de Lis e saudao escoteira;Conhecer a histria de seu Grupo Escoteiro e seus smbolos;Participar de uma atividade, distrital, Regional e ou Jamboree NacionalParticipar de um JOTI ou JOTA;

    Participar de uma atividade da sua patrulha e/ou Tropa em que se promova a paz e compreenso entre as pessoas;

    31

    Participar, junto com sua patrulha, de uma comemorao tpica de sua regio;Participar de um Jantar Festivo na Tropa, representando um Estado diferente do seu;Pesquisar e colocar em prtica alguns jogos e atividades tpicas dos habitantes da regio onde voc vive;Participar de um evento cvico, com sua patrulha ou tropa;

    29

    Procuro conhecer a cultura do meu pas.

    Conheo os principais smbolos da fraternidade escoteira mundial e procuro participar de atividades que renam

    escoteiros de diferentes lugares.

    Participo de atividades voltadas para a paz e a compreenso entre os seres humanos.

  • 49

    Pesquisar sobre a vida de pessoas que trabalharam pela paz no Brasil e apresentar o resultado para sua patrulha ou Tropa;

    Participar de um projeto ambiental com sua patrulha ou Tropa e aplicar as normas de acampamento de baixo impacto em acampamentos e excurses.Realizar levantamento de pegadas de animais de sua regio; Participar de uma excurso urbana com motivo ecolgico.

    32Participar de um projeto ambiental com sua patrulha ou Tropa e aplicar as normas de acampamento de baixo impacto em acampamentos e excurses.Realizar levantamento de pegadas de animais de sua regio;Participar de uma excurso urbana com motivo ecolgico.

    DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

    Fazer oraes rotineiras na tropa ou patrulha, inclusive a Orao do EscoteiroParticipar das celebraes de sua confisso religiosa; Realizar reflexes junto a sua patrulha nas excurses e acampamentos;

    33Fazer oraes rotineiras na tropa ou patrulha, inclusive aOrao do EscoteiroParticipar das celebraes de sua confisso religiosa;Realizar reflexes junto a sua patrulha nas excurses eacampamentos;

    Conheo os diferentes ecossistemas de meu pas e me preocupo em participar de projetos ambientais.

    Participo de atividades de reflexo e celebraes religiosas.

  • 50

    Participar de uma atividade de servio comunitrio com os integrantes de sua comunidade religiosa;Aplicar os ensinamentos de sua confisso religiosa nas coisas que faz no seu dia-a-dia;Apresentar Tropa um pequeno relato de ensinamentos da sua confisso religiosa.

    Participar de uma atividade de servio comunitrio com os integrantes de sua comunidade religiosa;Aplicar os ensinamentos de sua confisso religiosa nas coisas que faz no seu dia-a-dia;Apresentar Tropa um pequeno relato de ensinamentos da sua confisso religiosa.

    Conhecer as diferentes confisses religiosas as quais pertencem seus amigos de Patrulha, Tropa, Escola de Comunidade.

    36

    34

    Participar da construo de um espao de reflexo em um acampamento de Tropa;Orar utilizando uma orao prpria da Tropa ou de sua patrulha.Praticar a orao como forma de relacionar-se com Deus. Organizar ou contribuir com um livreto de oraes para a sua patrulha.

    Participar da construo de um espao de reflexo em umacampamento de Tropa;Orar utilizando uma orao prpria da Tropa ou de sua patrulha.Praticar a orao como forma de relacionar-se com Deus. Organizar ou contribuir com um livreto de oraes para a sua patrulha.

    m 35

    Conheo e procuro aplicar os ensinamentos de minha f em tudo o que fao.

    Entendo a orao como forma de me relacionar com Deus e procuro faz-la todos os dias.

    Entendo que existem diferentes religies em meu pas, e que devo conviver fraternalmente com todas as pessoas,

    independentemente da sua religio.

  • 51

    Pesquisar os principais pontos de uma confisso religiosa diferente da sua e apresentar para a TropaPesquisar os principais pontos de uma confisso religiosa diferente da sua e apresentar para a Tropa

    CONJUNTO ESPECFICO PARA MODALIDADE DO MAR

    Nadar 25 metros em qualquer estilo. Conhecer e saber usar um colete salva-vidas.Cantar sozinho ou com sua patrulha, em coro, o Ra-ta-pan do Mar e fazer uma exposio sobre a histria do Escotismo do Mar para escoteiros de outra modalidade ou para jovens no pertencentes ao escotismo.Demonstrar que sabe as nomenclaturas de uma embarcao mida.Conhecer o Sistema de Patrulhas do Mar tripulando uma embarcao escoteira a remo ou vela em atividade.Acampar com sua patrulha ou tropa numa praia, e/ou ilha, e/ou s margens de um rio, e/ou lago (lagoa), e/ou represa, demonstrando (durante esta atividade) que capaz de boiar por pelo menos 2 minutos.

    Participar de um jogo naval ou misso onde realize uma transmisso de mensagem utilizando o cdigo morse, de uma embarcao para outra, de embarcao para terra ou de uma ilha para terra.

    rar37

  • 52

    Observar a costa martima local fazendo a descrio dos locais mais perigosos e com ndice de acidentes martimos, possuindo uma relao de contatos de socorro local emergencial para casos de afogamentos e desastres martimos, em que possa agir rapidamente.Empatar um anzol, preparar uma vara de pesca, conhecendo o material necessrio para a pesca organizando ou participando de uma atividade de pesca com sua patrulha ou tropa, cozinhando a pesca lenha.Participar ou ajudar a organizar uma regata de qualquer tipo de embarcaes como membro de uma tripulao ou na comisso de regatas.Fazer um prumo de mo e us-lo para medio em algum local quando em atividade, tendo uma noo de profundidades em cartas nuticas.

  • 53

    CONJUNTO ESPECFICO PARA MODALIDADE DO AR

    Construir sozinho, ou em conjunto com a Patrulha, uma pipa com no mnimo 1 metro de envergadura e a elev-la a uma altura de mais de 25 metros ou 100 metros de cabo.Apresentar em uma maquete as partes principais de uma aeronave de pequeno porte Reconhecer no Cu, durante um acampamento, trs constelaes. alm do Cruzeiro do SulConstruir uma estao meteorolgica simples com os principais instrumentos (barmetro, pluvimetro, anemmetro e higrmetro) e demonstrar sua utilizao para a Tropa.Conhecer e demonstrar para a Tropa as quatro principais foras atuantes em uma aeronave durante o vo.Cantar, individualmente ou em conjunto com sua Patrulha, a Cano Rataplan do Ar ou o Hino da Modalidade do ArRealizar uma conversa telefnica ou por internet com outro jovem em diferente localidade com base no horrio UTC e efetuar o ajuste no relgio para sua localidadeApresentar (com cartaz, maquetes, recortes, painel, fazer vdeo ou pea teatral) sozinho, ou em conjunto com a Patrulha, a histria de Alberto Santos Dumont e suas criaes. Apresentar (com cartaz, maquetes, recortes, painel, fazer vdeo ou pea teatral) sozinho, ou em conjunto com a Patrulha, a histria da Modalidade do ARConstruir um planador lanado a mo que voe pelo menos cinco segundos, na melhor de trs tentativas.

    38

  • 54

    Reconhecer os tipos mais comuns de animais venenosos e peonhentos de sua regio;Manter em dia os elementos que compem a Caixa de Primeiros Socorros da patrulha; Aplicar medidas Gerais de segurana em caso de acidentes, e saber determinar a ordem de prioridades quando assistir a um acidente e utilizar distintas tcnicas para o transporte de feridosSaber agir em casos de hemorragia

    Participar de pelo menos 5 atividades ao Ar Livre da patrulha (acampamentos ou excurses) utilizando normas de baixo impacto ambiental.Saber explicar as mudanas que esto acontecendo no seu corpo; conhecer os males da Anorexia , Bulimia , os perigos do lcool e Cigarro e manter hbitos de higiene pessoal. Participar de uma Jornada de Travessia

    Reconhecer os tipos mais comuns de animais venenosos e peonhentos de sua regio;Manter em dia os elementos que compem a Caixa de Primeiros Socorros da patrulha;Aplicar medidas Gerais de segurana em caso de acidentes,e saber determinar a ordem de prioridades quando assistira um acidente e utilizar distintas tcnicas para o transporte de feridosSaber agir em casos de hemorragia

    Rumo e Travessia

    DESENVOLVIMENTO FISICO

    1

    2

    Respeito meu corpo e o dos outros, entendo as mudanas que esto acontecendo, como me afetam e procuro superar as

    dificuldades fsicas prprias de meu crescimento.

    Sei o que fazer em caso de uma enfermidade ou acidente.

  • 55

    Preparar 5 refeies para sua patrulha, incluindo a preparao de um prato quente e de uma sobremesa sendo 3 refeies em fogueira ou fogo de campo;Montar o cardpio de um acampamento de patrulha de fim de semana e fazer as refeies de maneira equilibrada, durante as atividades de patrulha.Cozinhar ao ar livre sem utenslios (comida mateira), respeitando as normas de limpeza;

    Preparar 5 refeies para sua patrulha, incluindo a preparaode um prato quente e de uma sobremesa sendo 3 refeiesem fogueira ou fogo de campo;Montar o cardpio de um acampamento de patrulha defim de semana e fazer as refeies de maneira equilibrada,durante as atividades de patrulha.Cozinhar ao ar livre sem utenslios (comida mateira),respeitando as normas de limpeza;

    Participar de uma atividade de renovao do Canto de Patrulha (em sede);Propor e executar uma atividade de melhoria em algum local visitado pela patrulha em acampamentos e manter em ordem seu quarto e objetos pessoais.Demonstrar cuidado com seu traje ou uniforme escoteiro e costurar os seus distintivos e insgnias.Montar corretamente uma mochila para um acampamento de 5 dias e manter o equipamentos de sua patrulha em bom estado.

    Participar de uma atividade de renovao do Canto de Patrulha (em sede);Propor e executar uma atividade de melhoria em algum local visitado pela patrulha em acampamentos e manter em ordem seu quarto e objetos pessoais.Demonstrar cuidado com seu traje ou uniforme escoteiro e costurar os seus distintivos e insgnias.Montar corretamente uma mochila para um acampamento de 5 dias e manter o equipamentos de sua patrulha em bom estado.

    3

    4

    Mantenho minhas coisas limpas e organizadas, cuido dos lugares que visito e da minha apresentao pessoal.

    Sei preparar uma refeio com ordem e limpeza, considerando os valores dos alimentos e suas contribuies para o sade.

  • 56

    Organizar suas atividades em um calendrio semanal; Classificar suas atividades segundo um critrio de prioridades;Participar regularmente das atividades e reunies de sua patrulha, contribuindo com idias e sugestes para as atividades;Desenvolver um passatempo ou hobbie.

    Organizar suas atividades em um calendrio semanal;Classificar suas atividades segundo um critrio deprioridades;Participar regularmente das atividades e reunies de sua patrulha, contribuindo com idias e sugestes para asatividades;Desenvolver um passatempo ou hobbie.

    5

    Realizar regularmente uma atividade fsica ou esporte, demonstrando progresso em seu desempenho;Participar de diversos jogos com outros Grupos Escoteiros, respeitando as regras e os demais participantes.

    Realizar regularmente uma atividade fsica ou esporte, demonstrando progresso em seu desempenho;Participar de diversos jogos com outros Grupos Escoteiros, respeitando as regras e os demais participantes.

    6

    DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL

    Realizar previso do tempo por indcios naturais e por instrumentos;Traar e seguir sinais de pista em um percurso de, pelo menos, 1 km no campo ou 2 km em rea urbana;

    7

    Sei distribuir meu tempo para atividades de estudo, convivncia familiar, com amigos e sei escolher o que fazer no meu tempo

    livre.

    Me esforo para melhorar meu desempenho nas atividades fsicas que pratico .

    Procuro ampliar meus conhecimentos e sei refletir criticamente sobre os fatos que ocorrem em minha volta, e me interesso pela

    leitura de diversos temas.

  • 57

    Preparar materiais para as representaes artsticas de sua patrulha ou Tropa;Organizar um dia de jogos na casa de um companheiro de patrulha;Propor e colaborar na organizao de atividades de sua patrulha e Tropa

    9

    Participar de, pelo menos, trs Jogos Democrticos da Tropa; Participar da avaliao de uma atividade Regional. Explorar algum tema de seu interesse e compartilho com sua Patrulha ou Tropa;Aplicar tcnicas de medio de distncia ou altura em uma atividade de patrulha ou tropa.

    8

    Orientar-se utilizando recursos naturais (estrelas, mtodo do relgio), assim como usando uma bssola e um mapa;Ler pelo menos um captulo do livro Escotismo para Rapazes

    Posso analisar uma situao a partir de diferentes pontos de vista estimulando meus amigos para que faam o mesmo.

    Organizo atividades criativas para serem realizadas com meu grupo de amigos.

  • 58

    Organizar no seu colgio uma atividade de divulgao do Grupo Escoteiro.

    Aplicar as especialidades em aes de servio da comunidade;Ajudar a outros jovens na conquista das especialidades; Propor a sua Patrulha e Tropa idias de aes a servio da comunidade

    Aplicar as especialidades em aes de servio da comunidade;Ajudar a outros jovens na conquista das especialidades;Propor a sua Patrulha e Tropa idias de aes a servio da comunidade

    10

    Ser responsvel por apresentar as canes, durante o Fogo de Conselho de um acampamento de Tropa.Organizar e participar um esquete de um Fogo de Conselho da Tropa;Ensinar a outros escoteiros algumas canes tradicionais do Movimento;

    Ser responsvel por apresentar as canes, durante o Fogo deConselho de um acampamento de Tropa.Organizar e participar um esquete de um Fogo de Conselhoda Tropa;Ensinar a outros escoteiros algumas canes tradicionais doMovimento;

    11

    Amplio meus conhecimentos nas especialidades que escolhi, usando-as em aes a servio da comunidade.

    Manifesto meus interesses e aptides artsticas, contribuindo com o bom ambi