Escravidão / Resistência

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INTRODUÇÃOAo longo de mais de trezentos anos (1559-1888), os escravos negros foram responsáveis pela produção de boa parte das riquezas no Brasil, no qual milhões de africanos foram tirados de suas terras para uma viagem na qual aproximadamente a metade morria de fome, doenças e maus-tratos.

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INTRODUÇÃO•Os responsáveis pelo Tráfico negreiro trouxeram para o Brasil cerca de 4 milhões de africanos durante mais de três séculos de escravidão.Devido, em grande parte, a essa migração compulsória, o Brasil tem atualmente uma das maiores populações de afrodescendentes do mundo.

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TRÁFICO NEGREIROO tráfico negreiro unia interesses na África, Europa e América. Os navios europeus levavam mercadorias para a costa africana (tecidos grosseiros, aguardente, tabaco e armas), que eram trocadas por escravos, vendidos posteriormente para os colonos americanos.

Devido ao tráfico negreiro, milhões de africanos foram desterrados, arrancados da África e escravizados.

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Período1531-16001601-1700

1701-182001801-1855

Total

Número de escravos50 000560 000

1 680 100

1 719 3004 009 400

Para toda a América, entre os séculos XVI e XIX, calcula-se que vieram entre 10 e 20 milhões de escravos. Em relação ao Brasil, as estimativas elaboradas pelo historiador Herbert Klein apontam o desembarque de cerca de 4 milhões de africanos entre 1531 e 1855.

NÚMERO DO COMÉRCIO DE ESCRAVOS

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PRINCIPAIS GRUPOS AFRICANOS

Por meio do tráfico negreiro, chegaram ao Brasil pessoas de diversas regiões da África. Entre os principais grupos africanos trazidos ao Brasil, destacaram-se:bantossudaneses

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BANTOSOs bantos eram originários da África central, geralmente de Angola e Congo. Foram levados principalmente para Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Ao contrário do que muita gente acredita, os bantos não são um povo, nem sequer são uma etnia. Banto é um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas. Hoje são mais de 400 grupos étnicos que falam línguas bantas, todos eles ao sul da linha do Equador.

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SUDANESES

Descendente de africanos

sudaneses.

•Os sudaneses provinham das regiões africanas de Daomé (Benin), Nigéria e Guiné, na África ocidental, e foram levados principalmente para a Bahia.

• Nos séculos XVII e XVIII, os africanos de origem sudanesa eram comprados por um preço maior, pois muitos senhores no Brasil os consideravam mais fortes e inteligentes que os demais. Entretanto, esses escravos também foram líderes de muitas revoltas, especialmente nos séculos XVIII e XIX.

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O DIA-A-DIA DOS ESCRAVOS• Moravam em habitações coletivas,

as senzalas coberta com sapé e feita de madeira e barro, quase sempre sem privacidade.

• Os escravos começavam o trabalho ao raiar o dia e só paravam ao escurecer.

• Seu principal alimento era a mandioca.

• Os escravos viviam e trabalhavam vigiados por capatazes e feitores.

• Quando fugiam, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que recebiam certa quantia por cada escravo que era capturado e devolvido ao senhor.

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OS CASTIGOS FÍSICOS• Os principais castigos físicos

sofridos pelos escravos eram: • Tronco – Os escravos ficavam

presos imobilizados por horas e as vezes dias, o que provocava inchaço das pernas, formigamento e forte dores;

• Bacalhau – Espécie de chicote de couro cru, que rasgava a pele; muitas vezes os feitores passavam sal nos ferimentos, tornando a dor ainda maior;

• Vira-mundo – Instrumento de ferro que prendia mãos e pés;

• Gargalheira – Colar de ferro com várias hastes em forma de gancho.

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INSTRUMENTOS DE TORTURA

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• Boçais: escravos recém chegados da África, que desconheciam a língua portuguesa e o trabalho na colônia, eram mais baratos.

• Ladinos: entendia a língua portuguesa e já havia aprendido a rotina de trabalho, eram mais caros.

• Negros do eito: trabalhavam nas lavouras em média 15 horas por dia, viviam sob a fiscalização do feitor, e quando desobedeciam eram castigados em público para servir de exemplo aos outros.

• Negros de ganho: realizavam trabalhos temporários nas cidades em troca de pagamento, que era revertido parcial ou totalmente aos seus donos.

DISTINÇÕES ENTRE OS ESCRAVOS

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• Devido o excesso de trabalho, a má alimentação, as péssimas condições de higiene e os castigos físicos que sofriam deterioravam rapidamente a saúde dos escravos.

• A vida útil do escravo era de 5 a 10 anos de trabalho.

• Já os escravos domésticos, escolhidos entre os mais bonitos, dóceis e confiáveis, recebiam roupas melhores, alimentação mais adequada e certos cuidados, viviam mais tempo.

DISTINÇÕES ENTRE OS ESCRAVOS

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A RESISTÊNCIAAs principais formas eram:1. Empreendiam

fugas para os quilombos;

2. Adoeciam (banzo);3. Suicídio;4. As mulheres

provocavam abortos;

5. Assassinavam feitores, patrões.

6. Colocavam fogo no canavial;

7. Quebravam máquinas do engenho, etc.

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A RESISTÊNCIAAs péssimas condições de vida levaram as resistências a escravidão, sabotagem ao trabalho e da produção, quebra das máquinas e ferramentas, ataques aos senhores, locais de fuga e reunião dos escravos fugitivos, os quilombos ...

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• Grande parte do escravos negros fugitivos reuniram-se em comunidades chamadas de quilombos.

• A maior parte dos quilombos organizaram-se no Nordeste (Sergipe, Alagoas e Bahia).

• Os habitantes do quilombos eram chamados de quilombolas.

OS QUILOMBOS

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• Dentre os quilombos mais conhecidos, destacam-se os da Serra da Barriga, região situada entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco.

• Eram cerca de dez quilombos, unidos sob o nome de Palmares, que resistiram durante quase todo o século XVII aos ataques do governo e dos senhores de escravos.

• Palmares chegou a ter entre 20 mil e 30 mil habitantes e seu líder mais importante foi Zumbi.

OS QUILOMBOS

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• Cultivavam milho, feijão, cana-de-açúcar, mandioca e realizavam comércio com os povoados próximos.

• Palmares representava uma ameaça para os senhores de engenho e juntamente com o governo contrataram Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista para atacar e destruir o quilombo em 1692.

OS QUILOMBOS

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• Os quilombolas resistiram bravamente, mas diante de 6 mil homens, foram derrotados.

• Zumbi conseguiu fugir, mas foi morto em 1695, cortaram-lhe a cabeça que foi exposta em praça pública, na cidade do Recife.

OS QUILOMBOS

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• A memória de Zumbi permaneceu viva como símbolo de resistência negra à violência da escravidão.

• O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado atualmente como o Dia da Consciência Negra.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

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• Do passado ao presente a luta contínua dos movimentos negros tem lhes propiciado algumas conquistas sociais, entre elas citamos:

• o reconhecimento do direito dos descendentes de quilombolas às terras dos antigos quilombos.

• A definição do racismo como crime inafiançável e imprescritível (punição penal).

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

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• A cultura brasileira, por sua vez, apresenta fortes traços tanto da cultura indígena quanto da cultura africana. Desde a culinária, onde se verificam o vatapá, o caruru e chegando até a língua portuguesa, é impossível não perceber a influência da cultura dos povos que foram escravizados no Brasil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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BIBIOGRAFIAS

• http://brasilescola.uol.com.br/historiab/a-resistencia-dos-escravos.htm

• http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfLo0AE/escravidao-resistencia

• http://brasilescola.uol.com.br/historiab/a-resistencia-dos-escravos.htm

• https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_no_Brasil

• https://pt.slideshare.net/Bruna012/escravido-e-resistncia-45041415

• https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/escravismo-no-brasil-a-resistencia-de-africanos-e-descendentes.htm

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