ESPECIAL ESTÁGIO NO EXTERIOR - Estudar Fora

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ESPECIALESTÁGIO NO EXTERIOR

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ÍNDICE

Tudo que você precisa fazer antes de escolher um estágio no exterior ...................................................2

Quem pode se candidatar a um estágio fora do país? ................5

É crise, e agora? ......................................................................................7

O passo a passo para se candidatar ..................................................9

Conheça os destinos mais e os menos concorridos ...................12

Como é o estágio em grandes empresas de tecnologia? .........15

Trabalhando em organizações transnacionais de direitos humanos ...............................................17

Estágios para quem quer trabalhar com sustentabilidade e meio ambiente ..................................................19

á pensou em fazer estágio na ONU? Descubra como!...............21

A Universidade de origem pode ser sua aliada .........................23

1500 e-mails, uma história de sucesso: conheça o aluno de Engenharia que conseguiu um estágio no MIT ..........................................................25

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No site estudarfora.org.br/especiais você tem acesso a guias exclusivos e gratuitos.

C omeço a trabalhar ou faço um intercâmbio?” é o novo “caso ou compro uma bicicleta?” – pelo menos para muitos estudantes que desejam morar fora, mas têm medo de pausar a carreira ou de postergar sua entrada no mercado de trabalho.

Mas e se fosse possível fazer os dois? Adquirir experiência na sua área de atuação ao mesmo tempo em que vive a tão sonhada (e valorizada) experiência internacional?

Uma solução para esse dilema pode ser realizar um programa de estágio no exterior. Existem vagas em diversos lugares do mundo e para as mais diferentes áreas de atuação. Neste e-book preparado pelo Estudar Fora, informe-se sobre o processo de seleção, entenda quais são os países e áreas que estão em alta e como a sua universidade de origem pode te ajudar com o processo.

Além disso, descubra como é e como conseguir oportunidades em grandes empresas de tecnologia, em órgãos internacionais como a ONU e a WWF, e também em pequenas iniciativas de sustentabilidade. Por fim, confira a experiência pela voz de quem foi, e inspire-se a começar sua carreira em grande estilo!

SOBRE A FUNDAÇÃO ESTUDAR A Fundação Estudar, instituição sem fins lucrativos criada em 1991, investe na formação de jovens de alto potencial por meio de oportunidades de estudos e carreira. Para incentivar o aumento do número de brasileiros nas melhores universidades do mundo, a Estudar apoia o jovem com informação, orientação e preparação. Desde a sua criação, seleciona os jovens mais brilhantes do país, que sonham em deixar um legado, oferecendo bolsa de estudos por mérito para cursarem as melhores escolas do Brasil e do mundo.

SOBRE O ESTUDAR FORA O Estudar Fora, como o nome já diz, é a fonte de informação e preparação para quem deseja estudar fora do Brasil. No site, você encontra rankings das melhores faculdades e curiosidades sobre elas; detalhes sobre o processo de application (candidatura) para graduação e pós; e informações sobre oportunidades de intercâmbio e bolsas de estudos, além de histórias de estudantes que já estão nas melhores universidades do mundo. Tudo isso porque a gente acredita que estudar fora vai te ajudar a chegar mais longe!

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Tomar uma decisão na carreira exige algum nível de planejamento. Medir os prós e contras e entender como esse passo vai impactar na trajetória profissional são alguns dos aspectos principais na hora de

optar por qual caminho seguir. Escolher um estágio no exterior, então, não foge à regra: demanda que o interessado reflita sobre alguns pontos básicos para fazer uma decisão acertada. Pensando nisso, a diretora da Abipe (Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil), Paula Semer Prado, aponta três pontos básicos para quem deseja encarar essa experiência fora do país.

1) PLANEJAMENTO FINANCEIRO Quando falamos de carreira também falamos, é claro, de dinheiro. Por isso, é inevitável tratar do assunto quando se trata de um estágio em outro país. Antes de se aventurar, o candidato deve ter uma boa noção de quanto dinheiro tem separado para o intercâmbio. Saber quanto se tem em caixa ajuda a definir, antes de tudo, se é possível participar de um programa de estágio não-remunerado, ou se apenas os remunerados entram para a lista. Mesmo nas

TUDO QUE VOCÊ PRECISA FAZER ANTES DE ESCOLHER UM ESTÁGIO NO EXTERIOR

Precisa de inglês fluente? O jeito é ir para os países mais famosos? Especialista responde e indica três passos essenciais antes de optar por uma experiência de estágio em outro país.

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opções pagas, muitas instituições que contratam os estagiários não oferecem apoio para passagens, visto e seguro-saúde -- ou seja, é preciso preparar o bolso para tais despesas.

Mesmo nos casos em que o estágio é pago e capaz de suprir suas despesas principais no país de destino, ainda vale a regra: deixe uma graninha extra a postos, para imprevistos ou pequenos gastos iniciais. Não custa lembrar que a lógica, no estágio, é a mesma de qualquer trabalho assalariado: “Mesmo nos estágios remunerados, os estudantes só recebem depois de um mês trabalhado”, destaca Paula, que comanda o programa IAESTE, voltado para levar brasileiros ao exterior em estágios remunerados, e

também oferecer oportunidades a estrangeiros nas empresas daqui. Para ela, o planejamento financeiro é “crucial” e exige meses de antecedência.

Coloque no cálculo, ainda, uma noção do custo de vida local, para evitar surpresas. Afinal, passar uma temporada na Suécia é bem diferente de viver uns meses em uma cidade da Índia.

2) O BEABÁ DO IDIOMA LOCALPode adicionar

o item ao passo a passo: antes de preparar as malas, é necessário dominar o idioma do país onde se pretende realizar o estágio. Desde os primeiros momentos dos processos seletivos, muitos responsáveis alertam para esse ponto, já que as

Em vez de focar no país, mantenha o foco na atividade que desempenhará por lá e no quanto uma experiência dessas valerá para o seu currículo.

atividades dentro da empresa seguirão o idioma. Se o candidato já tem algum certificado de fluência na língua exigida pela empresa, melhor ainda. Mas nada de desespero. “Alguns empregadores exigem domínio e fluência no idioma requerido, mas outras empresas são mais tolerantes e exigem um grau intermediário ou avançado”, explica Paula. “Lá fora, ninguém vai ficar corrigindo preposição, mas é importante conseguir se comunicar, se fazer entender, saber fazer um relatório”.

3) O DESTINO NÃO É O PRINCIPALÉ claro que os gostos e preferências do candidato contam muito na decisão de um programa de estágio. É um período fora do país, muitas vezes longe da família e até mesmo dos amigos mais chegados -- então, nada mais justo do que escolher um destino que já seja o sonho de consumo, não? Mas vá com calma. Em vez de focar no país, mantenha o foco na atividade que desempenhará por lá e no quanto uma experiência dessas valerá para o seu currículo.

Esse pode ser o momento de cogitar destinos alternativos que saiam mais em conta, ou que fujam do padrão. “O brasileiro ainda tem por hábito procurar os Estados Unidos, o Canadá e a Inglaterra. Mas há mais possibilidades, mais destinos”, resume Paula. Pensar em um país onde a sua área de atuação tenha ganhado força, ou mesmo que receba bastante estímulo do governo local, por exemplo, pode ser um caminho. Se a grana está curta, também entram na equação os países que têm uma moeda mais barata e um custo de vida mais acessível.

Como Paula destaca, o que vai valer mais é o tipo de atividade que o candidato realiza na empresa que o receberá. O tipo de projeto em que a pessoa se envolve e o grau de independência que possui dentro da organização são pontos que devem estar à frente da escolha no país de destino.

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O QUE VOCÊ PRECISA SABER

O estágio é remunerado? Depende do programa. De qualquer forma, a remuneração cobre os custos básicos e não inclui gastos com passagem aérea ou taxas da agência.Quais áreas podem ir? Todas, exceto saúde, que tem diversas restrições ao contato com pacientes. A maior parte das vagas, porém, está nos segmentos de tecnologia, engenharia e hotelaria.

Como encontrar vagas? Nos sites das empresas ou por meio de agências de intercâmbio.

Tenho vaga, já posso ir? Não. Para ser válido, o acordo deve ser reconhecido por órgãos dos dois países – o que também é fundamental para a obtenção do visto de trabalho temporário.

Quais são os pré-requisitos? Ter entre 18 e 32 anos, ter formação na área de interesse, e possuir nível intermediário na língua do país de destino.

Quais são os países mais concorridos? Canadá e Estados Unidos.

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TUDO QUE VOCÊ PRECISA FAZER ANTES DE ESCOLHER UM ESTÁGIO NO EXTERIOR

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Qualquer processo seletivo, seja para bolsa ou para emprego, implica a existência de uma série de pré-requisitos que permite às empresas ou instituições filtrarem, entre as candidaturas, as que se adequam às

suas necessidades e expectativas. O mesmo vale para estágios internacionais. Portanto, antes de colocar esta experiência na lista de planos para o próximo ano, é preciso se atentar para alguns pontos-chave exigidos na maioria das oportunidades. Confira os principais aspectos exigidos pelos gestores e qual o perfil buscado:

#1 O FATOR IDADEO que se convenciona é estabelecer um limite de 30-35 anos de idade - para atender tanto às expectativas da empresa quanto do candidato. Isso porque, para as organizações que se dispõem a contratar candidatos internacionais, a ideia é trazer um elemento que oxigene a equipe e que ofereça uma perspectiva nova, que fuja do tradicional. Em programas como a IAESTE (International Association for the Exchange of Students for Technical Experience), a média de idade dos candidatos gira em torno de 23 anos.

QUEM PODE SE CANDIDATAR A UM ESTÁGIO FORA DO PAÍS?

Saiba quais são os pré-requisitos para fazer parte de programas de estágio no exterior e entenda qual é o perfil de candidato procurado pelas instituições.

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Na outra ponta dessa equação, uma experiência de estágio pode não ser tão proveitosa para alguém na casa dos 30 anos que já esteja em outro momento de carreira. Para começar, muitos dos estagiários acabam hospedados em dormitórios universitários, com um público jovem. Além disso, para quem está há algum tempo no mercado de trabalho, o tipo de atividade e de autonomia oferecido em um estágio pode não ser suficiente.

#2 CURRÍCULOPode anotar aí: o candidato ideal para os contratantes une excelência acadêmica e características comportamentais que o tornem atrativo, como resiliência e proatividade. Em outras palavras, não é necessário ter um super currículo, ou mesmo diversas passagens por empresas e organizações no país de origem, já que os programas de estágio são focados em pessoas no começo da carreira.

Por outro lado, como adianta Geórgia Barbosa, diretora nacional de estágios internacionais para estudantes da AIESEC no Brasil, outros aspectos do candidato contam pontos extras. “Um grande ponto tem sido a motivação da pessoa em participar dessa experiência, em trabalhar em uma organização específica. Vejo muita gente sendo aprovada por essa disposição e por demonstrar vontade de aprender”, aponta Geórgia.

#3 RESPALDO LEGAL: VISTO E PERMISSÃO DE TRABALHO Antes de planejar uma ida ao exterior para se aperfeiçoar profissionalmente, é necessário focar em aspectos básicos, como a questão do visto. Afinal, em

É necessário ter disposição para se adaptar à realidade de um país diferente, além de maturidade para identificar os choques culturais que acontecem nessa situação

vez de arrumar as malas para uma viagem de lazer, dessa vez a vivência será voltada ao trabalho. Na maioria dos países, esse fator exige uma categoria de visto diferente e, ainda, um processo burocrático que também se diferencia do visto de turista. O candidato precisa estar atento ao passo a passo deste processo legal, verificar se o estágio é possível no país escolhido e se ele atende aos requisitos básicos para emissão do visto.

#4 PERFIL ADEQUADONão é todo mundo que se adaptaria a morar em outro país e encarar um ambiente de trabalho diferente. Para Geórgia Barbosa, há um perfil que se dá bem nessa vivência no exterior. “É necessário ter disposição para se adaptar à realidade de um país diferente, além de maturidade para identificar os choques culturais que acontecem nessa situação”, diz Geórgia. No caso da AIESEC, os candidatos passam por uma preparação que inclui instruções sobre a cultura do país de destino e alguns detalhes sobre o que se espera da rotina por lá.

Para aproveitar ao máximo o estágio, Geórgia ainda destaca a importância do planejamento de carreira. “O ideal é que o candidato esteja disposto a usar essa oportunidade para gerar outras, entendendo como a organização em que ele está indo trabalhar pode ajudá-lo no futuro”, resume a diretora.

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Voltar para o índice QUEM PODE SE CANDIDATAR A UM ESTÁGIO FORA DO PAÍS?

Nos noticiários, não faltam manchetes falando da crise econômica e do aperto no bolso dos brasileiros. Mas tudo indica que isso não afetou o interesse por uma vivência internacional. Não é à

toa que eventos de divulgação de oportunidades de intercâmbio alcançam tanto público: para ter uma ideia, o Salão de Estudante chegou a cinco capitais brasileiras e, só em São Paulo, atraiu um público de 15 mil pessoas. Mas quais são as tendências atuais entre os estágios no exterior, diante desse quadro? Quais áreas se dão bem mesmo em cenários adversos?

ADAPTAÇÕES NO ORÇAMENTOÉ preciso lembrar, antes de tudo, que as opções de estágios no exterior podem seguir dois caminhos: as atividades remuneradas e os estágios que não têm remuneração. Entre os que não são pagos, o caso de muitas oportunidades nos Estados Unidos, a solução mais lógica é optar pelos destinos mais baratos. Com menos dinheiro no bolso, o brasileiro consegue se virar melhor.

É CRISE, E AGORA?

Diante do cenário econômico desfavorável, é possível adaptar o orçamento e mudar o destino no intercâmbio. Saiba quais áreas prometem crescimento e quais lugares se destacam mais.

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Agora, mesmo entre os programas de estágio remunerado, como o IAESTE, da Abipe (Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Acadêmico), os brasileiros têm mudado de rota. Com a crise econômica, como destaca a diretora Paula Semer Prado, os candidatos olham “com mais carinho” para destinos que fujam um pouco do eixo Estados Unidos-Europa. “Há possibilidades interessantes na América Latina, antes preterida pelos brasileiros. O mesmo acontece nos países do Leste Europeu, que oferecem um custo de vida mais atrativo, como é o caso da Polônia, da República Checa e da Croácia”, exemplifica Paula. Com a relação custo-benefício mais atrativa, nesses países as bolsas-auxílio rendem mais e conseguem cobrir melhor as despesas do estagiário.

EXATAS AINDA EM ALTANão foi só com o impulso do Ciências Sem Fronteiras que as áreas ligadas às Exatas, como as engenharias, ganharam força e se consolidaram. Entre os programas de estágios no exterior que a Abipe comanda, e que levaram cerca de 300 brasileiros para fora no ano passado, por exemplo, a demanda por engenheiros só cresce.

Como Paula comenta, áreas como “engenharia mecânica, mecatrônica e elétrica” também lideram o número de candidatos que procuram a organização. Para ela, a explicação por trás do interesse está, em partes, no estímulo dos professores, já que “muitos deles fizeram mestrado, especialização ou doutorado fora”. No fim das contas, isso estimula ainda mais a internacionalização dentro das turmas.

As áreas de tecnologia também têm atraído mais jovens interessados e oferecido mais oportunidades, em especial na TI e em campos da computação. Entram na lista de oportunidades que se destacam não só os intercâmbios profissionais em empresas, como também os realizados dentro das universidades, onde os estagiários podem trabalhar em laboratórios.

Para os estudantes de Humanidades, também há esperanças. “Há um gap a ser preenchido na área, em que, historicamente, foi mais difícil fazer parcerias”, explica Paula. O jeito é ficar de olho em novas oportunidades que preencham esse espaço, ignorado por muitos anos.

UMA VIVÊNCIA QUE CONTAA experiência no exterior continua a ser um algo a mais no currículo, dentro dos processos seletivos. Para os gestores responsáveis, a informação de que o candidato encarou um período fora do país em sua área profissional indica uma saída da zona de conforto -- é um candidato que se propôs a fazer algo além e crescer. “Isso também mostra uma habilidade concreta em outro idioma”, completa Paula.

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Voltar para o índice É CRISE, E AGORA?

Há mais etapas entre a application e o estágio no exterior do que você pode supor logo de cara. Entre a decisão de realizar um intercâmbio profissional e o embarque para o país escolhido, uma preparação que

pode levar meses ou até anos: é preciso se preocupar em ter domínio do idioma local e até mesmo o respaldo legal para realizar o estágio.

Para detalhar algum dos itens mais importantes da preparação, a diretora da Abipe (Associação Brasileira de Intercâmbios Profissionais e Estudantis), Paula Semer Prado, e a diretora dos intercâmbios internacionais da AIESEC, Geórgia Barbosa, compartilham algumas dicas essenciais para se dar bem.

#1 IDIOMA FAZ A DIFERENÇAVocê pode cometer um deslize aqui e ali, já que não deve ser seu idioma materno. Entretanto, é necessário ter um nível de domínio que vá, no mínimo, do intermediário ao avançado. “O ideal é, antes, focar no aprendizado do idioma, aqui ou lá fora. Quando o candidato se sentir seguro, pode aplicar para os programas de estágios”, indica

O PASSO A PASSO PARA SE CANDIDATAR

Meses antes de fazer as malas, o estudante deve se preparar para a vivência fora do país: do idioma ao processo seletivo, entenda o passo a passo para o estágio dos sonhos.

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Paula, que é responsável no Brasil pelo programa IAESTE (International Association for the Exchange of Students for Technical Experience).

Lembre-se: como estagiário estrangeiro, além de demonstrar bom desempenho nas tarefas desempenhadas dentro da empresa ou da universidade, é necessário ter desenvoltura para se comunicar na língua do país. Por isso, verifique qual o idioma utilizado pela empresa em que pretende estagiar, caso já tenha alguma em foco, e direcione sua preparação para o aspecto idiomático. Veja se, por exemplo, no caso de uma instituição polonesa, o idioma falado entre os funcionários e padrão nos documentos é o inglês.

Se não tiver uma empresa na mira, pense na lista de países que estão entre os seus interesses e coloque o idioma oficial como meta. Se não tiver uma região em especial de interesse, escolha inglês ou espanhol para trabalhar com mais afinco.

#2 TEMPO E ATIVIDADEHá dois aspectos, também essenciais, que vão moldar a experiência do intercâmbio e devem ser pensados com antecedência. O primeiro deles é o tempo disponível para passar em outro país. Para a diretora da Abipe, o mínimo recomendável é de seis meses, para dar tempo à adaptação e permitir que o estagiário produza algo de diferente dentro da empresa. “Mas, na situação do Brasil, em que muitos estudantes já trabalham, é melhor usar o período das férias do que não fazer nada”, ressalta Paula. De modo geral, as instituições consideram como mínimo o período de seis semanas. Definido o tempo disponível, é hora de selecionar a atividade a ser desempenhada. Para que a experiência acrescente pontos extras ao currículo,

o padrão é que o estagiário realize funções ligadas à sua formação. Ainda assim, há quem prefira complementar a própria formação com tarefas em outras áreas, e use o intercâmbio para isso. “Há casos de estudantes de Direito que escolhem a área educacional no estágio, por exemplo. Se a pessoa tem uma habilidade extra e quer trabalhar com outra coisa, nada a impede. Tudo depende do background e da experiência dela”, explica Geórgia Barbosa, da AIESEC.

Para tirar a dúvida sobre qual atividade desempenhar durante o intercâmbio, o jeito é pensar a médio e longo prazo. Como esse estágio pode ajudar nos próximos passos da sua carreira? Use a questão-base para escolher o posto de trabalho com certa antecedência.

#3 INSTITUIÇÃO DE APOIO OU CONTA PRÓPRIAÉ nessa parte que o candidato deve planejar como vai chegar às empresas e outras instituições que oferecem vagas para estrangeiros.

Há múltiplos caminhos, que vão de agências especializadas à procura individual do estudante em sites de empresas específicas que o atraiam.

Em organizações como a Abipe, há um processo em que os membros da associação “filtram” as candidaturas. De 1800 inscritos, somente a parcela que passar pelo funil vai ter acesso a vagas selecionadas pela instituição. É um processo diferente do realizado na AIESEC, que dispõe de um portal gratuito disponibilizando oportunidades ao redor do mundo para diferentes perfis. O site funciona também como forma de exibir seu perfil profissional e acadêmico a outras oportunidades. “O candidato preenche um perfil, coloca o currículo dele em inglês

Para que a experiência acrescente pontos extras ao currículo, o padrão é que o estagiário realize funções ligadas à sua formação. Ainda assim, há quem prefira complementar a própria formação com tarefas em outras áreas

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Voltar para o índice O PASSO A PASSO PARA SE CANDIDATAR

e então fica disponível para ser visualizado pelas AIESEC do mundo. O estudante, então, vai vendo as oportunidades e aplicando para elas”, explica Geórgia Barbosa.

As áreas de tecnologia, engenharia, turismo e gastronomia são as que possuem a maior quantidade de vagas. Os estágios podem ser remunerados ou não, e os salários variam de acordo com a área de atuação e o país: “Todas as vagas que temos em hotelaria, por exemplo, são remuneradas. Na Austrália, os valores variam de US$ 12 a US$ 17 por hora”, explica Rosana Lippi, gerente de produto na agência STB. “Já nos Estados Unidos, país de maior procura, a maior parte das vagas é não remunerada. Algumas poucas remuneradas giram em torno de US$ 10 a US$ 14 por hora trabalhada”, completa.

Agora, se o estudante tem interesse específico no programa de estágios de uma instituição específica, que pode ser as Nações Unidas ou mesmo uma multinacional de renome, o caminho pode ser mais direto. Nesses casos, é possível ficar de olho nas oportunidades da empresa e até mesmo contatar os recrutadores desses processos seletivos para tirar dúvidas.

Mas fique atento: no contato independente com as empresas, chamado de self-placement, os detalhes (remuneração, período, tipo de trabalho) são acertados entre o estudante e o empregador, e o acordo precisa ser reconhecido por órgãos dos dois países para que o estágio seja legalizado e o estudante aprovado para o visto.

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O PASSO A PASSO PARA SE CANDIDATAR

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Só de pensar em passar um tempo fora do Brasil, vêm à mente alguns países mais conhecidos. São destinos comuns para o intercâmbio acadêmico que acabam se repetindo na procura por

vagas de estágio, e incluem Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Estes não apenas são os mais procurados pelos estudantes como também oferecem um número maior de vagas, com a intenção de internacionalizar cada vez mais as empresas e instituições locais.

Na contramão, há quem opte por países que fujam dos roteiros tradicionais e que têm menos procura - seja por terem oportunidades para quem deseja praticar um idioma diferente, seja por terem um custo de vida mais em conta.

Mas o que há de diferente na experiência proporcionada por estas duas opções diferentes? Quais as expectativas de quem se aventura por lá e quais as chances de que sejam completamente atendidas?

CONHEÇA OS DESTINOS MAIS E OS MENOS CONCORRIDOS

Estados Unidos e Canadá concentram boa parte das candidaturas, e oferecem vagas que vão de órgãos governamentais e instituições privadas. Alemanha é destino alternativo.

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EXPERIÊNCIA Nº1: ESTADOS UNIDOSNão é difícil concluir que as vagas por lá recebem uma enxurrada de candidaturas. O “sonho americano” entre os estágios profissionais ainda persiste entre os brasileiros, que costumam chegar às agências de intercâmbio com o nome do país na ponta da língua.

Para quem se interessa pelos estágios em terras americanas, uma boa opção está nos estágios de verão, que são comuns na terra do Tio Sam. No período de junho a agosto, os estudantes costumam

se dedicar aos estágios, que podem acontecer em empresas, universidades e organizações. Foi o que a estudante de jornalismo Bruna Silva fez, em 2014, ao se candidatar para o estágio de verão no Museum of Arts and Design, em Nova York.

Ela já havia passado um semestre na University of North Carolina at Chapel Hill, pelo programa Ciências sem Fronteiras, e queria

voltar ao país, dessa vez para um estágio profissional. Não hesitou em se candidatar a uma leva de instituições pelas quais se interessava. “Fiz meu currículo com a ajuda do Career Services da UNC e conversei com o meu advisor também, para entender melhor como funcionavam os processos seletivos por lá. Mandei currículo para vários lugares, desde a CNN até um jornalzinho do interior do Texas”, conta Bruna, que se decidiu pelo Museum of Arts and Design para aprender mais sobre comunicação e artes.

No caso dos processos seletivos por lá, Bruna destaca a importância de caprichar na application

e também na cover letter - item que serve para se apresentar ao possível contratante. “É bom revisar o currículo e adequá-lo para cada uma das vagas que você se candidatar. Também é importante checar o inglês duas, três, quatro vezes”, destaca a estudante, que agora cursa o último ano de jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina. “Além disso, acho que você não pode ter medo de se arriscar. Se o seu sonho é estagiar no Google, tenta! Não é porque você não é 100% fluente em inglês que você não vai ser chamado”, recomenda.

EXPERIÊNCIA Nº2: CANADÁApesar de não ter a fama dos Estados Unidos, o Canadá entrou para a lista de países mais procurados por estudantes brasileiros interessados em estágios. Com o inglês como língua predominante, e oportunidades de alavancar também o francês, o país também ficou conhecido pela grande parcela de imigrantes que constituem sua população. Não é à toa, portanto, que entre para os interesses de quem busca um ambiente multicultural.

A atração pela cultura do país foi o que levou a estudante de Engenharia Civil Victória Dalceno José Pedro a se candidatar para um intercâmbio por lá, como parte do Ciências Sem Fronteiras. Uma vez matriculada na Universidade de Toronto, uma das melhores do mundo, ela se candidatou a um estágio profissional, que fazia parte das exigências do programa.

Ela enviou currículo e carta de apresentação para vários locais na cidade, e acabou por aceitar a oferta da Environment and Climate Change Canada, uma instituição governamental. Por lá, ela trabalhou com mais de um projeto ligado ao meio ambiente. “Trabalhei em um modelo de custo e benefício para investimento contra a contaminação de fósforo nas bacias dos Grandes Lagos, e também como assistente de pesquisa em um biofiltro de funcionamento independente”, explica Victória, que retornou ao Brasil para concluir a graduação no Instituto Federal de São Paulo, na capital paulista.

É bom revisar o currículo e adequá-lo para cada uma das vagas que você se candidatar. Também é importante checar o inglês duas, três, quatro vezes

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Para a estudante de engenharia, as recomendações para quem deseja um estágio no Canadá começam com a documentação. “O ideal é ter a documentação explicitamente permitindo trabalho lá, porque são raríssimas as empresas que ajudam um possível estagiário na regularização desse tipo de situação”, explica. Ficar com receio de cometer erros no idioma local também é besteira. “Não se martirize quando o assunto é sotaque. Muitos dos colegas de trabalho são de outros países também e isso não deve ser visto como vergonha para ninguém”.

EXPERIÊNCIA Nº3: ALEMANHAÉ um destino alternativo na Europa, que também atrai brasileiros, e oferece a vantagem da chamada zona Schengen - acordo entre países europeus que permite a livre circulação. De modo geral, para os estudantes brasileiros que se interessam pelas empresas alemãs, não há necessidade de visto para períodos de até três meses. A única exigência, nesse caso, é que o Serviço de Colocação Internacional (ZAV), tenha recebido um documento oficial da instituição que contrata e tenha aprovado o estágio.

Para as candidaturas, a estrutura necessária se parece com a dos Estados Unidos e do Canadá: não apenas o currículo, como também a carta de apresentação, a Anschreiben. Entregues às empresas, esses documentos são a porta de entrada para entrevistas posteriores, uma etapa determinante na seleção.

Mesmo entre as organizações e entidades que não possuem vagas em destaque, é possível recorrer à chamada Initiativbewerbung, uma espécie de “application não-solicitada”, em que o estudante envia suas informações na esperança de que haja algum posto que se encaixe em seu perfil. Tanto nas vagas em aberto quando na Initiativbewerbung, nem sempre é necessário falar alemão. Há quem consiga estágios em que exijam apenas o inglês, ou mesmo que contem com o nível intermediário de alemão apenas como “algo a mais”.

CONHEÇA DESTINOS MAIS E OS MENOS CONCORRIDOS

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Os escritórios das empresas de tecnologia são conhecidos pelo visual descolado e descontraído. Uma pesquisa rápida na web mostra que um escritório do Facebook, por exemplo, não é só um

ambiente de trabalho: os funcionários têm à disposição sofás confortáveis, ping pong para uma pausa no trabalho, café disponível logo ao lado, videogames para depois do almoço... uma lista de benefícios competitiva que atrai muitos jovens a posições nestas empresas.

Por outro lado, só de pensar no porte de nomes como Apple e Microsoft, é possível ter uma noção das responsabilidades que um profissional deve encarar por lá. São projetos que impactam um número grande de usuários de uma vez, e problemas complexos para resolver. E não é diferente entre os estagiários. Dentro dessas entidades, o estagiário recebe autonomia e desafios constantes. Fique por dentro dos programas de estágio proporcionados pelas empresas tech e saiba detalhes sobre como é trabalhar por lá.

COMO É O ESTÁGIO EM GRANDES EMPRESAS DE TECNOLOGIA?

Gigantes como Google e Microsoft oferecem programas de estágio no Brasil e nos escritórios do exterior. Conheça os detalhes sobre as experiências profissionais nestas empresas.

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MICROSOFTA empresa fundada por Bill Gates, que lidera o ramo dos softwares no mundo, tem nome fortíssimo no mercado e atrai, todos os anos, jovens do mundo todo para seus programas de estágio. E o melhor: há um processo seletivo especificamente voltado a estudantes latino-americanos.

Este programa é coordenado pela mexicana Elizabeth Arredon Mier, que encaminha os estudantes interessados às oportunidades fora da região — em especial, nos Estados Unidos. Ela destaca o programa de estágios nos headquarters da Microsoft, em Washington, que dura 12 semanas, no período de novembro a março. Os estudantes em áreas ligadas à tecnologia, como na área de ciências da computação e das engenharias, podem submeter a sua candidatura diretamente no site da Microsoft.

Depois de uma filtragem entre as applications e um processo de entrevistas remotas, por Skype, os selecionados são chamados para trabalhar em áreas como as dos aplicativos ou mesmo na elaboração de dispositivos da Microsoft. Caso o estudante não seja aprovado nessa application, a empresa ainda providencia um feedback sobre pontos de aperfeiçoamento para o candidato - desse jeito, é possível se preparar melhor para processos seletivos futuros.

Como Elizabeth destaca, além dos benefícios oferecidos pela Microsoft, que incluem transporte local e moradia, o diferencial é oferecer a possibilidade de interagir com todas as áreas da companhia. “Todo mundo está a um café de distância de você”, sintetiza a recrutadora, que integra o time da Microsoft há quatro anos. Então, vale pedir aquela ajuda para o setor de Marketing, ou mesmo tirar uma dúvida sobre o ramo de TI com o gerente da área. Para estimular a interação entre os funcionários, a Microsoft promove atividades que vão de caminhadas e piqueniques até hackathons.

GOOGLEAtualmente, o Google é uma das empresas mais conhecidas e cobiçadas do mundo - seja pelo seu

motor de busca, seja por outros produtos que oferece, como o Gmail. Desde 2013, a gigante tecnológica conta com dois escritórios no Brasil, em São Paulo e Belo Horizonte.

Para os interessados em embarcar para os Estados Unidos e se aventurar nos locais de trabalho no exterior, o jeito é se candidatar no site do Google e aguardar as etapas de entrevista, que ocorrem remotamente. Uma vez aceito pela empresa, o estudante recebe um acompanhamento de um especialista em direito que indica o caminho legal para obter visto e permissão de trabalho no país.

Foi isso que aconteceu com o cearense Rubens Farias, que já fez dois períodos de estágio na empresa. No primeiro deles, o brasileiro se candidatou a uma vaga no time canadense, mesmo estudando na Duke University, nos Estados Unidos. Além da orientação quanto ao passo a passo legal, Rubens também recebeu um auxílio de realocação, que dá uma ajuda com os custos de passagens aéreas.

A partir daí, um “host” fica responsável por inteirar o estagiário sobre o projeto em que ele estará envolvido, durante cerca de 12 semanas. Ao longo desse período, Rubens destaca que os estagiários têm bastante autonomia e contam com horários flexíveis. “Você tem bastante liberdade dentro do Google. Não tem que ‘bater’ cartão, e ninguém fica olhando pra tela do seu computador enquanto você trabalha”, resume o estudante de Ciência da Computação. “A Google tem uma filosofia: eles acreditam que quanto mais à vontade os funcionários estão, mais produtivos eles são”, completa.

Eles acreditam que quanto mais à vontade os funcionários estão, mais produtivos eles são

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Voltar para o índice COMO É O ESTÁGIO EM GRANDES EMPRESAS DE TECNOLOGIA?

Aprimeira imagem que vem à mente quando se trata de trabalhar com direitos humanos é a de um trabalho de campo ligado às missões humanitárias. Apesar de ser esse, de

fato, um dos postos ligados a tais entidades, há oportunidades para todo tipo de candidato - desde os ligados à área de pesquisa até vagas para jornalistas. Esses campos de atuação incluem, também, vagas para quem está no começo da carreira e quer aproveitar os estágios para dar os primeiros passos.

De modo geral, as entidades que atuam na área de direitos humanos recomendam que os candidatos já tenham algum engajamento prévio ou interesse na área. Isso inclui, é claro, as subdivisões focadas pela instituição, que podem ir de assuntos ligados à população LGBT até os direitos de refugiados. Dependendo do programa, essas vagas podem não ser remuneradas - principalmente porque muitas das organizações dependem ainda de doações para se manter atuantes.

TRABALHANDO EM ORGANIZAÇÕES TRANSNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

Organizações como Anistia Internacional e Humans Rights Watch oferecem vagas em pesquisa, jornalismo e contato com o trabalho de campo.

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Conheça duas das principais entidades que lutam pelos direitos humanos a nível internacional, a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.

HUMAN RIGHTS WATCHA missão da organização é direta: “ser uma voz da justiça”. No caso da HRW, que tem 400 funcionários distribuídos em escritórios ao redor do mundo, isso significa realizar pesquisas e investigar abusos existentes, e divulgar a informação em formato de relatórios e notícias. É assim que a entidade busca chamar atenção para violações que ocorrem em mais de 90 países e, então, pressionar governos e organizações supranacionais a enfrentar tais problemas.

Como destaca Hugo Arruda, coordenador sênior da HRW no Brasil um estagiário pode ter a chance de trabalhar com diversas partes desse processo. “Alguém que participa no programa na divisão das Américas pode conhecer nosso trabalho com os governos locais e organismos regionais, entender melhor como conduzimos nossas investigações, e saber como trabalhamos junto a outras organizações da sociedade civil para promover justiça e direitos”, exemplifica Hugo, que trabalha no escritório de São Paulo.

Para conseguir uma vaga na instituição, mais do que ter um bom desempenho acadêmico e profissional, é relevante ter um “envolvimento com a defesa e promoção dos direitos humanos”. “A HRW busca pessoas que sejam sensíveis aos atuais problemas e ameaças aos direitos das pessoas, aos direitos das minorias, que estejam preocupados com a política doméstica e com a política externa dos países no que diz respeito aos direitos e liberdades fundamentais”, sintetiza o coordenador.

Nos programas de estágio, que são todos remunerados, divulgados diretamente no site da instituição, é garantida a igualdade de oportunidades e candidatos de todos os lugares podem aplicar. No caso dos postos em países estrangeiros, os estudantes que se inscrevem devem possuir um visto válido para trabalhar no país de destino e respeitar a legislação local. Para brasileiros que já estudem no país estrangeiro onde desejam trabalhar, como Hugo ressalta, “é possível que a legislação permita ou facilite a participação em programas de estágio”.

ANISTIA INTERNACIONALA organização inclui membros e ativistas que investigam casos de violação dos direitos humanos ao redor do mundo, e atua por meio de campanhas e pela produção de relatórios. Graças ao trabalho desempenhado desde 1961, a Anistia acabou levando o prêmio Nobel da Paz em 1977.

No caso da Anistia, tanto os programas de estágio quanto os de voluntariado não são remunerados. Em escritórios como os de Londres, por exemplo, há um auxílio para transporte e alimentação nos dias trabalhados, que giram em torno de 10 libras por dia. A duração dos programas deve ser de, no mínimo, de quatro a seis meses e dão ao estudante a oportunidade de conhecer o trabalho da Anistia de perto.

Para os aprovados que não tenham permissão de trabalho no país de destino, a organização pode fazer a solicitação do visto correspondente - no caso do Reino Unido, do Tier 5.

Buscamos pessoas que sejam sensíveis aos atuais problemas e ameaças aos direitos das pessoas, aos direitos das minorias, que estejam preocupados com a política doméstica e com a política externa dos países

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Nem todo mundo consegue embarcar em projetos de conservação do meio ambiente no comecinho da carreira. Ainda que existam por aí diversas iniciativas que visam cuidar da saúde do planeta,

descolar uma vaga em grandes entidades que tratam do assunto pode parecer uma tarefa difícil – mas há diversos caminhos possíveis para chegar lá.

Um deles, claro, é recorrer aos nomes de destaque que têm trabalhado na luta pelo desenvolvimento sustentável e pela preservação dos recursos naturais, como as ONGs Greenpeace e a WWF (World Wide Found for Nature). O outro é procurar estágios em organizações de menor porte, que tratem de problemas pontuais nos países onde atuam.

Tanto em um quanto em outro, a tendência é que a procura pelos programas aumente, graças ao interesse crescente por questões ambientais. Os estágios na área, então, acabam por atrair perfis bem diversos. “Há pessoas que têm curiosidade e que querem voltar ao Brasil para aplicar o que aprenderam. E também tem gente da área que deseja usar o que aprendeu

ESTÁGIOS PARA QUEM QUER TRABALHAR COM SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

Oportunidades vão de ONGs pequenas em países emergentes até grandes entidades voltadas para preservação ambiental

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aqui nos projetos de fora”, diz Rosana Lippi, da STB (Student Travel Bureau), responsável por programas de estágio voltados para meio ambiente.

Conheça alguns dos caminhos para quem deseja dar os primeiros passos na área.

GIGANTE INTERNACIONAL: A WWFA instituição começou na Suíça e tratou, de início, da conservação de espécies ameaçadas de extinção. O caso mais famoso da entidade foi a de proteção

do panda na China, que ficou destacado no logo da ONG. Em 1986, a WWF passou a mirar mais aspectos ligados ao meio ambiente, não só limitado aos animais em específico, tratando de

ecossistemas, como o Pantanal, e de desenvolvimento sustentável. É a organização com mais associados na área de meio ambiente, beirando os 5 milhões, distribuídos em mais de cem países.

A numeralha já oferece uma noção da dimensão do trabalho na WWF, que também atua no Brasil. Para os que desejam embarcar em um estágio no exterior com a entidade, um dos programas disponíveis é o Youth Volunteer Internship Programme. O programa se dedica a diversas frentes de trabalho, e divulga oportunidades pontuais para os projetos que desenvolve. No site oficial, por exemplo, é possível ver se há vagas no projeto de conservação de corais no Madagascar, ou ver os postos disponíveis na reconstrução de florestas.

Os candidatos devem ter entre 19 e 27 anos, e estar dispostos a trabalhar em locais com condições mais precárias, como florestas do Butão. A duração padrão vai de três a seis meses e demanda que os estagiários façam registros em foto, vídeo e texto sobre as atividades da WWF. Os estágios não são remunerados e exigem um conhecimento avançado de inglês, além de francês em países como Madagascar e Camarões.

PROJETOS PONTUAIS, ONGS MENORESEm vez de procurar as organizações com vários escritórios pelo mundo, uma opção alternativa está nas pequenas ONGs que se multiplicam em diferentes países. No momento de escolher o destino do intercâmbio profissional, é possível privilegiar locais com questões ambientais específicas daquele meio. Focar em atividades ligadas à conservação marinha na Austrália, uma das opções oferecidas pela STB para trabalhos voluntários, pode ser um caminho.

Outra saída é fazer uma busca atenta para entidades em um país que seja de interesse, seja na Tailândia, seja na Indonésia, para ver quais vagas de estágio aparecem. “É preciso destacar que boa parte dos estágios não é remunerado, porque se tratam de organizações sem fins lucrativos”, ressalta Rosana.

Se a ideia é entrar em uma empresa que atue em áreas de meio ambiente -- por exemplo, uma empresa de engenharia ambiental que ajude na despoluição de rios --, há também oferta de vagas em sites da companhia, ou mesmo em sites de empregos locais. Fica a ressalva, entretanto, para checar o respaldo legal de estágio no país e verificar os dados sobre a organização antes de embarcar para a experiência.

A tendência é que a procura pelos programas aumente, graças ao interesse crescente por questões ambientais.

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Criado em 1970, o programa Voluntários das Nações Unidas (UNV, na sigla em inglês) é um braço do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e tem como objetivo contribuir para a paz e para o

desenvolvimento através do trabalho voluntário em mais de 140 países.

“Trabalhamos com mais de 60 mil voluntários em campo, presentes em diferentes países, principalmente os em desenvolvimento, trabalhando em projetos de serviços básicos sociais, como saúde e educação, mas também na redução de risco de desastres e fortalecimento comunitário”, disse Amanda Mukwashi, chefe do setor de conhecimento sobre voluntariado e inovação, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Em uma pesquisa rápida, é possível encontrar testemunhos de voluntários que lutam contra a violência contra a mulher no Vietnã e engenheiras que estão reconstruindo casas na Faixa de Gaza, por exemplo.

Atravessar fronteiras, no entanto, não é mandatório. Estima-se que 30% da força voluntária do UNV atue

JÁ PENSOU EM FAZER ESTÁGIO NA ONU? DESCUBRA COMO!

Programa Voluntários das Nações Unidas oferece tanto opções em campo quanto trabalho remoto; possibilidades vão de tradução de materiais à proteção de áreas ambientais.

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dentro de seu próprio país. No Brasil, onde o programa atua desde 1998, as vagas para brasileiros são anunciadas diretamente pelo site do PNUD.

PELA INTERNETUma das divisões do UNV é o onlinevolunteering.org, onde é possível se engajar com trabalho voluntário de forma remota. Entre as opções estão tradução de materiais, pesquisa, design, desenvolvimento de TI, consultoria e coaching, entre outras. Para participar, o usuário faz um cadastro e lista suas habilidades. Em seguida, já pode pesquisar as vagas disponíveis e oferecer seus serviços.

Também é possível ter um impacto à distância em momentos de crise, como na epidemia de ebola. “Tínhamos tanto voluntários em campo, que trabalharam com as comunidades para prevenir a doença, quanto voluntários online, que ajudaram a mapear os incidentes”, lembrou Amanda.

BOLSAS PARA VOLUNTÁRIOSNo Brasil, há ainda a possibilidade de concorrer à Bolsa Sergio Vieira de Mello, uma homenagem ao famoso diplomata brasileiro morto num atentado em 2003. Atualmente sem previsão de data para sua próxima edição, é uma iniciativa conjunta do Ministério de Relações Exteriores e da ONU para atrair mais brasileiros ao trabalho voluntário.

As primeiras bolsas, com contratos de 12 meses, foram oferecidas em 2014 a jovens interessados em trabalhar com gestão de infraestrutura rural no Haiti e com políticas de segurança alimentar no Paquistão.

Para quem está em dúvida sobre quais são os benefícios do trabalho voluntário, a cofundadora

da agência Volunteer Vacations Mariana Serra tem a resposta na ponta da língua: “É uma via de mão dupla: você dá, mas recebe em troca”.

“Em campo, você sai da sua zona de conforto e é puxado a ir além, a pensar rápido, trazer soluções em um cenário adverso, a trabalhar melhor em grupo”, explica. “A experiência te traz uma transformação de vivência que você leva também para o âmbito profissional.”

Esta matéria foi escrita por Ana Pinho e originalmente

publicada no portal Na Prática, iniciativa de carreira

da Fundação Estudar.

Tínhamos tanto voluntários em campo, que trabalharam com as comunidades para prevenir a doença, quanto voluntários online, que ajudaram a mapear os incidentes

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Uma das regras mais comuns para se obter um estágio no exterior é que o estudante tenha uma ligação com uma instituição de ensino no país de origem. Ainda que algumas vagas possibilitem

essa relação no caso de alunos de pós e mestrado, a maioria esmagadora dos candidatos vêm direto da graduação. Como exigência opcional de algumas agências e programas, entra também a necessidade de ter completado de quatro a seis semestres dessa etapa do ensino formal.

Agora, nesse processo, como fica a universidade aqui no Brasil? A crescente demanda dos alunos por experiências profissionais - e não só acadêmicas - no exterior fez com que algumas delas criassem mecanismos para apoiar quem optasse pelos estágios. Há ainda incentivos do governo, por meio de agências como a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que são ligados ao Ministério da Educação e intermediam esse contato. Conheça as opções para quem deseja apoio da universidade na busca e no desenvolvimento dentro de um estágio fora do país.

A UNIVERSIDADE DE ORIGEM PODE SER SUA ALIADA

Por agências do governo ou com a ajuda da universidade de origem, é possível contar com o apoio vindo direto do Brasil na hora de fazer um estágio.

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PROGRAMAS EM UNIVERSIDADES ESPECÍFICASMesmo que boa parte das universidades ainda não tenha sistematizado um programa formal de incentivo aos estágios no exterior, há instituições que divulgam oportunidades como essas entre os alunos. Tendo cada dia mais estudantes interessados em um período de aperfeiçoamento profissional, algumas delas se adaptaram a esta demanda.

É o caso da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a PUC. Com o tempo, os alunos passaram a chegar à Assessoria de Assuntos Internacionais e Institucionais com a ideia de passar uma temporada fora em um estágio profissional - e o caminho encontrado foi analisar o que isso exigiria da universidade. Foi assim, como relata Patricia Shiroma, Supervisora de Relações Internacionais, que os estudantes passaram a ter uma opção de matrícula no início do semestre que indicava “intercâmbio profissional”. Com isso, era possível garantir a manutenção do vínculo acadêmico exigido pelas empresas de fora.

O estudante de Economia Leandro Resende optou pelo estágio no exterior e contou com a PUC para negociar cláusulas no contrato de estágio com a empresa em que trabalhou na França. Ele acabou por ter uma oportunidade na IB Remarketing, indicada por um amigo que também fora para o país. Ele encarou a experiência mesmo sem falar francês e teve o desafio de ajudar a criar uma filial da empresa no Brasil. Hoje, já de volta a São Paulo, ele trabalha na unidade nacional da IB Remarketing. “Foi uma experiência essencial. Hoje, tenho de desenvolver novos negócios para empresa e executá-los da melhor forma. Também fazemos seminários anuais na Europa, em que divido

experiências com as outras 15 filiais do grupo”, conta Leandro, que se forma em 2017.

Para contar com esse tipo de apoio, é possível recorrer à sua universidade e verificar quais as opções de matrícula e acompanhamento do estágio profissional. Nessas horas, o melhor caminho é começar pelas secretarias e assessorias para assuntos internacionais na instituição de ensino.CAPES E PROGRAMAS GOVERNAMENTAISNesse caso, o foco é voltado para estágios de cunho acadêmico e para quem já começa a se embrenhar na área da pesquisa. Quem faz “mestrado sanduíche”, modalidade em que o estudante passa parte da pesquisa no Brasil e parte em uma instituição estrangeira, ou já se encaminha para um pós-doutorado, portanto, pode esperar por editais da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para estágios. Além de ser responsável por periódicos acadêmicos, a CAPES é uma das entidades que cuida de programas de extensão e aperfeiçoamento dos acadêmicos brasileiros.

No caso do PNPD (Programa Nacional de Pós Doutorado/Capes), os contemplados pela bolsa não só recebem apoio financeiro mensal, em forma de bolsa, mas também quantias extras para despesas de manutenção do candidato fora do país, como o seguro-saúde. A instituição apoia também os mestrandos que realizam estágio, com benefícios que vão de auxílio instalação até o deslocamento do estudante até o país estrangeiro.

Os programas promovidos pela CAPES têm como foco principal o desenvolvimento do estágio em instituições de ensino que possam, comprovadamente, colaborar com o desenvolvimento do estudante. Por isso, além de encaminhar o currículo Lattes à entidade, bem como um plano de atividades, o candidato deve comprovar que a experiência no exterior só trará benefícios à sua pesquisa.

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Os estudantes passaram a ter uma opção de matrícula no início do semestre que indicava intercâmbio profissional

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Voltar para o índice A UNIVERSIDADE DE ORIGEM PODE SER SUA ALIADA

Por trás de cada histórica bem sucedida há muitas horas de esforço. Podem ser longos períodos treinando inglês, ou mesmo as diversas tentativas de contato com empresas, ou até os numerosos processos

seletivos. No caso do estudante de Engenharia Mecatrônica Matheus Tomoto, não foi diferente. Na jornada até conquistar um estágio no MIT (Massachusetts Institute of Technology), foram muitos dias (e e-mails) de dedicação.

Aos 9 anos, Matheus já vendia produtos de limpeza na rua. Depois disso, mesmo quando conseguiu uma vaga na universidade - mais especificamente, na Faculdade de Engenharia de Sorocaba, no interior paulista - continuou a trabalhar duro. “Trabalhei muito em chão de fábrica, em muitas oficinas mecânicas e ferramentarias”, conta Matheus. Na faculdade, passou a desenvolver projetos voluntários, como o B-Energy Racing, em que ele e os colegas desenvolviam um carro elétrico. Foi no terceiro ano da graduação que Matheus conseguiu uma vaga em uma grande empresa, a filial brasileira da multinacional alemã Heller. Naquela época, o estudante reconhecia que o estágio já era um bom posto e tinha propostas boas de continuar no trabalho.

1500 E-MAILS, UMA HISTÓRIA DE SUCESSO: CONHEÇA O ALUNO DE ENGENHARIA QUE CONSEGUIU UM ESTÁGIO NO MIT

Vindo de escola pública, Matheus Tomoto se desdobrou para aprender inglês e estudar nos Estados Unidos. Uma vez lá, persistiu e acabou trabalhando em um laboratório no MIT.

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O ponto de virada foi quando apareceu a oportunidade de ir para os Estados Unidos pelo programa Ciências Sem Fronteiras, do governo federal. Era a chance de ouro, mas exigiria que Matheus se esforçasse muito para atingir um nível bom de inglês - e, ainda, que abandonasse a posição que tinha garantida no Brasil. Ele resolveu pedir demissão e dedicar-se ao inglês, apostando as fichas no edital do CsF.

Isso significou, na prática, mais tempo em casa, convertido em 16 horas diárias de estudo do idioma, para prestar a prova de proficiência - o TOEFL - dentro de três meses. Resultado: Matheus não conseguiu a nota mínima. “Bateu uma depressão, porque eu tinha largado emprego, largado tudo”, admite ele. Mas não se deu por vencido: quando viu que conseguiria fazer uma segunda prova antes do encerramento do edital, tentou novamente. E passou.

Não demorou para que Matheus fosse aprovado na Purdue University, instituição onde o astronauta Neil Armstrong se formou, e embarcasse para os Estados Unidos. Encontrou na universidade americana uma metodologia diferente da brasileira. “Eu tinha de três a quatro horas de aula, mas passava o dia todo estudando pra fazer os homeworks, para conseguir dar conta de todas as tarefas”, conta o estudante.

Quando chegaram as férias de inverno, Matheus resolveu não ficar parado e optou por se candidatar aos estágios de verão. Fez uma filtragem entre as grandes instituições americanas e arriscou. “Mandei currículo para os professores, para os laboratórios, para os doutores. Foi algo em torno de 1500 e-mails, e mais ou menos 800 foram só para o MIT, já que eles têm muitos professores, muitos departamentos”, detalha. Terminou os envios na quinta-feira à noite, e no dia seguinte, já era chamado para entrevistas. Ele reconhece que não foi apenas o currículo que fez com que se desse bem, mas também a personal letter que anexou aos e-mails. “O que mais chamou a atenção deles foram os projetos voluntários que eu tive antes de ir para lá e, mais do que isso, a minha história, e como eu batalhei durante toda a vida”, sintetiza o estudante.

Ele acabou por ser aceito pelo laboratório de pesquisas submarinas do MIT, para trabalhar em uma pesquisa dentro do Laboratory for Autonomous Sensing Systems. Logo no primeiro dia de trabalho, o chefe o convidou para ajudar no desenvolvimento de um sistema novo que permitisse ao operário recarregar a bateria de um submarino sem ter contato direto com ela. A ideia era criar uma transmissão de energia elétrica wireless por meio do ar e da água.

Foi assim que Matheus encarou uma papelada de mais de cem artigos para desenvolver a técnica junto ao laboratório. “Eles me deram todo o subsídio, tanto intelectual, já que eles forneceram os artigos que eu usaria para desenvolver a ferramenta, quanto os equipamentos”, conta. O nível de autonomia para que o estudante trabalhasse era grande. “Eles me tratavam no mesmo nível do que os pesquisadores que estavam lá há 10, 15 anos. Na distribuição de tarefas, no desenvolvimento, a cobrança era exatamente a mesma, eles me tratavam com muita igualdade”, explica Matheus. No fim das contas, a ferramenta criada tinha 90% de eficiência.

Para quem deseja seguir seus passos e se aventurar em um intercâmbio que vá além do acadêmico, Matheus não hesita em dar recomendações. “Se dedique no trabalho, e também em construir relacionamentos, em conhecer o pessoal. No futuro, mais portas podem ser abertas”, diz ele, que retornou ao Brasil. Hoje, mesmo à distância, Matheus continua envolvido no projeto de pesquisa, e pretende continuá-lo em breve, em um mestrado no MIT. “Eles já me ofereceram um mestrado por lá, para quando eu terminar uma faculdade”, afirma.

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O que mais chamou a atenção deles foram os projetos voluntários que eu tive antes de ir para lá e, mais do que isso, como eu batalhei durante toda a vida

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TextosAna Pinho

Priscila Bellini

EdiçãoNathalia Bustamante

Design

Danilo de Paulo

Renata Monteiro

Fundação Estudar, 2016