ESPECIAL FERSANT - FEIRA DA AGRICULTURA

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ECONOMIA 31 de Maio de 2012 O Ministério da Economia concedeu no dia 17 de Maio o licenciamento para o Par- que de Negócios de Torres Novas, que se tor- nou na segunda ALE - Área de Localização Empresarial do país a seguir à de Rio Maior. Segundo uma nota da sociedade Parque de Negócios do Vale do Tejo, esta ALE vai ser gerida pela Geriparque SA, criada em 2003, com um capital social de 2,5 milhões de eu- ros e que tem como accionistas um conjunto de entidades públicas e privadas da região. Com uma área de 344.046 metros quadra- dos, os seus 25 lotes ocupam 231.345 metros quadrados, destinando-se a instalação de in- dústria, logística, comércio e serviços. Na- quele espaço está já instalado o entreposto logístico da cadeia de supermercados LIDL, prevendo-se ainda para este ano o arranque de uma unidade da empresa de material in- formático Digidelta. Com um investimento de infraestrutura- ção de 1,7 milhões de euros, as obras do par- que, com projecto urbanístico do arquitec- to francês Claude Vasconi, devem iniciar-se ainda este ano. As empresas que adquirirem lotes até ao final deste ano terão isenção de IMT (imposto municipal sobre a transmis- são onerosa de imóveis) e isenção de IMI (imposto municipal sobre imóveis) durante os próximos 10 anos. Licenciada Área de Localização Empresarial de Torres Novas Clínica de beleza “Escultural” passa a “Essencial” em Torres Novas The Learning Spot celebra primeiro aniversário CTIC acreditado para fazer medições de ruído ambiental 11 Há várias feiras dentro da Feira Nacional de Agricultura A Feira Nacional de Agricultura é cada vez mais um evento que pretende atrair diversos públicos. A forte aposta no programa musical é vista pelos mais puristas como um desvirtuar do espírito original da Feira do Ribatejo, mas é também uma forma de levar mais gente ao Centro Nacional de Exposições. O MIRANTE foi ouvir alguns empresários da região sobre a feira e sobre o estado da agricultura numa região onde o Tejo continua a ter um potencial por explorar na sua plenitude. 2 Feira da Agricultura e FERSANT decorrem no Centro Nacional de Exposições, de 2 a 10 de Junho, com um cartaz musical forte apesar da crise Um espaço que conjuga as vertentes de estética, cabeleireiro e medicina alternativa 9 Fundada em Abrantes a empresa veio oferecer à comunidade formação de jovens e adultos 10 especial FERSANT / FEIRA DA AGRICULTURA NERSANT reuniu em assembleia geral para prestação de contas A assembleia geral da NERSANT aprovou por unanimidade o relatório e contas do exercício de 2011 considerado o melhor desde a fundação da associação. 10 Agromais comemorou 25 anos com homenagem aos fundadores 8

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CTIC acreditado para fazer medições de ruído ambiental 11 Clínica de beleza “Escultural” passa a “Essencial” em Torres Novas The Learning Spot celebra primeiro aniversário Feira da Agricultura e FERSANT decorrem no Centro Nacional de Exposições, de 2 a 10 de Junho, com um cartaz musical forte apesar da crise A assembleia geral da NERSANT aprovou por unanimidade o relatório e contas do exercício de 2011 considerado o melhor desde a fundação da associação. 10

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ECONOMIA 31 de Maio de 2012

O Ministério da Economia concedeu no dia 17 de Maio o licenciamento para o Par-que de Negócios de Torres Novas, que se tor-nou na segunda ALE - Área de Localização Empresarial do país a seguir à de Rio Maior.

Segundo uma nota da sociedade Parque de Negócios do Vale do Tejo, esta ALE vai ser gerida pela Geriparque SA, criada em 2003, com um capital social de 2,5 milhões de eu-ros e que tem como accionistas um conjunto

de entidades públicas e privadas da região.Com uma área de 344.046 metros quadra-

dos, os seus 25 lotes ocupam 231.345 metros quadrados, destinando-se a instalação de in-dústria, logística, comércio e serviços. Na-quele espaço está já instalado o entreposto logístico da cadeia de supermercados LIDL, prevendo-se ainda para este ano o arranque de uma unidade da empresa de material in-formático Digidelta.

Com um investimento de infraestrutura-ção de 1,7 milhões de euros, as obras do par-que, com projecto urbanístico do arquitec-to francês Claude Vasconi, devem iniciar-se ainda este ano. As empresas que adquirirem lotes até ao final deste ano terão isenção de IMT (imposto municipal sobre a transmis-são onerosa de imóveis) e isenção de IMI (imposto municipal sobre imóveis) durante os próximos 10 anos.

Licenciada Área de Localização Empresarial de Torres Novas

Clínica de beleza “Escultural” passa a “Essencial” em Torres Novas

The Learning Spot celebra primeiro aniversário

CTIC acreditado para fazer medições de ruído ambiental 11

Há várias feiras dentro da Feira Nacional de Agricultura

A Feira Nacional de Agricultura é cada vez mais um evento que pretende atrair diversos públicos. A forte aposta no programa musical é vista pelos mais puristas como um desvirtuar do espírito original da Feira do Ribatejo, mas é também uma forma de levar mais gente ao Centro Nacional de Exposições. O MIRANTE foi ouvir alguns empresários da região sobre a feira e sobre o estado da agricultura numa região onde o Tejo continua a ter um potencial por explorar na sua plenitude. 2

Feira da Agricultura e FERSANT decorrem no Centro Nacional de

Exposições, de 2 a 10 de Junho, com um cartaz musical forte apesar da crise

Um espaço que conjuga as vertentes de estética, cabeleireiro e medicina alternativa 9

Fundada em Abrantes a empresa veio oferecer à comunidade formação de jovens e adultos 10

especial FERSANT / FEIRA DA AGRICULTURA

NERSANT reuniu em assembleia geral para prestação de contasA assembleia geral da NERSANT aprovou por unanimidade o relatório e contas do exercício de 2011 considerado o melhor desde a fundação da associação. 10

Agromais comemorou 25 anos com homenagem aos fundadores 8

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foto arquivo O MIRANTE

Feira Nacional de Agricultura e Fersant de novo de mãos dadas em SantarémIniciativas decorrem no Centro Nacional de Exposições, de 2 a 10 de Junho, com um cartaz musical forte apesar da crise.

A Feira Nacional da Agricultura (FNA), que vai decorrer de 2 a 10 de Junho em Santarém, volta a acolher no seu recinto a Fersant - Feira Empresa-rial da Região de Santarém, juntando no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) a nata do sector agro-pecuário nacional e dos agentes económicos da região e gran-des nomes da música nacional. Uma espécie de três em um. A FNA vai este ano chamar a atenção para a impor-tância do consumo dos produtos na-cionais, em particular dos frescos, em época própria.

“Vamos mostrar o que de melhor se produz em Portugal em frescos, aler-tando para uma alteração dos hábitos dos consumidores que os leva a procu-rarem determinados frutos fora de épo-ca”, obrigando à exportação, afirmou Luís Mira, secretário-geral da Confe-deração dos Agricultores de Portugal e administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, na apresentação da edição deste ano da FNA.

Luís Mira afirmou que, ao contrá-rio do que a organização chegou a re-cear, a 49.ª edição da Feira Nacional da Agricultura/59.ª Feira do Ribatejo

não verá reduzir o número de exposi-tores, registando mesmo um aumento de iniciativas e de concursos.

Além de numerosos seminários téc-nicos, a feira terá este ano seis novos concursos, destacando Luís Mira o Con-curso Nacional de Azeites, com 107 azeites a concurso, e um conjunto de iniciativas como a I Feira do Turismo Rural e da Natureza, a Fersant - Feira Empresarial da Região de Santarém, o Fórum Internacional sobre o Rio Tejo, um Encontro Internacional de Clusters, entre muitas outras.

Para o centro de exposições, a FNA não é uma feira só para agricultores, as-sumindo-se, a exemplo do que acontece noutros países europeus, como um cer-

tame destinado aos consumidores, pelo que tem sido feito um apelo à venda de produtos durante o certame, disse.

Por outro lado, durante uma se-mana, a FNA “coloca a agricultura na agenda política”, frisou Luís Mira, re-ferindo que o certame deste ano será inaugurado pelo Presidente da Repúbli-ca, estando já confirmadas as visitas do primeiro-ministro, de vários ministros e dos líderes dos partidos da oposição.

Devido ao aumento do IVA, os bi-lhetes para a feira custam este ano seis euros, com acesso aos espectáculos (no caso de Pablo Alboran serão 15 euros para quem quiser ficar sentado frente ao palco). O centro de exposições dispo-nibiliza ainda livres trânsito a 18 euros

José Cid, Jorge Palma e Pablo Alboran em palcoPor ser uma feira de “grande público”, a Feira Nacional de Agricultura aposta num programa de animação que este ano inclui, entre outros, concertos com José Cid (2 de Junho), Jorge Palma, Cristina Branco, Tiago Bettencourt e Tim (6 Junho), Richie Campbell & The 911 Band (dia 8) e Pablo Alboran e Carminho (dia 9).Para tarde de 2 de Junho está marcado um festival de folclore e nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de Junho realizam-se mercados tradicionais. No dia 7 de Junho decorre o espectáculo “Fado na Feira”, enquanto nos dias 8 e 9 de Junho pode ser vista a exposição de embarcações avieiras.Entradas e largadas de toiros, mesa da tortura, escolas de toureio e treino de forcados dão o tom da festa brava, a par das provas de velocidades, perícia e condução de cabrestos a cargo dos campinos de várias casas agrícolas da região. Em paralelo, ao longo da feira, decorrem ainda vários concursos de equitação.

e cadernetas de 10 bilhetes a 40 euros.Luís Mira prometeu para o próximo

ano “uma feira diferente”, que irá assi-nalar devidamente os 50 anos da FNA.

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31 MAIO 2012O MIRANTE | PUBLICIDADE | 3

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REEDIÇÃO. Fersant volta a realizar-se em Santarém

foto arquivo O MIRANTE

Fersant recebe Encontro Internacional de Clusters

A plataforma PIC - PlantInterCluster, que agrupa os clusters franceses do sec-tor agro-alimentar, confiou à Nersant e ao AgroCluster do Ribatejo a missão de co-organizar o encontro internacional de clusters, cuja primeira edição foi re-alizada o ano passado em França e onde estiveram representados 27 clusters de 16 países, num total de 83 participantes.

O certame, que contará com a pre-sença de clusters de diversos países, vai integrar o programa de actividades da Fersant - Feira Empresarial da Região de Santarém, realizando-se no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, no dia 5 de Junho. A segunda parte do evento terá lugar no dia 6 de Junho, nas instalações da Nersant em Torres Novas.

A Fersant, que se realiza pelo terceiro ano consecutivo a par da Feira Nacional da Agricultura, foi uma das soluções en-contradas para a realização deste evento, devido ao número acrescido de empre-sas ligadas ao sector agro-alimentar que estarão presentes no momento da reali-

zação do encontro. Desde há algum tempo que a Nersant

e o AgroCluster estão a organizar a pró-xima edição do PIC, pelo que este cluster reuniu com um conjunto de clusters eu-ropeus a fim de discutir algumas questões relacionadas com o encontro. Esta reunião foi marcada propositadamente durante o SIAG - Salão Internacional de Agro-Negó-cios, que se realizou no Centro Nacional de Exposições e no qual o AgroCluster do Ribatejo participou, para que os restantes clusters envolvidos pudessem analisar as potencialidades desta localização para a realização do encontro.

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Há várias feiras dentro da Feira Nacional de AgriculturaA Feira Nacional de Agricultura é cada vez mais um even-to que pretende atrair diversos públicos. A forte aposta no programa musical é vista pelos mais puristas como um desvirtuar do espírito original da Feira do Ribatejo, mas é também uma forma de levar mais gente ao Centro Nacional de Exposições. O MIRANTE foi ouvir alguns empresários da região sobre a feira e sobre o estado da agricultura numa região onde o Tejo continua a ter um potencial por explorar na sua plenitude. Manuel Rafael, Adega Cooperativa da Gouxa

Espectáculos são fundamentais para atrair visitantes

A Feira Nacional da Agricultura não é a mesma sem os milhares de visitantes que vão ao Centro Nacional de Exposi-ções e Mercados Agrícolas, em Santarém (CNEMA), para ver espectáculos com ar-tistas consagrados. Para o presidente da Adega Cooperativa da Gouxa (Alpiarça) os concertos contribuem com a presen-ça de muitos espectadores que animam a feira em paralelo com outros que vão para apreciar as máquinas, os animais e fazer negócios.

O presidente da Adega Cooperativa da Gouxa vê o sector agrícola com futuro na região. “O sector do vinho teve um ligei-ro abaixamento devido à queda de preços mas está a crescer a produção de hortíco-las como o tomate, beringelas, courgetes, cenouras, sinal de que os produtores têm conseguido reconverter culturas para obter apoios”, analisa Manuel Rafael. Vê o Tejo como referência e identidade da região, até no sector dos vinhos, onde ganhou alguma notoriedade com o nome do rio associado à região vitivinícola.

Paulo Neves, empresário, Marinhais

Faltam condições para fruição do Tejo

Paulo Neves, empresário de Mari-nhais, considera que o Tejo e as suas margens podiam ser melhor aprovei-tados. Dá como exemplo a realidade que se vive no concelho de Salvaterra de Magos. “As praias ou sítios ribeiri-nhos do nosso concelho, por exemplo, precisavam de ter mais condições para as pessoas usufruírem em piqueniques, zonas de lazer. Temos o Escaroupim com a marina e restaurante mas não chega”, refere.

Entende que a agricultura do Ribate-jo tem futuro, ou não estivéssemos nos terrenos mais férteis da Europa. “Falta vontade política de ajudar, de estudar os produtos a cultivar, ajudar os investi-dores a ter as melhores ideias e a saber se uma cultura tem capacidade de esco-amento no mercado”, analisa.

Para Paulo Neves a Feira Nacional da Agricultura junta o equilíbrio de uma feira agrícola com noites dedicadas aos concertos musicais e à animação. Diz que as entradas com direito aos concer-tos são um bónus mas que o custo dos ingressos, a seis euros, é elevado.

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FERSANT / FEIRA DA AGRICULTURA 31 MAIO 20126

Mário Faustino, comerciante, Pernes

Concertos deviam ser um complemento

A zona ribeirinha do Tejo está como há 30 anos. Faltam estruturas e apoios para dar seguimento a tanto projecto falado no âmbito do aproveitamento turístico assim como da navegabilida-de do rio. Mário Faustino diz que há, por isso, muito por fazer.

Já o mundo agrícola no Ribatejo terá futuro caso haja a aposta nos produtos portugueses. “Depende muito do que façam os grandes grupos económicos ligados ao comércio que têm preferi-do comprar produtos mais baratos no estrangeiro”, comenta o comerciante.

Mário Faustino recorda que é do tempo da Feira do Ribatejo e que os concertos se tornaram atracção prin-cipal, quando deviam ser um comple-mento. “Devia ser uma feira represen-tativa do Ribatejo, da agricultura, do artesanato e das suas tradições. Até o Festival Celestino Graça desapareceu da feira”, lamenta Mário Faustino, que costuma ir almoçar ou jantar e ir ver uma garraiada.

José Farinha Mendes, empresário, Santarém

A agricultura tem futuro no Ribatejo

José Farinha Mendes não tem pejo em reconhecer que a Feira Nacional da Agricultura vale hoje mais pelos espec-táculos e pelo peso que estes têm nos milhares de visitantes que a procuram. Para o empresário a feira é hoje mui-to mais mediática quando comparada com a tradicional Feira do Ribatejo que esteve na sua origem. “Os concertos fazem falta para aparecer malta nova, mas os preços estão elevados quer para os expositores como para os visitantes. Os ingressos custam seis euros, o que não é fácil para uma família de três ou quatro pessoas”, refere.

Para o empresário, o rio Tejo é sinal de fertilidade dos campos agrícolas do Ribatejo mas está cada vez mais pre-judicado pelos transvases de água es-panhóis e mal aproveitado em termos turísticos. “Na nossa zona a margem do Tejo está igual ou pior do que há 30 anos. Podiam ter-se realizado ligações pedonais desde S. Bento ou das Portas de Sol até à zona ribeirinha”, comenta.

Para si, a agricultura tem futuro no Ribatejo, região de terrenos férteis, com alguma zona de latifúndio apoiada por mecanização. “Também se dizia que o olival não dava no Alentejo e os espa-nhóis tomaram conta dos campos. Não se deve estar sempre à espera”, sugere.

José Júlio Eloy, empresário, Santarém

Há uma feira diurna e uma feira nocturna

Para José Júlio Eloy existem duas feiras da agricultura: a diurna, à qual comparecem muitos visitantes vindos do norte e centro do país para apre-ciar os temas agrícolas, as máquinas e os animais; e uma feira nocturna, que reúne pessoas ao jantar, nos con-certos e nas picarias, que chegam de Santarém e da região. “Ainda existe essa tradição, principalmente dos nor-tenhos, que vêm em excursão à Feira da Agricultura, como faziam durante a Feira do Ribatejo. Hoje existe menos maquinaria devido à crise mas tem-se conseguido manter uma grande aposta na exposição de animais”, refere o ad-ministrador da Agro-Ribatejo.

Para o empresário de Santarém liga-do à maquinaria agrícola, a agricultura tem futuro no Ribatejo, especialmente a ligada ao regadio. Já o rio Tejo con-tinua a ser a alma da região mas ain-da tem muito para ser aproveitado em termos turísticos e de navegabilidade.

Francisco Andrade, empresário, Santarém

Concertos e artistas conhecidos garantem visitantes

Feira Nacional de Agricultura sem ar-tistas conhecidos não garante a mesma animação nem o número de visitantes desejado para um evento com o nível nacional e internacional que a feira tem. “Tenho uma tasquinha do Clube Despor-tivo, Recreativo e Cultural de Perofilho na feira desde há três anos e nota-se que os concertos trazem muito movimento. As pessoas vêem também às picarias, às exposições, mas não são as mesmas que dão a volta à feira para ver a agricultura e os cavalos”, diz Francisco Andrade, que também costuma ir pessoalmente um ou dois dias à feira ver o ambiente, algum artista que agrade, as largadas de toiros e a maquinaria agrícola a que também está ligado profissionalmente.

Vê futuro na agricultura da região, so-bretudo no sector dos hortícolas. “Ainda é o sector que consegue cativar alguns in-centivos e penso que terá grande desen-volvimento nos próximos anos”, opina. Quanto ao peso do Tejo na região, diz que é identitário do Ribatejo mas que falta em Santarém a criação de um es-pelho de água para activida-des desporti-vas e de lazer.