Especial Festas Destaques Foto: Helder Roque · Eis-nos em plena festa! Lá fora, com eleições...

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Página IV do Sup. Tauromaquia António Macedo, dos Forcados Amadores de Coruche, vencedor do prémio da melhor pega na corrida RTP-Norte Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Fundador: Abel Matos Santos – Director: José António Martins Ano 3 Número 28 Agosto de 2008 • Mensal • Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Destaques CORUCHE O Seu Supermercado e Posto de Abastecimento de Combustíveis LAVAGENS AUTO * SELF-SERVICE SUPERCORUCHE – Supermercados SA. Telef. 243 617 810 Fax 243 617 712 Rua Açude da Agolada 2100-027 CORUCHE PREÇOS BAIXOS * QUALIDADE * ACOLHIMENTO páginas 4 e 5 página 21 Especial F Especial F estas estas G RANDE RANDE E NTREVIS NTREVISTA V V enha descobrir enha descobrir consulte o programa consulte o programa para melhor usufruir para melhor usufruir de todas as actividades de todas as actividades páginas 9 a 13 e 17 O seu Jornal de referência nas Festas de 2008 V V ALE 50% ALE 50% DESCONTO DESCONTO Recorte e apresente Recorte e apresente na Bilheteira na Bilheteira NOVILHADA NOVILHADA DO DIA DO DIA 14/8/2008 14/8/2008 V V ALE 15% ALE 15% DESCONTO DESCONTO numa refeição Recorte e apresente na altura de pagar T T oiros na ruas oiros na ruas entrevista a P entrevista a P aulo T aulo Tomáz, omáz, responsável pela parte responsável pela parte taurina taurina Diamantino Diogo Diamantino Diogo Juíz da Irmandade de NSC e do Lar de Juíz da Irmandade de NSC e do Lar de S. José, fala das festas, da sua obra, S. José, fala das festas, da sua obra, e expectativas para o concelho. e expectativas para o concelho. V enha conhecer enha conhecer o valioso espólio o valioso espólio da tertúlia tau da tertúlia tau- romáquica de romáquica de Jorge Júlio, um Jorge Júlio, um espaço místico espaço místico no coração de no coração de Coruche. Coruche. Tesouros escondidos Insólito Insólito coruchense vai a julgamento... coruchense vai a julgamento... acusado de injurias ao Comandante acusado de injurias ao Comandante dos Bombeiros Municipais dos Bombeiros Municipais Entrevista Entrevista a Filipe Justino, a Filipe Justino, Presidente da Comissão Presidente da Comissão de F de F estas 2008 estas 2008 Abel Matos Santos em artigo de opinião Abel Matos Santos em artigo de opinião página 18 Elisabete Franco, com Desenho e Pintura, é a artesã em destaque este mês na rubrica “Artesanato em Coruche”, por Paulo Fatela. Página 35 Foto: Helder Roque

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Página IV do Sup. Tauromaquia

António Macedo, dos ForcadosAmadores de Coruche, vencedor doprémio da melhor pega na corridaRTP-Norte

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Fundador: Abel Matos Santos – Director: José António Martins – Ano 3 • Número 28 • Agosto de 2008 • Mensal • Preço: €1– Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

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EntrevistaEntrevistaa Filipe Justino,a Filipe Justino,Presidente da ComissãoPresidente da Comissãode Fde Festas 2008estas 2008

Abel Matos Santos em artigo de opiniãoAbel Matos Santos em artigo de opinião

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Elisabete Franco, com Desenho ePintura, é a artesã em destaque estemês na rubrica “Artesanato emCoruche”, por Paulo Fatela.

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Eis-nos em plena festa! Láfora, com eleições holly-woodescas americanas,

eleições carnavalescas no Zim-babué, os Jogos Olímpicos noauge da polémica que envolve aChina e os direitos humanos,artistas para todos os gostos,espectáculos de todos os feitios,enfim, não é só em Coruche querebentam festividades. E paramais a época futebolística aindanão começou. Isto promete!

Manuela Ferreira Leite in-forma-nos que não quer a maio-ria absoluta, humilde a senhora.Sócrates fala de si e do seu umbi-go, pensando tratar-se de Portu-gal. O BE mandou passear oúnico representante que tinhacom algum poder, na Câmara deLisboa, revelando a sua únicafunção na política partidária: serempata.

Já o partido comunista, pas-mem-se os mais tolerantes, ati-rou-se às gentes quando soubeque Ingrid Betancourt – pri-sioneira das FARC colombianas

– fora posta em liberdade ao fimde seis anos (!) de cativeiro.Revoltados porque uma mulherraptada fora posta em liberdade.

E… chamam-se estes senho-res os “lutadores da liberdade”.O argumento era o de os EUA –esse diabo capitalista – estarenvolvido na libertação. Ora oPC parece estar mais preocupa-do com o libertador do que coma liberdade. A burrice começa aser demasiada. A propósito, vero texto do Dr. Abel Matos San-tos sobre o tema, e ainda o seuartigo sobre um caso insólitoque diz respeito aos bombeirosde Coruche.

Não menos escandaloso é onúmero de pessoas que vivemdo Rendimento Social de Inser-ção, o famoso rendimento míni-mo, a que muitos se habituaram,pois trabalhar faz doer as costas,e receber um ordenado sem ter apreocupação de se levantar cedopara ter pão à mesa é bem me-lhor.

Pasme-se caro leitor pois onúmero é abismal, nada maisnada menos que 335 mil pes-soas vivem à conta dos que tra-

balham. Mais de um milhão deeuros por dia! É certo que nãopodemos dizer que todos têmbom corpo para trabalhar, mas oque é certo que continuamos aver as chamadas minorias étni-cas sem mexer uma palha e nofim de cada mês lá estão em filapirilau à porta da SegurançaSocial. Já me questionei muitasvezes se deixar de trabalharpoderei candidatar-me ao “tra-balhem por mim que eu recebona mesma”!? Quando é que istoacaba?

Também preocupante foi ofacto de o Presidente da Repú-blica, ter anunciado uma confe-rência de imprensa às 20h do dia31 de Julho, preocupante pelosimples motivo de que não re-velou o assunto que o levou ainterromper as férias, especu-lou-se muito durante o dia dequinta-feira, alguns órgãos decomunicação diziam que o pres-idente estava doente, outros quese ia demitir, etc.

Eu cá na minha modestasabedoria tinha a esperança quefosse destituir o Governo e prin-cipalmente o Sr. Sócrates (era

mesmo “porreiro pá”), mas não,tal como os outros também eume enganei, mas continuo coma esperança que isso aconteça,num futuro próximo. Mais sim-pático ainda e menos vergonho-so era mesmo o primeiro-minis-tro pôr a mão na consciência edemitir-se, pois o sufoco é cadavez mais maior, já não há nemcarteira nem paciência queaguente a política governamen-tal deste senhor.

Lamentos à parte, concentre-mo-nos nas Festas em Honra deNossa Senhora do Castelo, enão festas populares de Coru-che, como em tempos um certopartido lhe quis chamar.

As Festas do Castelo, sãoessencialmente marcadas, pelaprocissão em honra da Padroei-ra, a Senhora do Castelo e pelocortejo etnográfico, no dia doCampino. Este ano as largadasvoltam ao Centro Histórico davila, mais que não seja para darum pouco de alma ao espaçoque durante o ano parece esque-cido.

Também é nas festas querevemos velhos amigos que porvezes o tempo quer levar masque são reavivados anualmentena nossa memória. As noitadas,o divertimento de uns, o traba-lho de outros para que nada falteaos visitantes, a música, as cor-ridas de toiros, o cansaço, asnoites mal dormidas, etc. etc., éesta panóplia de coisas que fazcom que se chegue ao fim das

Festas, e possamos olhar os diaspassados, com uma certa nostal-gia, na ânsia de que o ano passedepressa para que venha a Festado ano seguinte.

No Jornal de Coruche destemês entrevistamos o Juiz daIrmandade da Nossa Senhora doCastelo, o Dr. Diamantino Dio-go, um verdadeiro amante dasua terra, pela qual muito já feze continua a fazer.

Paulo Fatela apresenta-nosElisabete Franco, artesã da fre-guesia do Biscaínho. O ViajanteLuís António Martins “mostra--nos” a Letónia. Passeámos pelaSemana da Juventude, O Dr.Domingos da Costa Xavier cácontinua com o suplemento datauromaquia sempre com a aju-da do fotógrafo e cronista Joa-quim Mesquita e o jovem cola-borador Rodrigo Taxa, enfim sãoestes e outros motivos que fa-zem do Jornal de Coruche o seujornal de eleição.

Antes de vos desejar umaboa leitura, faço o convite a to-dos os colaboradores, assinan-tes, leitores e amigos do JC avisitarem o nosso stand no re-cinto das festas, bem como aapreciarem a exposição do fotó-grafo tauromáquico do JC, Joa-quim Mesquita.

Boa leitura e, já agora, boasFestas do Castelo.

Até Setembro____

José António MartinsDirector do Jornal de Coruche

2 O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008

Festas para todos os gostose… desgostos

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 3

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 20084

Jornal de Coruche (JC) –No ano passado a Irmandadede Nossa Senhora do Castelo(INSC), assumiu que não po-dia nem devia pagar mais ofogo de artifício, como vai sereste ano?

Dr. Diamantino Diogo (DD)– Chegou-se a um acordo com aComissão de Festas que paga50% e a INSC paga outros 50%.A INSC tem outras responsa-bilidades nomeadamente comos seus edifícios e com a sua es-trutura, e também para cumpriros seus estatutos de apoio àpobreza, agora estou absoluta-mente de acordo com o fogo deartificio, que vai ter a mesmagrandeza dos outros anos, nãopode é ser a INSC a suportar natotalidade.

JC – Qual a relação da INSCcom a Comissão de Festas deCoruche?

DD – Óptima. Estamos embom relacionamento, que aliás jávem do ano passado, o espíritode colaboração é o melhor. Esta-mos colaborando e cooperandocom eles.

JC – Faz algum sentidouma Comissão de Festas finan-ciada pela Câmara Municipalde Coruche (CMC), e com re-ceitas próprias e a INSC aorganizar a parte religiosa?Ou não faria mais sentido jun-tar tudo na INSC, ou juntar asComissões?

DD – A parte religiosa teráde existir sempre, são situaçõescompletamente distintas, umaComissão de Festas também faztodo o sentido. Ser a Câmara Mu-nicipal de Coruche a suportar émais controverso.

Devem ser as empresas lo-cais e a população que devemapoiar as Festas. Acrise que gras-sa no nosso país e também nonosso concelho torna as coisasmais difíceis. Por informaçõesque tenho não é só a câmara a

suportar, o que se deve é alargaro leque de empresas que con-tribuem.

JC – A instrumentalizaçãopolitica das festas é muito ape-tecível, acha que o facto doPresidente da Comissão emaioria dos membros ser doPS, é uma coincidência?

DD – Eu penso que é coin-cidência, haverá membros deoutros partidos. Talvez tenhamais capacidade de liderança.Tenho conhecimento de váriaspessoas que tem sido convida-das, mas a responsabilidade émuito grande, é necessário mui-to dinheiro.

JC – O Dr. DiamantinoDiogo, tem dado provas deverdadeiro “Amor à sua Terrae às suas Gentes”. Como sentea sua terra?

DD – Já a senti melhor. Nes-te momento estou preocupado,alguns produtos agrícolas estãodesvalorizados, o vale do Sor-raia é um dos mais ricos e férteisdo país, as pessoas estavam

habituadas a ter a sua rentabili-dade fixa no final do ano, haviaalgum nível de vida, foram apa-nhadas de surpresa por algumasalterações da PAC.

O mais preocupante em meuentender é a DAI, é um pólo dedesenvolvimento do vale do Sor-raia, creio mesmo que é a maioragro-industrial do País, teve al-guns apoios, foi subsidiada nostempos do governo de CavacoSilva, agora o que a UE preten-de é que recebamos um subsidiopara a fechar, a administraçãovai lutando para que isso nãoaconteça, o certo é que os agri-cultores perderam uma das cul-turas mais rentáveis que tinham,a beterraba, enquanto a EU nãoalterar a sua politica não vai serpossível voltar a cultivá--la.

Este ano vai ser o último anode produção, que se vai traduzirnum prejuízo muito grande paraa nossa região, a produção vaipassar a ser feita com cana-de--açúcar, a fábrica vai passar a la-borar com menos funcionários.

JC – Como vê o seu man-dato na INSC e no Lar de S.José?

DD – No Lar de S. José eudiria que é perene, já estou des-de 1975, quando entrei a situa-ção era muito grave, chegoumesmo a pensar-se em encerrarpor não ter condições de sobre-vivência, hoje creio que é umadas melhores IPSS, (InstituiçãoParticular de Solidariedade So-cial) do distrito de Santarém, outalvez do país, foi isto que foidito por um director regional.

Estamos laborando bem,cumprimos todas as regras exi-gidas pela segurança social, oscoruchenses estão satisfeitos,não estou a pensar em sair a nãoque apareça alguém com muitavontade de me substituir, é umlugar que dá muito trabalho, e égratuito.

Quero dizer que os meus fi-lhos e netos sempre pagaram omáximo. De qualquer modotenho muito gosto porque esta-mos a servir a população, cerca

de 300 crianças, que os paistiveram a amabilidade de nosentregar a nosso cuidado, é omaior prazer que tenho, fizemosobras este ano na presunção deque seria necessário apoiar maiscrianças, temos capacidade paramais 75 no novo edifício.

A INSC é diferente, é ummandato de 3 anos, diria que omandato está quase cumprido,uma das coisas que havia a fazerera recuperar alguma degra-dação, nomeadamente a luzeléctrica, as águas pluviais, oparque de estacionamento, tinhade se arranjar rapidamente umasolução. Tinham-se feito muitasobras nos mandatos anteriores,mas estas eram prementes.

Outra das alterações que pro-pus foi a alteração do financia-mento do fogo de artifício, oratendo a irmandade tão poucosrendimentos, somente as esmo-las, havia dificuldades em finan-ciá-lo, havia inclusive dívidasde um ano para outro, numainstituição cuja principal missãoé defender a religião e a Ermida,apoiar os pobres, não ter dinhei-ro para o fazer e estar a suportaro fogo não me fazia grande sen-tido. Agora restam pequenospormenores, porque a maiorparte está feita. A janela do corotambém foi recuperada, com asua arquitectura original. Criartalvez um museu, mas isso serápara o próximo mandato.

JC – Estas duas entidadesem conjunto com Santa Casada Misericórdia, detêm a Pra-ça de Touros de Coruche,como considera este novo con-trato de cedência por 3 anos aInácio Ramos? O que espera?

DD – A praça de touros esta-va absolutamente degradada,gastaram-se uns largos milharesde contos, embora haja peque-nos pormenores que ainda pre-cisam de ser corrigidos. Em boaaltura. O contrato de cedênciafoi o melhor que alguma vez sefez na Praça de Touros de Co-ruche, aliás pela maneira comoestá a proceder, parece-nos queestá a fazer uma boa publicidadea Coruche, que tanto precisa.

JC – O que ainda querfazer por Coruche?

DD – Tudo. Tudo o que forpossível fazer dentro dos condi-cionalismos existentes, a CaixaAgrícola é uma das maioresinstituições da terra, e enquantoestiver à frente ajudarei semprenaquilo que me for possível.

DDiiaammaannttiinnoo DDiiooggooEste mês na grande entrevista, fomos ao encontro do Dr. Diamantino Diogo, Juiz da Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, entre outrasinúmeras actividades que tem desenvolvido ao longo dos tempos em prol da Vila de Coruche, sendo sem dúvida um dos mais destacados

Coruchenses. Em mês de festas fomos ouvi-lo, acerca da sua obra e das expectativas para o concelho.

G R A N D E E N T R E V I S T A

A Câmara Municipal e a Universidade Aber-ta (UAb) desenvolveram um processo negocialcom vista à abertura em Coruche de um CentroLocal de Aprendizagem (CLAC).

Esta é uma oportunidade que surge no âmbito dareestruturação nacional empreendida pela UAb,que preconiza a definição de uma nova arquitecturapedagógica, logística e funcional.

De acordo dom fonte autárquica, “a instalaçãoem Coruche do CLAC representa, sem dúvida, umamais-valia para o nosso concelho. Trata-se de umaforte aposta no Ensino Superior, num formato de“e-learning” cujas perspectivas de desenvolvi-mento futuro são de enorme expansão e evolução”.Por outro lado, a UAb tem vindo a abrir-se paranovos caminhos de grande alcance futuro, nomea-damente a Formação Profissional.

A abrangência geográfica do CLAC será bas-tante alargada, uma vez que todos os alunos resi-dentes nas áreas do sul do Ribatejo e Alentejo nortemais próximo ficarão institucionalmente afectos aCoruche.

Entrtanto, a UAb recruta coordenador(a) para o CLACno seu site, em www.univ-ab.pt/pdf/news/cla_coruche.pdf

UUnniivveerrssiiddaaddee AAbbeerrttaaeemm CCoorruucchhee

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 5

Amo Coruche, gosto muitode Coruche e gostaria de ver mui-tos projectos, projectos indus-triais para os jovens se poderemfixar, agora com a chegada doaeroporto estou na expectativaque Coruche possa mudar paramelhor.

JC – Vêm aí as autárquicasde 2009, se o desafiarem a can-didatar-se, gostaria?

DD – Essa hipótese já se pôsvárias vezes, neste momentonão está nos meus pensamentos.

JC – Agora que tanto sefala que os jovens estão afas-tados da política e do serviço àNação, se aparecesse gentenova a concorrer, seria deapoiar?

DD – Com certeza, emboranunca esquecendo aquilo que aspessoas foram fazendo ao longoda vida e nos respectivos man-datos, terá de ser ponderado.

JC – Foi um apoiante semreservas da reposição do bus-to do ilustre Coruchense e be-nemérito Major Luiz Albertode Oliveira, porque que aesquerda impediu a sua repo-sição, apesar de mais de 1300assinaturas de apoio?

DD – Eu entendo que as coi-sas estavam mal esclarecidas,não tenho dúvida nenhuma.Arrancar aquela estátua que láestava porque os nossos ante-passados quiseram, onde Sala-zar ao fim de 14 dias de o ter no-meado ministro já dizia “tenho aimpressão que me enganei acer-ca deste Major”, penso quequando um dia as pessoas esti-verem bem esclarecidas eu nãotenho a mais pequena dúvidaque o busto será reposto.

JC – Acha que a questãoda reposição do busto foi poli-tizada pela esquerda?

DD – Eu não sei se foi poli-tizada, levantaram epítetos queo Major não teria, se ser fascista

é viver num regime fascistaentão somos todos fascistas, ha-via que liquidar todos aquelesque com mais de 40 anos vive-ram nesse regime, e acho quenão é essa a intenção. O Majortinha uma personalidade muitoforte, não o conheci, foi Minis-tro da Guerra durante 15 meses,fez muito por Coruche, as cana-lizações do bairro novo, as pon-tes, foi ele que lutou para que seconstruissem, nunca esteve en-feudado por Salazar. O que esta-va em causa era um Coruchen-se, que lutou muito por Coruchee a quem Coruche muito deve.

JC – Se amanhã fosse po-der, Presidente da Câmararepunha?

DD – Não repunha ditato-rialmente, explicaria às pessoase não tenho a mais pequena dú-vida, que os Coruchenses quesão pessoas boas e laboriosas, esaberiam dar o devido valor aquem muito fez por Coruche.

JC – Também foi umapoiante de todas as iniciati-vas no nosso concelho, as pes-soas reconhecem-lhe isso, senteque valeu a pena?

DD – Valeu a pena, a únicamagoa que tenho neste momen-to, é que gostaria de ver maisfábricas em Coruche, feliz-mente vão começar o IC10 e oIC13, que irão existir maisinvestimentos, distando do aero-porto estes 25 a 30 km tambémseremos bastante beneficiados,em cada milhão de passageiroscriar-se-ão nas redondezas milpostos de trabalho, se o aeropor-to tiver 20 milhões de passa-geiros, há vinte mil pessoas quese tem de instalar junto do mes-mo e somos o Concelho commelhores condições para servirde dormitório a essas pessoas, ede apoio com complexos turísti-cos a esse mesmo aeroporto.

Acredito que a Agricultura

também há-de mudar, esta polí-tica seguida pela Europa, emque os agricultores por toda aEuropa estão descontentes, vaicertamente ser alterada, as pro-duções do Vale do Sorraia, sãotão boas ou melhores que as pro-duções francesa ou alemã.

Nós voltaremos a ser um dosconcelhos mais importantes dePortugal.

JC – O que acha do execu-tivo do Presidente DionísioMendes?

DD – Tem sido eficiente, está-vamos habituados a um deter-minado executivo, agora é maisdialogante, enfim há algumasobras com as quais não possoconcordar. Por exemplo, eu gos-taria de ver o Rio Sorraia, foi-me garantido por alguém de res-ponsabilidade que quando pas-sasse de carro havia de ver o RioSorraia, eu não vou descansarenquanto não voltar a ver o RioSorraia. o ex-libris de Coruche éo nosso Rio Sorraia, e a Ermidade Nossa Senhora do Castelo, sesó me deixam ver a Ermida, cor-tam-me metade da minha situa-ção de Coruchense.

Não me tirem o Rio!Há várias maneiras de resol-

ver a situação, uma é cortar 20cm ao muro, as cheias desde1969 que não chegam aquele ní-vel, a outra é subir mais a rua,essa mais difícil. Mas é evidenteque a eficiência tem sido maiore mais transparente.

JC – Também foi umapoiante de primeira linha deO Jornal de Coruche, o queacha de nós?

DD – O Jornal de Coruche éuma referência, nós já não esta-mos bem sem o ler, porque fica-mos a saber notícias de Coru-che, agora gostaria que em vezde mensal, passe a quinzenal. Éque na verdade um mês é muitotempo. Fica o desafio...

Entrevista deJosé António Martins

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Adoro o meu rio.É com este sentimento que

me proponho debruçar sobre ariqueza natural e patrimonialdeste curso de água que banhamansamente o local onde resi-do. A ideia não é registar nestaprosa, sob um pseudo título “danascente à foz”, o seu historial.É, isso sim, dizer o que me vaina alma sobre tão importanterecurso natural, que, por sorte,posso desfrutar, paredes-meias,com a minha habitação. Só osimples, mas importantíssimofacto, de a ele se dever a riquezados solos da lezíria que lheserve de lastro, seria o bastantepara lhe reconhecer o méritonatural com que abençoa tãovasta área de terrenos de cultivoe consequentemente tudo o quedaí advém para a comunidadeque o envolve, nomeadamente afauna e flora que lhe está intrin-secamente associada.

A sua importância é tal, quedesde os tempos que remontamàs primeiras casas de habitaçãoedificadas neste local, tudo erafeito em sua função, ou seja, emfunção do seu curso. Se nãovejamos: provavelmente pas-sará despercebido ao comumdos mortais a configuraçãotoponímica desta vila que tanto

gosto. Mas, se atentarmos comobjectividade, verificamos quenos seus primórdios toda a edifi-cação tinha por base uma con-figuração que forçosamenteprestava vassalagem a ruelasque desembocavam nas suasmargens, mais precisamente emportos nos quais se faziam car-gas e descargas de matérias pri-

mas produzidas nesta região.Sim! É verdade! O meu rio eranavegável e prestou esse serviçoàs gentes que habitavam estepedaço de terra e que viviamessencialmente da agricultura.Já lá vão muitos anos. Para vossituar no tempo diria que estasituação se remonta aos finaisdo sec. XIX e princípios do sec.

XX. Para além desta actividade,de realçar também a riqueza ediversidade de espécies piscíco-las abundantes nas suas águas.Também foi importante fonte derendimento e subsistência da-queles que abraçaram a faina dapesca.

Como não há bela sem se-não, nas invernias mais rigo-

rosas, o meu rio, talvez zangadocom as vicissitudes da própriamãe natureza, galgava o leitoque lhe era destinado e inunda-va com as suas águas, agora la-macentas, casas, ruas, ruelas eazinhagas causando algum trans-torno ao povoado ribeirinhomas, como depois da tempes-tade vem sempre a bonança,tudo lhe era perdoado.

Talvez por incúria, ou porfalta de outras soluções, sómuito recentemente se vislum-bra a possibilidade de se res-peitar o tão precioso líquido quecorre entre as suas margens,pois desde que me conheçosempre foram canalizados parao seu leito todo o tipo de detri-tos, adulterando por isso a limpi-dez e pureza das suas águas. Noentanto, mesmo assim, garbosono seu porte, sempre proporcio-nou agradáveis momentos delazer às gentes que a ele recor-riam e continuam a recorrer. Éassim o meu rio, de seu nomeSorraia.

E, ainda hoje, quando vou dedebandada para os lados do sul,é ele que mansamente me acena,como que a despedir--se de mime, é sempre ele o primeiro a dar--me as boas vindas quandochego. Adoro o meu rio.

PENSAMENTOS

O Meu RioNorberto Esperança

Chamo-me Maria José Albi-no de Sousa, sou enfermeira.

Há 6 anos tive um problemade saúde que me deixou comuma paralisia do lado esquerdo.

Hoje tenho a oportunidade deir a Cuba, a uma clínica para ava-liar a minha situação e, possívelintervenção com vista a melho-rar o meu estado de saúde.

Se desejar contribuir paraesta causa tenho uma conta aber-ta no BES com o NIB:

000700000060868693223Desde já o meu muito Obri-

gado.

Pedido dde AAjuda

Os operários corticeiros da zona florestal de Coruche pedem aumentos salariaisde 3,4%, contestando a proposta da APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça.

De acordo com o sindicato, “os trabalhadores do sector da zona de Coruchemantêm a determinação em lutar pela actualização salarial que consideram cor-responder aos valores da inflação”.

O diferendo está nos 22 euros mensais de aumento que o sindicato reivindicacontra os 14,77 euros que a APCOR oferece.

De referir que Coruche é o maior produtor mundial de cortiça, existindo maisde 400 trabalhadores corticeiros.

Corticeiros de Coruchequerem 3,4% de aumento salarial

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 7

Tel.: 243 619 459 • Tlm. 919 398 749

Santo Antonino • 2100-122 Coruche

Manuel Agostinho Correia

Nova Fábrica da NESTLÉ em CORUCHEA Nestlé Portugal investe maisde sete milhões de euros nasua 5.ª unidade industrial nopaís, a nova fábrica da NestléWaters Direct, a erguer emCoruche, e cuja produção de-verá arrancar em 2009.__

A cerimónia que assinalou olançamento da primeira pedrada futura unidade industrial doGrupo decorreu no passado dia7 de Julho, na localidade de Ove-lhas, freguesia de S. José da La-marosa, concelho de Coruche.

A escolha do concelho deCoruche para a localização dafábrica deveu-se à grande abun-dância e qualidade da água dasua reserva ecológica. Alémdisso, Coruche tem vias de aces-so que permitem optimizar o sis-tema logístico da empresa, es-tando em uma situação geográ-fica ideal para servir toda a re-gião Ibérica. A fábrica teráigualmente espaço para umafutura expansão com a possibi-lidade de instalação de umaunidade de produção de águasde pequeno formato.

O presidente da Câmara deCoruche, Dionísio Mendes, con-

sidera “a aposta da Nestlé emCoruche é um certificado dequalidade das potencialidades evirtudes do concelho, temos umalocalização geográfica privile-

giada e teremos no futuro mais emelhores acessibilidades e o ae-roporto internacional de Lisboaa 10 minutos.” O autarca acres-centa ainda “penso que este in-

vestimento da Nestlé pode fun-cionar como cartão de visita doparque industrial e empresarialde Coruche, ou seja, pode atrairainda mais investidores para es-

te município”. Esta nova fábricapermitirá a Nestlé Waters Directcontinuar seu forte crescimentono mercado dos escritórios epermitirá a empresa de ter umcrescimento de dois dígitos nomercado doméstico para os pró-ximos cinco anos.

Com uma área de 4.000m2,a nova fábrica terá uma pro-dução de 1500 garrafões degrande formato (11 e 18,9 li-tros) por hora (28 350 litros /hora) e irá criar 50 novos pos-tos de trabalho.

O mercado português deáguas de garrafão está a cres-cer sete por cento ao ano econtabilizava 86.500 máqui-nas no final de 2007 de acordocom a Zenith International.

A unidade industrial serádotada dos dispositivos técnicosmais recentes para o desenvolvi-mento da actividade, contandocom um centro de produção, umcentro de distribuição, um cen-tro de reparação de equipamen-tos e uma área de centralizaçãode stocks.

___

Cerimónia do lançamento da primeira pedra

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CCââmmaarraa ddee CCoorruucchhee aapprroovvaammeeddiiddaass pprreevveennttiivvaass

Existem áreas do município abrangidas por estas medidas, as quais poderão condicionar ou impedirdiversos actos ou actividades, nomeadamente:

– Criação de novos núcleos populacionais, nomeadamente turísticos, incluindo operações de lotea-mento e obras de urbanização.

– Construção, reconstrução ou ampliação de edifícios, ou outras instalações, incluindo torres e mas-tros, abrangendo novas instalações ou alterações das já existentes, bem como equipamentos einfra-estruturas de serviços, nomeadamente de energia eléctrica e de telecomunicações;

– Instalação de explorações de qualquer natureza ou ampliação de existentes;

– Alterações importantes por qualquer meio à configuração geral do terreno, incluindo a aberturade novas vias de comunicação e acessos, bem como aterros e escavações,

– Derrube ou plantação de árvores em maciço;

– Destruição do solo vivo e do coberto vegetal;

– Instalação de redes de comunicações (móveis ou fixas);

– Estabelecimento de servidões de protecção a quaisquer actividades, sistemas, equipamentos ouinfra-estruturas.

Informam-se todos os munícipes que poderão consultar a demarcaçãocartográfica das áreas abrangidas pelas medidas preventivas no Serviço deInformação Geográfica e Cadastro, sito no Edifício dos Paços do Concelho,

em Coruche.

A autarquia de Coruche aprovou, no passado dia 2 de Julho,medidas preventivas para as áreas destinadas à implantação do

NAL – Novo Aeroporto de Lisboa e áreas envolventes.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 20088

AADDEEGGAA AARRRRAATTEESSVViinnhhooss ee PPeettiissccooss

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A época do verão é fértilem festas variadas, que ocor-rem por todo o lado. São mo-mentos de alegria que vêmquebrar a monotonia e dar so-lenidade à vida. Nas festas sa-boreia-se e celebra-se de umaforma especial, a bondade e abeleza da vida e do mundo.

As festas criam também aocasião e o espaço para o encon-tro e para o convívio descontraí-do e livre das pessoas, fora dasrelações convencionais, apressa-das e competitivas que caracte-rizam o nosso dia-a-dia.

As portas abrem-se para asvisitas que chegam, existe tem-po e disposição para um acolhi-mento cordial, presta-se atençãoaos outros, reencontram-se ve-lhas amizades, vence-se o ano-nimato e a solidão.

Muitos filhos da terra, queforam residir para fora, nessesdias esforçam--se por estar pre-sentes e saborear a alegria doconvívio e a força comunitáriadas mesmas tradições. Assim, asfestas tornam mais vivo e maisforte o sentido comunitário, eeste é também um fruto da féque a comunidade cristã develevar à vida social.

As festas afirmam ainda aidentidade de uma comunidade.As pessoas encontram-se comas suas raízes, evocam memó-rias comuns, convivem de for-ma simples e acolhedora com osvisitantes e procuram apresentaraos que vêm de fora a sua me-lhor imagem. Num tempo deindividualismo, de estranhezamútua e de anonimato, devemosapreciar e promover estes val-ores humanos das festas, quesão também valores cristãos.

As festas de Coruche, emhonra de Nossa Senhora do Cas-telo têm fundamentalmente umadimensão religiosa. A novena depreparação, a Eucaristia da festae a Procissão Solene são, para amaioria dos fiéis, expressõesimportantes da fé, por criaremuma experiência de relação e decontemplação da Providência deDeus e da protecção de NossaSenhora num clima de súplica ede acção de graças.

As festas têm ainda umagrande capacidade reunificado-ra da família e da comunidade,pois o homem, é por natureza,um ser festivo, precisa de festaspara viver e celebrar a vida, paraencontrar espaços de convívio eintegração.

As festas são vitais para asua existência. Nelas afirma-seo poder da vida, do convívio eda alegria, face à realidade dosofrimento, da solidão, do medoe da morte. Por isso, as festassão tão antigas como o homem ehão-de acompanhá-lo na suahistória.

Ao prepararmo-nos para ce-lebrar de novo as festas emhonra de Nossa Senhora do Cas-telo, procuremos viver e cele-brar a dimensão humana e cristãque as caracteriza: o encontro, aalegria, o convívio, a fraterni-dade e a Fé, redescobrindo e va-lorizando, cada vez mais a ver-tente cristã e os valores evangé-licos que lhes estão subjacentese que nos convidam a glorificara Deus por intermédio de NossaSenhora.

Festas felizes para todos.____

Pe Elias Serrano MartinsPároco de Coruche

As festas humanizama sociedade

Coruche já tem contentores pararoupas e calçado As ruas de Coruche já dis-

põem de contentores metálicospara deposição de roupas e cal-çado usado, instalados junto aosecopontos.

Trata-se da adesão da autar-quia a um projecto internacionalde entrega de roupas usadas aos

países africanos designado Peo-ple to People.

Segundo Francisco Oliveira,vereador da Câmara Municipalde Coruche, a associação encar-rega-se de recolher, fazer a tria-gem e encaminhar as peçasrecolhidas para africa a preços

simbólicos, para pagamento dosmeios logísticos e recursoshumanos que trabalham para aassociação.

“Esta acção irá tambémcontribuir para uma menordeposição de roupas e calçadoem aterro”, acrescentou.

AAssembleia Municipal deCoruche aprovou, por unani-midade, uma moção que exigeo reforço imediato do númerode efectivos da GNR nos pos-tos de Coruche e Couço.

Do documento aprovado naúltima sessão da assembleia re-sultou ainda a exigência de me-

lhoramento das condições detrabalho dos militares, pois a ne-cessidades de obras e de meiossão duas realidades.

A moção transmite ainda afalta de patrulhamento apeado,os acontecimentos ocorridos emespaços comerciais e a insegu-rança crescente entra a popu-lação.

O documento vai ser envia-do à presidência do Conselho deMinistros, ministro da Adminis-tração Interna, Presidente daAssembleia da República, aoscomandos geral e distrital daGNR bem como ao comandantedo posto de Coruche.

___

Assembleia Municipal exigereforço imediato de efectivos daGNR para Coruche e Couço

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 9

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No entanto, com o rodar dostempos tudo se modifica e jánada é como dantes, e isto semqualquer ponta de saudosismodum passado socio-político,mas talvez com a nostalgia dequem viveu as Festas do Castelona adolescência, onde o mês deAgosto não era sinonimo de fé-rias nalguma praia deste País àbeira mar plantado, mas tãosomente vivido na expectativados dias que se avizinhavam.

Vivia-se esperando comansiedade os dias das Novenasonde se ia para ver e se mostraràs raparigas, onde a troco deuma religiosidade fingida (que aSenhora nos perdoe) se tentavaentabular conversa com aquelaa quem pretendíamos namorar.

Quantas vezes, só para agra-dar à mãe da nossa pretendida,aguentávamos estoicamente aNovena até ao fim, de mãos pos-tas ou braços cruzados acom-panhávamos as prelecções doPrior ou do Orador. Eu sei que aNossa Senhora do Castelo nosperdoa, Ela até nos compreen-dia!

Depois era a noite do fogo, aProcissão, as picarias no rio Sor-raia, os toiros nas ruas, as noi-tadas no Rossio, as corridas detoiros, sei lá, um nunca maisacabar de motivos para que asFestas fossem o extravasar deum ano de ansiosa espera.

Era a altura em que se estre-ava o fato novo, alguns entenda--se, fato esse que apenas serviapara as ocasiões mais formaiscomo seja a festa religiosa, pois

para a parte profana as calças decotim ainda eram raínhas e se-nhoras. A t-shirt e a calça deganga só mais tarde chegaram.

No dia 15 a Vila acordava

cedo, as mães dirigiam-se comseus filhos para as varias casasde aluguer de fatos de anjinhoonde os transformavam em Nos-sas Senhoras e Santos Protec-tores, que lindos, que sossega-dinhos, porque é que não osdeixavam sempre vestidinhos?Os Almirantes já acampados noplanalto do castelo arranjavamos seus animais, burros, mulas evacas que, devidamente orna-mentadas com fitas e flores tam-bém acompanhavam a Procis-são no pagamento de promes-sas.

Quando a sirene dos Bom-beiros tocava a primeira vez eraum primeiro susto, ai vem ele,ainda faltava meia hora e jámuitos pretendentes a toureirossubiam os gradeamentos das

janelas procurando o melhor lu-gar para dar largas à sua valentia.

Corria-se rua abaixo, ruaacima mantendo sempre a maiordistância possível de cornudo

bicho, depois, bem depois domesmo prezo, era o contar defaçanhas que gostávamos de terpraticado. É amanhã, amanhãvou agarrá-lo. Não raras vezes oanimal saltou as tronqueirasproporcionando um espectáculosuplementar.

O cortejo, sim o CortejoEtnográfico e do Trabalho, foidurante anos um motivo davisita de muitos forasteirospela sua grandiosidade e bele-za, pela demonstração de umaactividade agrícola que, peseembora as suas vicissitudes,era símbolo de uma região degente bonita e trabalhadora.

Esse dia terminava com umgrande almoço do campino ecom festival de folclore sempredo agrado de uma populaçãotoda virada para as manifes-tações de raiz popular.

Já à noite eram frequentes asesperas junto às esquinas dasruas pela chegada das raparigasque, vindas dos foros ou das po-voações limítrofes iam assistiraos espectáculos de variedadesque, roubadas aos olhares vigi-lantes das mães, podiam pro-porcionar alguns momentos deconversa e não quantas decla-rações de amor.

Chegava em fim o dia 19 deAgosto de um ano qualquer.Chegavam ao fim as Festas emHonra de Nossa Senhora doCastelo, que saudade, para o anohá mais.

____

Joaquim Laranjo

Agosto, mês de Festas e RomariasTodos os anos em Agosto regressam à nossa Vila de Coruche

as Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo. Fotos das Festas de Coruche de 2006Manuel Pinto

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200810

Jornal de Coruche – Quaisas novidades para este ano?

Paulo Tomáz – Temos es-sencialmente duas novidadesimportantes, sendo que uma nãoé mais do que uma reposição deuma tradição que foi forçada-mente interrompida há 35 anose que agora se recupera. Possodizer que é o fazer justiça ao tra-balho que iniciámos há seteanos, que foi fazer com que ostoiros voltem às ruas de ondenunca deviam ter saído. Comoera dantes na nossa terra, vaivoltar a ser agora de novo!

JC – Como vai acontecer?PT – Os curros dos toiros

vão ficar no largo de Santo An-tónio e vão existir três zonasdistintas com um toiro em cadauma das áreas. Estas zonas se-rão do Largo de Santo Antóniopela Rua Direita acima, até àpraça do Comércio junto à Câ-mara. Ai será outra zona até aofim da praça, junto à casa do Sr.Artur Lopes. Depois temos arestante área pela Rua da Mise-ricórdia acima até quase à Ruade Santarém, que permitirá comtoda a segurança para os resi-dentes, lojistas e visitantes apre-ciar aquilo que é mais nosso, aFesta dos toiros.

JC – Falou em segurança,o que vai ser feito?

PT – Toda a área vai serreforçada com tronqueiras e asmontras e entradas das habita-ções seguras com protecções,com o apoio da comissão e daautarquia, sendo curioso o inter-esse e apego que as gentes dazona também têm mostrado nacolocação das tronqueiras epreparação da área. Penso quetodos já perceberam que é bené-fico para o Comércio e para aVila em geral.

JC – Mas parece que se

mantém a manga junto à ro-doviária?

PT – Sim, é verdade. Aslargadas pela noite dentro serãofeitas nessa área por ser umazona com menos área habita-cional e permitir o descanso daspessoas. Haverá largadas nasnoites de 14, 16 e 18 de Agostonessa área. Depois, nas ruas docentro da vila, serão dias 16 e 18de manhã e haverá uma largadaà noite no dia 15. Também sefará uma largada para miúdoscom umas bezerras no dia 18 àtarde, e poderá haver uma sur-presa taurina nesta tarde.

JC – E a novidade?PT – Essa é a da instituição

do Concurso Bola de Prata dedi-cado ao Campino e à sua gene-rosa actividade no campo com otoiro. O prémio mais simbólico,além do prémio monetário e daréplica em ponto grande dabola, será a entrega de uma bolade embolar em prata ao grupode Campinos vencedor que teráde passar por três provas distintas.

A primeira será a entrada detoiros cronometradas desde amanga de Santo António pelasruas da Vila. A segunda, umaprova de perícia de conduçãocom obstáculos e finalmente aparticipação no cortejo, colocan-do de forma sorteada em diver-sos trechos do desfile os váriosgrupos de campinos e cabrestosa concurso e ver como se desen-vencilham, tendo atenção ao seutraje e arranjo dos cavalos e ca-brestos.

Os dois finalistas escolhidos,tirarão teimas na Praça de Toi-ros de Coruche, na Corrida dodia 17 de Agosto, onde os toirosserão recolhidos por estes Cam-pinos e cabrestos e o melhor ga-nhará o troféu, permitindo umespectáculo raro e lindíssimo aquem for à corrida.

Nessa altura será tambémhomenageado o cabresto maisantigo do país, que será embola-do de prata na praça de toiros.

____Abel Matos Santos

35 anos depoisos toiros voltam às ruas

Fomos ouvir Paulo Tomáz,o responsável pela parte Taurina

Especial Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo de Coruche

Desde há 7 anos que o coruchense Paulo Tomáz, vem lutado pelareposição da tradição das nossas gentes, recolocando as largadas

de toiros nas ruas da vila. É esta uma das novidades sobre as Festasdeste ano no que diz respeito aos toiros a juntar ao prémio

Bola de Prata Campino do Sorraia.

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JUNTA DE FREGUESIADE VILA NOVA DE ERRA

A Junta de Freguesia da Erra deseja a toda a populaçãodo Concelho de Coruche em geral, e à da Freguesia

da Erra em particular, umas Festas do Castelofartas em convívio e divertimento.

Aproveita a oportunidade para agradecer a todosquantos fizeram das Festas da Erra mais um enorme sucesso.

VViissiittee aa ““TTaassqquuiinnhhaa”” ddaa CCoommiissssããoo ddee FFeessttaass ddaa EErrrraannaass FFeessttaass ddoo CCaasstteelloo..

O Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da Erra

Mário Ribeiro

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 11

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Aí estão as Festas da Senhora do Castelo, esperamos todoa ano por Agosto, e em Agosto pelas Festas.

As festas de Coruche, são a procissão, o cortejo, aslargadas, as corridas e claro as noitadas. Uma simbiose entreo religioso e o profano que roça a perfeição, uma comple-mentaridade que seria difícil conceber de forma diferente.Reencontramos os amigos de infância, alguns que já pareciamesquecidos da memória vem dar-nos um abraço e ficamosenternecidos. Fazem-se e desfazem-se namoros.

A Festa é convívio, a Festa é diversão, a Festa é fé, é von-tade. Coruche é mais viva durante a festa, é mais comunidade.

As Festas do Castelo

Fotos: Hélder Roque

Pedro Boiça

JUNTA DE FREGUESIADO BISCAÍNHO

O executivo da Junta de Freguesia do Biscaínho,saúda todos os munícipes do Concelho e em especial

os da Freguesia do Biscaínho.Desejando para todos, umas Festas em Honra

de Nossa Senhora do Castelo,com muita Paz e Saúde.

O Presidente da Junta

Joaquim Rodrigo dos Santos Paulino

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200812

JUNTA DE FREGUESIADE SANTANA DO MATO

Saudamos a população da Freguesia deSantana do Mato, do concelho de Coruche,assim como os visitantes, nos dias das Festas

em Honra de Nossa Senhora do Castelo.

O Presidente da Junta

Joaquim Banha

C O M U N I C A D OEntradas e largadas de Toiros

Entradas dde TToiros – estes eventos realizar-se-ão na mmanhã ddo ddia 116 ddeAgosto, ppelas 110 hhoras. O percurso será o seguinte:

Saída do largo de Santo António para as seguintes, Rua Direita, Praça daLiberdade, Rua da Misericórdia, parte da Rua dos Bombeiros Municipais,Rua de Olivença, Rua 5 de Outubro, terminando nos currais instalados naRua Virgílio Pais Campos do Amaral. A solta dos animais será precedidade um foguete-morteiro de aviso.

Largadas dde TToiros –– ““Ruas ddo CCentro HHistórico”

1ª - Madrugada de 15 para 16 de Agosto, pelas 01.30 horas.2ª - 16 de Agosto, pelas 11 horas da manhã.3ª - 18 de Agosto, pelas 10 horas da manhã.Na RRua DDireita, PPraça dda LLiberdade, RRua dda MMisericórdia.

Largadas dde TToiros –– ““Rua 55 dde OOutubro”

1ª - 14 de Agosto, pelas 1h30 da madrugada.2ª - 16 de Agosto, pelas 1h30 da madrugada.3ª - 18 de Agosto às 24 horas.

Informa-se a população, que nos dias com eventos matinais efectuar-se-áum aviso sonoro (sirene dos bombeiros) 1 hora antes do início dos mesmos.

Os veículos estacionados nas ruas acima referidas serão rebocados casonão sejam retirados até uma hora do início dos eventos.

O sucesso destes espectáculos depende de todos nós e beneficia o comérciolocal e a nossa vila, pelo elevado número de visitantes que por cá passam.

Em ccaso dde ddúvida, ccontacte: 9965 8807 3311

A Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo não seresponsabiliza por quaisquer acidentes ocorridos nas mesmas, pedindoassim o máximo cuidado e civismo a toda a população e visitantes, para queas Festas decorram com sucesso e alegria.

A CCommissão dde FFestas 22008

A CComissão dde FFestas dde CCoruche ppede aa ccolaboração dde ttoda aa ppopulaçãoe eem eespecial aaos ccomerciantes ee mmoradores ddas zzonas oonde sse vvão rrealizar

estes eeventos, ppara oos qquais oo sseu aapoio éé ffundamental.

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Estrada Nacional 114 – Km. 114.92100-106 CORUCHE

Email: [email protected]

Tel. 243 617 390

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 13

Programa das Festas em Honra de Nossa Senhora do CasteloDIA 66

21.00h - Inauguração ddas IIluminações nno CCastelo21.30h - Início dda NNovena eem HHonra dde NNossa SSenhora ddo CCastelo

Colaboração do Grupo Coral de São João BatistaDIAS 77, 88 ee 99

21.30h - Continuação dda NNovena eem HHonra dde NNossa SSenhora ddo CCasteloColaboração do Grupo Coral de São João Batista

DIA 110

21.00h - Inauguração ddas IIluminações nnas rruas dda VVila21.30h - Início dda NNovena eem HHonra dde NNossa SSenhora ddo CCastelo

Colaboração do Grupo Coral de São João BatistaDIA 111

21.30h - Continuação dda NNovena eem HHonra dde NNossa SSenhora ddo CCasteloColaboração do Grupo Coral de São João Batista

DIAS 112 ee 113

21.30h - Continuação dda NNovena eem HHonra dde NNossa SSenhora ddo CCasteloSolene TTríduo com a participação do Reverendo Padre Helidoro

Maurício NunoColaboração do Grupo Coral de São João Batista

22.30h - A BBanda dda SSociedade IInstrução CCoruchense, executará na Esplanadado Castelo, alguns números musicais do seu repertório

DIA 114 - NNOITE DDO FFOGO

07.00h - Grandiosa AAlvorada, seguindo-se um desfile da Banda da SociedadeInstrução Coruchense, pelas principais ruas da vila

12.00h - Missa SSolene ccantada, em acção de graças pela vitória de Portugal naBatalha de Aljubarrota, com a participação do Reverendo PadreHelidoro Maurício Nuno

18.00h - Inauguração ddas FFestas eem HHonra dde NNossa SSenhora ddo CCastelo19.00h - Missa dde SSufrágio, por todos os Irmãos de Nossa Senhora do Castelo,

já falecidos21.00h - Animação IInfantil nno rrecinto ddas FFestas21.30h - Conclusão dda NNovena ee SSolene TTríduo, com pregação do Reverendo

Padre Helidoro Maurício Nuno (colaboração do Grupo de São JoãoBaptista). Concluída a Novena, actuação musical da Banda daSociedade Instrução Coruchense, na esplanada do Castelo

22.00h - Desfile dde FFanfarras nnas rruas dda vvila24.00h - Fogo dde AArtificio nno RRio SSorraia – A Irmandade de Nossa Senhora do

Castelo e a Comissão de Festas de Coruche, efectuarão umagrandiosa sessão de Fogo de Artifício no Rio Sorraia.A Banda da Sociedade Instrução Coruchense executará algunsnúmeros do seu vasto repertório, no Coreto do Jardim Municipal

00.30h - Actuação ddo mmágico DDavid MMartin, no palco das tasquinhas00.30h - Festival TTaurino – Praça de Touros (ver programa no suplemento tauro-

maquia)02.00h - Largada ttouros nnas rruas dda vvila (5 de Outubro e Virgílio Campos do

Amaral)DIA 115

06.30h - Concentração dde PPescadores nno RRio SSorraia (organização Pesca Desportiva)07.00h - Saída ppara PPesqueiros09.00h - Concurso dde PPesca nno RRio SSorraia – Taça Vila de Coruche12.00h - No SSantuário ddo CCastelo, Missa Solene em Acção de Graça a Nossa

Senhora do Castelo, com a participação do Reverendo Padre HelidoroMaurício Nuno (Colaboração do Grupo de São João Baptista)

16.00h - Cerimónia dde ddoação pelo Instituto de Socorros a Náufragos de umaMota d’Água à Associação Búzios

18.00h - Tradicional PProcissão eem HHonra NNossa SSenhora ddo CCastelo, Padroeirade Coruche que percorrerá as principais ruas da vila. No regresso, eantes de recolher ao seu Santuário, realizar-se-á, na esplanada doCastelo, a habitual bênção de lares e campos do Vale do Sorraia.Acompanha a Procissão a Banda da Sociedade de InstruçãoCoruchense

21.00h - Continuação dda aanimação iinfantil no recinto das Festas21.30h - Grandioso FFestival FFolclore “António Neves” com a participação dos

seguintes Grupos Folclóricos: Rancho Folclórico “Malmequeres doSorraia”; Grupo Coral da Casa do Povo de Amareleja; RanchoFolclórico de Silva Escura; Grupo Etnográfico Danças e Cantares doMinho; Rancho Folclórico Regional do Sorraia do Bairro da Areia

24.00h - Actuação ddo cconsagrado aartista ddo ffado hhumorístico RRouxinolFaduncho, no palco das tasquinhas

01.30h - Largada ttoiros nnas rruas ddo ccentro hhistórico dde CCorucheDIA 116

09.30h - Desfile ddos JJogos dde CCabrestos participantes no concurso “Bola dePrata”, nas ruas da vila

10.00h - Início ddas eentradas dde ttoiros – 1ª Prova do Concurso11.00h - Largada ttoiros nnas rruas ddo ccentro hhistórico dda vvila dde CCoruche16.00h - Prova dde ccondução dde JJogos dde CCabrestos ccom oobstáculos – 2ª Prova

de Concurso no antigo campo da Horta da Nora16.30h - Continuação dda aanimação iinfantil no recinto das Festas21.00h - Actuação dde DDJ no palco das tasquinhas22.00h - Fabuloso dde eespectáculo dde ffado nno ppalco pprincipal ccom MMariza

00.00h - Espectáculo dde DDanças OOrientais no palco das tasquinhas.A seguir continuação da animação com DJ no palco das tasquinhas

01.30h - Largada dde ttoiros nnas rruas dda vvila (5 de Outubro e Virgílio Campos doAmaral)

DIA 117

06.00h - Concentração dde PPescadores (organização Pesca Desportiva)07.00h - Saída ppara PPesqueiros09.00h - Concurso dde PPesca nno RRio SSorraia – Taça do Emigrante e Prova Juvenil09.30h - Concentração dde CCampinos participantes no Cortejo do Dia do

Campino10.00h - Concentração ddos JJogos dde CCabrestos participantes no Concurso “Bola

de Prata” 3º Prova11.00h - Cortejo EEtnográfico ee ddo TTrabalho13.00h - Almoço ddo CCampino16.30h - Continuação dda aanimação iinfantil18.00h - Corrida TToiros nna PPraça dde TToiros dde CCoruche (ver suplemento tauromaquia)

Participação dos Dois Jogos de Cabrestos finalistas do concurso “Bolade Prata” – (final do concurso)

20.00h - Atribuição PPrémio ““Bola dde PPrata”, frente à Praça de Toiros22.00h - Espectáculo com a actuação do ggrupo iinternacional PPlatinum AABBA24.00h - Actuação nno ppalco ddas ttasquinhas ddo ggrupo CCoyote BBar

A seguir animação DJ no palco das tasquinhasDIA 118

10.00h - Encierro ddos TToiros ddas llargadas nnas rruas dda vvila10.30h - Largada dde TToiros nnas rruas ddo ccentro hhistórico dda vvila dde CCoruche17.00h - Largada dde BBezerras ppara ccrianças18.00h - Surpresa TTaurina nnas rruas dda vvila22.00h - Espectáculo nno ppalco pprincipal dda BBanda BBlasted MMechanism00.30h - Inicio ddas llargadas dde ttoiros nnas rruas dda vvila (5 de Outubro) com duas

vacas e a “Mesa da Coragem”01.00h - Largada TToiros nnas rruas dda vvila (5 Outubro e Virgílio Campos do

Amaral)

em d

esta

que em destaque

Aterro como se desembarcas-se. Absorvo estradas, carros,edifícios cores e pessoas. Façoperguntas porque busco res-postas.

Riga não responde masdeixa-se olhar. Que mão firmetiveram os faróis da fé quandodesenharam estes corpos bálti-cos. A uma mulher bonita outrase segue com mais naturezaainda. O verão local ousa fazer--se sentir. Russos misturam-seentre nativos, consta que insis-

tem em não aprender a línguaoficial por desconfiarem queainda se fala russo, ou seja, queos russos ainda têm algumpoder. E têm. Embora o dividamentre taxistas de pé de chinelo eoligarcas com mansões à beirado mar Báltico. O resto nãopassa de uma memória infelizde 40 e muitos anos de luta pelaindependência, não só a Letóniamas também Estónia e Lituânia.Letónia tem a particularidade deter sido ocupada não só pelaRússia mas também pela

Alemanha nazi, que repartindoo poder local em fases diversasmantinham o mesmo método:repressão, opressão, destruição,os três “ãos” que alegram comu-nistas e fascistas na sua cami-nhada fatal até ao estado(im)puro. A dado almoço faço--me acompanhar de uma cerve-ja de mel. Provo o que há detradicional e testemunho o re-quinte. Quem disse que só nosul se come bem? Eu. E é verda-de, embora por toda a parte exis-tam laivos de boa gastronomia.

Letónia CRÓNICAS DE VIAGENS

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200814

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Semi-NovosOpel Astra GTC 1.3 CDTI 3p (Diesel) 2007Opel Astra Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2007Opel Corsa Enjoy 1.2 5p (Diesel) 2007Peugeot 307 SW 1.6 HDI 5p (Diesel) 2007Peugeot 207 Sport 1.4 5p 2007Peugeot 407 SW Griff 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Volkswagen Polo 1.2 12v 5p 2006Seat Ibiza 1.4 TDI 5p (Diesel) 2006Renault Megane Break 1.5 DCI 5p (Diesel) 2006Fiat Grande Punto 1.2 5p 2006

RetomasMercedes C-220 CDI STW Avangard 5p (Diesel) 2005Audi A-4 Avant 2.0 TDI S.Line 5p (Diesel) 2005Opel Astra Carav. 1.7 CDTI 5p (Diesel) 2005Opel Astra Elegance 1.7 CDTi 5p (Diesel) 2005Citroen C-3 1.1 SX Pack 5p 2005Renault Clio 1.2 16v C/AC 5p 2005Peugeot 407 SW Griff 1.6 HDI 5p (Diesel) 2005Peugeot 206 Look 1.1 5p 2005Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2004Volkswagen Polo 1.2 12v C/AC 5p 2004Seat Ibiza 1.2 12v C/AC 5p 2004Audi A-3 1.9 TDI 3p (Diesel) 2004Ford Focus C-Max 1.6 TDCI 5p (Diesel) 2004

ComerciaisFiat Grande Punto 1.3 M-jet Van C/AC 2007Mitsubishi Strackar 2.5 TD CD 4X4 C/AC 2006Peugeot Partner Reforce 1.9 D Van 2006Citroen C-3 1.4 HDI Van 2005Opel Corsa 1.3 CDTI Van 2004Mazda B-2500 2.5 TD CD 4x4 C/AC 2002 Nissan Pick-up 2.5 TD CD 4X2 2001

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bem como o Livro“Crónicas da Nação”

Apoios

O Jornal de Coruche e Joaquim Mesquita,fotógrafo tauromáquico, convidam todos os visitantesdas Festas de Coruche a vir ao nosso stand apreciar aexposição fotográfica, patente de 14 a 19 de Agosto.

Decoração do stand a cargo de Paulo Fatela,que estará presente com exposição em madeira,alusiva a Nossa Senhora do Castelo.

ExposiçãoExposiçãode fotografia taurinade fotografia taurina

de

Joaquim MesquitaJoaquim Mesquita

VVIISSIITTEE OO SSTTAANNDD DDOO JJCC NNAASS FFEESSTTAASS

Os meus anfitriões vão-mecontando verdades. Verdadessem imagens são como as dívi-das, só aquele a quem se devesabe da sua existência, nestecaso só aquele que diz a verdadeacredita nela. Daí que me leva-ram ao Museu da Ocupação,onde a cada facto relatado seseguiam dezenas de factos con-statáveis. Os bálticos sofreramenquanto parte da União Sovié-tica. Em 1989 o grito fatal do Ipi-ranga.

De Vilnius (capital da Lituâ-nia) a Tallin (capital da Estónia)passando por Riga (Letónia)mais de 2 milhões de pessoas(leia-se 2 milhões e não meiadúzia de marmelos ao jeito daCGTP) deram as mãos percor-rendo todo o território na cha-mada “Baltic Way”, a Correnteou caminho do Báltico numaextensão de mais de 600 Km.Após tamanho aparato a Rússiajá em queda (queda essa queprincipiou e arrastou tudo e to-dos desde o dia em que o comu-nismo ascendeu ao poder) nadapôde fazer.

Os Estados Bálticos eram,finalmente, independentes. Des-de então, aos poucos e em cres-cendo, vêm acompanhando aseconomias europeias, adoptan-do e desenvolvendo tecnologia,assumindo o turismo e a trocacomercial como essências masacima de tudo uma jovialidadede aparências que espanta ao

olho imediato. É claro que sevêem inúmeras imagens detraumas, reminiscências, nó-doas culturais que servem nãosó para a filtragem das mentes, acomum catarse social, mas tam-bém para reavivar a memóriados que foram e pereceram, dosque estão e constróem e dos quevirão como resultado do que foie do que é.

O melhor remédio para anostalgia sempre foi a presençade algo em nós que relembre ador e nos mantenha afastados dasaudade negativa.Diz-se que as memórias sau-dáveis são as que não lidamcom o passado. Vá-se lá sabercomo é que isto é possível.

Respira-se uma leve e dura-doura modernidade. Percebe-seambição. Adivinha-se sucesso.Riga e a Letónia, bem como osrestantes estados bálticos têmum longo caminho pela frente,mas subiram, em poucos anosde democracia, o mesmo queoutros países demoraram umaeternidade para o fazer. Exem-plos? Portugal ele mesmo.

Tempo de partir. O Âmbardo Báltico testemunha, a cadaesquina exposto, a minha passa-gem. Uma última cerveja de melpara a viagem. Um último sabor.Um último cheiro. Um últimorubor. De outros últimos cheirose sabores e rubores que virão.

Até à próxima, de um outroângulo do globo.

>jovensdemocracias,mentalidadescrescentes

Letónia, Junho de 2008

Lic. em Filosofia

Luis António Martins

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 15

Caríssimo Director de “O Jornal de Coruche”, o meu nome é Antonio GermanoFerreira de Oliveira, mais conhecido por Chaparrinho. O caso que me leva a escreveresta carta, é o que parte da população de Coruche já sabe, que é o facto de elementosde etnia cigana continuarem a vandalizar a minha propriedade, tudo isso porquê?

Porque a Câmara Municipal de Coruche, tem alojado cerca de 400 ciganos (numapropriedade que pertence à mesma), sem o mínimo de condições sanitárias. Fui avisa-do por um amigo meu que os ciganos já estavam a construir uma casa (ilegal) dentrodo meu terreno e que também se serviam da propriedade com o propósito de retretepública. Invadiram e destruíram 75% da vedação, vedação essa que estava devidamenteinstalada há mais de vinte anos.

Varias vezes a minha esposa e a minha sogra falaram com o actual presidente daCâmara, que lhes prometeu que iria resolver a situação, coisa que nunca aconteceu atéeste ano.

Com o intuito de tentar resolver de vez este problema fomos mais uma vez falar como presidente Dionísio Mendes, conseguimos resolvê-lo parcialmente. Construí um mu-ro em blocos de cimento, para não perdermos a propriedade que já estava sendo ocu-pada. Foi-nos prometido pelo senhor presidente que os sanitários iriam ser construídos.O muro foi construído, gastei milhares de euros e a invasão e vandalização por partedos ciganos continua, pois os sanitários e os esgotos ainda não existem.

Agora pergunto eu: Será que não existe uma lei vinda da Comunidade Europeiaque diga que todos os cidadãos têm o direito de viver com o mínimo de saneamen-to básico? Com condições sanitárias?

Com isto não estou a defender os ciganos, bem pelo contrário, pois são um povo sembrio, sem auto-estima, que fazem tudo para não se integrarem na sociedade, vandalizame roubam, digo isto porque o sinto na pele, muita gente sente o mesmo, mas calam-se,ou participam à GNR, mas estes não fazem absolutamente nada, porquê? Porque a GNRnão tem poder para actuar devidamente. O Governo assim o entende.

Os ciganos só têm regalias, apenas recebem sem dar nada em troca, não cumprem alei e não respeitam o próximo, muito menos o país onde vivem.

O Presidente Dionísio Mendes, não cumpriu a promessa da construção dos sanitá-rios, este povo vive como animais e nada foi feito até agora e nós temos que viver conti-nuamente com o receio que nos partam o muro.

Faço aqui o apelo a todos os meus vizinhos que estão a ser continuamente lesadospara que “acordem” e reclamem, cito os nomes de José Vieira, António FranciscoTeixeira, Maria José Balsa, Francisco Balsa e todos os proprietários que estão a ser pre-judicados pelo vandalismo causado por estes “indesejáveis vizinhos”.

António Germano Ferreira de Oliveira

Cartas ao Director

Remodelação do Mercadode Coruche está atrasada

O projecto de requalificaçãoe remodelação do mercado mu-nicipal de Coruche foi discutidoentre responsáveis da câmara ecomerciantes há mais de umano, a 19 de Março de 2007, masainda não está concluído.

Na autarquia reside a in-tenção de concluir o projecto domercado até ao final de 2007

para que a obra pudesse ser can-didatada aos fundos do Quadrode Referência Estratégico Na-cional, com os trabalhos a de-senrolarem-se durante 2008.

A CMC tem como objectivodotar o mercado municipal deuma nova imagem, com maiororganização para clientes evendedores, fácil acessibilidade

e aplicação das mais recentesregras de higiene.

A autarquia vai analisar apossibilidade de vir a alterar oregulamento do mercado paraque possa haver mais flexibili-dade na definição do ramo denegócios a desenvolver naslojas.

____

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200816

Jornal de Coruche n.º 28, de 4 de Agosto de 2008

Tribunal Judicial de CorucheSecção Única

Est. da Lamarosa • S.To António-Palácio da Justiça2100-042 Coruche

Telef: 243610380 Fax: 243617230Mail: [email protected]

A N Ú N C I O

Processo: 232/08.3TBCCHJustificação de AusênciaRequerente: MANUEL CÉSAR MONTEIRO e outroRequerido: Joaquim César Monteiro

Nos autos acima identificados, correm éditos de seis meses, contados da datada segunda e última publicação do anúncio, citando o ausente Joaquim CésarMonteiro, com residência na freguesia da Erra, Concelho de Coruche sendoa indicada a última residência conhecida, para no prazo de 30 dias, decorridoque seja o dos éditos, impugnar, a sua alegada ausência.

No mesmo processo, são citados por éditos de trinta dias, igualmente conta-dos da segunda publicação do anúncio, os interessados incertos para no prazode trinta dias, depois de decorrido o dos éditos, impugnarem a referida justi-ficação de ausência.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

Coruche, 23-06-2008N/Referência: 431918

A Juiz de Direito,Dra. Carla Silveira

O Oficial de Justiça,Custódia Maria R. Taxa Ferreira

A lucidez serena da sua escri-ta, é o reflexo das memóriasespalhadas pelos carreirinhosda terra que o viu nascer, VilaNova da Erra.

José Diogo Júnior é o autordo Livro Ecos da Erra Velhaque foi lançado ao público nodia 27 de Julho na Junta de Fre-guesia da Erra. Uma iniciativaque contou com os apoios daCâmara Municipal de Coruche eda Junta de Freguesia da Erraque, em plenas Festejos em Hon-ra de Nossa Senhora do Vale,soube receber mais um projectode divulgação do seu patrimó-nio cultural. Ao longo das pais-agens deixadas em forma depalavra, José Diogo, percorre demãos dadas com a saudade, ostrilhos de uma infância prodi-giosa em afectos e em gestos con-sagrados à ternura da sua mãe aSr.ª Cristina Rosa Borda D’Água.

Na primeira parte do livro,as quadras cantadas de sua mãerecuperam vivências de outrostempos e testemunham o espó-lio oral que a Vila da Erra teimaem não perder, mas ao longo dolivro, José Diogo não esconde aimensa ternura que a sua terralhe deixa, lá por terras daAlemanha, visto ter sido o seudestino igual ao de muitos emi-grantes.

A sensibilidade do seu poe-ma à Vila das sete janelas, cru-za-se com a figura da mulhercampina cujo passar, deixa naalma dos que a vêem uma bele-za fina, De mulher ladina Em-blema da Erra. Na referênciafeminina estão muitas das suasvivências mais profundas, ser

filho, enamorado e amante, éextensível a valores como amore lealdade, Bem e Verdade.

Assim, o leitor pode sabore-ar nas suas palavras, nos versosmais trigueiros e populares, nasquadras que o tempo eterniza pe-la voz do povo, no acto de ver-sejar sabores e costumes, a

espontaneidade da sua vivência.Na sua poesia brotam os senti-dos da natureza, na frescura dosvales que o poema encerra,sente-se a sublime leveza damadrugada nos campos, o chei-ro a jasmim e a dálias, esvoaçano folhear deste livro. A brancu-ra do casario espreita-se peloscontornos das ruas da terrinhaque a memória não esquece nasterras frias da longa Alemanha.A sua forte ligação a Odenwald,terra onde vive há trinta e doisanos e onde viria a nascer osseus dois filhos é representada,nas diversas evocações, por umjardim de odes, onde guarda assaudades deste seu Portugal.

A sua batalha não foi fácil devencer, semelhante na Vida Du-ra que o emigrante leva pelahonestidade do seu trabalho, Jo-sé Diogo, deixa-nos um conjun-to de poemas dedicados aosamigos que, para além das fron-teiras dos dois países, com elepartilharam os bons momentosque a vida foi trazendo com aidade. Este livro é o testemunhode quem viveu na simplicidade

dos momentos, o que é dizívelao coração e cantado na alma dequem mantém a coragem de nãoabandonar o desejo de ser maisalto sem ser maior do que os ho-mens.

Em Jeito de Homenagem àFreguesia da Erra José Diogoescreve-nos assim: Ruas daErra

Ruas da Erra velhinhasPequeninas, de encantarSão para mim andorinhasNa primavera a voar

Quer eu queira ou não queiraQuer queira a saudade ou nãoA amar-vos a vida inteiraMe obriga o meu coração

Sinto saudade e amorÀs pedrinhas da calçadaQue já não sei onde estão

Sinto mágoa, sinto dor Que correm à desfiladaDentro do meu coração

José Diogo Júnior inEcos da Erra Velha

____

JUNTA DE FREGUESIADE

SÃO JOSÉ DA LAMAROSA

Mais um ano passou e Coruche volta a engalanar-se com as suastradicionais festas em honra de nossa Senhora do Castelo.

É neste mês de Agosto, especialmente no dia 15, que todosos Coruchenses e visitantes, homenageiam Nossa Senhora.

Como Presidente da Junta de Freguesia de São José da Lamarosa,e aproveitando esta época festiva, desejo a todos os Coruchenses,

e muito em particular à população desta Freguesia,umas Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo

com muita saúde, paz e muita alegria.

O Presidente da Junta

António Vaz da Venda

LANÇAMENTO DE LIVRO

“Ecos da Erra Velha”de José Diogo Júnior

Isabel Chaparro

Lic. em Filosofia

O Jornal Coruche (JC) – Este anovoltaram a existir dificuldades paraconstituir a comissão de festas de Co-ruche?

Filipe Justino (FJ) – Este ano tive-mos os timings correctos, já tínhamos aequipa criada desde Novembro.

O ano passado é que tivemos maisdificuldades porque só tivemos doismeses de trabalho.

JC – Como reage à crítica de que acomissão está demasiado partidariza-da, nomeadamente que o Partido So-cialista tem um peso excessivo?

FJ – Não colho essa crítica, há ele-mentos de outros partidos, há elementosque nem sei se tem filiação partidária.Esse não é um critério. Nem nunca foiobjectivo do PS, ter um peso na Comis-são de Festas de Coruche. Eu sou filiado,tenho orgulho de ser socialista, e não meia desfiliar só para ser Presidente da Co-missão de Festas.

Peguei o ano passado na Comissãoporque era Presidente da Assembleia Ge-ral, e não havendo candidatos fiquei como menino nos braços.

JC – Considera que o actual Mo-delo das Festas está esgotado, ou aindatem muito espaço de crescimento?

FJ – Acho que ainda há espaço decrescimento tem é de haver novas ideias,renovar-se periodicamente, pode sempreser melhorado, as boas ideias são semprebem-vindas, por exemplo, como umamostra de artesanato, Concelhio ouRegional, mas que tenha a ver connosco.

JC – Não considera o peso da CMCno orçamento global das Festas de

Coruche excessivo? Não receia quepossa, pelo menos aparentemente,induzir um certo comprometimento.Nunca pensou cobrar entradas, porexemplo, para diluir essa dependência.Ou utilizar o mesmo modelo, das fes-tas de todas a Freguesias, que vãoangariando fundos ao longo de todo oano?

FJ – Nos dias de hoje é complicadovoltar ao antigamente com o pagamentode entradas, as festas em honra de NossaSenhora do Castelo são o maior eventoconcelhio, afinal são as festas do conce-lho, e acho que a Câmara tem responsa-bilidades, no anterior modelo era a Câ-mara quem as organizava.

A Câmara contribui com 100 mil eu-ros, a comissão tem de angariar outros100 mil, o orçamento das Festas ronda os200 mil euros. Tendo em conta a situaçãoeconómica das empresas não é fácilangariar esse dinheiro.

JC – Este ano a comissão vai com-participar o fogo de artificio com aINSC, como foi possível essa ginásticaorçamental?

FJ – Houve um compromisso jádesde o ano passado, dispomos de uma

verba que disponibilizamos, nós vamoscontribuir para o fogo com 3000 euros.

JC – Há uma clara preocupaçãopor parte da Comissão de abranger omaior leque possível de públicos émuito difícil fazer essa conciliação?

FJ – Nunca se pode agradar a Gregose Troianos, as Festas têm de ser feita paratoda a gente, em função das faixas etá-rias.

JC – O que podem os Coruchenses,e todos os visitantes esperar das Festasem Honra de Nossa Senhora doCastelo deste ano?

FJ – As grandes inovações deste ano,são sem dúvida o regresso das largadasao centro da Vila, que de onde aliásnunca deviam ter saído, vamos ter trêsmangas separadas para que o touro nãose perca durante muito tempo, vamos terconcurso para campinos com váriasprovas, e no recinto das festas teremosanimação junto à praça de água maisvocacionado para crianças que tambémmerecem a Festa.

____Entrevista e foto de:

Pedro Boiça

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 17

JUNTA DE FREGUESIADE CORUCHE

A Junta de Freguesia de Coruche,deseja a todos os residentes e visitantes

votos de excelentes Festasem Honra de Nossa Senhora do Castelo 2008.

O Presidente da Junta

Jacinto Barbosa

ENTREVISTA

Filipe Justino Presidente da Comissão de Festas 2008

Em mês de Festas em Honrade Nossa Senhora do Castelo,tivemos uma pequena conver-sa, com Filipe Justino,Presidente da Comissão deFestas, que nos esclareceuacerca das novidades desteano, respondeu a algumascríticas e deixou-nos cheiosde vontade que as festascomecem Já!

CORUCHE uma ffreguesia oonde éé bbom vviver

Especial Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo de Coruche

Um Coruchense, no ano de2004, escreveu uma carta aoDirector no extinto Jornal “OSorraia”, onde criticou o Sr.Comandante dos BombeirosMunicipais de Coruche, o Ca-pitão do Exército Rafael Ro-drigues, “de não se tocar asirene e em alternativa chamaros bombeiros através de tele-móvel”.___

Ora, parece que o MinistérioPúblico acusou o tal Coruchen-se “de ter atingido a honra econsideração” do Sr. Coman-dante dos Bombeiros, que teve aousadia de pedir uma indem-nização de quatro mil euros pordanos não patrimoniais.

O queixoso refere ainda que

se sentiu incomodado com ofacto do tal texto escrito peloagora arguido, referir que o Sr.Comandante deve ser um “Ca-pitão do Exército de Tarimba enão da Academia pois quebrouuma das tradições de Coruche”,opinando até que a decisão denão mandar tocar a sirene “é deuma irresponsabilidade e deuma ilegalidade sem preceden-tes”, fazendo com que se gaste“mais dinheiro público pago pe-los contribuintes” ao avisar osbombeiros pelo telemóvel.

Até aqui não percebemosonde está a ofensa!? Podemosnão gostar do estilo, mas nãoparece ofender ninguém e qual-quer cidadão tem direito à suaopinião e resta saber se de factoas coisas não são como ele diz!?

De facto, a maioria dos co-ruchenses não gosta que a Si-rene esteja muda e todos sabe-mos do mau estar que vai noCorpo de Bombeiros, mas issofica para mais tarde.

O caricato de tudo isto, é queo Sr. Comandante dos Bombei-ros, alega no seu pedido de 4 mileuros de indemnização que “so-freu um abalo emocional pro-fundo, que deixou de alimentar--se convenientemente e por issoperdeu peso e que teve que re-correr a apoio médico por dor-mir mal”. Por tão pouco???

Bem, disto percebo eu, sen-do especialista em Saúde Men-tal, e se o cidadão comandantedos Bombeiros, Capitão do Exér-cito se foi abaixo com tão pou-co, devemos diligenciar no sen-

tido de que não comande nada,dado que a um lugar de elevadaresponsabilidade e pressão, nãopodem ser textos opinativosdeste cariz, que possam abalartão circunspecta e sensível alma.Ninguém assim devia comandarnada!

Esta é a minha opinião e seme quiserem processar, façam-no e desafio a que contestem omeu parecer!

E assim se vê a justiça a pre-ocupar-se tanto com estas opi-niões, e, coisas tão graves quetêm sido ditas e escritas e divul-gadas por entidades associativase politicas em Coruche, essassim mentirosas e atentatórias daspessoas, a passarem em branco

como se fossem normais! É estaa liberdade democrática em quevivemos, mas pelos vistos não épara todos! E depois admiram-se que tenham saudades dajustiça de outros tempos.

Para finalizar, este senhor,agora arguido, pode ser punidocom uma pena de prisão até trêsmeses ou multa até 120 dias, atriplicar se existir forma agrava-da, o que é o caso, dado que oqueixoso presta um serviçopúblico e é militar.

Ao dar provimento a estetipo de queixas, se o conteúdoofensivo do artigo se resume aoque referi, estamos, em minhaopinião, a coarctar a liberdadede expressão!

Vale a pena pensar nisto.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200818

O mês de Julho foi marca-do pelo “barrete” enfiadopelos narcotraficantes da Co-lômbia, os tais que têm direitoa uma banquinha na “CidadeInternacional” da Festa doAvante, uma cidade que maisparece um museu de cera decriminosos e ditadores.

É curioso verificar como oPCP encontra justificação para orapto de civis democratas, vo-tando contra um voto de con-gratulação pela libertação dosreféns na Assembleia da Repú-blica, enquanto Fidel Castrorejeita tal prática.

A Posição do PCP:“O resgate de Ingrid Betan-

court após um período em queesteve prisioneira na selvacolombiana, coloca em evidên-cia a gravidade da situação emque se encontram centenas deprisioneiros em ambos os ladosdo conflito e a necessidade deencontrar uma solução human-itária entre as partes.”

“O Povo colombiano poderácontinuar a contar com a soli-

dariedade dos comunistas por-tugueses na sua luta contra aopressão e exploração, pelajustiça social, pela democraciae soberania nacional.”

Pois, a libertação de reféns é,para os símbolos nacionais daaterosclerose ideológica, um

revés na luta do povo colom-biano, o que justifica uma mani-festação de solidariedade porparte do PCP.

O voto contra:Quando todos os partidos,

incluindo o BE e até os Verdes,

votaram a favor do voto de con-gratulação pela libertação dosreféns, só o PCP votou contra.

Vejamos agora o que disseFidel Castro:

Fidel Castro considerou “in-justificável” o sequestro de In-grid Betancourt e celebrou a sualibertação e a de três americanose de outros 11 reféns da guerri-lha das FARC, num artigo pu-blicado no diário Granma.

“Nunca deviam ser seques-trados civis, nem mantê-loscomo prisioneiros naquelascondições na selva. Eram feitosobjectivamente cruéis. Nenhumpropósito revolucionário o po-dia justificar”, disse Castro,afastado do poder desde há qua-se dois anos por doença.

“Por elementar sentimentode humanidade, alegrou--nos anotícia”, afirmou Castro, desta-cando que “Betancourt, debili-tada e doente”, e os outros pre-sos “em precárias condições desaúde, dificilmente poderiamresistir mais tempo”.

Fidel Castro, que em Agostocompletará 82 anos, assegurou

que um dos elementos que fezque o seu movimento guerri-lheiro triunfasse foi colocar “deimediato em liberdade e semcondições os prisioneiros”. (ElPais)

Esta foi uma das maioresburrices cometidas pelos ideólo-gos empedernidos do PCP, ficá-mos a saber o que pensam daDemocracia e dos Direitos Hu-manos de que se dizem defen-sores.

Também não é para admirardado que basta ler o “Avante”,órgão de propaganda do PCP,para lá se ler que este partidonão considera as FARC terroris-tas e acusando até o presidenteUribe da Colômbia da narcotrá-fico. Acredita-se?! Para quemainda está no PREC (processorevolucionário em curso) e de-fende a força armada para ins-taurar os seus ideais, está tudopercebido! O que não se perce-be é como é que ainda há pes-soas que defendem estas formasde barbárie e violência.

____Abel Matos Santos

Fundador de O Jornal de Coruche

As FARC e o PCPACTUALIDADE

Abel Matos Santos

Coruchense vai a julgamentopor alegadamente ter injuriadoo Comandante dos Bombeiros

OPINIÃO

Assistente Especialistado Serviço de Psiquiatria

do Hospital de Santa Maria,em Lisboa

Há dias vi e ouvi na TV umafigura carismática do partido nopoder e também, para além dasfronteiras do mesmo, bastanteadmirado e acarinhado por partesignificativa dos portugueses.

Foi a propósito dos aumen-tos impensáveis e incontroladosdos combustíveis e também dofosso absurdo entre ricos e po-bres e que mais uma vez noscoloca no top das nações nossasparceiras na Europa, pelas pio-res razões.

Gostei imenso do comentá-rio que ele fez sobre alguns te-mas quentes e penalizantes parao nosso dia-a-dia, e pena é que aresposta do governo tenha sidodada por um senhor no qual “ja-mais” podemos confiar muito,dados os ziguezagues demons-trados.

Notou-se nessa resposta uma

sobranceira normal quando nospretendem dar explicações euma superioridade que não temnenhuma razão de ser, porque oque foi dito por Mário Soares émuito verdade e deveria ser le-vado em conta, não porque eleainda mande, mas sim porquetem toda a razão no que afir-mou, aliás como o fez ManuelAlegre, embora consideradoerradamente que a esquerda é aúnica aglutinadora de valores,quando não é bem assim. E osindependentes da rotulagem?

Desvalorizar o que ele dissenão é propriamente explicar aosportugueses porque é que maisdia, menos dia, ficamos de tan-ga, como o outro disse. Mas seficássemos todos, ainda vá quenão vá.

É um absurdo e um atentadoo que ouvi da boca de um alto

responsável das petrolíferas,afirmando que o não aumentodos combustíveis iria diminuiros (chorudos, digo eu) lucrosdas petrolíferas.

Francamente anda perto doescândalo dizer-se isto, quandomilhões de portugueses mal têmcom que comprar o pão para aboca.

Esperemos que a investiga-ção que o governo ordenou nãoseja só poeira para os olhos enão fique no marasmo habitualdos meandros da burocracia.

E não é que ficou mesmo?Precisam-se de medidas ur-

gentes para que o nosso Paíssaia dos buracos em que o me-tem e que à custa do sacrifícioinglório de todos nós, parececada vez serem mais fundos.

Não queremos ser os “coita-dinhos” da Europa!

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 19

No Verão de 1996, uns tan-tos habitantes de Oleiros, VilaVerde, expulsaram, com modospouco civilizados, os ciganosque ali viviam em barracas. Sebem recordo, a história provo-cou um estardalhaço danado.

A parcela do país que temvoz nos média descobriu numápice o fenómeno subjacenteaos incidentes e, sem surpresas,indignou-se.

Não houve complacênciacom a origem social dos mem-bros das milícias, ou com a cir-cunstância da comunidade ciga-na de Oleiros recusar em largamedida qualquer esforço deintegração excepto, para algunsdos seus elementos, a integraçãoresultante do tráfico de droga.Talvez não houvesse compla-cência possível.

Os actos contra os ciganosdo Minho presumiam que atransacção de estupefacientes, aconstrução clandestina e a ca-rência de boas maneiras sãoatributos exclusivos da etnia emcausa. Sucede que não são, e oluminoso deputado do PS que, àépoca, teorizou que “o trafi-cante lusitano [leia-se branco]não perturba o meio rural” ape-nas contribuiu para refinar a estu-pidez de tudo aquilo. E aquilo,

na opinião das boas consciên-cias e provavelmente na verda-de, foi uma manifestação racis-ta, agravada pela indiferença oucolaboração das autoridades.

A maçada é que as boas cons-ciências são voláteis e a verdadedescartável. Embora muito maisviolentos que os de 1996, osepisódios recentes num bairrocamarário de Loures, onde, apóstiroteio, ciganos acabaram corri-dos das suas casas por vizinhospretos, não têm, pelos vistos,vestígios de racismo. Ao que li,parece que o recurso ao conceitonão resolve nada (em Oleirosresolveu?). Também parece quea polícia não é para ali chamada(em Oleiros exigiam- -na comurgência).

Perceba-se a distinção: sedescendentes de rústicos minho-tos maltratam o cigano à mão, a

culpa é dos minhotos; se des-cendentes de cabo-verdianos es-pantam o cigano a tiro, a culpa édo planeamento urbano, dosguetos, da pobreza, da desigual-dade, do capitalismo, da socie-dade, minha e, não pense queescapa, sua. Um caso pedia fir-meza, o outro pede sociologia.Sociologia e delírios.

Compreende-se. Olhar a rea-lidade da Quinta da Fonte impli-caria abalar inúmeros mitos queconsolam almas e fundamentampolíticas. Primeiro, o mito do“multiculturalismo”, de acordocom o qual a humanidade empeso nasceu para se amar e, nãofora a apetência discriminatóriade alguns “caucasianos” desa-gradáveis, amar-se-ia sem des-canso.

Depois, o mito da superiori-dade moral do pobre, que faz

dele uma óptima vítima mas umembaraçoso agressor. Por fim, omito da habitação dita social,que leva as autarquias a distri-buir casas gratuitas a pretexto da“solidariedade” e a troco de vo-tos. Este amável paternalismofomenta o exacto caldo que estána origem dos acontecimentosde Loures.

De uma retorcida maneira, aculpa é mesmo da sociedade,que enche certas pessoas dedireitos e isenta-as de deveres,condenando-as, no mínimo, auma existência humilhante edesumana. No máximo, empur-ra-as para a balbúrdia criminosaque é moeda corrente em bair-ros assim.

À hora em que escrevo, aQuinta da Fonte prossegue o seuquotidiano particular, agora compredominância da população

preta, que empunha armas e juranão permitir o regresso dos ci-ganos. Com o respectivo arsenalbélico guardado nos carros, osciganos acampam à porta da Câ-mara de Loures, a queixarem-sede plasmas roubados e a recla-marem residência em local dasua predilecção.

Nenhum dos participantes nabatalha do passado fim-de-sema-na ficou detido. Nenhum perdeuos subsídios com que o Estadolhes recompensa a conduta.

A governadora civil de Lis-boa encerrou o assunto com oanúncio de “estratégias de paz”:uma marcha colectiva e a pintu-ra de um mural. De facto, oprincipal problema da Quinta daFonte não é o racismo.

____Alberto Gonçalves

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200820

Brincando com os Serviços de Saúde MilitarJoão José Brandão Ferreira

No seguimento da enésimatentativa de “reestruturar” e “ra-cionalizar” os Serviços de Saú-de Militares (SSM), o que searrasta desde 1977,o senhor Mi-nistro da Defesa (MDN) LuísAmado criou um grupo de tra-balho (GT), a nível do respecti-vo Ministério e reportando direc-tamente a ele. O despacho con-junto n.º 393/06,de 2 de Maio, doMDN, Finanças e Administra-ção Pública, oficializou o GT deque vieram a fazer parte três ofi-ciais médicos (um majgen, daForça Aérea; um Cap. mar eguerra, e um coronel do Exérci-to), uma licenciada em gestão, euma médica pediatra, nomeada“coordenadora” do grupo.

O despacho estabelecia umaremuneração mensal de 1696euros para a coordenadora e700.33 para os restantes ele-mentos, mais ajudas de custosem caso de deslocações.

A sua missão constava, emlinhas gerais, na definição deum “modelo de gestão flexível”;definir “um órgão coordenadora nível do MDN”, para a SaúdeMilitar; “racionalizar as estru-turas hospitalares” e analisar a“implementação de uma estru-tura hospitalar única para os trêsRamos das FAs”, e a “melhoriada qualidade e da prontidão deresposta do sistema de SaúdeMilitar, nos diferentes cenáriosde actuação previsível”.

Ao fim de nove meses – talfoi o tempo que o GT levou a

queimar neurónios –, nasceu,não uma criança, mas um abor-to, o que aliás, não é de espantarnos tempos que correm...

O “aborto” foi rejeitado limi-narmente pelo Chefe de Estado-maior General das FAs, em no-me de todos os chefes dosramos. O aborto jaz na incuba-dora do gabinete ministerial doactual responsável pela Defesa,que apanhou o GT a funcionardo anterior, mantendo-lhe a ori-entação.

Do ponto de vista da geome-tria dos sólidos, tudo se asseme-lha a uma esfera, não havendoponta por onde se lhe pegue.Vejamos: Não parece curial queo MDN, dispondo de uma vastaestrutura competente e idóneapara o tratamento da questão,tenha que individualizar um GTna sua directa dependência.Menos sentido faz ainda – paraalém do despautério revelado –,que se tenha nomeado como

“coordenadora” do GT – termoaliás pouco apropriado à função–, uma médica civil completa-mente alheia ao meio militar eque tinha do assunto que ia tra-tar um conhecimento aproxima-do ao infantil.

Já entra, porém, no campo dairresponsabilidade, tal nomeação(acrescida da adjunta para o“economato”), se tivermos emconta que para o cabal cumpri-mento do despacho seria neces-sária a consulta de documentosclassificados e isso estar vedadoa pessoas que para tal não este-jam classificados. O que o des-pacho demonstra, isso sim, éuma verdadeira bofetada, semluva branca, nas chefias mili-tares e na Instituição Militar, aopassar-lhes um atestado de in-competência e outro de descon-fiança. Por isso não se entendeque a hierarquia militar, nãotenha protestado, e que os ofici-ais envolvidos tenham aceite a

indigitação. Às Associações demilitares também não se ouviuum pio sobre a matéria...

Ora quem não se dá ao res-peito, não pode ser respeitado.

Depois, o despacho, que saiujá o GT reunia, estabeleceu umprazo irrealista para a entrega dorelatório final: 30 de Julho de2006 – cerca de três meses. OGT ignorou a data e só deu porfindas as suas lucubrações a27/2/07, ou seja sete meses de-pois. E, durante todo este temponão contactou as FAs a não serpara recolha de dados e nalgu-mas visitas efectuadas, comoaliás vem expresso no portalpúblico do Exército.

Em contas simples podemosconcluir que o GT custou aoerário público cerca de 21500euros, partindo do principio queos três militares não recebiamnada mais além do seu venci-mento, a que se deve acrescen-tar as ajudas de custo das deslo-cações realizadas (pelo menosnove), e o apoio logístico doMDN. Uns trocos, portanto.

Finalmente, o relatório, alheioa qualquer técnica elementar deEstado-maior, é de uma pobrezafranciscana e prefigura maisuma perda de tempo, um gastosupérfluo e um tiro de pólvoraseca. Mas não consegue iludiruma tentativa pouco honesta de“albardar o burro à vontade dodono”. E esta vontade é, para já,a de passar as estruturas da Saú-de Militar para o MDN e tentar

concentrar as estruturas hospita-lares no menor número de edifí-cios possível (o hospital de Be-lém escapou à sanha, por razõesque se torna ocioso explicitar).

Tal desiderato permitiria darmais uma machadada na IM,distribuir cargos e funções poramigos e alistados nas estruturaspartidárias, reduzir património apatacos e outras “benfeitorias”,sempre embalsamadas nos ter-mos democráticos e de gestãomoderna. Isto numa primeirafase, pois a seguir – e tal já é danossa lavra -, virá a tentativa deapoiar as forças militares querestam, com “outsourcing”, co-mo já acontece com o contin-gente da GNR em Timor e,ainda, de acabar paulatinamentecom a assistência no âmbito dasaúde à família militar, empur-rando toda a gente a fazer “PPRs”e seguros de saúde, dando assimmais dinheiro a ganhar a todosaqueles que já lucram a parte deleão do saque feito à populaçãoque por aqui sobrevive cada vezmais ignorante do que se passa àsua volta: os bancos, as segu-radoras e as instituições finan-ceiras.

Do relatório nem vale a penafalar: o objectivo não bate certocom o âmbito nem com as con-clusões; o apoio directo às tro-pas, missão fundamental e razãode existência dos SSM, quasenem é abordado; o manancial dedados estatísticos, eivados deerros grosseiros, não estão se-quer trabalhados para provarcoisa alguma; a estrutura orga-nizativa proposta sem ser pro-posta, é pesada, desgarrada darealidade a que é suposto apli-car-se e sem contemplar as es-pecificidades do comando mili-tar; os aspectos das necessida-des em pessoal e respectivascarreiras – fulcral em qualquersistema, tão pouco é abordado.

Enfim, o relatório sobre umassunto complexo e multidisci-plinar, aborda o problema pelarama, não tem uma visão deconjunto e as suas conclusõessão pouco assertivas e mal fun-damentadas. Por uma vez oschefes militares falaram a umavoz e disseram o que se impu-nha. Mas não podem ficar poraqui: têm que antecipar os pró-ximos “ataques” e apresentarrapidamente uma proposta quesirva os interesses das FAs e daNação. Não os dos Partidos, oude organizações cujos objecti-vos não são públicos.

A ver vamos.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 21

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O Jornal de Coruche, foi visitar estecantinho que é a menina dos olhos dosenhor Jorge Júlio, proprietário deste bo-nito e agradável espaço. Com uma de-coração tipicamente ribatejana e com asparedes praticamente forradas com car-téis de corrida de toiros, alguns com de-zenas de anos, mas muito bem conserva-dos, inúmeras fotografias, cada uma coma sua história.

É de louvar a dedicação do senhorJorge à sua tertúlia, a maneira como con-ta algumas histórias, que transpiram nos-talgia e vê-se isso no seu olhar.

O cartel mais antigo remonta a 1901,uma corrida no Campo Pequeno. Grandeparte dos cartéis foram de corridas que osenhor Jorge viu em Portugal e em Espa-nha e como, tudo cada corrida tem a suahistória.

Em tom de desabafo, diz- nos: “é umapena que uma terra como Coruche, comos melhores toureiros, grandes ganadei-ros, um grande grupo de forcados e umadas melhores praças do país, não se fa-çam mais corridas de Toiros”.

O senhor Jorge Júlio gostaria de agra-decer a todas as pessoas que contribuí-ram com material para a tertúlia e emespecial ao amigo António Moreira pelasua disponibilidade e ajuda.

____Entrevista e fotos de José António Martins

Foi com grande satisfaçãoque residentes no Bairro Ale-gre e na zona circundante àcapela de Santo António emCoruche, tiveram a oportuni-dade de festejar durante trêsdias as festas em honra deSanto António, após um inter-regno de cerca de 12 anos.

Um pequeno grupo de vo-luntários pôs mãos à obra e emnome da futura AssociaçãoENCOSTATAMIM (Associa-ção de Apoio ao Doente Onco-lógico de Coruche) conseguiupôr de pé todo um ProgramaReligioso e Profano, como maisuma estratégia de angariação defundos para a referida associa-ção.

Santo António foi o alvo dasatenções ao longo da “Trezena”onde devotos relembraram ora-ções como o Responso a Stº An-tónio e o Hino de Santo António.

No dia treze, depois de umamissa solene celebrada peloReverendo Padre Elias Serranoonde o teclado de Fernando Hei-tor Borda d'Água (do Rebocho)primou por nos encantar numacompanhamento musical per-feito durante toda a cerimóniareligiosa, o Santo Popular saiu à

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200822

Festas em Honra de Santo António em Coruche

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Foto: Helder Roque

A iniciativa de divulgação, comercialização econfecção da carne brava levada a cabo peloJornal de Coruche e pelo Talho do Manel, temsido um sucesso, existe grande procura, quer notalho, quer nos restaurantes, nomeadamente, porparte de forasteiros.

Dado que o JC chega às bancas após o pri-meiro fim-de-semana de Agosto, a iniciativaestender-se-á às Festas do Castelo, pois, paraalém de encontrar os deliciosos pratos decarne brava, nos restaurantes que aderiram aesta iniciativa, poderá também deslocar-se aalgumas tasquinhas no recinto das Festas doCastelo que também apostaram na confecção damais bem acabada e ecológica das carnes, comodiz o nosso escriba tauromáquico e gastrónomoDr. Domingos da Costa Xavier.

Também durante os dias das festas, o Talhodo Manel terá à venda Carne Brava, aproveiteassim o vale de desconto que se encontra no seuJornal de Coruche.

CARNE BRAVA SOMA E SEGUE este mês também nas tasquinhasno recinto das Festas do Castelo

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 23

Restaurante A Tasca - Coruche- Aba de hortelã com repolho- Bifinhos Bravos com cogumelos- Bifinhos Bravos de Cebolada- Grelhados Bravos

Restaurante o Choupo - Montinhos dos Pegos- Miminhos de Toiro- Capote de Toiro

Restaurante Ponte da Coroa - Coruche- Chã de fora de Novilha Brava estufada no tacho

Café Restaurante Amorim - Salgueirinha- Cozido de Carnes Bravas, sexta-feira

(Sábado e Domingo por encomenda)

Restaurante O Rossio - Coruche- Costeletas e espetadas de Novilha Brava no carvão- Lagarto Bravo com cogumelos e pimentos

Restaurante O Farnel - Coruche- Rolinhos Bravos com rosmaninho- Bife à Victor Mendes- Bravo e Mar- Grelhada Mista Brava na telha

Restaurante Os Maias - Couço- Mão de Vaca Brava com grão

sexta-feira e sábado ao almoço- Rabo e Chambão de Novilha Brava estufado

sexta-feira e sábado ao almoço

Restaurante o Campino - Coruche- Bife à Corugália de Novilha Brava

Café Restaurante o Cantinho- Massada de vaca brava

sexta-feira ao almoço

A Quintinha- Carne Brava estufada com arroz de amêndoas

e pinhão

Restaurante Gran'Gula- Medalhão Bravo e cogumelos silvestres,

com espetadas de batata e puré de maçã

Restaurante Sal e Brasas - Coruche eLisboa

- Todos os dias do mês, o prato que é apresentado narubrica do JC “Receitas de Carne Brava”, este mês deAgosto Tripas à moda do Toureiro.

Uma sugestão:Se vai à Mealhada comer leitão, se vai a

Almeirim comer sopa da pedra, se vai à beira-mar comer peixe grelhado, porque não vir àsFestas em Honra de Nossa Senhora do Casteloexperimentar deliciosos pratos de Carne Brava.

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José António MartinsJUNTA DE FREGUESIADA FAJARDA

O executivo da Junta de Freguesia da Fajarda,felicita todos os Coruchenses e em especial

todos os Fajardenses, bem como todos os visitantesdas tradicionais Festas em Honra de

Nossa Senhora do Castelo “Coruche 2008”.

O Presidente da JuntaIlídio António Martins Serrador

rua levado por voluntárias daAssociação Encostatamim. Aprocissão seguiu até ao BairroAlegre tendo regressado à capelapela Rua Direita e nela integra-ram os escuteiros assim comoelementos dos Bombeiros Mu-nicipais de Coruche.

O Largo de Santo Antónioem Coruche durante os dias 12,13 e 14 de Junho foi palco de cor,jovialidade e alegria. A primeiranoite foi marcada pela calorosaexibição dos Stepsons seguidade música popular interpretadapelo excelente duo David eCarlos. A noite seguinte, a noitede Santo António, foi bem aoritmo de sabor popular executa-do pelos Ritmos na Noite.

A magnífica exibição dosalunos da Escola de Dança deSalão Azerveirense teve a pri-mazia de dar início ao espectá-culo da última noite, a qual ter-minou com a música de PauloCristeta que se fez ouvir comexcelente interpretação.

Actos de generosidade ebem-fazer como a aquisição decamisolas e rifas “encostata-mim”, o da sorte do “bazar”, ouo de comes e bebes e o dospatrocínios puderam fundir-secom os aromas a rosmaninho.Memórias de gentes simples sefizeram ouvir e misturar aossabores tão populares da sardi-nha ou da febra no pão, me-mórias cuja grandeza de almaenaltece a riqueza da vida, ondeuma Maria do Castelo se desta-ca pelas qualidades ímpares demarchante e de dinamizadora dasmarchas populares de Coruchee, tudo isto, sob o olhar protec-tor do Santo Popular.

O nosso bem haja a todos osque contribuíram graciosamentepara que a procissão de SantoAntónio se fizesse com a digni-dade que merece, um muitoobrigada ao Reverendo PadreElias Serrano, aos Escuteiros deCoruche (Agrupamento 119),aos Bombeiros Municipais deCoruche, ao Fernando HeitorBorda d'Água e à D. Isabel daDECOFLOR que ofereceu asflores e decorou o andor de San-to António.

Obrigada aos Serviços daCâmara Municipal de Corucheque desde a primeira hora sou-beram acarinhar a nobre causaENCOSTATAMIM e que sejuntou a nós de modo a levar abom termo as Festas em honrade Santo António assim como aJunta de Freguesia de Coruche,os músicos, os artistas, a empre-sa Gafaniz Som, a TobiKes, Sita-co, a Paulo Pinto, a José Pesei-ro, a Carlos Peseiro, a José Al-fredo, a José Crossas e a todosos patrocinadores.

À D. Teresa Trindade Bar-reiros, à D. Maria CustódiaFlausino Borrego e à D. Deo-linda, um obrigada muito espe-cial pelo entusiasmo com quereceberam esta iniciativa, elassão o testemunho de dedicaçãoe carinho não só no arranjo edecoração da capela como àcausa de Santo António.

Os nossos agradecimentos àD. Augusta (Janeiro) e à D. Lu-cília assim como a toda a popu-lação anónima que de uma for-ma ou de outra tornou possível aconcretização do evento.

____Ana Flausino

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TASQUINHAS NO RECINTODAS FESTAS DO CASTELO

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- Grelhados bravos no carvão

VEJA ONDE PODE SABOREARCARNE BRAVA

D u r a n t e o s d i a s d a F e s t a

EDITORIALJá o escrevi faz tempo, mas

volto a repetir que me orgulhode como Amadeu dos Anjos,Armando Soares e António In-verno, junto de João Borges, tu-do ter feito para que o CampoPequeno exiba como exibe umaporta grande, digna da que ésem sombra para dúvidas a pri-meira e mais importante daspraças do país. Com a consciên-cia plena de que quiçá contribuipara tirar um tijolito para que aporta se rasgasse, permitindoassim dignidade e honra na saí-da de praça aos toureiros que tri-unfam, é com mágoa que vejocomo as coisas estão acontecendo.

Vejamos, Manuel de Jesus“EL Cid”, aureolado com o títu-lo de triunfador do ciclo isidrilda presente temporada, apresen-tou-se em Lisboa, “inventou”dois toiros, triunfou forte, teveaté a extrema gentileza de sefazer acompanhar no “passeil-lo” de saída por todos os inter-venientes e saiu a pé; note-seque não houve sensibilidademínima para premiar os seusgestos, o que é pouco taurino emuito triste.

Por outro lado, João Moura(filho), por influência paternaencerrou-se com seis toiros. Con-venhamos que cumpriu, sendo

até que emocionou lidando osexto da ordem, e não me escan-dalizaria que no fim de tal lide otivessem sacado em ombros,dado que para tal noite estavamanunciados dois espectáculos.Uma corrida e variedades tauri-nas. Assim não foi. Mal aconse-lhado, de farda totalmente des-necessária, resolveu tourear o“sobrero” e as coisas correrammuito mal, sendo que a praçaficou mais fria que uma pedrade gelo.

Finda esta lide, lidou depois“uma sardinha escorrida” o seuirmão Miguel, com a garra ecom a alegria que se pede a umprojecto de figura com 11 anosde idade. Mas, e é no mas queestá o problema, com os anos deidade seu pai lidava reses com otriplo do trapio e também triun-fava forte, sem que a ninguémlembrasse “Tomar a nuvem porJuno”.

No final, os manos saíramem ombros, sendo que depoisde lidar um bezerro escorrido, oputo averbou a sua segunda saí-da em ombros em Lisboa.

Assisti à saída já na rua etenho pena de vos dizer que senão ouvia um aplauso e maisnão conto que não entro emmiudezas.

Não me compete, aqui eagora, analisar a justiça dosactos, compete-me sim porcomparação com o narrado so-bre “El Cid”, questionar a em-presa sobre em que critério as-senta uma saída em ombros emLisboa.

Em Sevilha é preciso um tri-unfo de três orelhas para que seabra a porta do príncipe, emMadrid e na maioria das praçasduas orelhas cortadas, em Lis-boa em que infelizmente se nãocortam orelhas como é? Assen-tará o critério na capacidade da“Entourage” mobilizar “capita-listas”, ou a saída em ombrosainda é mais subjectiva? Éurgente que se saiba a que cor-responde uma saída em ombrosem Lisboa; a dignidade da portagrande exibe tal definição.

N.O. Para que de imediato setravem as más línguas, cumpre--me deixar expresso, sob pala-vra de honra, que vejo MiguelMoura se se não estragar todo opotencial que em tempos seatribui a seu pai, como é sabidoum génio do toureio a cavalo; oque me leva a questionar, sãoprincípios…!

____* Médico veterinário

e escriba taurino

Não conhecia o movimento(tão pouco que sabemos, quan-do julgamos ter acumulado al-gum saber), mas no âmbito de 0(zero) figura, o departamento cul-tural da câmara de Aljezur, vaihomenagear António Inverno.

Serigrafo de luxo, pintorautêntico em cujos quadros mui-to aparece o tema táurico, co-mendador por mérito deste pais,homem de luxo com H grande,mecenas desinteressado devários projectos de toureio, bemque merece António todas ashomenagens.

Teve a Câmara de Aljezur agentileza de me convidar para acomissão de honra, e, assim dia2 de Agosto, lá estive, bemassim como em conversetasobre toiros, que programarampara 14 de Agosto, o que me

obriga a falhar em Coruche à noi-te do fogo.

Acredito sempre na impor-tância de dissertar sobre a coisatáurica em ambientes sem tra-dição taurina, razão porqueaceitei o encargo.

Por falhar em Coruche, os

meus paisanos que me perdoem,mas a razão tem fundo que basteque a justifique.

No próximo número dar-vos-emos conta da excelência(acredito…) dos actos.

____DCX

É Urgente…!

Homenagem iinformal aa AAntónio IInverno

Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 28 de Agosto de 2008

Em Coruche, no passado dia19 de Junho aconteceu umacorrida de toiros, em que nocartel e nas cortesias se apre-sentaram as cavaleiras AnaBaptista, Sónia Matias e a cava-leira praticante Isabel Ramos,para dar lide a um curro comferro de Herdeiros do Dr. BritoPaes.

Vim a saber posteriormenteque por via do surto de “línguaazul” a ocorrer perto do solar daganadaria, os toiros, no sentido deos proteger, se fartaram de viajar,com consequência evidente noestado de carnes de alguns exem-plares, o que o ocorrido justifica,tal o calor que se tem feito sentir.

Dado que a corrida, em que seconvidava o espectador a “respi-rar o perfume feminino numanoite de emoções” (este Inácio Jr.é impagável) foi transmitida emdirecto pela TVI, o que se saúda,até porque os comentários àmesma são da responsabilidadedo meu colega Joaquim Grave,que é por demais sabido, sabe detoiros, por tal motivo começoutardiamente, o que aliás já temtambém acontecido em Lisboa.

A abrir praça Sónia Matias,que definitivamente se não aco-plou às características do opo-nente e se limitou a estar, já faceao quarto da ordem, aliás o me-lhor toiro da corrida (em meuentender, e claro está…) esteve

diligente e com ganas o que lhepossibilitou triunfar, tendo atéfinalizado com dois ferros depalmo, adorno bonito de uma lidealegre em que soube impactarcom o seu público. Ana Baptista,esteve muito bem face ao pri-meiro que enfrentou, lidando commaneiras e cravando com reu-niões muito honestas, razõesporque se creditou com a euforiado público; face ao segundo doseu lote, bem mais arrobado que oprimeiro, para além de asseadíssi-ma também esteve valente, vol-tando a triunfar, sendo até querematou a sua lide com um ma-gnifico par de ferros a duas mãos,sorte em que começa a revelar-seeximia.

A cavaleira praticante IsabelRamos é um caso, como pordiversas vezes temos referido.

Tem sentido de lide, belíssimaintuição e a preocupação de fazerbem feito, o que revelou face aoterceiro da ordem, que se mostroupotável e lhe consentiu uma lideemotiva e com verdade que muitoagradou; a fechar praça as coisasnão correram com tanto brilho,mas é bom que se não esqueçaque o seu novo estatuto na car-reira a obriga a sortear, que não aescolher, como no passado, sendoque juveníssima que é tem muitoque aprender e muito para dar.

Que vos diga também queachei muita graça à guerra dascasacas. Todas as intervenientesapresentaram toques de femini-lidade nos seus trajes, o que seaplaude que a festa não pode serimobilista. Neste confronto sónão gostei da traseira da casaca daAna, dado que tanta rendinha

mais parece almofada de animalde estimação que retaguarda decasaca de tourear. No entanto quese lhe reconheça o direito à dife-rença; e a preocupação de inovar,como também se viu com asalternantes. E agora os forcados;pegaram assim os Grupos deLisboa, Aposento da Chamusca eCuba e honraram as jaquetas queenvergavam. A concurso queestava um troféu para a melhorpega, foi o mesmo arrecadadopelo Francisco Mira do Grupo deLisboa, creio que com toda ajustiça, e digo-o por também terfeito parte do júri que o concedeu.

Em plano de triunfo as cava-leiras foram sacadas em ombros,decerto bela imagem televisiva,capaz de contribuir para um fecho“em beleza” da festa.

DCX

IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008

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Encerra ao Domingo

Com ggraça, nno ffemininoFotos: Joaquim Mesquita

A grandeza da festa de toiros não é mensurável,mas não raro é possível que avaliemos a sua dimen-são quando nos confrontamos com a capacidade quetem para inspirar artistas plásticos.

Dília Fraguito é pintora, angolana branca nadiáspora, que jamais se havia confrontado com acoisa táurica. Em tempos, em que resolvi promoveruma exposição de arte taurina (que foi um êxito…)e, a modos que como balão de ensaio, para umaoutra de outro fôlego organizada em ano posterior,que por acaso foi um êxito maior, dada à circunstân-cia de que a pintora detém um espaço em que ensi-na pintura, pedia sua preciosa ajuda.

Quem nunca tinha visto toiros, entusiasmou-se eDília produziu variadas obras, hoje em váriascolecções de taurinos, Paulo Caetano e eu próprio, a

título de exemplo. Deixo-vos com um desenho emque nos é possível avaliar quanto a festa a interes-sou. Reparem que o que aconteceu a Dília, aconte-ceu também a japoneses, holandeses e muitas outrasfiguras da arte de origens sem tradição taurina.

A grandeza da festa de toiros também residenesta capacidade mobilizadora das artes.

Dilia FFraguito ee aa FFesta DCX

João Galamba, abriu a noite de pegas pelo grupo de LisboaJoão Galamba, abriu a noite de pegas pelo grupo de Lisboa

Queria partilhar com todos vós a grande alegria de já ter volta-do a montar a cavalo e até já a tourear, queria agradecer aqui, atodos aqueles que se preocuparam ao longo do tempo e que tantodesejaram as minhas melhoras.

Um grande abraço,João Ribeiro Telles Jr.

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008III Tauromaquiasuplemento

A g r a d e c i m e n t oJoão Ribeiro Telles Jr.

A alternativa de João Ri-beiro Telles Júnior vai realizar--se no Campo Pequeno, cate-dral do toureio lusitano, nopróximo dia 4 de Setembro.

Será frente a um curro detoiros da da ganadaria Passanha

que João Ribeiro Telles Júniorreceberá no Campo Pequeno,em Lisboa, a alternativa dasmãos de seu pai, João RibeiroTelles, com o testemunho deseu tio, António Ribeiro Telles ede seu primo, Manuel Ribeiro

Telles Bastos, e na presença deseu avô, Mestre David RibeiroTelles, figurando ainda no car-taz os forcados Amadores deCoruche, capitaneados por Amo-rim Ribeiro Lopes.

____

O mais novo cavaleiro daTorrinha, João Ribeiro TellesJr., lança uma inovadora ima-gem de marca que, para alémdo camião dos cavalos, incluiainda novos fardamentos detoda a equipe que acompanha ocavaleiro.

“Lancei uma nova imagemde marca que me acompanharápara todas as corridas. Moder-na e arrojada, a nova imagemfoi criada baseada em traços deTauromaquia e com novas co-

res que representam a Festa, oCampo e a Torrinha. A partirde agora, Camião e toda equipelevam às Praças uma inovado-ra apresentação que marcarámais uma fase relevante da

minha carreira. Este é o grandepasso para um conjunto demerchandise que ainda este anoestá disponível numa vastagama de produtos. Todo este vi-sual, como já foi referido emnotícias anteriores, é da autoriade Paulo Pinto a quem eu muitoagradeço pela amizade e dedi-cação que regista na minhacarreira”.

veja a cores emwww.joaoribeirotelles.com

Foto: Zé da Quinta

Vai ser a 4 de Setembro, no Campo Pequeno

João RRibeiro TTelles JJr. ttoma aalternativa

Apresenta nova e moderna imagem

O cavaleiro António RibeiroTelles será homenageado nacorrida de 7 de Agosto, pelaempresa do Campo Pequeno,pela passagem do 25.º aniver-sário da sua alternativa.

António tomou a alternativade cavaleiro tauromáquico noCampo Pequeno, a 21 de Julhode 1983, as mãos de seu pai,Mestre David Ribeiro Telles,com o testemunho de seu irmãoJoão.

No intervalo da corrida dedia 7 de Agosto, a empresa doCampo Pequeno assinalará de-vidamente essa efeméride e asua brilhante trajectória profis-sional. Para além do maestro daTorrinha, cavaleiro de formaçãoclássica, pertencente a uma dasdinastias de maior prestígio nomundo equestre-tauromáquico,actuam também Rui Salvador eAntónio Maria Brito Paes.

Quanto a forcados, estarãoem praça dois prestigiados gru-pos: o de Vila Franca de Xira,um dos mais antigos em activi-dade, representando a intrepi-

dez do forcado ribatejano e osda Tertúlia Tauromáquica Ter-ceirense, a comemorarem 35anos de presença nas arenas,pilar de uma ponte imagináriaque liga a tauromaquia da VelhaEuropa à do Novo Mundo, ondeos emigrantes açorianos têm de-sempenhado um papel notável.

Lidar-se-ão seis imponentestoiros dos Herdeiros de AlbertoCunhal Patrício, ganadaria fun-dada em 1949, e que se estreouem público, em Tomar, a 11 deJulho de 1953.

____Paulo Pereira – SRUCP

Homenagem aa AAntónio RRibeiro TTelles

O Grupo de ForcadosAmadores de Coruche,que recentemente conquis-tou o troféu para a melhorpega na Póvoa do Varzim,tem confirmadas para o mêsde Agosto quatro corridas euma garraiada.

A 3 Agosto em Nave-de-Haver (Vilar Formo-so), às 18 hrs., um cartel composto pelos cavaleirosAna Batista e João Moura Caetano, o matadorespanhol Javier Castaño, os pupilos de AmorimRibeiro Lopes alternam com o grupo de Monsaraz,lidam-se toiros do Eng. Sommer D'Andrade.

9 Agosto em Monte Gordo (Algarve), às 22hrs, actuam os Cavaleiros António Ribeiro Telles,Rui Fernandes e a praticante Isabel Ramos,pegam os grupos de Coruche, Cascais e Moura,lidam-se toiros de Passanha.

Noite de 14 para 15 Agosto às 0.30 hrs,Coruche, garraiada nocturna da noite do fogo comos amadores Vanessa Bronze “Vani”, João MariaBranco, Verónica Cabaço, Sofia Almeida e aestreia em praça de João Domingues de Lisboa.Pega o grupo Feminino da Irmandade da Rosa eJuvenis de Coruche, lidam-se novilhos de umaprestigiada ganadaria.

17 Agosto em Coruche às 18 hrs, uma corri-da histórica e a de maior significado para o Grupode Forcados Amadores de Coruche, este anoencerra-se em solitário com 8 Passanhas. Actuamos cavaleiros António Ribeiro Telles, RuiFernandes, Manuel Telles Bastos e a praticanteIsabel Ramos.

31 Agosto em Grândola, 18 hrs. JoaquimBastinhas, Sónia Matias e Marcos Tenório, pegamos Amadores de Coruche, Alcochete e Aposentoda Moita, lidam-se toiros de Conde Cabral.

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João com seu avô, MestrJoão com seu avô, Mestre David, no Campo Pequeno a 7 de Setembre David, no Campo Pequeno a 7 de Setembroode 2006, dia da alternativa de seu primo Manuel de 2006, dia da alternativa de seu primo Manuel TTelles Bastos.elles Bastos.

Foto

: Man

uel P

into

Decorreu na Póvoa do Var-zim mais uma edição da cor-rida RTP-Norte.

Esplêndido dia de sol, gentesda Póvoa extremamente aficio-nada e festiva, tendo comoanfitrião esse aficionado incon-dicional que é Álvaro Pereira esua família. Foi um espectáculodigno de se ver a corrida desteano.

Contou com seis cavaleirosde excelente nível os quaisestiveram em bom plano em-prestando um êxito inolvidávelà corrida. Joaquim Bastinhasabriu praça com uma lide demais a menos terminado comum par de bandarilhas junto atábuas com o toiro sem investi-da. Rui Salvador foi protago-nista de uma das melhores lidesda tarde, raça, valor e entregafazendo levantar o público dasbancadas. João Salgueiro lidoucom muito valor e dignidade umtoiro com pouco andamento.

Victor Ribeiro também ele foiinterprete de uma grande lideencerrando com ferros em sor-tes cambiadas muito do agradodo público. Sónia Matias andouem bom plano, algo conturbadano início dos curtos mas depoisveio a levantar o nível da mes-ma na recta final. Marco Tenó-rio Bastinhas rubricou igual-

mente uma boa actuação culmi-nada com um palmito emotivocativando o público.

As pegas estavam a cargodos Amadores da Moita, foramcaras Tiago Bernardo e EdgarDuarte ambos à segunda; Ama-dores de Coruche, através deRui Godinho à terceira e Antó-nio Macedo na pega da tarde à

primeira e o Grupo de Cascaisatravés de Joel Zambujeira eLuís Camões ambos à primeira.

O curro de toiros do gana-deiro goleganense Manuel Vei-ga estava bem apresentado commuito peso e trapio, cumprido-res no geral a justificar a chama-da do ganadeiro á arena após alide do quinto da tarde.

Praça cheia e boa direcçãode Manuel Jacinto assessoradopelo Dr. Patacho de Matos.

No final o júri atribuiu o tro-féu Casa do Pessoal da RTPpara a melhor lide a Rui Salva-dor e câmara Municipal da Pó-voa do Varzim para a melhorpega a António Macedo do Gru-po de Coruche.

IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008

Fotos: Joaquim Mesquita

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Joaquim Mesquita

crítico taurino

TTrriiuunnffooss ddee RRuuii SSaallvvaaddoorr ee FFoorrccaaddooss ddee CCoorruucchheennaa ccoorrrriiddaa RRTTPP-NNoorrttee

António Macedo na pega vencedora do troféu em disputa Rui Salvador numa excelente sorte ao estribo

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Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008V

É já no dia 9 de Agosto que é inaugurada aExposição “25 anos de alternativa de AntónioRibeiro Telles”. A mostra é da responsabilidadedo Museu Municipal de Coruche e estará patenteaté ao dia 6 de Dezembro no antigo Edifício dosCorreios, em frente ao Museu, no centro histórico.

É uma exposição de carácter biográfico. Segueuma linha cronológica em que, através do uso pri-mordial de fotografias, apresentamos diversosmomentos da vida do cavaleiro, contextualizadospor pequenos comentários. Mostramos tambémobjectos emblemáticos da carreira de AntónioRibeiro Telles, destacando-se os troféus e casacas.

Fora do percurso cronológico, dispomos de doisespaços distintos. No primeiro é exibida uma se-quência de imagens de corridas e no outro, encon-tram-se réplicas de alguns dos álbuns fotográficosde António Ribeiro Telles. A exposição contaainda com uma pequena brochura com infor-mação complementar, para distribuição.

Um tributo aos 25 anos de carreira de AntónioRibeiro Telles, através de uma exposição de ca-rácter biográfico que pretende aproximar o públi-co não só do Cavaleiro como do Homem.

A autarquia de Coruche considera esta Ex-posição uma homenagem dos coruchenses aoconterrâneo António, por tudo aquilo que o cava-leiro tem feito pela promoção do nome Corucheno mundo.

O presidente da Câmara Municipal de Co-ruche fala com emotividade de António RibeiroTelles “pessoalmente tenho a sorte de ter o An-tónio como amigo. Está sempre disponível paratudo o que lhe solicitamos. Sempre que é precisopromover Coruche, lá está o António a mostrarque ama a sua terra”.

Dionísio Mendes lembra ainda o carácter docavaleiro “a simplicidade que o caracteriza só otorna ainda maior. É fantástico conviver com umaFigura internacional do toureio e perceber quepreserva e privilegia a mesma humildade de sem-pre”. O autarca diz ainda que “o nome AntónioRibeiros Telles confunde-se com Coruche. A suabrilhante carreira tem projectado o nome danossa terra. É justo afirmar que o António temsido um verdadeiro embaixador de Coruche nomundo”.

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No passado dia 11 de Julhopelas 22 horas, na castiçapraça de Vila Viçosa estavaanunciado um aliciante mano--a-mano entre João Moura eAntónio Ribeiro Telles, queprestariam serviço perantetoiros das divisas de Vale doSorraia e David Ribeiro Telles,pegando ainda os grupos deforcados de Coruche e Mon-forte.__

De facto, e não defraudandoa expectativa, o espectáculo re-sultou muito interessante artisti-camente sendo somente penaque o público não tenha acorri-do em maior número ao aconte-cimento registando-se meia casa.

Assim, e no que à cavalariadiz respeito João Moura estevetoda a noite em toureiro, plenode raça e entusiasmo onde como seu estilo encimista e com assuas batidas ao piton contrárioalcançou uma passagem muitopositiva pela vila do Paço Du-cal.

Das três lides que executousalientou-se a segunda ondecom o seu “Merlin”, colocoucinco ferros curtos francamentebons, sempre antecedidos e pre-cedidos de uma refinada brega.

Após esta sua expressivaactuação, a sua terceira lide, fa-ce a um toiro manso foi a menosempactante das três, e chegandomesmo o cavaleiro a ser colhidoapós o resvalar da sua montada,já na série de curtos, mas feliz-mente sem consequências demaior e prosseguindo a lide embom termo, plena de profissio-nalismo e com Moura a fazertudo para não defraudar as ban-cadas.

Uma vez assim sendo foi delamentar a atitude do Sr. Di-rector de Corrida, que teimouem não conceder música aocavaleiro. De facto a exigênciadeve em tudo na vida ser linhadirectora, mas confundi-la cominsensibilidade e falta de critérioé realmente uma situação desa-gradável.

Quanto a António RibeiroTelles, esteve com o seu timbretoureiro, executando o verdadei-

ro toureio clássico e com elealcançando também três boasactuações. De entre todas é desalientar a primeira, onde com o“Ojeda” surgiram grandes mo-mentos de toureio frontal, asegunda onde António rodouum cavalo novo, e que demons-trando estar posto, demonstroupoder aguentar o seu toureio,enquanto que na terceira a clas-se do Santarém veio ao de cimanão se incomodando com umtoiro que acometia com ímpetoe com notas de bravo, estandotambém ele seguro numa lideonde mais uma vez Antóniolidou com muita intencionali-dade. Terminado o expedienteMarialva, que aos homens das

jaquetas de ramagens diz res-peito, foi também uma agradá-vel corrida uma vez que por Co-ruche pegaram Miguel Raposoe Luís Gonçalves à primeira, eRicardo Dias à segunda masbastante coeso. Finalmente porMonforte pegaram Márcio Pau-lo, Ricardo Carrilho e Luís Ara-nha todos também à primeiratentativa.

Chegava-se assim ao termode um espectáculo que foi bas-tante agradável, e onde no inter-valo houve ainda lugar para ashomenagens que justa e mere-cidamente se fizeram a MestreDavid, João Moura, e AntónioTelles, pelas celebrações queeste ano comemoram.

VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008

Agradável mano-a-manoem Vila ViçosaO jeito de declaração de in-

tenções devo de imediato con-fessar que Manuel de Jesus “ElCid” não é dos toureiros que eumais aprecie, pese embora o seuinegável valor.

Contudo há que confessartambém que ao momento é umadas mãos esquerdas mais po-derosas do toureio, canhoto queé, dizem. Os seus naturais des-maiados com meia flanela arra-stando pela arena são todo umportento, que nos evoca as gran-des tardes que também com aesquerda nos deu em seu tempo“El Viti”, o que convenhamosnão é comparação de somenos.

Em Lisboa, “El Cid”, de ce-

leste e oiro vestido, tudo fezpara se justificar, e pese a ausên-cia da sorte de vacas, porfiou eesteve muito bem, pondo tudo oque os toiros de Ortigão Costaque enfrentou não tinham, oumelhor tinham, que acabarampor o exibir face ao seu profun-do acerto. Explanou uma tauro-maquia muito bem assumida eexemplar, capaz de explicar asmuitas saídas em ombros emMadrid, Sevilha e pela restantepele de toiro, onde marca justapresença nas mais importantesFeiras taurinas.

Note-se que até atingir a suaactual posição na hierarquia dotoureio tragou tudo o que lhepuseram por diante, averbandopor exemplo variados triunfosgrandes perante “vitorinos”, quea maior parte dos toureiros dotopo do “escalafón” não queremnem ver. Por assim ser o desalteras está à vontade para pisarterrenos de compromisso, como

aconteceu em Lisboa, transmi-tindo valor e arte a rodos, o quea meia casa forte que tal presen-ciou respeitou e muito aplaudiu.

Estivemos perante duasactuações redondas, que mere-ciam melhor prémio, no mínimouma justa saída em ombros,habituado que está o toureio aque tal ocorra nas grandes pra-ças quando se entrega como emLisboa se entregou.

Não; mesmo tendo a genti-leza que querer compartir a saídacom todos os intervenientes,que chamou a si, não houve tou-reria bastante para lhe aclama-rem o triunfo. Saiu a pé, é claroque em glória, mas foi pouco.

Compartiram cartel os cava-leiros Victor Ribeiro e ManuelLupi, estando o primeiro assea-do e o segundo com ganas, e, ostoiros foram pegado pelo apo-sento do barrete verde Alco-chete, com o cabo João Salva-ção e Ricardo Francisco comosolistas, e, pelos Forcados Ama-dores de Coruche, com AntónioMacedo excepcional numa pegaà corneta, e, o cabo Amorim Ri-beiro numa extraordinária pegaem que mostrou saber, garra esobretudo presença de espírito.

Corrida agradável, em que“El Cid”, sem alternante comque competir colocou a sua um-bria muito alto, talvez até estim-ulado pelo excelente estar dasua quadrilha composta por “ElBoni”, “Alcarareno” e “El Pirri”,que deram lição em Lisboa decomo uma quadrilha deve estar,em valor, eficiência e arte. Emsuma, triunfou o toureio a pé.

Domingos da Costa Xavier

El Cid em Lisboa

Rodrigo Taxa

Fotos de: Rodrigo Tendeiro

Foto: Joaquim Mesquita

Os ForOs Forcados de Coruche com o matadorcados de Coruche com o matador El Cid ao centrEl Cid ao centroo

“Um touro é, em si mesmo, uma encarnação de mito e de gran-deza legendária que cumpre enfrentar com códigos de honra e delucidez.”

José Cardoso Pires

2100-169 Coruche

A coisa foi bem esgalhada.Um cartel dinástico, com PauloCaetano e seu filho João e Joa-quim Bastinhas e seu filho Mar-cos, perante novilhos da sogra doprimeiro, Guiomar Moura, e, compegas a cargo dos Amadores deLisboa, Alcochete e académicosde Elvas, deram em Lisboa umanoite de festa no passado dia 10de Julho.

Gentil, como sempre é, PauloCaetano cedeu logicamente aoprogenitor a concessão da alter-nativa a seu filho, e foi assim dasmãos de um pai emocionado queMarcos Tenório (Bastinhas II)recebeu a alternativa.

Lidou um oponente que lhenão dificultou a vida e estevemuito bem, exibindo maneiras eseriedade, com reuniões sem darpasso a concessões de facilidade,o que muito nos tempos que cor-rem de agradece. A duo com seupai voltou a estar bem, interagin-do como devia e entusiasmandoem noite que se queria de glória.Parabéns ao novel cavaleiro.

Paulo Caetano, parece estarno toureio a cavalo como “Espar-taco” está no toureio a pé. Veste--se de toureiro e comparece naarena com a preocupação de sehonrar a si mesmo, sem umgrama de necessidade de provarnada a ninguém, e, por assim serabriu todo um compendio declasse e maestria perante o menos

potável da noite, sendo que foimuito bom matar saudades dostempos em que andando na“guerra” tudo fazia para triunfar.Ao lidar a duo com seu filho,creditou-se tão só com os doisferros mais verdadeiros e emo-tivos da noite. É Obra!

Joaquim Bastinhas, em noitede emoções e alegria, esteve iguala si próprio, e não é por acaso quesegue sendo, pese a passar dosanos, o mais “Taquillero” dos ca-valeiros portugueses; esteve bem,exuberante, e quiçá pelos senti-mentos que sentia, esqueceu-sede que como dizia meu avô “Aostoiros e ao mar jamais se voltamas costas” e apanhou um sustoquando se desmontou após o seupar da ordem, em fim de lide.

João Moura Caetano tinha defacto o papel mais difícil da noite,a festa não era dele, alternava

com dois figurões e acusou osnervos da circunstância, razãoporque se limitou a estar asseado,vá lá que numa lide a solo demenos a mais. Como já vos disse,lidando a Duo com seu pai, equi-librou a contenda, deixando in-cólume a possibilidade de seassumir como uma esperança.

Os forcados honraram-se comseu estar, e que aqui saliente aaudácia de José Luís Gomes comos anos que já carrega ao propor-se pegar, o que fez á primeira, e,também a audácia do mano IvanNabeiro, que propôs pegar decaras na corrida do irmão, coisaque não costuma fazer e que bemlhe ficou como prova de valor.

Foi uma noite de festa, coisasempre bonita de se ver. Parabénsao jovem cavaleiro e todo osucesso que a sua afición merece.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200830

Sinais à espreitaNo nosso concelho continuam a acontecer coisas engraçadas, estamos na vanguarda do que me-

lhor se faz por esse mundo fora, no caminho para o Texas (Lamarosa), qual Dallas de J.R. Ewing, quetambém negociava gado para além do petróleo, não teve foi a astúcia, que por cá no nosso burgo sevai invocando. Passagem subterrânea para gado, qual túnel do Marquês. Isto sim, é inovação.Engenheiro Sócrates, passe por cá que se vai maravilhar.

Envie por e-mail [email protected] as imagens ousituações que deseje ver aqui publicadas

Tauromaquiasuplemento

A noite do Marcos

Texto: Domingos XavierFoto: Joaquim Mesquita

MarMarcos cos TTenório Bastinhas renório Bastinhas recebe ecebe Alternativa de seu paiAlternativa de seu pai

Embora “resultados sejamsempre negativos”, o Governa-dor Civil afirmou que Santarémjá não é o “distrito lanterna ver-melha”, tendo abandonado aúltima posição no ranking a ní-vel nacional.

Desde o dia 1 de Janeiro até15 de Junho deste ano, a regiãotem menos oito vítimas mortaisem comparação com o mesmoperíodo de 2007 e uma reduçãode 22 feridos graves para o mes-mo espaço temporal de análise.

As acções desenvolvidastanto pelo CCSRDS como pelosagentes individualmente têmcontribuído para o decréscimo

dos valores da sinistralidaderodoviária, considerou PauloFonseca, para quem o sucessodas iniciativas permite estimularà continuação do trabalho efec-tuado. Indicador disso mesmo éa realização de uma campanhade sensibilização para o períododas férias, para que os resulta-dos continuem a ser “menosmaus”, defendeu.

No entanto, para o Gover-nador Civil, esta melhoria aindanão satisfaz, até porque “este éum sector onde não há motivode festa, basta morrer uma pes-soa na estrada. Há motivo deaquisição de um novo impulso

de energia para podermos che-gar mais longe e sermos maiseficazes.” Uma outra novidadeapresentada no encontro foi aexistência de uma nova reali-dade. Actualmente, as causas eos locais onde ocorrem os aci-dentes não correspondem aospadrões e aos pontos negrosidentificados. Por isso, é neces-sária “uma atenção mais diver-sificada capaz de se adaptar acada uma das circunstâncias”,defendeu Paulo Fonseca.

A próxima reunião ainda nãotem local definido, mas cumpri-rá o objectivo da descentraliza-ção dos encontros.

Balanço positivona sinistralidadeRealizou-se no passado 24 de Junho, no Governo Civil,

mais uma reunião do Observatório de Segurança Rodoviária,agora designado de Conselho Coordenador de Segurança Rodoviária

Distrital de Santarém (CCSRDS).Foi feita uma análise dos resultados desde

1 de Janeiro e foi unânime a avalização positiva aos números.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 31

NOTÍCIAS DO DISTRITOSANTARÉM

Uma vez mais a praça detoiros instalada na Foz do Si-zandro encheu com um públicoparticipativo e que serve paramostrar que a Festa Brava seconsolida tarde após tarde naregião Oeste sempre e quandoas organizações se preocupamem levar bons cartéis e apostarna figura do toiro, eixo centralda corrida de toiros. De para-béns os nossos amigos de Clubede Caça e Pesca que leva pordiante esta corrida anual.

Luis Rouxinol,exibiu-se embom plano em ambos os toirosque teve por diante, mais suaveo primeiro. Cravou a ferragemcomprida em tiras bem marca-

das e com a ferragem curta hou-ve variedade e ferros para todosos gostos: a quarteio, de violino,os de palmo e o sempre exigidopar de bandarilhas. Rouxinoltem e mantem cartel nesta zona.

Ana Batista esteve em tou-reira toda a tarde mesmo quan-do o toiro não ajudou como foicaso do seu segundo. Também àtira deixou os compridos e comcritério na brega, veio a mostrara sua raça nos curtos em sortesbem marcadas e rematadas co-mo mandam as regras, não fal-tando os de palmo para encerraras lides. Voltou a mostrar o seubom momento.

Marcelo Mendes esteve em

bom plano no seu primeiro emostrou recursos no manso ecomplicado sexto da ordem.Bons pormenores de brega, se-renidade na cravagem da ferra-gem comprida e alguns bonscurtos deram a nota mais nestassuas duas actuações, sempreaplaudidas pelo público.

Os Amadores de Lisboa e deCoruche consumaram as seispegas de caras, por evzes neces-sitando de várias tentativas qua-se sempre por falhas dos forca-dos da cara. Por Lisboa Francis-co Mira abriu praça com umavistosa pega ao primeiro inten-to, com Pedro Parrolas a neces-sitar de 3 tentativas para con-

sumar a segunda pega e PedroMiranda, com decisão, a fechar--se à primeira no quinto da or-dem. Pelos de Coruche, MiguelRaposo só à 4.ª, a sesgo e comajudas carregadas conseguiuconsumar, secundado por PedroCrispim que se fechou bem àprimeira e Ricardo Dias quecom decisão consumou tambémà primeira.

Os toiros de Felicidade Dias,com pesos entre os 460 e 495kg,serviram no geral, à excepçãodos quinto e sexto.

Dirigiu bem António dosSantos assessorado pelo veteri-nário José Manuel Lourenço.

António Lúcio

Praça cheia na Fozdo Sizandro (T. Vedras)

Fotos: António Lúcio

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OPINIÃO

E pronto chegamos à sillyseason, termo que os inglesesinventaram para explicarquando não se passa nada.

Supõe-se pois, que durantetodo o resto do ano se tenha pas-sado mesmo alguma coisa, setenham dado passos decisivospara sair da crise, dessa omni-presente crise. No entanto, porincrível que pareça, tenho quasea absoluta certeza que no próxi-mo ano, nos próximos doze me-ses, vamos ter as mesmas dis-cussões, os mesmos debates, osmesmos problemas.

Já diziam os Romanos, acer-ca dos Lusitanos, esse povo quenão se governa, nem se deixagovernar, mas a Lusitânia tam-bém era a Espanha e estes, se-gundo parece lá se vão gover-nando. Será pois tão complica-do, alterar a ordem natural dascoisas, natural só é porque acha-mos que é natural. E natural-mente encolhemos os ombros.

Tive a felicidade de conviverde perto com vários estudantesErasmus que chegavam ao nos-so país, vindos dessa longínquaEuropa, aos poucos fui-meapercebendo, que quando come-çavam a dizer qualquer coisinhaem Português, quando interior-izavam o fado de ser Português,quando entranhavam um poucoda cultura deste cantinho à beiramar plantado a primeira fraseque diziam, ainda num portun-hol era – Deixa estar, não fazmal! – isto não aconteceu sóuma vez, o que de si, é sintomá-tico.

Como que a supor que maistarde ou mais cedo tudo se há-deresolver, seja por obra do divi-no, seja por outra circunstânciaocasional qualquer.

No nosso País, o estado tem

as costas largas, demasiadolargas para um país tão estreitin-ho, a culpa, a responsabilidade,quando alguma coisa corre mal,é do estado, ou melhor do go-verno, mas duvido que a maiorparte dos portugueses consigaestabelecer numa frase qual adiferença entre uma coisa eoutra.

Ora se o estado somos nós,então a culpa também é nossa,assim o melhor é a culpa ser dogoverno, que são aqueles ma-landros que nos levam as refor-mas, e estão lá só para se encher.É precisamente esta maneira depensar que não nos deixa sair doprincípio, não nos deixa iniciara caminhada, há um poema deFernando Pessoa com um versoque diz – a caminhada faz-secaminhando – mas nós o povoportuguês estamos sempre àespera de um empurrão, do esta-do, pois claro. Ou então de umapalmadinha nas costas a dizer –Deixa estar, não faz mal!

Oiço frequentemente umanúncio de rádio que apresentaos jovens portugueses como osmais empreendedores da Euro-pa, não sei com que bases foifeito este estudo, mas o que sus-peito, é que somos os maisaventureiros, o que não é bem amesma coisa.

Saca-se uns subsídios aoestado, ou ao governo conformeder mais jeito, cria-se umaempresa com aquilo que pareceser uma boa ideia, e depois secorrer mal lá está a pancadinhanas costas – Deixa estar, não fazmal! – não quero ser mal inter-pretado, grande parte até sãoboas ideias, inovadoras, traba-lhadas, estudadas, geniais mes-mo, o problema é que não hámecanismos capaz de distinguirumas das outras, separar o trigodo joio, julga-se tudo pela mes-

ma bitola, ou as vezes o que épior por bitola nenhuma.

Habitualmente costumamosdizer cheios de orgulho quesomos um Povo desenrascado.

E somos, mas também temosde ser empenhados, e perceberporque somos, ou melhor por-que temos de ser desenrascados,desconfio e por enquanto sódesconfio que foi porque algu-ma coisa correu mal, um fioestava mal ligado, ou faltava apeça, ou se a havia não era bemaquela, fazia-nos falta um ale-mão, o estereótipo da organiza-ção, sempre atrás a dizer-nos oque tínhamos de preparar a pri-ori para depois não sermos obri-gados, a mais uma vez termo-nos de desenrascar. Sendo sem-pre obrigados a mudar as coisasem cima do joelho, até já acha-mos isso normal, e isto a umalemão deve ser de pôr os cabe-los em pé.

Podem justamente argumen-tar que o alemão também pre-cisa de um português, paraquando as coisas correm efecti-vamente mal, mas já pensaramquantas vezes é que ele vai pre-cisar de um português? E quan-tas é que precisamos de umalemão? Por isso é que eles nosvendem carros e nós lhes ven-demos vinho, é só fazer as con-tas, a quantas garrafas são pre-cisas para comprar um só carro.

Tenho a absoluta confiançaque podemos ficar um bocadin-ho mais alemães, mas para osalemães ficarem um bocadinhomais portugueses, isso era des-organizar-lhes a vidinha porcompleto.

Nós somos mais flexíveis,somos mais desenrascados. So-mos assim, mais pobrezinhos –Deixa estar, não faz mal! –acrescento eu.

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200832

D u r a n t e o s d i a s d a F e s t a

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 33

O CCH Festival foi um êxitoenorme!

RibaROCK, RibaHOP, Sam the Kid,WrayGunn, Corrida de Toiros da TVI eDance Between Grass and Sky, espec-táculos que fizeram do CCH Festival –Semana da Juventude de Coruche umevento de grande nível, atraindo milharesde visitantes, ao Parque do Sorraia, entre14 e 20 de Julho.

O primeiro do dia do Festival foi de-dicado às bandas de terra: Stepsons,ContraBanda e Men Like Gods demon-stram que se faz boa música nas garagensde Coruche. Os Concursos RibaROCK eRibaHOP decorreram na terça, quarta equinta-feira.

O RibaROCK confirmou ser uma re-ferência nacional na descoberta de talen-tos, enquanto o RibaHOP valeu pela no-vidade, mostrando que tem condiçõespara crescer em edições futuras.

Na sexta-feira, a noite teve “duas ca-ras”, uma pintada de Hip Hop, outra pin-tada de puro Rock n’ Roll.

Sam The Kid debitou rimas como sóele sabe fazer, num espectáculo em queteve grande interacção com o publico,explicando porque é que é uma das prin-cipais figuras do rap nacional.

Os WrayGunn fecharam palco, abanda do Legendary Paulo Furtado tocoumais de duas horas, agarrando o públicocom grande mestria. Para alguns dosespectadores a surpresa foi total, ouvia--se na plateia “era para me ter ido embo-ra há imenso tempo, mas não consigo,estou impressionado com o som e a qua-lidade desta banda que nem conhecia”.

Sábado foi dia de muitas actividadesno rio Sorraia, um colorido fascinanteque tem de se repetir mais vezes. A noitefoi da Mulher: Corrida de Toiros da TVIe Dance Between Grass and Sky.

A Praça de Toiros recebeu a Corridada Mulher, transmitida em directo pelaTVI, com as cavaleiras: Sónia Matias,Ana Baptista e Isabel Ramos. Seguiu-sea festa com as DJS: M_Dusa, Poppy e RitaMendes, nascia o sol quando se parou dedançar no parque radical.

O Domingo para quem ainda tinhapedalada começou com passeios de bici-cleta, seguiu-se um grande almoço con-

vívio e uma noite de encerramento degrande qualidade, na Praça de Água hou-ve música étnica. Fizeram ainda parte doprograma do CCH Festival – Semana daJuventude outras iniciativas: desportosradicais, oficinas de artesanato ao vivo,feira da ladra, canoagem, desportosaquáticos, provas de orientação, aulasde auto-defesa, demonstrações de

Judo, passeios BTT, aulas de Yoga,massagens Ayurveda, sessões de Reiki,zineteca, bijutaria e pintura, Game day.

Todas estas actividades foram dina-mizadas por parceiros da autarquia naorganização do evento.

A organização não esquece a colabo-ração de outras entidades. Pedro Orvalhofaz questão de sublinhar esses nomes,“Craks do Pedal, Judo Clube de Coru-che, ContaCenas, COAC e Búzios, fo-ram fundamentais para o sucesso doCCH Festival, a Câmara Municipal agra-dece a todos o grande empenhamentoque colocaram nas suas iniciativas, es-perando poder contar com todos em fu-turos eventos”.

A organização faz um balanço muitopositivo, deixando mais uma vez a ideiaque Coruche tem condições para receberum Mega Festival. “Ficou provado quepoderá nascer aqui um grande festivalmulticultural, estamos neste momento a

trabalhar para que isso aconteça”, reve-lou Pedro Orvalho da Câmara Municipalde Coruche.

No entanto, Pedro Orvalho deixa bemclaro que a autarquia não vai entrar emloucuras, “são os patrocinadores que têmde assumir os maiores encargos finan-ceiros na organização de um Mega Fes-tival, não faremos esse Festival a todo ocusto, se reunirmos os apoios necessá-rios garanto que será uma realidadedentro em breve, se isso não acontecer,não será certamente com verbas munici-pais que se realizará”.

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A Feira Internacional deArtesanato – FIA´08, realizou--se em Julho (de 05 a 13) na FIL,Parque das Nações – Lisboa.__

É um evento muito visitadoe poderá ser considerada umadas maiores montras de artesa-nato do nosso país, podendo serentendido fundamentalmenteem duas vertentes uma a divul-gação/promoção dos conce-lhos/regiões através da culturapopular que é o artesanato e ou-tra, a de negócio, havendo pro-cura por parte de empresas quecomercializam artesanato.

Visitada a Feira vim de almacheia, porque encontrei artesa-nato nacional de muita qualida-de, vários stands de Municípios(exemplo: Mafra, Loures, Re-guengos, etc.), com uma ima-gem excelente e uma mostra deartesanato de muita qualidade ecom identidade.

O Município de Coruche, mar-cou presença, tendo sido repre-sentado pela Associação de Arte-sanato de Coruche – CORART.

O Artesanato em Coruche éefectivamente muito mais que a

mostra apresentada, estou certo,que todos os artesãos Coru-chenses gostariam de ter tido apossibilidade de contribuir paraa divulgação/promoção da nos-sa “TERRA”.

Coruchena Feira Internacionalde Artesanato – FIA

Paulo FatelaArtesão

Foto CMCStand do Município de Coruche

Apesar da descida dos pre-ços já ter começado com aspromoções e reduções, a épocade saldos teve início oficial-mente no dia 15 de Julho edecorrerá até 15 de Setembro.__

Mas não se pense que preçosinferiores são sinónimo de ven-da de artigos com defeito ou demenos direitos. Com efeito, demodo a salvaguardar e clarificaros direitos dos consumidores e,bem assim, a criar um ambientemais favorável ao desenvolvi-mento do comércio, os saldossão regulados pelo Decreto-Lein.º 70/2007, de 26 de Março.

Desde logo, é obrigatório queos produtos vendidos em saldosapresentem o preço inicial e opreço actual de venda ou a per-centagem de redução, para queo consumidor possa avaliar averdadeira redução.

Os produtos defeituosos quese encontrem à venda deverão

estar separados dos restantes eexibir uma etiqueta a assinalar oproblema, de modo a que o con-sumidor possa saber que a redu-ção de preço se deve à existên-cia de defeito no artigo. Caso

venha a detectar um defeitonum artigo que não se encon-trasse assinalado como defei-tuoso, saiba que tem direito àsubstituição do mesmo ou até aoreembolso do valor que pagou,

tal como acontece nas comprasrealizadas fora da época de sal-dos. A troca de bens que nãoapresentem qualquer defeitoestá condicionada à existênciade um acordo nesse sentido com

o vendedor, sendo por isso con-veniente informar-se previa-mente à realização da compra.

Relativamente aos meios depagamento disponíveis nestaépoca, saiba que o vendedor éobrigado a aceitar os mesmos quesão habitualmente utilizados nou-tra época do ano.

Para fazer valer os seus direi-tos, é imprescindível que guardesempre os recibos com a discri-minação do valor e dos respec-tivos produtos comprados até aofinal do prazo da garantia (doisanos para bens móveis).

Para que o barato não lhesaia caro, compre apenas oque realmente necessita.

Em caso de conflito, reclamejunto da DECO e da Autoridadeda Segurança Alimentar e Eco-nómica (ASAE).

Faça valer os seus direitos!____

* Jurista na DECODelegação Regional de Santarém

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200834

SALDOS – Descem os preços masmantêm-se os Direitos Marta Costa Almeida *

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Elisabete Franco, fala de si.

“A paixão pelo desenho e pintura, foida responsabilidade do meu pai.”

Nasci e vivi até à adolescência emÁfrica – Angola, a luz, o espaço e a comu-nicação eram muitos importantes paranós, tanto assim que o meu pai reservouuma parede da nossa casa de habitaçãopara podermos desenhar/pintar, ou indi-vidualmente ou em família (não existiatelevisão), era um autodidacta com gran-de carisma e que conseguia transmitirsensibilidade.

Já adulta comecei por fazer pequenaspeças em ráfia, sendo que o desenho/pin-tura voltou a ser quase uma necessidade,daí iniciar por fazer retrato a carvão.

A pintura surge associada a imagensdos livros da “Anita”, livros da minhainfância, sendo reproduzidas em paredesde quartos de criança e várias peças (ex:

uma arca para a minha filha Anita).A minha primeira exposição aconte-

ceu em 2002, no antigo Café Coruja“CORART – Salão de Artesanato da Fre-guesia de Coruche” .

Como sócia fundadora da CORART– Associação de Artesanato de Coruchefoi aí que o meu trabalho teve mais visi-bilidade, pois participei em projectoscolectivos que permitiram desenvolvermais as minhas capacidades e tambémdurante algum tempo me dediquei a estaactividade a tempo inteiro.

Há cerca de dois anos, individual-mente, tenho continuado no desenho/pin-tura como ocupação de tempo livre.

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PENSAMENTOS

Pedro Dourado

Quando somos pequenoscomeçamos por ouvir “Era umavez…”, e ficamos ali “vidrados”aos dizeres do narrador, a “be-ber” todas as suas palavras e aviver toda a fantasia característi-ca dos contos infantis. E quesorrisos revelamos! E que saltosdamos! E que caretas fazemos!Sempre encantados e envolvi-dos pelo conto, a tal ponto dedesejamos ser os heróis dessashistórias.

Crescemos com as nossashistórias. Nesta altura já o iníciode uma, começa com “Nem ima-ginas…”, “Inacreditável!”, “On-tem estava…” e já com outraatitude perante tal discurso, nãocom aquele enquanto pela fanta-sia como anteriormente, mascom outra capacidade de análi-se, com outra visão da realidade,ficamos a ouvir o que nos rela-tam tentando daí perceber o quenos querem transmitir.

Uns “narradores” têm jeito,outros nem por isso. Uns agar-ram-nos de uma forma que fi-camos até ao fim, outros fazem-nos abrir a boca. Uns acrescen-tam muitos pontos, outros pe-cam por nem um colocar a mais.Uns fazem-nos rir só do seu jei-to de contar, outros são tão rígi-dos nas suas expressões queparece que até nem queriamcontar! Enfim, contar uma his-tória de forma a fixar a atenção,nem todos o conseguem masacredito plenamente que é mui-to bom podermos ter algo paracontar.

Entre todas, aquelas que me

levam a escrever estas linhas,destaco duas, uma pela suaimportância para a Humanida-de, a História, e a outra de extre-ma importância para nós, anossa própria história que só porsi é constituída por muitas outras.

A História é algo de funda-mental para percebermos muitasdas realidades que existem ac-tualmente. Ajuda-nos a percebermuitos dos conflitos em deter-minadas partes do mundo, parapercebermos porque existem ri-validades entre povos, porqueexistem movimentos para de-fenderem determinadas ideias,para percebermos melhor a nos-sa terra… Por outro lado, a nos-sa própria história, é extrema-mente importante para poder-mos percebermos quem somos.

Mas do que é feito a nossahistória? De muitas outras. Écom estas que nos formamoscomo pessoas, é com estas quesentimos alegrias, tristezas,emoções, revoltas, é com estasque crescemos.

Não me querendo focar nasmenos felizes, não por conside-rar que não são importantes,porque com estas temos semprealgo a aprender, mas porque asoutras são aquelas que nos tra-zem maior prazer na sua vivên-cia. Estas contamos vezes e vezessem conta.

Não querendo abusar nem umpouco da presunção mas parece-me que muitas vezes “as boas”são preteridas em relação às out-ras. Ou então na ausência delas,envereda-se por “contar” as his-

tórias de outros mas de umaforma menos simpática para osvisados. Não será isto mesmouma forma de reconhecer quenos falta algo? Não será umaforma de revelar, inconscien-temente, que não temos histó-rias suficientes na nossa própriaexistência para que possamosser narradores?

Por cá temos muitas coisasque devemos apreciar e dar va-lor. Portugal já teve épocas deouro. Os descobrimentos foramalgo do qual temos muito a con-tar. Época em que estávamos navanguarda do mundo. E quantonos orgulhamos desses tempos!Com as pequenas e grandesconquistas muitas linhas se es-creveram. Histórias, é algo quenão falta desse tempo. São sobreeste nobre povo. Foi assim quecrescemos como nação e cria-mos a nossa cultura.

É aqui que quero chegar e éaqui que quero parar. Desejar-mos ter algo para relatar sobrenós, quer sejam pequenos ougrandes episódios da nossa vida,leva-nos a focar muito mais nasnossas pessoas, “obriga-nos” aestar mais activos, “obriga-nos”a sermos melhores de dia paradia, e quando falo melhor, é emtodos os aspectos, profissional,pessoal, humano, levando-nos aser candidatos a narradores nopróximo encontro de café, comaqueles que são bastante impor-tantes para nós, os nossos ami-gos. Desempenhando tal papel,significa que já “crescemos”…

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30 Junho, tarde ensolarada,ambas as equipas preparadaspara o evento do povo, de um la-do a sempre cáustica e emplas-tra comunicação social, do outroa veteraníssima e aborrecidapolítica. Terreno de jogo: impe-cável esplanada á beira do Sor-raia. Tema: As encomendas queo presidente Mendes fez aosdeputados nesta sua visita a tãoarejada vila. Começou mal a par-tida para os deputados que àprimeira linha de raciocínio sereferem a Coruche como cidade.Revelada a falta de informaçãoe corrigida a ousadia, prosse-guem as festividades. Sereno esabedor da sua posição o presi-dente Mendes (organizador dejogo da autarquia local – RuiCosta político) assume as “en-comendas”, o pólo universitáriopara Coruche, o pavilhão cober-to para o liceu, os IC10 e IC13 adesaguar por estas bandas e aquestão da SAP – serviço deatendimento permanente. Nãointeressa, por agora, o valor dasencomendas embora no que to-ca a esta última todos saibamosda sua dúbia designação, isto é,ilusão pura que visa dar segu-rança aos doentes durante anoite, e quase-assistência duranteo dia, ilusão essa composta por

um médico, um enfermeiro eum administrativo sem o míni-mo de preparação para situaçõesemergentes, bem como ausênciade meios diagnósticos do tipoquímico ou radiológico, isto naspalavras do ex-ministro Correiade Campos ou, por outra, neces-sidade básica para as não-cida-des distantes dos grandes hospi-

tais que entre o nada e a ilusãopreferem a ilusão. Naturalmenteque a probabilidade de sobre-vivência com um médico e umenfermeiro é maior que a soli-dariedade do vizinho do ladoque por acaso até fez um chá-zinho de camomila para acalmarum hipotético enfarte ou trom-bose. É como tudo o mais, háquem ria sobre tal e quem com-preenda porque sim.

Os deputados, por entre sor-risos retóricos resolveram a con-tenda ao jeito do partido querepresentam (PS) isto é, dizendoque resolverão a contenda masalertando para a dificuldade deresolução, visto que a lei da ofer-ta e procura tem favorecido asegunda, e há mais pedidos quemeios (e acima de tudo capaci-dade, ou falta desta) para os sa-tisfazer. “Claro que sim vizinhoAmérico, ofereço-lhe 20 kg debatatas, é preciso é que chova osuficiente e chegue para todos”.Em tempo de seca geral, nãochoverá para todos, pelo que asencomendas do presidente Men-des provavelmente sofrerãoqualquer revés, e com elas Co-ruche, claro está. Intervalo. Tí-picas questões jornalísticas.Típicas respostas políticas. O jo-go está enfadonho. Começo dasegunda parte. O futuro aero-porto em cima da mesa. São sósorrisos. Os deputados, qualentusiasmo qual quê, exultamcom as vantagens que o aero-porto trará para Coruche e seusterrenos adjacentes. Ocorre-meque por eles e pelo partido que

representam o aeroporto cus-taria o dobro e teria sido feito naOta. Os políticos tal como osfutebolistas adaptam-se às dife-rentes camisolas. Ora agoramarco aqui. Ora daqui nadamarco acolá. O jogo ganha novavida. Seguem-se novas pergun-tas da praxe. Então e a segu-rança? Então e o turismo? Entãoe não-sei-o-quê? As perguntasda praxe, respostas da praxe.“Naturalmente que um planodeste gabarito e ambição con-terá, a rigor, respostas cabaispara tão funestas questiúnculas,campos de golfe, e GNR´s a ro-dos para todos os gostos embo-ra somente para determinadosbolsos” Não o disseram, masderam a entender. O presidenteMendes, mais evasivo porquemais pragmático (o que não dei-xa de ser óbvio, pois as másconsequências recairão sempresobre si e não sobre tão entusi-asmados deputados) reconheceunão só os prós como os contrasde toda a epopeia que se abaterásobre o vale do Sorraia. Men-cionou o cuidado com o PDM(Plano director municipal), men-cionou a preocupação em man-ter a qualidade de vida no con-celho, embora um aumento depopulação activa seja um resul-tado óbvio de tamanho aparatofuturo. No que toca às mentali-dades de uma população, mos-trou-se convicto que os coru-chenses estarão à altura do desa-fio, embora a natural dúvidasurja: estaremos nós vocaciona-dos para o progresso após tantos

anos de estagnação com execu-tivos anteriores? Já não existemheróis e duvido que esteja al-gum ídolo por nascer, pelo que oactual executivo não é mila-greiro mas que desemperrou aburra, lá isso desemperrou.Resta saber se não será demasi-ado arriscado meter a burra emcorridas de cavalos, isto é, aambição de um projecto temque estar ao nível das possibili-dades das gentes locais, e aquiou “sim ou sopas”. É tempo deCoruche acordar, é uma oportu-nidade única de progresso querdos cérebros, dos bolsos ou docoração, mas atenção, ascensãoa todo o custo é como o coles-terol, vai subindo, subindo atédescer para sempre.

Na recta final, tempo parapolítica doméstica, “então oshôr presidente recandidata-seou não?” O presidente Mendeslá disse que não era a altura dedizer que sim, embora todossaibamos que qualquer alturaem que não se diga que “não”trata-se de um “sim” adiado. Osdeputados, quais pais babadosdo filho pródigo, lá fizeramsaber que muito lhes agradariatal recandidatura. Como o ZéPovinho não é maluco constataque quem menciona o ano de2017 (ano do aeroporto), e falade planos e encomendas, comoo presidente Mendes o fez, sópode querer manter-se naquelasala do primeiro andar em frenteà escadaria, perpendicularmenteposicionada, como quem entra,à máquina do café e ao banco deespera. Lá prós lados dos Paçosdo concelho.

Finalmente, como não hájogos políticos sem paródia, foia vez do Shôr Banha dar de si,acabando a contenda no melhorestilo socialista, generalizandouma hegemonia e sucessos na-cionais que ninguém vê, propa-gandeando a “espectacular” ges-tão do PS a nível nacional, aoestilo do quase-engenheiro Só-crates para o qual as coisas nun-ca estiveram tão bem, mesmosabendo-se que nunca estiveramtão mal. Intervenção descabidae standartizada, típica dos que sejulgam detentores da virtudemáxima, do bem e da justiça,três termos tão em voga quetanto têm de realidade nas mãosdo PS como eu de muçulmano.Um fim desnecessário, parauma partida razoável. Felizmen-te não houve árbitros. É quenunca se sabe.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 37

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O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 39

Antes de entrar no tema,com a dureza que a revolta faznascer, é também justo que seafirme, sem quaisquer segundossentidos, que nada tem a vercom a realidade local, ondeainda se não sofrem com tantaintensidade, os erros e a incúriados desgovernos centrais.

Ou seja, os políticos de queaqui falamos não são os quevivem no seio das populaçõescomo acontece com os autarcasportugueses, mas sim aquelesque, ocupando cargos de procla-mada grande responsabilidadetomam medidas legislativas – seé que merecem ser assim cha-madas – ao abrigo das quaiscresce no país a criminalidade, aimpunidade da corrupção, osabusos de confiança, os roubosos assaltos que colocam o velhoe digno Portugal em que nasce-mos ao nível da mais rasteira,abandalhada, relaxada, terra doterceiro mundo, onde não há Reinem Roque.

Porque é, sem exageros, oponto a que chegou este desgra-çado país, o Portugal que rece-bemos dos nossos avós, o Por-tugal que os nossos avós foramcapazes de tornar grande erespeitado. E que tem sido mar-tirizado, degradado, desperson-alizado, por ondas, por sucessi-vas e escalonadas hordas, deorganizações sectárias que sesubstituem no poder periodica-mente, depois de pseudo esco-lha democráticas em que já sóintervém eleitoralmente metadedo país ou menos do que isso.

A maior parte dos portugue-ses, cansados e desiludidos, ouporque se consideraram atrai-çoados ou porque se fartaram defalsas promessas, já não votam.Já não escolhem. Já não tiramnem põem. Estão de cócoras,atordoados, afogados em menti-ras, em falsidades, olhando comum desprezo crescente para aclasse política, aceitando compessimismo fadista os seus des-mandos. Pelas tais portas doAbril abriu, escancaradas à so-freguidão e à vaidade quase im-becil dos novos senhores dosdestinos de Portugal, escorremagora os resultados da sua inép-cia e da sua mediocridade. To-dos os dias os ouvimos na tele-visão e na Rádio. Todos dias osvemos nos jornais e nas revistas.Desdobram-se a debitar consi-derações, grandes soluções para

altos problemas que tentam con-vencer-nos de que nós nãotemos capacidade para resolverou tão só compreender. Mas arealidade, pura e concreta, quequalquer um, por mais humildeque seja pode constatar, é quenão acertam uma! Põem unsares importantíssimos, de Dou-tores ou Engenheiros (da mu-la russa ), mas a realidade, atriste e dura realidade, repita-se,é que não acertam uma.

Mas, não acertando, ou mes-mo como no caso das novas

armas para a polícia, errandoprimária e grosseiramente, co-mo anunciaram as primeiraspáginas dos jornais da capital, oque fazem? Retratam-se? Pe-dem desculpa? Demitem-se?Vão trabalhar para as obras?

Não. Nada disso. Desdo-bram-se em mais, e mais, emais, declarações. A maior partedas vezes com ares magestáti-cos de virgens impolutas quenão reconhecem seriedade amais ninguém senão a elas, oucom ares de falsos aristocratas aquem verdadeiramente repugnao contacto com o povo. Dizeristo, escrever isto é demagogia?Para eles é. Qualquer tentativade se lhes referirmos sem asvénias e respeitos que acham sermerecidos à importância comque se vêm ao espelho é, paraeles, demagogia.

Só que o povo portuguêsnunca foi espelho de ninguém.E muito menos capacho.

Temos o direito de olhar pa-ra eles e vermo-los como aquiloque realmente são e não comoquerem aparentar. Se têm direito

ao respeito, nós também. Se têmdireito à dignidade, nós tam-bém. Se têm direito a ser prote-gidos, nós também. E nem nósnem eles podemos reinvindicarser mais do que os outros. Pelomenos é o que diz a cartilha comque nos sacam os votos. Por issonão há aqui demagogia. Nemfalta de respeito

Tudo isto vem a propósitodos ataques, traiçoeiramenteincutidos na opinião públicacontra Tribunais, Justiça e ma-gistrados, contra Polícias, Guar-

das e seus agentes, repetidos ve-zes sem conta, introduzidos emquase todas as questões, emtodos os debates, como se derepente tivessem descoberto arazão porque Portugal não passada cepa torta!

Mas de quem é a culpa, ó ilu-minados? Das Polícias quezelam pelo cumprimento dasLeis? Dos magistrados que asaplicam nos Tribunais? Ou dospolíticos ineptos e ineficazesque abrem permissibilidades dotamanho do Buraco de Ozononos Códigos que atiram cá parafora. Nas leis que facilitam avida aos criminosos e impedemas vítimas de se defenderem ourecuperarem dos assaltos e rou-bos que se sucedem a um ritmoalucinante, com um simulacrode governante a querer con-vencer-nos de que estamos aviver no melhor dos mundos.

E quando um dos grandesassim o afirma, logo apareceuma chusma de gente servil, me-nor, moral e intelectualmente, aarranjar sondagens, compara-ções, estatísticas, com que ten-

tam provar com sobranceria eares de quem tudo sabe, que nosdevemos dar por contentes pornão estar ainda aos miseráveisníveis do Congo Brazaville, doTombucutu de baixo, ou da anti-ga Rodésia, agora Zimbabuéque o assassino Mugabe destru-iu e hoje escraviza.

Nestas palavras há neces-sariamente revolta, há termino-logia dura. Mas há uma realida-de indismentível: Vamos de mala pior!

Ninguém parece ser culpa-do de nada. A culpa é do par-tido do governo para o maiorpartido da oposição, ou destepara os que estão instaladosno poder.

Quando não se juntamambos, PS e PSD, para nosanunciar que a culpa afinal éda…conjuntura internacio-nal. E quem disser o contrá-rio, é, para eles, um demagogoou um extremista, quando nãoum irresponsável, incapaz deatingir as altas informações aque só eles têm acesso, as quaisatiram à vez para os bracinhossôfregos uns dos outros.

Uma vergonha! Uma me-diocridade!

Não se consideram culpadosde nada e atiram, numa cobardiapatética, numa falta de pudorindecorosa, as responsabilida-des de um para outro dos par-tidos que, à vez, nos desgover-nam. Num espectáculo degra-dante, onde se torna facílimoperceber a total falta de conside-ração que têm por aqueles aquem se tornou hábito, farisái-camente, chamar, O Povo Por-tuguês. Isto é, aqueles que cum-prem os seus deveres, para nãousar a cansada terminologia dequem trabalha, produz e pagaimpostos. Ou, numa forma maiscomezinha, mais humana, maisportuguesa, aqueles que nãochateiam ninguém, que queremviver e deixar viver, que até per-doam erros desde que sintamque os responsáveis pelos desti-nos colectivos tentam honesta-mente encontrar soluções paraos problemas colectivos e nãoiludir com promessas que nãocumprem aqueles a quem sacamos votos.

Dói ver, dói ouvir, os ataquesà Magistratura, aos Tribunais àsPolícias. Só quem é criminoso,

ou pretende vir a ser, se deviaincomodar por ver nas ruas dig-nos agentes da PSP, da Ju-diciária, da Guarda NacionalRepublicana. A presença destascorporações, senhores políticos,mesmo para os mais demago-gos, mesmo para os que gostamde se armar em bonzinhos éuma utilidade dissuasora, e nãouma ameaça, porque dissuadeos criminosos de cometer tantoscrimes como os que hoje come-tem. Se não for assim qualquerdia andamos aos tiros uns aosoutros. Tanto ou mais do que ostiroteios de Far West que amea-çam rebentar com Loures, tor-nando redículas as afirmaçõesde políticos que consideram se-rem desacatos de pouca monta.

Perante tanta negligênciaimpõe-se uma pergunta. Ondeestaria melhor este tipo de polí-ticos? A comprar pistolas para aPolícia sem lhes comprar os col-dres para as transportar, talvezpor acharem ser obrigação dosagentes trazerem-nas nos dentescomo o Tigre da Malásia? ou abrincarem num jardim infantilaos polícias e ladrões com cri-anças de 4 anos de idade?

Todos nós sabemos ondeestavam melhor estas caras queestamos cansados de ver, estasvozes que estamos cansados deouvir. Quanto a mim, apenaslhes faria um pedido: Deixem deatacar os Tribunais, os Magistra-dos, e as Polícias! Pensem nou-tras coisa que não seja retirar--lhes subsídios de risco, de des-locação, ou outros, enqanto vo-cês recebem ajudas de custo portudo e por nada. Parem de dizer,farisáicamente, que eles nãoapanham os criminosos ou queos soltam depois de os ouvir.

Porque como todos nós sa-bemos a culpa não é deles. É dequem faz a porcaria de leis, rela-xadas e permissivas, com queambicionam ser consideradosbonzinhos e civilizados. E quepermitem aos criminosos roubarsem dó nem piedade tendo acerteza que podem continuar,também eles, a fazer carreira.

A culpa é vossa, e só vossa.Ridiculos membros da classepolítica mais medíocre e inefi-caz que a Europa já produziu.

____* Investigador histórico

Director do Jornal de Mondim

Polícia, Tribunais e Classe PolíticaJoão Alarcão Carvalho Branco *

Para mais precisão e justiça, o título deste artigo poderia ser substituído porA Polícia, Os Tribunais e a total ausência de classe dos políticos que nos governam.

PORTUGAL HOJE

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200840

Perdurou na Idade Média,mesmo antes da batalha de Alju-barrota (14 de Agosto de 1385),um clima de rivalidade e con-tundência verbal entre portu-gueses e castelhanos. Em Portu-gal, apodar alguém de “castel-lao”, por exemplo, era, na épocamedieval, um dos maiores insul-tos e considerada injúria dasmaiores e, como tal, punida comseveridade.

Já depois da vitória na bata-lha de Aljubarrota e mesmo emperíodos de alguma acalmiapolítica, a tensão entre os doisvizinhos ibéricos foi deixandoas suas marcas ao longo da His-tória. Vestígios dessa animosi-dade encontramo-los, ainda noséculo XVI, no quotidiano dosbastidores da Corte, sob a formade despiques, remoques, mote-jos, sátiras, troças e múltiploscomentários jocosos, plenos desarcasmo e ironia, que circula-vam de ambos os lados. O ambi-ente cortesão dava larga expres-são e eco a essa prática que,quase sempre, incorporava umtom irónico e depreciativo, porvezes até com uma «pitada» dehumor e chalaça, o que era reve-lador da mútua desconfiançaexistente entre os dois vizinhosibéricos.

Do lado castelhano critica-va-se a “arte” e o “modo” dosportugueses, apelidados de “pre-suntuosos e fracos homens decorte”, de dizerem mal até dosseus próprios compatriotas,ainda que se tratasse do portu-guês mais eminente. Zombavamtambém, de forma mordaz ecorrosiva, da pequenez territori-al de Portugal.

Do lado dos portugueses, aresposta era igualmente desabri-da e acutilante e em que a invo-cação da vitória na batalha deAljubarrota funcionava comocontraponto às críticas vindasdos castelhanos.

Com efeito, a derrota em Al-jubarrota foi muito sentida emCastela. Foi até, pode dizer-se,humilhante, dada a clara des-proporção entre os dois exérci-tos. De tal modo que, ao comu-nicar aos seus súbditos a derro-ta, o rei castelhano falou da ver-gonha, do luto e da desonra quese haviam abatido sobre Cas-tela. Quatro meses depois, nascortes de Valladolid, o soberanocompareceu vestido de negro,carregado de luto. Havia tam-bém a prática, entre os vizinhosrivais, de escrever a carvão, nas

paredes, trovas depreciativas efrases acutilantes. No séculoXVI há registo de um provérbioque referia que «todas as coisasboas que provinham de Castelaeram as que não falavam…»,referência que, em certo sentido,faz lembrar o aforismo, aindahoje muito conhecido: «De Es-panha, nem bom vento, nem bomcasamento».

No entanto, e apesar da suacondição de inimigos, os caste-lhanos não eram vistos pelosportugueses como os mouros oeram no tempo da Reconquista.Tratava-se de uma conflituali-dade um pouco mais matizada,sem no entanto deixar de persis-tir um sentimento anti-caste-lhano, relativamente generaliza-do e marcado por uma rivali-dade e conflitualidade verbal.

Em suma, havia todo um«discurso», ainda que salpicadode zombarias e episódios anedó-ticos, construído para exaltaçãodas qualidades dos portuguesese que girava basicamente emtorno de um eixo comum: invo-car Aljubarrota – modelo e sím-bolo de portuguesismo, bandei-ra de resistência face ao expan-sionismo do reino vizinho e «ar-ma de arremesso» anti-castelha-na. De registar o curioso episó-

dio que, segundo se conta, teráocorrido nas negociações de pazaquando da sangrenta contendaentre as populações fronteiriçasde Moura (no Alentejo) e Aro-che (na actual província deHuelva). Nessa ocasião, o fidal-go enviado por D. João III, in-cumbido de negociar a paz, terádito para o representante do im-perador Carlos V: “I-vos muitoembora, que os Portugueses nãotêm preço”. Este episódio, car-regado de patriotismo, circulouabundantemente nos ditos e fei-tos dignos de memória, mesmopara além do século XVI. Comoexplicar então este mal-estarentre os vizinhos peninsulares?Porquê toda esta hostilidadeibérica? No quadro diplomático,Portugal, face às tentações hege-mónicas do seu vizinho peninsu-lar, teve de agir com algum equi-líbrio e prudência, numa conjun-tura internacional particular-mente complexa, procurandoactuar em vários “tabuleiros”,em face dos jogos de poder edas alianças estratégicas e geo-políticas que se iam perfilandono horizonte. Por consequência,era preciso prestar atenção àsmutações em que era pródigo oxadrez diplomático. Havia quemanejar, de um lado, com as

promessas de amizade e, do ou-tro, com as alianças com os rei-nos de Aragão e com Navarra,rivais de Castela. Com efeito,importa perceber que a Coroacastelhano-leonesa somava maisterritório e mais população quetodos os demais reinos ibéricosjuntos. Daí o temor de que Cas-tela decidisse exercer a sua hege-monia pela força das armas, oumesmo de outro modo.

D. João II pautou as suasrelações com Castela acenandocom o desejo de manter a Paz,mas, simultaneamente, não per-mitir veleidades que, de algummodo, possibilitassem o enfra-quecimento português. Tarefanada fácil, convenhamos, a demanter a paz na Península, umavez que os reflexos da guerracom Castela continuavam a re-percutir-se em Portugal, nomea-damente com uma sucessão deataques castelhanos à zona daraia portuguesa. Os Reis Católi-cos; Fernando e Isabel, levarama cabo uma estratégia sistemáti-ca de flagelação da fronteira por-tuguesa, sobretudo nas zonas mi-litarmente mais desguarnecidas.

Períodos de perturbação,tensões, violência e instabilida-de temporária, contribuíram pa-ra a degradação das relações lu-so-castelhanas. Apesar de serpossível detectar alguns perío-dos onde predominou uma ge-nuína amizade transfronteiriça,o certo é que as marcas da guer-ra e da crispação não sararamimediatamente. E é curioso no-tar que tensões de natureza polí-tico-militar e dificuldades con-cretas no quotidiano, foram fac-tores que contribuíram para vin-car ainda mais a consciência deautonomia, e até de alteridade,nas populações que viviam querde um lado, quer de outro dafronteira luso-castelhana.

D. João II percebeu que a vi-tória pelas armas não tinha via-bilidade. Apostou na diploma-cia. Mas uma diplomacia mus-culada, vigilante e exigente. Apaz acabou por ser selada atra-vés do Tratado das Alcáçovas(1479) e ainda com o casamen-to de D. Afonso (o único filholegítimo do rei português) comD. Isabel, filha mais velha dosreis de Castela e Aragão. O clau-sulado do tratado traduz bem oextremo cuidado que ambos osmonarcas tiveram, tendo emvista a resolução de problemas.Estes transcendiam a própriaguerra, envolvendo questões

mais vastas que se prendiam coma identidade dos dois reinos.

D. Manuel ainda chegou aacalentar um sonho imperial,fruto do seu casamento com D.Isabel de Aragão, viúva dopríncipe D. Afonso (vítima detrágico acidente num arriscadoexercício a cavalo, ocorrido naRibeira de Santarém), sobretudodepois do auspicioso nascimen-to do príncipe D. Miguel (1498--1500). Este ainda chegou a serjurado herdeiro de todos os tro-nos peninsulares, porém o prín-cipe acabou por falecer poucotempo depois de nascer e des-fez-se o sonho do rei Venturosoque, no entanto, não deixou deestar vigilante face a Castela,evitando, a todo o transe, qual-quer veleidade hegemónica porparte dos Reis Católicos.

Por seu turno, D. João IIIteve de lidar com uma situaçãointernacional complexa, devidoàs lutas entre o imperador Car-los V e o rei Francisco I de Fran-ça e numa altura em que o pode-rio português era limitado, sen-do portanto difícil manter atradicional neutralidade. Se porum lado a Portugal não interes-sava aliar-se abertamente a ne-nhum dos contendores, poroutro lado, procurava evitar astendências hegemónicas da Casade Áustria que ambicionava con-cretizar o projecto da chamada“monarquia universal”.

Depois de um período de umindisfarçável mal-estar entre osdois reinos ibéricos, nomeada-mente aquando da viagem decircum-navegação (1519-1522)empreendida pelo portuguêsFernão de Magalhães (c.1480--1522) ao serviço de Carlos V, atensão diminuiu um pouco, coma celebração de dois novos casa-mentos ao mais alto nível, comoforam os consórcios do rei D.João III com D. Catarina deÁustria (irmã de Carlos V), em1525, e de Carlos V com D. Isa-bel de Portugal (irmã de D. JoãoIII), em 1526.

A D. João III interessava-lhedesempenhar um papel de árbi-tro, mantendo uma presençadiplomática junto dos dois rivais.É que Carlos V pretendia umauniformidade, uma sintonia deposições com Portugal para quea Península Ibérica funcionassecomo um todo, um mesmoespaço, uma mesma monarquia,um mesmo rei. Mas D. João IIIsempre se recusou a que Por-

Mário Justino Silva

CRÓNICA PORTUGUESA

Invocar AljubarrotaHistoriadorResistência, Portuguesismo, Soberania e Coesão Nacional

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tugal fosse entendido como umasimples parcela do todo ibéricoliderado por Carlos V. Qualquercedência do lado portuguêspoderia facilitar a tão pretendidahegemonia peninsular por parteda poderosa Casa de Áustria.Evitar ser absorvido, ou de al-gum modo condicionado e ma-nietado, pelo seu poderoso vizi-nho era, portanto, crucial para asobrevivência dos interessesportugueses.

Conta-se que em certa oca-sião D. João III, dirigindo-se aalguns nobres, terá dito: “Nãoqueira Deus que eu assine cou-sa a que os Portugueses fiquemsujeitos”. E, de joelho em terra,todos beijaram a mão do seu rei,agradecidos pela resposta. D.João III, apesar de uma maiorproximidade a Carlos V, até pe-las relações familiares entre asduas casas reinantes, esforçou--se para não se incompatibilizarem definitivo com a França,mantendo sempre uma portaaberta além Pirinéus, para evitarrupturas com Francisco I.

Curiosamente, entre Portu-gal e Castela (e até entre as ou-tras monarquias peninsulares),existiram ligações muito estrei-tas e até amplas linhas de con-vergência. Revisitando as suashistórias é mesmo possívelconstatar que elas se entrelaçama cada passo: pelos casamentosentre as duas casas reinantes (sóna dinastia de Avis contam-sedez enlaces matrimoniais); pelobilinguismo literário; pela lutacomum contra os infiéis; pelaproximidade física, cultural ereligiosa; pelo conhecimentomútuo que existia entre portu-gueses e castelhanos; pelo senti-do de pertença a um espaço pe-ninsular comum…

Porém, tudo isto foi insufi-ciente para eliminar, por com-pleto (mesmo nos períodos depaz transfronteiriça), um certoclima de rivalidade, animosida-de e conflitualidade e até de extir-par o instintivo antagonismoentre os dois reinos ibéricos. Pe-lo contrário, subsistiu, entre osPortugueses, desde os confinsda Idade Média, uma vontademuito firme de fazer vida à partee que se consubstanciou numaresistência à assimilação e in-corporação no todo peninsular.

Resistência que passou pelainvocação e celebração (até decariz religioso) de um feito me-morável, uma vitória militar queconstituiu uma significativa der-rota para as forças castelhanas,ou seja Aljubarrota – considera-da a “mãe de todas as batalhas”–, obra da nata da aristocraciaportuguesa e que tanto haviacontribuído, ao longo dos sécu-los, para assegurar a soberania erobustecer a coesão nacional.

Não obstante o período dachamada Monarquia Dual, entre1580 e 1640, e já depois da Res-tauração da Independência, Alju-barrota continuou a ser, entreoutros símbolos, uma referênciacrucial e incontornável de afir-mação da nacionalidade.

Alguns autores considerammesmo que um dos maiores fei-tos da nossa História (maior atéque a gesta dos Descobrimen-tos), terá sido a forma comoPortugal, com o seu forte espíri-to autonómico, escapou comsucesso ao poderoso centralis-mo espanhol, sendo, no contex-to ibérico, caso verdadeiramen-te único e “o mais brilhanteexemplo” de entre todos os ou-tros reinos peninsulares.

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JUNTA DE FREGUESIADO COUÇO

A Festa do Castelo é uma festa popular que representa astradições, os usos e os costumes da população do concelho.

É o momento escolhido por muitos conterrâneos para sereencontrarem com os amigos e famílias.

A Freguesia do Couço, saúda todos os participantes nas Festasbem como todos aqueles que sendo desta terra se encontram

dispersos no país e no estrangeiro, numa luta constantepor melhores condições de vida.

O Presidente da JuntaLuis Alberto Ferreira

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 41

À espera dos JogosEnquanto não chegam as

provas em Pequim, de onde to-dos nós esperamos trazer algu-mas medalhas, incluindo ouro,prata e bronze, o Desporto dopaís vizinho continua a ganhar.Ao Europeu de futebol sucede-se o de hóquei em patins (à cus-ta de Portugal), na Volta a Fran-ça vão em três vitórias consecu-tivas (Oscar Pereiro, AlbertoContador e Carlos Sastre, estedepois de surpreender Cadel

Evans no contra-relógio decisi-vo em que só cedeu 29 segun-dos para o favorito).

Os apreciadores da organiza-ção olham para a lista de suces-sos que não pára de aumentarcom heróis como Rafael Nadal(até juntou Roland Garros eWimbledon no mesmo ano, re-cordando a proeza do míticoBjorn Borg). Com as diferençasde mentalidade e forma de agirentre países e povos, a segunda

perspectiva explica-se mais pordespeito: do lado de cá da fron-teira, não há incompetentes,mas apenas distraídos; do ladode lá, esforço, trabalho e dedi-cação conjugam-se para ter pré-mios.

No final destes exemplos po-demos tirar uma simples con-clusão: do lado de cá da fron-teira, além de distraídos há mui-tos incompetentes.

Saudações Desportivas!

Foram eleitos no passado mês de Junho de 2008, os novos corpos sociais doAtlético Clube do Biscainho.

Assim, dentro de um espírito que desejamos, de estreita colaboração entre asduas entidades, deixamos para vosso conhecimento, a composição desses corpossociais, os quais durante o biénio 2008/2010, irão gerir os destinos deste Clube.

Assembleia GeralPresidente - Lúcio Faria1º Secretário - Jorge Sousa2º Secretário - João SousaVogal - Luís Custódio

DirecçãoPresidente - Noel RitaVice-Presidente - Nuno CarlotaSecretário - Mário SantosTesoureiro - Francisco MarquesVogal - José BritesVogal - José Salvador

Conselho FiscalPresidente - Octávio SerrãoRelator - Carlos SousaVogal - José PolóniaVogal - Valter Guerreiro

Escrever Desporto ... por: Jorge Florindo

Atlético CClube ddo BBiscaínho

CONSERVATÓRIA DOS REGISTOS CIVIL, PREDIAL, COMERCIAL ECARTÓRIO NOTARIAL DE CORUCHE

– CERTIFICO, para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação lavrada no dia vinte sete deJunho de dois mil e oito, nesta Conservatória, de folhas cento e trinta e seis a folhas cento e trinta e sete dolivro de notas para escrituras diversas número quinhentos e cinquenta e seis-D, JOAQUIM ANTÓNIONUNES, cont. 149 207 930 e mulher BEATRIZ MARIA CAÇADOR NUNES, cont. 149 207 948, casadossob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia e concelho de Coruche, residentes na Rua deSão João, lugar e freguesia da Branca, concelho de Coruche, DECLARARAM que são donos, com exclusãode outrem, do seguinte prédio:

PRÉDIO URBANO, sito na Rua do Tabaco, freguesia da Branca, concelho de Coruche, composto por umacasa de habitação de rés-do-chão, T2, com a superfície coberta de cinquenta e seis virgula um metros quadra-dos e logradouro com a área de quatro mil quatrocentos e quarenta e três virgula noventa metros quadrados,a confrontar de Norte com Francisco Buchadas, de Sul com Rua do Tabaco, de Nascente com ClementinoAnania Nunes e Poente com José Freixo e Manuel Cabeças, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1578,com o valor patrimonial de € 10.950,00, ao qual atribuem para este acto valor igual ao seu valor patrimonial.

Que este prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial do Concelho de Coruche eestá inscrito na matriz em nome do justificante marido.

Que eles, justificantes, Joaquim António Nunes e Beatriz Maria Caçador Nunes, não dispõem de título for-mal de que resulte pertencer-lhes a propriedade plena do referido prédio que veio à sua posse na sequência dedoação meramente verbal feita pelos pais e sogros, António João Nunes e Anania Clementina, residentes queforam no referido lugar de Branca, em data que não podem precisar, mas no ano de mil novecentos e setentae cinco.

Mas o certo é que sempre o fruíram ininterruptamente como entenderam, à vista de toda a gente e sem amenor oposição, tendo nela passado a habitar com a sua família, guardando alfaias e cuidando do logradouro,fazendo obras de conservação sempre que necessário e pagando as contribuições por ele devidas.

Exercendo essa posse por mais de vinte anos, sem interrupção e com a consciência de estarem a agir comoverdadeiros donos dos prédios, o que confere a tal posse a natureza de pública, pacífica e contínua, funda-mentando assim a aquisição do respectivo direito de propriedade por usucapião, o que, pela sua natureza,impede a demonstração documental do seu direito e a primeira inscrição, que se pretende, no registo predial.

ESTÁ CONFORME.Conservatória dos Registos Civil, Predial, Comercial e Cartório Notarial de Coruche,Vinte e sete de Junho de dois mil e oito.

A Segunda Ajudante(Maria Jacinta Fitas Martins Garcia Nunes)

NOTARIADO PORTUGUÊS

Jornal de Coruche, n.º 28 de 4 de Agosto de 2008

Um ano após a sua estreia noEUA chega a Portugal a históriasobre Mark Chapman. Mas quemé este homem? Certamente aque-le que nenhum fã de John Lennongostaria que algum dia tivesseexistido. Foi ele que, sem motivoaparente, atingiu o músico com 5tiros, naquele dia de Dezembro de1980. O que o motivou a cometereste crime, sendo um admiradorda obra de Lennon? O filme sobrea vida Chapman até ao momentoem que o tornaria famoso parasempre, ele que continua acumprir pena de prisão perpétua.Com excelentes interpretações deJared Leto (irreconhecível neste papel) como Mark C., Lindsay Lohancomo Jude e Mark Lindsay Chapman (leu bem! o nome do actor queinterpreta o papel de Lennon é idêntico ao do seu assassino, coin-cidência!?) como John Lennon e ainda Mariko Takai como Yoko Ono.Um filme a não perder!

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200842

• SUGESTÕES DE LEITURA de Mário Gonçalves

• O Nosso Século é FascistaEste foi o mundo visto por Salazar e Franco, entre 1936 e 1945. É um livro da auto-ria de Manuel Loff e chama-se "O Nosso Século é Fascista". Sustentado porinúmeras provas documentais - algumas das quais muito raras - esta obra leva o leitora melhor perceber as duas ditaduras que marcaram Portugal e Espanha. Publicadopela Campo das Letras, o livro é constituído por cerca de mil páginas resultantes deuma profunda investigação levada a cabo por este professor universitário de HistóriaContemporânea. Ao longo de nove longuíssimos capítulos, são abordadas diversastemáticas que passam em relevo as ditaduras ibéricas, pressupostos ideológicos, ahistória e o império, a lógica dos grandes espaços continentais, o saneamento políti-co da Europa, a resistência ao fascismo, entre outros. Recomenda-se vivamente atodos aqueles que mais querem aprofundar o passado recente da Península Ibérica.

• Um Olhar Sobre a PobrezaNuma altura em que muito se tem falado da pobreza em Portugal, do endividamen-to das famílias e da necessidade urgente de se tomarem importantes medidas gover-namentais para fazer face à situação catastrófica em que está a nossa economia, eisque surge nas livrarias de todo o país o livro "Um Olhar Sobre A Pobreza -Vulnerabilidades e Exclusão Social no Portugal Contemporâneo". Trata-se de umestudo desenvolvido por quatro especialistas (Alfredo Bruto da Costa, IsabelBaptista, Pedro Perista e Paula Carrilho) e publicado pela Gradiva em Junho de2008. Do conceito de pobreza ao de exclusão social, passando pela precariedade lab-oral e pelo posicionamento político face a esta triste realidade, tudo é estudado paraperceber os problemas estruturais da sociedade portuguesa. Além doutras conclusõesimportantes, este estudo garante que, durante pelo menos um dos anos do períodoentre 1995 e 2000, passaram pela pobreza 46% de portugueses.

• Winston Churchill – Os Meus Primeiros AnosWinston Churchill foi escritor, jornalista e historiador, mas foi como primeiro-min-istro do Reino Unido que mais se popularizou. Muito já se escreveu sobre SirChurchill, o homem que governou os destinos de Inglaterra durante a SegundaGuerra Mundial, faltava apenas conhecer (em português) as suas origens e vivênciasdurante os seus primeiros 30 anos de vida. Na verdade, este "Winston Churchill - OsMeus Primeiros Anos" foi publicado pela primeira vez em 1930. A obra, editada emPortugal pela mão da Guerra e Paz, é autobiográfica e retrata as vivências de WinstonChurchill desde o seu nascimento, a 30 de Novembro de 1874, em Oxfordshire, atéao seu casamento, em 1908. Churchill garante que os factos aqui mencionados cor-respondem à verdade, pois foram relatados na primeira pessoa. Sabe-se que teve umavida repleta de aventuras e peripécias próprias de um jovem que teve os pais quasesempre ausentes e uma escolaridade deficiente.

• A Expansão Quatrocentista Portuguesa"A Expansão Quatrocentista Portuguesa" de Vitorino Magalhães Godinho retrataprecisamente a expansão que Portugal conheceu entre 1409 e 1475. O livro publica-do pela Dom Quixote começa por destacar a revolução intelectual do século XIII etermina com o resgate de Arguim e Guiné. Pelo meio, o autor passa em relevo oproblema das origens da historiografia portuguesa, os complexos económicos daEuropa, os rumos da expansão, o povoamento das ilhas, os impérios negros do ouro,entre muitos outros assuntos. Segundo se pode ler logo no início, a obra inclui cor-respondência trocada entre o autor e a Comissão Henriquina do Estado Novo, queencomendou e acabou por recusar este livro, por ser "demasiado económico, quasemarxista".

A não perder . . .

Telma Leal Caixeirinho

SUGESTÕES

LIVROS

CINEMA

A última aula (ou a última lição) de Randy Pausche Jeffrey Zaslow

Capítulo 27 – O Assassinato de John Lennonde J.P. Schaefer

O Fundo dasNações Unidaspara a Infância,Unicef, abriu nodia 2 de Agostoa Semana Mun-

dial do Aleitamento Materno.A Directora-executiva do fundo, Ann Veneman,diz que aleitamento, nos primeiros seis meses devida, pode evitar até 13% de mortes de bebés.Neste ano, os organizadores do evento aprovei-taram a realização das Olimpíadas para promoveruma maratona de jogos, em todo o mundo, cons-ciencializando sobre a importância da amamen-tação nos primeiros seis meses de vida.A directora-executiva da Unicef, Ann Veneman,afirmou que a amamentação pode evitar até 13%de mortes de crianças com menos de cinco anos,nos países em desenvolvimento. Mas apesar dosavanços, da última década, apenas 38% dos

menores, nesta parte do mundo, são amamenta-dos. A coordenadora do Unicef no Recife, AnaMaria Azevedo, disse à Rádio ONU que o aleita-mento também ajuda no relacionamento da mãecom o bebé.“É o mais importante, é o que garante a vidasadia, é o que garante a aproximação da mãe como seu filho. Desse cuidar, desse olhar, para queela fique mais protegida, imune a muitas doençase que a própria constituição facial dela, dopróprio organismo, se estabeleça”, disse. Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS,os nutrientes contidos no leite materno ajudam obebé a crescer e a se desenvolver. A Semana de Aleitamento Materno é coordenadapela Estratégia Global para Menores e Criançasem Amamentação, e passou a receber o apoio daOMS e do Conselho Director da Unicef em 2002.

Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York

Unicef inicia Semana Mundialda Amamentação cortesia: http//radio.un.org/por

www.un.org/av/radio/portuguese/partnerships.html

E se soubéssemos que o fim dasnossas vidas estava próximo, o quefaríamos? Randy Pausch, um pro-fessor universitário que padecia deum cancro terminal, decidiu que oseu final seria, na companhia dosseus filhos, a concretização dos seussonhos de infância. Na sua últimaaula nunca deixou de transpareceruma força incrível, palavras deesperança e de coragem que mar-caram não só os seus alunos e toda aassistência como todos aqueles quetiverem oportunidade de ler estelivro (também é possível aceder aovídeo desta aula na Internet).Despediu-se da vida a 25 de Julhopassado. Um livro emocionante!!!

A Casa dos Budas Ditosos de João Ubaldo Ribeiro

O autor brasileiro é o mais re-cente vencedor do prémio Camões.Eis o pretexto ideal para ler (ou relera sua obra). Dos inúmeros roman-ces, ensaios, contos, crónicas…destaque para A Casa dos Budas Di-tosos. Uma obra polémica que falasem qualquer pudor das experiên-cias sexuais de uma velha baiana. Otipo de linguagem é de tal modorealista e cru que fez com que oautor e esta sua obra fossem alvo devárias críticas. Nada que impedisseo sucesso da obra. Afinal, é o leitor omaior juiz de qualquer obra. A nãoperder!

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 43

Para o meu primeiro artigopara o presente Jornal, escolhiuma temática (que considerointrodutória) cada vez mais dis-cutida e em voga nos dias dehoje. Em primeiro lugar, julgoque importa definir alguns con-ceitos básicos muitas vezesentendidos erradamente:

– Actividade Física – trata-se de todo o movimento corpo-ral que envolva a contracçãomuscular e que aumente subs-tancialmente o dispêndio ener-gético provocado pelo nossometabolismo (temos exemplosvários de simples actividades donosso quotidiano como lavar alouça, passar a ferro, jardinagem,subir escadas, etc.);

– Exercício Físico – é de-finido como uma subclasse daactividade física, consistindoem movimentos corporais pla-neados, estruturados e repetidos,prescritos e ensinados por umprofessor com formação acadé-mica na área das Ciências daMotricidade Humana (nomea-damente a Educação Física eFisiologia do Exercício), cujoobjectivo é manter ou melhorarum ou mais componentes daCondição Física. Por isso, paraos menos informados, fica aquidefinido que nem ExercícioFísico, nem Educação Física sãoa mesma coisa que GINÁSTI-CA (tantas e tantas vezes somos

bombardeados com este termo,quer nas escolas quer nos HealthClubs, como se toda a nossaactividade se resumisse a umaúnica modalidade). Ginástica éuma modalidade desportivaque, entre outras, faz parte docurrículo da disciplina escolarEducação Física;

– Condição Física ou Fit-ness (da influência anglo-sa-xónica) – deve ser vista comoum conjunto de atributos (apti-dão cardiorespiratória, compo-nente músculo-esquelética, com-ponente morfológica, compo-nente metabólica, componenteperceptivo-cinética, componen-te postural e flexibilidade) quese têm ou se obtêm e se relacio-nam com a capacidade de desen-volver actividade física.

Afinal onde se enquadra oconceito de saúde associado à

actividade e exercício físico?Segundo o American College ofSports Medicine são necessários30 minutos diários de actividadefísica moderada para efeitos desaúde cardiovascular e para umindivíduo ser considerado activo.

O que os estudos revelam depositivo e prático é que não énecessário realizar os 30 minu-tos de actividade física segui-dos, podemos acumular ao lon-go do dia, por exemplo 3 perío-dos de 10 minutos de váriasactividades. O que significa quepodemos demorar 10 minutos apé até ao trabalho, mais 10 mi-nutos a regressar a casa, mais 10minutos a arranjar o jardim, e játemos os nossos 30 minutosacumulados ao final do dia!

Para os mais sedentários,aqui vão alguns conselhos bási-cos a tomarem para se tornarem

mais activos: andar mais a pé oude bicicleta em vez de automó-vel ou outro veículo (até poupacombustível), utilizar mais asescadas em vez do elevador,evitar longos períodos de temposentado (levante-se e caminheum pouco), realizar tarefas do-mésticas que envolvam algumgasto energético como a jardina-gem, lavar a roupa, passar a fer-ro, etc. De uma forma geral sãovários os benefícios da acti-vidade física regular na saúde ebem-estar: melhoria da funçãocardiorespiratória, redução dosfactores de risco associados adoença coronária, prevenção dealgumas formas de cancro, di-minuição da ansiedade, aumentodo sentimento de bem-estar,entre outros.

Nunca é demais referir queantes de iniciar qualquer activi-dade física ou exercício físicoestruturado, deve consultar oseu médico para que este analiseo seu perfil de saúde, garantin-do-nos a nós profissionais deexercício e saúde, dados maisconcretos para uma prescriçãode exercícios mais específica,personalizada e segura. No querespeita à condição física decada indivíduo, esta deve seravaliada por um profissionalqualificado que saiba utilizar osprotocolos de avaliação dascomponentes da condição física

(já referidas anteriormente) de-terminando e enquadrando o ní-vel de condição física de cadaindivíduo. Depois desta avalia-ção o Professor define metas eobjectivos a atingir, e para issoelabora um programa de exercí-cio físico estruturado, individua-lizado e planeado, de forma aatingir esses mesmos objectivos.

Os principais motivos pelosquais existe cada vez mais pro-cura dos espaços de Health &Fitness prendem-se essencial-mente com objectivos estéticos(aumento da massa muscular,definição muscular, tonificação,redução da massa gorda, etc.) desaúde (perda de peso, prevençãode doenças coronárias, melhoriada função cardiovascular e res-piratória, melhoria da coorde-nação e reacção, melhoria dapostura, etc.), de performance(aumento da resistência car-diorespiratória, resistência mus-cular, força muscular e flexibili-dade, que pode ser o objectivode um adulto saudável ou de umatleta tendo em vista uma deter-minada competição), sócio-afec-tivos (convivência entre grupossociais) e psicológicos (melho-ria da auto-estima, combate aostress e ansiedade, etc.).

Para terminar gostava de dei-xar aos leitores a seguinte men-sagem: respeite a sua saúde,mexa-se mais!

Lic. em Ciências do Desporto

Pedro Asseiceira

SAÚDE E DESPORTO

Actividade Física, Exercício e Saúde

Entre 22 e 28 de Junho de2008, decorreu no ComplexoDesportivo de Vila Real de SantoAntónio a Copa Foot21, um even-to que contou com a participaçãode cerca de 1500 jovens atletasportugueses dos 6 aos 12 anos.

Com o apoio da Escola Pre-paratória Prof. Armando Lizardo –a qual deu o nome à equipa, daCâmara Municipal de Coruche, eda Academia Desportiva eAssociativa de Coruche, a nossavila foi representada por um grupode 14 jovens que durante umasemana deram o seu melhor, tendocomo resultado uma excelente par-ticipação.

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Fotos de: António Joaquim Pereira

Academia Desportiva de Corucheem Vila Real de Santo António

www.mexa-se.idesporto.pt

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200844

Agência Funerária Jacinto, Lda.Funerais, Trasladações e Cremações

para todo o País e Estrangeiro.•

Trata de Toda a Documentação•

Artigos Religiosos

AgênciaRua dos Bombeiros Municipais, 28 r/c

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• BAPTISMOS •IGREJA DO CASTELO

Dia 26 - Margarida Maria De Sousa Paulos

IGREJA MATRIZDia 27- Rodrigo Miguel Ramos Carapau

- David José Costa Domingos

• FALECIMENTOS •Dia 1 - Rosa Maria - 85 anos

- António Vicente Oliveira - 94 anosDia 2 - José Maria Dos Reis Barroso - 56 anos

- Maria Teresa- 89 anos- Bertelina Maria de Fátima Abreu Farinha

Manaia- 80 anosDia 9 - Augusto Lopes Dos Santos Branco - 69Dia 11- José Santos Da Silva- 74 anos

- Perpetua Maria Vital Freixo - 61 anos- António Custódio- 79 anos

Dia 12 - Idalina Maria Ribeiro Madelino - 69- Joaquina Maria De Oliveira- 78 anos

Dia 13 - Júlia Rosa- 95 anos

Dia 16 - Armando João Ruivo Cardoso- 59 anos Dia 17 - Fernando Manuel Alves Ferreira- 36

- Dália Jesus Pirata Machado- 55 anosDia 22 - Alice Caeiro Rodrigues- 83anosDia 23 - Guilhermina Maria Ferreira da Cruz 50

- Maria Manuela Da Costa Gomes- 82 Dia 25 - Maria Rita- 87 anos

- Olinda Maria - 78 anos- José Cardoso- 79 anos

Dia 27 - Manuel César Pinto Das Neves- 69 Dia 28 - Manuel da Silva Matias- 74 anosDia 30 - Adélia Smith Fatela- 80 anos

• CASAMENTOS •IGREJA DO CASTELO

Dia 5 - Rui Manuel Mendanha Norte eSofia Maria Ferreira Borda D’Água

Dia 12 - Miguel Nuno Neves dos Santos eAna Sofia Guarda Tadeia

Dia 26 - Miguel Alexandre Caetano Cordeiro eManuela Marques Garcia

Informações da Paróquia de Coruche

Julho dde 22008

Ramos de NoivaDecoração de Igrejas

Coroas e Palmas para Funeral

LLoojjaa 11Mercado Municipal, Lj. 18, 2100-127 Coruche

Tels. 964 092 957 - 243 675 683

LLoojjaa 22Intermarché de Coruche • Tel. 243 108 811

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Feira das Oportunidadesem Coruche

Todos os comerciantesinteressados em participarna Feira do Barato e dasOportunidades, em Coru-che, poderão fazer a suainscrição até ao dia 22 deAgosto.

A feira terá como palcoo parque do Sorraia, emCoruche, entre os dias 5 e7 de Setembro.

Este certame contacom o espectáculo musi-cal do grupo revelação de2008 “Per7ume”.

Câmara de Corucheatribui bolsas de estudoA Câmara de Coruche

vai atribuir 12 bolsas deestudo, no valor de 190euros por mês durante 10meses, desde que os alu-nos com aproveitamentoescolar pretendam seguiro ensino superior.

Os futuros estudantesuniversitários interessa-

dos nestas bolsas, devemdirigir-se ao serviço deacção social da câmara,na rua de S. Francisco, n.º8 A, onde lhes será facul-tada uma ficha de candi-datura.

Este documento quedeverá ser preenchido edevolvido àquele serviço

até 4 de Agosto.A atribuição das bol-

sas tem como objectivoreduzir os efeitos das de-sigualdades sociais quedificultam o acesso dealunos com dificuldadeseconómicas ao ensinosuperior.

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Aprovados Fundos deCoesão para projectoÁguas do RibatejoA reprogramação da

candidatura da Águas doRibatejo ao fundo de coe-são estimada em 41,8 mi-lhões de euros, foi apro-vada pela Comissão Euro-peia, que comparticipa28,4 milhões de euros.

O dinheiro destina-sea investimentos nas redesde água e saneamento nossete municípios que cons-tituem a empresa intermu-nicipal, e não contemplaos concelhos de Santaréme Cartaxo que abandona-

ram o projecto e para osquais estavam destinados

investimentos na ordemdos 7,2 milhões de euros.

A nova ETAR de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 45

COZINHACOZINHAS E ROUPEIROSS E ROUPEIROSTTudo à sua Medidaudo à sua MedidaOrçamentos GrátisOrçamentos Grátis

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1.ª Extracção de cortiça certificada no Concelho

No passado dia 1 de Julho na Herdade da Ma-choqueira do Grou, que fica situada no limite doconcelho de Coruche com o concelho da Cha-musca, deu-se a extracção da 1.ª cortiça certifica-da, cujo responsável pela gestão da exploração éum dos membros do Grupo APFCertifica, o Eng.ºAntónio Alberto Gonçalves Ferreira.

Esta propriedade encontra-se integrada numprocesso de certificação que atesta que a suagestão é executada de uma forma “responsável”,“sustentável” e “transparente”, onde são cumpri-dos todos os princípios critérios do FSC (ForestStewardship Council).

No que se refere à extracção da cortiça efectu-ada na Machoqueira do Grou, os tiradores rece-beram formação para o “cumprimento” dos “10

mandamentos” ou cuidados a ter para descortiçarcorrectamente, os quais alertam para aspectoscomo: o “risco de descortiçar com chuva”, a “uti-lização de equipamento de protecção individual”(botas fechadas e luvas), a “desinfecção dosmachados” ou a “identificação de ninhos de avesde rapina”.

A certificação não vem ensinar nada de novoaos proprietários, mas sim alertar, auxiliar, orga-nizar e sistematizar a tomada de decisões comvista a uma gestão mais rigorosa.

A certificação acarreta uma despesa, que nestemomento pode ser encarada como um investi-mento dado o retorno obtido através do acréscimode valorização da cortiça.

Mariana Ribeiro Telles

Num espaço calmo e extrema-mente simpático, situado no co-ração da quase esquecida zonahistórica de Coruche, surgiu àrelativamente pouco tempo o res-taurante Gran’ Gula, num am-biente requintado e especial-mente bem decorado, aprovei-tando todos os cantos e porme-nores de uma construção antigae tradicionalmente rústica.

Local muito bem adaptado aofumador, respeitando o não fu-mador, com uma sala de estarque permite ao fumadore fumao seu cigarro sem ter que se deslo-car ao exterior do restaurante.

Com uma ementa variadaque vai desde inúmeras entradascada uma mais apetecível queoutra, passando pelas iguariasque os pratos principais nos ofe-recem, e terminando a refeiçãocom uma deliciosa sobremesaconfeccionada na hora! Não es-quecendo as calmas sonoridadesda música ambiente (escolhida adedo) que nos faz companhiadurante a refeição.

O Jornal de Coruche entre-vistou o proprietário, Pedro daVeiga Baptista.

Jornal de Coruche (JC):Como é que um engenheiro doambiente resolve dedicar-se àrestauração?

Pedro da Veiga Baptista(PVB): Antes de ser engenheirodo ambiente, já tinha bem pre-sente o gosto pela cozinha, gos-to esse que adquiri com o meupai. Para mim cozinhar não éum frete, é um gosto, um prazer.Já nos tempos de estudante, nosmomentos de pausa cozinhava,era como uma terapia.

JC: Qual a fonte de inspi-ração para a decoração oGran’ Gula?

PVB: A grande fonte de ins-piração é o espaço que já existia,pois a casa tem mais de 100 anose a sua beleza tradicional, tra-duz-se no aproveitamento deco-rativo que existe, pois por vezes,mexer estraga e foi isso que eunão fiz. Entretanto houve umafusão de conceitos. A sala de jan-tar manteve o seu aspecto rústi-co, mas a sala de estar e as casasde banho adoptaram umas lin-has mais modernas.

JC: Grande parte dos pra-tos são da sua autoria, achaque o seu gosto pela cozinha éum dom natural, ou queimoumuitas pestanas com livros dereceitas?

PVB: Queimei algumas pes-tanas, principalmente a procuraracompanhamentos para os pra-tos, porque apesar de gostar imen-so de batata frita e arroz, preten-do apresentar outras soluções.

Tive a sorte de arranjar umaexcelente cozinheira, a donaAdelina Coimbra que é de Mi-randela e juntos pusemos emprática novos conceitos e ideiasno que respeita à confecção dosalimentos.

JC: Como classifica a cozi-nha do Gran’ Gula?

PVB: É uma cozinha tradi-cional, com novas ideias, ou me-lhor uma cozinha tradicionalcriativa. Jogamos muito com osnossos pratos, condimentos eacompanhamentos e temos mui-to cuidado com a apresentação edecoração de cada prato que vaipara a mesa.

Não nos baseamos em qual-quer tipo de conceito, experimen-tamos muitas coisas e o resulta-do depende muito dessa experi-mentação e da discussão dasideias entre mim e a dona Ade-lina, é um trabalho de equipaque tem resultado na perfeição.

JC: De certa forma oGran’ Gula, apostou na difer-ença, implementou um novohábito à mesa, o vinho a copo.Quer clarificar este novo con-ceito?

PVB: Em minha opinião, ovinho é indissociável de umarefeição, não fazendo qualquersentido que algum cliente se sin-ta privado da sua companhia se-ja em que momento for. Assim,

no Gran’Gula o cliente pode pe-dir um único copo de vinho,independentemente da garrafaestar fechada. É claro que exis-tem determinados vinhos quenão são vendidos a copo, poissão vinhos de gama alta e nestasituação o cliente terá que com-prar a garrafa. Mas temos umbom leque de vinhos de gamamédia e média alta que são ven-didos a copo. Este novo concei-to serve também para o clientepoder experimentar vários vi-nhos. Tem sido uma ideia muitobem aproveitada e elogiada porquem frequenta o Gran’ Gula.

JC: Como são as sobreme-sas do Gran’ Gula?

PVB: Num país como onosso com enorme tradição emdoçaria conventual, era impen-sável não contemplar algumasdessas opções, nomeadamenteas da nossa região. O muffin dechocolate foi uma aposta de su-cesso. Os pedaços de fruta comchocolate quente, o folhado derequeijão com doce de abóborasão também algumas ideias ven-cedoras que nos alimentam opoder criativo.

JC: É política do Gran’Gula adaptar as ementas àsestações do ano?

PVB: Sim, porque é bastantesimpático trabalhar com produ-tos da época, daí com a chegada

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200846

Restaurante GGran’Restaurante GGran’ GulaGula

O Gran’Gula combina na perfeição a decoraçãocom a luz exterior e artificial.

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Há boa mesa...

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 2008 47

Preparação

• Corte as tripas e a carne do focinho do boi em tiras.Refogue numa frigideira funda, no azeite, a cebola, o alhoe o toucinho até estarem translúcidos. Junte o chouriço, astripas e a carne de focinho de boi e regue com o caldo decarne e o vinho branco. Tempere com a folha de louro, ocolorau, o sal e a pimenta.Deixe cozer em lume médio durante cerca de 30 minutos.Polvilhe com a salsa antes de servir.

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Carlos ConsiglieriMarília AbelMarina Jorge

CCOORRUUCCHHEECCOORRUUCCHHEELISBOALISBOA

Este mês pode experimentar este pratono Restaurante Sal & Brasas

em Coruche ou em Lisboa

Cruzamento de CorucheTel. 243 618 319

Encerra à Segunda-feira

R. das Necessidades, 18-20Tel. 213 958 304/5Fax 213 958 306Tlm. 917 505 313

Encerra ao Domingo

Tripas àà MModade TToureiro

do verão apostar em entradasmais frescas, apostar mais nopeixe, nos gelados e menos emdoces mais quentes. E existemalguns pratos que no verão nãofazem grande sentido, são pra-tos mais pesados que têm a suaprópria época.

JC: O Gran’ Gula foi umdos restaurantes que aderiu àcampanha de promoção dacarne brava, lançada pelo Jor-nal de Coruche e pelo Talhodo Manel, como está a correr?

PVB: Está a correr linda-mente, quanto mais carne bravativer, mais vendo. As pessoas fi-cam muito satisfeitas, especial-mente estrangeiros. Acho umainiciativa de louvar, faz todo osentido ter a carne brava asso-ciada à vila, pois é uma terra degrandes tradições taurinas.

Restaurante Gran’GulaLargo Porto João Felício n.º 82100-116 CorucheTelefone: 91 798 [email protected]

Nos meses de Verão,aos fins-de-semana,

saboreie os mais variadosmariscos frescos;

sapateiras, percebese amêijoas.

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Publireportagem e fotos deJosé António Martins

DO PRADO AO PRATO

Higiene...

Quando lavamos a loiça ou ochão das nossas casas fazêmo--lo com um clássico espírito in-tuitivo que sempre vimos nasnossas mães, nas nossas avós!!Mas porque será que este é umtema de abordagem em planosde pré-requisitos se toda a gentesabe como lavar os utensílios eequipamentos que utiliza?! Maseu coloco a questão: será que ofazemos da maneira mais cor-recta?! Talvez nunca nos tenha-mos questionado acerca da efi-cácia das nossas limpezas por-que o que confeccionamos éapenas para nós, uma média de4 pessoas ao almoço e ao jan-tar!! Mas não será importanteque um estabelecimento quevenda refeições, ou uma indús-tria que faça marmelada porexemplo, tenha de se preocuparcom esta questão?

É realmente importante, eaté obrigatório, que as empresasda área alimentar elaborem

planos de Higiene, que devemser afixados de forma a que sejafacilmente visível pelos fun-cionários responsáveis pelastarefas de limpeza. Um plano deHigiene identifica todos os equi-pamentos e utensílios que de-vem ser higienizados, com quetipo de produto, com que dose ecom que frequência. Por exem-plo se o novo funcionário tiverde lavar a batedeira, que serviupara fazer a massa das pizzas,basta verificar o plano de higie-ne para saber que tem de usar oproduto X, numa diluição Y, quetem de voltar a passar por águae que a seguir ainda deve aplicaro produto XX.

Um plano de Higiene deveser específico e adequado a cadarealidade. A adequação do pro-grama de higienização ás neces-sidades de cada instalação e decada processo, constitui um ele-mento determinante na garantiada segurança alimentar sem a

qual nenhum sistema de segu-rança alimentar poderá funcio-nar eficazmente. Para que talaconteça, a implementação deum programa de higienizaçãopressupõe a necessidade de:

– Utilizar agentes de impezae desinfecção compativeis coma indústria alimentar;

– Estabelecer um programade limpeza e desinfecção dasinstalações, dos equipamentos eutensílios e das demais superfí-cies que contemple os procedi-mentos, a frequência e a respon-

sabilidade associados ás respec-tivas actividades (saber o quê,como e quem);

– Realizar testes que con-firmem a eficácia do programade limpeza e desinfecção;

– Registar os desvios e as ac-ções correctivas implementadas.

A referência ao termo Higie-nização não é ao acaso, tal signi-fica não apenas limpeza mastambém desinfecção, e é aquique muito tem falhado. A Lim-peza remove as sujidades. A De-sinfecção ajuda a destruir bac-térias (o seu alvo depende doseu espectro de acção, funcio-nando assim como um antibióti-co). Sendo assim, caros empre-sários da indústria alimentar,aqui fica o meu conselho, tenhammuita atenção ao comprar pro-dutos de limpeza. Regra nº 1:saber se é adequado para usoalimentar; Regra nº2: comprarum detergente e um desinfec-tante (só um não chega); Regra

nº 3: actualizar os planos de hi-giene quando se muda de produ-tos (não está nada correcto se osamigos ASAE verificarem dis-cordância nos produtos queusam no dia-a-dia com os quetêm no plano) e Regra nº 4: terconfiança na empresa que vosvende os produtos, a assistênciapós-venda é bastante importante(é de muito mau tom, e digo-vosque acontece bastante, a empre-sa só se preocupar em vender enão informar o cliente de comodeve usar o produto).O objecti-vo de todos estes cuidados emtermos de segurança alimentar,a de todos nós, não é criar ali-mentos esterilizados, para issotemos autoclaves. É assegurarque o que ingerimos apresentaníveis aceitáves de microorga-nismos, de maneira a não nosprejudicar a saúde.

É por isso que todos luta-mos…

Até breve.

Mónica Tomaz *

* Médica veterinária

Caros leitores o tema que hoje vos proponho é referente à Higiene dosEquipamentos, Utensílios e Instalações.

O Jornal de Coruche • Ano 3 - Número 28 • Agosto de 200848