Especial: Franchising

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Jornal do empreendedor São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 2013 ESPECIAL Newton Santos/Hype FOME DE FRANQUIA COMEÇA HOJE A MAIOR FEIRA DE NEGÓCIOS EM FRANQUIAS DO MUNDO, A ABF FRANCHISING EXPO.O SETOR CRESCEU MAIS DE 16% NO ANO PASSADO E FATUROU R$ 103 BILHÕES. Cristina Franco: crescimento revela a solidez adquirida pelo segmento. Paulo Pampolin/Hype O setor de franquias continua crescen- do a taxas bem aci- ma da economia brasileira. De acordo com da- dos da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor apresentou, no ano passado, um crescimento de 16,2% em relação a 2011, com fatura- mento de R$ 103 bilhões – no mesmo período, o PIB cresceu apenas 0,9%. De acordo com o estudo rea- lizado anualmente pela ABF, o franchising brasileiro gerou em 2012 mais de 103 mil no- vos empregos diretos, cresci- mento de 12,3% em relação ao ano anterior, totalizando 941 mil empregados. Em nú- mero de redes, cresceu 19,4%, saltando de 2.031 marcas, em 2011, para 2.426 em 2012. Já em relação ao nú- mero de unidades ou pontos, o segmento expandiu de 93.098 no ano de 2011, pas- sando para 104.543 em 2012. Para 2013, a expectativa é de crescer 16% em fatura- mento, 9% em novas redes e 11% em novas unidades. A ABF projeta ainda mais de 11% de crescimento na gera- ção de novos postos de traba- lho para este ano. Destaques do setor O setor que mais cresceu em faturamento foi Hotelaria e Turismo, com 97,8%. Logo em seguida vieram Limpeza e Conservação, com cresci- mento de 44,5%, e Informáti- ca e Eletrônicos, com 32,5%. Por outro lado, os setores com menor desempenho foram Fo- tos, Gráficas e Sinalização, com expansão de 1,6%; Negó- cios, Serviços e Outros Vare- jos, setor líder em faturamen- to, mas com apenas 2,6% de crescimento; e Educação e Treinamento, com 10,3%. Para Cristina Franco, presi- dente da ABF, os números re- velam a maturidade conquis- tada pelo franchising . "Cres- cer acima de 10% a 15% todos os anos, um sobre o outro, há quase uma década, revela a solidez adquirida pelo seg- mento", comemora. Na opinião de Ricardo Ca- margo, diretor executivo da entidade, é considerado nor- mal que o comportamento do setor de Fotos, Gráficas e Sina- lização tenha uma performan- ce tão tímida, já que há uma mudança de comportamento mundial do consumidor neste ramo. "As pessoas estão dei- xando de revelar e imprimir suas fotos e imagens fora de casa, estão fazendo isso em equipamentos caseiros, im- pactando diretamente no mo- delo do serviço. Certamente, haverá uma transformação neste formato", prevê. Por outro lado, a ABF consi- derou extremamente positiva o grande crescimento do setor de Hotelaria e Turismo (97,8%), bem como de Limpe- za e Conservação (44,5%), ou mesmo de Informática e Ele- trônicos (32,5%). "Assim co- mo a vida moderna impactou negativamente na área de fo- tografia e gráficas, acabou permitindo um amplo cresci- mento em turismo, serviços e equipamentos eletrônicos. No caso de Limpeza e Conserva- ção, podemos dizer que o fato de a mulher estar trabalhando fora de casa e a elevação no valor dos salários das domés- ticas foram determinantes na expansão das franquias de la- vanderias, como 5àsec e Dry- Clean USA. Já no caso de Hote- laria e Turismo, o que motivou, especialmente, a expansão atípica desta categoria foi o in- gresso de novos players, co- mo a CVC, por exemplo, que adotou o formato de franchi- sing, trazendo consigo cerca de 700 novas unidades e um faturamento agregado consi- derável', avalia o diretor. Em Informática e Eletrôni- cos, ainda segundo Camargo, o que motivou a forte aceleração de 32,4% foi a entrada de fabri- cantes de equipamentos ou operadoras de telefonia expan- dindo suas operações pelo for- mato de franquias, caso da No- kia, Samsung e Oi Franquias. Novas redes e marcas Avaliando o desempenho dos números por quantidade de novas redes ou marcas, não se constata uma explosão tão acentuada em nenhuma das categorias avaliadas, mas observa-se que Hotelaria e Tu- rismo lidera o crescimento. "Como o franchi- sing já está madu- ro, estabelecido e tínhamos, até o ano passado, mais de 2 mil redes, é um crescimento bem alto termos 19,4% em novas marcas. Salta- mos de 2.031 pa- ra 2.426. Este comportamen- to positivo pode ser explicado pelo ingresso de negócios que foram convertidos para o nos- so formato. Também por mar- cas que realmente nasceram durante o ano passado, ou mesmo por redes que não apareciam, ainda não eram captadas por nossos radares e passaram a despontar em 2012", comenta a presidente. Também surgiram novos ne- gócios em agências de inter- câmbio ou redes de hotelaria, como o Grupo Wyndhan, rede americana com 15 unidades. No caso de Limpeza e Con- servação, segunda categoria com destaque em expansão de redes (29,3%), diversas no- vas marcas ingressaram no sistema, como foi o caso de Maricotinha Arranjos de Rou- pas, Arranjos Express (marca nascida em Portugal) e diver- sas outras que esperam pros- perar com o setor de atuação. No segmento de Móveis, De- coração e Presentes, com ele- vação de 25%, nota-se que se- gue forte a movimentação em franquias de colchões, com novas marcas entrantes, co- mo a Castor e a Premier. Ainda avaliando o estudo pelo comportamento de no- vas redes, Ricardo Camargo chama a atenção para a cate- goria de Alimentação, uma das mais pujantes e consolida- das do franchising e primeira colocada em número de re- des. "Em 2012, tivemos a en- trada de uma quantidade bem significativa de marcas inter- nacionais, como o caso da Pa- pa John's Pizza, Carl's Jr, John- ny Rockets, Quizno's, Chilis, MySandwich. Microfranquia Os negócios enquadrados como Microfranquia, aqueles com investimento inicial de até R$ 50 mil e faturamento mensal máximo de até R$ 30 mil, tiveram um crescimento considerado estável, quando comparado ao universo das franquias tradicionais. Em fa- turamento, as microfranquias cresceram 22% em 2012 so- bre 2011, saltando de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,5 bilhões. Em número de redes, saltou de 336 para 368, uma evolu- ção de 10% de 2011 para 2012. Já em unidades, pulou de 12.561 para 13.352, uma expansão de 6%. SERVIÇO 22ª ABF Franchising Expo Local: Expo Center Norte - Pavilhões Azul e Branco Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo - SP Horário de Funcionamento: De 12 a 15 de junho, das 13h às 21h (sábado, das 11h30 às 18h30) Preço do Ingresso: R$ 60,00 - válido para os quatro dias do evento Cursos Rápidos: R$ 20,00 o ingresso 941 Mil empregos diretos são gerados pelo setor de franquias, mais de 100 mil só no ano passado. Fabiano Lott, dono de oito restaurantes Spoleto, com planos de abrir mais dois ainda este ano.

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FOME DE FRANQUIA - Começa hoje (12/06/2013) a maior feira de negócios em franquias do mundo, a ABF Franchising Expo. O setor cresceu mais de 16% no ano passado e faturou r$ 103 bilhões.

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Jornal do empreendedor

São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 2013

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FOME DE FRANQUIA

COMEÇA HOJE A MAIOR FEIRA DE NEGÓCIOS EM FRANQUIAS DO MUNDO, A ABF FRANCHISING

EXPO. O SETOR CRESCEU MAIS DE 16% NO ANO PASSADO E FATUROU R$ 103 BILHÕES.

Cristina Franco: crescimento revela a solidez adquirida pelo segmento.

Paulo Pampolin/Hype

Osetor de franquiascontinua crescen-do a taxas bem aci-ma da economia

brasileira. De acordo com da-dos da Associação Brasileirade Franchising (ABF), o setorapresentou, no ano passado,um crescimento de 16,2% emrelação a 2011, com fatura-mento de R$ 103 bilhões – nomesmo período, o PIB cresceuapenas 0,9%.

De acordo com o estudo rea-lizado anualmente pela ABF, ofranchising brasileiro gerouem 2012 mais de 103 mil no-vos empregos diretos, cresci-mento de 12,3% em relaçãoao ano anterior, totalizando941 mil empregados. Em nú-m e r o d e r e d e s , c r e s c e u19,4%, saltando de 2.031marcas, em 2011, para 2.426em 2012. Já em relação ao nú-mero de unidades ou pontos, os e g m e n t o e x p a n d i u d e93.098 no ano de 2011, pas-sando para 104.543 em 2012.

Para 2013, a expectativa éde crescer 16% em fatura-mento, 9% em novas redes e11% em novas unidades. A

ABF projeta ainda mais de11% de crescimento na gera-ção de novos postos de traba-lho para este ano.

Destaques do setor

O setor que mais cresceuem faturamento foi Hotelariae Turismo, com 97,8%. Logoem seguida vieram Limpeza eConservação, com cresci-mento de 44,5%, e Informáti-ca e Eletrônicos, com 32,5%.Por outro lado, os setores commenor desempenho foram Fo-tos, Gráficas e Sinalização,com expansão de 1,6%; Negó-cios, Serviços e Outros Vare-jos, setor líder em faturamen-to, mas com apenas 2,6% decrescimento; e Educação eTreinamento, com 10,3%.

Para Cristina Franco, presi-dente da ABF, os números re-velam a maturidade conquis-tada pelo franchising . "Cres-cer acima de 10% a 15% todosos anos, um sobre o outro, háquase uma década, revela asolidez adquirida pelo seg-mento", comemora.

Na opinião de Ricardo Ca-margo, diretor executivo daentidade, é considerado nor-mal que o comportamento dosetor de Fotos, Gráficas e Sina-lização tenha uma performan-ce tão tímida, já que há umamudança de comportamentomundial do consumidor nesteramo. "As pessoas estão dei-xando de revelar e imprimirsuas fotos e imagens fora decasa, estão fazendo isso emequipamentos caseiros, im-pactando diretamente no mo-

delo do serviço. Certamente,haverá uma transformaçãoneste formato", prevê.

Por outro lado, a ABF consi-derou extremamente positivao grande crescimento do setord e H o t e l a r i a e T u r i s m o(97,8%), bem como de Limpe-za e Conservação (44,5%), oumesmo de Informática e Ele-trônicos (32,5%). "Assim co-mo a vida moderna impactounegativamente na área de fo-tografia e gráficas, acaboupermitindo um amplo cresci-mento em turismo, serviços eequipamentos eletrônicos. Nocaso de Limpeza e Conserva-ção, podemos dizer que o fatode a mulher estar trabalhandofora de casa e a elevação novalor dos salários das domés-ticas foram determinantes naexpansão das franquias de la-vanderias, como 5àsec e Dry-Clean USA. Já no caso de Hote-laria e Turismo, o que motivou,especialmente, a expansão

atípica desta categoria foi o in-gresso de novos players, co-mo a CVC, por exemplo, queadotou o formato de franchi-sing, trazendo consigo cercade 700 novas unidades e umfaturamento agregado consi-derável', avalia o diretor.

Em Informática e Eletrôni-cos, ainda segundo Camargo, oque motivou a forte aceleraçãode 32,4% foi a entrada de fabri-cantes de equipamentos ouoperadoras de telefonia expan-dindo suas operações pelo for-mato de franquias, caso da No-kia, Samsung e Oi Franquias.

Novas redes e marcas

Avaliando o desempenhodos números por quantidadede novas redes ou marcas,não se constata uma explosãotão acentuada em nenhumadas categorias avaliadas, masobserva-se que Hotelaria e Tu-rismo lidera o crescimento.

"Como o franchi-sing já está madu-ro, estabelecido etínhamos, até oano passado, maisde 2 mil redes, éum crescimentobem alto termos19,4% em novasmarcas . Sa l ta-mos de 2.031 pa-ra 2.426. Este comportamen-to positivo pode ser explicadopelo ingresso de negócios queforam convertidos para o nos-so formato. Também por mar-cas que realmente nasceramdurante o ano passado, oumesmo por redes que nãoapareciam, ainda não eramcaptadas por nossos radares epassaram a despontar em2012", comenta a presidente.Também surgiram novos ne-gócios em agências de inter-câmbio ou redes de hotelaria,como o Grupo Wyndhan, redeamericana com 15 unidades.

No caso de Limpeza e Con-servação, segunda categoriacom destaque em expansãode redes (29,3%), diversas no-vas marcas ingressaram nosistema, como foi o caso deMaricotinha Arranjos de Rou-pas, Arranjos Express (marcanascida em Portugal) e diver-sas outras que esperam pros-perar com o setor de atuação.No segmento de Móveis, De-coração e Presentes, com ele-vação de 25%, nota-se que se-gue forte a movimentação emfranquias de colchões, comnovas marcas entrantes, co-mo a Castor e a Premier.

Ainda avaliando o estudo

pelo comportamento de no-vas redes, Ricardo Camargochama a atenção para a cate-goria de Alimentação, umadas mais pujantes e consolida-das do franchising e primeiracolocada em número de re-des. "Em 2012, tivemos a en-trada de uma quantidade bemsignificativa de marcas inter-nacionais, como o caso da Pa-pa John's Pizza, Carl's Jr, John-ny Rockets, Quizno's, Chilis,MySandwich.

M icrofranquia

Os negócios enquadradoscomo Microfranquia, aquelescom investimento inicial deaté R$ 50 mil e faturamentomensal máximo de até R$ 30mil, tiveram um crescimentoconsiderado estável, quandocomparado ao universo dasfranquias tradicionais. Em fa-turamento, as microfranquiascresceram 22% em 2012 so-bre 2011, saltando de R$ 3,7bilhões para R$ 4,5 bilhões.Em número de redes, saltoude 336 para 368, uma evolu-ção de 10% de 2011 para2012. Já em unidades, puloude 12.561 para 13.352, umaexpansão de 6%.

S E RV I Ç O22ª ABF Franchising ExpoLocal: Expo Center Norte -

Pavilhões Azul e BrancoRua José Bernardo Pinto, 333 -Vila Guilherme - São Paulo - SPHorário de Funcionamento: De

12 a 15 de junho, das 13h às 21h(sábado, das 11h30 às 18h30)

Preço do Ingresso:R$ 60,00 - válido para os quatro

dias do eventoCursos Rápidos:

R$ 20,00 o ingresso

941Mil empregos diretos

são gerados pelosetor de franquias,

mais de 100 mil só noano passado.

Fabiano Lott, dono de oitorestaurantes Spoleto, com planosde abrir mais dois ainda este ano.

quarta-feira, 12 de junho de 20132 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

custo de luvas, pois oempreendedor não é dono doespaço que está locando parao quiosque, por isso não temtaxa de entrada", explica aconsultora. O quiosque não émais barato, mas ele facilita aentrada da marca noshopping, principalmente senão há pontos disponíveis paranovas lojas. E se o custo final émais baixo, por outro tambémlimita o faturamento quandocomparado a uma lojaconvencional.

De acordo com a consultora,todos os shoppings possuemhoje uma área específica quecuida da comercialização deespaços para quiosques, pois

os objetivossão diferentesde uma lojaconvencional.Muitas vezes,a estratégiado shopping étrazernovidades, termaior giro,então, é outrotipo denegociação."Normalmente,o quiosquetem umarotatividadedo corredor edo lugar, não

necessariamente do shopping.Você pode estar dentro doshopping por muitos anos,mas dificilmente ficará nomesmo lugar por mais de umano, existe uma dinâmica queo shopping quer fazer para nãoficar com a mesma cara, elequer experimentar coisasnovas", diz.

Do lado do franqueador, oquiosque é usadoestrategicamente para lançaruma marca e ganharvelocidade em termos devisibilidade. São poucas asmarcas que se sustentamapenas com quiosque. "O queas marcas normalmente têmfeito é mesclar quiosques comlojas dentro da sua rede. Dessaforma, se consegue tervisibilidade", comenta. ( C . O. )

Estão banalizando of ra n c h i s i n gO SUCESSO DESTE MODELO DE NEGÓCIO L E VA AS

P E S S OA S A AC H A R E M QU E A F R A N QU I A É A

SOLUÇÃO MÁGICA PA R A QUA L QU E R

EMPRESA CRESCER

MarceloCherto: osujeito acaboude abrir umnegócio e jápensa empartir para afranquia, sempreparo.

Zé Carlos Barretta/Hype

CA R LOS OS SA M U

Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici

E d i t o r- C h e feJosé Guilherme

Rodrigues Ferreira

Edição e reportagemCarlos Ossamu

D i ag r a m a ç ã oLino Fernandes

Ar tePaulo Zilberman

GerenteExecutiva deP u bl i c i d a d eSonia Oliveira

Telefone: [email protected]

Quiosques invadem os shoppings

Filomena Garcia: normalmente, oquiosque trabalha com um mix maisenxuto, os principais em vendas na loja

Divulgação

Negócio fácile lucrativo

De olho em empreendedores acima de 50 anos.

Div

ulga

ção

No ano passado, se-gundo dados da As-sociação Brasileirad e F r a n c h i s i n g

(ABF) foram abertas mais de11 mil unidades de franquias.Enquanto o PIB brasileiro cres-ceu 0,9%, o faturamento dosetor aumentou mais de 16%.Esses números todos, se porum lado são positivos e mos-tram o vigor deste mercado,por outro causa uma distor-ção, já que dá a falsa impres-são de que o franchising é a so-lução para qualquer empresacrescer. Vale lembrar que, en-tre as vantagens do sistemade franchising estão a oportu-nidade de trabalhar com umamarca forte, já consolidada nomercado e com processosbem definidos, padronizadose testados. "Estão banalizan-do o franchising. O sujeito aca-bou de abrir um negócio, estáindo bem, e já pensa em partirpara a franquia sem que estejapreparado para isso", diz oconsultor Marcelo Cherto.

Segundo ele, em alguns mo-mentos isso até acaba sendopositivo para o empreendi-mento, pois o empreendedoré obrigado a olhar para o negó-cio com outros olhos. "Tem umlivro chamado 'O Mito do Em-preendedor' (Michael E. Ger-ber, Editora Fundamento), emque o autor diz que se deveriaestruturar o negócio, qual-quer que seja ele, para viraruma franquia, mesmo que is-so nunca aconteça. Mesmocom uma única loja, trate-a co-mo uma unidade piloto deuma rede que vai ter mil lojas,pois assim, o empreendedoracaba transformando as ope-

rações em processos, faz o re-gistro disso, cria ferramentasde gestão, de modo que o ne-gócio não dependa do donopara funcionar", comentaCherto. "O proprietário pensaque é dono da empresa, mas

em muitos casos, a empresaque é dona dele, este é o mitodo empreendedor. Ele não po-de se afastar do negócio, nãopode tirar férias, viajar, é obri-gado a ficar o tempo todo tra-balhando; se ele se afasta, o

negócio não anda. Acontecemuito em restaurante: se o do-no sai, o faturamento cai, au-mentam as reclamações declientes etc. Se o empreende-dor estruturar para ser umafranquia, acaba tendo benefí-cios na operação".

Viabilidade

Segundo conta o consultor,é comum virem ao seu escritó-rio empreendedores que aca-baram de criar o negócio e jáquerem abrir franquias. "Apergunta que eu sempre façoé: depois que o franqueadoaprender a operar, conheceros fornecedores, saber comotudo funciona, o que vai man-tê-lo fiel a você? Contrato nãoé, pois o sujeito monta um ne-gócio no nome da prima, da ir-

mã, então, não é o contratoque vai segurá-lo", diz Cherto.Em sua opinião, se o empreen-dedor não tiver essa resposta,a chance de quebrar é grande."Muitas vezes, falamos para oempreendedor que não estána hora de abrir uma franquia.É melhor ele abrir mais cinco,dez lojas próprias, consolidara marca, o know-how, ganharexperiência", comenta.

"Acabamos de montar umnegócio para a Bauduco, cha-mado Casa Bauduco, que temum marca consagrada, produ-tos exclusivos, mas mesmoassim, eles vão montar umasdez lojas próprias antes depensar em franquia, para con-solidar a experiência, pois elesestão preocupados com a suamarca. Realmente, estão ba-nalizando o franchising, pare-

ce que qualquer um pode fa-zer", conta Cherto.

Quando ir para franquia

Mas então, quando é interes-sante o empreendedor pensarem franquias? Para Cherto, omomento é quando ele tiverrealmente uma experiênciaconsolidada, quando dominartodas as variáveis que impac-tam no resultado do negócio,quando ele conseguir enten-der como o seu negócio podeser diferente, quando ele tiverum argumento razoável da ra-zão de alguém montar um ne-gócio com ele e não um sozi-nho. "A questão crucial é: de-pois que o franqueado apren-der o negócio, por que eleficará fiel, continuará pagandoroyalties, seguindo as suas re-gras? Se tiver respostas paraisso tudo, aí ele pode pensarem franquia".

A marca é uma razão impor-tante para o franqueado conti-nuar – uma coisa é vender umhambúrguer com a marca Mc-Donald's, outra é vender umhambúrguer com marca pró-pria, por melhor que ele seja.Para Cherto, outra razão da fi-delidade é quando o franquea-dor tem produtos ou serviçosexclusivos, que o franqueadonão conseguiria ter sozinho,ou até conseguiria, mas custa-ria muito mais caro. "Por que ofranqueado de O Boticário ficafiel? Hoje é pela marca, no pas-sado era pelos produtos exclu-sivos. O Spoleto tem um kown-how difícil de replicar, eles têma fábrica de massas e molho. Oempreendedor até conseguefazer a massa e o molho, masficaria mais caro, então é me-lhor ficar com eles".

Pessoas acima de 50anos, que desejamdar uma guinada

em sua vida, a Nutty Ba-varian, tradicional redede franquias especializa-da na comercialização denuts glaceadas doces esalgadas, está em buscade empreendedores nes-te perfil. A empresa afir-ma que o seu negócio ofe-rece bom rendimento ededicação em tempo par-cial por parte do fran-queado após o períodoinicial. Aproximadamen-te 20% de seus franquea-dos possuem idade aci-ma dos 50 anos.

A Nutty Bavarian ofere-ce três modelos de quios-ques para o investidor:Standard, Deluxe e Pre-mium. A taxa de franquia

varia de R$ 70 mil a R$ 80mil. São cobrados aindataxa de royalties de 8% efundo de promoção e pu-blicidade de 3%, ambossobre o faturamento bru-to. O capital de giro reco-mendado é de R$ 10 mil.

Por ser um negócio noramo de alimentação,com a possibilidade deinstalação em diversaslocalidades como shop-ping centers, aeroportos,feiras, cinemas e outrospontos, as unidades nor-malmente funcionam to-dos os dias, das 10h às22h. O negócio não exigequalquer formação espe-cífica, o empreendedorpode gerenciar e acom-panhar o negócio sem anecessidade de estarpresente diariamente.

Basta caminhar peloscorredores de qualquershopping center para

perceber que o número dequiosques tem aumentado e aquase totalidade está ligada aredes de franchising. Issoporque o shopping dáprioridade a grandes redes devarejo e franquias de marcasconsolidadas, que além deatraírem consumidorescativos, possuem históricos devendas, são bem estruturadase mais fáceis de prever odesempenho. Para aconsultora Filomena Garcia,sócia-diretora da FanchiseStore, esse crescimento nonúmero de quiosques se deveà falta depontoscomerciaisdisponíveis."Tem muitomaisdemanda doque oferta e àmedida quevocê podeoferecer ummodelo quenão necessiteapenas deloja e podeserapresentadocomoquiosque, seamplia aoportunidadede estarpresente emdeterminado shopping", dizFilomena.

Segundo a consultora,principalmente na área defranchising, novas marcasestão entrando no mercado eexperimentando novosformatos de lojas. O quiosquevem se firmando como umformato importante naestratégia da marca."Normalmente, o quiosquetrabalha com um mix maisenxuto, mas é aquele querepresenta a principal vendada loja. Em geral, se ficalimitado em termos deexposição e estoque, já que osquiosques têm entre 6 e 15

metros quadrados, mas issovai depender da estratégia damarca e o quanto elaconsegue adequar o seumodelo ao quiosque", diz.

É comum ver em quiosquesprodutos de beleza, comoperfumarias e cosméticos,acessórios, bijuterias, além dealimentação, com cafés,sorvetes, chocolates e doces."É um formato ideal quandonão se precisa de uma vitrinediferenciada. Produto comoroupa, por exemplo, é muitodifícil vender em quiosque,pois há limitações de espaçopara vitrine e provador",comenta Filomena. Por outro

lado, é ideal para produtos quese vende por impulso. Por essarazão, os shoppings estãopreferindo produtos de maiorgiro ou negócios novos, algumproduto ou marca que sejanovidade no mercado.

Segundo conta Filomena,não necessariamente o custode um quiosque é mais baixoque de uma loja, quandocomparado em metrosquadrados. "Dependendo docorredor e do shopping, ocusto do metro quadrado podeser mais caro, claro que oquiosque é menor do que umaloja, o valor final pode ser maisbaixo. O que não se tem é o

quarta-feira, 12 de junho de 2013 ESPECIAL - 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mercado vigoroso, mas aindafalta maturidade

PARA O CONSULTOR MARCUS RIZZO, MUITOS FRANQUEADORES NÃO TÊM ESTRUTURA E EXPERIÊNCIA, E LUCRAM EMPURRANDO PRODUTOS E SERVIÇOS AOS FRANQUEADOS

Rizzo: cuidado com aventureiros.

Divulgação

De acordo com umapesquisa da RizzoFranchise, o setorde franquias fatu-

rou ano passado R$ 303 bi-lhões, equivalente a 8,35% doPIB. As redes de franquias queoperam no Brasil abriram noano passado 10.631 estabele-cimentos de varejo em diver-sas cidades – um crescimentode 6% em relação ao ano ante-rior. Já são 2.579 redes de fran-quias no País, que hoje gerammais de 2 milhões de empre-gos diretos e mais 2 milhõesindiretos. Em 2012, as fran-quias abriram mais de 102 milnovas vagas de trabalho, umcrescimento de 5,3% em rela-ção a 2011 e o equivalente a281 novas vagas por dia.

O mercado brasileiro tam-bém ganhou novos franquea-dores em 2012: foram 162 em-presas entrantes, represen-tando um crescimento de6,7% em relação a 2011. "Parater uma ideia do tamanho des-te mercado, mais de 195 mi-lhões de brasileiros deixaramem 2012 mais de R$ 4,00 pordia no caixa das franquias, quegeraram uma receita diária demais de R$ 830 milhões pordia", explica Marcus Rizzo, au-tor da pesquisa.

Em sua opinião, tem ocorri-do um crescimento forte delançamento de novas marcas."A entrada de novos franquea-dores tem sido até assusta-dor. Proporcionalmente, têmmais franqueadores nascen-do do que a redes de franquias

crescendo. Nos EUA tem ocor-rido o contrário, as redes têmcrescido mais do que a entra-da de novos franqueadores",observa Rizzo.

Para o consultor, o fato podeser visto por dois ângulos: pri-meiro mostra um mercadomuito vigoroso, com muito es-paço ainda para crescimento.Por outro lado, tem entradofranqueadores com pouca ex-periência no mercado. O tem-po entre a fundação do negó-cio e a entrada em franquia émuito próximo. Para muitasdas franquias que estão sendolançadas no mercado falta umelemento essencial, que é aexperiência do franqueador."Tem gente que não tem a me-nor ideia da operaçãodo negócio, nuncaoperou uma unidadedo próprio negócio ejá está fazendo fran-quia. Esse tipo de franqueadoracaba engordando, mais àfrente, as estatísticas de mor-talidade", diz.

Segundo o consultor, há ba-

sicamente dois modelos defranchising no mercado, afranquia de marca e produto ea de negócio formatado. Afranquia de marca e produto écaracterizada por franquea-dores que ganham dinheirocom a venda de produtos eserviços para os franqueados."Estas são franquias de maiorrisco, o franqueador ganha di-nheiro quando o estoque dofranqueado está cheio. Osroyalties são cobrados sobreas compras", explica Rizzo.

Outro modelo é o de fran-quias de negócios formatado.Neste modelo, o franqueadorganha dinheiro nos royaltiessobre o faturamento do fran-queado. "O mercado brasilei-ro tem 62% de franquias demarca e produto, que são fran-quias ainda em um estágionão tão desenvolvido quantoa de negócio formatado. O Mc-Donald's não ganha dinheiroquando o franqueadocompra a batata, eleg a n h a d i n h e i r o

quando o franqueado vende abatata. Isso mostra que ele éparceiro no negócio, quer queo franqueado venda mais,quanto mais o franqueadovender, mais o franqueadorvai ganhar", comenta.

Segundo Rizzo, não se tratade uma regra para definir qua-lificação, mas dá alguns indí-cios. Quando o franqueadorcobra royalties sobre o fatu-

ramento, ele demons-tra que aposta no

negócio e vai aju-dar o franqueadoa ganhar dinhei-r o e ass im e letambém vai ga-nhar. Quando ele

cobra royalties so-bre compras, ele es-

tá dizendo que vai aju-dar a encher o estoque.

Frac assos

Esse modelo de franquiaprevalece aqui, pois o franchi-sing no Brasil teve origem in-dustrial: alguém tem uma fá-brica, que produz alguns pro-dutos e que coloca isso nomercado através de redes devarejo de franquia. O objetivoda indústria é colocar o produ-to no mercado. O franqueadoé sempre muito pressionado etem de cumprir cotas. "Negó-cios que não existem mais, co-mo Pakalolo, Benetton, Zo-omp, Forum, Akakia Cosméti-cos, eram operações que in-dustrializavam produtos e ofranqueado era obrigado a

comprar cotas estabeleci-das", lembra Rizzo. "Mas issonão significa que todos queadotam este modelo irão que-brar. Apenas indica que a es-trutura está no produto e nãona operação final".

Para Rizzo, ainda falta infor-mação ao empreendedor quequer comprar uma franquia."O problema é que a franquia écomprada pela paixão, a pes-soa se identifica com o negó-cio, mesmo alertada sobre osperigos, ela só vai descobrirmais na frente".

Em relação às microfran-quias, Rizzo diz que, em suamaioria, são negócios de baixaestruturação, a maioria nuncaoperou uma franquia na vida."Em geral, a pessoa compra afranquia, passa por um peque-no treinamento e fica vinculadaa comprar produtos do fran-queador. O atrativo do baixo in-vestimento tem feito muitaspessoas entrarem em negóciosfadados ao fracasso". ( C . O. )

Calçados para as classes B e C

Priscilla Ortolani: o diferencial é a renovação constante dos produtos.

Divulgação

ADi Santinni, rede delojas multimarcaespecializada no

segmento de calçadosfeminino, masculino, infantil,esportivo, bolsas e acessórios,focado para as classes B e C,estará presente na 22ª ediçãoda ABF Franchising Expo comum estande que vai simularuma loja da rede, com painéiscom fotos e produtosexpostos. "Queremos que ovisitante possa se sentir comose estivesse em uma denossas lojas e ter a dimensãodo nosso negócio", diz PriscillaOrtolani, gerente de franquiasda empresa.

Segundo a gerente, asmetragens das lojas variam de100 m² a 500 m², possuemlayout moderno, funcional eum ambiente familiar, comdiversidade de produtos epreços acessíveis. "O nossogrande diferencial é arenovação constante dosprodutos, pois nãotrabalhamos com coleçõescomo as demais redes. Assim,o consumidor encontrarásempre as últimas novidadesda moda em nossas lojas",afirma Priscilla.

O investimento necessáriopara abrir uma franquia damarca começa em R$ 390 mil,incluindo taxa de franquia,capital de giro e capital parainstalação. O estoque inicialnecessário é de R$ 220 mil,suficiente para que a lojafuncione por dois meses. Ataxa de royalties é de 17% e ataxa de propaganda é de2,3%, ambos sobre o valor dascompras. O faturamentomédio da loja é de R$ 230 milmensais, com retorno doinvestimento em 24 meses."Hoje, 55% dos franqueadostêm mais de uma loja DiSantinni, isso significa queestão satisfeitos com aoperação e que acham que éum bom negócio", diz Priscila.

Ex p a n s ã o

Segundo a gerente, o focoeste ano será nas lojas DiSantinni, com meta para abriroito lojas, com prioridade parao interior do Rio de Janeiro ecapitais das regiões Norte,Nordeste e Centro-Oeste. "Operfil que buscamos é oempreendedor voltado para agestão de negócio, ele precisa

estar presente no dia a dia daloja. Não é necessário que eletenha experiência no ramo,pois damos todo treinamentoe suporte, mas é importanteque ele se identifique com anossa filosofia e com a nossamarca", revela Priscilla."Queremos crescer comconsistência, por isso aseleção criteriosa docandidato. Hoje, existe umabusca muito grande porfranquias, mas precisamosidentificar o candidato ideal,que terá sucesso no negócio".

Na opinião da executiva, aempresa oferece algunsdiferenciais importantes. Emprimeiro lugar, uma marcaforte e consolidada, que estáno mercado há 33 anos e élíder no segmento de calçadospara as classes B e C, sedestacando como um dosmaiores grupos varejistas noBrasil. "O fato de termoslançamentos o tempo todo,com renovação periódica deprodutos, é outro diferencial,pois cria uma maioratratividade pela marca. Se ofranqueado não estivessedentro da rede, ele nãoconseguiria praticar osmesmos preços e nem teriaessa variedade".

Perfil da rede

O Grupo Di Santinni possuihoje 120 lojas em todo o País,dos quais 35 próprias e 85franqueadas. O grupo operacom duas marcas: a DiSantinni, com 111 lojas e quetrabalha com os públicosfeminino, masculino e infantil,e a Di Santinni Design, voltadapara o público feminino e queconta com 9 unidades – são 6no Estado de São Paulo(Itaquera, Mooca, SantoAndré, Taboão da Serra, SãoJosé dos Campos e SãoBernardo), além de BeloHorizonte, Juiz de Fora (MG) ePorto Velho (RO). Ainda fazemparte do grupo a DS Footwear,especializada em artigosesportivos. ( C . O. )

quarta-feira, 12 de junho de 20134 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Receita de sucessoCONHEÇA A HISTÓRIA DO SPOLETO E AS RAZÕES QUE TRANSFORMARAM A MARCA EM UM CASE DO FRANCHISING

Antonio Moreira Leite, do Spoleto

Divulgação

É preciso colocar a mão na massa

Fabiano Lott: o maior problema hoje é a rotatividade de funcionários.

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Delícias orientais

RestaurantesKoni: novomodelo de lojavoltado parapraças dealimentaçãode shoppingcenters, menore maiseficiente.

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Com 290 restauran-tes abertos, a redede restaurantes decoz inha i ta l iana

Spoleto se tornou em um casede sucesso do franchising bra-sileiro, não apenas pela con-dução do negócio, mas pelaqualidade do suporte e apoiodado aos seus franqueados.Segundo conta Antonio Morei-ra Leite, diretor de franquias ede marketing da rede, a pri-meira loja Spoleto como se co-nhece hoje nasceu já comofranquia em 1999, mas o seuembrião é um pouco anterior.Em meados dos anos 90, os só-cios Eduardo Ourívio e MárioChady abriram um centro gas-tronômico em Ipanema (RJ),com vários tipos de restauran-tes no mesmoespaço. "Nosegundo an-dar tinha umcorner peque-no, que já sechamava Spo-leto. Esse ne-gócio de praçade alimenta-ç ã o n ã o f o iadiante, essaoperação que-brou, mas ha-via esse corner,que fazia muito sucesso. Umdos sócios ficou encarregadode encerrar a operação decomplexo gastronômico, en-quanto o outro focou no de-senvolvimento do Spoleto en-quanto conceito", conta.

Esse conceito era trazer aexperiência de um restauran-te a la carte para o ambientede culinária rápida. Isso pas-sava pelo produto, pela massaseca importada da Itália, amassa recheada, naquele mo-mento fabricada por um forne-cedor que abastecia os princi-pais restaurantes e hotéis doRio de Janeiro. Do ponto de vis-ta operacional, o modelo pre-cisava ser muito simples, paraque qualquer pessoa pudesseoperar o negócio. Assim, os só-cios participaram de uma feirade franquia no Rio de Janeiro evenderam a primeira loja nobairro da Tijuca.

Mas, de uma hora pra outra,o fornecedor da massa frescaresolveu subir brutalmente opreço do produto, o que invia-

bilizaria a operação. "Decidi-mos nos associarmos ao for-necedor, comprar uma parti-cipação na fábrica. Isso foi fun-damental para o negócio, poispermitiu uma uniformidadena oferta do produto para a re-de. Hoje, esta fábrica valeR$ 20 milhões e fica em VoltaRedonda, uma região estraté-gica entre Rio de Janeiro e SãoPaulo, permitindo tambémum escoamento para o Brasil",diz Moreira leite.

Além disso, foi criada umadistribuidora, com o objetivode manter um padrão dos pro-dutos para a rede e facilitar aoperação para os franquea-dos. Tudo o que o franqueadoprecisa para operar o restau-rante está disponível em um

portal centra-lizado. "Essecon t ro le degestão da ca-deia permitiuo controle deq u a l i d a d e ,uma maior se-g u r a n ç a sfrente às pres-sões inflacio-nárias, flexibi-lidade e rapi-dez no desen-

volvimento denovos produtos, pois não de-pendemos de terceiros. E parao franqueado, tudo isso permi-tiu simplicidade na operação.Os produtos chegam aos fran-queados todos processados.Outras operações similaresprecisam de cozinhas dentrodas lojas, com mais gente tra-balhando e um risco maior namanipulação dos alimentos",explica o executivo.

Apoio aos franqueados

Ao longo do tempo, para apri-morar a operação, a empresacontou com o suporte de con-sultorias externas especializa-das em franquias. "No Spoleto,temos 18 consultores de cam-po, que atendem no máximo 16ou 17 lojas e eles têm uma roti-na de visitar pelo menos umavez por mês cada loja", afirma."Temos um conselho de fran-queados, onde são discutidosos principais temas relaciona-dos aos investimentos em mar-keting e outros temas estraté-

gicos da companhia".Entre as ferramentas desen-

volvidas está o GAS (Gestão deAtendimento e Serviço). Im-plantado em 2012 como pilotoem 30 lojas do Rio de Janeiro ede São Paulo (15 em cada Esta-do), a partir de junho teráabrangência nacional, nas 290unidades da marca espalha-das pelo País. O GAS busca naprática elevar o nível de servi-

ço e atendimento em todo osistema Trigo. A implementa-ção desse projeto se dá atravésdo programa Multiplicador,apoiado por um sistema de ati-vidades e acompanhamentoonline. O Spoleto e o franquea-do identificam uma liderançaem cada unidade, que é treina-da em cada fase do programade Multiplicadores para trans-ferir os ensinamentos/treina-

mentos aos demais funcioná-rios de cada loja.

Recomp ensa

Outra ferramenta é o Squa-dra, um programa de excelên-cia, que avalia e premia as cin-co melhores unidades / fran-queados que apresentaramalta performance qualitativase quantitativas durante o ano.

Os vencedores são seleciona-dos de acordo com análises decontroles (como turnover defuncionários, custos e vendas)e do acompanhamento dos re-sultados, do engajamento dofranqueado com todas as ativi-dades da rede e de sua lideran-ça com a equipe de sua unida-de, apresentação das lojas, au-sência de reclamações no SACe alcance de metas de cresci-mento, entre outros critérios.O prêmio é uma viagem gour-met e cultural à Itália, com di-reito a acompanhante, duran-te oito dias. O objetivo é levaros franqueados para "beber nafonte" da culinária italiana.

Para ajudar a rede a enxer-gar 100% com os olhos dosclientes e contando com a aju-da de uma empresa especiali-zada, é feito um checklist deavaliação e um profissional sepassa por cliente oculto. A fi-nalidade é entender onde equais pontos de atendimento,serviço, padrões de operaçãoe produtos podem ser aperfei-çoados. E principalmente re-conhecer aquelas equipesque estão tendo uma perfor-mance positiva e padronizadasob o olhar do cliente.

Para quem deseja se tornarum franqueado Spoleto, o in-vestimento começa em R$400 mil (loja de 30 m²) e R$ 550mil (150 m²). A Taxa de fran-quia é de R$ 60 mil, a taxa depublicidade é de 2% do fatura-mento bruto para fundo nacio-nal e outros 2% para fundo re-gional. A taxa de royalties é de6% sobre o faturamento bru-to, é preciso um capital de girode R$ 20 mil. ( C . O. )

Quem acha que ter umaloja franqueadasignifica trabalhar

menos, está enganado. Épreciso dedicação e presençaconstante, que aliás é aexigência de todofranqueador. SegundoFabiano Lott, que atualmentepossui oito restaurantesSpoleto, além de outras duasunidades a serem abertaseste ano, este é um mitocomum, já que várias etapasoperacionais do negócioestão formatadas pelofranqueador. "Umavantagem do franchising, nocaso do Spoleto, é que eu nãopreciso me preocupar emdesenvolver e lançarprodutos, ou com a qualidadedo fornecedor de molhos emassas. Isso permite umadedicação no gerenciamentodos funcionários eaprimoramento doatendimento", comenta oempresário.

A questão degerenciamento defuncionários, aliás, é o quemais preocupa Lott nomomento. "A rotatividade depessoal é um problemageneralizado, não apenas nonosso caso, mas também nocomércio. Com o bommomento da economia, hámais ofertas de emprego e oprofissional fica um tempoconosco e logo sai", contaLott. Para diminuir arotatividade e manter a mãode obra, o empresário diz que

paga um piso salarial maiorque o mercado e que bonificaos funcionários quando ameta é atingida.

Atrás de oportunidades

A história de Lott comoempresário começou em2009, mas ele já trabalhavano Grupo Trigo (holding quecontrola a fábrica de massas,distribuidora e as franquiasdas marcas Spoleto,Domino's Pizza e Koni), ondeficou por nove anos."Juntamente com dois sóciosinvestidores, fomos atrás deoportunidades em franquias,conversamos com váriasmarcas, mas optamos peloSpoleto e abrimos o primeirorestaurante na FAAP em2009", conta o empresário.

Como ele trabalhou noGrupo Trigo, conhecia bem osistema, o suporte aos

franqueados, as ações demarketing e principalmente aoperação do negócio."Mesmo assim, há umadiferença entre a teoria esentir na pele o dia a dia dequem está à frente dorestaurante. Leva de seismeses a um ano até alguémtomar pé do negócio e tudocomeçar a funcionar direito",comenta o empresário.

Para quem pensa em serum franqueado, Lottaconselha, primeiramente,refletir se ele se identifica coma operação de franquia e coma marca. O segundo passo épesquisar o mercado eescolher bem o segmento queirá atuar, já que há produtosque se tornam modapassageira. "O candidato auma franquia deve conversarmuito com os franqueados damarca. Se tem problemas,eles abrem o jogo". ( C . O. )

290restaurantes em

todo o País fazemparte da rede

Spoleto, empresado Grupo Trigo

Arede de restaurantes Koni, especia-lizada em cozinha japonesa e quefaz parte do Grupo Trigo (o mesmo

do Spoleto e Domino's Pizza), está apre-sentando um novo modelo de loja voltadopara praças de alimentação de shoppingcenters, com mais facilidade e eficiênciaao atendimento e ao consumidor.

O estabelecimento é menor em relaçãoàs lojas tradicionais da rede e o atendimen-to segue o padrão express: o cliente faz opedido diretamente no caixa, acompanha opreparo do prato e utiliza as mesas da praçade alimentação. O menu conta com opçõesde sashimis, rolls, yakisobas e os famososKonis (temakis), além de uma linha pre-mium assinada pelo chef Adriano Kanashi-ro. A finalidade é oferecer variedades nocardápio para os clientes que buscam poruma refeição de qualidade e rápida

O investimento inicial para obter umafranquia de shopping center Koni é R$ 385mil (sem taxa) para uma loja de 30 m². A pro-

jeção da rede japonesa é abrir 25 lojas comesse modelo até o final de 2013 e fechar oano com 72 unidades em operação e mais15 assinadas, fechando o ano com um totalde 87 (entre abertas e pontos assinados).

Aberto em dezembro de 2006 no princi-pal endereço da boemia carioca, o BaixoLeblon, a primeira loja Koni logo caiu nogosto dos cariocas. Hoje são 54 lojas aber-tas (em operação) em todo o País. Mais doque uma simples temakeria, o Koni nas-ceu para ser uma experiência. Todo con-ceito por trás da marca foi estudado cui-dadosamente. Desde o primeiro dia desua abertura a preocupação foi aliar qua-lidade do produto e de atendimento a de-talhes como ambiente aconchegante daloja, música, apresentação dos konis e re-lação custo x benefício para o cliente.

Para adquirir uma franquia Koni de rua,os investimento começam em R$ 385 mil(sem taxa) para um loja de 30 m² e R$ 500mil para uma loja de 80 m².

quarta-feira, 12 de junho de 2013 ESPECIAL - 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

Intercâmbio no exterior:um negócio bilionário

ENTRE AS PRINCIPAIS EMPRESAS DESTE SETOR ESTÁ A CI, QUE POSSUI UMA REDE DE 70 LOJAS,DAS QUAIS 50 SÃO FRANQUIAS. A EMPRESA QUER CHEGAR A 100 UNIDADES ATÉ 2015

A meta da CI é abrir dez unidades até o final deste ano echegar a 100 unidades até 2015, com foco em cidades

que tenham a partir de 120 mil habitantes.

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Marsans apostaem expansão

para 2013

Marsans:atualmente

com 41unidades

abertas, ameta paraeste ano é

abrir 20 lojas.

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Dominar a língua in-glesa é fundamen-tal para a carreiraprof iss ional em

qualquer área; e ter estudadono exterior e adquirido umaexperiência de vida em outracultura valoriza ainda mais ocandidato na hora da contra-tação. Segundo Jan Wrede, di-retor comercial da CI, uma dasmaiores empresas de inter-câmbio e turismo jovem doPaís, estudar no exterior dei-xou de ser um luxo e as famí-lias enxergam como uma ex-periência fundamental para aformação educacional dos fi-lhos. "Este é um mercado quevem crescendo 40% nos últi-mos sete anos. De acordo coma Belta (Braziliam Educational& Language Travel Associa-tion), entidade que congregaas empresas do setor, no anopassado o mercado movimen-tou mais de R$ 4 bilhões".

Wrede conta que, quando aCI nasceu, em 1988, este ain-da era um mercado incipiente."Hoje, é um mercado que vemcrescendo de forma vigorosae com perspectivas de crescerainda mais. O produto com oqual trabalhamos tem rejei-ção zero, já que todos enxer-gam a importância de apren-der outra língua e estudar noexterior", afirma.

A empresa informa que oseu faturamento cresceu 21%no primeiro trimestre desteano, com um aumento de 46%nas vendas de cursos de idio-mas e nos programas de highschool; 23% em intercâmbioteen; e ainda, 300% em gra-duação no exterior. Em 2013,a expectativa da companhia écrescer 25% e, já no início dosegundo trimestre, apresentaaumento parcial de 68% no fa-turamento em relação aomesmo período do ano passa-do. Em 2012, a CI faturouR$ 220 milhões e possui atual-mente 70 lojas, sendo 20 pró-prias e 50 franquias. A meta éabrir dez novas unidades até ofinal deste ano e chegar a 100unidades até 2015, com focoem cidades que tenham a par-tir de 120 mil habitantes.

Segundo conta Wrede, a

Desde 1973 no mercado, oGrupo Marsans Brasil, comsede no Rio de Janeiro, possui

atualmente 35 lojas franqueadas, 6próprias e 2 em implantação nosistema de franquia. Uma dasmaiores operadoras de viagens domercado nacional, a Marsans sedestaca pela diversidade de opçõespara os seus clientes, com viagensrodoviárias, pacotes em voosregulares e fretamentos exclusivos,circuitos e cruzeiros por todo o Brasile diversos destinos no mundo. Aempresa está presente nosprincipais shoppings centers do Riode Janeiro, São Paulo, Campinas,Ribeirão Preto, Franca, Juiz de Fora eRecife, mas também vemapostando em lojas de rua, como aunidade que está sendo instalada naMooca, zona Leste de São Paulo.

Segundo conta a gerente demarketing Mariana Ferrari, a metapara este ano é abrir 20 unidades."Fizemos um estudo deoportunidades, com o mapeamentode regiões que seriam interessantesestarmos presente. Decidimos focarno eixo Rio-São Paulo, mas tambémqueremos uma unidade em BeloHorizonte (MG)", revela a executiva.Ela conta que a decisão de adotar osistema de franchising ocorreu em2011, mas as primeiras franquiasentraram em operação somente noano passado.

Oportunidades para investidores

Para a executiva, um pontoimportante para o sucesso donegócio está na escolha criteriosados parceiros franqueados.Primeiramente, o candidato precisacomprovar capacidade financeirapara o empreendimento, pois não éaconselhável que ele busquefinanciamentos ou empréstimos. Aexperiência profissional no ramo deturismo não é necessária, mas podeser um diferencial. "Não temproblema se ele não temexperiência no ramo de turismo,pois sempre haverá um gerente comexperiência ajudando", explica.

Para uma loja padrão de 40 m², oinvestimento necessário é de R$ 60mil, dos quais R$ 10 mil de taxa defranquia e R$ 50 mil para o projetoarquitetônico e mobiliários. Oroyalty cobrado é de 1% e o fundo depropaganda é de 0,5%, ambos sobreo faturamento bruto. Estão foradessa conta os gastos com pontocomercial, despesas de funcionárioe capital de giro (necessário R$ 35mil). "Oferecemos aos franqueadostreinamento e suporte para que elepossa ter sucesso em seu negócio.Ele fica durante 15 dias emtreinamento aqui em nossasinstalações, conhecendo osprodutos e o nosso sistema; depois,durante 10 dias, uma equipe deprofissionais acompanha o dia a diana loja", comenta. ( C . O. )

empresa busca parceiros naregião Norte, em capitais co-mo Manaus, Belém e Palmas;no interior de São Paulo, em ci-dades como Franca, Arara-quara e Araçatuba; na capitalpaulista e no Rio de Janeiro. Operfil procurado é com idademínima de 25 anos, curso su-perior completo, inglês avan-çado, conhecimentos em ad-ministração de empresas, ex-periência internacional edu-cacional, profissional ou emturismo, conhecimentos emgestão financeira, dedicaçãoexclusiva ao negócio, saber li-dar com pessoas, conflitos, es-tresse e saber trabalhar sobpressão. "Somos muito rigoro-sos na seleção dos nossos par-ceiros: de dez candidatos queentrevistamos, aprovamosentre dois e três. O nosso pro-duto não é commodity e não

temos pressa em crescer", dizo executivo. "O sucesso donosso franqueado é também onosso sucesso, o fechamentode uma loja não é boa nem pa-ra o franqueado e nem para anossa marca".

Os investimentos para abriruma franquia CI incluem taxade franquia entre R$ 20 mil eR$ 25 mil, instalações entre R$20 mil e R$ 80 mil, marketingde inauguração entre R$ 10mil e R$ 15 mil e capital de giroentre R$ 20 mil e R$ 40 mil.

Cursos, trabalho e viagens

A CI atua nas áreas de cur-sos, trabalho no exterior etambém funciona como umaagência de turismo conven-cional. Os cursos de idiomassão o principal produto da em-presa. O cliente pode escolher

o lugar para se fazer o curso,mas o mais procurado é a lín-gua inglesa no Canadá, EUA,Inglaterra, Irlanda, Nova Ze-lândia ou Austrália. A CI man-tém parcerias com escolas es-pecializadas no ensino de di-versos idiomas para estran-geiros em diferentes países,com professores treinados eespecializados, salas de aulabem equipadas e laboratóriosmultimídia. Não existe limitede idade para fazer um cursode idiomas no exterior. Amaioria das escolas aceita es-tudantes de todas as idades.Existem cursos específicospara crianças, adolescentes,jovens e executivos.

O cliente pode escolher en-tre várias modalidades de cur-sos, aliando, por exemplo, oaprendizado do idioma comatividades, cultura e esportes(aulas de História da Arte, cu-linária, fotografia, dança, dan-ça flamenca, yoga, teatro, gol-fe, surfe, esqui, mergulho eoutros). Este programa tam-bém pode ser combinado comestágios não remunerados.Para quem tem pressa, há apossibilidade de aulas particu-lares. Para quem deseja in-gressar em uma universidadeno exterior, há cursos prepa-ratórios. Caso o aluno possuaum nível mais avançado doidioma, pode também optarpor outros programas ou cur-sos, como cursos técnicos, ex-tensão universitária, gradua-ção e pós-graduação.

No segmento de trabalho noexterior, destaque para o Aupair, um programa de trabalhoremunerado que consiste emmorar por um período os EUA,França, Holanda, Áustria ouAlemanha. O participante vi-venciará uma nova cultura, fa-zendo parte da família, cui-dando de crianças e estudan-do. É possível aperfeiçoar umidioma, viajar, se divertir e ain-da ganhar por isso. O progra-ma Au Pair é voltado exclusi-vamente para mulheres quegostem de lidar com crianças.Cada país tem um pré-requisi-to específico. A idade médiadas participantes é de 18 a 28anos. ( C . O. )

quarta-feira, 12 de junho de 20136 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

O chope nossode cada dia

A AMBEV FOI A PRIMEIRA FABRICANTE DE BEBIDAS A APOSTAR NO SISTEMA DE

FRANQUIA E HOJE POSSUI 970 UNIDADES, COM META AGRESSIVA DE EXPANSÃO

Hoje, a rede defranquias daAmbev operacom 970unidades, complano deexpandir arede em 50%este ano. Aprioridade épara o modeloNosso Bar,uma opção defranquiapopular emregiõesurbanas.

Fotos: Divulgação

Em processo de formatação

Sofá Café: para o sócio DiegoGonzales, a franquia é uma

boa forma de expansão.

Divulgação

G o st i n h oda

fa z e n d a

Divino Fogão: a meta este anoé abrir mais 20 unidades.

Divulgação

Em 2003, a Ambev ins-talou em um shop-ping center no Rio deJaneiro um quiosque

onde o consumidor pudesseparar e saborear um chopebem gelado e alguns petiscosrápidos – uma boa pedida paramaridos que estão acompa-nhando as esposas nas com-pras. Foi a partir dessa expe-riência que a fabricante de be-bidas decidiu apostar no siste-ma de franquia. Hoje, são 970unidades em operação em to-do o Brasil. Os principais mo-delos formatados são: Quios-que Chopp Brahma, NossoBar, Seu Boteco, Loja ChoppBrahma Express e ChoppBrahma Móvel. "Este ano,queremos expandir em 50%nossa rede, principalmente doformato Nosso Bar. Este mo-delo só está em operação noEstado de São Paulo e quere-mos expandir a rede no inte-rior do Estado e bairros da ca-pital", diz Carlos Augusto Var-gas, gerente nacional de fran-quias da Ambev.

Pi o n e i ri s m o

Segundo o executivo, comoa Ambev foi a primeira fabri-cante de bebidas a apostar emfranquias, não havia um mo-delo a seguir, a empresa teveque aprender e desenvolver opróprio negócio. "Fizemosmuita pesquisa e estudo paraentender o mercado, a gestãodo negócio, entender o fran-queado e o comportamentodos consumidores. Com isso,desenvolvemos planos detreinamentos, suporte de ges-tão, calendários de promo-ções e uma central de atendi-mento", comenta Vargas. "Oprimeiro quiosque já foi no for-mato de franquias, mas de-pois disso, entendemos a im-portância de fazer testes comlojas-piloto a fim de termosmais segurança na formata-ção do negócio", diz.

O modelo Nosso Bar, lança-do em 2011, é um exemplo denegócio que demandou muitoestudo. Trata-se de uma op-ção de franquia popular em re-giões urbanas, periferias ecentros de grandes cidades.Ao contrário das franquias tra-dicionais, ele permite ao in-vestidor escolher o nome doestabelecimento e desenvol-ver um cardápio de pratos epetiscos que atendam às ne-cessidades de cada região edo público. "Percebemos quepara este tipo de negócio, a fi-gura do dono do bar é muitoimportante, ele é conhecidona região, atende pessoal-mente os clientes. Assim, apersonalização é importante ehá a opção de colocar o nomedo dono no bar, por exemplo,Bar do João", explica Vargas.

A Ambev oferece aos inte-ressados toda a estrutura queinclui padroni-zação visual edos materiais dedivulgação; pro-gramas de ca-pacitação paragerir um negó-c i o e i n v e s t i-mentos f inan-ceiros; assesso-ria de gestão,além do atendi-mento periódi-co dos consulto-res da rede Nos-so Bar. A propos-t a é l e v a r a oproprietário eaos cl ientes amelhor estrutu-ra com padrãovisual, produtos de qualidade,entretenimento e ambientefamiliar. "Apesar de o fran-queado ter certa liberdade em

oferecer o cardápio, os forne-cedores principais são homo-logados, de forma a garantir-mos a qualidade dos pratos.Além disso, temos uma parce-ria com o Sebrae para treina-mento em segurança alimen-tar", afirma Vargas.

Modelos de franquia

O modelo Nosso Bar é desti-nado aos micro e pequenosempreendedores. É uma op-ção de franquia popular em re-giões urbanas, periferias ecentros de grandes cidades. Onegócio exige investimentoinicial a partir de R$ 28 mil e oretorno previsto a partir de 12

meses. A taxa inicial de fran-quia é de R$ 20 mil, os royal-ties variam de R$ 250 a R$ 500por mês, o faturamento médiomensal é de R$ 35 mil e o fran-queado está isento de fundode promoção.

O modelo Seu Boteco possuiuma ambientação que lheconfere aconchego e descon-tração, com móveis e engra-dados de cerveja de madeira,que proporcionam uma via-gem no tempo. Balcão com vi-trine, piso de ladrilho hidráuli-co, azulejos coloridos e carta-zes tipo lambe-lambe tam-b é m f a z e m p a r t e d adecoração. O negócio exigeinvestimento a partir de R$500 mil, taxa inicial de fran-quia de R$ 120 mil, faturamen-to médio de R$ 150 mil, royal-ties de 3% do faturamento,fundo de promoção de 2% so-bre o faturamento e o prazo deretorno do investimento é es-timado em 24 meses

Outras opções

O modelo Quiosque ChoppBrahma é ideal para funcionarem corredores de shoppings.O número de acentos no en-torno do quiosque é determi-nado pela área, mas o clientepode se acomodar em mesas ecadeiras que se situam próxi-mas ao quiosque, em maior oumenor número, conforme a si-tuação. Para acompanhar oChopp Brahma, são servidossalgados e porções que reque-rem preparo rápido. O investi-mento necessário é a partir deR$ 80 mil, taxa inicial de fran-quia de R$ 60 mil, faturamentomédio de R$ 40 mil, os royal-ties são de 12% sobre o volu-me de produtos da Ambev,fundo de promoção de 5% so-bre o volume da Ambev e o re-torno do investimento é a par-tir de 18 meses.

Por fim, o modelo ChoppBrahma Express é uma lojaque o cliente procura quando oque deseja é proporcionar aseus convidados a melhor ex-periência de consumo de cho-pe em um evento – que podeser uma festa de aniversárioentre pessoas próximas, ochurrasco dos velhos colegasde faculdade ou a festa de fimde ano da empresa. Os pedi-dos podem ser feitos pessoal-mente na loja ou por telefone.O investimento estimado é apartir de R$ 300 mil, a taxa ini-cial de franquia é de R$ 100mil, faturamento médio de R$120 mil, royalties de 10% dovolume da Ambev, fundo depromoção de 4% do volume daAmbev e o prazo de retorno é apartir de 24 meses. ( C . O. )

Hoje com 135 lojas, arede de restaurantesde comida típica de

fazenda Divino Fogãonasceu em 1984 com o nomede São Paulo I. Inspirado pelainfância e juventude nafazenda, Reinaldo MarqueVarela e os primosinauguraram o primeirorestaurante. Em 1988, NaniScaburi Varela, esposa doproprietário ReinaldoMarques Varela, se uniu aosnegócios e trouxe aexperiência de comercianteherdada da família.

Logo, o restaurante quetrabalhava com serviço a la

Com apenas dois anosno mercado, o SofáCafé já pensa em ex-

pandir a sua marca por meiode franquias. Além da pri-meira unidade aberta nobairro de Pinheiros (RuaBianchi Bertoldi, 130), a re-de de cafeterias tem duas

unidades no bairro dos Jar-dins (Alameda Franca, 1.104e na Rua Augusta, 2.074).Uma quarta unidade estásendo aberta nos EstadosUnidos, em Boston. "Apesardo pouco tempo de merca-do, a receptividade tem sidomuito boa, os próprios clien-tes passaram a sugerir queexpandíssemos o negóciopor meio de franquia, algunsdeclararam que gostariamde ter uma franquia nossa",diz o sócio Diego Gonzales.

Segundo ele, com quatrounidades próprias, fica difícilacompanhar o dia a adia donegócio, ainda mais que ooutro sócio é apenas um in-vestidor. Então, a saída paracontinuar expandindo é por

meio de franquia. "Contrata-mos uma empresa de con-sultoria, a Tonelli Franquiase Novos Negócios, para nosajudar a formatar o modelo",conta Gonzales. "Fizemosuma análise completa, defi-nimos processos e avaliar-mos fornecedores; isso ser-viu, inclusive, para corrigiralgumas falhas, que não po-derão ser replicadas para osfranqueados. Agora, esta-mos na fase de documenta-ção e desenvolvimento dosmanuais de operação do ne-gócio; em novembro, quere-mos iniciar as operações defranquias", explica o sócio-proprietário.

Gonzales revela que o pla-nejamento inicial prevê a

abertura de seis unidadesfranqueadas até o fim de2014. Entre as áreas de inte-resse estão bairros da capi-tal, a região do ABC Paulista,principalmente São Caeta-no do Sul, Campinas e outrascidades em um raio de 100km da capital.

"Queremos montar ummodelo competitivo, combaixa taxa de franquia. Tam-bém daremos treinamentopara baristas, que é um dosnossos diferenciais", dizGonzales. "Estamos desen-volvendo alguns produtosda nossa marca, como xíca-ras, coadores e equipamen-tos, para que os clientes pos-sam fazer o seu café em ca-sa", finaliza. ( C . O. )

carte, passou para o formatodo famoso self service,priorizando o tempo dosclientes.

em 1994, os empresáriosentraram no ramofranchising e mudaram onome de São Paulo I paraDivino Fogão, para evitarquestões como "bairrismo".Para tanto foi contratada

uma consultoria.No ano passado, 23 lojas

Divino Fogão foraminauguradas e este ano aexpectativa é abrir mais 20unidades. Para tanto, oinvestimento inicial é de R$600 mil e a taxa de franquia éde R$ 100 mil. O prazo médiode retorno é de 36 meses e ocontrato é de cinco anos.