Esquema Da Sonata

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  • ESQUEMA DA SONATA

    Primeiro Movimento Os tratadistas determinam a origem da sonata, como pea musical, est ligada sute, o primeiro movimento, este deve corresponder ao que significaria a Allemande para a sute, logo esse andamento deveria ser de levemente moderado a rpido, no obstante encontramos vrias sonatas de Beethoven, op. 26, 27 e 54, para citar algumas, e do perodo romntico em diante que contrariam a norma. O primeiro movimento da sonata, ao contrrio da Allemande, uma forma ternria, e d origem ao que chamamos de forma sonata, a qual ser fundamental aps o perodo clssico na concepo das sinfonias e concertos.

    1. Exposio Introduo

    facultativa. Tema A ou 1

    Apresentado na tonalidade eleita para a obra. Pode estar formado, muito embora pouco frequente, por mais de um elemento (a, a, a, etc.).

    Ponte facultativa, mas de uso corrente. Sua constituio livre, quanto ao tipo e nmero de elementos, deve ter carter modulante para conduzir ao tema B ou 2.

    Tema B ou 2 Deve ser contrastante ao tema A, e apresentado em uma tonalidade afim, s vezes o tema B uma pequena variante do tema A. O tema B quase sempre constitudo por trs elementos b (principal), b (complementar) e b (conclusivo), os trs na mesma tonalidade, mas no necessariamente no mesmo modo. A tonalidade em que se expe o tema B geralmente a da dominante, ou da tonalidade relativa maior quando o tema A estiver em modo menor, ou uma cujo acorde de tnica possua alguma nota comum com o do tema A, com exceo da tonalidade da subdominante.

    Coda facultativa e de livre constituio.

    2. Desenvolvimento O trabalho temtico completamente livre com todos ou com fragmentos dos elementos a exposio, conduzindo em direo tonalidade principal.

    3. Reexposio Tema A ou 1

    Apresentado na tonalidade principal, como na exposio, e igual ou com ligeiras variaes. Ponte

    Facultativa, igual ou no a da exposio, e sua concluso deve estar na tonalidade principal, logo no necessariamente ela precisa ser modulante.

    Tema B Reexposto em sua totalidade ou no, desta feita na tonalidade principal.

    Coda Facultativa, como na exposio, porm mais importante que aquela. Deve afirmar a tonalidade principal, para concluir o primeiro movimento.

    Segundo Movimento Quanto ao andamento, este dever ser contrastante ao do primeiro. Em tonalidade afim com a tonalidade principal da sonata. Quanto forma o segundo movimento em geral se apresenta em:

    Tipo Lied ternrio 1. Exposio A primeira parte consta da exposio da frase principal ou tema na tonalidade eleita para o movimento, concluindo na mesma tonalidade ou em tonalidade vizinha. Com repetio. A segunda parte a exposio da frase episdica de transio modulante, formada com um motivo secundrio, novo ou constitutiva de um breve desenvolvimento do anterior, conduzindo em direo

  • tonalidade principal do movimento, para reexpor a frase principal total ou parcialmente e com termino na tonalidade principal. Com repetio. 2. Episdio Parte secundria que se serve de elementos novos ou derivados da exposio, caso esteja em uma tonalidade vizinha, deve conduzir novamente a tonalidade principal para a entrada da terceira parte. 3. Reexposio Reexposio total ou parcial da exposio, em geral enriquecida meldica e ou ritmicamente, e s vezes ampliada. Tipo Lied com desenvolvimento Trata-se de uma variante da forma vista anteriormente, na verdade nada mais do que a aplicao da forma Rond, ou seja, o tipo A-B-A-C-A. s trs partes anteriores adicionamos mais duas. 4. Episdio De caractersticas gerais iguais as do episdio anterior, porm independente daquele. 5. Reexposio De caractersticas semelhantes exposio e reexposio, acrescido de uma coda, a qual facultativa. Tipo Sonata Esta forma tambm usada para a realizao do segundo movimento. Ela pode ter ou no a parte relativa ao desenvolvimento, e os elementos temticos que fazem a vez da ponte e tema B costumam ter menos personalidade que no primeiro movimento.

    Terceiro Movimento Aqui cabe uma observao no sentido de que em geral uma sonata pode ter trs ou quatro movimentos. No caso de ter trs movimentos, este seria em andamento rpido e em geral na forma Rond simples ou Rond-sonata. Em caso de quatro movimentos, este seria o Minueto ou Scherzo e o quarto movimento o Rond. Minueto O minueto de sonata uma forma ternria. Vale lembrar que o Minueto no perodo clssico e romntico, perde a caracterstica da dana do perodo barroco, tornando-se mais rpido. 1. Minueto Tema ou frase principal, terminando quase sempre na tonalidade da dominante ou na tonalidade da relativa maior, caso a tonalidade principal seja menor, mas no faltam exemplos em que terminam na tonalidade principal. Com repetio. Em seguida um episdio com elementos novos ou derivados do tema principal, conduzindo reexposio, a qual termina na tonalidade principal. Com repetio. Realizar uma coda no final da reexposio facultativo. 2. Trio Tambm de estrutura ternria, sua tonalidade pode ser a mesma do Minueto, mudando ou no o modo, ou uma que tenha o vnculo de alguma nota comum entre seus acordes de tnica, neste caso a preferida a tonalidade da subdominante. Seu tema principal deve contrastar com o do Minueto, mas nem sempre o faz. O trio pode terminar com uma cadncia conclusiva ou suspensiva, a que melhor conduza reexposio do Minueto. 3. Reexposio do Minueto Esta reexposio pode ser exatamente igual, ou com ligeiras variaes, sem as repeties. Scherzo Em italiano, joguete ou diverso, praticamente vocbulos que orientam o tipo de andamento ligeiro da pea, que em geral se d na frmula ou 3/8. Em termos formais aplicada tambm a estrutura ternria, como no Minueto.

    Quarto Movimento

  • O movimento final, em andamento bastante rpido, em geral apresentado na forma Rond, mas no raro sonatas em que ele apresentado como a forma Variao ou Fuga. Na tonalidade principal da sonata. Rond O rond simples corresponde a sua estrutura na Sute. Vejamos ento o Rond-Sonata. 1. Estribilho I Na tonalidade principal. Faz funo do tema A do tipo sonata. 2. Copla I Elemento de transio, como a ponte no tipo sonata. Tema novo, que equivale ao tema B, exposto em tonalidade afim. 3. Estribilho II Reexposio total ou parcial do Estribilho I, na tonalidade principal. 4. Copla II Elemento novo, em tonalidade vizinha, ou desenvolvimento dos elementos anteriores. Sua construo bastante livre. 5. Estribilho III Reexposio, completa ou no do Estribilho I, sempre na tonalidade principal. 6. Copla III Reexposio da Copla I, na forma e com o processo tonal caracterstico da reexposio do tipo Sonata, ou seja, com Tema B na tonalidade principal. 7. Estribilho IV Reexposio do Estribilho I, completa ou no, ou com desenvolvimento do elemento temtico. Sempre na tonalidade principal. 8. Coda Facultativa e de construo livre.

    Dos Princpios E Recursos Compositivos

    1. Elemento Unificador Como elemento unificador podemos fazer uso de elementos retirados do tema ou frase principal, a saber: Formas motivo (ritmo e intervalos) Intervalos caractersticos Fragmento rtmico de personalidade Melhor que esses elementos no remetam cabea do tema, para no confundir com uma reexposio. Estes recursos podem ser usados inclusive para dar unidade entre os vrios movimentos e at para a criao dos temas secundrios. 2. Outros Recursos

    Imitao. Inverso. Retrogradao. Ampliao. Diminuio.

    3. Textura

    Unssono. Dobramentos em oitavas. Acordes. Nota pedal. Baixo ostinato. Incluso de melodia secundria. Contraponto. Semicontraponto ou harmonia disfarada de contraponto. Complexa, ou seja, um misto das diversas formas de textura.

    Algumas destas formas s podem ser aplicadas quando envolve mais de um nico instrumento.