Esquema para profilaxia da raiva - Folder

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ESQUEMA DE RE-EXPOSIÇÃO COM USO DE VACINA DE CULTIVO CELULAR * Não considerar o esquema anterior se o paciente recebeu número menor de doses do que aqueles referidos na nota anterior (interna). Com a vacina de cultivo celular Esquema: 3 doses. Dias de aplicação: 0, 7, 28. Via de administração e dose: intramuscular profunda, utilizando dose completa; ou havendo capacitação técnica, por via intradérmica, utilizando a dose de 0,1ml. Local de aplicação: músculo deltóide ou vasto lateral da coxa (não aplicar em glúteo). Controle sorológico: a partir do 14º dia após a última dose do esquema. Resultados: • insatisfatório – se o título de anticorpos for menor do que 0,5 UI/ml. Nesse caso, aplicar uma dose de reforço e reavaliar a partir do 14º dia após o reforço; • satisfatório – se o título de anticorpos for maior ou igual a 0,5 UI/ml. Tipo de esquema Esquema de re-exposição Completo a) até 90 dias: não realizar esquema profilático b) após 90 dias: 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3 Incompleto * a) até 90 dias: completar o número de doses b) após 90 dias: ver esquema de pós-exposição (conforme o caso) ESQUEMA DE PRÉ-EXPOSIÇÃO Conduta em caso de possível exposição ao vírus da raiva em pacientes que receberam esquema de pré-exposição Sorologia comprovada (titulação) Esquema Com comprovação sorológica (título maior ou igual a 0,5UI/ml) Duas doses: uma no dia 0 e outra no dia 3 Não indicar soro Sem comprovação sorológica ou titulo inferior a 0,5UI/ml Verificar o quadro de reexposição Considerar como esquema anterior incompleto IMPORTANTE Deve-se fazer o controle sorológico anual dos profissionais que se expõem permanentemente ao risco de infecção ao vírus da raiva, administrando-se uma dose de reforço sempre que os títulos forem inferiores a 0,5 UI/ml. Repetir a sorologia a partir do 14º dia, após a dose de reforço. Governo do Estado do Pará Secretaria de Estado de Saúde Pública Sistema Único de Saúde SESPA SUS Sistema Único de Saúde Informativo técnico Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará 11º Centro Regional de Saúde Setor de Zoonoses Departamento de Vigilância em Saúde CONDUTA EM PACIENTES QUE FALTAM AO AGENDAMENTO DE DOSES Paciente em uso da vacina de cultivo celular 1• No esquema recomendado (dias 0, 3, 7, 14 e 28), as 5 doses devem ser administradas no período de 28 dias a partir do inicio do tratamento. 2• Quando o paciente faltar para a 2ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a 3ª dose com intervalo mínimo de 2 dias. 3• Quando o paciente faltar para a 3ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a 4ª dose com intervalo mínimo de 4 dias. 4• Quando o paciente faltar para a 4ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a 5ª dose para 14 dias após. Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica Ministério da Saúde – 7ª Edição/2010 Pedro Corrêa Lima Diretor do 11º CRS Ana Raquel Santos Miranda Chefe da DVS Neuder Wesley França da Silva Setor de Zoonoses PROJETO zoonoses Edição e Elaboração: M.V. Neuder Wesley- 2012 D I A M U N D I A L D A R A I VA SESPA

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ESQUEMA DE RE-EXPOSIÇÃO COM USO DE VACINA DE CULTIVO CELULAR

* Não considerar o esquema anterior se o paciente recebeu número menor de doses do que aqueles referidosna nota anterior (interna).

Com a vacina de cultivo celularEsquema: 3 doses.Dias de aplicação: 0, 7, 28.Via de administração e dose: intramuscular profunda, utilizando dose completa; ou havendo capacitaçãotécnica, por via intradérmica, utilizando a dose de 0,1ml.Local de aplicação: músculo deltóide ou vasto lateral da coxa (não aplicar em glúteo).Controle sorológico: a partir do 14º dia após a última dose do esquema.Resultados:• insatisfatório – se o título de anticorpos for menor do que 0,5 UI/ml. Nesse caso, aplicar uma dose dereforço e reavaliar a partir do 14º dia após o reforço;• satisfatório – se o título de anticorpos for maior ou igual a 0,5 UI/ml.

Tipo de esquema Esquema de re-exposição

Completo a) até 90 dias: não realizar esquema profiláticob) após 90 dias: 2 doses, uma no dia 0 e outra no dia 3

Incompleto * a) até 90 dias: completar o número de dosesb) após 90 dias: ver esquema de pós-exposição (conforme o caso)

ESQUEMA DE PRÉ-EXPOSIÇÃO

Conduta em caso de possível exposição ao vírus da raiva em pacientes quereceberam esquema de pré-exposição

Sorologia comprovada (titulação) Esquema

Com comprovação sorológica (títulomaior ou igual a 0,5UI/ml)

Duas doses: uma no dia 0 e outra no dia 3Não indicar soro

Sem comprovação sorológica ou tituloinferior a 0,5UI/ml

Verificar o quadro de reexposiçãoConsiderar como esquema anterior incompleto

IMPORTANTEDeve-se fazer o controle sorológico anual dos profissionais que se expõem permanentemente ao risco deinfecção ao vírus da raiva, administrando-se uma dose de reforço sempre que os títulos forem inferiores a 0,5UI/ml. Repetir a sorologia a partir do 14º dia, após a dose de reforço.

Governo do Estado do ParáSecretaria de Estado de Saúde Pública

Sistema Único de SaúdeSESPA

SUSSistemaÚnicode Saúde

InformativotécnicoSecretaria de

Estado de SaúdePública do Pará

11º CentroRegional de

Saúde

Setor deZoonoses

Departamentode Vigilância

em Saúde

CONDUTA EM PACIENTES QUE FALTAM AO AGENDAMENTO DE DOSES

Paciente em uso da vacina de cultivo celular1• No esquema recomendado (dias 0, 3, 7, 14 e 28), as 5 doses devem ser administradas no período de 28 diasa partir do inicio do tratamento.2• Quando o paciente faltar para a 2ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a 3ª dose com intervalomínimo de 2 dias.3• Quando o paciente faltar para a 3ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a 4ª dose com intervalomínimo de 4 dias.4• Quando o paciente faltar para a 4ª dose: aplicar no dia que comparecer e agendar a 5ª dose para 14 diasapós.

Fonte: Guia de Vigilância EpidemiológicaMinistério da Saúde – 7ª Edição/2010

Pedro Corrêa LimaDiretor do 11º CRS

Ana Raquel Santos MirandaChefe da DVS

Neuder Wesley França da SilvaSetor de Zoonoses

PROJETO

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2012

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AMUNDIAL DA RAIVA

SESPA

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ESQUEMA PARA PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA COM VACINA DE CULTIVA CELULAR

TIPO DE EXPOSIÇÃO

CONDIÇÕES DO ANIMAL AGRESSOR

Cão ou gato sem suspeita de raiva no momento daagressão

Cão ou gato clinicamente suspeito de raiva no momentoda agressão

Cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto.

Animais silvestres (inclusive os domiciliados).

Animais domésticos de interesseeconômico ou de produção.

Contato Indireto.

.

Lavar com água e sabão

Não tratar

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.

Lavar com água e sabão

Não tratar

.

.

Lavar com água e sabão

Não tratar

Acidentes Leves

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Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmenteúnicos, em troncos e membros (exceto mãos e polpas digitaise planta dos pés); podem acontecer em decorrência demordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente.

Lambedura de pele com lesões superficiais

.

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Lavar com água e sabão.

Observar o animal durante 10 dias após a exposição¹.

Se o animal permanecer sadio no período de observação,encerrar o caso.

Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso,administrar 5 doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14, e 28).

.

.

.

.

.

Lavar com água e sabão.

Iniciar esquema profilático com 2 (duas) doses, uma no dia 0 eoutra no dia 3.

Observar o animal durante 10 dias após a exposição .

Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia deobservação, suspender o esquema profilático e encerrar ocaso.

Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso,completar o esquema até 5 (cinco) doses. Aplicar uma doseentre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28.

1 .

.

Lavar com água e sabão.

Iniciar imediatamente o esquema profilático com 5(cinco) doses de vacina administradas nos dias 0, 3,7, 14 e 28.

Acidentes Graves

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Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas digitaise/ou planta do pé.

Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquerregião do corpo.

Lambedura de mucosas.

Lambedura de pele onde já existe lesão grave.

Ferimento profundo causado por unha de animal.

.

.

.

.

.administrando o soro

Lavar com água e sabão.

Observar o animal durante 10 dias após a exposição¹, ².

Iniciar esquema profilático com duas doses uma no dia 0 eoutro dia 3.

Se o animal permanecer sadio no período de observação,encerrar o caso.

Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, darcontinuidade ao esquema profilático, ,e completando o esquema até 5 (cinco) doses. Aplicar umadose entre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28.

3 4

.

.

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.

Lavar com água e sabão.

Iniciar esquema profilático com soro e 5 (doses) de vacina nosdias 0, 3, 7, 14 e 28.

Observar o animal durante 10 dias após a exposição.

Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia deobservação, suspender o esquema profilático e encerrar ocaso.

.

.

Lavar com água e sabão.

Iniciar imediatamente o esquema profilático comsoro e 5 (cinco) doses de vacina administradas nosdias 0, 3, 7, 14 e 28.

3

1. É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente aUnidade de Saúde se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, umavez que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como aaplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação

2. É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos.Podem ser dispensados do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cãoou gato, que com certeza, não tem de contrair a infecção rábica. Por exemplo,animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contatocom outros animais desconhecidos ;que somente saem à rua acompanhadosdos seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em

caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. Se o animal forprocedente de área de raiva controlada é necessário iniciar o esquemaprofilático. Manter o animal sob observação e só iniciar o esquema profiláticoindicado (soro+vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.

3. O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possívelinfiltrar toda dose, aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menorpossível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea.Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando aslesões forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode serdiluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam

nãoinfiltradas.

4. Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soroantirrábico ou quando o mesmo não se encontra disponível no momento, aplicara dose de soro recomendada antes da aplicação da 3ª dose da vacina de cultivocelular. .

5. Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinaçãoindependentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição.

Após esse prazo o soro não é mais necessário

Características doanimal envolvido

no acidente

Cão e gato – as características da doença em cães e gatos, como período de incubação, transmissão equadro clínico, são bem conhecidas e semelhantes. Por esta razão estes animais são analisados emconjunto, nos seguintes elementos: estado de saúde do animal no momento da agressão; possibilidade deobservação do animal por 10 dias; procedência do animal e hábitos de vida do animal.

Animais silvestres

Animais domésticos de interesse econômico ou de produção –

– morcego de qualquer espécie, micos (sagüi e “soin”), macaco, raposa, guaxinim,quati, gambá, roedores silvestres, etc. devem ser classificados como animais de risco, mesmo quedomiciliados e/ou domesticados, haja vista que nesses animais a patogenia da raiva não é bem conhecida.

bovinos, bubalinos, eqüídeos,caprinos, ovinos, suínos e outros também são animais de risco. É importante conhecer o tipo, freqüência egrau do contato ou exposição que os tratadores e outros profissionais têm com estes animais, e a incidência

da raiva na região, para avaliar a indicação de tratamento pré ou pós-exposição.

– os seguintes roedores e lagomorfos (áreas urbanas ou de criação) sãoconsiderados como de baixo risco para a transmissão da raiva e, por isto, não é necessário indicartratamento profilático da raiva em caso de acidentes causados pelos mesmos:

• ratazana-de-esgoto ( );• rato-de-telhado ( );• camundongo ( );• cobaia ou porquinho-da-índia ( );• hamster ( );• coelho ( ).

Animais de baixo risco

Rattus norvegicusRattus rattus

Mus musculusCavea porcellus

Mesocricetus auratusOryetolagus cuniculus

Nwart