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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL CHICO MENDES
MUNICÍPIO: SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2011
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APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser
entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de
planejamento participativo que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, que
define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar a partir de um
posicionamento quanto a sua intencionalidade de uma leitura da realidade. Trata-
se de um importante caminho para a construção da identidade do Colégio
Estadual Chico Mendes contribuindo para a transformação da atual realidade.
O Projeto político pedagógico sendo um instrumento de transformação da
realidade requer reflexão e investigação contando com a participação coletiva dos
envolvidos no processo educativo (direção, equipe pedagógica, professores,
funcionários, alunos, pais e representantes da comunidade).
Assim procedendo, este Colégio estará atendendo a nova LDB 9394/96, em
seu artigo 12 que coloca: “Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e
executar sua proposta pedagógica.”
Como o Projeto Político Pedagógico exige profunda reflexão sobre as
finalidades da escola, seu processo de construção aglutinará crenças, convicções,
conhecimento da comunidade escolar, do contexto social e científico constituindo-
se em compromisso político e pedagógico coletivo.
Sendo o projeto um organizador do trabalho escolar, e considerando seu
papel e sua responsabilidade enquanto Instituição de Ensino, o Colégio Estadual
Chico Mendes propõe por meio deste Projeto Político Pedagógico, um
encaminhamento para o Ensino Fundamental e Ensino Médio prevendo para o
ano de 2011 um atendimento de aproximadamente 1650 alunos na faixa etária de
10 a 40 anos de idade, em regime seriado, atendendo sua clientela nos períodos
manhã, tarde e noite.
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Sumário:
1) Identificação do estabelecimento-------------------------------------------------------05
2) Quadro geral de funcionários------------------------------------------------------------06
3) Objetivos do projeto político pedagógico---------------------------------------------09
4) Histórico e organização da entidade escolar----------------------------------------10
5) Caracterização do município-------------------------------------------------------------11
6) Marco situacional----------------------------------------------------------------------------12
14)Matemática – Ensino Fundamental e Médio----------------------------------------78
15) Referências Bibliográficas---------------------------------------------------------------93
16) Educação Física – Ensino Fundamental e Médio---------------------------------95
17) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------114
18) História – Ensino Fundamental e Médio-------------------------------------------115
19) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------140
20) Inglês - Ensino Fundamental – Fundamentação Teórica---------------------141
20.1) Inglês – Ensino Médio----------------------------------------------------------------149
21) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------157
22) Geografia----------------------------------------------------------------------------------158
23) Referencias Bibliográficas-------------------------------------------------------------176
24) Ciências------------------------------------------------------------------------------------176
25) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------186
26) Artes-----------------------------------------------------------------------------------------187
27) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------203
28) Sociologia----------------------------------------------------------------------------------204
29) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------211
30) Biologia-------------------------------------------------------------------------------------211
31) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------224
32) Física----------------------------------------------------------------------------------------224
33) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------234
34) Química-------------------------------------------------------------------------------------234
4
35) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------241
36) Filosofia-------------------------------------------------------------------------------------242
37) Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------------247
38) Avaliação institucional do projeto político pedagógico-------------------------247
39) Anexos--------------------------------------------------------------------------------------250
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1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Colégio Estadual Chico Mendes – Ensino Fundamental e Médio
Código: 01385
Rua: Manoel Marcílio de Oliveira, s / nº
Bairro: São Marcos
São José dos Pinhais - Código: 2570
CEP: 83090-030
Telefone / fax: 0xx41-3382-4153
E-MAIL: [email protected]
Pessoa Jurídica: APMF Colégio Chico Mendes
Núcleo Área Metropolitana Sul
Código: 03
Entidade Mantenedora: Secretaria do Estado da Educação
Ato de autorização do Colégio:
Resolução n° 216/90 de 14/02/1990
Ato de Reconhecimento do Colégio:
Resolução nº 4351/91 de 08/01/1992
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº 281 / 01
Distância do Colégio do NRE: 22 km
Local: Urbana
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2. Quadro Geral de Funcionários
Nome Função
Ivan da Silva Araújo Diretor Geral
Laysa Carolina Machado Diretora Auxiliar
Gisele Dalagnol de Oliveira Diretora Auxiliar
Adalgisa Aparecida Przybycien Sare Equipe Pedagógica
Claudinei Pistore Equipe Pedagógica
Andreia Cornachini de Barros da
Silva
Equipe Pedagógica
Cristiane dos Santos Spera Furquim
Mikuska
Equipe Pedagógica
Gisele Machado Domanski Equipe Pedagógica
Giselle da Rosa da Silva Richter Equipe Pedagógica
Rodrigo Cardoso Gomes Equipe Pedagógica
Simone Crovador de Oliveira Equipe Pedagógica
Edna Zmievski Secretaria
Elisandra Alves Batista Auxiliar Administrativo
Edson Zmievski Auxiliar Administrativo
Marlene Batista dos Santos Agente Educacional II
Sandra Mara da Rocha Agente Educacional II
Silvana Rodrigues Agente Educacional II
Rita de Cássia Bueno da Silva Agente Educacional II
Viviane do Rocio Borges Agente Educacional II
Gerdrudes de Souza Borges Agente Educacional II
Suzete Rodrigues Agente Educacional II
Anderson Wiedmer Agente Educacional II
Ana Maria do Nascimento Agente Educacional I
Cirlei Terezinha Schuarz Agente Educacional I
Erci Vilante da Silva Agente Educacional I
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Lourdes das Neves Pires Agente Educacional I
Maria Lucia de Oliveira Pontes Agente Educacional I
Roséles Maria dos Santos da Cruz Agente Educacional I
Célia Claudino Cordeiro Agente Educacional I
Sonia do Rocio Teixeira da Cruz Agente Educacional I
Marcia Vieria Agente Educacional I
Vanda Kavalec Agente Educacional I
Maria Elisa Pires Agente Educacional I
Maria Neusa Alves Missaia Agente Educacional I
Maria Odete Alves Batista Agente Educacional I
Terezinha de Fátima Farias
Fagundes
Agente Educacional I
Vanda Kavalec Agente Educacional I
Iara Rita da Cruz Auxiliar Operacional
Ana Maria Hoppe Professora de Língua Portuguesa
Adriana Gonçalves Inácio Professora de Português
Ana Léticia Moro Professora de Ensino Religioso
Carla Esteves Garcias Professora de Química
Célia Leodi Senko Amaral Professora de Língua Portuguesa
Cidia Lima Sousa Professora de Química
Clarice do Rocio de Lima de Araujo Professora de Inglês
Claudia M. A. Bueno Professora de Língua Portuguesa
Clayton Hepp Graebin Professor de História
Clodoaldo J B Prado Professor de Geografia
Cristiane M C de O Ferreira Professora de Língua Portuguesa
Davide Casadesus Mastini Professor de Educação Física
Deuzir Aparecida de Lima Professora de Matemática e Física
Diego Galvão Boing Professor de Matemática
Edna S S Fogiatto Professora de Biologia
Edvaldo Giocondo Professor de Geografia
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Edna Sodre Santana Foggiatto Professora de Biologia
Elaine Fernanda Zanoni Professora de Língua Portuguesa
Eliana Sabino Professora de Ciências
Elizabete Benato Neres Professor de Educação Física
Fabiana Calfa Nassa Professora de Biologia
Franciele Stasiak Professora de Português
Francine Del Secchi Professora de Matemática e Física
Fernanda Mazetto Bezerra Professora de Educação Física
Genicson de Souza Peres Professor de Matemática
Hanna May Pereira Carvalho Professora de Ciências
Igor Emanuel de Almeida Schiavo Professor de Arte
Isabella Boza Professora de Ciências
Ivone Maria Shueda Professora de Língua Inglesa
Izaias Lima dos Santos Professor de Historia e Filosofia
João Ricardo de Almeida Professor de Filosofia e Ensino Religioso
Josiane Ferreira dos Santos Professora de Educação Física
Josiane F dos Santos Professora de Ciências
Karla Fernanda Ribeiro Neves Professora de Arte
Kelly Bonasoli de Oliveira Professora de Arte
Letícia Vieira Rosa Professora de Inglês
Lucas Loureiro Nunes Professor de História
Leizi Regina dos Santos Professora de Português
Márcia da Silva Panucci Professora de História
Maria Cândida da Fonseca Furtado Professora de História
Maria Lucia Kusma Professora de Geografia
Maria Monteiro Lapas Professora de Geografia
Mariane Otílio Fróes Professora de Educação Física
Miguel Odenir Senchuke Professor de Língua Portuguesa
Maricel Steltta Loch Professora de Ciências
Nádia Lidiane Thomazini Custodio Professora de Matemática
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Nelson Silveira Professor de Língua Portuguesa e Inglês
Paulo Roberto R Hammesch Professor de Sociologia
Rafaela Nicolau Professora de Inglês
Renata Pedrita Franco Leal Professor de Educação Física e Ciências
Ronyeber C dos Santos Professor de Matemática
Roberto Cardoso Gomes Professor de Artes e História
Sandro Alex Monteiro Lapas Professor de Matemática
Sebastião Dambroski Professor de Matemática
Sidnei Gledson Simão Professora de História
Simone Detoni Freire Professora de Inglês e Língua Portuguesa
Simone Socorro Sgoda Professora de Sociologia
Sonia Aparecida de Aquino Professora de Língua Espanhola
Teresinha de Jesus de Lima Professora de Matemática
Tiago Fernando Guimaraes Correia Professora de Geografia
Vanusa da Cruz Piakoski Professora de Educação de Física e
Ciências
Wanderson Cavalcanti S. N. Paulo Professor Interprete
3. OBJETIVOS DO PROJETO POLÌTICO PEDAGÒGICO
Estabelecer de maneira objetiva a linha de ação pedagógica para o Colégio
Estadual Chico Mendes;
Direcionar as ações administrativas;
Registrar em um documento único as diretrizes de trabalho dessa
comunidade escolar;
Suscitar melhorias no processo de ensino aprendizagem;
Alcançar resultados significativos nas avaliações externas como a Prova
Brasil, ENEM.
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4. HISTÓRICO E ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O nome Chico Mendes foi sugerido pela comunidade escolar quando o
Estado assumiu os anos finais do Ensino Fundamental e o município ficou
responsável pelos anos iniciais.
Em 1990 pela Resolução nº 216/90 de 24 de janeiro de 1990 foi criada a
Escola Estadual Chico Mendes – Ensino Regular de 1º grau.
Pela Resolução nº 4351/91 de 20 de dezembro de 1991 foi reconhecido o
curso de 1º grau Regular.
Em 1998 através da Resolução 335/98 foi autorizado o funcionamento 2º
grau Regular, com o curso de Educação geral.
Em decorrência da Resolução nº 335/98 a Escola Estadual Chico Mendes –
Ensino de 1º grau passa a denominar-se Colégio Estadual Chico Mendes – Ensino
Fundamental e Médio.
O Colégio Estadual Chico Mendes – Ensino Fundamental e Médio está
regulamentado dentro da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº
9394/96 de 20 de dezembro de 1996, baseando nos artigos da lei temos:
I - A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um
mínimo de 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar.
II - A jornada escolar diária será no mínimo de 04 (quatro) horas de trabalho
efetivo em sala de aula.
III - O Colégio segue o calendário homologado pela SEED observando os feriados,
dias facultativos e demais eventos promovidos no ano.
IV - Durante o curso não será ofertado progressão parcial nem dependência de
matérias.
V - O Colégio oferta recuperação paralela para os alunos de menor rendimento
escolar.
VI - Os docentes participam da elaboração do Projeto Político Pedagógico.
VII - Trimestralmente ou bimestralmente os pais são informados sobre a
freqüência e o rendimento escolar de seus filhos.
VIII - Os espaços curriculares são organizados por disciplinas.
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5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Um dos maiores municípios do Estado do Paraná, São José dos Pinhais
tem cerca de 250.000 habitantes e 925,6 km² de área territorial. Localizado no
Primeiro planalto com uma altitude média de 900 m, possui a maior parte de seu
território a mata Atlântica, junto a Serra do Mar. Rico em mananciais hídricos,
espécies vegetais e animais e consciente da preservação do meio ambiente, São
José dos Pinhais é um município com muitos atrativos e uma geografia singular.
Uma cidade que atrai investimentos na área econômica e oferece um nível
considerável de qualidade de vida para seus habitantes. Nós últimos sete anos a
indústria automobilística foi responsável por investimentos de mais de 2 bilhões de
dólares em São José dos Pinhais.
Na área da saúde são quatro hospitais e vinte quatro Unidades de Saúde.
Na educação, a cidade possui duas universidades e mais de 100 escolas,
contando com estabelecimentos estaduais, municipais e particulares.
Parte importante da história de São José dos Pinhais a imigração ajudou a
definir o perfil local. Poloneses, ucranianos e italianos chegaram por aqui a partir
da segunda metade do século XIX, contribuindo para o aumento populacional da
região.
O Aeroporto Internacional Afonso Pena, localizado no centro da cidade de
São José dos Pinhais, é um dos mais modernos da América Latina. Tem
capacidade para atender 3,5 milhões de passageiros / ano, 10 mil ao dia,
recebendo até 12 aeronaves simultaneamente. Atualmente, encontra-se em
expansão para atender a crescente demanda de serviços.
Na agropecuária, o município se destaca pela diversificação de seus
produtos. O setor agrícola é forte na produção de hortaliças e também no cultivo
de feijão, batata-inglesa, cogumelo, flores e frutas (caqui, ameixa, pêssego, uva, e
morango). Já no setor pecuário, além da bovinocultura, criam-se suínos, ovinos,
caprinos, eqüinos, frangos e aves ornamentais.
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Como todas as cidades progressistas, São José dos Pinhais enfatiza a
cultura. A cidade preserva sua história incentivando os valores culturais.
Imigrantes mantêm vivos os valores de seus ancestrais.
Cerca de 3600 estabelecimentos comerciais e 2750 prestadores de
serviços e 11 mil empresas dão vida e energia para uma cidade que se transforma
sem parar.
As rodovias federais BR 376 e BR 116 fazem de São José dos Pinhais o elo
de ligação entre Sudeste, Centro- Oeste, Nordeste e o Sul do Brasil. O município
está ligado ao corredor de exportação do Porto de Paranaguá pela BR 277,
compondo, assim, uma das principais vias para o Mercosul.
6) MARCO SITUACIONAL
O Colégio Chico Mendes situa-se no município de São José dos Pinhais,
distante do centro da cidade, mas de fácil acesso. Atende em média 1500 alunos
nos turnos matutino, vespertino e noturno. Enfrenta como principais problemas: a
repetência, a evasão escolar, a violência e o desinteresse de alguns alunos em
relação à importância do estudo em suas vidas. Outro problema enfrentado é a
rotatividade significativa de alunos, tendo em vista que seus pais acreditam na
possibilidade de um emprego nas diversas indústrias existentes próximas a esta
localidade e que atendem principalmente a área automobilística.
Existe uma procura muito grande por matrícula tanto no Ensino
Fundamental como no Ensino Médio, porém no decorrer do ano letivo, muitos não
completam a série na qual estão matriculados, abandonam e retornam no ano
seguinte. Outros, que se estabelecem por movimentos migratórios, devido à
instalação de indústrias ou a procura de emprego, pedem transferência.
Quadro comparativo de matrículas
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ANO 5ª
SÉRIE
6ª
SÉRIE
7ª
SÉRIE
8ª
SÉRIE
1º
ANO
2º
ANO
3º
ANO
TOTAL
2007 308 305 216 193 153 120 89 1384
2008 319 279 275 193 169 131 97 1463
2009 322 244 244 217 152 145 105 1429
2010 324 282 218 242 195 122 120 1503
2011 324 282 215 242 212 139 121 1535
FONTE: Relatórios do SERE: Plataforma de turmas
Abandono
ANO 5ª
SÉRIE
6ª
SÉRIE
7ª
SÉRIE
8ª
SÉRIE
1º ANO 2º ANO 3º ANO
2007 22 22 20 9 43 14 11
2008 21 27 24 10 32 19 12
2009 33 17 14 3 3 6 0
2010 0 0 0 0 0 0 0
FONTE: Relatórios do SERE
Transferência
ANO 5ª
SÉRIE
6ª
SÉRIE
7ª
SÉRIE
8ª
SÉRIE
1º ANO 2º ANO 3º ANO
2007 17 25 17 17 20 11 7
2008 18 14 10 8 22 13 8
2009 38 33 26 13 0 3 0
2010 35 18 37 20 6 1 1
FONTE: Relatórios do SERE
Reprovados
ANO 5ª
SÉRIE
6ª
SÉRIE
7ª
SÉRIE
8ª
SÉRIE
1º ANO 2º ANO 3º ANO
14
2007 62 41 37 22 20 8 2
2008 76 41 46 32 14 9 0
2009 52 25 12 13 6 0 1
2010 27 23 24 23 0 0 0
FONTE: Relatórios do SERE
Reprovados por frequência
ANO 5ª
SÉRIE
6ª
SÉRIE
7ª
SÉRIE
8ª
SÉRIE
1º ANO 2º ANO 3º ANO
2007 43 37 33 21 15 22 11
2008 50 39 51 31 21 18 8
2009 52 37 21 3 3 2 0
2010 45 24 45 40 3 0 0
FONTE: Relatórios do SERE
A faixa etária é bastante diversificada, o que caracteriza a existência de
turmas heterogêneas.
Possuímos dois complexos. No complexo I funcionam: 9 salas de aula,
cozinha, Laboratório de Biologia, Química, Física, Laboratório de Informática, Sala
dos professores, Sala de multimeios, Setor pedagógico e Administrativo,
Banheiros e Biblioteca. No mesmo existe uma área coberta, utilizada para
atividades recreativas, apresentações e lanche dos alunos. Para a prática
esportiva a escola possui uma quadra simples e sempre que é possível utiliza-se o
Ginásio Municipal do bairro. O complexo II é composto por 7 salas de aula, sendo
as mesmas de madeira.
O Colégio oferta às modalidades Ensino Fundamental e Ensino Médio nos
períodos matutino (Fundamental e Médio), vespertino (Fundamental) e noturno
(Fundamental e Médio). No período matutino atende 16 turmas, vespertino 14
turmas e no noturno12 turmas. Existe também o programa federal Mais Educação
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que atende alunos do Ensino Fundamental em regime integral por um período de
7 horas. No contraturno os alunos frequentam diferentes oficinas (Grafite, Tênis de
mesa, Clube de Ciências, Dança, Rádio escola e Fanfarra) que complementam a
carga horária de estudo. Nesse regime são atendidos 120 alunos.
O CELEM beneficia toda a comunidade, existindo duas turmas do nível I e
uma turma do nível II. No final de semana a comunidade também pode usufruir
das dependências do Colégio através do Programa Escola Aberta. As salas de
apoio e aprendizagem, (Matemática e Língua Portuguesa) auxiliam os alunos com
dificuldade de aprendizagem no 6º ano e 9º ano.
O gráfico abaixo demonstra o total de alunos atendidos nos três turnos.
TURNO 2007 2008 2009 2010 2011
MANHÃ 588 597 604 621 693
TARDE 513 512 514 574 553
NOITE 283 354 355 388 395
FONTE: Relatórios do SERE: Plataforma de turmas
Contamos com professores que ministram aulas no Ensino Fundamental
que utiliza do sistema trimestral. No Ensino Médio organizado por Blocos de
Disciplinas Semestrais, com o sistema de avaliação bimestral. A equipe
pedagógica e administrativa é formada por: diretor geral, dois diretores auxiliares e
pedagogos.
O setor administrativo executa as atividades que garantem o funcionamento
da secretaria, laboratório de informática, sala de multimeios e biblioteca. Contanto
com 10 agentes educacionais II. A organização do prédio é feita por 12
funcionários agentes educacionais I.
As horas atividades são realizadas no turno de trabalho do professor,
seguindo horário estabelecido individualmente, e são utilizadas para:
planejamento, estudo, correção de avaliação e atendimento aos pais.
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As distribuições das aulas acontecem conforme as orientações da SEED –
NRE-AMS. O número de professores que participam da etapa inicial de formação
continuada é baixo, comparado ao número total de profissionais que trabalham no
Colégio. Este fato acontece devido aos professores possuírem lotação em outras
unidades do município e muitos trabalham com regime de contrato.
No início do ano também ocorre à solicitação de ordem de serviço para
estabelecimentos próximos de sua residência, gerando conseqüentemente
contratos temporários.
O setor pedagógico acompanha o trabalho docente, orienta quanto ao uso
de materiais didáticos e quanto às metodologias, verifica a escrituração dos
registros de classes, uso do laboratório de informática \ ciências, orienta quanto ao
Plano de Trabalho Docente, aconselha alunos com problemas disciplinares ou
referentes à aprendizagem e busca a integração entre a família \ escola. As
maiores dificuldades do setor pedagógico estão na consolidação do quadro de
pedagogos. Atualmente existe apenas uma pedagoga lotada na unidade, existindo
8 vagas em aberto que são preenchidas por profissionais da área no decorrer do
ano. A rotatividade do quadro acontece nos últimos 5 anos e dificulta a
consolidação do trabalho pedagógico.
As maiores dificuldades identificadas pelos professores estão:
- no acesso aos materiais pedagógicos da biblioteca;
- na distribuição do livro didático para os alunos que é bastante demorada por
questões organizacionais;
- na falta de infra-estrutura para as aulas de Arte e Educação Física (espaço
físico);
- na entrega tardia do livro de chamada, por parte da secretaria, que gera acúmulo
do registro de frequência e conteúdos, sobrecarregando as horas atividades;
- falta de infra-estrutura referente aos eventos promovidos pela escola que
possuem regras específicas;
- no horário, que sofre muitas alterações no decorrer do ano letivo e dificulta o
andamento das aulas. Uma vez que as provas precisam ser canceladas e os
materiais necessários não estão nos momentos previstos.
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Em relação ao atendimento a pais e alunos, os professores observaram
que:
- precisa existir uma reorganização do tempo, pois nem sempre podem atendê-los
e muitas vezes são chamados em sala, e estão no meio de explicações ou de
avaliações;
- os conflitos precisam ser resolvidos, mas situações imediatistas muitas vezes
causam danos sérios a todo um processo exigindo então análise do caso e
administração de situações. Aqui não se pode esquecer que casos complexos
exigem resoluções imediatas e outros permitem medidas diferenciadas.
Foi identificado que existe facilidade de acesso as salas de aula o que leva
muitas vezes a interrupção, por alunos que não pertencem ao horário ou mesmo
pessoas que adentram a unidade.
No que diz respeito à organização do tempo, observa-se que o intervalo
não é respeitado por alguns alunos, que insistem em permanecer no pátio interno,
retardando a entrada em sala para cumprimento de suas atividades. Além disso,
também existe a dificuldade causada pela falta de professores, o que torna mais
complexa a rotina.
No que se refere ao Conselho de Classe, observa-se que muitos
professores não cumprem as convocações, e isto é considerado pelo grupo, um
problema muito sério, já que demonstra falta de comprometimento com o processo
de ensino aprendizagem.
As reuniões pedagógicas acontecem conforme o Calendário escolar.
Sendo usado para estudo, o repensar da práxis e da missão de ensinar.
O Laboratório de Ciências \ Biologia \ Química precisa ser mais utilizado
para aulas práticas destas disciplinas. O laboratório de informática encontra-se em
funcionamento, atendendo professores, funcionários e alunos, possibilitando
assim a inclusão digital.
O uniforme escolar é adotado para o diurno por opção dos pais, decisão em
assembléia. E para o noturno, a carteirinha, item importante para a identificação
do aluno.
Atualmente o Colégio funciona da seguinte maneira:
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Matutino: 7 h 30 min às 11 h 45 min
Vespertino: 13 h às 17h 15 min
Noturno: 19 h às 22 h 50 min e mais as complementações previstas em calendário
escolar que acontecem no sábado.
As aulas são de 50 minutos e o intervalo tem duração de 15 minutos.
Os pais são chamados à escola sempre que necessário: em reuniões para
entrega de notas, reunião da APMF (representantes) e Conselho Escolar
(representante) e observa-se um aumento crescente na participação de todos,
pelas questões escolares.
Quanto ao local de residência constatou-se que a maioria reside no Bairro
São Marcos e os demais nas localidades próximas ao Colégio sendo elas: Jardim
Carmem, Jardim Fabíola e Aquárius. A distância entre a casa e a escola é
pequena para grande parte dos alunos que vem a pé e os que moram em outros
bairros utilizam como meio de transporte, ônibus, carro, moto e vans.
A dinâmica familiar demonstra que muitos são solteiros e moram com os
pais, mas há casados e há ainda os que vivem com amigos. Como ofertamos o
Ensino Fundamental, no período noturno, muitos alunos são pais de alunos do
diurno.
Na situação sócia econômica, verificamos, mediante pesquisa por
amostragem, que a renda familiar concentra-se na média de 3 a 5 salários
mínimos.
Os hábitos de lazer mais citados são: televisão, igrejas e festas organizadas
por adolescentes. O acesso a teatros, cinemas, bibliotecas, clubes e livrarias é
restrito a uma pequena parcela de alunos. Verificou – se que o número de livros
lidos encontra-se na faixa de 1 a 3, ao ano.
Em relação aos hábitos de estudo, na opinião dos alunos, os mesmos
encontram facilidade em Educação Física e Arte. As demais disciplinas
apareceram elencadas abaixo destas, dividindo opiniões. As que exigem cálculo
(Matemática, Física e Química), são as que apareceram, na pesquisa, como
aquelas em que os alunos encontram maior dificuldade para entender.
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Ao procurar identificar a metodologia de trabalho adotada pelo professor
que melhor adapta-se aos alunos, encontramos o trabalho em grupo como o mais
aceito, seguido de: filmes, aulas expositivas, debates e seminários.
De acordo com o IDEB o Colégio alcançou média 3,3 (três vírgula três),
demonstrando um crescimento em relação a 2005, quando a média foi 2,5 (dois
vírgula cinco).
Na Prova Brasil, a pontuação de 2005 – 2007 baixou tanto em Língua
Portuguesa como em Matemática.
Com base nas informações do Portal Dia-a-Dia podemos constatar que de
2005 – 2007 a taxa de reprovação aumentou e a de abandono diminuiu, mas
ainda continua um tanto quanto elevada.
Os registros finais demonstram baixo aproveitamento escolar em todas as
séries do Ensino Fundamental e Médio em virtude do grande número de
aprovações por Conselho de Classe. Apenas nos 2º e 3º anos do Ensino Médio é
que os aprovados por média alcançam um índice razoável.
Outro dado importante diz respeito aos alunos do Ensino Médio que
procuram ingressar no mercado de trabalho através de estágios e de contratações
efetivas. Constatamos que a procura é crescente e grande parte da rotatividade do
Ensino Médio acontece devido a esta situação.
O Conselho de Classe é um momento de reflexão e trata das questões da
aprendizagem. No decorrer do ano realizam-se três Conselhos de Classe do
Ensino Fundamental e quatro do Ensino Médio, e várias são as sugestões com o
intuito de redimensionar a prática do professor e alcançar melhorias no
desempenho escolar.
A principal função do Conselho de Classe é analisar os avanços, as
dificuldades dos alunos e sugerir intervenções no processo de ensino
aprendizagem. No início de cada Conselho de Classe são estabelecidos os
critérios para o mesmo, incluindo a análise de gráficos que demonstram os
resultados obtidos no trimestre, no ano anterior e a média da turma em relação a
cada disciplina.
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Cada turno de trabalho possui sua especificidade. Os alunos do matutino
são os que realizam maior número de pesquisas na biblioteca e também há uma
grande procura da comunidade pelas vagas neste turno e a desistência é baixa.
O vespertino apresenta características semelhantes, mas os problemas
indisciplinares é maiores e de desistência.
O período noturno atende aos alunos que não conseguiram matrícula nos
outros turnos, os que trabalham, realizam estágios ou cursos e também atende
aos alunos que deixaram de estudar por algum motivo e retornaram para concluir
seus estudos no Ensino Fundamental e Médio. Nesse turno o índice de evasão é
alto, muitos precisam conciliar trabalho com estudo, atender a família e cuidar de
irmãos menores ou filhos.
Além disso, é o que possui maior número de licença maternidade;
diferença entre idade e série com isso são usadas metodologias diferenciadas,
pois muitas vezes não há tempo para realizar os trabalhos propostos.
Os professores procuram desenvolver projetos para participar do FERA-
CONSCIENCIA, Jogos Escolares, e outros. Em relação à participação em cursos,
simpósios, grupos de estudo, GTR temos uma grande procura por qualificação.
Uma dificuldade encontrada pelos docentes e equipe pedagógica refere-se
ao acompanhamento da família, que muitas vezes, não participa do processo de
ensino aprendizagem deixando tudo a cargo da escola. O grande desafio a ser
vencido está nesta articulação família / escola visto que a rotina de estudos, a
realização de trabalhos extraclasse e tarefas de casa são prejudicadas pela falta
de acompanhamento. A indisciplina também se torna elevada quando os filhos
percebem que os pais estão distantes da escola e não possuem tempo para
acompanhar e, até mesmo atender os chamados do Colégio. O problema do
acompanhamento escolar é tão grave que somente através da escola os pais
tomam ciência das faltas excessivas, do abandono e das notas baixas. Temos
alguns pais presentes e atuantes.
O número de alunos atendidos e acompanhados pelo Conselho Tutelar de
São José dos Pinhais é crescente e alguns, estão nesse órgão por cometerem ato
infracional e encontrarem-se no regime de Liberdade Assistida. Existe uma
21
parceria com a Casa Verde (atendimento familiar), a qual atende alunos do
Colégio que precisam de apoio pedagógico, acompanhamento psicológico ou
acompanhamento médico. O Programa Atitude também atende alunos que
apresentam dificuldade de aprendizagem e ou necessidade de encaminhamento
por questões referentes ao atraso escolar. No bairro também contamos com duas
assistentes sociais que prestam aconselhamento às famílias, sempre que o
Colégio encaminha e auxiliam na questão do abandono ou número excessivo de
faltas, realizando visitas.
A equipe administrativa faz uso da gestão democrática e incentiva a
participação de todos, procurando respeitar as decisões coletivas que tragam
benefícios para o Colégio.
Em relação aos pais que se comprometem com a APMF (Associação de
pais, mestres e funcionários), Conselho Escolar tem uma participação efetiva. A
equipe pedagógica administrativa mantém um relacionamento próximo com a
comunidade. A presença dos pais na escola acontece mediante solicitação /
convocação e poucos vem por incentivo próprio. Observa-se maior índice de
comparecimento à escola, quando acontecem as reuniões de pais, para entrega
do informativo escolar (boletim), isso no fechamento do trimestre/bimestre.
O sistema de avaliação prevê notas a cada trimestre /bimestre e diferentes
instrumentos avaliativos são utilizados para alcançar à média. Entre eles temos:
provas, seminários, trabalhos, produção de textos e outros. A progressão para a
outra série acontece por meio da média que é o resultado da soma dos trimestres
/ bimestres dividido por 3 ou no caso do bimestre por 2. O Regimento prevê o uso
de diferentes instrumentos para se chegar à média. A freqüência para a promoção
é de 75% dos dias letivos. Os casos que não atingem este item são analisados
pelo Conselho de Classe.
Em relação ao processo de revisão do resultado final, o Regimento Escolar,
prevê que o responsável deverá solicitar revisão por escrito, indicando os motivos
e o mesmo será deferido ou indeferido pela equipe diretiva. Caso seja deferido
haverá nova reunião do Conselho de Classe.
22
Atualmente o Colégio Estadual Chico Mendes atende um total de 1609
alunos matriculados nos períodos matutino, vespertino e noturno e participa dos
seguintes projetos do MEC-SEED, (PDE-Escola, PDDE, Ensino Médio Inovador,
Escola Aberta, Mais Educação, Atitude, Paraná Alfabetizado e Vila da Cidadania)
da Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais: Vereador Mirim. Possuí salas de
apoio à aprendizagem e CELEM - Espanhol.
7 - Marco conceitual
O homem necessita continuamente estar produzindo a sua existência, com
isso transforma o ambiente onde vive através do trabalho.
Saviani nos coloca:
“... o homem é um ser natural, peculiar, distinto dos demais seres naturais,
pelo seguinte: enquanto estes em geral – os animais inclusive - adaptam-
se à natureza e, portanto, têm já garantidas, pela própria natureza, suas
condições de existência, o homem precisa adaptar a natureza a si,
ajustando-a, segundo as suas necessidades (Saviani, 1991, p 96).”
E ainda nos lembra que o homem vai construindo o mundo histórico, o
mundo da cultura, o mundo humano e a educação, nesse tipo de sociedade, com
interesses divergentes, exerce a função mediadora e somente a partir dela
poderemos alcançar a igualdade social em termos reais.
Já Paro (2004, p 108) nos diz:
“Na produção material de sua existência, na construção de sua história,
o homem produz conhecimentos, técnicas, valores, comportamentos,
atitudes, tudo enfim que configura o saber historicamente produzido.
Para que isso não se perca, para que a humanidade não tenha que
reinventar tudo a cada nova geração, fato que a condenaria a
permanecer na mais primitiva da situação, é preciso que o saber esteja
permanentemente sendo passado para as gerações subseqüentes. Essa
mediação é realizada pela educação, entendida como a apropriação do
saber historicamente produzido.”
23
Nesse sentido entendemos a sociedade como um conjunto de pessoas que
vivem diversas relações em um contexto coletivo, sendo que este contexto não
está necessariamente estruturado e fechado num modelo padronizado, mas sim,
organizado em grupos afins e apesar de ocorrerem mudanças profundas nos
diversos campos, nas últimas décadas, com o desenvolvimento das tecnologias
da comunicação e informação, ainda vivemos numa sociedade de classes oposta,
caracterizada por interesses da classe dominante.
Saviani ressalta que a educação interfere na sociedade, podendo efetivar
sua transformação, mas também a sociedade exerce um papel determinante
sobre a educação, por isso a necessidade da consciência crítica. Assim, a
educação exerce o poder de se relacionar dialeticamente com a sociedade,
influenciando-a e transformando-a.
“A educação é um fato existencial. Refere-se ao modo como (por si
mesmo e pelas ações exteriores que sofre) o homem se faz ser homem.
A educação configura o homem e em toda sua realidade. A educação é
um fato social. Refere-se à sociedade como um todo. (PiNTO, 1982)”
A educação tem como finalidade a preparação do educando para o
exercício da cidadania; nos diz a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN 9394/96, Art. 2º, P. 5)
A escola por sua vez é o espaço social responsável pela apropriação do
saber universal, cujo papel é o de socializar esse saber a todos. Essa apropriação
do conhecimento deve ocorrer de forma crítica e histórica, pois só compreendendo
a realidade social é que se pode atuar de forma crítica e democrática para a
transformação dessa realidade.
Lembrando SAVIANI (1992, P. 17)
“O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em
cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e
coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz
respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam
24
ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se
tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das
formas mais adequadas para atingir esse objetivo.”
Cientes dessa realizada social, da necessidade de transformação e do
importante papel da escola pública, cuja natureza e especificidade da educação
refere-se ao trabalho não material que não se subordina ao capital, o Colégio
Estadual Chico Mendes estabelece como linha de trabalho a tendência
Pedagógica História-Crítica, mas não despreza as outras tendências pedagógicas.
O currículo se constitui a partir do estudo dos fundamentos cientifico
tecnológicos e histórico sociais, tornando-se uma prática informada pela teoria,
pela história da ciência e pela travessia da humanidade na luta pelo
conhecimento. O conhecimento é o centro da organização escolar, é o objeto de
trabalho da escola.
Moreira (2008, p. 17), coloca que a palavra currículo está associada a
diferentes concepções da educação, fatores políticos, históricos e sociais e
entendem o currículo como as experiências escolares que se desdobram em torno
do conhecimento, em meio às relações sociais, e que contribuem para a formação
da identidade dos estudantes.
Ainda menciona que existe um currículo oculto que não está explicito nas
escolas e por isso nem sempre é percebido, mas sua análise é importante já que
está carregado de significado. Trata-se de atitudes, valores, rotinas escolares,
princípios adotados, mensagens explícitas na fala dos professores.
Relembrando ainda Moreira (2008, p. 19)
O currículo e, em outras palavras, o coração da escola, o espaço central
em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo
educacional, responsáveis pela sua elaboração. O papel do educador no
processo curricular é, assim, fundamental. Ele é um dos grandes artífices,
queria ou não, da construção do currículo que se materializa nas escolas e
nas salas de aula.
Gomes, (2008, p. 23), coloca:
25
“O currículo não está envolvido em um simples processo de transmissão
de conhecimentos e conteúdos. Possui um caratês político e histórico e
também constitui uma relação social, no sentido de que a produção
humana nele envolvida se realiza por meio de uma relação entre pessoas”.
O processo de ensino – aprendizagem ocorre a partir do uso dos métodos
da prática social, onde se confrontam os saberes trazidos pelo homem ao longo
de sua história e compreensão da realidade social para posterior intervenção. A
ênfase ocorre nas relações histórico-sociais que constituem a relação dialética
entre objeto e sujeito.
Rays, (2008, p. 17) nos coloca:
O ato de ensinar está ligado ao ato de intervir (pedagogicamente),
mediado pelo diálogo intersubjetivo (ato comunicativo horizontal). A
intervenção pedagógica é, a um só tempo, um ato político, histórico,
cultural, pedagógico e contextualizado, uma vez que a realidade concreta
é uma realidade inacabada e um processo de transformação.
Segundo Saviani, uma prática pedagógica eficiente pressupõe a exigência
de tratamento diferenciado de respeito às diferenças individuais e aos diferentes
ritmos de aprendizagem, bem como a ênfase na diversificação metodológica e
técnica, no sentido de suprir as carências dos educandos. Assim, uma prática
pedagógica que propõe uma interação entre conteúdo e a realidade concreta, visa
à transformação da sociedade através da ação – compreensão – ação do
educando, que enfoca os conteúdos, como produção histórico-social de todos.
Saviani indica ainda, que a educação deve atuar de forma a transformar o ser
humano em um ser filosófico, levando-o a compreender do mundo e a entender a
interpretação dos seus fenômenos.
Ainda em relação à prática pedagógica Rays nos coloca que nenhum
educador deveria agir sem saber o que pretende com suas aulas e sem refletir
sobre o seu sentido e significado para a aprendizagem do educando (Oswaldo
Alonso Rays, 2008, p. 18).
26
Para tanto, é necessário o trabalho com conteúdos vivos e atualizados, pois
esta é uma das tarefas primordiais do processo educativo em geral e da escola
em particular. Os conteúdos abordados são conhecimentos culturais, universais,
incorporados pela humanidade e permanentemente avaliados face às realidades
sociais. Como conteúdos universais entendemos aqueles que são indispensáveis
para a compreensão da prática social, reveladores da realidade concreta de forma
crítica e que apresentam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de
transformação da realidade social.
É importante ressaltar que a cultura é entendida como prática social.
Cultura, então, é algo que tem significado que é produzido e compartilhado por um
determinado grupo e não pode ser considerado como coisa ou evento.
Moreira nos coloca que quando um grupo compartilhado uma cultura,
compartilha um conjunto de significados, construídos, ensinados e aprendidos nas
práticas de utilização da linguagem (Antonio Flavio Barboza Moreira, 2008, p. 27).
Nesta perspectiva professor e aluno são ambos caracterizam-se como
sujeitos ativos, sendo o professor autoridade competentes que direciona o
processo pedagógica, interfere e cria condições necessárias à apropriação do
conhecimento. O aluno é sujeito ativo no processo de apropriação e de
significação do conhecimento.
Na aprendizagem podem ser utilizados diversos instrumentos, pois o
importante é conseguir que o aluno demonstre domínio, perceba-se determinar e
capaz de optar conscientemente por mudanças na sociedade.
A avaliação é prática emancipadora, com função diagnóstica permanente,
pois é um meio de obter informações necessárias ao desenvolvimento da prática
pedagógica e para intervenção no processo de ensino-aprendizagem. A avaliação
é também uma maneira de verificar se o aluno superou o estágio do senso comum
e alcançou a consciência crítica.
Fernandes coloca que a avaliação ocorre dentro do processo pedagógico e
deve ser usada tanto no sentido do acompanhamento do estudante como na
apreciação final sobre o que este estudante pôde obter em um determinado
período. (Claudia de Oliveira Fernandes, 2008, p. 20).
27
No documento da Semana Pedagógica de fevereiro de 2009 (SEED, p. 23)
temos:
“No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como
meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como
instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma
dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a
aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma
reflexão sobre a ação da prática pedagógica”.
E ainda (SEED, P. 23):
“A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que
essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto historio e no
espaço onde os alunos estão inseridos”.
Já Luckesi coloca que a avaliação é um ato do processo de construção de
resultados satisfatório e para que ela cumpra seu verdadeiro papel assumir a
função de subsidiar a construção da aprendizagem.
O aluno, nessa aprendizagem e se organiza para as mudanças
necessárias.
A Lei 11788/2008 permite que o aluno do Ensino Médio participe de
estágios não obrigatórios, cabendo a escola subsidiar, a partir das diferenças
disciplina, a análise do mundo do trabalho.
As Diretrizes Curriculares Estaduais, a Proposta Pedagógica do Colégio, o
livro didático público e os livros didáticos do programa PNLD são alguns dos
matérias utilizados para a elaboração do Plano de Trabalho Docente. Entende-se
como Plano de Trabalho Docente a definição da ação do professor na turma que
atua, considerando as DCE’S, o Projeto Político Pedagógico, a Proposta
Pedagógica. O Plano de Trabalho Docente vede conter: Conteúdos estruturantes,
Conteúdo especifico, Critérios de avaliação, Justificativa, Encaminhamento
Metodológico, Recursos didáticos e Referências.
28
Os recursos tecnológicos como a TV pen-drive e o Laboratório Paraná
Digital possibilitam ao professor acesso às tecnologias. A Biblioteca do Professor
oferece embasamento teórico para elaboração de suas aulas.
Entendemos que a tecnologia não pode estar desvinculada da prática
pedagógica e o documento da Semana Pedagógica de 2009 da SEED (p. 42)
coloca que:
“A acelerada renovação dos meios tecnológicos nas mais diversas áreas
influencia, consideravelmente, as mudanças que ocorrem na sociedade. O
acesso as tecnologias de informação e comunicação, amplia as
transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma
como se constrói o conhecimento”.
E ainda neste documento temos a confirmação que o uso de novas mídias
permite mudar a maneira de ver, ler e compreender o mundo.
Eventos ofertados pela mantenedora como FERA, JOCOP'S, COM
CIÊNCIA oferecem aos alunos o contato com outras realidades e abordagem
diferenciada dos conteúdos.
O processo de formação continuada implica numa reflexão sobre o
significado do processo educativo. É uma política pública que viabiliza a qualidade
da aprendizagem do aluno e possibilita ao profissional, ampliar a visão da sua
área de atuação e proceder à avaliação de suas práticas.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, ao tratar
dos “Profissionais da Educação” estabelece no art. 67 que:
Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos
planos de carreira do magistério: (...) II – aperfeiçoamento profissional
continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse
fim; (...) IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação do
desempenho; V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
incluído na carga horária.
29
O Estatuto do Magistério, artigo 82, inciso I, alínea m: O professor ou
especialista da educação tem o constante dever de observar a relevância de suas
atribuições, [...] observando as normas seguintes, frequentar, quando designando
cursos legalmente instituídos para aperfeiçoamento profissional.
Assim, pensar em formação continuada dos profissionais da educação
constitui-se em considerar as dimensões cientificas teórica do trabalho, uma vez
que a política de formação em serviço passa considerar o conhecimento e a
experiência vinculados à realidade educacional que se situa no contexto histórico,
político, social e econômico.
A gestão democrática possibilita a escola pública à participação de todos os
segmentos, contribuindo assim para a efetivação do processo de ensino-
aprendizagem, construção, execução e avaliação da proposta pedagógica. A
participação da coletividade na atividade educativa pressupõe transparência nas
decisões, representatividade e participação política. O processo de escolha de
diretores é um exemplo claro da gestão democrática que tem por base os
princípios da participação, autonomia e liberdade. Faz parte desse processo a
escolha do aluno representante de turma e do professor representante.
O diretor é o responsável pela efetivação da gestão democrática e sua
principal função é a de assegurar o alcance dos objetivos definidos no Projeto
Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.
As instancias colegiadas permitem a participação de toda a comunidade
escolar nas decisões do processo educativo, democratizam as relações que se
desenvolvem na escola, contribuindo para o aperfeiçoamento da ação
administrativa e pedagógica.
“A instituição administrativa colegiada, ao requerer a participação de toda a
comunidade escolar nas decisões do processo educativo, democratiza as
relações que se desenvolvem na escola, contribuindo para o
aperfeiçoamento de sua ação administrativa e pedagógica. Logo, se o
colegiado é entendido como instancia de análise e decisão de questões
relativas ao processo educacional torna-se evidente que o mesmo compete
às deliberações a respeito da proposta educativa conduzida pela escola
(...). Assim, reconhece-se no colegiado uma possibilidade para sustentar
30
uma prática pedagógica progressista na escola pública na medida em que
cabe a ele o exercício das funções normativas e deliberativas a prática
pedagógica a ser efetivada pela escola. (PRAIS, 1990, p. 60)”.
Temos como instância colegiada o Conselho Escolar, a Associação de
Pais, Mestres e Funcionários – APMF, o Grêmio Estudantil e o Conselho de
Classe.
7.1 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Pensar em concepção de infância na atualidade nos remete a refletir sobre
os diversos âmbitos que esta questão traz, mas me delimitarei a pensar nesta
sobre o contexto social atual e no contexto educacional, tendo como base a
concepção de infância que o Referencial Curricular Nacional para educação
infantil traz em suas propostas.
Mas a concepção de infância vai sendo mudada conforme a sociedade
passa a vê-la com um olhar mais centrado de que esta é um indivíduo que
pertence à sociedade, que está inserido em sua cultura e dela aprende, tem "voz",
ou seja, tem sua forma de vivê-la, e por esta é influenciada e a esta também
influencia.
A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns séculos
atrás. É importante salientar que a visão que se tem da criança é algo
historicamente construído, por isso é que se podem perceber os grandes
contrastes em relação ao sentimento de infância no decorrer dos tempos. O que
hoje pode parecer uma aberração, como a indiferença destinada à criança
pequena, há séculos atrás era algo absolutamente normal. Por maior estranheza
que se cause a humanidade nem sempre viu a criança como um ser em particular,
e por muito tempo a tratou como um adulto em miniatura. A criança possui no seu
primeiro ano de vida a capacidade de se comunicar com as pessoas do seu
convívio social, sem usar a linguagem verbal ou a fala, pois para essas crianças
podem existir outras formas de comunicação: o gesto, a expressão facial, o choro
31
o grito. O trabalho educativo deve proporcionar: “O contato com as múltiplas
linguagens de forma significativa, não havendo sobreposição do domínio do
código escrito sobre as demais atividades;” (inciso II do artigo 8º da deliberação
02/05). Com isto a criança capta as atitudes, o modo de trabalho, hábitos, os
valores, para apropriar-se do conhecimento, da experiência histórico-social,
constituindo-se um ser humano.
Nos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança. Agora
se procura entender a criança como um ser sócio-histórico, onde a aprendizagem
se dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa perspectiva
sócio-interacionista tem como principal teórico Vigotsky, que enfatiza a criança
como sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta (OLIVEIRA, 2002).
Entendemos que a sociedade de hoje tem como objetivo alienar as
pessoas principalmente as que não têm uma educação de qualidade, acreditamos
que se trabalharmos desde a infância conceitos como ética, valores sociais
familiares, religiosos, culturais dentre outros, porém, contextualizando-os e
adaptando-os a faixa etária e desenvolvimento cognitivo das crianças de forma
que os professores possa mediar à construção dos conhecimentos das crianças.
O atual momento histórico pelo qual a Educação Brasileira esta passando reforça
esse entendimento de educação e infância, uma vez que, o ensino fundamental
séries finais poderá receber alguns alunos com um ano mais novos. Isso ocorre
devido ao Ensino de Nove Anos o qual e legitimado segundo o Portal do MEC.
Leis Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – admite a matrícula no Ensino Fundamental de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 – estabelece o ensino fundamental de nove anos como meta da educação nacional. Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005 – altera a LDB e torna obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental. Parecer CNE/CEB nº 4/2008, de 20 de fevereiro de 2008: Reafirma a importância da criação de um novo ensino fundamental, com matrícula obrigatória para as crianças a partir dos seis anos completos ou a completar até o início do ano letivo. Explicita o ano de 2009 como o último período para o planejamento e organização da implementação do ensino fundamental de nove anos que deverá ser adotado por todos os sistemas de ensino até o ano letivo de 2010. Reitera normas, a saber: o redimensionamento da educação infantil; estabelece o 1º ano do ensino
32
fundamental como parte integrante de um ciclo de três anos de duração denominado “ciclo da infância”. Ressalta os três anos iniciais como um período voltado à alfabetização e ao letramento no qual deve ser assegurado também o desenvolvimento das diversas expressões e o aprendizado das áreas de conhecimento. Destaca princípios essenciais para a avaliação.
O combate ao neoliberalismo na educação, lembrando Frigotto (1995), é
uma das tarefas nessa luta, acenando possibilidades de atingirmos novos
patamares no processo de transformação da realidade. Observamos que se faz
necessário priorizar o ensino de valores e princípios fundamentais na educação
infantil, afirmar a liberdade, autonomia e a qualidade, os princípios de democracia
e solidariedade, mas não como o proposto no projeto neoliberal, por meio da
regulação do mercado ou da lei do mais forte.
7.2 CONCEPÇÃO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Durante muito tempo a alfabetização foi entendida como mera
sistematização do “B + A = BA”, isto é, como a aquisição de um código fundado na
relação entre fonemas e grafemas. Em uma sociedade constituída em grande
parte por analfabetos e marcada por reduzidas práticas de leitura e escrita, a
simples consciência fonológica que permitia aos sujeitos associar sons e letras
para produzir/interpretar palavras (ou frases curtas) parecia ser suficiente para
diferenciar o alfabetizado do analfabeto.
Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um
indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-
históricos da aquisição de uma sociedade (Tfouni, 1995, p. 20).
A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o
décimo segundo ano de vida de uma pessoa. É um período de grande
desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da
criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade.
Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se
33
psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e
na aquisição das bases de sua personalidade.
As crianças são curiosas, querem saber, já vêm para a escola com uma
carga de conhecimentos prévios, de hipóteses sobre a leitura e escrita que vêem
no mundo. Deste modo, a questão não é simplesmente discutir se deve ou não
alfabetizar já na educação infantil, mas sim como fazê-lo, considerando as
especificidades da criança na faixa etária de 5 e 6 anos.
Como afirma Cagliari (1999, p. 106):
[...] aos cinco anos uma criança está mais do que pronta para ser
alfabetizada, basta o professor desenvolver um trabalho correto de ensino
e de aprendizagem na sala de aula. Nessa idade ela já conheceu e
aprendeu muita coisa da vida, do mundo e até da história, já testou sua
participação na sociedade, seu relacionamento com pessoas diferentes.
Acredito que a educação infantil deva atender as crianças pequenas em
suas necessidades emocionais, sociais, afetivas, físicas, num espaço aonde as
ações desenvolvidas estejam voltadas também para o desenvolvimento do
conhecimento, da criatividade e da autonomia. Para tanto, é preciso que este
espaço seja um ambiente estimulante e rico em desafios, um espaço no qual a
criança, entre tantas habilidades desenvolvidas, possa também ampliar seu
universo cultural por meio do contato com a leitura e a escrita reconhecendo sua
função comunicativa.
Alfabetizar não é um trabalho simples e fácil, ao contrário, ao se alfabetizar,
além de tornar a criança capaz de ler e escrever é preciso também envolvê-la nas
práticas sociais da leitura e escrita de modo que aprendam a fazer uso delas.
Com freqüência o termo alfabetização é relacionado ao domínio dos
procedimentos de leitura e escrita. Neste sentido, pode-se definir alfabetização
como um processo pelo qual as pessoas aprendem a ler e escrever. Já o
letramento refere-se ao uso da leitura e da escrita nas práticas sociais cotidianas.
34
Para Soares (1985, p. 20), o conceito de alfabetização pode desenvolver-
se em torno de dois pontos de vista: num primeiro enfoque, ler e escrever
pode significar o “domínio da mecânica” da língua escrita, ou seja, a
“codificação da língua oral em língua escrita (escrever) e decodificação da
língua escrita em oral (ler)”.
A dificuldade de aprendizagem centra-se toda na criança, seja por
imaturidade; hiperatividade; desatenção; problemas emocionais relacionados à
família ou até por distúrbios mais complexos. Por falta de esforço, de dedicação
ou, talvez, até mesmo pela formação recebida, uma reflexão do professor sobre
sua prática de ensino ou uma possível mudança de postura provocada por esta
reflexão pode acabar ficando em segundo plano.
A criança trabalha cognitivamente (isto é, procura compreender) desde
muito cedo informações das mais variadas procedências: os próprios textos nos
respectivos contextos em que aparecem (embalagens, cartazes de rua, tevê,
peças de vestuário, assim como livros e periódicos); informação específica
destinada às crianças (alguém lê uma historia para elas, diz-lhes que esta ou
aquela forma é uma letra ou um número, escreve seu nome para elas, etc.);
informação obtida através de sua participação em atos sociais dos quais fazem
parte o ler e escrever (FERREIRO, 1989, p. 98).
Desta forma considera-se que, toda criança ao ingressar na escola já traz
consigo informações acerca da linguagem escrita que recebeu anteriormente e
processou de alguma forma a fim de compreendê-las. “Só é possível atribuir
ignorância às crianças pré-escolares quando pensamos que o saber acerca da
língua escrita limita-se ao conhecimento das letras” (FERREIRO, 1989, p. 100).
Aprender a ler significa aprender o sistema de representação da língua
escrita analisando-o de modo a diferenciá-lo da língua falada. Este processo é
preciso que seja do domínio do professor.
É fundamental saber como a linguagem oral e escrita se desenvolvem na
criança e qual a diferença entre elas. A competência de um professor alfabetizador
deve apoiar-se nos conhecimentos da psicolingüística e da formação do sistema
de escrita que possui. É preciso saber como a criança aprende a ler e a escrever.
35
É preciso tomar as dificuldades como desafio a ser vencido e isto só será possível
a partir do momento em que o professor refletir sobre sua prática e, em
conseqüência, ousar transformá-la.
Para Perrenoud (2001, p. 190)
Em uma profissão humanista como a do ser professor, onde se trabalha
através das relações, não podemos escolher as crianças que vêm para
nossas mãos. Algumas nos agradam, nos atraem, nos fazem bem. Outras,
porém, nos irritam, nos fazem sentir pouco à vontade, nos despertam
sentimentos incômodos.
8 - MARCO OPERACIONAL
Linhas de ação e reorganização do trabalho escolar
Através da administração colegiada conseguimos estabelecer intervenções,
que são discutidas por todos os segmentos, representados no Conselho Escolar.
A equipe administrativa tem a função de gerenciar o processo no campo
administrativo, pedagógico e financeiro contando para isso com o setor
pedagógico, docentes e família.
Portanto, nenhuma equipe administrativa poderá definir suas ações sem a
participação do colegiado. O Conselho Escolar, órgão deliberativo e consultivo,
deverá ser atuante, eficiente e todos devem fazer uso da representatividade para
garantir os princípios da gestão democrática: participação, autonomia e liberdade.
O Colégio Estadual Chico Mendes possui um Conselho Escolar atuante e
realiza a cada dois anos a escolha dos representantes de cada segmento para
compor o Conselho Escolar.
A APMF junto com a direção da escola administra as verbas enviadas para
o Colégio e as próprias, visando melhorias para todos os alunos, professores e
funcionários. Os seus representantes são escolhidos em assembléia geral, a cada
dois anos podendo ser prorrogado por mais dois. O trabalho é voluntário e o
36
indivíduo assume o compromisso de auxiliar o sistema escolar no gerenciamento
das atividades financeiras.
O Grêmio Estudantil foi implantado e a conscientização da importância
desse órgão colegiado para a instituição de ensino tem sido o foco da equipe
administrativa e pedagógica, com a promoção da análise do Estatuto do Grêmio
Estudantil e orientações para o bom funcionamento.
Sabe-se que o Grêmio caracteriza-se por uma organização estudantil
composta por alunos do Ensino Fundamental e Médio. As ações que estão ligadas
ao Grêmio são os projetos culturais / esportivos sem fins lucrativos.
As eleições para diretor são feitas de acordo com as normas estabelecidas
pela SEED e existe uma efetiva participação de todo o colegiado nesse processo.
São escolhidos representantes de cada segmento (pelo menos um) para compor a
Comissão Eleitoral.
O “Professor Representante” é escolhido pela própria turma e seu papel é
de fundamental importância, pois realiza aconselhamentos em relação ao estudo,
a disciplina, a organização da escola e as normas internas. O professor
representante não é um disciplinador, mas é quem faz o repasse das decisões do
Conselho de Classe e incentiva a turma a envolver-se em todas as atividades
propostas, inclusive no Projeto Vereador Mirim que o Colégio participa. A escolha
do “professor representante” deverá ser feita pelos alunos, começando pelo 3º ano
em ordem decrescente.
A escolha de alunos representantes acontece no início do ano letivo,
quando o professor representante promove a votação dos alunos, sendo escolhido
o aluno mais votado.
O aluno representante deverá interagir com a turma, promovendo o
intercâmbio de informações entre a turma e a equipe administrativa e pedagógica.
Caberá ao representante, repassar de maneira íntegra as informações e trazer as
reivindicações.
A renovação do material bibliográfico e do material do laboratório de
Ciências, Biologia e Química faz-se necessário constantemente, pois o número de
37
alunos que usufruem vem crescendo e o uso do laboratório contribui para a
melhoria da qualidade de ensino.
A biblioteca está em um espaço adaptado, dificultando o atendimento à
comunidade escolar. A distribuição dos livros didáticos ocupa grande parte do
horário dos funcionários, no início do ano letivo e, só depois da realização dessa
distribuição é possível estabelecer um funcionamento diferenciado. Torná-la um
espaço vivo, onde alunos e professores possam usufruir, não só do espaço, mas
de todo o acervo disponível, é o grande desafio que precisamos vencer.
As salas do prédio antigo precisam ser substituídas e ampliadas para
atender a crescente demanda da comunidade. Aguardamos o reparo e a
ampliação do prédio através do apoio da SEED, para isso já foram realizadas
solicitações que aguardam deferimento.
O espaço para as aulas de Educação Física precisa ser revitalizado, tendo
em vista que a qualidade do local utiliza para a prática esportiva, está em
condições precárias e não há um espaço coberto. A parceria com o Ginásio
Municipal ameniza o problema em algumas aulas, mas nem sempre a agenda é
respeitada, porque a prioridade são as atividades do município. Existe um desejo
grande da comunidade escolar para a melhoria desse espaço. Por isso já foram
varias solicitações para a construção de espaço adequado, inclusive com
cobertura.
As questões estruturais são essenciais para o processo pedagógico, devido
a isso são protocolados pedidos para manutenção do prédio, reforma e construção
dos espaços esportivos (cancha coberta).
Em relação à questão do espaço também não possuímos local adequado
para a Escola Integral. Alguns espaços foram adaptados para atender aos alunos
e aguardamos as verbas destinadas a esse programa para melhorar a qualidade
das instalações.
Várias solicitações também foram realizadas no sentido de melhorar a
segurança e aguardam deferimento como, por exemplo, a altura do muro que
permite acesso da rua para a escola, causando transtornos com as invasões.
38
A SEED oferece a formação continuada (cursos, simpósios, grupos de
estudos, GTR e seminários) para professores e funcionários. A necessidade de
aperfeiçoamento do mundo contemporâneo e o domínio das novas tecnologias da
comunicação e informação tornam-se cada vez mais necessárias. A escola
incentiva à capacitação continuada, divulgando os eventos da própria
mantenedora também os eventos organizados por diferentes entidades
educacionais; o desenvolvimento do Projeto folhas e de Objetivo de Aprendizagem
Colaborativa; uso da biblioteca do professor, temas paranaenses entre outros. O
número de vagas e horários ofertados para capacitação ainda não condiz com a
demanda e as possibilidades de participação de todos, inclusive dos funcionários.
Os professores são motivados a desenvolver projetos sobre o Estado do
Paraná, Agenda 21 Escolar, Inclusão e Cultura Afro – Africanidades.
O processo de ensino-aprendizagem precisa ser acompanhado
continuamente pelos professores, verificando os avanços e dificuldades,
realizando a avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa, fazendo uso da
recuperação paralela e da reavaliação, também paralela, de acordo com o Parecer
12/97 do CNE para o aluno efetive a aprendizagem. Todos os alunos têm direito a
recuperação paralela e reavaliação que acontece no decorrer do período letivo,
sendo que a reavaliação permitirá saber se o aluno realmente aprendeu. Após a
recuperação os resultados deverão estar anotados no livro registro.
Os alunos do 6º ano com dificuldade em Língua Portuguesa e Matemática
são encaminhados para a Sala de Apoio no contraturno.
No campo pedagógico a falta de pedagogos para compor o quadro persiste
e somente existirá consistência no processo pedagógico quando realmente a
equipe pedagógica desenvolver um trabalho contínuo com a comunidade escolar.
Também persiste a necessidade de professores fixos desde o mês de fevereiro e
complementação do quadro de funcionários. Acreditamos que muitos problemas
poderão ser solucionados com um quadro de funcionários que realmente conheça
a comunidade e acompanhe a escola. Podemos citar como situações que estão
aliadas a essa rotatividade e dificultam o trabalho pedagógico à falta de
compromisso com a aprendizagem, o desinteresse pelos estudos, a falta de
39
sequência dos conteúdos devido à troca de professores durante o ano na mesma
turma e a interrupção do plano de trabalho docente, entre outras.
Para acontecer ensino de qualidade torna-se necessário repensar o número
de alunos na sala, pois quantidade não é sinônimo de qualidade. A diminuição da
rotatividade do quadro de funcionários trará benefícios à escola. Conhecer a
realidade possibilita intervir de forma eficiente nos problemas existentes.
Em relação aos pais, os mesmos precisam entender que a escola possui
uma organização e nem sempre o professor pode parar sua aula para conversar
com o responsável. Nesse sentido a conscientização para que não adentrem a
sala de aula é muito importante bem como o uso da hora atividade como espaço
para atendimento aos pais com a qualidade necessária.
A defasagem idade / série interfere no processo, pois dentro de uma sala
de aula encontramos necessidades diferentes, estilos de aprendizagem e gostos
por outros assuntos. Neste caso, o processo de reclassificação torna-se uma
alternativa, se comprovado domínio de conhecimento. Os pais ou mesmo o aluno,
se maior de idade, podem requerer o processo de reclassificação. No processo de
reclassificação os alunos deverão realizar avaliações de todas as áreas que
comprovem o domínio do conteúdo. Todo o processo é acompanhado pela
Comissão formada para fins de reclassificação e a documentação permanece
arquivada na pasta individual do aluno.
O Calendário Escolar atende o previsto na LDB 9394/96 contemplando 800
horas e ou 200 dias de efetivo trabalho escolar. No Calendário encontramos a
organização da escola para todo o ano letivo (ver anexo).
As reuniões pedagógicas previstas em calendário e os conselhos de classe
deverão direcionar a prática pedagógica. A equipe administrativa e pedagógica
realiza encontros para definir a pauta das reuniões administrativas e a
organização do Conselho de Classe.
Os Conselhos de Classe acontecem no final do bimestre ou do trimestre
para acompanhar, rever e buscar intervenções na prática pedagógica. Durante
essas reuniões são privilegiados os momentos de análise e reflexão dos
resultados alcançados ao longo do período e as intervenções no processo de
40
ensino-aprendizagem. As convocações para estas reuniões precisam ser
entendidas como de extrema importância para o processo de ensino-
aprendizagem.
O Colégio não oferece o regime de dependência de matérias e o processo
de promoção para outra série acontece quando o aluno alcança a média final 6,0 e
no mínimo 75% de presença. Os casos que não contemplam estes requisitos e
caracterizam-se como casos especiais são discutidos e analisados pelo Conselho
de Classe que emite parecer favorável à aprovação ou não. É importante ressaltar
que é direito do aluno solicitar revisão do resultado final respeitado o prazo de 72
horas e com deferimento do diretor.
A relação família x escola coloca-se como uma grande meta, aliada a
persistência dos profissionais da educação para alcançar a melhoria no índice do
IDEB, incentivo ao estudo, diminuição dos índices de evasão, repetência escolar e
diminuição da violência.
As parcerias com órgãos colegiados que auxiliam a família colocam-se
como alternativa para incentivar e sugerir mudanças como: incentivo ao estudo,
freqüência escolar, repetência, respeito aos colegas e outros. O Programa Atitude
vem auxiliar a escola nesse sentido fornecendo encontros ao longo do ano para
discutir as questões da adolescência e a formação profissional. A Escola Aberta
também auxilia as famílias nos finais de semana ofertando cursos e atividades
diferenciadas nas áreas culturais e esportivas. O CELEM possibilita o contato com
a língua espanhola e abre novas oportunidades. A Escola Integral atende alunos
no turno integral auxiliando na aquisição do conhecimento. Ensino Médio Inovador
valoriza a capacidade empreendedora das escolas e coloca o aluno como
protagonista efetivo do processo educacional.
A Lei número 11788/2008 permite que alunos do Ensino Médio participem
de estágios não obrigatórios. Sabendo que a função social da escola vai para
além do aprendizado de competências próprias da atividade profissional e, nesta
perspectiva, vai para além da formação articulada às necessidades do mercado de
trabalho.
41
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios,
a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições
sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto se implica em
oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção,
de denominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir
do trabalho.
Os conhecimentos escolares, portanto, são as vias para analisar esta
dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador
atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais ao aluno estagiário, não
somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela,
de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que
sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as
ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-
versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para
compreendê-las a partir das relações de trabalho.
Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa
mediar à natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano
de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam
instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem
histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também,
manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de
estágio informadas sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam
contribuir para esta relação práxica.
A equipe pedagógica administrativa e o corpo docente periodicamente
informarão a parte concedente sobre o desempenho escolar e frequência, a fim de
que os alunos conciliem suas atividades escolares com as atividades de estágios
não obrigatórios do Ensino Médio.
42
Sabemos que muitas são as ações a serem efetivadas, mas reconhecer as
necessidades e ter disposição para enfrentar os problemas é marca da equipe que
aqui está. Tornar a escola pública um espaço democrático de produção de saber é
a maior meta.
9) Referências Bibliograficas
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação nº 014/99. dispõe sobre
indicadores para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de
ensino de Educação Básica.
DELVAL, Juan - Aprender na Vida e Aprender na Escola – Trad. Jussara
Rodrigues – Porto Alegre, Artmed Editora, 2001.
Demo Pedro. Desafios Modernos da Educação –Vozes-1993.p 88
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http://www.patioonline.com.br
OLIVEIRA, Zilma Rams de Oliveira. Educação Infantil: fundamentos e
métodos. São Paulo: Cortez, 2005
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LIBÂNEO J.C. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998.
LUCK, H. Pedagogia Interdisciplinar, fundamentos teóricos metodológicos.
Petrópolis, RJ: Vozes,1994.
MOREIRA, Antonio Flávio & SILVA Tomaz Tadeu da. Currículo, Cultura e
Sociedade. 4ª ed. São Paulo:
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NOSELLA Paolo. A escola de Gramsci. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992
43
PERRENOUD, P. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre:
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PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre a educação. São Paulo: Cortez, 1982. In:
GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Ática, s/d.
PRAIS, M. de L. M. Administração colegiada na escola pública. Campinas, SP:
Papirus, 1990.
________________. Relação entre administração escolar e prática pedagógica.
In: Maria de Lourdes Melo. Administração colegiada na escola pública. Campinas,
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RESOLUÇÃO DA CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA / PARECER 04/98. Institui
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
RESOLUÇÃO DA CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA / PARECER 15/98. Institui
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Editora Autores
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SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. São
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VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação. São Paulo: Libertad. 1993
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem, Práticas e
Mudanças – por uma práxis transformadora. Libertad, SãoPaulo, 2005.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de
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(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12624:e
nsino-fundamental-publicacoes&catid=195:seb-educacao-basica).
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Metodologia dialética em sala de aula.
Revista Educação-AEC, São Paulo, n. 83, V.21, p. 28-53, abr/jun.1992
Proposta Curricular
44
10 - LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa no século XIX relacionava-se somente com
a análise das raízes, embasada na filosofia grega. A linguagem era usada
somente como expressão de pensamento. Somente no início do século XX,
através das novas teorias lingüísticas, começava-se a ouvir os “ecos” da
mudança.
No princípio, o ensino da língua destinava-se a uma elite que valorizava a
gramática normativa e abordava a norma padrão. As pessoas humildes não
tinham acesso à escola.
A Língua Portuguesa passou por diversas mudanças e manteve suas
características até o século XX.
A Lei nº 5692/71 propunha que o ensino da língua deveria preparar o aluno
para o trabalho, os estudos eram pautados nas teorias de Jakobson. Na década
de 70, passou a ser produzido industrialmente o livro didático e o ensino resumia-
se na prática de um ensino reprodutivista. Os textos em sua maioria eram
fragmentados e focados na historiografia literária.
“Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as
necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de
quinhentos, é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a
América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influencia do
povo é decisiva.” (Machado de Assis).
A disciplina na LDB nº 5692/71 vinha dicotomizada em Língua e Literatura
(com ênfase na Literatura Brasileira). A divisão repercutiu na organização
curricular: a separação entre gramática, estudos literários e redação. Os livros
didáticos, em geral, e mesmo os vestibulares, reproduziram o modelo de divisão.
Muitas escolas mantêm professores especialistas para cada tema e à até mesmo,
aulas específicas como se leitura/literatura, estudos gramaticais e produção de
45
texto não tivessem relação entre si. Presenciamos situações em que o caderno do
aluno era assim dividido.
A perspectiva dos estudos gramaticais na escola, até hoje se centra, em
grande parte, no entendimento na nomenclatura gramatical como eixo principal;
descrição e norma se confundem na análise da frase; essa deslocada do uso, da
função e do texto. O estudo gramatical aparece nos planos curriculares de
português, desde as séries iniciais, sem que os alunos, até as séries finais do
ensino médio, dominem a nomenclatura. Estaria a falha nos alunos? Será que a
gramática ensinada faz sentido para aqueles que sabem gramática por que são
falantes nativos? A confusão entre norma e gramaticalidade é o grande problema
da gramática ensinada pela escola. O que deveria ser um exercício para o
falar/escrever/ler melhor se transforma em uma camisa de força incompreensível.
Os estudos literários seguem o mesmo caminho. A história da literatura
costuma ser o foco da compreensão do texto; uma história que nem sempre
corresponde ao texto que lhe serve de exemplo. O conceito de texto literário é
discutível.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos
alunos a reflexão sobre seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de
reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre
outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-
escolar. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao
professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise.
Mas, nesse estudo, o que vale não é a categoria em si: mas a função que ela
desempenha para os sentidos do texto. Como afirma Antunes, “mesmo quando se
está se fazendo a análise linguística de categorias gramaticais, o objeto de estudo
é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).
Os professores, portanto, levará os alunos ao entendimento que a escola é
o espaço para a reflexão sobre o erro, onde ele pode errar, a partir dessa
consciência sob uma dinâmica de tentativas, acertos, comparações, dedução
construa o aprendizado do fato lingüístico. Se na escola o erro é aceitável como
parte do aprendizado além dos seus muros, o mundo hostil e competitivo do dia-a-
46
dia deve ser evitado sob a pena de colocar-se em risco o próprio futuro de quem
os comete.
Levar em conta o erro e a dúvida como elementos constitutivos do processo
de trabalho em análise lingüística deve ter por efeito propiciar que o aluno se
capacite à crítica construtiva, a transformar conceitos, a ser afirmativo de seus
valores e compreensivo dos valores do outro, concordando ou não com tais
diferenças, porém, discernindo-as para que possa fazer suas próprias escolhas.
Sabendo que essa perspectiva educacional, não vem contemplando a
necessidade linguística dos nossos alunos propomos que o processo de
ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, no Ensino Fundamental deve
priorizar uma visão sobre o que é linguagem verbal, pois a mesma se caracteriza
como construção humana e histórica de um sistema linguístico e comunicativo em
determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes
os homens, seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sócio-
cultural.
As expressões humanas como gestos aspectos faciais e até mesmo a
maneira de se vestir apresentam uma incorporação dos diferentes sistemas de
linguagem, mas para efeito didático a linguagem verbal será o material de
reflexão, uma vez que, para o professor de língua materna, ela é prioritário como
instrumento de trabalho. O caráter sócio-interacionista da linguagem verbal aponta
para uma opção metodológica de verificação do saber linguístico do aluno, como
ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo como
referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.
A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala
e o discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal eixo de sua
atualização e a razão do ato linguístico.
As práticas discursivas estão presentes no texto verbal, oral ou escrito, e
também em diferentes linguagens pelas quais é possível estabelecer experiências
reais de uso da língua.
A oralidade no ambiente escolar permite pautar-se em situações do
cotidiano, no uso da fala, produção de discursos nos quais o aluno se constitui um
47
sujeito no processo interativo. As variações linguísticas (geralmente vistas como
“erradas”), mas seu objetivo é promover o diálogo entre os diversos falares, pois
constituem sistemas linguísticos eficazes, atendem a diferentes contextos
comunicativos, levando-se em conta os hábitos culturais do educando, com isso,
como concepção de ensino, mas sem esquecer da norma padrão, que deverá ser
ensinada de forma gradativa.
A combinação entre as estratégias específicas da oralidade e as da escrita
compõe a de ensinar os alunos a se sentirem bem para expressarem suas ideias
com segurança e fluência.
A prática da oralidade no ensino deve oferecer condições ao aluno de falar
com fluência em situações formais, adequar à linguagem conforme a
circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções), aproveitar os imensos recursos
expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência
democrática, tanto pelo livre direito à expressão quanto pelo reconhecimento do
mesmo direito. (FARACO, 1988).
A prática da leitura, de diversos gêneros textuais, deverá sempre estar
presente no ensino da Língua Portuguesa, proporcionando assim ao aluno, a
ampliação de horizontes, auxiliando na prática da produção textual.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes práticas
sociais – notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios,
reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos etc. -
percebendo em cada texto a presença de um sujeito, de um interesse. Entretanto,
tal interesse não é determinante da leitura. A construção de um significado de um
texto é de responsabilidade do leitor. Um leitor pode, inclusive, ler e interpretar um
texto para o qual ele não era o interlocutor originário.
No processo de leitura, a escola não pode deixar de lado as linguagens
não-verbais. A leitura de imagens, como fotos, cartazes, propagandas, imagens
digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo
cotidiano deve contemplar o multiletramento.
A escrita promove o contato com diferentes textos, ampliando o próprio
conceito de gênero discursivo. As produções textuais deverão ser motivadas,
48
proporcionando ao educando uma reflexão das linguagens verbais, não-verbais e
relações inter e multidisciplinares.
Segundo as DCEs a prática da escrita requer ter em mente que tanto o
professor quanto o aluno necessitam, primeiramente, planejar o que será
produzido; em seguida escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada,
então, revisar, reestruturar e reescrever o texto.
Por meio desse processo, em que se vivencia a prática de planejar,
escrever, revisar e reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação
da escrita não é motivo para constrangimento. Não caracteriza uma produção que
esteja “errada” e, sim, que é possível escrever textos que reflitam melhor seus
pontos de vista, suas fantasias e sua criatividade, pela troca de uma palavra por
outra, de um sinal de pontuação por outro etc.
O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo,
considerando a intenção e as circunstâncias da produção e não a mera
“higienização” do texto do aluno, para atender apenas aos recursos exigidos pela
gramática. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na
adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção.
A reescrita deve valorizar o esforço daquele que escreve, desconfia, rasga
e reescreve tantas vezes quanto julgar necessárias, até que o texto lhe pareça
bom para atender à intenção e claro para o outro que o lerá.
A análise linguística em sua dimensão discursivo-textual leva o aluno à
reflexão, construção, considerando hipóteses, a partir da leitura e da escrita,
instância que chega à compreensão de como a língua funciona e sua competência
textual.
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes
tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que
determinam o uso da norma padrão.
O aluno precisa, então, ampliar sua capacidade discursiva em atividades de
uso da língua de maneira a compreender outras exigências de adequação da
linguagem como, por exemplo: argumentação, situcionalidade, intertextualidade,
49
informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e
informalidade.
Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca
experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel
como participante da sociedade. A partir desse caráter social da linguagem,
Bakthin e os teóricos do círculo de Bakthin formulam os conceitos de dialogismos
e dos gêneros discursivos, cujo conhecimento e repercussão suscitaram novos
caminhos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma
nova abordagem para o ensino da Língua.
Toda reflexão com e sobre a língua, então, somente tem sentido se
considerar, como ponto de partida a dimensão dia lógica da linguagem, presente
em atividades que possibilitem aos alunos e professores, experiências reais do
uso da língua materna.
Sendo assim o estudo da Língua Portuguesa/Literatura precisa pautar-se
na interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a
leitura e a expressão oral e escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da
linguagem nos diferentes contextos e situações. Essas ações estão limitadas no
domínio da discursividade, ou seja, o conteúdo estruturante da Língua
Portuguesa/Literatura é o discurso enquanto prática social.
É, também, de responsabilidade dos estabelecimentos de ensino acabar
com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e
de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para
que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados
atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvida, assumir estas responsabilidades
implica compromisso com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde
esta se encontra e a que serve compromisso com a formação de cidadãos
atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étnico-
raciais de que participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de
decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de
desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam continuar e
aprofundar estudos em diferentes níveis de formação, que lhes seja garantido o
50
direito de aprender e de ampliar conhecimentos, sem serem obrigados a negar a
si mesmos, ao grupo étnico/racial a que pertencem e a adotar costumes, ideias e
comportamentos que lhes são adversos.
Para conduzir nossas ações tomaremos como referência, entre outras às
bases filosóficas e pedagógicas que assumem os seguintes princípios e que
devem conduzir:
- À igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos;
- À compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem
a grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e história próprias,
igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua
história;
- Ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da
cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira;
- À superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros,
os povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no
geral, pertencem, são comumente tratados;
- À desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas,
objetivando eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela
ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal
fazem a negros e brancos;
- À busca, da parte de pessoas, em particular de professores não
familiarizados com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o
estudo de história e cultura afro-brasileira e africana, de informações e
subsídios que lhes permitam formular concepções não baseadas em
preconceitos e construir ações respeitosas;
- Ao diálogo, via fundamental para entendimento entre diferentes, com a
finalidade de negociações, tendo em vista objetivos comum, visando a uma
sociedade justa.
Este princípio deve orientar para:
51
O desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de
historicidade negada ou distorcida;
O rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de
comunicação, contra os negros e os povos indígenas;
O esclarecimento a respeito de equívocos quanto a uma identidade universal;
O combate à privação e violação de direitos;
A ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da nação
brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico-
raciais;
As excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser
oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os
estabelecimentos, inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas
e nas zonas rurais.
Também é de obrigatoriedade dos estabelecimentos de ensino abordar a Lei
nº 9,795, de 27 de abril de 1999, que trata sobre a Política Nacional de Educação
Ambiental. Por isso abordaremos o tema através de debates, leituras de textos,
discussões, apresentação de propostas para a conscientização de toda a
comunidade e/ou sociedade.
Apresentaremos aos alunos conteúdos que abordem componentes como
interações ao meio cultural de escritores através de leitura e análise de obras
paranaenses e a interação sobre as diferenças dialéticas em nosso estado e, além
disso, um aprofundamento na cultura paranaense por meio de mecanismos como
contos e lendas.
OBJETIVOS
Aprimorar a capacidade comunicativa do aluno, tornando-o mais
participativo e questionador, desenvolvendo e melhorando seus recursos de
expressão oral e escrita, aumentando os conhecimentos e o domínio
linguístico nas mais variadas e diferentes situações de uso;
52
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento
diante deles;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de
produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados
na sua organização;
Ampliar o domínio ativo do discurso nas diversas ações comunicativas, de
modo a possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando
suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania e que
compreenda e que faça uso das informações contidas nos textos e que
possibilite reconstruir, organizar e praticar a escrita e a oralidade na
linguagem padrão;
Desenvolver o domínio das atividades verbais, uma vez que é direito de
todo cidadão a educação linguística para a dimensão da cidadania;
Garantir o domínio da leitura, escrita, fala e compreensão da realidade
social;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela
Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos
discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as
contradições sociais em que está inserido e para a afirmação de sua
cidadania, como sujeito singular e coletivo;
53
Utilizar a linguagem na escrita de produção de texto de modo a atender as
múltiplas demandas sociais.
CONTEÚDOS
6º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE -
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE
LINGUÍSTICA
- Notícias
televisivas e
radiofônicas;
- “contação” de
histórias e
piadas;
- Teatro mudo e
falado;
- Fantoches;
- Músicas e
declamações;
- Assuntos
atuais;
- Leitura de fábulas,
mitos, contos de fadas,
cartas, bilhetes, cartão-
postal, poemas (haikai),
acrósticos, classificados,
jograis, resenhas (filmes
e livros), charge, leitura
de cordel, adivinhas,
cartoons, Hqs, revistas,
jornais, fotografias;
- Textos que abordem
escritores e seus
escritos como Machado
de Assis e Cruz e
Souza;
- Textos: lixo,
Aquecimento Global,
desmatamento; o
- Produção de
fábulas, mitos,
contos de fadas,
cartas, bilhetes...
(conforme os
textos lidos
durante o ano
letivo);
- Reestruturação
de textos.
- Fonemas;
- Letras;
- Sílabas;
- Ortografia;
- Classes
gramaticais;
- Acentuação;
- Tipos de
frases;
- Pontuação;
- Encontros
vocálicos,
54
racismo no Brasil;
Estudo de poetas
paranaenses: Helena
Kolody,
consonantais e
dígrafos.
7º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE -
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE
LINGUÍSTICA
- Jornal falado;
- Debates;
- Dramatização
- Enquetes;
- Entrevistas;
- “Causos”;
- Piadas;
- Notícias
Radiofônicas...
- Problemas
- Leitura de fábulas,
mitos, crônicas, cartas-
familiar e comercial, e-
mail, apólogo,
parábola, notícia de
jornais (elementos),
poema-prosa, relato
histórico e biográgico,
resumos, relatórios...
- Poetas paranaenses
e escritores;
- Poetas
Sãojoseenses;
- Estudo de palavras
de origem africana;
- Produção de
fábulas, crônicas,
resumos,
relatórios...
(conforme as
tipologias textuais
trabalhadas
durante o ano
letivo);
- Reestruturação
de textos;
- Produção de
músicas
relacionadas com
a cultura afro.
- Pontuação;
- Acentuação
- Ortografia;
- Classes de
palavras;
- Frase;
- Oração e
período.
55
ambientais
urbanos.
- Estudo de textos
referentes ao aterro do
Caximba; a presença
do negro na mídia;
desmatamento.
8º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE -
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE
LINGUÍSTICA
- Jornal falado;
- Debates;
- Dramatização
- Enquetes;
- Entrevistas;
- “Causos”;
- Piadas;
- Notícias
Radiofônicas...
- Leitura de fábulas,
mitos, crônicas, cartas-
familiar e comercial, e-
mail, apólogo,
parábola, notícia de
jornais (elementos),
poema-prosa, relato
histórico e biográgico,
resumos, relatórios...
- Texto sobre
Capoeira;
- Vida de Helena
Kolody e Domingos
Pellegrini;
- Produção de
fábulas, crônicas,
resumos,
relatórios...
(conforme as
tipologias textuais
trabalhadas
durante o ano
letivo);
- Reestruturação
de textos;
- Peças teatrais
relacionadas com
o racismo;
- Pontuação;
- Acentuação
- Ortografia;
- Classes de
palavras;
- Frase;
- Oração e
período.
- Sujeito e
predicado (tipos);
56
- Poluição dos
rios;
- O racismo;
- Desmatamento
- Efeito Estufa
- Debates a
respeito dos
principais
problemas
ambientais do
Paraná
- Poemas de Machado
de Assis e Cruz e
Souza.
- Resumo de
contos de Dalton
Trevisan.
- Vozes verbais;
- Predicado
verbal;
- Regência
verbal e nominal;
- Concordância
verbal e nominal;
- Verbos
regulares e
irregulares.
9º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE -
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE
LINGUÍSTICA
- Jornal falado;
- Debates sobre
o racismo;
- Dramatização
sobre violência;
- Leitura de fábulas,
mitos, crônicas,
cartas-familiar e
comercial, e-mail,
apólogo, parábola,
notícia de jornais que
abordem problemas
ambientais; o negro
- Produção de
textos narrativos,
descritivos e
informativos,
dissertativos,
pesquisas, resumos,
resenhas, (conforme
as tipologias
- Período
simples e
composto;
- Subordinação e
coordenação
- Figuras de
57
- Enquetes;
- Entrevistas;
- “Causos”,
lendas de origem
africanas;
- Piadas;
- Quilombolas,
indígenas do
Paraná.
no mercado de
trabalho;
(elementos), poema-
prosa, relato histórico
e biográfico,
Machado de Assis e
Castro Alves,
resumos da vida de
Helena Kolody,
relatórios...
- Textos de Dalton
Trevisan, Domingos
Pellegrini;
- Análise das obras:
Macunaíma. O navio
Negreiro;
textuais trabalhadas
durante o ano
letivo);
- Reestruturação de
textos;
- Peças teatrais em
forma de paródia a
respeito da
corrupção no Brasil.
linguagem,
pensamento e
construção;
- Estrutura e
formação de
palavras.;
- Frase;
- Oração e
período.
Observação:a
linguagem formal
e informal, a
ampliação
lexical,a
percepção dos
efeitos de
sentido
causados pelo
uso de recursos
linguísticos e
estilísticos, as
relações
estabelecidas
pelo uso de
operadores
argumentativos e
modalizadores,
bem como as
58
relações
semânticas entre
as partes do
texto( causa,
tempo,
comparação,
etc). Os
conteúdos estão
discriminados
por séries.
CONTEÚDOS ENSINO MÉDIO
1ª Ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE
LINGUÍSTICA
- Debates sobre
temas atuais
veiculados pela
imprensa: jornais,
rádio, tevê,
internet etc.;
- Análise de
características de
textos lidos ou
ouvidos, letras de
músicas etc.;
- Narração de
experiências
- Compreensão de
textos e livros
(contexto de
produção,
intencionalidade e
momento
histórico);
- Diferenciação de
textos de gêneros:
lírico, épico e
dramático;
- Ritmo e fluência
na declamação de
- Produção de
textos
considerando o
destinatário,
finalidade,
características do
gênero como
unidade temática e
estrutural;
- dramáticos
(peças teatrais);
- em verso (rima,
métrica, figuras de
Variação
linguística -
fonologia; -
acentuação
gráfica
- ortografia;
- estrutura das
palavras;
1) processo de
formação das
palavras).
59
pessoais;
- Seminários (a
respeito de obras
literárias lidas ou
pesquisas sobre
autores);
- Representação
teatral;
- Declamação de
poemas.
poemas e
entonação da voz
na apresentação
de peças teatrais;
- Leitura de livros
de Literatura como
compreensão e
fruição;
- Busca de textos
para leitura como
fruição;
2. Ler e interpretar
letras de
músicas
relacionadas à
questão racial
(rap, samba
etc);
linguagem);
- Descrição.
Idem página 44
ensino
fundamental.
2º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE
LINGUISTICA
- Seminários a - Leitura de textos - Produção de - Estudo do léxico;
60
respeito de obras
literárias lidas;
- Declamação de
poe-mas;
- Relatos de
entrevistas
realizadas;
- Reprodução e
debates sobre
assuntos de textos
lidos, livros e
filmes, programas
de rádio, tevê e
outros;
- Júri simulado;
- apresentação de
paródias.
literários e não
literários e de
livros
(intencionalidade,
contexto histórico);
- Artigos
científicos;
- Romances;
- Contos e
poesias;
- Reportagens;
- Análise de textos
verbais e não
verbais (outdoors,
propagandas,
imagens digitais e
virtuais, charges,
tiras cômicas...)
- Intertextualidade;
5.Estudo do teatro
experimental
de negro,
iniciado no Rio
de janeiro em
1944, e a
pesquisa sobre
a imprensa
negra brasileira
no início da
textos: prosas e
em versos
(ficcionais e não
ficcionais);
informativos;
resumos,
sinopses...
- Classes de
palavras;
- Sintaxe;
- Língua padrão
(concordâncias
verbais, nominais;
regência verbal e
conjugação
verbal);
- Pontuação
- Acentuação.
61
década de
1920.
6. Leitura de
jornais
produzidos por
afro-
descendentes
que circulam
semanalmente.
3º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE
LINGÜÍSTICA
- Seminários
(abordando obras
literárias lidas ou
pesquisas sobre
autores atuais);
- Defesa de ponto
de vista quanto a
questionamentos
realizados em
classe;
- Declamação de
poemas;
- Apresentação de
júri simulado ou
programas de
- Leitura de textos
e livros (contexto
de produção,
intencionalidade e
momento
histórico);
- Realização de
inferências para
busca de sentidos,
intenção ou
finalidade dos
textos lidos;
- Leitura em voz
alta revelando
fluência,
- Produção de
textos:
dissertativos,
manuais,
publicitários,
questionários,
reportagens,
resumos,
resenhas...
- Regência verbal
e nominal;
- Conectivos;
- Concordância
nominal e verbal;
- Coordenação e
subordinação.
62
rádio e tevê para a
classe;
- Debates sobre
assuntos
polêmicos ou
questões de
interesse da
turma;
Apresentação
de paródias.
Apresentação
de fragmentos
de obras que
abordem
questões
relacionadas à
cultura afro-
brasileira.
entonação e
ritmos adequados
aos diferentes
textos e
propósitos;
- Paráfrase de
textos;
- Intertextualidade;
- Busca de
informações
através de
consultas a fontes
de diferentes tipos:
jornais, revistas,
enciclopédias,
internet etc.;
- Busca de
textos lidos
para leitura
como fruição;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia para o ensino de Língua Portuguesa e Literatura deve
proporcionar situações em que os alunos possam refletir sobre a heterogeneidade
63
linguística, analisando suas variantes, já que o falante se apropria da linguagem e
dos conhecimentos em interações sociais. Cabe aos professores o papel de
aprimorar as possibilidades do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da
leitura e da escrita, proporcionando aos alunos a oportunidade de conceberem
suas opiniões acerca da sociedade.
A linguagem é um instrumento indispensável para aquisição e transmissão
de conhecimento em qualquer área do saber; parte integrante da vida dos
indivíduos, pois se por um lado o domínio dela favorece o desenvolvimento do
conhecimento do mundo, por outro é condição para o exercício da cidadania.
A leitura e a produção de textos envolvem a diversidade dos tipos e
gêneros. Entre a aquisição do conhecimento e no que se refere a formação de um
cidadão crítico e ativo no mundo social, além do mais, isso habitua o aluno à
correção e a refacção, após a correção. Em relação aos aspectos formais da
língua (gramática e ortografia) deve ser um elemento de apoio linguístico e como
suporte para as demais disciplinas, priorizando a reflexão sobre a língua, para
uma melhor compreensão de suas leituras e para a elaboração de textos claros,
sem os corriqueiros problemas com a utilização da norma culta.
A literatura deve ser trabalhada e usada como elemento imprescindível na
vida escolar, potencializando uma prática diferenciada como a oralidade, a leitura
e a escrita, proporcionando ao aluno momentos de debates e reflexões, ampliando
dessa forma seus horizontes.
Para BAKTHIN (1992), o enunciado seja ele constituído de uma palavra,
uma frase, ou uma sequência de frases – é a unidade de base da língua, é o
próprio discurso, já que é no enunciado que o discurso se constrói. O discurso, por
sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto. Daí a necessidade de o
texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de
constituição do sujeito e de relações sociais.
A oralidade pauta-se nas variantes linguísticas, trabalhos em grupos
proporcionam a troca de ideias entre os estudantes, subsidiando a cooperação, a
responsabilidade, a organização, a liderança e criatividade. Debates, seminários,
depoimentos são interessantes mecanismos que estimulam a opinião e o senso
64
crítico. Dramatizar além de ser uma arte é importante ferramenta no ensino,
permitindo que se desenvolva a expressão corporal, facial, a escrita, a
criatividade, a verbalização.
A leitura é necessária para que aluno ative seus conhecimento prévios para
a compreensão dos significados dos vocábulos desconhecidos, levando o mesmo
ao objetivo à construção do conhecimento.
Escrever requer ter em mente que é necessário planejar o que será
elaborado. Depois de produzido pelo aluno, o texto precisa ser reestruturado, a
troca de textos entre os alunos, utilizando símbolos, é importante, para que uns
ajudem os outros a perceber em que precisam mudar. Textos produzidos
coletivamente são interessantes; exposição de poesias na sala; confecção de
livrinhos; produção e encenação de peças teatrais; notícias da escola; troca de
correspondência e cartazes estimulam a produção da escrita; a análise de letras
musicais; produção de canções; paródias, entre outras.
A análise linguística deve exercitar a linguagem de forma consistente e
flexível, adaptando-se a diversas situações de uso. As atividades gramaticais não
podem ser trabalhadas de maneira isolada, mas sempre contextualizadas. O aluno
precisa, raciocinar e entender ao fazê-las diante de sua variante linguística, para
que através de exercícios de análise possa compreender o vínculo e a
necessidade de ligação e relação entre os elementos lingüísticos para construção
de uma unidade coerente, pois a articulação dos elementos gramaticais devem ser
exercitados e explicitados aos alunos para uma melhor compreensão. Por isso,
quanto maior for o contato do aluno com diversas formas textual, mais fácil será
assimilar as regularidades que determinam a norma padrão.
A abordagem teórico-metodológica ocorrerá da seguinte maneira:
6º Ano CONTEUDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM TEORICO-METODOLOGICA
Práticas de leitura de textos de diferentes
65
LEITURA
gêneros,
Consideração dos conhecimentos prévios dos
alunos;
Inferências de informações implícitas;
Utilização de materiais gráficos diversos
(fotos, gráficos, quadrinhos...) para a
interpretação de textos.
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte,
interlocutor...
Relato de experiências significativas
relacionado ao assunto do texto;
Leitura de vários textos para a observação das
relações dialógicas.
ORALIDADE Apresentação de textos produzidos pelos
alunos;
Contação de histórias;
Narração de fatos reais ou fictícios;
Seleção de discurso de outros, como:
entrevista, cenas de desenhos/programas
infanto-juvenis, reportagem...
Análise dos recursos próprios da oralidade;
Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado.
ESCRITA 3.Discussão sobre o tema a ser produzido;
4.Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
5.Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado;
6.Produção textual;
7.Revisão textual;
8.Reestrutura e reescrita textual.
66
ANÁLISE
LINGUISTICA
7.Estudo dos conhecimentos lingüísticos a
partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou audição;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma.
7º Ano CONTEUDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM TEORICO-METODOLOGICA
LEITURA Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros;
Consideração dos conhecimentos prévios dos
alunos;
Leitura das informações implícitas nos textos;
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte,
interlocutor...
Relato de experiências significativas
relacionado ao assunto do texto;
Leitura de vários textos para a observação das
relações dialógicas.
ORALIDADE Apresentação de textos produzidos pelos
alunos;
Contação de histórias;
Seleção de discurso de outros como: notícias,
cenas de novelas/filmes, entrevistas,
programas humorísticos;
Análise dos recursos próprios da oralidade;
Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado.
67
ESCRITA 9. Produção
10.Discussão sobre o tema a ser produzido;
11.Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
12.Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado;
13.Proposta de produção textual;
14.Revisão textual;
15.Reestrutura e reescrita textual.
ANÁLISE
LINGÜÍSTICA
8.Estudo dos conhecimentos lingüísticos a
partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma.
8º Ano CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros;
Consideração dos conhecimentos prévios dos
alunos;
Inferências no texto;
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte,
interlocutor...
Leitura de textos verbais e não-verbais,
midiáticos, iconográficos, etc.
Leitura de vários textos para a observação das
relações dialógicas.
ORALIDADE Apresentação de textos produzidos pelos
alunos;
68
Dramatização de textos;
Apresentação de mesa redonda, júri-simulado,
exposição oral...
Seleção de discurso de outros como: filmes,
entrevistas, mesa redonda, cena de
novela/programa, reportagem, debate;
Análise dos recursos próprios dos gêneros
orais;
Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado.
ESCRITA 16.Discussão sobre o tema a ser produzido;
17.Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
18.Exploração do contexto social de uso do
gênero trabalhado;
19.Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado;
20.Produção textual;
21.Revisão textual;
22.Reestrutura e reescrita textual.
ANÁLISE
LINGÜÍSTICA
9.Compreensão das semelhanças e diferenças,
dependendo do gênero, do contexto de uso
e da situação de interação, dos textos orais e
escritos;
10.Estudo dos conhecimentos lingüísticos a
partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma.
69
9º Ano CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros;
Consideração dos conhecimentos prévios dos
alunos;
Inferências sobre informações implícitas no
texto;
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte,
interlocutor...
Relato de experiências significativas
relacionadas ao assunto do texto;
Leitura de vários textos para a observação das
relações dialógicas.
ORALIDADE Exposição oral de trabalhos/textos produzidos
pelos alunos;
Dramatização de textos;
Apresentação de seminários, debates,
entrevistas...
Seleção de discurso de outros como:
reportagem, seminário, entrevista, reality
show...;
Análise dos recursos próprios da oralidade;
Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado.
ESCRITA 23.Discussão sobre o tema a ser produzido;
24.Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;
25.Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero trabalhado;
26.Produção textual;
70
27.Revisão textual;
28.Reestrutura e reescrita textual.
ANÁLISE
LINGÜÍSTICA
11.Estudo dos conhecimentos lingüísticos a
partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela turma.
Ensino
Médio
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica
LEITURA Práticas de leitura de textos de
diferentes gêneros;
Considerar os conhecimentos prévios
dos alunos;
Leitura de informações implícitas nos
textos;
Discussão sobre: finalidade do texto,
fonte, interlocutor...
Referente à literatura, seleção de obras
que contemplem os diversos
movimentos literários;
Leitura de vários textos para a
observação das relações dialógicas.
ORALIDADE Apresentação de textos produzidos
pelos alunos;
Dramatização de textos;
Narração de fatos reais ou fictícios;
Seleção de discurso de outros, como:
71
filme, entrevista, cena de
novela/programa, debate, mesa
redonda, reportagem;
Análise dos recursos próprios da
oralidade;
Orientação sobre o contexto social de
uso do gênero trabalhado.
ESCRITA 1) Discussão sobre o tema a ser
produzido;
2) Seleção do gênero, finalidade,
interlocutores;
3) Orientação sobre o contexto social de
uso do gênero trabalhado;
4) Produção textual;
5) Revisão textual;
6) Reestrutura e reescrita textual.
ANÁLISE
LINGUÍSTICA
Estudo dos conhecimentos linguísticos
a partir:
- de gêneros selecionados para leitura
ou escuta;
- de textos produzidos pelos alunos;
- das dificuldades apresentadas pela
turma.
Em síntese, o ensino da Língua abordará a leitura, a produção de texto e os
estudos gramaticais sob uma mesma perspectiva de língua – a perspectiva da
língua como instrumento de comunicação, de ação e de interação social. Nesse
sentido, o enfoque, a metodologia e as estratégias de Língua Portuguesa voltam-
72
se essencialmente para um trabalho integrado de leitura, produção de textos e
reflexão sobre a língua, desenvolvido sob uma perspectiva textual e enunciativa.
AVALIAÇÃO
A avaliação se efetivará durante todo o processo de aprendizagem vivido
pelos alunos ao longo de uma proposta de trabalho. O aluno deverá ser avaliado
de diversas maneiras-alterando-se as modalidades, os suportes, os interlocutores
- de forma a constituir um verdadeiro processo de aferição de conhecimentos.
Na contramão das práticas tradicionais – em que se buscava encontrar os
“erros”, mais que os “acertos” dos alunos, o professor de Língua Portuguesa deve
valorizar os ganhos que o estudante obteve ao longo do seu processo de
aprendizagem.
A avaliação tradicional não satisfeita em criar o fracasso empobrece as
aprendizagens, e induz nos professores, didáticas conservadoras, e, nos
alunos, estratégias utilitaristas. O professor, outrora dispensador de aulas e
lições... Se torna o criador de situações de aprendizagens portadoras de
sentido. (PERRENOUD, 1992).
A avaliação não deve se restringir somente a notas e sim ser o resultado
dos avanços do aluno diante do processo contínuo de aprendizagem, respeitando
a realidade de cada um.
A oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do
discurso / texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num
debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa contação de
história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser
considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário,
também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais
convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos etc.) e de suas
próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.
73
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido
construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais
lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de mundo
e repertório de experiências dos alunos.
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a
adequação do texto escrito são as circunstâncias da sua produção e o resultado
dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos
textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui,
posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu
próprio texto.
O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é
essencial para que ele adquira autonomia. É necessário que o professor perceba
a dimensão deste posicionamento:
Porque escrever [e falar] com clareza implica automático compromisso com
as palavras transmitidas, pois os outros vão entendê-las. E vão reagir a elas
favorável ou desfavoravelmente. [...] Pois facilitar a leitura do outro representa
facilitar seu acesso às nossas ideias, em última instância, a nós mesmos.
(BERNARDO, 1988, p. 20).
Como é no texto que a língua (fala/escrita) se manifesta em todos os seus
aspectos, a análise linguística ocorrerá mediante os textos produzidos e
interpretados pelos alunos.
As questões gramaticais relevantes serão abordadas durante o processo de
reestruturação e análise textual. Assim, não se descarta a gramática, apenas
ocorre que a mesma está aliada às produções textuais, não sendo trabalhada a
forma tradicional, fragmentando o conhecimento.
Portanto utilizaremos como instrumentos avaliativos às apresentações de
seminários, os debates, os trabalhos realizados individualmente e/ou em grupos,
as discussões, provas, produções textuais produzidas durante o ano letivo.
74
Na prática oral os critérios quanto à avaliação deverão ser analisados
mediante a capacidade do aluno de expressar-se em diferentes situações usando
a linguagem formal e informal.
Na prática da escrita são ressaltadas as condições em que as produções
acontecem, pois as mesmas devem ter um destinatário e finalidade verificando se
o conteúdo do texto é relevante ao gênero discursivo em questão, ou seja, aquele
que lhe foi ensinado.
Para a prática da leitura serão observados se o leitor fará inferências em
outros textos, levando-o a elaboração de significados (experiência de vida
confronta com o próprio saber).
11) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro; José
Olympio, 1981.
BAKTHIN, Mikhail M. Marxismo e filosofia da linguagem – São Paulo: Martins
Fontes, 1986 - Estética da criação verbal. - São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BECHARA, N. B.; CASAGRANDE, N. Dos S. Ensino de Língua Portuguesa e
políticas lingüísticas: séculos XVI e XVII. In Bastos, N. B. (org.) Língua
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CAMPEDELII, Yousseff Samira & SOUZA, Barbosa Jésus. Editora Saraiva.
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Educação, Superintendência da Educação.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In: João W.
(org.). O texto na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997. __ Portos de
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KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas,
SP: Pontes, 2000. ___ Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos
da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999.
75
KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: contexto, 1995. - A coesão
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KOCH, I.; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. São Paulo: contexto, 1990.
MAIA, João Domingues. Gramática – teoria e exercícios. São Paulo: Ática, 1993.
MARCUSCHI, L. A - Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001.
MORENO, Claudio & GUEDES, Paulo. Curso básico de redação. 2ª ed. São
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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola
pública do estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.
PÉCORA, A. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto alegre.
Artemed, 2000.
POSSENTI, S. Por que não ensinar gramática na escola. 4 ed. Campinas:
Mercado das Letras, 1996.
SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002
SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática.
Campinas: Papirus, 1995.
TEZZA, C. Entre a prosa e a poesia: Bakthin e o formalismo russo. Rio de Janeiro:
Rocco, 2003.
TUFANO, Douglas. Estudos de língua portuguesa: gramática. São Paulo:
Moderna, 1990.
12) Ensino Religioso
Apresentação geral da disciplina
A existência da disciplina de Ensino Religioso na grade curricular do
Ensino Fundamental é importante, pois auxilia na formação do aluno enquanto
pessoa e cidadão. Principalmente quando as discussões teóricas priorizam o
respeito às diferenças culturais, ou seja, existe um compromisso voltado para um
76
ensino através do respeito à diversidade cultural. É assim responsabilidade do
Estado, viabilizar o material didático da disciplina na educação pública.
Esse senso de responsabilidade é apresentado através da oferta e
organização curricular da disciplina, na composição do corpo, metodologia,
avaliação e formação continuada dos professores.
Objetivo geral:
Centralizar a temática sobre o Sagrado, compreendendo-o como a representação
simbólica da fé, crença do indivíduo, e em diferentes manifestações religiosas
possibilitando assim, uma reflexão sobre as diferentes formas de compreender a
religiosidade do individuo e do outro.
A disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito as
diferentes práticas religiosas, bem como, a sua cultura de origem.
Nessa perspectiva o Ensino Religioso contribui também, para superar a
desigualdade étnico-religiosa. Passando por uma discussão sobre a garantia do
direito previsto na Constituição, quanto a liberdade de crença e expressão
religiosa.
Conteúdos:
6º Ano
Respeito à diversidade religiosa: os instrumentos legais que asseguram a
liberdade religiosa – como: a Declaração Universal dos Direitos Humanos e
Constituição Brasileira.
O sagrado: caracterização dos lugares e templos sagrados.
Texto sobre o conceito de sagrado apresentado por diferentes culturas
religiosas.
As organizações religiosas seus fundadores e líderes religiosos.
7º Ano
O universo simbólico religioso: o significado dos símbolos, gestos, formas.
Os ritos: as práticas celebrativas formadas por um conjunto de rituais.
77
As festas religiosas: os eventos organizados pelos diferentes grupos
religiosos.
Vida e morte: respostas sobre os questionamentos que se faz da vida além
da morte através das diversas manifestações religiosas.
Metodologia
A forma com que os conteúdos específicos foram elencados permite com
que o aluno possa conhecer manifestações religiosas ou expressões do sagrado
as mais comuns que já fazem perto do universo cultural da comunidade, bem
como, manifestações religiosas desconhecidas dele.
Dessa forma, possibilita-se uma maior compreensão ou a expansão do
seu conhecimento a respeito da diversidade religiosa.
Nesse processo de discussão, é importante ressaltar que as aulas de
Ensino Religioso contribuirão para a superação do preconceito à ausência ou a
presença de qualquer crença religiosa, bem como da discriminação de qualquer
expressão do sagrado.
Os conteúdos apresentados, também poderão contribuir para a
construção, a reflexão e a socialização de um conhecimento baseado no respeito
e o convívio como deferente.
Avaliação
A avaliação será feita através da participação do aluno na realização de
atividades, debates, produção de textos, elaboração de cartazes e principalmente
a capacidade de entendimento e uso dos termos específicos.
O professor deve observar como o aluno expressa uma relação respeitosa
com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua, aceita as
diferenças, emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes
manifestações do Sagrado.
78
13) Referências Bibliográficas
BLACKBURN, SIMON. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro; Jorge
Zahar. 1997
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Editora Scipione Ltda, 1994.
COSTELLA, Domenico. O fundamento epistemológico do Ensino Religioso.
In: Junqueira, Sergio; Wagner, Raul (orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba;
Champagnat, 2004.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.
Versão preliminar / julho de 2006.
Durkheim,Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo. Editora
Paulinas, 1989.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo.
Martins Fontes, 1992.
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (orgs). Conhecimento local e
conhecimento universal: pesquisa; didática e ação docente. Curitiba,
Champagnat, 2004.
OTTO, R. O sagrado, Lisboa: Edições 70, 1992.
14 - MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde a antiguidade, o homem utiliza a Matemática para facilitar a vida e
organizar a sociedade. Os povos das antigas civilizações desenvolveram os
primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje.
Há menções na História da matemática de que os babilônios, por volta de
2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como
álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de
idéias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação
das formas, tamanhos e quantidades (RIBINOV, 1987). Com os pitagoricos
79
ocorreram às primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática
no ensino e na formação das pessoas.
Os platônicos buscavam pela Matemática, um instrumento que, para eles
instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações
e o pensamento matemático de forma que influencia no ensino de Matemática até
os dias atuais (STRUIK, 1998)
Se analisarmos a história do ensino da Matemática podemos verificar que
esta sempre foi tratada como sendo a transmissão de conhecimentos e técnicas
prontas e acabadas, sem significados, sem contextualização histórica e cultural
que tinha uma única finalidade: formar pessoas passivas para as relações do
mundo capitalista.
Para mudar essa visão é necessária a utilização de metodologias que
possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos significados através de
situações significativas.
Os objetivos devem envolver de forma combinada o desenvolvimento de
conhecimentos práticos, contextualizados, que respondam às necessidades
atuais, e o desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos que
respondam a uma cultura geral, a uma visão de mundo.
A Matemática no Ensino fundamental e Médio deve auxiliar na preparação
de cidadãos críticos, participativos e capazes de tomar decisões, de compreender
as diversas informações vinculadas à tecnologia.
O ensino da Matemática tem um papel importante na construção da
cidadania, pois propicia a sociedade a oportunidade de se apropriar de
conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, para aplicá–los e utilizá-los no
seu cotidiano.
A verificação da sua importância também se encontra no fato de que a
Matemática é fundamental na resolução de problemas do dia-a-dia, no mercado
de trabalho é aplicada de várias formas e funciona como uma ferramenta
fundamental para a construção de conhecimentos em outras áreas curriculares.
Cabe ao professor estimular a reflexão e o desenvolvimento dessas
atitudes, proporcionando o pensamento crítico, a realização de previsões e a
80
tomada de decisões diante das informações vinculadas pela mídia, fazendo com
que o aluno raciocine de forma criativa associando os conteúdos trabalhados de
forma contextualizada.
No processo de ensino aprendizagem o professor deverá se colocar como:
- Facilitador: fornecendo as informações necessárias, fazendo explanações,
oferecendo matérias, textos, etc.;
- Mediador: promovendo debates, questionamentos, orientando e valorizando as
soluções mais adequadas;
- Incentivador: estimulando a cooperação entre os alunos bem como a interação
entre os mesmos;
- Avaliador: procurando identificar e interpretar, mediante observação e diálogos, o
progresso do aluno, julgando se os objetivos estão sendo alcançados e se é
necessário reorganizar as atividades pedagógicas.
Também é importante levar o aluno a ter consciência de suas conquistas e
dificuldades para que possa reorganizar suas atitudes frente ao processo de
aprendizagem.
Deste modo, a matemática pode dar a sua contribuição à formação do
cidadão ao desenvolver uma metodologia que enfatize a construção de
estratégias, a comprovação e a justificação de resultados, a criatividade, a
iniciativa pessoal, o trabalho coletivo, autonomia e confiança na hora de enfrentar
desafios.
OBJETIVOS GERAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Ler e interpretar textos matemáticos relacionando-os com seu
cotidiano;
Utilizar conhecimentos matemáticos para resolver situações
problemas;
Coletar, organizar e analisar informações;
Construir e interpretar tabelas e gráficos;
81
Utilizar adequadamente recursos tecnológicos como softwares e
calculadoras, potencializando as formas de resolução de problemas;
Estabelecer relações entre figuras espaciais e suas respectivas
representações planas;
Resolver situações problemas por meio de equações de primeiro e
segundo graus e inequações de primeiro grau;
Resolver situações problemas de localização e deslocamento de
pontos no espaço;
Reconhecer nas noções de direção e sentido, de ângulo, de
paralelismo e de perpendicularidade elementos fundamentais para a
constituição de sistemas de coordenadas cartesianas;
Relacionar os conteúdos matemáticos com as outras áreas do
conhecimento;
Valorizar a realidade social do aluno trabalhando problemas que
envolvam o seu contexto social.
OBJETIVOS GERAIS PARA O ENSINO MÉDIO
Ler e interpretar textos matemáticos;
Utilizar textos matemáticos na resolução de problemas;
Ler, interpretar e construir tabelas e gráficos;
Reconhecer figuras espaciais como esfera, cilindro, cubo e pirâmide;
Analisar as propriedades geométricas;
Identificar, selecionar e interpretar informações relativas à resolução
de problemas;
Formular hipóteses e prever resultados;
Interpretar e criticar resultados em situações reais;
Utilizar corretamente os recursos tecnológicos reconhecendo suas
limitações e potencialidades;
82
Verificar que as manifestações matemáticas são percebidas através
de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos
ambientes culturais;
Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em outras áreas do
conhecimento;
CONTEÚDOS
6º Ano
Números e Álgebra
Sistema de numeração:
História dos números;
Sistema de numeração decimal;
Sistema de numeração romano.
Números Naturais:
Conjunto dos números naturais;
Adição e subtração;
Multiplicação e divisão;
Potenciação e radiciação.
Múltiplos e divisores:
Critérios de divisibilidade;
Números primos;
Decomposição em fatores primos;
Máximo divisor comum;
Mínimo múltiplo comum.
Números fracionários:
Equivalência de frações;
Comparação de frações;
Operações com frações.
Números decimais:
83
Comparação de números decimais;
Operações com números decimais;
Dízimas periódicas.
Potenciação e radiciação:
Potencia;
Raiz quadrada.
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento.
Medidas de massa.
Medidas de volume.
Medidas de tempo.
Medidas de ângulo.
Sistema monetário.
Geometrias
Geometria plana.
Geometria espacial.
Tratamento da informação
_ Coleta, organização e descrição de dados;
_ Leitura e interpretação e representação de dados por meio de
tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos e porcentagem.
7º Ano
Números e Álgebra
Números inteiros;
Conjunto dos Números inteiros;
Adição e subtração;
Multiplicação e divisão;
84
Potenciação e radiciação.
Números Racionais:
Adição e subtração;
Multiplicação e divisão;
Potenciação e radiciação.
Equações do 1º grau:
Introdução à álgebra;
Equações do 1º grau com uma incógnita;
Equações do 1º grau com duas incógnitas;
Sistemas de equações do 1º grau com duas Incógnitas;
Inequações.
Razão e proporção:
Razão;
Proporção;
Regra de três;
Grandezas e Medidas
Medidas de temperatura;
Ângulos;
Geometria
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria Não-Euclidiana.
Tratamento da informação
Pesquisa estatística;
Media aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
85
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de
tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.
Gráfico de barras, colunas, linhas poligonais, setores, de
curvas e histogramas.
8º Ano
Números, Operações e Álgebra
Números irracionais:
Conjunto dos números irracionais;
Notação decimal.
Números reais:
Conjunto dos números reais;
Operações com números reais;
Monômios:
Álgebra;
Operações com monômios;
Polinômios:
Operações com polinômios;
Produtos notáveis.
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento;
Medida de área;
Medidas de ângulos.
Geometrias
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Geometria não-Euclidiana;
86
Tratamento da informação
Gráfico e informação;
População e amostra.
Leitura e interpretação e representação de dados por meio de
tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.
Gráfico de barras, colunas, linhas poligonais, setores, de
curvas e histogramas.
9º Ano
Números e Álgebra
Números reais:
Potenciação:
Potenciação com números reais;
Propriedades da potenciação.
Propriedades dos radicais:
Radiciação com números reais;
Propriedades da radiciação;
Equações do 2º grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações irracionais;
Equações biquadradas;
Regra de três composta.
Grandezas e Medidas
Triângulo retângulo: relações métricas;
Trigonometria no triângulo retângulo.
Funções
Noção intuitiva de função afim;
87
Noção intuitiva de função quadrática.
Geometria
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Geometria não-Euclidiana.
Teorema de Tales;
Teorema de Pitágoras.
Tratamento da informação
Noções de análise combinatória;
Estatística;
Juros compostos;
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura e interpretação e representação de dados por meio de
tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.
Gráfico de barras, colunas, linhas poligonais, setores, de
curvas e histogramas;
Noções de probabilidade.
1º ANO
Números e Álgebra
Conjunto dos números reais;
Funções
Função de 1º grau (Função Afim);
Função de 2º grau;
Função polinomial
88
Função modular;
Função exponencial;
Função logarítmica;
Função trigonométrica.
Função modular
Geometria
Geometria plana.
Tratamento da informação
Resolução de situações problemas envolvendo funções;
2º ANO
Números e Álgebra
Matrizes;
Determinantes;
Sistemas lineares;
Funções
Progressão aritmética;
Progressão geométrica;
Geometria
Resolução de situações problemas envolvendo geometria
plana;
Geometria espacial;
Tratamento da informação
Analise combinatória;
Binômio de Newton;
89
Probabilidade.
3º ANO
Números e Álgebra
Polinômios;
Noções de números complexos;
Funções
Estatística: construção de gráficos e tabelas;
Geometria
Geometria analítica;
Geometria não-Euclidiana
Tratamento da informação
Estatística;
Analise combinatória
Matemática financeira.
METODOLOGIA DE TRABALHO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
- Sondagem: verificar como o aluno aprende, qual a sua postura diante de
determinadas situações, sua experiência, sua história de vida e o seu
conhecimento cientifico adquirido sobre um dado assunto;
- Estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do
passado e da atualidade levando o aluno a criar condições de desenvolver
atitudes mais favoráveis diante do conhecimento, compreendendo que o avanço
tecnológico de hoje não seria possível sem a herança cultural de gerações
passadas e que o conhecimento matemático não é pronto e acabado;
90
- Trabalhar situações problemas, levando o aluno a realizar simulações,
fazerem tentativas e formular hipóteses;
- Utilizar recursos tecnológicos como calculadoras e softwares geométricos,
e recursos didáticos como material dourado, blocos lógicos e tangran para
potencializar o processo de ensino aprendizagem de matemática favorecendo as
experimentações e simulações e possibilitando que os alunos visualizem,
generalizem e relacionem teoria e prática;
- Relacionar os conteúdos trabalhados com as diversas áreas do
conhecimento possibilitando a produção de um ensino mais significativo.
METODOLOGIA DE TRABALHO PARA O ENSINO MÉDIO
- Trabalhar situações problemas, levando o aluno a realizar simulações,
fazer tentativas e formular hipóteses;
- Relacionar os conteúdos trabalhados com as diversas áreas do
conhecimento;
- Utilizar os recursos tecnológicos como uma forma de atualizar e dinamizar
a pratica metodológica dando ao aluno um maior desprendimento para trabalhar e
buscar novas experiências;
- Relacionar os conteúdos com sua história, estabelecendo comparações
entre os conceitos e os processos matemáticos do passado e do presente,
fazendo com que o aluno crie condições para desenvolver atitudes e valores mais
favoráveis diante do conhecimento;
- Demonstrar o alto nível de abstração matemática de algumas culturas
antigas para que o aluno compreenda que o avanço tecnológico de hoje não seria
possível sem a herança cultural de gerações passadas.
AVALIAÇÃO
Na matemática a avaliação tem sido baseada em conceitos distorcidos da
realidade cotidiana, cálculos isolados de rigor técnico que valorizam apenas os
91
resultados obtidos, desconsiderando o processo de construção do pensamento do
aluno e sua convivência na localidade em que vive.
Para ultrapassarmos estas práticas precisamos repensar o conceito de
avaliação para que seu objetivo passe a ter a dimensão educativa esperada.
A avaliação deve fornecer ao professor as informações sobre como está
ocorrendo à aprendizagem, os conhecimentos adquiridos, o raciocínio
desenvolvido, as crenças os hábitos e valores incorporados, o domínio de certas
estratégias para que ele possa propor revisões e re-elaborações de conceitos e
procedimentos parcialmente consolidados e que necessitam de aprimoramento
para obtenção do resultado esperado.
Portanto, é fundamental que os resultados expressos pelos instrumentos de
avaliação, como, por exemplo, provas escritas; resolução de atividades propostas
no livro didático; trabalhos individuais ou em grupo; a pesquisa propicie ao
professor através da observação da participação do aluno e o seu
desenvolvimento em sala, avaliar o aprendizado destes alunos.
Deste modo, estes instrumentos devem fornecer ao professor informações
sobre a capacidade de cada aluno em resolver problemas, em utilizar a linguagem
matemática adequadamente para comunicar as suas idéias, em desenvolver
raciocínios e análises e interpretar todos esses aspectos no seu conhecimento
matemático.
As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e
reflexão sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as
práticas avaliativas têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento
da pedagogia do ensino e da aprendizagem (LUCKESI, 2002).
Assim, de acordo com a avaliação o professor poderá, de acordo com os
objetivos propostos para o Ensino Fundamental, perceber se o aluno:
Leu e interpretou textos matemáticos relacionando-os com seu
cotidiano;
Selecionou e utilizou procedimentos de cálculos em função de
situações problemas;
Coletou, organizou e analisou informações;
92
Construiu e interpretou tabelas e gráficos;
Utilizou de maneira adequada recursos tecnológicos;
Resolveu situações problemas envolvendo procedimentos de
cálculos com números naturais, números inteiros, racionais e
irracionais;
Estabeleceu relações entre figuras espaciais e suas
respectivas representações planas;
Resolveu situações problemas por meio de equações de
primeiro e segundo graus e inequações de primeiro grau;
Resolveu situações problemas de localização e deslocamento
de pontos no espaço;
Reconheceu nas noções de direção e sentido, de ângulo, de
paralelismo e de perpendicularidade elementos fundamentais para a
constituição de sistemas de coordenadas cartesianas.
No Ensino Médio a avaliação também deve acontecer ao longo do processo
do ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que
abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do
aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão
alcançada por ele e consolidando os conhecimentos adquiridos no período de 6º a
9º anos durante o Ensino Médio.
No 1º ANO desejável que o aluno amplie os conhecimentos sobre conjuntos
numéricos e aplique em diferentes contextos. Aplique os conhecimentos sobre
funções para resolver situações problema.
Articule as idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e
negativa. Conheça os conceitos básicos de Geometria Elíptica, Hiperbólica e
Fractal (Geometria da superfície esférica). Identifique e resolva equações,
sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas,
trigonométricas e modulares
No 2º ano o aluno deve reconhecer, nas sequências numéricas,
particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e
93
geométricas e generalize cálculos para a determinação de termos de uma
sequência numérica.
Conhecer e interpretar matrizes e suas operações, dominar o conceito e as
soluções de problemas que se realizam por meio de determinantes, além de
ampliar a aprofundar os conhecimentos de geometria Plana e Espacial. Aplicar a
lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos
desconhecidos.
No 3º ano espera-se que o aluno recolha, interprete e análise dados
através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos, realize
cálculos utilizando Binômio de Newton, compreenda a idéia de probabilidade e
determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria
Analítica. Compreenda os números complexos e suas operações e identifique e
realize operações com polinômios.
O aluno deve realizar estimativas, conjecturas a respeito de dados e
informações estatísticas e compreender a Matemática Financeira aplicada aos
diversos ramos da atividade humana, além de perceber, através da leitura, a
construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a
representação gráfica.
Enfim, a avaliação constitui-se como parte do processo de ensino-
aprendizagem e deve ser diagnóstica, identificando a dificuldade dos alunos para
intervenções pedagógicas, contínua e cumulativa.
A recuperação deve ocorrer paralelamente às dificuldades apresentadas no
processo cabendo ao professor utilizar diferentes caminhos para sanar as
dificuldades dos alunos. Para alunos egressos no 6º e 9º ano e com dificuldade de
aprendizagem oferta-se no contraturno a Sala de Apoio.
15) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001
94
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio. Brasília, Ministério da
Educação: 1999.
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais
de Matemática. Brasília, Ministério da Educação: 1998.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática. São Paulo: 2005.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática – arte ou técnica de explicar e conhecer.
São Paulo: Ática, 1998.
DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da matemática: In:
DUARTE, N.; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São Paulo: Cortez,
1987. p. 15.
GIOVANNI, José Rui. et al. A conquista da Matemática – Nova. São Paulo: FTD,
1998.
LONGEN, Adilson. Matemática em Movimento. (Coleção Nova Didática).
Curitiba: Positivo, 2004.
______. Matemática Ensino Médio. (Coleção Nova Didática). Curitiba: Positivo,
2004.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. Historia na educação matemática: propostas e
desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de
Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba:
SEED/DEPG, 1990
_______. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de
Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná.
Curitiba: SEED/DEPG, 1993
_______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes curriculares de matemática para as séries finais do ensino
fundamental e para o ensino médio. Curitiba: SEED/DEPG, 2008.
95
16 - EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente
influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVII
e XIX. Os exercícios sistematizados pela instituição militar foram reelaborados
pelo conhecimento médico numa perspectiva pedagógica, para atender aos
objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos
exercícios físicos.
A Educação Física se consolidou especificamente no contexto escolar, a
partir da Constituição de 1937, sendo então, utilizada com o objetivo de
doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo
o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Além desses objetivos, a Educação Física
seguiu a guisa dos princípios higienistas para um corpo forte e saudável, com
atividades ligadas à formação de um corpo masculino robusto, delineado para a
defesa e proteção da família e da pátria; as mulheres, por sua vez, deveriam
desenvolver a harmonia de suas feninis e às exigências da maternidade futura.
(CASTELLANI FILHO, 1991, p. 58).
A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no
Brasil. Consolidou sua hegemonia no interior da Educação Física, quando os
currículos passaram a tratá-lo com maior ênfase, através do método tecnicista,
centrado na competição e no desempenho. Neste contexto, os chamados esportes
olímpicos (vôlei, basquete, handebol e atletismo) foram priorizados com o objetivo
principal de formar atletas para representarem o país em competições
internacionais.
Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma comunidade
científica na Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou
correntes, suscitando os primeiros debates voltados a uma criticidade. Tais
propostas denigrem suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da
96
esportivização. Dentre as correntes ou tendências progressivas destacam-se as
abordagens:
- desenvolvimentista: defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim
da Educação Física.
- construtivista: no âmbito da Educação Física, a psicomotricidade influenciou a
perspectiva construtivista-interacionista com vistas à formação integral incluindo
as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano.
Busca-se a formação de um sujeito que reconheça o próprio corpo em
movimento e, também, a sua subjetividade.
Pretendemos articular experiências de diferentes regiões, escola e
professores, nestas diretrizes que propõe a Educação Física, uma reflexão sobre
as necessidades atuais de ensino e a superação de uma visão fragmentada de
homem, ou seja, sob uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,
psicológica, filosófica e política, sempre em favor da formação humana, apesar de
vivermos em uma sociedade desigual.
No mesmo sentido, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é
resultado de experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes
contextos em que se efetiva, isto é, na família, na escola, no trabalho, no lazer,
etc... E sofre, portanto, os constrangimentos oriundos dessas relações, seja do
ponto de vista econômico, cultural, político e social.
Nesta direção, a finalidade da Educação Física, por meio do estudo e do
ensino das práticas corporais, deve propiciar o entendimento de que, juntamente
com outras forças sociais, poderá levar às modificações ou transformações
completas daquelas práticas. Portanto, os conteúdos esporte, jogos, brinquedos e
brincadeiras, ginástica, danças e lutas devem estar comprometidos com uma
Educação Física transformadora.
A Educação Física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em
movimento. No entanto este corpo em movimento não é meramente a
manifestação sinestésica, mas um corpo humano em movimento (considerando
aspectos emocionais).
97
A disciplina de Educação Física é fundamental na formação do educando.
No aspecto motor, onde são trabalhadas a coordenação motora e habilidades
perceptivo-motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações
sociais, contribuindo para a socialização do ser humano e suas relações com o
outro e o meio onde está inserido. No aspecto cognitivo, capacita o aluno para
analisar, avaliar e compreender.
Assim contribuímos para a formação completa “física e mental”,
estimulando o autoconhecimento do corpo e seu limite e capacidade. A partir da
Educação Física a criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os
eventos sociais, a dinâmica interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre
as pessoas e o seu papel social.
Na área pedagógica uma das primeiras referências a ganhar destaque
entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta legitimação
da disciplina na escola.
A educação psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação
integral da criança.
OBJETIVOS
Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando
suas características físicas e de desempenho motor bem como de seus
colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou
sociais;
Apropriar-se de processos de aperfeiçoamento das capacidades físicas, das
habilidades motoras próprias das situações relacionais, aplicando-os com
discernimento em situações-problema que surjam no cotidiano;
Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos
jogos, lutas e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não
violenta, pelo diálogo e prescindindo da figura do árbitro;
Saber diferenciar os contextos amador, recreativo, escolar, e o profissional
reconhecendo e evitando o caráter excessivamente competitivo em
quaisquer desse contexto;
98
Relacionar a diversidade de manifestações da cultura corporal de seu
ambiente e de outros, com o contexto em que são produzidas e
valorizadas;
Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio
corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades
corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso para melhoria de
suas aptidões físicas;
Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência por
meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais;
Organizar e praticar atividades corporais, valorizando-as como recurso para
usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou
interferir nas regras convencionais, com o intuito de torná-las mais
adequadas ao momento do grupo, favorecendo a inclusão dos praticantes.
CONTEÚDOS
6º Ano
ESPORTE
Coletivos e individuais
Origem e histórico dos esportes;
Atividades pré- desportivas com fundamentos e regras adaptadas;
Fundamentos básicos.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Brincadeiras de rua / populares
Brinquedos
Brincadeiras de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos de estafeta
99
Jogos dramáticos e de interpretação.
Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;
Brincadeiras, jogos e brinquedos com e sem materiais alternativos;
Construção de brinquedos;
Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.
DANÇA
Danças folclóricas
Atividades de expressão corporal
Cantigas de roda
Origem e histórico das danças;
Contextualização da dança;
Atividades de criação e adaptados;
Movimentos de experimentação corporal.
GINASTICA
Ginástica artística
Atividades circenses
Ginástica natural
Origem e histórico da ginástica artística;
Movimentos básicos
Construção e experimentação de materiais utilizados na ginástica;
Cultura do circo;
Consciência corporal.
LUTAS
Judô
Karate
Taekwondo
100
Capoeira
Origem e histórico das lutas;
Atividades que utilizem materiais alternativos;
Jogos de oposição;
Musicalização;
Ginga, esquiva e golpes.
7º Ano
ESPORTE
Coletivos e individuais
Mudanças no decorrer da história;
Noções de regras e elementos básicos;
Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
Sentido da competição esportiva.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Brincadeiras de rua
Jogos de raquete e peteca
Jogos de tabuleiro
Jogos de estafeta
Jogos dramáticos e de interpretação
Jogos cooperativos
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos
e brincadeiras;
Diferença entre brincadeira, jogo e esporte;
A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;
Os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
101
DANÇA
Danças folclóricas
Dança criativa
Hip Hop: Break
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;
Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas;
Criação e adaptação de coreografias;
Construção de instrumentos musicais.
GINASTICA
Ginástica artística
Atividades circenses
Ginástica natural
Ginástica rítmica
Aspectos históricos e culturais da ginástica;
Noções de posturas e elementos ginásticos;
Cultura do Circo.
LUTAS
Judô
Karate
Taekwondo
Capoeira
Mudanças no decorrer da história;
Jogos de oposição;
Ginga, esquiva e golpes;
102
Rolamentos e quedas.
8º Ano
ESPORTE
- Coletivos e individuais
- Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, rendimento,
condicionamento físico;
- Esporte e mídia;
- Esporte: benefícios e malefícios à saúde;
- Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
- Discutir e refletir noções de ética nas competições.
JOGOS E BRINCADEIRAS
- Jogos de raquete e peteca
- Jogos de tabuleiro
- Jogos intelectivos
- Jogos cooperativos
- Festivais;
- Estratégias de jogo.
DANÇA
- Danças folclóricas
- Dança de rua
- Dança de salão
- Hip Hop
- Apresentação dos elementos de forma crítica;
- Elementos e técnicas de dança;
- Pequenas seqüências.
GINÁSTICA
103
- Ginástica artística
- Atividades circenses
- Ginástica geral
- Ginástica rítmica
- Noções de postura e elementos ginásticos;
- Origem da ginástica com enfoque específico nas diferenças ao longo dos
anos;
- Manuseio dos elementos da Ginástica;
- Movimentos acrobáticos.
LUTAS
- Judô
- Karate
- Taekwondo
- Capoeira
- Roda de capoeira;
- Projeção e imobilização;
- Jogos de oposição.
9º Ano
ESPORTE
- Coletivos e individuais
- Organização de festivais esportivos;
- Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;
- Regras oficiais e sistemas táticos;
- A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
- Súmulas, noções e preenchimento.
JOGOS E BRINCADEIRAS
- Jogos de raquete e peteca
104
- Jogos de tabuleiro
- Jogos intelectivos
- Jogos cooperativos
- Festivais;
- Estratégias de jogo.
DANÇA
- Danças folclóricas
- Dança de rua
- Dança de salão
- Hip Hop
- Apresentação dos elementos de forma crítica;
- Elementos e técnicas de dança;
- Pequenas seqüências.
GINÁSTICA
- Ginástica artística
- Atividades circenses
- Ginástica geral
- Ginástica rítmica
- Noções de postura e elementos ginásticos;
- Origem da ginástica com enfoque específico nas diferenças ao longo dos
anos;
- Manuseio dos elementos da Ginástica;
- Movimentos acrobáticos.
LUTAS
- Judô
- Karate
- Taekwondo
- Capoeira
105
- Roda de capoeira;
- Projeção e imobilização;
- Jogos de oposição.
1° Ano Ensino Médio
ESPORTE
- Voleibol;
- Basquetebol;
- Handebol;
- Futsal;
- Futevôlei
- Badminton;
- Four Square;
- Tênis de Mesa.
- Regras oficiais e sistemas táticos;
- A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
JOGOS E BRINCADEIRAS
- Xadrez;
- Dama;
- Trunfo;
- Ludo;
- Uno;
- Jogos de Raciocínio Lógico.
DANÇA
- Danças folclóricas
- Dança de rua
- Dança de salão
- Hip Hop
106
GINÁSTICA
- Ginástica geral;
- Ginástica Circense,
- Ginástica Postural,
- Movimentos acrobáticos.
LUTAS
- Judô
- Karate
- Taekwondo
- Capoeira
- Defesa pessoal
2° Ano Ensino Médio
ESPORTE
- Voleibol;
- Basquetebol;
- Handebol;
- Futsal;
- Futevôlei
- Badminton;
- Four Square;
- Footsack
- Tênis de Mesa.
- Regras oficiais e sistemas táticos;
- A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
JOGOS E BRINCADEIRAS
- Xadrez;
107
- Dama;
- Trunfo;
- Ludo;
- Uno;
- Jogos de Raciocínio Lógico.
DANÇA
- Danças folclóricas
- Dança de rua
- Dança de salão
- Hip Hop
GINÁSTICA
- Ginástica geral;
- Ginástica Circense,
- Ginástica Postural,
- Movimentos acrobáticos.
LUTAS
- Judô
- Karate
- Taekwondo
- Capoeira
- Defesa pessoal
3° Ano Ensino Médio
ESPORTE
- Voleibol;
- Basquetebol;
- Handebol;
108
- Futsal;
- Futevôlei
- Badminton;
- Footsack
- Futebol Americano;
- Four Square;
- Tênis de Mesa.
- Regras oficiais e sistemas táticos;
- A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
JOGOS E BRINCADEIRAS
- Xadrez;
- Dama;
- Trunfo;
- Ludo;
- Uno;
- Jogos de Raciocínio Lógico.
DANÇA
- Danças folclóricas
- Dança de rua
- Dança de salão
- Hip Hop
GINÁSTICA
- Ginástica geral;
- Ginástica Circense,
- Ginástica Postural,
- Movimentos acrobáticos.
LUTAS
109
- Judô
- Karate
- Taekwondo
- Capoeira
- Defesa pessoal
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimento, trata-se de
acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação dentro
de contextos significativos.
O professor e o aluno devem ser elementos ativos, atuando em uma
relação de reciprocidade. O primeiro deve buscar a competência técnica, através
do trabalho com o conteúdo numa concepção histórica, ao segundo deve ser
permitido que reflita, reelabore o conhecimento, tornando este significativo para
sua realidade.
“Educar é uma relação humana estabelecida entre uma geração mais
adulta e uma geração mais nova, devendo permanecer uma constante
troca de valores, o convívio e o crescimento, tanto do professor como do
aluno” (CUNHA, 1991).
O professor de Educação Física precisa compreender-se como um
intelectual, responsável pela organização e sistematização dessas praticas
corporais que possibilitam a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas.
Uma das dimensões fundamentais do trabalho atual dos professores é o
senso de investigação de pesquisa. No entanto, a dimensão investigativa do
professor em sua atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se
deveriam pensar com mais vigor. Isso é muito importante porque não se pode
intervir numa realidade sem conhecê-la e, na verdade ao se observar com mais
cuidado, ela nos oferece cotidianamente uma serie de desafios. Uma ferramenta
muito importante desse processo é o registro escrito das atividades cotidianas.
110
Assim, o trabalho docente deve ser balizado por uma intencionalidade que
pretenda representar o papel do professor e da Educação Física ao longo da
escolarização na tentativa de desmistificar formas “naturalizadas” de compreensão
da sua função social.
Sendo assim, podemos ver que uma aula de Educação Física compõe-se
de: proposição do que vai ser executado; execução do que for proposto e reflexão
sobre o que foi executado.
Quando da proposição de um conteúdo como jogo da queimada, por
exemplo, num primeiro momento o professor promove junto aos alunos
discussões sobre as situações de violência que o jogo cria. Neste sentido, pode
construir com eles como adaptar as regras para o seu controle, onde o espaço
para a atividade deverá incluir a todos os alunos. Na fase seguinte, durante o jogo
propriamente dito, poderão emergir várias situações e conflitos que os leve a
perceber que o jogo da queimada é discriminatório, uma vez que os mais fracos
são facilmente eliminados, perdendo a chance de jogar. Neste momento, surgem
inúmeras manifestações corporais advindas do jogo como a exclusão, relações de
poder, dominação, preconceito, violência e paralelamente a essas situações,
surgem também oportunidades de problematizar essa prática no sentido de buscar
alternativas para a cooperação, a criação de estratégias para a permanência na
atividade, entre outras. No terceiro momento o professor deve dialogar sobre as
diferentes manifestações corporais e situações ocorridas no jogo. Os alunos terão
oportunidade de falar, construir e interpretar suas atividades, perceber as
dificuldades encontradas e superações, exercendo assim, sua capacidade de
pensamento, ampliando seus conceitos e opiniões sobre a realidade que os cerca.
Os conteúdos específicos são desenvolvidos de quinta a oitava série. O
tratamento dado na sétima e oitava série terá maior amplitude, cumplicidade e
aprofundamento.
No Ensino Médio serão retomados os principais fundamentos e regras das
diversas modalidades esportivas como retomada dos conhecimentos adquiridos e
novas vivências de atividades complementares, qualidades de vida e atividades
recreativas e lúdicas.
111
AVALIAÇÃO
É necessário superar uma prática pedagógica que insere a avaliação na
Educação Física unicamente na perspectiva da identificação de talentos através
de medidas corporais, de fixação de padrões de conduta e comportamento, bem
como de conhecimentos questionáveis a partir da ótica de uma educação cuja
finalidade seja a apreensão crítica da realidade. Nesse sentido, LUCKESI (1995),
tem chamado a atenção para o fato de que a escola está praticando a verificação
e não a avaliação, principalmente pelo fato de que a aferição da aprendizagem
escolar está sendo utilizada, na maioria das vezes, para classificar os alunos em
aprovados e reprovados. E conclui que, mesmo que haja ocasiões em que se
dêem oportunidades para os alunos se recuperem, a preocupação recai
unicamente em rever os conteúdos programáticos para recuperar a nota.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a
avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, com
critérios de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e
aprendizagem, sendo continua, identificando, dessa forma, os progressos do
aluno durante o ano letivo. Pois, é fundamental que o aluno saiba da importância
que é construir conhecimentos dentro da realidade que está inserido. Pretende-se
que ao final do ano letivo o aluno participe de atividades de natureza relacional,
reconhecendo e respeitando suas características físicas e de desempenho motor
bem como de seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas,
sexuais ou sociais. Adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e
solidariedade na prática dos jogos, lutas e dos esportes, buscando encaminhar os
conflitos de forma de não violenta, mas sim pelo diálogo, aprofundando-se no
conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder
controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e a
valorizá-las como recurso para a melhoria de suas aptidões físicas.
Para que a aprendizagem se concretize será usado os seguintes
instrumentos avaliativos: pesquisas, debates, apresentações e trabalhos feitos em
112
grupos ou individuais, prática esportiva, vivência dos movimentos – cujo horizonte
é a conquista de maior consciência corporal e senso crítico em suas relações
interpessoais e sociais.
Já como critérios de avaliação observamos as questões a seguir:
ESPORTES
Espera-se que o alunos possam conhecer, a origem dos diferentes
esportes;
Experimentar e vivenciar diferentes esportes;
Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes
esportes;
Tenham noções básicas das regras das diferentes manifestações
esportivas;
Entender que tais práticas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de
lazer, como esporte de rendimento ou como aptidão física;
Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes
esportes;
Reconhecer os benefícios e os malefícios que as práticas esportivas
proporcionam a seus praticantes;
Reconhecer o contexto social e econômico em que os esportes se
desenvolveram.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciaras diferentes
formas de jogar;
Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos;
Desenvolver festivais a partir dos diferentes jogos sejam eles cooperativos,
competitivos ou de tabuleiro;
113
DANÇA
Espera-se que conheçam a origem e alguns significados (místicos,
religiosos, entre outros) das danças;
Tenham condições de experimentar, vivenciar, criar e adaptar tanto
cantigas de roda quanto diferentes seqüências de movimentos;
Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, por meio da
criação e adaptação de coreografias;
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos que identifiquem as diferentes danças;
GINÁSTICA
Conhecer os aspectos históricos das diferentes ginásticas;
Experimentar e vivenciar os fundamentos básicos da ginástica (saltar,
equilibrar, rolar/girar, trepar, balançar/embalar);
Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais;
Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos
presentes no circo;
A influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.
LUTAS
Conhecer os aspectos históricos das diferentes lutas e se possível vivenciar
algumas manifestações;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição;
Aprofundar em alguns elementos procurando compreender a constituição
de algumas das lutas;
114
Vivenciar alguns movimentos básicos como as quedas e os rolamentos do
judô.
17) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, J. C. e PIMENTA, S. G. (Coords). Metodologia do ensino de
educação física. São Paulo: Cortez, 1992.
BARBANTI, V., Aptidão Física: Um convite à saúde, São Paulo, 1990.
BROTO, F., Se o importante é competir, o fundamental é cooperar, São Paulo,
Projeto Cooperação, 1997.
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo, Paz e Terra, 1995.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para a educação
básica nas escolas de campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão
Educacional. 2002.
CARLIN, Alda Luiza. A educação e a corporalidade do educando. Discorpo.
São Paulo, n.04, p. 41-60, 1995.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
MEDINA, João P. S. O Brasileiro e seu corpo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1990.
NOZAKI, h. t. Educação física e reordenamento no mundo do trabalho:
Meditações da regulamentação da profissão. Tese de doutorado – Niterói:
UFF,2004
TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de
educação física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun./jul.
1998.
____. Práticas pedagógicas da educação física nos tempos e espaços escolares:
a corporalidade como termo ausente? In: BRACHT, Valter; CRISÓRIO, Ricardo
(orgs). A educação física no Brasil e na Argentina: identidade, desafios,
perspectativas. Campinas : Autores Associados, 2003.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental.
Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2006
115
18 - HISTÓRIA
Apresentação Geral da Disciplina
Desde o seu nascimento a História privilegiou fatos políticos e econômicos
que se referiam aos acontecimentos das classes dominantes. Essa forma de fazer
História visava à objetividade dos fatos, pois se acreditava que os documentos
continham verdades absolutas e imutáveis. Partindo dos pressupostos históricos,
Heródoto, historiador grego que viveu no século V antes de Cristo foi o primeiro
estudioso a narrar os fatos de sua época. Este aspecto da história-relato, da
história-testemunho, jamais deixou de estar presente no desenvolvimento da
ciência histórica. Paradoxalmente, hoje se assiste a critica deste tipo de História,
devido à vontade de colocar a explicação no lugar da narração; mas, também, ao
mesmo tempo, presencia-se o renascimento da história-testemunho por
intermédio do “retorno do evento” (Nora), ligado à nova mídia, ao surgimento de
jornalistas entre os historiadores e ao desenvolvimento da “história imediata”.
Contudo, desde a Antiguidade, a ciência histórica, reunindo documentos
escritos e fazendo deles testemunhos, superou o limite do meio século ou do
século abrangido pelos historiadores que deles formaram testemunhas oculares e
auriculares. Ela ultrapassou também as limitações impostas pela transmissão oral
do passado. A constituição de bibliotecas e de arquivos forneceu, assim, os
materiais da História. Foram elaborados métodos de crítica cientifica, conferindo à
História um de seus aspectos de ciência em sentido técnico, a partir dos primeiros
e incertos passos da Idade Média (Guenée), mas, sobretudo depois do final do
século XVII, com Du Cange, Mabillon e os beneditinos de Saint-Maur, Muratori etc,
portanto não se tem História sem erudição, mas, do mesmo modo que se fez no
século XX, mais precisamente em 1929 – os Annalles lançaram a crítica ao
documento histórico, à crítica da noção de fato histórica, que não é um objeto
dado e acabado, pois resulta da construção do historiador. Também se faz hoje a
crítica da noção de documento, que não é um material bruto, objetivo e inocente,
mas exprime o poder da sociedade do passado sobre a memória e o futuro: o
documento é monumento. Ao mesmo tempo ampliou-se a área dos documentos
116
que a escola tradicional reduzia aos textos e aos produtos da arqueologia, de uma
arqueologia muitas vezes separadas da história. Nas últimas décadas os
documentos chegam a abranger a palavra, o gesto. Constituem-se arquivos orais
são coletados etnotextos. Enfim, o próprio processo de arquivar documentos foi
revolucionado pelo computador. A história quantitativa, da demografia à economia
até o cultural, está ligada aos progressos dos métodos estatísticos e da
informação às ciências sociais.
O afastamento existente entre a “realidade histórica” e a ciência histórica
permitiu a filósofos e historiadores propor – da Antiguidade até hoje – sistemas de
explicação global da história (para o século XX, e em sentidos extremamente
diferentes, podem ser lembrados Spengler, Weber, Croce, etc). A maior parte dos
historiadores manifesta uma desconfiança mais ou menos marcada em relação à
filosofia da história, porém não obstante isso, eles não se voltam para o
positivismo triunfante na historiografia alemã ou na francesa no final do século XIX
e início do século XX. Entre a ideologia e o pagamento, eles são os defensores de
uma história – problema.
Para captar o desenrolar da história e fazer dela objeto de uma verdadeira
ciência, historiadores e filósofos, desde a Antiguidade, esforçaram-se por
encontrar e definir as leis da história. As tentativas mais estimulantes, que
sofreram uma falência estrondosa, são as velhas teorias cristãs do
providencialismo e o marxismo vulgar que insiste – embora Marx não fale em leis
da história – em fazer do materialismo histórico uma pseudociência do
determinismo histórico, cada vez mais desmentida pelos fatos e reflexão histórica.
Em compensação, a possibilidade de uma leitura racional a posterioridade
da história, o reconhecimento de certas regularidades em seu decurso, a
elaboração de modelos que excluem a existência de um modelo único permitem
excluir o retorno da história a um mero relato.
As condições nas quais trabalha o historiador explicam, ademais, por que
foi e continua sendo sempre colocado o problema da objetividade do historiador. A
tomada de consciência da construção do fato histórico, da não – inocência do
117
documento lançou uma luz reveladora sobre os processos de manipulação que se
manifestam em todos os níveis da constituição do saber histórico. Mas esta
constatação não deve se desembocar num ceticismo de fundo a propósito da
objetividade histórica e num abandono da noção de verdade em história; ao
contrário, os contínuos êxitos no desmascaramento e na denúncia das
mistificações e das falsificações da história permitem um relativo otimismo a esse
respeito.
Isso não impede que o horizonte da objetividade, que deve ser o do
historiador, não deva ocultar o fato de que a história é uma prática social e de que,
se devem ser condenadas as posições que, na linha de um marxismo vulgar ou de
um reacionarismo igualmente vulgar, confundem ciência histórica e empenho
político, é legítimo observar que a leitura da história do mundo se articula sobre
uma vontade de transformá-lo.
A crítica de noção de fato histórico tem, além disso, provocado o
reconhecimento de realidades históricas negligenciadas (experiências sociais) por
muito tempo.
Junto à história política, a história econômica e social, a História cultural,
nasceu uma história das representações. Esta assumiu formas diversas: história
das concepções globais da sociedade ou história das ideologias; história das
estruturas mentais comuns a uma categoria social, a uma sociedade, a uma
época, ou história das mentalidades; história da produção do espírito ligada não
ao texto, à palavra, ao gesto, mas à imagem, ou a história do imaginário, que
permite tratar os documentos literários e artísticos como plenamente históricos,
sob condição de ser respeitada sua especificidade; histórias das condutas, das
práticas, dos rituais, que remete a uma realidade oculta, subjacente, que talvez um
dia conduza a uma história psicanalítica, cujas provas de estatuto científico não
parec ainda reunidas.
Todos estes novos setores da história representam um enriquecimento
notável desde que sejam evitados dois erros: ou seja, subordinar a história das
representações a outras realidades e não privilegiar as novas realidades.
118
Com o estudo e ensino de História, pretende-se discutir o passado no seu
tempo histórico sob a luz do presente. A todo instante é necessário mergulhar nos
acontecimentos e nas ações do homem, nas quais o passado e o presente estão
articulados no desafio à compreensão da história da humanidade. Por meio da
releitura do passado, é possível resgatar os fatos históricos dentro de várias
abordagens historiográficas e confrontar com a realidade vivenciada, voltada para
a conscientização, a reflexão e o questionamento dos problemas da realidade
social que o cerca.
A História no currículo escolar constitui o que se chama de saber histórico
escolar. No diálogo e no confronto com a realidade social e educacional, no
contato com valores e anseios das novas gerações, a interlocução com o
conhecimento histórico e pedagógico se faz necessário.
O saber histórico escolar tem mantido tradições, tem reformulado e inovado
conteúdos, abordagens, métodos, materiais didáticos e algumas de suas
finalidades educacionais e sociais. Nesse diálogo tem permanecido
principalmente, o papel da História em difundir e consolidar identidades no tempo
sejam étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de estado ou nação.
Nele, fundamentalmente, têm sido recriadas as relações professor-aluno,
conhecimento histórico e realidade social, em beneficio do fortalecimento do papel
da História na formação social e intelectual de indivíduos que, de modo consciente
e reflexivo, desenvolvam a compreensão de si mesmos, dos outros, da sua
inserção em uma sociedade histórica e da responsabilidade de todos atuarem na
construção de sociedades mais igualitárias e democráticas.
Objetivos
- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na
localidade, na região e no país, e outras manifestações estabelecidas
em outros tempos e espaços;
- Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de
tempos;
119
- Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar;
- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de
histórias coletivas;
- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos
tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas,
políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles,
continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições sociais;
- Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,
conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade
civil que possibilitem modos de atuação;
- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,
aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e
registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social,
considerando critérios éticos;
- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos
como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o
respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades.
-
CONTEÚDOS
6º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
1) A experiência humana no tempo: a memória local e
memória da humanidade; o tempo (as temporalidades
e as periodizações); o processo histórico (as relações
humanas no tempo)
O local e o Brasil A relação com o Mundo
120
O jovem aluno e suas
percepções do tempo
histórico (temporalidades
e periodizações):
memórias e documentos
familiares e locais.
- a formação do
pensamento histórico;
- os vestígios humanos: os
documentos históricos;
- o surgimento dos lugares
de memórias: lembranças,
mitos, museus, arquivos,
monumentos,espaços
públicos, privados,
sagrados.
- as diversas
temporalidades nas
sociedades indígenas,
agrárias e industriais;
- as formas de
periodização: por
dinastias, por eras, por
eventos significativos, etc.
2) Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo:
as gerações e as etnias.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- os povos indígenas e
suas culturas na história
do Paraná: xetás,
kaigangs, xoklengs e tupi-
guaranis.
- colonizadores
portugueses e suas
- o surgimento da
humanidade na África e a
diversidade cultural na sua
expansão: as teorias sobre
seu aparecimento.
- as sociedades
comunitárias.
121
culturas na América e no
território paranaense.
-Os povos africanos e
sua s culturas no Brasil e
no Paraná.
- Os imigrantes europeus
e asiáticos e suas
culturas no Brasil e
Paraná.
- A condição das
crianças, dos jovens, dos
idosos na história do
Brasil e do Paraná. -
- as sociedades
matriarcais.
- as sociedades
patriarcais.
- o significado das
crianças, jovens e idosos
nas sociedades históricas.
3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas,
cultura popular, festas e religiosidades; a constituição
do pensamento científico; as formas de representação
humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se
narrar a história.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- os mitos, rituais, lendas
dos povos indígenas
paranaenses.
- as manifestações
populares no Paraná: a
congada, o fandango,
cantos, lendas, rituais e
as festividades religiosas.
- pinturas rupestres e
- pensamento científico: a
antiguidade grega e
Europa Moderna.
- a formação da Arte
Moderna.
- as relações entre cultura
oral e cultura escrita: a
narrativa histórica.
122
sambaquis no Paraná.
- a produção artística e
científica paranaense.
7º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva;
a propriedade pública; a propriedade privada; a terra.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- a propriedade coletiva
entre os povos indígenas,
quilombolas, ribeirinhas,
de ilhéus e faxinais e os
espaços provados: a
sociedade patriarcal
brasileira, a constituição
do latifúndio na América
Portuguesa e no Brasil
Imperial e Republicano.
As reservas naturais e
indígenas no Brasil.
- a reforma agrária no
Brasil; a propriedade da
terra dos assentados.
- a constituição do espaço
público da antiguidade na
polis grega e na
sociedade romana.
- a reforma agrária na
antiguidade greco-
romana.
- a propriedade coletiva
nas sociedades pré-
colombianas.
2) O mundo do campo e o mundo da cidade.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- as primeiras cidades - as cidades na
123
brasileiras: formação das
vilas e câmaras
municipais.
- o engenho colonial, a
conquista do sertão.
- as missões jesuíticas.
- a Belle Époque tropical
modernização das
cidades.
- cidades africanas e pré-
colombianas.
antiguidade oriental.
- as cidades nas
sociedades antigas
clássicas.
- a ruralização do Império
Romano e a transição
para o feudalismo
europeu; a constituição
dos feudos (Europa
Ocidental, Japão e
sociedade da África
Meridional) e glebas
servis (Europa Ocidental).
- as transformações no
feudalismo europeu.
- o crescimento comercial
e urbano na Europa.
3) As relações entre o campo e a cidade.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- as cidades mineradoras.
- as cidades e o
tropeirismo no Paraná.
- os engenhos da erva
mate no litoral e no
Primeiro Planalto.
- relações campo-cidade
no Oriente.
- as feiras medievais.
- o comércio com o
Oriente.
- os cercamentos na
Inglaterra Moderna;
- o início da
industrialização na
124
Europa.
- a reforma agrária na
América Latina no século
XX.
4) Conflitos, resistências e produção cultural, campo / cidade.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- a relação entre
senhores e escravos.
- o sincretismo religioso
(formas de resistência
afro-brasileira).
- as cidades e as
doenças.
A aquisição da terra e da
casa própria.
- o MST e outros
movimentos pela TERRA.
Os movimentos culturais,
camponeses e urbanos
no Brasil Republicano nos
séculos XIX, XX, XXI.
8º Ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Relações de Trabalho 1) História das relações da humanidade com o
trabalho.
125
Relações de Poder
Relações culturais
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- o trabalho nas
sociedades indígenas.
- sociedade patriarcal e
escravocrata.
- mocambos / quilombos
as resistências na colônia.
- remanescentes de
quilombos.
.- a história do trabalho
nas primeiras sociedades
humanas.
- o trabalho e a vida
cotidiana nas colônias
espanholas: a mita.
- o trabalho assalariado.
2) O trabalho e a vida em sociedade.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- a desvalorização do
trabalho no Brasil Colônia
e Império.
- Os saberes nas
sociedades indígenas:
mitos e lendas que
perpetuam as tradições.
- corpos dóceis: o papel
da escola no
convencimento para um
bom trabalhador.
- os significados do
trabalho na antiguidade
oriental e antiguidade
clássica.
- as três ordens do
imaginário feudal.
- as corporações de
ofício.
- o entretenimento na
corte e nas feiras.
- o nascimento das
fábricas e ávida cultural
ao redor.
3) O mundo do trabalho
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- a desvalorização do - a produção e a
126
trabalho.
- o latifúndio no Paraná e
no Brasil.
- a sociedade oligárquico-
latifundiária.
- a vida cotidiana das
classes trabalhadoras no
campo e as contradições
da modernização.
organização social
capitalista.
- a ética e moral
capitalista.
4) As resistências e as conquistas de direito.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- o movimento sufragiista
feminino.
- a discriminação racial e
lingüística (o caipira no
contexto capital).
- as congadas como
resistência cultural.
- a consciência negra e o
combate do racismo.
- movimentos sociais e
emancipacionistas.
- os homens, as mulheres
e os homossexuais no
Brasil e no Paraná.
- o movimento sufragiista
feminino.
- a Declaração dos
Direitos do Homem e do
Cidadão.
- o Lusismo.
- a constituição dos
primeiros sindicatos dos
trabalhadores.
- os homens, as mulheres
e os homossexuais no
mundo contemporâneo.
127
9º Ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
1) A formação das instituições sociais: as instituições
políticas; as instituições econômicas; as instituições
religiosas; as instituições culturais; as instituições civis.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
A formação do
cacicado nas
sociedades indígenas
do Brasil.
A Igreja Católica e as
reduções jesuíticas na
América portuguesa.
As irmandades
católicas e as religiões
afro-brasileiras na
América portuguesa.
O surgimento dos
cartórios, hospitais,
prisões, bancos,
bibliotecas, museus,
arquivos, escolas e
universidade no Brasil.
A formação dos
sindicatos no Brasil.
As associações e
clubes esportivos no
Brasil.
A instituição da Igreja no
Império Romano.
As ordens religiosas
católicas.
As guildas e as
corporações de oficio na
Europa medieval.
O surgimento dos
bancos, escolas e
universidades medievais.
A organização do poder
entre os povos africanos.
A formação das
associações de
trabalhadores e dos
sindicatos no Ocidente.
O surgimento das
empresas transnacionais
e instituições
internacionais (ONU,
FMI, OMC, OPEP, FIFA,
128
Olimpíadas).
2) A formação do estado: a monarquia; a república
(aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do
Estado.
O local e o Brasil A relação com o Mundo
As relações entre o
poder local e o
Governo Geral na
América portuguesa.
Os quilombos na
América portuguesa e
no Brasil Imperial.
A formação do Estado-
nação brasileiro.
As constituições do
Brasil imperial e
republicano.
A instituição da
república no Brasil: as
ditaduras e a
democracia.
Os poderes dos
estados brasileiros:
executivo, legislativo e
judiciário.
As empresas públicas
brasileiras.
A constituição do
Mercosul.
O surgimento da
monarquia nas
sociedades da
Antigüidade no
Crescente fértil.
A monarquia e a nobreza
na Europa medieval.
A formação dos reinos
africanos.
O Estado Absolutista
europeu.
A constituição da
república no Ocidente.
O imperialismo no século
XIX.
A formação dos Estados
nacionais nos séculos
XIX e XXI: as ditaduras e
as democracias.
A constituição dos
Estados socialistas e dos
Estados de Bem – Estar
Social.
A formação dos blocos
econômicos.
129
3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais
políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções
sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas);
guerras locais e guerras mundiais.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos estruturantes específicos de História.
1º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDO BÁSICO PARA O ENSINO MÉDIO
(TEMAS HISTÓRICOS)
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o
Trabalho Livre
O conceito de trabalho – livre e explorado.
O mundo do trabalho em diferentes
sociedades no tempo: trabalho explorado
escravo e servil (teocratas, greco-romanas,
medievais e africanos).
Transição do trabalho escravo, servil e
artesanal para o trabalho assalariado.
O trabalho livre: as sociedades do consumo
produtivo: as primeiras sociedades nômades
e semi-nômades, as etnias indígenas e
africanas.
As experiências do trabalho livre em
sociedade revolucionárias: a Comuna de
Paris, os sovietes russos, associações
húngaras, os círculos bolivianos.
As sociedades na História: cidades
130
neopolíticas, da antiguidade greco-romanas,
da Europa medieval, pré-colombianas,
africanas e asiáticas.
Urbanização e industrialização no Brasil;
Urbanização e industrialização nas
sociedades ocidentais, africanas e orientais.
Urbanização e industrialização no contexto
da expansão do capitalismo.
A arquitetura das cidades brasileiras em
diferentes épocas e espaços.
2º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDO BÁSICO PARA O ENSINO MÉDIO
(TEMAS HISTÓRICOS)
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
O Estado e as relações de poder
Os Estados Democráticos.
Os Estados da Antiguidade Clássica.
O Estado e a Igreja medievais.
A formação dos Estados Nacionais.
As metrópoles européias, as relações de poder
sobre as colônias e a expansão do capitalismo.
O Paraná no contexto da sua emancipação.
O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo,
socialismo, positivismo).
O nacionalismo nos Estados ocidentais.
O populismo e as ditaduras e socialistas.
Estados da América Latina e o neoliberalismo.
131
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Relações de dominação e resistência nas
sociedades grega e romana na Antiguidade grega
e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e
escravos.
Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica:
Grécia e Roma.
Relações de dominação e resistência na
sociedade medieval: camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e doentes.
Relação de resistência na sociedade ocidental
moderna.
As revoltas indígenas , africanas na América
portuguesa.
Os quilombos e comunidades quilombolas no
território brasileiro.
As revoltas sociais na América portuguesa.
Movimentos sociais, políticos e culturais e as
guerras e revoluções.
As revoluções democráticas-liberais no Ocidente:
(Inglaterra, França e EUA).
Movimentos sociais no mundo do trabalho nos
séculos XVIII e XIX: o surgimento do sindicalismo.
A América portuguesa e as revoltas.
3º ANO
132
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDO BÁSICO PARA O ENSINO MÉDIO
(TEMAS HISTÓRICOS)
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
As revoltas federalistas no Brasil imperial e
republicano.
As guerras mundiais no século XX e a Guerra
Fria.
As revoluções socialistas na Ásia, África e
América Latina.
Os estados africanos e as guerras étnicas.
A luta pela terra e a organização de movimentos
pela conquista do direito e terra na América
Latina.
A mulher e suas conquistas de direitos nas
sociedades contemporâneos.
Cultura e religiosidade
A formação das religiosidades dos povos
africanos, americanos, asiáticos e europeus
neolíticos: xamanismo, totens, animismo.
Os mitos e a arte greco-romanos e a formação
das grandes religiões: hinduísmo, cristianismo,
islamismo.
Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa
renascentista.
Reforma e Contra-reforma seus os
desdobramentos culturais.
O modernismo brasileiro.
Cultura e ideologia no governo Vargas.
Representação dos movimentos sociais, políticos
e culturais por meio da arte brasileira.
133
As etnias indígenas e africanas e suas
manifestações artísticas, culturais e religiosas.
As manifestações populares: congadas,
cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de
mamão, romaria de São Gonçalo.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos básicos da 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e Ensino
Médio deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-
temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua
diversidade ética, de gênero e de gerações.
Deverão ser privilegiados os contexto ligados à história local e do Brasil em
relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Deve-se
desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos
devem estar articulados aos conteúdos estruturantes.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e
documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas
próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
LEI DO MEIO AMBIENTE (COMPLEMETAR)
Na década de 1970, surge no Brasil, a questão da preservação e da
conservação ambiental com grupos que buscam incluir o tema do meio ambiente.
Desde 1965, existem leis que tratam da questão ambiental e estabelece
sanções penais para os crimes contra o ambiente. Mas a Constituição de 1988
enfatiza a necessidade de sua defesa e preservação, criando em 1989 o IBAMA, a
lei 9.605 contra crimes ambientais sendo regulamentada em setembro de 1999,
134
que estabelece as penas para as infrações e agressões cometidas contra o meio
ambiente.
A lei do meio ambiente que ampara o trabalho pedagógico é nº 13.381/01.
RECURSOS DIDÁTICOS UTILIZADOS
Ensino Fundamental 6º ao 9º ano
Livros didáticos de diversos autores.
Utilização de mapas.
Filmes.
Documentários.
Jornais, revistas.
Pesquisa.
Imagens (locais e regionais).
Visita a museus, parques, indústrias.
Tv Paulo-Freire.
Tv Multimídia.
Pen-drive.
Site dia-dia educação.
Laboratório de informática.
Fonte histórica como entrevista a moradores antigos e palestras, etc.
RECURSOS DIDÁTICOS UTILIZADOS
Ensino Médio
Livros didáticos de diversos autores.
Utilização de mapas.
Filmes.
Documentários.
135
Jornais, revistas.
Pesquisa.
Imagens (locais e regionais).
Visita a museus, parques, indústrias.
Tv Paulo-Freire.
Tv Multimídia.
Pen-drive.
Site dia-dia educação.
Laboratório de informática.
Fonte histórica como entrevista a moradores antigos.
Palestras.
Peças teatrais.
Grupos, etc.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Dentro da tendência da nova história cultural o professor deve preocupar-se
em provocar seus alunos em busca de variantes de uma verdade, através de
ferramentas investigativas onde o foco principal serão análises e apontamentos.
É mister que o professor coloque-se como um elemento de investigação e
instigador das tendências históricas, porém sem fechar-se dentro de um
pensamento tendencioso.
Cabe ao historiador nortear o saber histórico para uma possível
neutralidade, contextualizar, debater, provocar, usar todos os recursos disponíveis
para uma proposta de ensino pautada na criticidade histórica que seja ostentada
com ranços de preconceitos ou linhas de pensamentos recortados e desconexos.
Os instrumentos que o educador poderá usar serão a partir da própria
realidade histórica do aluno.
Critérios de avaliação:
136
- Os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos
alunos;
- O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das
diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este nível de
ensino;
- Os alunos empregam os conceitos históricos para analisar contextos
históricos;
- Compreendem a História como prática, da qual participam como sujeitos
históricos do seu tempo;
- Analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões
econômico-social, política e cultural;
- Compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em
método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir
das quais o pesquisador produz a narrativa histórica.
- Explicita o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os
constituíram.
- Compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar,
refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.
AVALIAÇÃO
ENSINO FUNDAMENTAL 6º Ano
Esses conteúdos devem ser avaliados processualmente, na expectativa de
que os alunos:
Reconheçam as ações sociais, políticas e culturais como promovidas pelos
sujeitos históricos.
Compreendam a formação dos mundos do trabalho que foram instituídos
por um processo históricos.
137
Identifiquem as narrativas e documentos históricos como fundamentação do
estuda da história e como elementos que desmarcam a relação espaço-
temporal dos processos históricos, verificam e confrontam os vestígios dos
eventos que produziram esses processos, constituídos pelas relações de
poder, de trabalho e culturais.
AVALIAÇÃO
ENSINO FUNDAMENTAL 7º Ano
Esses conteúdos devem ser avaliados processualmente, na expectativa de
que os alunos:
Compreendam a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o
agir dos sujeitos históricos no tempo.
Percebam sua condição de sujeitos históricos.
Compreendam a formação da cultura local e das diversas culturas que com
ela se relacionam e que instituem um processo histórico distinto.
Identifiquem as narrativas e documentos históricos como fundamentação do
estuda da história e como os elementos que demarcam a relação espaço-
temporal dos processos históricos, verificam e confrontam os vestígios dos
eventos que produzam esses processos, constituídos pelas relações de
poder, de trabalho e culturais.
AVALIAÇÃO
ENSINO FUNDAMENTAL 8º Ano
Esses conteúdos devem ser avaliados de modo processual, considerando:
O conhecimento das estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam
as ações políticas que os sujeitos históricos promovem em relação às lutas
pela participação no poder.
138
A compreensão sobre a formação do Estado, das outras instituições sociais
e dos movimentos sociais que foram instituídos por um processo histórico.
A identificação das narrativas e documentos históricos como
fundamentação do estudo da história e como elementos que demarcam a
relação espaço-temporal dos processos históricos, verificam e confrontam
os vestígios dos eventos que produziram esses processos, constituídos
pelas relações de poder, de trabalhos culturais.
AVALIAÇÃO
ENSINO FUNDAMENTAL 9º Ano
A avaliação desses conteúdos deve considerar:
O conhecimento das ações políticas, sociais, trabalhistas que os sujeitos
históricos promovem em relação ao mundo do trabalho e às lutas pela
participação política.
A compreensão da produção das várias formações sociais, tais como
escravidão, o feudalismo, o capitalismo e as propostas socialistas que
foram instituídas por um processo histórico.
A identificação das narrativas e documentos históricos como
fundamentação do estudo da história e como elementos que demarcam a
relação espaço-temporal dos processos históricos, verificam e confrontam
os vestígios dos eventos que produziram esses processos, constituídos
pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
AVALIAÇÃO
ENSINO MÉDIO 1º ANO
Esses conteúdos devem ser avaliados processualmente, na expectativa de
que os alunos:
139
Compreendam a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o
agir dos sujeitos históricos no tempo.
Percebam sua condição de sujeito histórico.
Compreendam a formação da cultura local e das diversas culturas que
instituem um processo histórico distinto.
A identificação das narrativas e documentos históricos como
fundamentação do estudo da história e como elementos que demarcam a
relação espaço-temporal dos processos históricos, verificam e confrontam
os vestígios dos eventos que produziram esses processos, constituídos
pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
AVALIAÇÃO
ENSINO MÉDIO 2º ANO
Esses conteúdos devem ser avaliados de modo processual, considerando:
O conhecimento das estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam
as ações políticas que os sujeitos históricos promovem e relação às lutas
pela participação no poder.
A compreensão sobre a formação do Estado, das outras instituições sociais
e dos movimentos sociais que foram instituídos por um processo histórico.
A identificação das narrativas e documentos históricos como
fundamentação do estudo da história e como elementos que demarcam a
relação espaço-temporal dos processos históricos, verificam e confrontam
os vestígios dos eventos que produziram esses processos, constituídos
pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
AVALIAÇÃO
ENSINO MÉDIO 3º ANO
140
Esses conteúdos devem ser avaliados processualmente, na expectativa de
que os alunos:
Compreender que as relações entre o mundo do campo e o mundo da
cidade e a constituição da propriedade foram instituídas por um processo
histórico.
A identificação das narrativas e documentos históricos como
fundamentação do estudo da história e como elementos que demarcam a
relação espaço-temporal dos processos históricos, verificam e confrontam
os vestígios dos eventos que produziram esses processos, constituídos
pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
19) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONAMINO, Alicia; MARTÍNEZ, Silvia Alicia. Campinas, v.23,n.80, set./2002,
p.371-388
BRASIL. Lei n. 9394, de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.
BRASIL. Câmara de Educação Básica. Parecer n. 04/98, de 29 de janeiro de
1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental. Relata
Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diários Oficiais da União, 15 de abril de
1998. Séc.1, p.31.
BRASIL. Ministério da Educação.
Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-racionais e
para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racional / Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetizada e Diversidade. 2004
141
Diretrizes e parâmetros curriculares nacionais para o ensino fundamental: a
participação das instâncias políticas do estado. In: Educação e Social,
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos
parâmetros curriculares nacionais Brasília: MEC / SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: história. Brasília: MEC/
SEF, 1998.
FONSACA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte:
Autêntica, 2003
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do ensino de
segundo grau no Paraná: história/ geografia. 2ed. Curitiba: SEED, 1993
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.; Currículo básico para a escola
pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PEREIRA, Marco Aurélio Monteiro. O currículo básico e o perfil do professor.
História e Cultura. ANPUH – Núcleo Regional do Paraná. 1997, v.1, p.237-252.
HISTÓRIA E ENSINO: Revista do laboratório de ensino de história. Londrina:
entro de Letras e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Londrina.
V.9. 2003
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São
Paulo: Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).
20 - INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A aprendizagem de língua estrangeira é uma possibilidade de aumentar a
autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. Juntamente com a
língua materna, é um direito de todo cidadão, conforme expresso na LDBEN e na
declaração dos Direitos Lingüísticos. Sendo assim, a escola não pode mais se
142
omitir em relação a essa aprendizagem. Levando em conta as palavras de Simon
(Apud DCE, p. 52, 2008)
A prática pedagógica é vista como processo dedicado a fomentar a
possibilidade através da implementação de modos de compreensão e ação que
encorajem a transformação de relações específicas entre formas sociais e
capacidades humanas, e assim permita a expansão de escopo de identidades
sociais em que as pessoa possam transformar.
O distanciamento proporcionado pelo envolvimento do aluno no uso de
língua diferente o ajuda na sua autopercepção. Ao entender o outro e sua
alteridade, pela aprendizagem da LEM. Ele aprende mais sobre si mesmo e sobre
o mundo plural, marcado por valores diferentes e maneiras diversas de
organização social.
OBJETIVOS GERAIS
Por isso ao encontro do principal objetivo da escola de ensino fundamental
que é a formação global do aluno, o ensino de língua estrangeira é de grande
importância e é direito do aluno ter acesso a essa língua. Os objetivos do ensino
da LEM são: contribuir para que o aluno conheça outros povos, sua culturas, pois
a língua é a expressão da cultura de um povo; ajudar o aluno a refletir sobre sua
própria língua, dando subsídios para fazer comparações entre elas, percebendo
que cada língua possui um funcionamento intrínseco; fazer com que o aluno faça
uso da língua em situações significativas e relevantes, respeitando a leitura de
mundo que ele traz, mas ampliando sua visão de mundo, tornando-o um ser mais
crítico e reflexivo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Será feito a partir da leitura gêneros textuais propostos. A função básica
desses textos será o trabalho estrutural, fixando as construções (gramática), a
parte cultural do texto, fazendo com que o aluno tenha oportunidade de conhecer
143
os usos, costumes, situando-se na parte gráfica e econômica de outros países,
respeitando as diferenças culturais e dando uma visão dos direitos e deveres do
cidadão, compreendendo a cidadania como participação social e política. Depois
serão desenvolvidas práticas orais, levando-se em consideração os
conhecimentos que o aluno possui do tipo de texto para chegar à compreensão do
referido. Em simetria com as práticas orais virão o estudo do vocabulário com
reconhecimento de estruturas próprias do tipo de discurso: pronomes, verbos,
adjetivos, tentando eliminar as ansiedades que bloqueiam a aprendizagem. A
produção de texto abordará a continuidade e reescrita dos textos apresentados,
segundo Bakhtin(Apud DCE, p 65, 2008) “um discurso nasce de outros discursos
e se produz para um outro sujeito...”. O aluno terá apoio interativo solicitando um
esforço continuo para que possa identificar e reagir ao contexto comunicativo
encorajando-o a usar a estrutura da língua. Será proposto ao aluno exercícios
audiovisuais que permitam a identificação de sons, palavras, mensagem e,
conseqüentemente de uso da pronúncia aproximada. O professor apresentara
“games”, exercícios “missing words” músicas e incentivará a criação de “work
shop” – para aproximar, de forma real, o convívio da língua mãe e estrangeira.
AVALIAÇÃO
Quando falamos em avaliação no âmbito escolar, pelo menos nos nossos
dias, deparamo-nos com um tema tão discutido que, na prática natural do ser
humano passou a ser um assunto controvertido. Avaliar não é uma questão
unicamente técnica, mas também não se restringe meramente a um ato político.
E, sim, uma atividade que exige uma postura consciente do professor como
educador. Como analisa Luckesi (1995, p.166) “ avaliação deixa de ser utilizada
com um recurso de autoridade, que decide sobre destinos do educando, e assuma
o papel auxiliar o crescimento”.
Então, a avaliação deve ser diagnóstica e não punitiva. Por isso, deve estar
centrada na tendência pedagógica que direciona a prática escolar e,
consequentemente, no enfoque curricular com esta tendência, e que se resume na
144
postura pedagógica que direciona o planejamento, a execução e a avaliação do
processo evidenciado. E a partir daí pode-se discutir os aspectos a serem
privilegiados na avaliação escolar, como, conteúdos relevantes, habilidades
cognitivas básicas e atitudes fundamentais de trabalho.
CRITÉRIOS DA DISCIPLINA
O aluno será capaz de ler, interpretar e compreender textos diversos,
reconhecer as características peculiares de cada um sem a necessidade de
conhecimento de todos os vocábulos; usar a língua em situações de comunicação
oral e escrita; vivenciar nas aulas formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; reconhecer e
compreender a diversidade lingüística e cultural e seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país; ampliar seu vocabulário; diferenciar o contexto
de uso da linguagem formal e informal; utilizar adequadamente os recursos
lingüísticos e realizar pesquisas e atividades individualmente ou em grupos.
Para isso, serão utilizados vários instrumentos entre os quais: provas
escritas e orais, exercícios de fixação no livro, caderno, leitura de paradidáticos,
produções textuais, pesquisa, teatros. Os valores serão propostos no plano d
ensino. A recuperação será paralela retomando os conteúdos através de
exercícios reforço, enfatizando dificuldades apresentadas nas últimas avaliações,
buscando recuperar os conteúdos não atingidos.
CONTEÚDOS
6º Ano
Gêneros discursivos: documentos, fotos, relatos de experiências
vividas, biografias, texto argumentativo, cartazes, notícias, anúncios, folders,
depoimentos, entrevistas, músicas, filmes, quadrinhos, artigos, manchetes,
narrativas fantásticas.
145
Leitura, oralidade e escrita dos gêneros discursivos direcionados para:
•Tema do texto
•Papel do interlocutor e locutor
•Adequação do discurso ao gênero
•Variações lingüísticas
•Finalidade do texto
•Informatividade
•Situcionalidade
•Informações explicitas
•Discurso direto e indireto
•Elementos composicionais do gênero
•Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
acentuação gráfica, ortografia, recursos semânticos), figuras de linguagem.
Conteúdos do sistema lingüístico:
•Reconhecimento de vocabulário: alfabeto, nome completo, animais,
lugares, cores, material escolar, verbos, horas, números cardinais e aspectos que
auxiliem na leitura.
•Reconhecimento de pronomes pessoais, palavras interrogativas,
pronomes demonstrativos, adjetivos, plural dos substantivos.
•Reconhecimento do verbo irregular “ser” e “estar”, verbo “haver” e dos
verbos na forma imperativa.
7º Ano
Gêneros discursivos
146
• Carta, cartão postal, texto descritivo, texto publicitário, filmes, músicas, e-
mails, receitas, cardápios e textos narrativos.
• Leitura, oralidade e escrita dos gêneros discursivos direcionados para:
•Tema do texto
•Papel do interlocutor e locutor
•Adequação do discurso ao gênero
•Variações lingüísticas
•Finalidade do texto
•Informatividade
•Situcionalidade
•Informações explicitas
•Discurso direto e indireto
•Elementos composicionais do gênero
•Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
acentuação gráfica, ortografia, recursos semânticos), figuras de linguagem.
Conteúdos do sistema linguístico
•Reconhecimento do vocabulário: parts and objects of the house, school
objects, colors, family, relationship, occupations, months of the year, countries,
nationalities, days of the week, foods and drinks, places, time, technology, sports e
aspectos que auxiliem na leitura.
•Reconhecimento do tempo verbal presente simples, presente continuo,
verbo modal “can” e futuro imediato.
•Reconhecimento de estratégia para fazer comparações;
•Reconhecimento de pronomes, adjetivos, preposições, palavras
interrogativas, números cardinais, ordinais, caso possessivo.
8º Ano
147
Gêneros discursivos
• Diários, fotos, relatos de experiências vividas, letras de músicas, filmes,
biografias, resumo, resenha, cartazes, pesquisas, blogs, texto informativo,
anúncios, folders, fábulas, relato histórico, vídeo clipe, narrativas de terror.
• Leitura, oralidade e escrita dos gêneros discursivos direcionado para :
•Tema do texto
•Papel do interlocutor e locutor
•Adequação do discurso ao gênero
•Variações lingüísticas
•Finalidade do texto
•Informatividade
•Situcionalidade
•Informações explicitas
•Discurso direto e indireto
•Elementos composicionais do gênero
•Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
acentuação gráfica, ortografia, recursos semânticos), figuras de linguagem.
Conteúdos do sistema lingüístico
•Revisão de tempos verbais: presente simples, presente contínuo, verbo
modal “can”, futuro imediato.
•Reconhecimento dos tempos verbais:passado simples, passado
contínuo e futuro simples.
•Reconhecimento dos pronomes, adjetivos, adjetivos indefinidos,
palavras interrogativas.
148
•Reconhecimento do vocabulário: roupas, prédios, profissões, tecnologia,
horas, nacionalidades, matérias, esportes, música, instrumentos musicais e
aspectos que auxiliem na leitura.
9º Ano
Gêneros discursivos
• Músicas, letras de músicas, publicidade comercial, artigos, provérbios,
relatos de experiências, texto argumentativo, vídeo clipes, texto político, texto
narrativo-descritivo, texto de opinião, filmes.
• Leitura, oralidade e escrita dos gêneros discursivos direcionado para :
•Tema do texto
•Papel do interlocutor e locutor
•Adequação do discurso ao gênero
•Variações lingüísticas
•Finalidade do texto
•Informatividade
•Situcionalidade
•Informações explicitas
•Discurso direto e indireto
•Elementos composicionais do gênero
•Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
acentuação gráfica, ortografia, recursos semânticos), figuras de linguagem.
Conteúdos do sistema lingüístico
149
• Reconhecimento de vocabulário: tempo, clima, adjetivos opostos,
problemas de saúde, lugares, meios de transportes, cultura de outros países,
população, meio ambiente, tecnologia, drogas e aspectos que auxiliem na leitura.
• Reconhecimento revisando os tempos verbais: futuro simples, passado
simples e passado contínuo.
• Reconhecimento dos tempos verbais: presente perfeito e passado
perfeito.
• Reconhecimento do grau comparativo entre adjetivos, pronomes, uso de
verbos modais e condicionais, advérbios
20.1 - INGLÊS - ENSINO MÉDIO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O objetivo deste trabalho é ensinar e atender a língua inglesa, dentro das
expectativas do aluno, descrevendo o conhecimento de novas gerações, portanto,
o ensino das línguas estrangeiras no contexto educacional do Brasil. Pretende-se,
por meio do uso da LEM, mostrar de onde viemos, resgatando parte da nossa
história, e tentar descrever onde estamos, mostrando o contexto metodológico e
político do ensino da LEM na escola, não deixando de lado a língua materna. Na
medida em que ensinar é tocar o futuro, pretende-se também sugerir alguns
possíveis caminhos, usando-se para isso não algum exercício de futurologia, mas
a trajetória percorrida até aqui.
Entende-se que há uma complexidade crescente no desenvolvimento deste
trabalho: enquanto é relativamente fácil mostrar o caminho percorrido, já que se
olha para o conhecido, é mais difícil descrever o presente, e extremamente mais
complexo tentar prever o futuro, na medida em que se procura tornar conhecido o
que ainda é desconhecido. Esse, no entanto, é nosso grande desafio como
professores: preparar os alunos para o mundo de hoje e de amanhã.
Ainda em relação ao ensino de língua estrangeiras, é comum dizer que é
processo educativo:
150
“(...) ao aprender uma língua estrangeira (...) eu adquiro procedimentos de
construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua
(e cultura) materna (...) quantas mais línguas eu souber, potencialmente
maiores serão minhas possibilidades de construir sentidos, entender o
mundo e transformá-lo” (JORDÂO,2004,pag. 164).
Ao ensinar uma língua estrangeira, não estamos simplesmente ensinando um
código lingüístico transparente e neutro, dissociado dos processos de construção
de identidades, dos contextos de atuação de nossos alunos. Estamos sim,
ensinando-os a perceber possibilidades de construção de significados, a elaborar
procedimentos interpretativos e a construir sentidos do e no mundo.
A língua estrangeira, não é apenas uma matéria, e sim, um aprendizado de
cultura estrangeira e de outras maneiras de ser e estar no mundo. E é isso que
nós, educadores, devemos transmitir para nossos educandos, e essa transmissão,
poderá ocorrer através de gestos, gravuras, fotos, vídeos, simulação, ou seja, tudo
aquilo que possa facilitar a compreensão.
E para a facilitação do aprendizado da língua estrangeira moderna, devemos
usar a gramática contextualizada, visualizando e direcionando ao aluno a
interpretação do texto mostrando e fazendo com que percebam o uso da
gramática, é como um dos elementos constitutivos da língua que está vinculado à
intencionalidade do discurso e aos envolvidos na enunciação*.
*enunciação: é todo o contexto, que envolve o enunciado. Enunciado, é
toda e qualquer idéia veiculada pela linguagem de tal forma que produza
sentido. Daí que uma frase, uma imagem, um som, podem ser enunciados,
dependendo do contexto em que estiverem inseridos.
Por isso, devemos propor que a aula de língua estrangeira, seja um espaço onde o aluno
reconheça e compreenda a diversidade cultural interagindo com o conteúdo, fazendo-o
questionar sobre a importância da mesma, tanto para a sua comunidade, para seu crescimento
cultural, intelectual, profissional e pessoal.
OBJETIVO GERAL
151
Ao conceber que a língua, objetivo de estudo da LEM, contempla as
relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade, tem-se clareza de
suas implicações no processo de ensino e aprendizagem da disciplina.
O aprendizado de uma língua estrangeira possibilita proporcionar
consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação
humana. Assim, os alunos ao serem expostos às diversas manifestações da
língua na sociedade, entendendo suas implicações político-religiosos e
comparando os procedimentos de construção de significados na língua
materna e na língua estrangeira, têm a oportunidade de alargar horizontes e
expandir suas capacidades interpretativas e cognitivas.
Além disso, podemos acrescentar como objetivos do ensino da LEM:
• Ampliar a visão de mundo de nossos alunos, tornando-os cidadãos, mais
críticos e reflexivos e que sejam capazes de conhecer o contexto histórico;
•Fazê-los comparar a língua materna com a língua estrangeira;
•Refinar a percepção de sua própria cultura por meio do conhecimento da
cultura de outros povos;
•reconhecer a diversidade cultural e lingüística.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Será feito a partir da leitura gêneros textuais propostos. A função básica dos
textos será o trabalho estrutural, fixando as construções (gramática), a parte
cultural do texto, fazendo com que o aluno tenha oportunidade de conhecer os
usos, costumes, situando-se na parte gráfica e econômica de outros países,
respeitando as diferenças culturais e dando uma visão dos direitos e deveres do
cidadão, compreendendo a cidadania como participação social e política. Depois
serão desenvolvidas práticas orais, levando-se em consideração os
conhecimentos que o aluno possui do tipo de texto para chegar à compreensão do
referido. Em simetria com as práticas orais virão o estudo do vocabulário com
152
reconhecimento de estruturas próprias do tipo de discurso: pronomes, verbos,
adjetivos, tentando eliminar as ansiedades que bloqueiam a aprendizagem. A
produção de texto abordará a continuidade e reescrita dos textos apresentados,
segundo Bakhtin(Apud DCE, p 65, 2008) “um discurso nasce de outros discursos
e se produz para um outro sujeito...”. O aluno terá apoio interativo solicitando um
esforço continuo para que possa identificar e reagir ao contexto comunicativo
encorajando-o a usar a estrutura da língua. Será propostos ao aluno exercícios
audiovisuais que permitam a identificação de sons, palavras, mensagem e,
consequentemente de uso da pronúncia aproximada. O professor apresentara
“games”, exercícios “missing words” músicas e incentivará a criação de “work
shop” – para aproximar, de forma real, o convívio da língua mãe e estrangeira.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem de LEM está intrinsecamente atrelada à
concepção e aos objetivos para o ensino da LEM. Ao propor reflexões sobre as
práticas avaliativas, objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos (
avaliação, concepção de língua e objetivos de ensino) e o processo de ensino e
de aprendizagem.
A avaliação deverá ser diagnóstica.
Segundo Luckesi:
“A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem
bem- sucedida. A condição necessária para que isto aconteça é de que a
avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que
decide sobre os destinos do educando, e assume papel de auxiliar o
conhecimento”(2005, pag.166).
Diante do exposto, o aluno envolvido no processo de avaliação, uma vez que
também é construtor do conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por
meio de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e
153
o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Assim, tanto o
professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até
então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constadas. A
explicação dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados pode
favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado da LEM e permitir que toda a
comunidade, não apenas a escolar reconheça o valor desse conhecimento.
Critérios para avaliação:
Ao avaliar o aluno, tanto na parte oral ou escrita, deve ser feita uma
recuperação paralela e total da atividade a ele atribuída.
CRITÉRIOS DA DISCIPLINA
O aluno será capaz de ler, interpretar e compreender textos diversos,
reconhecer as características peculiares de cada um sem a necessidade de
conhecimento de todos os vocábulos; usar a língua em situações de comunicação
oral e escrita; vivenciar nas aulas formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; reconhecer e
compreender a diversidade lingüística e cultural e seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país; ampliar seu vocabulário; diferenciar o contexto
de uso da linguagem formal e informal; utilizar adequadamente os recursos
lingüísticos e realizar pesquisas e atividades individualmente ou em grupos.
Para isso, serão utilizados vários instrumentos entre os quais: provas
escritas e orais, exercícios de fixação no livro, caderno, leitura de paradidáticos,
produções textuais, pesquisa, teatros. Os valores serão propostos no plano d
ensino. A recuperação será paralela retomando os conteúdos através de
exercícios reforço, enfatizando dificuldades apresentadas nas últimas avaliações,
buscando recuperar os conteúdos não atingidos.
154
CONTEÚDOS
1ª Ano
Gêneros discursivos: documentos, fotos, relatos de experiências
vividas, biografias, texto argumentativo, cartazes, notícias, anúncios, folders,
depoimentos, entrevistas, músicas, filmes, ,artigos, manchetes..
Leitura, oralidade e escrita dos gêneros discursivos direcionados para:
•Tema do texto
•Papel do interlocutor e locutor
•Adequação do discurso ao gênero
•Variações lingüísticas
•Finalidade do texto
•Informatividade
•Situcionalidade
•Informações explicitas
•Discurso direto e indireto
•Elementos composicionais do gênero
•Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito, acentuação gráfica, ortografia, recursos semânticos), figuras de
linguagem.
Conteúdos do sistema lingüístico
•Reconhecimento de vocabulário: lugares, nomes, verbos, datas,
números e aspectos que auxiliem na leitura.
•Reconhecimento de pronomes possessivos, palavras interrogativas,
pronomes demonstrativos, adjetivos, artigos, plural dos substantivos.
155
•Reconhecimento dos tempos verbais: present contínuo tense, simple
present, past continuous tense.
2ª Ano
Gêneros discursivos: documentos, fotos, relatos de experiências
vividas, biografias, texto argumentativo, cartazes, notícias, anúncios, folders,
depoimentos, entrevistas, músicas, filmes, artigos, manchetes, produções de
texto.
Leitura, oralidade e escrita dos gêneros discursivos direcionados para:
•Tema do texto
•Papel do interlocutor e locutor
•Adequação do discurso ao gênero
•Variações lingüísticas
•Finalidade do texto
•Informatividade
•Situcionalidade
•Informações explicitas
•Discurso direto e indireto
•Elementos composicionais do gênero
•Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito, acentuação gráfica, ortografia, recursos semânticos), figuras de
linguagem.
Conteúdos do sistema lingüístico
•Reconhecimento de vocabulário: lugares, nomes, verbos, datas,
números e aspectos que auxiliem na leitura.
156
•Reconhecimento de pronomes indefinidos: a lot of, much, many, little,
few, some, any; question words.
•Reconhecimento dos tempos verbais: simple present tense, simple past
tense, imperative form, present and past perfect tense.
3ª Ano
Gêneros discursivos: documentos, fotos, relatos de experiências
vividas, biografias, texto argumentativo, cartazes, notícias, anúncios, folders,
depoimentos, entrevistas, músicas, filmes, ,artigos, manchetes..
Leitura, oralidade e escrita dos gêneros discursivos direcionados para:
•Tema do texto
•Papel do interlocutor e locutor
•Adequação do discurso ao gênero
•Variações lingüísticas
•Finalidade do texto
•Informatividade
•Situcionalidade
•Informações explicitas
•Discurso direto e indireto
•Elementos composicionais do gênero
•Léxico
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito, acentuação gráfica, ortografia, recursos semânticos),
figuras de linguagem.
Conteúdos do sistema lingüístico
•Reconhecimento de vocabulário: lugares, nomes,verbos, datas,números
e aspectos que auxiliem na leitura.
157
•Reconhecimento adjetivos de igualdade, superioridade, inferioridade e
superlativo; possessive pronouns; genitive case;prepositions; adverbs;question
tags.
•Reconhecimento dos tempos verbais: simple past tense; present
contiunous tense; simple future, immediate future; will and would.
21) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AUN E., MORAES M. C .P., SANSANOVICZ N. B. Get Together at the new
Point, 5ª Ed. Saraiva, 2008
MURPHY, Raymond. English Grammar in Use, Ed. Cambridge university Press,
2003
DCE DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS. SEED: PR, 2008
AUN E., MORAES M. C .P., SANSANOVICZ N. B. Get Together at the new
Point, 5ª Ed. Saraiva, 2008
MURPHY, Raymond. English Grammar in Use, Ed. Cambridge university Press,
2003
DCE DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS. SEED: PR, 2008
JORDÃO, C.M. A Língua Estrangeira na formação do indivíduo. – Curitiba,
Mimeo,2004
LUCKESI, C.C. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cotez, 1995
CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia sujacente à
organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio.
Secretaria de Educação do Estado do Paraná, 2006
_________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Estrangeira. Brasília:
MEC/SEF, 1998
158
22 - GEOGRAFIA
A Geografia é uma ciência que estuda a organização do espaço geográfico
e suas transformações exercidas pelo homem, em diferentes momentos históricos.
Segundo CAVALCANTI,
(...) entre o homem e o lugar existe uma dialética, um constante
movimento, se o espaço contribui para a formação do ser humano, este
por sua vez, com sua intervenção, com seus gestos, com seu trabalho,
com suas atividades, transforma constantemente o espaço. Não importa se
refere a um indivíduo ou a uma sociedade ou nação. Em qualquer caso, o
espaço e as próprias percepções e concepções sobre ele são construídas
na pratica social. Portanto, a consciência do espaço, ou da geografia do
mundo, deve ser construída no decurso da formação humana, incluindo aí
a formação escolar. Nesse sentido, o ensino de Geografia deve visar ao
desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de
vista de sua especialidade. Isso porque se tem a convicção de que a
prática da cidadania, sobretudo nessa virada de século, requer uma
consciência espacial. A finalidade de ensinar geografia para crianças,
adolescentes e jovens, deve ser justamente de os ajudar a formar
raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do
espaço. (CAVALCANTI, 2003, p.4).
A partir desta visão, a geografia é uma área de conhecimento
comprometida em tornar o mundo compreensível para os alunos, explicável e
passível de transformações, às quais são decorrentes de inter-relações sociais e
naturais, pois segundo LEFEBVRE e SANTOS, “espaço geográfico é o espaço
produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e
técnicos) e ações (relações sociais, culturais e econômicas) inter-relacionados”.
É necessário conhecer, analisar e compreender a realidade geográfica.
Referimo-nos ao espaço geográfico, onde o homem vive em sociedade,
desenvolve suas ações e delas resultam as conseqüências nas mais variadas
proporções e em diferentes momentos.
“Relacionar o cotidiano e lugar, é envolver as relações próximas, ordinárias
singulares à mundialidade. A vida cotidiana mais íntima, ao mesmo tempo situa
seu lugar na sociedade global” (DANIANI In CARLOS, 1999, p.164).
159
Para que possamos compreender o mundo que nos rodeia é necessário
uma pluralidade de abordagens da realidade, inter-relacionando os vários
aspectos que definem uma sociedade, considerando que a sociedade brasileira
não é heterogenia e sim uma mistura de raças, etnias de diversas origens do
mundo, com conceitos e formas diferentes de perceber o espaço ocupado.
Compreender esse processo nos remete às raízes da nossa colonização, à
formação da sociedade brasileira sustentada nas origens européias e africanas,
criando assim, uma pluralidade cultural ampla com conceitos diversos.
Decorrente disso cabe à escola, como um dos lugares onde analisa, produz
e se sistematiza conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento e
sistematização dos saberes para que sejam sujeitos capazes de interpretar com
olhar crítico o mundo que os cerca.
A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se
acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os
acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a
materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um
ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia,
sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas
diferentes formas de abordagem.
Neste sentido, não se trata de repassar para os alunos fatos para que eles
memorizem, e sim levantar questões de modo a lhes proporcionar as condições
de se compreenderem como sujeitos da história e agentes da transformação
sócio-espacial. É dentro desta perspectiva que devemos proceder na escolha e no
tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os
aspectos fundamentais para o seu ensino.
OBJETIVOS
Leitura e interpretação dos mapas (escala, convenções cartográficas,
coordenadas, etc.). Desenvolvendo o senso critico da transformação da natureza
em produto através do trabalho humano, como também noções de espaço
160
geográfico e organização do espaço, identificando os elementos físicos
compreendendo suas formações e transformações;
Conhecimento do espaço geográfico em que vive como também o espaço
geográfico do Brasil. Identificando sua localização na América e no mundo;
Identificar as causas e conseqüências dos grandes desníveis
socioeconômicos das regiões, como: o território, a população, a sociedade e seus
problemas;
Identificar os diferentes modos de relacionamento que o homem mantém
com o meio geográfico e as transformações que ele vem promovendo de acordo
com suas necessidades e o seu estágio sociocultural;
Compreender a importância da participação como ser social no processo de
organização do espaço;
Reconhecer os acontecimentos dos últimos anos quem levam o mundo a
uma nova ordem política, econômica e social;
Entender a importância da economia na estruturação do espaço geográfico;
Identificar o papel da tecnologia na integração mundial;
Reconhecer as multinacionais no processo de globalização;
Analisar o espaço geográfico com relação aos continentes, refletindo suas
especificidades naturais, sociais, político e econômico.
CONTEÚDO
Ensino Fundamental – 6º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do
espaço geográfico.
Formação e transformação das
paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologia de exploração e
produção;
161
Dimensão política do
espaço geográfico.
Dimensão cultural demográfica
do espaço geográfico.
Dimensão sócio-ambiental do
espaço geográfico.
A formação, localização e exploração
dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a transformação da paisagem, a
(re) organização do espaço geográfico;
As relações entre campo e a cidade
na sociedade capitalista;
A mobilidade populacional e as
manifestações sócio-espaciais da
diversidade cultural;
A evolução demográfica, a
distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos;
As diversas regionalizações do
espaço geográfico;
Cartografia.
Ensino Fundamental – 7º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do
espaço geográfico.
Dimensão política do espaço
geográfico.
Urbanização;
Formação do território brasileira;
A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração do território brasileiro;
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologia de
exploração e produção;
As diversas regionalizações do
espaço brasileiro;
162
Dimensão cultural demográfica
do espaço geográfico.
Dimensão sócio-ambiental do
espaço geográfico.
A mobilidade populacional e as
manifestações sócio-espaciais da
diversidade cultural;
A evolução demográfica da
população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos;
Movimentos migratórios e suas
motivações;
O espaço rural e a modernização da
agricultura
Os movimentos sociais, urbanos e
rurais, e a apropriação do espaço;
A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização.
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico;
A circulação de mão-de-obra, das
mercadorias e das informações;
Características gerais do território
brasileiro.
Ensino Fundamental – 8º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do
As diversas regionalizações do
espaço geográfico;
A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração dos territórios do
163
espaço geográfico.
Dimensão política do espaço
geográfico.
Dimensão cultural demográfica
do espaço geográfico.
Dimensão sócio-ambiental do
espaço geográfico.
continente americano;
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado;
O comércio em suas implicações
sócio-espaciais.
A circulação de mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das informações;
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico;
As relações entre campo e a cidade
na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da
agricultura;
A evolução demográfica da
população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos;
Os movimentos migratórios e suas
motivações;
A mobilidade populacional e as
manifestações sócio-espaciais da
diversidade cultural;
A formação, a localização, exploração
dos recursos naturais.
Ensino Fundamental – 9º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
As diversas regionalizações do espaço
geográfico;
164
Dimensão econômica do
espaço geográfico.
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico.
Dimensão política do
espaço geográfico.
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado;
A revolução técnico – científico -
informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
O comércio mundial e as implicações
sócio-espaciais;
A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração territórios;
A evolução demográfica da população,
sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos;
A mobilidade populacional e as
manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural;
Os movimentos migratórios mundiais e
suas motivações;
A distribuição das atividades
produtivas, a transformação da paisagem e a
(re) organização do espaço geográfico;
A formação, localização, exploração
dos recursos
Naturais;
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
O espaço em rede: produção,
transporte e
Comunicações na atual configuração
territorial dos continentes.
165
Ensino médio
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do
Espaço geográfico.
Dimensão política do
Espaço geográfico.
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do
espaço geográfico
A formação e transformação das
paisagens;
A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
A distribuição espacial das atividades
produtivas;
A transformação da paisagem, a (re)
organização do espaço geográfico;
A formação, localização e exploração
dos recursos naturais;
A revolução técnico-científica
informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
O espaço rural e a modernização da
agricultura;
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na atual
configuração territorial;
A circulação de mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das informações;
Formação, mobilidade das fronteiras e
a reconfiguração dos territórios;
As relações entre o campo e a cidade
na sociedade capitalista;
A formação e o crescimento das
166
cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente;
Os movimentos sociais, urbanos e
rurais, e a apropriação do espaço;
A evolução demográfica, a distribuição
espacial da população e os indicadores
estatísticos;
Os movimentos migratórios e suas
motivações;
A mobilidade populacional e as
manifestações socioespaciais da diversidade
cultural;
O comércio e as implicações sócio-
espaciais;
As diversas regionalizações do
espaço geográfico;
As implicações sócio-espaciais do
processo de mundialização;
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
METODOLOGIA
No processo de aprendizagem, é fundamental o professor fazer uma
apresentação dos princípios metodológicos que sustentam sua prática, ou seja, o
caminho que deve seguir no desenvolvimento da disciplina, área, orientando os
alunos em relação à disciplina, tendo em vista melhor aproveitamento, como
também ter consciência dos diversos recursos didáticos utilizados no processo de
aprendizagem da diversidade que caracteriza o universo da sala de aula,
planejando e levando em consideração a percepção da paisagem, observação,
descrição, explicação, a interação, a territorialidade e a extensa analise e o
167
trabalho com pesquisa e apresentação cartográfica, reconhecendo as
singularidades e especificidades dos lugares no processo de globalização mundial
assim, como, compreendendo o papel da cidadania como participação social, de
maneira critica responsável e construtiva nas diferentes situações sociais.
As aulas de geografia precisam ser “contextualizadas” no aqui e agora do
aluno, estabelecendo as relações socioculturais do espaço e, assim, a
interdependência entre os elementos físicos, biológicos e culturais, ao longo da
história. E muito importante não separar o homem da natureza, de suas relações
com o espaço, com a sociedade e com o universo. O homem é um ser que
interage que estabelece relações e preserva sua cultura como ser
multidimensional é capaz de adaptar-se em qualquer território, modifica o meio e é
modificado por ele, tem capacidade de transformar a natureza e ao mesmo tempo
destruí-la, conduzido pelo consumismo da sociedade contemporânea.
Todos esses temas são abordados no ensino fundamental e médio, a
metodologia de trabalharmos varia conforme a série. Os conteúdos estruturantes
deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos, contemplando os
conceitos fundamentais da Geografia, tais como paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade.
Para entender o espaço geográfico em que vivem, os alunos utilizarão além
dos conceitos geográficos, os instrumentos de leitura cartográfica (legenda, escala
e orientação).
Além destes, o espaço geográfico também é muito influenciado pela
realidade local e paranaense. Com isso o aluno pode fazer as relações entre a
sociedade-natureza e relações espaço-tempo, por muitas vezes dando ênfase as
culturas afro-brasileiras e indígenas.
E finalmente, quando o aluno compreender a dinâmica da sociedade em
que vive, perceberá que é elemento ativo, com capacidade para viabilizar o
modelo de sociedade justo e solidário. Assim, o objetivo da geografia será
plenamente atingido; “A ação do homem e suas conseqüências em diferentes
espaços e tempos”.
168
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser planejada de acordo aos conhecimentos que serão
recontextualizados e utilizados em sua vida prática. Os conceitos desenvolvidos
deverão fazer o aluno percebe-se como sujeito do espaço geográfico, analisando
relações entre o homem, a natureza e a sociedade.
Ela deve ser diversificada, aproveitando o professor para avaliar os
avanços do aluno através de varias atividades, sendo norteada pelos princípios da
proposta curricular, tendo como parâmetros os marcos indicadores de avanço no
processo de aprendizagem.
Avalia-se também se o aluno compreendeu que o mundo é construído a
partir de ações humanas, de paisagens que guardam especificidades
temporalidade dos diferentes grupos de humanização.
O aluno será avaliado ao longo do trimestre através de trabalhos individuais
e coletivos, avaliações descritivas e objetivas, construção de mapas e maquetes.
A recuperação acontecerá de forma continua e paralela.
Na 6º Ano, espera-se que o aluno
Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens
geográficas;
Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e
técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas;
Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica;
Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e
suas conseqüências econômicas, sócio-ambientais e políticas;
Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de
energia;
Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade;
169
Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões
econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades
produtivas;
Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como
resultados de fatos históricos, naturais e econômicos;
Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na
organização espacial;
Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais;
Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
Na 7º Ano, espera-se que o aluno
Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza,
sociedade e lugar;
Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através de leitura
cartográfica;
Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes
formas de regionalização do espaço geográfico;
Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação
do território;
Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo
suas relações econômicas, culturais e políticas com outros países;
Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo;
Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a
preservação dos recursos naturais;
Identifique a diversidade cultural regional no Brasil construída pelos
diferentes povos;
Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no
território;
Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro;
170
Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias
na agropecuária brasileira;
Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no
campo;
Reconheça os movimentos sociais como forma de luta pelo direito ao
espaço urbano e rural;
Entenda o processo de formação e localização dos microterritórios urbanos;
Compreenda como a industrialização influenciou o processo de
urbanização brasileira;
Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando
em consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas
desenvolvidas, a dinâmica populacional e a diversidade cultural;
Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da
natureza e trouxe conseqüências ambientais;
Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades
econômicas e as conseqüentes mudanças nas relações sócio-espaciais e
ambientais;
Reconheça a configuração do espaço e sua relação com os espaços
produtivos brasileiros.
Na 8º Ano, espera-se que o aluno
Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza,
sociedade e lugar;
Identifique a configuração sócio-espacial da América por meio da leitura
dos mapas, gráficos, tabelas e imagens;
Diferencie as formas da regionalização da América nos diversos critérios
adotados;
Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das
paisagens mundiais;
171
Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do
continente americano;
Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a
influencia política e econômica na regionalização do continente americano;
Identifique as diferenças de paisagens e compreenda sua exploração
econômica no continente Americano;
Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação
das mercadorias, pessoas e informações na economia regional;
Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial
e nas questões ambientais;
Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e urbanização;
Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades
produtivas industriais e agrícolas e suas conseqüências ambientais e sociais;
Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua
relação com a apropriação dos recursos naturais;
Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas
implicações sócio-espaciais;
Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua
distribuição espacial;
Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos
americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e
políticos;
Compreenda a formação, localização e importância estra6tégica dos
recursos naturais para a sociedade contemporânea;
Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais
no Continente Americano.
No 9º Ano, espera-se que o aluno
Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza,
sociedades, região;
172
Identifique a configuração sócio-espacial mundial por meio da leitura dos
mapas, gráficos, tabelas e imagens;
Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a
influencia política e econômica na regionalização mundial;
Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas implicações
sociais, econômicas e políticas;
Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização;
Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e
política global, mas, também apresentam particularidades;
Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade
cultural;
Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças
demográficas geradas no processo de industrialização;
Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas conseqüências no
espaço geográfico;
Entenda a importância econômica política e cultural do comercio mundial;
Identifique as implicações sócio-espaciais na atuação das organizações
econômicas internacionais;
Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos
territórios nacionais;
Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a
desigual distribuição de renda;
Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas
demográficas adotadas nos diferentes espaços;
Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais;
Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades
produtivas;
Entenda as conseqüências ambientais geradas pelas atividades produtivas;
Analise a formação, a localização e exploração dos recursos naturais e sua
importância estratégica nas atividades produtivas;
173
Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes
de energia;
Entenda a importância das redes de transporte e comunicação no
desenvolvimento das atividades produtivas.
No ensino médio espera-se que o aluno
Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem natureza e lugar;
Faça a leitura do espaço através de instrumentos da cartografia - mapas,
tabelas, gráficos e imagens;
Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens
pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista;
Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas;
Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e
nas atividades produtivas;
Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de
fontes de energia na sociedade industrializada;
Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de
exploração e uso dos recursos naturais;
Evidencie a importância da atividade extrativista para a produção de
matéria prima e a organização espacial;
Reconheça as influencias das manifestações culturais dos diferentes
grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico;
Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais
frente a sua importância estratégica;
Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua
importância política, estratégica e econômica;
Reconheça a influencia dos avanços tecnológicos na distribuição das
atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da
população;
174
Compreenda a importância da revolução técnico - cientifica informacional
em sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e na
forma de consumo;
Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das
regiões onde as indústrias se instalam;
Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas
comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço
geográfico;
Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como
fator de transformação do espaço;
Identifique a concentração fundiária resultando do sistema produtivo
agropecuário moderno;
Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a
formação de cidades mundiais;
Reconheça a importância da circulação de mercadorias, mão-de-obra,
capital e das informações na organização espaço mundial;
Analise a expressão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas
na atualidade e sua repercussão ambiental e social;
Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária os
problemas sociais e ambientais;
Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre o campo e a
cidade;
Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivo rural
e urbano;
Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas;
Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de
segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco;
Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações sócio-
ambientais.
Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho e
de produção;
175
Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e
rural;
Compreenda a especialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais;
Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de
planejamento familiar;
Entenda como se constrói a dinâmica populacional em diferentes países;
Estabeleça a relação entre os impactos culturais e demográficos e o
processo de expansão das fronteiras agrícolas;
Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos
fatores de estimulo dos deslocamentos populacionais;
Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os
grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades
sociais e produtivas;
Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na
configuração do espaço mundial;
Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica da
OMC para o comercio mundial;
Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas
internacionais, FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do
espaço geográfico mundial;
Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a
divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos;
Analise a formação dos territórios supranacionais decorrentes das relações
econômicas e de poder na nova ordem mundial;
Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das
relações de poder na configuração das fronteiras e territórios;
Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais.
176
23) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA
Diretrizes Curriculares de Geografia para o ensino fundamental e médio (2008).
ANDRADE, M. C. de Geografia Ciências da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CARLOS, A. F. A. Corgj A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
VICENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1999.
24 – CIÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da ciência, como disciplina de estudos propriamente dita,
começou a institucionalizar-se, quando o historiador da ciência, o belga George
Alfred Léon Sarton fundou, em maio de 1913, a Revista Isis, cujo objetivo
fundamental era consagrado à publicação de textos sobre a História da
Ciência. Já em 1913, em seu primeiro número, Sarton apresentou um extenso
trabalho no qual discutiu a natureza e o método de investigação nessa
disciplina.
Quando Sarton chegou aos Estados Unidos, em 1916, a História da
Ciência, já era objeto de estudo por parte de 113 instituições, nas quais eram
ministrados 162 cursos sobre alguma ciência em particular e 14 cursos gerais.
Contudo, a presença de Sarton nos Estados Unidos, estimulou mais ainda a
institucionalização da História da Ciência como disciplina independente.
Na Europa, a História da Ciência teve a França como um dos países
precursores dessa disciplina, graças ao trabalho do filósofo francês Abel Rey.
O entusiasmo de Rey pela História da Ciência resultou em que o Primeiro
Congresso Internacional de História das Ciências realizado em Paris.
O interesse pelo estudo da História da Ciência tem crescido bastante no
mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa. No Brasil, pesquisadores
isolados trabalham nessa disciplina desde meados do século passado até a
década de 1960, quando a mesma começou a fazer parte do ensino
universitário, em virtude da compreensão que alguns cientistas brasileiros
177
tiveram da importância dessa disciplina na formação de profissionais de
qualquer ramo da Ciência. É o caso de Carlos Chagas Filho (1910), José Leite
Lopes (1918), Leopoldo Nachbin (1922), no Rio de Janeiro; Beneditho
Castrucci (1915), José Reis (1907).
“A partir da década de 1970, a História da Ciência no Brasil começou a ser
institucionalizado no sentido de formação de grupos de pesquisadores,
inicialmente ao nível acadêmico em São Paulo (USP, Universidade
Campinas- UNICAMP) e no Rio de Janeiro (Universidade Federal do Rio
de Janeiro UFRJ), Museu de Astronomia- MAST, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro- PUC/RJ, dentre outras”
.
A disciplina de Ciências, dentro de um contexto histórico, visa propor uma
abordagem crítica e histórica dos conteúdos, onde sejam priorizados os
conhecimentos científicos, físico, químico e biológico para o estudo dos
fenômenos naturais, assim como a articulação entre a ciência, tecnologia e
sociedade e as implicações daí recorrentes.
Desde a pré-história, o ser humano buscou entender os fenômenos naturais,
seja no céu, animais, plantas, criou instrumentos e técnicas de observações ao
longo do tempo, intensificando a construção da ciência como um todo.
A Ciência provou que os avanços científicos determinaram o crescimento e o
desenvolvimento da humanidade em inúmeras áreas, oferecendo meios para que
houvesse melhora nas condições de vida no planeta. Apesar dela constituir um
conhecimento especializado, está presente na vida cotidiana aproximando o que é
científico do senso comum.
É uma disciplina com construção humana coletiva, do qual participam a
imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influência do
contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Ela contribui para a
formação da cidadania na media que favorece a participação dos alunos na vida
comunitária.
178
Portanto, não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer Ciência
exige escolhas e responsabilidades humanas. As afirmações científicas são
provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.
Atualmente, a sociedade, está exigindo um questionamento maior dos
indivíduos sobre a utilização racional dos recursos da natureza e sobre os
problemas que envolvem as relações entre Ciência, Ser Humano e Ambiente.
A Ciência tem como finalidade a intenção de contribuir na formação de
indivíduos com visão ampla do mundo, capazes de intervir na transformação do
meio em que vivem de forma racional criando uma consciência de
responsabilidade para que não se negue as gerações futuras o direito a própria
vida.
Deve mobilizar o aluno a aprender em situações reais, em casa, no trabalho,
na cidade no lazer, etc, preparando-o para a vida, para a coletividade,
impulsionando assim o avanço da sociedade.
OBJETIVOS GERAIS
Por ser ainda tratado e conduzido de forma pouco interessante e
compreensível, o ensino de Ciências, sabidamente complexo e abstrato, não
permite uma comunicação direta com os alunos. Atualmente, o acúmulo de
conhecimentos científicos não pode ser meramente repassado, é necessário que
haja uma adequação e seleção dos conteúdos a serem trabalhados com os
alunos. Além dos diferentes métodos ativos que motivem e despertem os
interesses dos alunos por tais conteúdos, possibilitando a memorização de
maneira efetiva, diferente da simples memorização que se reduz a repetições de
conceitos, cobrados de forma direta e imediata nas avaliações.
A visão não fragmentada das Ciências revela suas naturezas dinâmicas,
fundamentais para o trabalho interdisciplinar dentro dessa área.
Além de conhecimento científico, fatores como idade, desenvolvimento
cognitivo e identidade social e cultural devem ser considerados para que a
aprendizagem seja significativa no ensino de Ciências.
179
Realidade sociocultural, artigos, acontecimentos recentes e relacionados ao
cotidiano dos alunos podem ser interessantes recursos didáticos utilizados pelo
professor.
Além dos conceitos, são também considerados conteúdos os
procedimentos, as atitudes e os valores humanos.
Os Objetivos Gerais de Ciências no Ensino Fundamental são elaborados
para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o
mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando os conhecimentos de
natureza científica e tecnológica.
Desta forma, o ensino de Ciências deverá estar organizado para que o final
do Ensino Fundamental o aluno tenha desenvolvido as seguintes capacidades:
- Compreender a natureza como um todo dinâmico e ser humano, em sociedade
como agente e paciente de informações do mundo em que vive, em relação
essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Perceber que o conhecimento científico é uma construção humana que os ajuda
a compreender a realidade regional ou global;
- Valorizar e preservar a natureza e os seres vivos, compreendendo a importância
dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental;
- Reconhecer que a preservação e a renovação da biodiversidade são constituídas
por atitudes fundamentadas em conhecimentos produzidos pela Ciência;
- Compreender a tecnologia como meio, para suprir necessidades e melhorar as
condições de vida, considerando princípios éticos para avaliar as práticas
tecnológicas envolvidas em qualquer circunstância;
- Questionar a política de saúde do Brasil procurando soluções para elevar o nível
de qualidade de vida principalmente no aspecto preventivo de atendimento à
população;
- Oportunizar ao aluno o desenvolvimento da curiosidade do interesse da
mobilização para busca e organização de informações, ou seja, permitir que o
aluno estabeleça relações entre o mundo natural (conteúdo da Ciência) o mundo
construído pelo homem (Tecnologia) e seu cotidiano (Sociedade);
180
- Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação, as condições da vida e as concepções
de desenvolvimento sustentável;
- Preparar o estudante para a cidadania no sentido holístico, aprimorando-o como
ser humano solidário e consciente;
- Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração entre
os Sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição,
coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões
relacionadas à saúde e a sua manutenção, especialmente através da
preservação;
- Analisar os problemas globais, levando o aluno a se posicionar de maneira a
perceber que suas atitudes estão entre as possíveis soluções, como por exemplo,
optar por não consumir um produto que agride o meio ambiente buscando
produtos alternativos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A disciplina de Ciências, tendo como objeto de estudo os Fenômenos
Naturais: físicos, químicos e Biológicos, deve ser estuda a partir de conteúdos
abordados de forma articulada, em numa perspectiva crítica e histórica,
considerando a necessidade de contextualização, evitando a abordagem
tradicional de repasse de conteúdos do livro didático.
A Ciência deve ser concebida no processo ensino-aprendizagem, como
uma construção humana cujos conhecimentos científicos são passíveis de
alterações e marcados por intensas relações de poder.
Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos
estruturantes, dos quais se ramificam os conteúdos específicos a serem
trabalhados considerando a prática social do aluno.
Para evitar uma abordagem descontextualizada, fragmentada por série, os
conteúdos específicos serão trabalhados ao longo do Ensino Fundamental,
181
respeitando-se o nível cognitivo de cada turma, a realidade local, a diversidade
cultural e as diferentes formas de apropriação dos saberes pelos educandos.
Os encaminhamentos metodológicos, portanto, devem considerar o
dinamismo e a provisoriedade da Ciência, cujas práticas e descobertas estão
constantemente sendo substituídas por outras mais modernas. Assim, os
conteúdos específicos devem estar relacionados entre si, com os conteúdos
estruturantes, com outras disciplinas e com elementos científicos, tecnológicos e
sociais.
O professor deve provocar discussões, análises e reflexões, valorizando o
conhecimento empírico do aluno para chegar ao conhecimento historicamente
produzido.
O laboratório (desde que não trabalhado por si só), aulas práticas,
pesquisas e trabalhos de campo, entrevistas, problematizações, observações,
visitas, projetos individuais e em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,
conversações, músicas, desenhos, maquetes, experimentos, relatórios,
dramatizações, histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras,
dentre outros, são recursos que podem ser utilizados evitando-se a forma
reducionista de repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos
científicos-passado, presente e futuro-também devem estar entre as formas de
convite para aprendizagem, assim como a utilização das tecnologias encontradas
na escola (recursos áudio-visuais).
Os registros são importantes, mas que não sejam usados como cópia de
texto do livro ou do quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivo
ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.
Salientamos que os temas propostos devem ser flexíveis o suficiente para
abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos
conceitos evidencie a importância da montagem do método científico, exigindo o
desenvolvimento de atitudes/ procedimentos para a solução e interpretações dos
fenômenos envolvidos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS/ ESTRUTURANTES
182
Os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, assim como os conteúdos
estruturantes serão contemplados na disciplina favorecendo a reflexão, noção de
contexto e articulação dos conteúdos específicos que passam a ser entendido
como expressão da realidade e deixam de ser compreendidos como elementos
fragmentados.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Corpo humano e Saúde
Ambiente
Matéria e energia
Tecnologia.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º Ano
I- Universo;
Sistema solar;
Movimentos terrestres;
Movimentos celestes;
II- Constituição da Matéria;
III- Níveis de organização;
IV- Formas de energia;
Conservação de energia;
183
Transmissão de energia;
V- Organização dos seres vivos;
Ecossistema;
Evolução dos seres vivos;
7º Ano
I- Astros;
Movimentos terrestres;
Movimentos celestes;
Efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio;
II- Constituição da matéria;
III- Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Ação humana nos ecossistemas;
Aquecimento global;
Vigilância epidemiológica;
IV- Formas de energia;
Transmissão de energia;
V- Origem da vida;
Organização dos seres vivos;
Proteção, preservação e conservação dos ecossistemas;
VI- Sistemática;
184
8º Ano
I – Aspectos gerais do corpo Humano
II – Célula
III – Tecidos
IV – Reprodução e sistema reprodutor
V – Alimentação e Sistema digestores
VI – Respiração
VII – Circulação
VIII – Excreção
IX – Sistema ósseo e muscular
X – Órgãos dos sentidos
XI – Sistema nervoso
XII – Sistema endócrino
9º Ano
I – Conceitos básicos da física e da química
Matéria
Transformações
Estados e propriedades
Substâncias
Misturas
Separação de misturas
II – Estudo da Química
Átomo
Moléculas
Elementos químicos
Classificação
Ligações
185
Funções e reações
III – Estudo da Física
Unidades de medidas
Cinemática
Dinâmica
Trabalho e Potência
Movimento
Calor
Energia
Eletricidade e magnetismo
Ondas
Som
Luz
Instrumentos ópticos
AVALIAÇÃO
A Avaliação é a reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a
respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está
aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,
para a escola refletir e melhorar a Prática Pedagógica.
A Avaliação do Processo Pedagógico é feita em uma interação diária do
professor com a classe e em procedimentos que permitam verificar a apropriação
dos conteúdos específicos trabalhados. Torna-se imprescindível, assim, a
coerência entre planejamento, metodologia utilizada e o Processo Avaliativo, afim
de que os critérios de avaliação estejam ligados aos propósitos do Processo
Pedagógico, à aquisição dos conteúdos específicos a ampliação de seu
referencial de análise crítica da realidade.
186
O Processo Avaliativo dar-se-á de forma sistemática e a partir de critérios
de avaliação que considerem os conhecimentos acumulados, a prática social,
relações e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano
escolar e fora dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão
expressar os avanços na aprendizagem, assim como seu desempenho e
dificuldades.
Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e
instrumentos avaliativos diversificados, tais como projetos, sugestões de
atividades complementares, sugestões de leituras, jogos e vídeos. A coerência
entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos é
fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos.
25) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDERY, M. A (et al). Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC, 1988.
APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas/SP: Papirus, 1991.
BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências.
CARVALHO, A. M. P. (et al). Formação de professores de ciências: tendências
e inovações. São Paulo: Cortez, 2001.
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.
LOPES, A Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:
EDUERJ, 1999.
LOPES, A Contribuições de Gaston Bachelard ao ensino de ciências. Ensenanza
de Las Ciências, 1993, 11 (3), p. 324-330.
LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte: Itatiaia,
2000.
NARDI, R (org). Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras
Editora, 2002.
PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora Unicamp,
1985.
187
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações.
Campinas/SP: Autores associados, 1997.
LEITE, L. S. (Coord). Tecnologia Educacional: Descubra suas possibilidades na
sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.
CANIVEZ, P. Educar o cidadão? Campinas: Papirus, 1991.
LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola? In:
Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 15ª. Ed. São
Paulo: Cortez, 2003.
26 – Artes
Apresentação geral da disciplina
O Ensino da Arte foi regulamentado a partir da lei 5.692/71, que tornou
obrigatória a inserção da Educação Artística no currículo do ensino básico. Essa
inserção se deu no campo de Comunicação e Expressão. A partir de 1996, com a
LDB n. 9394/96, foram criados os PCN, que resultaram em um conjunto de
parâmetros para o ensino das Artes, consolidando a arte nos componentes
curriculares do ensino fundamental e médio.
No contexto do estado do Paraná são delineados dois pontos fundamentais
na construção do conhecimento em Arte: conhecimento estético e conhecimento
da produção artística. Isto posto, podemos verificar a necessidade de priorizar ao
aluno que o mesmo compreenda as bases estéticas de determinado movimento
artístico, bem como sua produção, de maneira que possa relacionar as duas na
formação de seu conhecimento artístico.
A Arte compreende as mais diversas manifestações e representações
culturais da sociedade, desde as comunidades primitivas até os dias atuais, sendo
relacionada nos conceitos: Arte como ideologia, Arte como forma de conhecimento
e arte como trabalho criador. Evidenciando assim, as possibilidades do ensino das
artes não apenas em um contexto mais amplo que o da mera reprodução de
técnicas, mas como forma de construção do saber e do pensamento crítico do
188
aluno oriundo de uma sociedade capitalista, que tende a desvalorizar o
conhecimento artístico, considerado sem valor de mercado.
Segundo as Diretrizes curriculares estaduais, no ensino da Arte os
conteúdos devem ser:
“[...] selecionados a partir de uma análise histórica, abordados por meio do
conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica, o que
permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões
cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem
desigualdades e injustiças. ” (DCE, 2009. P.53)
OBJETIVO GERAL
O ensino da Arte deve priorizar ao aluno o conhecimento estético a respeito
dos conceitos utilizados nas representações artísticas, o contato com a produção
artística, procurando relacionar o conhecimento estético à própria produção, na
busca de uma maior compreensão do artista e de suas criações. O fazer artístico
advém da necessidade além da relação artista-obra, possibilitando ao aluno seus
próprios meios e técnicas para vivenciar a Arte no seu cotidiano, aproximando-a
de seu contexto. Segundo Ostrower: “ao transformarmos as matérias, agimos,
fazemos. São experiências [...] – processos de criação – que nos envolvem na
globalidade, em nosso ser sensível, no ser pensante, no ser atuante”
(OSTROWER, 1987, p. 69).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie as
obras artísticas, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar
conceitos artísticos;
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte;
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte.
189
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
6º Ano Musica
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escala:
diatônica,pentatonica
cromática maior, menor
Improvisação.
Gêneros: eurudito e
popular.
Greco – romana
Oriental
Ocidental
Idade Média
Música Popular ( Folclore)
7º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escala:
diatônica,pentatonica
cromática maior, menor
Improvisação.
Gêneros: Folclórico,
popular, étnico.
Técnicas: Vocal,
instrumental, mista
Improvisação.
Música Popular e étnica
(ocidental e oriental)
Brasileira
Paranaense
Africana
Renascimento
Neoclássico
Caipira-sertanejo
Raiz
190
8º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia: Tonal, Modal e
a fusão de ambos.
Técnicas: Vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista.
Sonoplastia
Industria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Sertanejo pop
Vanguardas
Clássica
9º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Estrutura
Técnicas: Vocal,
instrumental, mista
Gêneros: Popular,
folclórico, étnicos.
Música Engajada
Música popular brasileira.
Música Contemporânea.
Hip – hop, Rock, Punk
Romantismo
191
Dança
6º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Movimento Corporal
Tempo e Espaço
Eixo
Deslocamento
Ponto de apoio
Formação tecnica
Improvisação
Genero: Circular.
Pré-historia
Greco – romana
Medieval
Idade Média
Arte Popular ( Folclore)
7º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Movimento Corporal
Tempo e Espaço
Genero: Folclorica,
popular, étnica
Ponto de apoio
Formação
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Niveis( alto, médio e
baixo.)
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Renascimento
192
8º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Movimento Corporal
Tempo e espaço
Direções
Dinâmica
Aceleração
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Industria Cultural,
espetáculo
Hip Hop
Musicais
Industria Cultural
Expressionismo
Dança Moderna e Clássica.
9º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Movimento Corporal
Tempo e espaço
Ponto de apoio
Nivéis ( Alto, Médio e
Baixo.)
Rotação
Deslocamento
Genero: Salão,
espetáculo, Moderna
coreografia.
Arte Engajada, Vanguarda,
Dança Contemporânea.
Romastismo
193
Artes Visuais
6º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrato
Geométrica
Técnicas: Pintura,
desenho, baixo e alto
relevo.
Escultura
Arquitetura
Gêneros:
Paisagem,retrato, cenas
da Mitologia.
Artes Pré-historia
Arte Greco – romana
Oriental
Medieval
Idade Média
Arte Popular ( Folclore)
Renascimento
Barroco
7º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrato
Geométrica
Técnicas: Pintura,
Abstracionismo
Expressionismo
Impressionismo
Arte Indigna
Arte Popular Brasileira e
Paranaense.
194
Cor
Luz
desenho, baixo e alto
relevo.
Escultura, modelagem,
gravura, mista, pontilhismo
Arquitetura
Gêneros:
Paisagem,retrato, cenas
da Mitologia.
8º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrato Semelhança
Contraste
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas: Pintura,
desenho, fotografia,
audiovisual, gravura...
Gênero: Natureza morta,
retrato, paisagem.
Industria Cultural
Arte Digital
Vanguarda
Arte Contemporânea
Arte Cinética
Op Art
Pop Art
Classicismo
9º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
195
FORMAIS PERIODOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrato Semelhança
Contraste
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas: Pintura,
desenho, fotografia,
audiovisual, gravura...
Genero: Paisagem
urbanas, idealizada, cenas
do cotidiano.
Realismo
Dadaísmo
Muralismo
Arte Colombiana
Grafite
Teatro
6º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Personagens:
Expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas de Jogos, teatro
indireto e direto,
improvisação,
manipulação, mascaras.
Genero; Tragedia,
comedia, enredo, roteiro.
Espaço cenico, circo.
Greco – romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Africano
Renascimento
Teatro Popular
196
Adereço.
7º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Personagens:
Expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representações
Leitura dramática
Cenografia
Gênero: Comedia, Rua,
Arena.
Caracterização.
Técnica: Jogos dramáticos
e teatrais, Mímicas,
improvisação, formas
animadas...
Comédia dell´arte
Teatro Popular, brasileiro e
paranaense.
8º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
espaço
Representação no Cinema
e Mídias ( Video, TV e
Computadores.)
Texto dramático
Cenografia
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro, enredo.
Industria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Vanguarda.
Classicismo
197
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação cênica.
9º Ano
CONTEUDOS BASICOS
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
espaço
Técnicas: Monologo, jogos
teatrais, direção, ensaio,
Teatro fórum, Teatro
Imagem
Representação
Roteiro, enredo
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Gêneros
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Romantismo
ENSINO MÉDIO – ÁREA DE MÚSICA
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÕES MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia: Tonal,
Modal e a fusão de
ambos.
Técnicas: Vocal,
Música Popular Brasileira.
Popular Paranaense.
Industria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental, oriental e africana
198
instrumental,
eletrônica, informática
e mista.
Gênero:Erudito,
Clássico, Popular,
étnico, folclórico, Pop.
Latino – Americano.
ARTES VISUAIS
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÕES MOVIMENTOS E PERIODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia: Tonal,
Modal e a fusão de
ambos.
Técnicas: Vocal,
instrumental,
eletrônica, informática
e mista.
Gênero:Erudito,
Clássico, Popular,
étnico, folclórico, Pop.
Música Popular Brasileira.
Popular Paranaense.
Industria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental, oriental e africana
Latino – Americano.
TEATRO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÕES MOVIMENTOS E
PERIODOS
Personagens:
Expressões corporais,
Técnicas: Jogos teatrais, teatro
direto e indireto, mímica,
Teatro Greco – Romano
Teatro Medieval, Brasileiro,
199
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
ensaio, teatro-forum, roteiro,
encenação, leitura dramática.
Gênero: Tragédia , comedia,
drama e Épico.
Dramaturgia
Representações nas Mídias.
Caracterização, cenografia,
sonoplastia,figurino,iluminação
, direção e produção.
paranaense e Popular.
Industria Cultural.
Teatro Engajado, Dialético,
Essencial, Oprimido,
Pobre, Vanguarda.
Teatro renascentista,
Latino – Americano,
realista e Simbolista.
DANÇA
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÕES MOVIMENTOS E PERIODOS
Movimento Corporal
Tempo espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de Apoio
Salto e Queda
Rotação
Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo
industrial, cultural,
etnico, folclórico,
circular, popular,
salão, moderna,
contemporânea.
Pré-história
Greco – Romano
Medieval
Renascentista
Dança Clássica e Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Expressionismo
Industria Cultural.
Dança Moderna
Arte Engajada
Vanguarda.
Dança Contemporânea.
200
METODOLOGIA
O encaminhamento metodológico no ensino das Artes deve procurar a
coerência entre os conceitos definidos no Projeto Político Pedagógico da escola.
Utilizando as Diretrizes curriculares do Estado do Paraná, esse tratamento visa
respeitar os marcos teóricos, possibilitando ao professor uma liberdade de
condução das aulas partindo desses parâmetros.
Segundo as DCE's a proposta metodológica das aulas de Artes deve
procurar estimular o conhecimento do aluno com base nos elementos formais,
composições e movimentos e períodos.
Esse conhecimento desenvolve uma forma de arco, com os elementos
formais no início da vida escolar do aluno e terminando com as experiências
realizadas ao longo da História da Arte.
Os elementos formais são à base da criação artística para cada linguagem.
Artes Visuais, Teatro, Música e Dança, possuem uma série de elementos
básicos para sua organização, ou seja, estão presentes de maneira diversa nas
variadas linguagens. A composição serve para organizar e relacionar os
elementos formais que possam constituir uma realização artística através de suas
técnicas e estilos diversos.
O conteúdo estruturante: Movimentos e Períodos busca situar o aluno com
relação ao processo histórico em que se insere cada fase da Arte, ajudando na
relação inclusive de movimentos artísticos de diferentes linguagens. Isto possibilita
ao professor, muitas vezes possuidor de formação especifica em apenas uma
área artística, trabalhar essas manifestações de outras áreas em paralelo com as
representações artísticas de sua linguagem de formação.
Sabe-se que o professor de Arte adquire uma formação especifica em
determinada linguagem, sabe-se também que, o aluno precisa conhecer todas as
linguagens, portanto para que o professor consiga trazer este conhecimento ao
aluno é necessário que ele se utilize dos movimentos e períodos, campo que ele
201
pode desenvolver melhor para compreensão dos alunos, não necessariamente
sendo ele um especialistas nas técnicas e materiais utilizados por cada área
artística.
Segundo as DCE's : “É imprescindível que o professor considere a origem
cultural e o grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos
originados pela comunidade. Também é importante que discuta como as
manifestações artísticas podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na
criação como na fruição de uma obra.
Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter
provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais
que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de
produção (DCE, 2009. P.69).
Percebe-se nestes pontos citados, a necessidade de o professor saber
utilizar o conhecimento prévio e cotidiano do aluno acerca das artes, o processo
pedagógico deve primar também pela Historia cultural da região do país e do
estado onde vive o aluno, bem como, articular a linguagem artística a temas como
a educação ambiental e a história da cultura afro e indígena no Brasil com o intuito
de desenvolver no aluno um senso crítico em relação aos meios de produção e
suas consequências na sociedade.
O encaminhamento metodológico deve também priorizar os três saberes:
teorizar, sentir e perceber e o trabalho artístico. A utilização desses três saberes
delimita ordem da apropriação do saber por parte do aluno, essa divisão consiste
na elaboração do conhecimento estético, na apreciação das obras artísticas e na
posterior experimentação das possibilidades de criação em Arte.
A pratica pedagógica deve se utilizar dos recursos oferecidos pela SEED
para utilização em sala de aula são eles: Tv pendrive, aparelho de CD, aparelho
de DVD, recursos oferecidos pela escola(materiais), recursos da biblioteca, sala
de multimeios, laboratório de informática e o pátio da escola. Essa série de
recursos quando disponibilizados vem ao encontro do ensino das Artes,
abrangendo através desses, bem como de outros a disposição uma facilitação
para professores e alunos. A utilização da sala de multimeios se justifica à medida
202
que os alunos podem experimentar com maior aproveitamento as linguagens da
Dança e do Teatro.
A Tv pendrive assume, nas aulas de Arte um papel fundamental, pois,
possibilita ao professor trazer até o aluno imagens das mais variadas
representações artísticas ao longo da história, essa situação se torna mais
evidente durante o ensino de Artes Visuais. No campo da Música o recurso amplia
a troca de experiências entre aluno-professor, à medida que se percebe uma
grande quantidade de alunos trazendo músicas de sua preferência em Pendrive. A
utilização das tecnologias presentes em sala de aula estimula o interesse do aluno
nos conteúdos apresentados pelo professor, o laboratório de informática auxilia
nas pesquisas a respeito de técnicas, estilos e movimentos, além de propiciar a
inclusão digital ao aluno prática muitas vezes desconhecida pelo mesmo.
AVALIAÇÃO
Os processos de avaliação na disciplina de artes apresentam
características que utilizam o meio sócio-político em que o aluno está inserido. Ao
reconhecer o potencial e o conhecimento acumulado do aluno como importantes
peças do processo de avaliação, o professor pode então direcionar com maior
propriedade os conteúdos, e acompanhar os avanços do aluno na busca do
conhecimento em Arte. Tomando como referencial as DCE's: “Nestas Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam
sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e
histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes
de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade”(DCE, 2009. P.31). A
inserção do aluno na sociedade seja por meio do conhecimento artístico ou outros
tipos de conhecimentos sempre devem priorizar a possibilidade de um cidadão
transformador e crítico.
A avaliação se dá em sala de aula e é realizada de acordo com a
autonomia do professor, o mesmo deve levar em consideração alguns aspectos
fundamentais como: uma avaliação progressiva que vise perceber a apropriação
203
do conhecimento de maneira gradativa pelo aluno, a clareza do professor quando
os conteúdos são aplicados, a presença especificada dos métodos avaliativos no
seu planejamento anual.
Os critérios de avaliação devem ser bem desenvolvidos, buscando objetivar
os processos criativos por onde transitam os alunos. O professor avalia de acordo
com o conhecimento adquirido ao longo das aulas.
Métodos para avaliação em Arte pressupõe subjetividade, o professor deve
tomar cuidado ao avaliar qualitativamente o aluno, cada um responde aos
estímulos artísticos em tempo e de maneira diferenciada. Pesquisas, debates e
seminários explicativos são importantes à medida que resultam na busca pelo
conhecimento por parte dos alunos. A prática artística é melhor medida em
avaliações processuais, não se deve nivelar as turmas a partir dos melhores
trabalhos na visão do professor, ele deve sim traduzir o crescimento individual ao
longo da fruição e criação artística.
A recuperação de estudos deve retomar os conteúdos aplicados ao longo
do trimestre, não necessariamente da mesma forma aplicada, evitando assim
limitar as possibilidades de aprendizagem de alunos com características diversas.
Ainda sobre os métodos de avaliação pode-se encontrar nas DCE's as
seguintes afirmações: “A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de
instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos
cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção,
descrição, argumentação, analise critica, interpretação, formulação de hipóteses,
entre outros. Uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado
momento e não todo o processo de ensino-aprendizagem”(DCE, 2009. P.32)
27) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BARBOSA, A.M. A imagem no ensino das Artes. São Paulo: Perspectiva, 1991
BERTHOLD, M. A história mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006
BOAL,A. Teatro do Oprimido e outras poéticas politicas. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1988
204
BOAL,A. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2005
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,
1996.
CAMINADA, E. História da dança. Rio de Janeiro:Sprint, 2000
CANDÉ, R. História universal da música. São Paulo: Martins Fontes, 2001
GOMBRICH, E. A história da Arte. São Paulo:LTC, 2002
PEIXOTO, M. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas: Autores
Associados, 2003.
PORTINARI, M. A história da dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992
PROENÇA, G. História da Arte – Ensino médio. São Paulo: Ática, 2007
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Ática, 1994
SEED-PR. Diretrizes curriculares do estado do Paraná.
http//www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/a
rte.pdf
VIGOTSKY, L. Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999
WISNIK, J. O som e o sentido. São Paulo: Companhia das letras, 1989
28 - SOCIOLOGIA
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Para compreendermos a importância da disciplina de Sociologia, devemos
analisar a sua formação histórica. Os primeiros sociólogos no final do século XIX
demonstraram uma grande inquietação após a Revolução Industrial devido, as
grandes mudanças sociais, econômicas e culturais ocorridas a partir desse
período histórico. Assim, havia uma angústia por parte dos percussores na
Sociologia, em tentar analisar, compreender e buscar soluções para os problemas
sociais que se agravaram a partir da Revolução Industrial. Faz-se necessário
compreender as modificações nas relações sociais, decorrentes das mudanças
estruturais impostas pelo novo modo de produção econômica em formação.
205
Hoje, com o sistema capitalista já consolidado e exercendo novas formas
de produção, opressão e / ou exploração, e cada vez mais necessário o estudo da
sociedade possibilitando uma compreensão da realidade por parte do individuo,
para o mesmo saber atuar socialmente.
Percebe-se que o papel da sociologia é mostrar que fatos considerados
naturais na sociedade, como a miséria de muitos, o enriquecimento de poucos, os
suicídios, enfim a dinâmica e a organização social não podem ser tão naturais
assim, como o sol que a cada manhã “nasce” naturalmente.
É importante identificar as fases da implantação da sociologia no Brasil que
estão divididas em três fases principais:
Primeira fase: O direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico.
Segunda fase: Caracterizada pelo pensamento racional como forma de
consciência social das condições da sociedade, nas primeiras décadas do século
XX.
Terceira fase: se da em meados do século XX, sendo marcada pela
subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos padrões de cientificidade do
trabalho intelectual com influência das tendências metodológicas em países
europeus e nos Estados Unidos.
CONTEÚDOS
1° ANO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDO BÁSICO
1. O Surgimento da Sociologia e
Teorias Sociológicas.
Formação e consolidação da
sociedade capitalista e o
206
desenvolvimento do pensamento
social;
Teorias sociológicas clássicas:
Comte, Durkheim, Engels e
Marx, Weber.
O desenvolvimento da sociologia
no Brasil.
2. Processo de Socialização e as
Instituições Sociais.
. Processo de Socialização;
. Instituições sociais: Familiares;
Escolares; Religiosas;
. Instituições de Reinserção (prisões,
manicômios, educandários, asilos).
2° ANO DO ENSINO MÉDIO
3. Cultura e Indústria Cultural.
Desenvolvimento antropológico
do conceito de cultura e sua
contribuição na análise das
diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de
massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
207
Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas.
4. Trabalho, Produção e Classes
Sociais.
5. O conceito de trabalho e o
trabalho nas diferentes
sociedades;
6. Desigualdades sociais:
estamentos, castas, classes
sociais;
7. Organização do trabalho nas
sociedades capitalistas e suas
contradições;
8. Globalização e Neoliberalismo;
9. Relações de trabalho;
10. Trabalho no Brasil.
3° ANO DO ENSINO MÉDIO
5. Poder, Política e Ideologia.
Formação e desenvolvimento do
Estado Moderno.
Democracia, autoritarismo,
totalitarismo.
Estado no Brasil.
Conceito de Poder.
Conceito de Ideologia;
Conceito de dominação e
legitimidade.
As expressões da violência nas
208
sociedades contemporâneas.
Direitos civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos.
6. Direito, Cidadania e Movimentos
Sociais.
Conceitos de cidadania;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os
movimentos ambientais;
A questão das ONG’s.
METODOLOGIA
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos
que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também ser enriquecidos por recursos
audiovisuais que, assim como os textos, também são passiveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento
para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a
construção coletiva dos novos saberes.
Para a Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta
de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um
efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do
aluno.
209
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, é
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que
os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também
que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das
outras disciplinas que compõe a grade curricular do Ensino Médio.
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
Espera-se que os estudantes compreendam:
1. - O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência
2. - Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo
3. - Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos formulados
na sociedade e contribuem para capacidade de análise e crítica da
realidade social que os cerca
4. - Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social
refletem a diversidade de opiniões.
5. - Identifiquem-se como seres eminentemente sociais.
6. - Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos
sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo.
7. - Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em
sociedade são interdependentes.
8. - Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as
diferenças sexuais e de gênero presentes na sociedade contemporânea.
9. - Compreendam como o conceito de industria cultural engloba os
mecanismos que transformam os meios de comunicação de massa em
poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e
comportamentos.
10. - Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de
massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, política
e social.
210
11. - A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da
história.
12. - A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de
trabalho diversas a ela.
13. - As especificidades do trabalho na sociedade capitalista.
14. - Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja,
não são “naturais”, variam conforme a articulação das estruturas de
apropriação econômica e de dominação política.
15. - As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de
globalização.
16. - Analisem e compreendem, de forma crítica, o desenvolvimento do estado
Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições
políticas.
17. - Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de
poder presentes nas sociedades.
18. - Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários
contextos sociais.
19. - Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas
diferentes sociedades.
20. - Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta
e estabelece na sociedade brasileira.
21. - Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos, e sua relação
com a cidadania.
22. - Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado
da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo.
23. - Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em
nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus
direitos básicos.
24. - Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.
25. - Compreendam o contexto históricos do surgimento dos diversos
movimentos sociais em suas especificidades.
211
29) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, F. Princípios da Sociologia – pequena introdução ao estudo da
Sociologia Geral. 11ª edição. São Paulo – Duas Cidades, 1973.
CASTRO, A. M. D. E Fernandes, E. Contexto histórico do aparecimento da
Sociologia. In- Introdução ao pensamento sociológico. SP. Centauro, 2001.
COELHO, TEIXEIRA. O que é indústria cultural. 15ª SP: Brasiliense, 1993
COMTE, A. Sociologia. São Paulo.Ática, 1978.
GOHN. M. G. (ORG) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e
novos atores sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 2003.
HOBSBAWN. E. A era dos extremos: o breve século XX (1914 – 1991). SP:
Companhia das letras, 1995.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. R J: Bertrand Brasil. 1994
MARX, M. e ENGELS. O manifesto do partido comunista. RJ: Paz e Terra,
1998.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 15ª edição. São
Paulo. Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais. 2000.
30 - BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O objeto de estudo da Biologia é a VIDA. A preocupação com a descrição
dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o homem a diferentes
212
concepções de VIDA, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo.
Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua
sobrevivência, já registrada pelo homem desde o início da história através das
pinturas rupestres e outros registros.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no
Ensino Médio representam os modelos teóricos elaborados pelo homem
(paradigmas teóricos), que representam o esforço para entender, explicar utilizar e
manipular os recursos naturais.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,
buscou-se na História da Ciência o contexto histórico nos quais pressões
religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças
conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.
Diante da crescente valorização do conhecimento e da necessidade de
formar cidadãos capazes de aprender continuamente, para o que é essencial uma
formação geral e não apenas um treinamento específico, o ensino da Biologia
deve envolver de forma combinada o desenvolvimento de conhecimentos práticos,
contextualizados, que respondam às urgências da vida contemporânea.
No ensino de Biologia, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores
pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser
humano e o conhecimento, contribuindo para uma educação que formará
indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e
regularidades e mundo e da vida, capazes assim de realizar ações práticas, de
fazer julgamentos e de tomar decisões.
Partindo do princípio de que o indivíduo cresce, aprende e adquire
maturidade de forma contínua, a proposta é que o estudo da Biologia seja um
prolongamento do estudo de Ciências, ministrado no Ensino Fundamental, pois
estando mais amplamente integrado à vida comunitária, o estudante do nível
médio já possui condições de compreender e desenvolver uma consciência mais
213
plena de suas responsabilidades e direitos, juntamente com o aprendizado da
disciplina.
Na busca pelo desenvolvimento da curiosidade e do gosto pelo aprender,
praticando efetivamente o questionamento e a investigação, o estudo da Biologia
no Colégio Chico Mendes visa à construção de uma concepção de mundo
baseada na percepção da complexidade da vida, que é fruto de permanentes
interações simultâneas entre muitos elementos, e de que as teorias nesta, como
nas demais ciências, constituem-se em modelos explicativos, constituídos em
determinados contextos sociais e culturais.
OBJETIVOS
O objetivo da Biologia é a preocupação com todas as formas de vida e
como elas interagem entre si e com o meio. Portanto, o estudo da Biologia deve
possibilitar a compreensão de que a vida se estabeleceu e se organizou, através
do tempo, sob a ação dos processos evolutivos, o que resultou numa diversidade
de formas, sobre as quais continuam atuando as pressões seletivas. Todos os
seres, inclusive o homem, estabelecem inter-relações necessárias que devem ser
respeitadas e preservadas.
Faz-se necessário que a visão das relações naturais seja ampliada para as
relações sociais de tal forma que o cidadão atuante compreenda que a questão da
natureza e a questão da sociedade são partes de uma questão única.
OBJETIVOS GERAIS
Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações
de homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do
mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania
competente;
214
Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos
de senso comum relacionados a aspectos biológicos;
Identificar as relações entre conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as considerações de vida e
as concepções de desenvolvimento sustentável.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma
precisa e sintética para representar e comunicar os conhecimentos sobre o
mundo natural e tecnológico;
Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte de processos
de relações, interações e transformações;
Fazer com que o aluno possa identificar e perceber o funcionamento do corpo
humano e através dele possa valorizar o seu próprio corpo tendo assim um
cuidado maior para que ele permaneça saudável;
Ter a capacidade de reconhecer o ser humano como parte do sistema
biológico, capaz de observar, compreender e tirar suas conclusões sobre a
manutenção da vida;
Valorizar a vida de maneira plena, cuidando do seu corpo bem como da
biodiversidade que o cerca;
Perceber a relação humana com o ambiente e seu comportamento como
agente transformador do meio em que se vive;
Ver-se como responsável direto das transformações e danos que o meio sofre
e aprende com isso, refletindo sobre e agindo de forma mais consciente e
preservadora.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos Seres Vivos;
215
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
Características dos seres vivos;
Sistemas Biológicos: Anatomia, Morfologia, Fisiologia;
Bioquímica Celular / Teoria Celular: Mecanismos Celulares Biofísicos e
Bioquímicos;
Citologia / Teoria Celular;
Histologia Animal e Vegetal;
2º ANO
Classificação dos Seres Vivos / Critérios Taxonômicos e Filogenéticos;
Morfofisiológica Animal;
Morfofisiológica Vegetal;
Teoria Evolutivas / Evolução;
3º ANO
Mecanismos de Desenvolvimento Embriológico / Reprodução Humana e
Desenvolvimento Embrionário;
Genética / Transmissão de Características Hereditárias;
Organismos Geneticamente Modificados;
Ecologia / Dinâmica dos Ecossistemas: Relações entre os Seres Vivos e a
Interdependência com o ambiente – O Homem e o Ambiente;
216
Em 2003, foi lançada a lei federal nº 10.639. que modificou a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), estabelecendo a obrigatoriedade
do ensino de cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de
todos os estados brasileiros. Apesar de o fato ter sido considerado importante por
momentos de luta dos negros em todo país, existe uma discussão em torno da
validade desta proposta: ela realmente ajudaria a diminuir o preconceito desde a
sala de aula, ou sairia pela culatra e aumentaria ainda mais a segregação, ao
destacar a história do povo negro de outros temas curriculares? Respondendo
essa indagação e com a preocupação da propagação do conhecimento do
assunto, associamos por meio do tema a implantação da cultura africana e afro-
brasileira dentro do ensino de Biologia, pois usamos embasamentos teóricos e
metodológicos para descrever o assunto e proporcionar aos alunos melhor
entendimento e compreensão do tema. A história dos negros pode-se trabalhar de
forma geneticamente compreensível e esclarecida onde se percebe a igualdade
genética em ambos os povos brasileiros e africanos, proporcionando ao aluno a
melhor e devida compreensão exata ao tema cultura africana e afro-brasileira.
Bem como a Lei Estadual nº 13.381/01 – que enfatiza a inserção dos conteúdos
de história do Paraná, devidamente embasados nos avanços biológicos dentro
das ciências evolutivas, para aprimoramento e desenvolvimento do processo
biológico no Paraná.
METODOLOGIA
Para o indivíduo se preparar para a vida social, em seu sentido mais amplo,
devemos colaborar na formação de um estudante ativo, consciente, responsável
pela própria prática e com ampla visão de mundo, permitindo operar
democraticamente na sociedade em que vive, ultrapassando os obstáculos da
transmissão do saber sistematizado e levá-lo a dar continuidade ao conhecimento
que já possui, aliando-o aos conteúdos da disciplina.
217
Devemos pensar criticamente o ensino de Biologia, nas abordagens do
processo e o vínculo pedagógico em consonância com as práticas sociais, visando
romper com o “relativismo cultural”, com as “pedagogias das competências” e a
supremacia das práticas sociais hegemônicas.
Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos
críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde que ao mesmo
proporcionem o entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA - em toda
sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no
funcionamento dos mecanismos biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito
dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações
ecológicas; e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.
Destaca-se então a utilização de kit’s, com o objetivo da aprendizagem do
método científico e a comprovação de experimentos, com rigorosidade metódica e
verdade absoluta.
O laboratório de física, química e biologia, passam a ser utilizado com maior
freqüência como ferramenta metodológica pelo professor, caracterizando-se a
observação e a comparação, associando-se ao contexto da descoberta e do
experimento.
Nestas diretrizes curriculares, a observação é considerada um
procedimento de investigação que consiste na atenção sistemática de um fato
natural, de mecanismos biológicos, de processos que ocorrem no âmbito da
biodiversidade.
No ensino, o que se tem que discutir é o papel da rigorosidade metódica
para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as
conseqüências para a vida humana, para a saúde do homem, para os impactos
ambientais.
No campo educacional, é importante salientar que não se recomenda a
utilização do método experimental para refazer o processo experimental em busca
de resultados perfeitos, utilizando aparatos tecnológicos sofisticados, realizando
experimentos envolvendo vivisseção de animais vivos domésticos ou exóticos,
com resultados já divulgados cientificamente, ou ainda, realizando experimentos
218
que causem danos à fauna nativa, ao ser humano e num contato mais amplo,
danos à biodiversidade, mas sim, para demonstração como recurso de ensino.
Faz-se necessária atenção especial aos aspectos éticos da experimentação
animal e as legislações, como por exemplo, a Lei Estadual do Paraná nº 14.037
(20/03/2003) que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais, a Lei de
Biossegurança, Resoluções do CONAMA/MMA – Conselho Nacional de Meio
Ambiente, Política Nacional da Biodiversidade.
Considerando o ensino como instrumento de transformação dos
mecanismos de reprodução social, para melhor compreender a realidade, a aula
experimental torna-se um espaço de organização, discussão e reflexão, a partir de
modelos que reproduzem o real.
Neste espaço, por mais simples que seja a experiência, ela se torna rica ao
relevar as contradições entre o pensamento do aluno, o limite de validade das
hipóteses levantadas e o conhecimento científico.
Por exemplo, ao tratar os processos biológicos, a experimentação pode
contribuir para o estudo da biodiversidade a partir de um conceito mais amplo.
Neste caso a Biologia abarca um universo conceitual que fundamenta-se na
concepção evolutiva, entendendo os seres vivos além do contexto da classificação
e do funcionamento de suas estruturas orgânicas. Estes conhecimentos biológicos
envolvem as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variabilidade
genética, e podem ser estudadas a partir de modelos que procuram interpretar o
real, nas aulas experimentais.
O pensamento evolutivo permite a compreensão do mundo mutável e
possibilita revelar uma concepção de Ciência que não pode ser considerada
verdade absoluta.
Perdendo este status, a Ciência passa a ser criticada quanto ao seu caráter
positivista e assume seu caráter humano determinado pelo tempo histórico e a
Biologia passa a Ter na prática, uma metodologia que procura envolver o conjunto
de processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de
organismos no meio, na relação homem X natureza e nas relações sociais,
políticas, econômicas e culturais.
219
Neste contexto as aulas experimentais, surgem com uma crítica ao
positivismo lógico, as quais direcionaram na posição de soluções para a
construção racional do conhecimento científico em sala de aula dissociado das
implicações deste conhecimento para o homem.
Cabe ressaltar que a aula pensada neste contexto, deve introduzir
“momentos” de reflexão teórica com base na exposição dialogada bem como a
experimentação com uma possibilidade de superação do modelo tradicional das
aulas práticas dissociadas das teóricas. Como processo de um ensino pensado e
estruturado pelo professor, elas não estão restritas ao laboratório.
Assim, a experimentação é introduzida com a finalidade de se utilizar um
método que privilegie a construção do conhecimento, em caráter de superação à
condição de memorização direta comportamentalista e liberal, parte-se do
pressuposto que as teorias críticas assegurem a relação interativa entre professor
e aluno, em que ambos são sujeitos ativos.
Neste contexto, os conhecimentos biológicos devem ser entendidos como
produto histórico e tratados como indispensáveis à compreensão da prática social,
pois relevam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades
de atuação dos sujeitos no processo de transformação destas realidades
(LIBÂNEO, 1983)
O professor e o aluno comportam-se como sujeitos sócio-históricos,
situados numa classe social. O professor é autoridade competente para direcionar
o processo pedagógico, interfere e cria condições necessárias à apropriação do
conhecimento, enquanto especificidade da relação pedagógica.
Quanto as teorias críticas, admite-se que o ensino é determinado pela
sociedade onde está situada a escola, mas também que as instituições sociais
apresentam uma natureza contraditória, com possibilidades de mudanças.
Associando-se à Biologia enquanto produto histórico, têm-se o
desenvolvimento da Biotecnologia e a compreensão dos conceitos científicos, os
quais geram conflitos filosóficos, científico e social, pois põe em discussão a
manipulação do material genético, alterando a concepção do fenômeno VIDA.
220
Os conhecimentos biológicos, de um lado, proporcionam ao aluno a
aproximação com a sua experiência concreta, mas por outro, como elemento de
análise crítica, na perspectiva de superação das concepções anteriores, de
esteriótipos e de pressões difusas da ideologia dominante. (SNYDERS,1974;
LIBÂNEO,1983).
Como proposta metodológica para o ensino de Biologia, propõem-se a
utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórico – crítica
centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às
camadas populares, entendendo à apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica à
transformação da realidade (SAVIANI,1997; LIBÂNEO,1983).
O método da prática social decorre das relações dialéticas entre conteúdo
de ensino e concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a
intervenção nesta realidade. Confrontam-se os saberes do aluno com o saber
elaborado, na perspectiva da apropriação da concepção de Ciência da realidade
social. Fundamenta-se no materialismo histórico com a concepção de Ciência
enquanto atividade humana e que estuda os modos de produção. Busca-se a
coerência com os fundamentos de uma pedagogia entendida como processo
através do qual o homem torna-se plenamente humano.
Esta proposta curricular para o ensino de Biologia firma-se na construção a
partir da práxis do professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta
para os currículos escolares, mas numa perspectiva diferenciada onde se retome
a história da produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus
determinantes, políticos, sociais e ideológicos.
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia a ponto para as seguintes
estratégias metodológicas de ensino: Prática social, Problematização,
Instrumentalização, Cartase e o retorno a prática social. (GASPARIN, 2002;
SAVIANI, 1997)
PRÁTICA SOCIAL: Objetivo é perceber e denotar o senso comum a respeito
do conteúdo a ser trabalhado;
221
PROBLEMATIZAÇÃO: Questões que precisam ser resolvidas no âmbito da
prática social;
INSTRUMENTALIZAÇÃO: Apresentar os conteúdos sistematizados para que
os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal
e profissional;
CARTASE: Adquire o conhecimento;
RETORNO A PRÁTICA SOCIAL: Momento histórico
As explicações para o surgimento e a diversidade da vida levam a proposição de
conhecimentos científicos os quais conviveram e convivem com outros sistemas
explicativos como, por exemplo, os teólogos, filosóficos e artísticos.
Com a introdução de elementos da história torna-se possível compreender
que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos
sociais, econômico, político e cultural, verificando-se que a formulação, a validade
ou não das diferentes teorias científicas está associada ao momento histórico em
que foram propostas e aos interesses dominantes do período.
Recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as
analogias, entre tantos outros, devem ser utilizados no sentido de possibilitarem a
participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas
percepções, significações, interpretações,uma vez que aprender envolve a
produção/criação d enovos significados, tendo em vista que esse processo
acarreta o encontro e o confronto das diferentes idéias que circulam em sala de
aula.
A leitura e a escrita, práticas tão comuns e tão pouco refletidas em sala de
aula merecem atenção especial, pois são propagadoras de repetição e ou de
deslizamentos de significado dados ao conhecimento científico. Elas são
demarcadoras do papel social assumido pelo professor e pelos alunos, devendo
ser pensadas a partir do significado das mediações, das influências e
incorporações que os alunos demonstram.
O uso de diferentes imagens como vídeo, transparências, fotos e as
atividades experimentais, são recursos utilizados com frequências nas aulas de
Biologia e requerem uma problematização em torno da questão demonstração-
222
interpretação. Analisar quais os objetivos, expectativas a serem atingidas, além da
concepção de ciência que se agrega a estas atividades, pode contribuir para a
compreensão do papel do aluno frente a tais atividades.
Uma aula experimental, seja ela de manipulação de material ou
demonstrativa, também representa um importante recurso de ensino. É preciso
lembrar que para estas aulas promoverem aprendizagem elas não necessitam
estar associadas a um aparato experimental sofisticado, mas sim a sua
organização, discussão e reflexão, possibilitando a interação com fenômenos
biológicos, a troca de informações entre os grupos que participam da aula e assim
promover novas interpretações.
Assim os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a
compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com as idéias
discutidas em aula, levando os alunos à reflexão sobre a teoria e a prática e, ao
mesmo tempo permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus alunos.
Deve-se considerar também as aulas demonstrativas como um importante
recurso, entretanto é preciso permitir a participação do aluno e não apenas tê-lo
como observador passivo. Algumas vezes a atividade prática demonstrativa,
implica na idéia da existência de verdades definidas e formuladas em leis já
comprovadas, isto, é, de uma ciência de realidade imutável.
De outro lado, a atividade prática, como resolução de problemas ou
hipóteses, pode trazer uma concepção de Ciência diferente, como interpretação
de realidade, sendo as teorias e hipóteses, consideradas explicações provisórias.
Nesse caso, estabelece-se um maior contato com o aluno com o experimento, o
que possibilita o diálogo com a atitude científica.
Outra atividade que além de integrar conhecimentos veicula uma
concepção sobre a relação homem-ambiente e possibilita novas elaborações por
meio de pesquisa, é o estudo do meio como parques, praças, terrenos baldios,
praias, bosques, rios , zoológicos, hortas, mercados, lixões, fábricas etc.
Também os jogos didáticos contribuem para gerar desafios. Segundo
MOURA (1994), o jogo é considerado um instrumento impregnado de conteúdos
culturais a serem veiculados na escola. Ele detém conteúdo com finalidade de
223
desenvolver habilidades de resolução de problemas, o que possibilita a
oportunidade de traçar planos de ações para atingir determinados objetivos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, sejam
elas profissionais, professores, médicos, músicos, dona-de-casa, estudantes, etc.
Precisamos primeiramente nos libertar da idéia de que o senso comum é
suficiente para julgarmos um desempenho. Essa libertação permite estabelecer
parâmetros para uma avaliação mais competente, tornando possível um maior
desenvolvimento do indivíduo que estamos avaliando, neste caso o aluno.
Desse modo, a avaliação deve ser:
- Um processo contínuo e sistemático; portanto constante e planejada,
fornecendo retorno ao processo e permitindo a recuperação do aluno;
- Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo
atingidos;
- Orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto
antes;
- Integral, pois considera o aluno como um todo, não apenas os aspectos
cognitivos são analisados, mais igualmente os comportamentais e a
habilidade psicomotora.
Caberá ao professor escolher a técnica que considerar mais adequada para
avaliar seus alunos, lembrando sempre que não existe uma maneira correta de
avaliação. Para alcançar os objetivos de uma avaliação de sucesso poderá ser
usado vários métodos, sendo os através:
- Prova escrita;
- Prova oral;
- Auto-avaliação;
- Trabalho de pesquisas feitas em casa;
- Trabalho integrado;
224
- Participação;
- Comportamento;
- Outros;
Concluindo, a avaliação do processo de aquisição e construção dos conteúdos
pode ser efetivamente realizada a se solicitar ao aluno que interprete situações
determinadas cujo entendimento demanda os conceitos que estão sendo
aprendidos, os seja, que interprete uma história, uma figura, texto, ou trecho de
texto, um problema ou um experimento. São situações que também induzem a
realizar comparações, estabelecer relações, executar determinadas formas de
registros, entre outros procedimentos que desenvolveu no transcorrer de sua
aprendizagem.
Dessa forma, tanto a evolução conceitual, quanto a aprendizagem de
procedimentos e atitudes estão sendo avaliados. O erro ou engano precisam ser
tratados não como incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao
professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a
prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de
seu conhecimento.
31) Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio – Versão preliminar
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. Editora da Universidade de São
Paulo. 2004
PRETTO, L. D. N. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora da Unicamp,
1985.
32 - FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
225
Como uma das ciências básicas da natureza, o estudo da física é
indispensável àqueles que querem entender os mecanismos mais profundos de
tudo que ocorre na natureza. No mundo atual, globalizado e altamente
tecnológico, quem domina o conhecimento, a física é parcela relevante desse
conhecimento.
Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação e
a criatividade. Dificilmente alguém ligado ao estudo da física fica restrito a esse
campo, mas cria asas e circula por muitos outros, contribuindo com certeza para
sua própria cidadania.
Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural física é a ciência que
estuda, pela experimentação e elaboração de conceitos, as propriedades
fundamentais da matéria e do espaço-tempo.
Durante muito tempo – de Aristóteles até Newton – o que hoje entendemos
por física era chamado de “filosofia natural”. A física moderna, essencialmente
experimental e matemática, desenvolveu-se graças ao aperfeiçoamento dos
instrumentos de observações, à elaboração de teorias e à reunião de leis
dispersas num todo coerente, com definições e princípios claramente formulados.
A física Clássica, que é aquela estudada nos cursos de ensino médio e nos
anos iniciais dos cursos superiores, costuma ser dividida em cinco grandes
grupos: a Mecânica, a Eletricidade, a termodinâmica, a Ondulatória e a Óptica.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de física
sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para a
abordagem dos conteúdos propostos no nível médio, visando desenvolver as
diferentes representações e conversões através da linguagem e operações
simbólicas, formas e técnicas. É importante a utilização de recursos didático-
pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
OBJETIVOS GERAIS
Ler e interpretar textos físicos;
226
Trabalhar com textos sobre físicos na resolução de problemas envolvendo
os fenômenos da natureza;
Ler, interpretar e construir problemas, e gráficos sobre os problemas físicos;
Reconhecer a diferença de movimento, velocidade, aceleração, tempo e
distância;
Analisar a contextualização da teoria e a prática;
Identificar, selecionar e interpretar informações relativas a resolução de
problemas;
Formular hipóteses e prever resultados físicos;
Interpretar e criticar resultados em situações reais e ideais;
Utilizar corretamente os recursos tecnológicos reconhecendo suas
limitações e potencialidades;
Verificar que as manifestações físicas são percebidas através de diferentes
situações e práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos ambientes
culturais;
Aplicar conhecimentos e métodos físicos em outras áreas do conhecimento;
PRIMEIRO ANO: FÍSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mecânica
O que é física;
Cinemática;
Dinâmica;
Estática;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O que é física ?
Grandezas e vetores;
227
Estudo dos movimentos;
Movimentos retilíneos;
Movimento retilíneos uniforme;
Movimento retilíneos uniforme variado;
Movimento sob a ação da gravidade;
Leis de Newton;
Peso e equilíbrio estático;
Movimento circular;
Trabalho;
Potência;
Energia;
Energia mecânica e sua conservação;
Impulso e quantidade de movimento;
Gravitação;
Hidrostática.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Obter uma visão geral da ciência (física) e a compreensão a visão de um
mundo dela decorrente;
Compreender a limitação do movimento de partículas;
Redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo;
Compreender o conceito de massa como uma construção cientifica ligada a
uma concepção de força;
Compreender o conceito de movimento de inércia;
Associar a força à variação da quantidade de movimento de um objeto;
Entender as grandezas de medidas;
Perceber a influência da dimensão de um corpo;
Identificar à primeira, segunda e terceira leis de Newton;
Conhecer que através da energia que se manifesta em diversas formas;
228
Perceber o trabalho como uma grandeza;
Compreender a potência como uma medida de eficiência;
Associar a gravitação com as leis de Kepler;
Identificar a massa gravitacional diferenciando o da massa inercial, do ponto de
vista clássico;
Compreender o contexto e os limites do modelo Newtoniano tendo em vista a
teoria da relatividade geral.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Aulas expositivas;
Propor a resolução de exercícios e acorreção dos mesmos para sanar as
dúvidas;
29.Atender individualmente os alunos com dificuldades;
12.Trabalhos em sala.
RECURSOS DIDÁTICOS
- Quadro e giz;
- Livro didático;
- Vídeos;
- Sala de informática;
- Pesquisas utilizando a biblioteca;
- TV pendrive.
SEGUNDO ANO: FÍSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1. Termodinâmica;
229
2. Ondas;
3. Óptica;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Temperatura e dilatação térmica;
Comportamento térmico dos gases;
Calor: Conceito e medida;
Mudanças de fase e transmissão de calor;
Leis da termodinâmica;
Ondas;
Som;
Luz;
Espelhos esféricos;
Refração da Luz;
Lentes;
Instrumentos ópticos ;
Óptica ondulatória.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
- Compreender a teoria cinética dos gases;
- Formular o conceito depressão de um fluído;
- Entender o conceito de temperatura;
- Diferenciar e conceituar calor e temperatura, entendendo o calor como uma
das formas de energia;
- Compreender a primeira lei como a manifestação do primeiro da conservação
de energia;
- Associar a primeira lei à idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor;
230
- Compreender os conceitos de capacidades e calor específicos;
- Identificar os processos físicos, os reversíveis e os irreversíveis;
- Compreender a energia entre uma grandeza que pode variar em processos
espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e, probabilidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.
Aulas expositivas;
Propor a resolução de exercícios e acorreção dos mesmos para sanar as
dúvidas;
30. Atender individualmente os alunos com dificuldades;
13.Trabalhos em sala.
RECURSOS DIDÁTICOS
- Quadro e giz;
- Livro didático;
- Vídeos;
- Sala de informática;
- Pesquisas utilizando a biblioteca;
- TV pendrive.
TERCEIRO ANO: FÍSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Eletromagnetismo.
Física Moderna.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
231
Introdução a eletricidade;
Campo elétrico;
Potencial elétrico;
Corrente elétrica;
Potência elétrica e associação de resistores;
Geradores e circuitos elétricos;
O campo magnético;
Corrente elétrica e campo magnético;
Indução eletromagnética;
Física moderna.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Fazer com que o aluno entenda sobre a eletricidade
Identificar e diferenciar o campo elétrico
Calcular problemas envolvendo potência elétrica e conhecer o que corrente
elétrica;
Identificar a potência elétrica e associação de resistores;
Fazer com que o aluno conheça o que é um gerador e identificar os elétrons;
Conhecer sobre o campo magnético;
Conhecer a física moderna em nosso dia-a-dia.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.
Aulas expositivas;
Propor a resolução de exercícios e a correção dos mesmos para sanar as
dúvidas;
31.Atender individualmente os alunos com dificuldades;
14.Trabalhos em sala.
232
RECURSOS DIDÁTICOS
- Quadro e giz;
- Livro didático;
- Vídeos;
- Sala de informática;
- Pesquisas utilizando a biblioteca;
- TV pendrive.
JUSTIFICATIVA
Os conteúdos abordados servem para dar continuidade aos estudos do
aluno levando-os ao âmago cerne dos fenômenos da natureza, assim, colocando-
os também como espectador destes fenômenos do dia-a-dia.
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA NO CONTEXTO GERAL
A avaliação deve ser uma avaliação formativa, num processo permanente e
com a finalidade de desenvolver toda a potencialidade do aluno, de reorientá-los e
de encaminhá-los ao próximo estágio de seu desenvolvimento, apresentando
novos desafios a serem superados.
A física como conhecimento humano, situa-se no âmbito e cognitivo através
das próprias experiências e prática do educando na escola e no seu convívio
sócio-cultural, que mostra para o professor os caminhos que podem medir a
aprendizagem do aluno no dia-a-dia.
Quando se fala em avaliação, não é atribuir notas numérica para o aluno,
para garantir a aprovação do aluno. A avaliação deve estar vinculada aos
objetivos de ensino e o desenvolvimento do aluno, que ele possa ser um cidadão
capaz de olhar, ouvir e compreender os fenômenos físicos e compreendendo o
mundo ao seu redor.
233
Deve ser valorizado o antes, o processo, e o depois, que são: (esforço,
interesse, e desenvolvimento do aluno ) , a avaliação será flexível de acordo com
o seu momento, poderá ter aspecto qualitativo como quantitativo sobre o que o
aluno pensa, e como ele lida com o que ele aprendeu.
Considerar e entender que todo o ser humano tem um limite que deve ser
respeitado, e que a disciplina e a concentração é fundamental para a
aprendizagem.
Para que o trabalho seja realizado de forma satisfatório, e necessário ter
regras estabelecidas com responsabilidade de todos.
O resultado esperado neste apanhado de conhecimento que a disciplina de física,
é o autoconhecimento, são nesses momentos que o aluno percebe e conhece
mais sobre seu próprio conhecimento em relação com o mundo.
Serão objetivos de avaliação: provas, pesquisas de campo, (podendo
contemplar ou não outras áreas do saber), coletas de dados, trabalhos escritos,
orais, apresentações e pesquisas e elaboração de materiais em laboratórios,
sendo diagnostica e cumulativa, ofertando recuperação paralela para as
avaliações formais, com participação efetiva nas atividades desenvolvidas em sala
de aula.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Pressupõem que o aprendizado se dá pela interação do professor e do
aluno no conhecimento, ao se estabelecer um diálogo entre idéias prévias dos
alunos e a visão científica atual, com a mediação do professor.
Nas experiências vividas e nos conhecimentos técnicos adquiridos de modo
natural no trabalho do dia-a-dia, acumulados de maneira gradual, sendo
transformado paulatinamente de conhecimento popular em conhecimento
sistematizado.
Muitas atividades que estimulam o aluno a procurar respostas e a construir
explicações que extrapolem o conteúdo dos textos, visando ampliar os seus
conhecimentos e a sua capacidade de construí-los.
234
Para o desenvolvimento desta proposta será trabalhada com aulas
expositivas, pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, seminários, debates,
realização de experiência ( quando possível ).
33) REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
Diretrizes Curriculares de física para o Ensino Médio.
ALVARENGA, Beatriz & MAXIMO, Antônio . Física . Volume completo . São Paulo
, 1997 . Ed. Scipine.
Coleção Horizontes – Física – IBEP.
BONJORNO, Regina. Física Completa. Volume único. 2 ed. São Paulo: FTD,
2001.
CHAVES, Affonso & Reichmann. Física: Mecânica. Volume 1. Rio de janeiro,
2002.
34 – Química
Apresentação Geral da Disciplina
A Química está presente em todo o processo de desenvolvimento das
civilizações, a partir das primeiras necessidades humanas tais como a
comunicação, o domínio do fogo e posterior o conhecimento do processo de
cozimento necessário à sobrevivência, bem como a fermentação, o tingimento e a
vitrificação, entre outras. No decorrer dos anos, inicialmente o ser humano
conheceu a extração, produção e tratamento de metais como cobre, bronze, o
ferro e o ouro.
Foi, então, no século XVII que ocorreu a Revolução Química com a
incorporação de alguns elementos empíricos da alquimia: o mágico cedeu lugar ao
cientifico; a Química ascendeu ao fórum das Ciências. O avanço da ciência
química, neste período, esta vinculada às investigações sobre a composição e
235
estrutura da matéria, estudos estes partilhados com a física, que investigava as
forças internas que regem a formação da matéria.
No decorrer do século XVIII, ocorreu um grande desenvolvimento na
experimentação química. Entre as realizações dos químicos neste período
destacam-se o isolamento dos elementos gasosos (nitrogênio, cloro, hidrogênio e
oxigênio) e a descoberta de muitos elementos químicos: cobalto, platina, zinco,
níquel, bismuto, manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio e cobre.
Nesse período a Revolução industrial, impulsionada pelo desenvolvimento
das máquinas que substituíram o ritmo da força humana ocasionando a grande
expansão das indústrias, expandindo o modo de produção capitalista em que o
trabalhador deixou de ter o domínio sobre o processo produtivo. Todo esse
movimento trouxe como conseqüência o desenvolvimento da indústria química.
O químico que marcou o século XVIII foi Antonie Laurent Lavoisier, que
elaborou o Traité Elementaire de Chimie (Tratado Elementar da Química),
publicado em março de 1789, e deu início à fase moderna dessa ciência. Lavoisier
propôs uma nomenclatura universal para os compostos químicos que foi aceita
internacionalmente. A química ganhou não só uma linguagem universal quanto à
nomenclatura adotada, mas também quanto aos seus conceitos fundamentais.
Transformando diferentes tipos de matérias, obtemos outras, com diferentes
propriedades. Assim, tudo que está ao nosso alcance, passou, está passando ou
provavelmente passará por um processo químico.
No desenvolvimento do seu trabalho, Lavoisier demonstrou que a queima é
uma reação química com oxigênio, superando a antiga Teoria do Flogisto2, então
amplamente usada nas explicações sobre transformações químicas. O trabalho de
Lavoisier, em especial, o episodio da descoberta do oxigênio gerou uma crise a
respeito das explicações de fenômenos como combustão por Lavoisier trouxeram
novos direcionamentos para as investigações sobre a natureza das substâncias.
Em 1828, o químico Friedrich Wohler, sintetizou a uréia, uma substância
orgânica a partir de um composto inorgânico. A partir dessa síntese, que supera a
Teoria da Força Vital3 os cientistas passaram a preparar compostos orgânicos em
laboratório.
236
No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um
grande desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos e Inglaterra. Com o
esclarecimento da estrutura atômica foi possível entender melhor a construção e
formação das moléculas em especial a do DNA.
A tecnologia procura tornar úteis as descobertas da atividade científica,
destinando-as a diversos usos, tais como, militares, industriais, empresariais e
públicas.
Da atividade industrial são originados resíduos, embalagens e poluentes que,
para não agredir os recursos naturais ou mesmo diminuir os custos da produção,
devem ser reaproveitadas. Surge novamente a necessidade de se utilizar o
conhecimento das transformações da matéria.
Objetivos
Caracterizar método positivista para definições na memorização de formulas,
na nomenclatura, nas classificações dos compostos químicos, nas operações
matemáticas e na resolução de problemas. Que o aluno não apenas memorize a
definição de um conceito, mas que o compreenda, à compreensão dos
conhecimentos científicos e tecnológicos para além do domínio estrito dos
conceitos de Química, o estudo da matéria e suas transformações e planejar,
organizar, dirigir uma relação, onde a aprendizagem dos conceitos químicos se
realize no sentido da organização do conhecimento científico, ilustrar a teoria,
verificá-la e motivar os alunos, para as aulas de laboratório como uma receita que
não podem dar errado, isto é, ter um resultado diferente do previsto na teoria,
contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência
de seu tempo.
Abordar um papel investigativo e de sua função auxiliar na explicitação,
problematização, discussão, enfim, da significação dos conceitos químicos.
Buscar resultados quantitativos trazer muitos subsídios para a construção do
conceito químico de concentração, não devendo ser menosprezado, e sim
compreendido por outras vias que não somente a dos cálculos matemáticos.
237
Tratar a Química com os alunos de modo a possibilitar o entendimento do
mundo químico e a sua interação com ele. Pode-se ilustrar a nossa afirmação com
uma situação observada no cotidiano. Criar situações de aprendizagem de modo
que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo químico, reflita sobre as
razões dos problemas, neste caso, os ambientais.
Ligar o meio ambiente intimamente à Química, uma vez que o planeta vem
sendo atingido por vários problemas que correspondem a este campo do
conhecimento. Familiarizar o aluno do agravamento do efeito estufa e
conseqüente aumento da temperatura da Terra, e com os problemas causados
pelo buraco da camada de ozônio da estratosfera, por onde passam os nocivos
raios ultravioletas que atingem a superfície com maior intensidade.
Mostrar que nos dois casos o agravamento do efeito estufa e danos á
camada de ozônio - decorrem da ação humana. O primeiro, através da liberação
de clorofluorcarbonetos (aerossóis) ou óxidos de nitrogênio (motores de
combustão interna), a situação fica ainda mais delicada no atual período histórico,
nos grandes centros urbanos, devido a necessidade de transporte para um grande
contingente populacional o que potencializa a emissão daquelas substâncias.
Levar o aluno à abordagem que discuta aspecto sócio - cientifico, ou seja,
questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais relativas à
ciência e tecnologia, colocar em discussão os aspectos, econômicos e sociais
diretamente relacionados ao processo de construção de uma usina nuclear e as
conseqüências ao ambiente à saúde e as possíveis relações de custo/beneficio da
utilização desta forma de energia.
Estabelecer uma interação do aluno com a Química e se contrapõe à idéia de
que esta ciência reduz-se a um conjunto de inúmeras formulas e nomes
complexos, idéia esta que foi aprendida pela maior parte dos professores atuantes
no Ensino Médio e, por conseqüência ensinada aos alunos.
Abordar tratamento de temas como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio,
água, reciclagem, química ambiental, poluição, drogas, química da produção,
adotando a metodologia de projetos que, algumas vezes, envolvem toda a escola.
Isso, porem, não garante por si só a construção e apreensão do conhecimento da
238
Química. Dar visão ao aluno, do senso comum e do mundo da vida o que é droga,
o que é lixo, o que fazer com ele e que é importante preservar a água limpa.
CONTEÚDOS EXTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes devem se inter relacionar e devera ser feita a
articulação de acordo com a especificidade regional.
Matéria e sua natureza; Bioquímica; Química Sintética.
1º ANO
Matéria e sua natureza
História da Química – Teorias do modelo Atômico
A ciência química: textos sobre a ciência e as teorias científicas
Estrutura atômica: modelos atômicos de Dalton, Thompson, Bohr,
Rutherford, conceitos sobre número de massa, número atômico,
distribuição eletrônica em níveis e subníveis.
Tabela periódica: construção da tabela periódica, relação entre posição do
elemento e distribuição eletrônica, principais famílias ou grupos.
Diagrama de Linus Pauling – Entendimento da tabela Periódica
Ácido – Base
Soluções
Ligações químicas: iônica ou eletrovalente, covalente ou molecular e
metálica.
Número de oxidação: determinação do NOX (carga) de elementos
Funções químicas: teorias de Arhenius (ácidos e bases), dissociação e
ionização de substâncias, nomenclatura, formulação e propriedades. Sais e
óxidos: nomenclatura, formulação, ocorrência e reações de neutralização.
Soluções: dispersões, curvas de solubilidade, concentração comum,
concentração molar (ou molaridade), concentração normal (ou molalidade),
239
título, relação entre as concentrações, diluição das soluções, mistura de
soluções de mesmo soluto, análise volumétrica.
Matéria e sua natureza bioquímica.
2º ANO
Termoquímica: calorimetria, energia interna, entalpia, entalpia de formação,
entalpia de combustão, Lei de Hess, energia livre.
Cinética química: fatores que influem na velocidade das reações
Equilíbrio químico: estudo geral dos equilíbrios químicos, deslocamento de
equilíbrio, equilíbrio iônico (pH e pOH), conceitos modernos de ácidos e
bases, hidrólise de sais, produto de solubilidade.
Leis das reações: Lavoisier, Proust, Dalton, Berzelius e Gay-Lussac
Massa atômica, massa molecular e mol: constante de Avogadro
Reações de oxidação e redução
Estequiometria: determinação de fórmulas percentuais, mínimas e
moleculares
Biogeoquímica
3º ANO
Compostos naturais: petróleo, gás natural, hulha, glicídios (glicose, frutose,
sacarose e amido), lipídios (glicerídeos), proteínas (aminoácidos) e
enzimas.
Compostos sintéticos: polímeros, produção de álcoois
Isomeria plana: isomeria de cadeia - isomeria de posição, isomeria de
compensação (ou metameria), isomeria de função (ou funcional),
tautomeria
Isomeria espacial: isomeria geométrica ou cis-trans
240
Reações do carbono: reações de substituição, reações de adição, reações
de eliminação, reações de oxidação e de redução, reações de
polimerização.
Química Sintética
Metodologia
Que o processo de ensino - aprendizagem, em Química, parta dos alunos
com concepções alternativas (idéias pré-concebidas sobre o conhecimento da
química) ou concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um
conceito científico, concepção espontânea está que ele adquire no seu dia-a-dia;
aulas expositivas; aulas dialogadas; leitura e interpretação de texto; discussão dos
temas e dos exercícios; trabalhos em grupos e individuais; realização de
experimentos e atividades de campo; jogos; utilização de material audiovisual;
pesquisas; painéis; seminários e debates de temas atuais do mundo.
Critérios de avaliação:
Revisar e aprofundar os conceitos vistos no ensino fundamental com leitura
e interpretação de textos; produção de textos; leitura e interpretação da tabela
periódica; Aproveitar os encadeamentos de idéias (contextualização) para
pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas em laboratório; Pode ser interessante
aproveitar noticiários divulgados na mídia relativos à mineração, ao meio
ambiente, as formas de separação de misturas visando à despoluição ambiental e
conseqüente melhoria da qualidade de vida para apresentação de seminários;
provas escritas de vários tipos; com questões abertas e/ou de múltipla escolha;
prova pratica, neste caso, ver a capacidade do aluno de observar, interpretar e
criar; relatórios de atividades experimentais ou de atividades de campo; auto –
avaliação; Planejar as aulas tendo como base as explanações contidas no texto
do livro, ao longo do trimestre será observado à participação, interesse e o
trabalho em equipe desenvolvido pelo aluno nas atividades a ele destinado,
estratégias empregadas pelos alunos na articulação e reflexão dos experimentos
com os conceitos químicos.
241
Avaliação
A avaliação deve ser concebida de forma ativa, sob os condicionantes do
diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre interações recíprocas, no dia
a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está
sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
O principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. A
(RE) Construção acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar
instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:
leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da
tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,
apresentação de seminários, entre outras. Esses instrumentos devem ser
selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos
debates conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais,
econômicas e políticas, ou seja, deve formar-se capaz de construir o
conhecimento a partir do ensino da aprendizagem e da avaliação. É preciso ter
clareza da Química está sob o foco da atividade humana, portanto, não é portador
de humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.
Estas Diretrizes têm como, finalidade uma avaliação que não separe teoria
e prática, antes, considere as estratégias empregadas pelos alunos na articulação
e análise dos experimentos com os conceitos químicos. Tal prática avaliativa
requer um professor que compreenda a concepção de ensino de Química na
perspectiva crítica.
.
35) Referências Bibliográficas
242
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio – versão preliminar
julho de 2006.
BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª Edição. Porto Alegre: Bookman, 2002.
KOSIK, K. Dialética do concreto. São Paulo: Paz e Terra, 1969.
KUWABARA, I. Química. In: KUENZER, A. Ensino Médio: construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de
Química: Professor / Pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
36 - FILOSOFIA
Apresentação da disciplina
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a
sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do
embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. A Filosofia
favoreceria posturas polêmicas, como relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento. Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo
teocentrismo, pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam
no período anterior. O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia,
pelo monoteísmo, pelo criacionismo, pela ideia do pecado original, pelo conceito
cristão. Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da
individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a
alma, substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A
filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,
principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da
consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm
constituindo esse período. A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada
pelo pluralismo de ideias.
Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores
éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar
243
e muito a contribuir. Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação
pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade
de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas
particularidades e especializações. A Filosofia se apresenta como conteúdo
filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio
pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de
conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão
vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.
Assim sendo, a Filosofia no Ensino Médio se constituí em fundamento
indispensável á formação do cidadão, por propiciar uma visão crítica e
possibilidade analítica dos fatores e dos motivos que influenciam e determinam a
composição dinâmica do ambiente sócio-cultural em que vive e deve atuar, aí
como agente de transformação e promotor estimulante do equilíbrio no inter-
relacionamento homem e sociedade, será expressão viva de consciência e de
responsabilidade social. O ensino da Filosofia deve conduzir os alunos a um
debate sobre as diversas perspectivas ideológicas sobre um determinado assunto.
Não pode se prender em apresentar verdades absolutas, ou mesmo
inquestionáveis, mas deverá conduzir o aluno a formação de um pensamento
inovador, fundamentado em bases sólidas.
OBJETIVOS
1. Conhecer as características que contribuíram para o nascimento da
filosofia.
2. Compreender as regras de funcionamento do pensamento humano.
3. Redigir textos com coerência, lógica e coesão.
4. Conhecer os principais aspectos que contribuíram e fundamentaram a
Idade Média e Moderna.
5. Interpretar temas relevantes que embasaram os pensamentos do século
XIX e XX
6. Conhecer as características mais pertinentes que destacam o pensamento
da Idade Contemporânea.
244
7. Ampliar e expandir visões e ponto de vista em relação a filosofia e o mundo.
8. Realizar análises e críticas de textos filosóficos.
CONTEÚDOS
Segundo as Diretrizes Estaduais Curriculares conteúdos estruturantes são
conhecimentos basilares de uma disciplina, que se constituíram historicamente,
em contextos e sociedades diferentes, mas que neste momento ganham sentido
político, social e educacional, tendo em vista o estudante de Ensino Médio. Estas
Diretrizes Curriculares propõem a organização do ensino de Filosofia por meio dos
seguintes conteúdos estruturantes e seus respectivos básicos:
1° ano
MITO E FILOSOFIA
Mito e filosofia
O deserto do real
Ironia e Maiêutica
TEORIA DO CONHECIMENTO
O problema do conhecimento
Filosofia e método
Perspectivas do conhecimento
2° ano
ÉTICA
. A virtude me Aristóteles e Sêneca
. Amizade
. Liberdade
245
. Liberdade em Sartre
FILOSOFIA POLÍTICA
. Em busca da essência do político
. A política em Maquiavel
. Política e violência
. A democracia em questão
3° ano
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
. O progresso da ciência
. Pensar ciência
. Bioética
ESTÉTICA
Pensar a beleza
A universalidade do gosto
Necessidade ou fim da arte?
O cinema e uma nova percepção
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
básicos dar-se-á em quatro momentos: a mobilização para o conhecimento; a
problematização; a investigação; a criação de conceitos. O ensino da Filosofia
pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de uma imagem, da
leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. A seguir,
246
inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a investigação e a
criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não possa
ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.
A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando
professor e estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o
conteúdo. Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto
a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideias e
conceitos de caráter criativo e de socializá-los.
O Livro Didático Público de Filosofia desenvolve conteúdos básicos a partir
de recortes dos conteúdos estruturantes propostos por estas Diretrizes, e
possibilita o trabalho com os quatro momentos do ensino de Filosofia: a
mobilização para o conhecimento, a problematização, a investigação e a criação
de conceitos. Além dele, muitos outros recursos poderão ser aproveitados para
enriquecer a investigação filosófica, como, por exemplo, videos, filmes, músicas
etc.
AVALIAÇÃO
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento,
por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que
pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um
processo.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a
capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que deve
ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e
tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos. Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino
Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos: qual discurso
247
tinha antes; qual conceito trabalhou; qual discurso tem após; qual conceito
trabalhou.
37) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação
Básica.
Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público)
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais.
Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.
38) Avaliação institucional do projeto político pedagógico
Avaliar é indispensável em toda atividade humana e, portanto, em qualquer
proposta de educação. A avaliação é imprescindível em todo o processo educativo
porque “educar é fazer ato de sujeito, é problematizar o mundo em que vivemos
para superar as contradições comprometendo-se com esse mundo para recriá-lo
constantemente.” (GADOTTI, 1984)
A avaliação como parte integrante do projeto político pedagógico deve ser
dinâmica e contínua, pois ela fornece as bases para a realimentação. Ela é ponto
de partida como é também ponto de chegada.
A escola detém uma grande responsabilidade sobre os educandos e
precisa levá-los ao domínio pleno de suas potencialidades para atingir a
cidadania.
O Projeto Político Pedagógico é a identidade da escola e deverá ser flexível
adequando-se as necessidades da comunidade escolar.
Para avaliá-lo usaremos reuniões com a equipe pedagógica administrativa,
reuniões com os professores, pesquisas com a comunidade, troca de experiências
e análise do trabalho realizado no interior da escola.
Estabeleceremos como prazos o período de um ano para realimentação da
caracterização da comunidade atendida pelo Colégio e dois anos para
248
realimentação dos princípios norteadores da escola e das linhas de ação a serem
desenvolvidas.
Atividades escolares em geral
O Colégio estadual Chico Mendes participa dos seguintes programas:
Superação
Devido à nota do IDEB, IDH e evasão escolar o Colégio está inserido no
programa Superação. Neste programa há uma prioridade de atendimento para as
questões que envolvem a unidade, pois se espera melhoria nos índices escolares.
Este programa é coordenado pelo Núcleo Área Metropolitana Sul.
Mais Educação
O programa Mais Educação é uma iniciativa do governo federal que tem
como prioridade contribuir para a formação integral de crianças, adolescentes e
jovens. A educação integral constitui ação estratégica para garantir atenção e
desenvolvimento integral às crianças, aos adolescentes e jovens, sujeitos de
direitos que vivem uma contemporaneidade marcada por intensas transformações
e exigência crescente de acesso ao conhecimento, nas relações sociais entre
diferentes gerações e culturas, nas formas de comunicação, na maior exposição
aos efeitos das mudanças em nível local, regional e internacional. Ela se dará por
meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que
qualifiquem o processo educacional e melhorem o aprendizado dos alunos. Não
se trata, portanto, da criação ou recriação da escola como instituição total, mas da
implicação e da articulação das diversas instituições sociais que já atuam na
garantia de direitos de nossas crianças e jovens na co-responsabilidade por sua
formação integral.
249
Viva a Escola
O Programa Viva a Escola visa à expansão de atividades pedagógicas
realizadas na escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto
Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e
de sua realidade.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os
seguintes Objetivos: Dar condições para que os profissionais da educação, os
educandos da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam
diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão
vinculados, além do turno escolar;
Encaminhamento metodológico
No Portal www.diaadiaeducacao.com.br os professores que trabalham com
o projeto terão acesso à metodologia indicada para o trabalho. São sugestões por
área que permitirão o professor adequar seu trabalho a escola.
Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em
atividades pedagógicas de seu interesse;
Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar,
fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.
O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento:
Expressivo-Corporal: esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica,
lutas, teatros, danças;
Científico-Cultural: história e memória, cultura regional, atividades literárias,
artes visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias;
Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de
Apoio à Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala
de Apoio da Educação Escolar Indígena;
Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões;
Preparatório para o Vestibular.
250
Escola Aberta
As escolas participantes do Programa são abertas nos finais de semana
para o desenvolvimento de diversas atividades formativas, informativas, de
esporte, cultura e lazer.
As ações implementadas em cada escola são escolhidas a partir de
consulta às comunidades locais e da identificação de seus talentos, levando em
conta as diversidades regionais e as oficinas fomentadas pelo MEC.
As oficinas são ministradas por voluntários que desenvolvem temas sobre
direitos humanos, cidadania, diversidade, leitura e meio ambiente.
Vila Cidadania
O Centro de Atividades Pedagógicas Vila da Cidadania nasceu de uma
parceria entre o Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado
da Educação, e a BS Colway, no ano de 2009.
As atividades desenvolvidas são de complementação curricular.
Os temas são desenvolvidos conforme a faixa etária: Meio Ambiente para a
5º série, Segurança para a 6º série, Cidadania para a 7º série, Cultura para a 8º
série e Trânsito para o Ensino Médio.
Para melhor aproveitamento da proposta, as escolas do programa
Superação da SEED contarão com transporte e alimentação diariamente.
39) Anexos
251