Estacas Barrete e Tubulao Ar Comprimido_1.1

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIEESCOLA DE ENGENHARIAPROFESSOR ALFREDO MRIO SAVELLI

TUBULES, CAIXES A AR COMPRIMIDO, NORMAS PARA O TRABALHO A AR COMPRIMIDO / ESTACES E BARRETES

CYRO C. LESSA GABRIEL A. MESQUITA RAPHAEL C. PRATS

SUMRIOTUBULES - INTRODUO - TUBULES A CEU ABERTO - TUBULES COM AR COMPRIMIDO - NORMA DE SEGURANA PARA TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO EM TUBULES ESTACAS ESCAVADAS E BARRETES

LAMA BENTONTICA

REFERNCIAS

1. TUBULES

1.1 INTRODUO Tubules so elementos estruturais da fundao que transmitem a carga ao solo resistente por compresso, atravs da escavao de um fuste cilndrico e uma base alargada tronco-cnica a uma profundidade igual ou maior do que trs vezes o seu dimetro (BRITO,1987). De acordo com o mtodo de sua escavao, os tubules se classificam em: 1.2 TUBULES A CU ABERTO Consiste em um poo aberto manualmente ou mecanicamente em solos coesivos, de modo que no haja desmoronamento durante a escavao, e acima do nvel dgua (Figura 3.9). Quando tendncia de desmoronamento, reveste-se o furo com alvenaria de tijolo, tubo de concreto ou tubo de ao. O fuste escavado at a cota desejada, a base alargada e posteriormente enche-se de concreto (BRITO,1987).

Figura 3.9: Tubulo a cu aberto

O processo de execuo da fundao deve seguir as seguintes etapas

1. A partir do gabarito, faz-se a marcao do eixo da pea utilizando um piquete de madeira. Depois, com um arame e um prego, marca-se no terreno a circunferncia que delimita o tubulo, cujo dimetro mnimo de 70cm.

2. Inicia-se a escavao do poo at a cota especificada em projeto. No caso de escavao manual usa-se vanga, balde e um sarilho para a retirada de terra. Nas obras com perfurao mecnica o aparelho rotativo acoplado a um caminho retira a terra. Na fase de escavao pode ocorrer a presena de gua. Nestas casos, a execuo da perfurao manual se far com um bombeamento simultneo da gua acumulada no poo. Poder ocorrer, ainda, que alguma camada do solo no resista perfurao e desmorone (no caso de solos arenosos). Ento, ser necessrio o encamisamento da pea ao longo dessas camadas. Isto poder ser feito atravs de tubos de concreto com o dimetro interno igual ao dimetro do fuste do tubulo. 3. Faz-se o alargamento da base de acordo com as dimenses do projeto. 4. Verificao das dimenses do poo, como: profundidade, alargamento da base, e ainda o tipo de solo na base. Certifica-se, tambm, se os poos esto limpos. 5. Colocao da armadura. 6. A concretagem feita lanando-se o concreto da superfcie (diretamente do caminho betoneira, em caso de utilizao do concreto usinado) atravs de um funil (tremonha), com o comprimento da ordem de 5 vezes seu dimetro, de modo a evitar que o concreto bata nas paredes do tubulo e se misture com a terra, prejudicando a concretagem (ALONSO,1979). O concreto se espalhar pela base pelo prprio impacto de sua descarga, porm, durante a concretagem, conveniente sua interrupo de vez em quando e descer para espalh-lo, de modo a evitar que fiquem vazios na massa de concreto.

1.3 TUBULES COM AR COMPRIMIDO Este tipo de fundao utilizado quando existe gua, exige-se grandes profundidades e existe o perigo de desmoronamento das paredes. Neste caso, a injeo de ar comprimido nos tubules impede a entrada de gua, pois a presso interna maior que a presso da gua, sendo a presso empregada no mximo de 3 atm, limitando a profundidade em 30m abaixo do nvel dgua. Isso permite que seja executados normalmente os trabalhos de escavao, alargamento do fuste e concretagem. O equipamento utilizado compe de uma cmara de equilbrio e um compressor. Durante a compresso, o sangue dos homens absorve mais gases do que na presso normal. Se a descompresso for feita muito rapidamente, o gs absorvido em excesso no sangue pode formar bolhas, que por sua vez podem provocar dores e at morte por embolia. Para evitar esse problema, antes de passar presso normal, os trabalhadores devem sofrer um processo de descompresso lenta (nunca inferior a 15 minutos) numa cmara de emergncia (BRITO,1987).

Figura 3.10: Tubulo a ar comprimido

Estes tubules so encamisados com camisas de concreto ou de ao. No caso de camisa de concreto, a cravao da camisa, abertura e concretagem da base feita sob ar comprimido, pois o servio feito manualmente. Se a camisa de ao, a cravao feita a cu aberto com auxlio de um bate estacas e a abertura e concretagem do tubulo so feitos a ar comprimido.

CONTROLE DE EXECUO: locao do centro do tubulo; cota do fundo da base do tubulo; verticalidade da escavao; alargamento da base; tubulo a ar comprimido: presso do ar no interior do tubulo, risco de acidente posicionamento da armadura, quando houver, e da armadura de ligao; dimenses (dimetro) do tubulo; concretagem (no misturar o solo com o concreto e evitar que se formem vazios na base alargada; 1.4 NORMA DE SEGURANA PARA TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO EM TUBULES 1. FINALIDADE: A presente norma se aplica aos trabalhos sob ar comprimido em tubules. 2. DEFINIES PRELIMINARES 2.1 Encarregado de Produo: Funcionrio da empreiteira com experincia comprovada em T. S. A.C., que ser o responsvel pela operao da (s) campnulas (s), bem corno dos demais servios que envolvem o T.S.A.C., como canteiro,compressores e etc. 2.2 Supervisor de Segurana do Trabalho: o funcionrio da empreiteira, devidamente habilitado e registrado no Ministrio do Trabalho, atravs do DNSHT, responsvel pelo comprimento por parte dos empregados de todas as medidas de segurana. 2.3 - Operador de campnula: o funcionrio responsvel direto pelo controle do pessoal, que trabalha sob ar comprimido, devendo preencher a Ficha Individual Diria de Controle. Trabalha sob superviso direta do Encarregado de Produo e do Supervisor de Segurana do Trabalho. 2.4 - Auxiliar de Campnula ("Cachimbeiro"): o funcionrio responsvel pela entrada e retirada de materiais, bem como do espargimento de gua sobre a campnula, sob orientao do operador de campnula. 2.5 Crach: a identidade funcional do operrio, na qual dever constar, alm dos dados habituais, que o funcionrio est habilitado a trabalhos sob ar comprimido. Dever constar na mesma a data da expedio com assinatura do mdico responsvel, bem como a data do vencimento. 2.6 Placa de Identidade: uma placa de alumnio, que dever estar permanentemente junto ao corpo (pendurada no pescoo do operrio), para caso de indisposio fora da obra, indicar a terceiros que o portador trabalha sob ar comprimido e onde deve ser medicado (Anexo1). 2.7 Campnula de Servios: a campnula diretamente acoplada ao fuste do tubulo. 2.8 Campnula de Segurana: uma campnula acoplada a de servio, que servir

exclusivamente para a compresso e descompresso de pessoas. obrigatrio seu uso sempre que o trabalho exigir presses superiores a 0,8 kg/cm2 (12 psi). 2.9 Cmara de Trabalho: o local de trabalho compreendido pelo interior da campnula de servio e do tubulo propriamente dito. 2.10 Perodo de T.S.A.C.: o intervalo de tempo compreendido entre o incio da compresso; nos casos de exposies repetidas ser a soma destes perodos.

3. GENERALIDADES 3.1 O Construtor avisar por escrito Fiscalizao relativamente a toda operao importante para a execuo da obra. O aviso dever ser dado com antecedncia suficiente para que a Fiscalizao possa tomar todas as providncias que julgar necessrias para a inspeo. 3.2 Todo trabalho sob ar comprimido (T.S.A.C.) ser executado de acordo com as prescries dadas a seguir, e qualquer modificao dever ser aprovada pela Engenharia de Segurana da Obra. A presso de ar no tubulo ser de responsabilidade do Construtor, mas dever ser aprovada pela Engenharia de Segurana previamente. 3.3 O Construtor dever assegurar a presena permanente, no local, de elemento com prtica comprovada para a conduo desses trabalhos, enquanto houver pessoas trabalhando sob ar comprimido (Encarregado de Produo) . 3.4 Ao empregar qualquer pessoa para T.S.A.C., o Construtor dever fornecer-lhe instrues, sob os riscos inerentes s atividades, bem como quanto s precaues a serem seguidas nesse tipo de trabalho (Portaria 3214 de 08-06-1978, do Ministrio do Trabalho). 3.5 Ningum poder ser empregado para T.S.A.C., se no tiver experincia anterior de trabalho comprovada e evidenciada nesse tipo de trabalho, a menos que fique sob controle de um supervisor de Segurana, e suas primeiras compresses no podero ser feitas se no for acompanhado na campnula pelo Supervisor de Segurana, para instru-lo quanto ao comportamento adequado. 3.6 Todo funcionrio que trabalhe em ar comprimido dever receber do Construtor uma placa de identidade, conforme (ANEXO 1), para ser usada permanentemente junto ao corpo. Essa placa, destinada orientaes de terceiros no caso de o portador ser acometido de indisposio fora da obra, dever indicar que este trabalha em ar comprimido, e dar informaes atualizadas da localizao da eclusa mdica mais prxima ao local de trabalho. 3.7 No permitido em T.S.A.C. fumar, nem ingerir bebidas gasosas, nem alcolicas. 3.8 Todo operrio trabalhando em T.S.A.C. dever estar provido dos equipamentos de segurana usuais (Capacete, botas, luvas, etc.). No caso de trabalhar no tubulo (fuste ou base), dever usar cinto de segurana tipo paraquedas preso a uma corda para seu iamento em caso de acidente. 3.9 Ser obrigatria a apresentao de curriculum (experincia comprovada); a ser submetido Fiscalizao de segurana do Trabalho, dos seguintes elementos : Encarregado de Produo; Tcnico de Segurana do Trabalho; Enfermeiro (vide 7.2.1.); Mdico (vide 7.2.1.);

Engenheiro de Campo.

4. INSTALAO DE CANTEIRO 4.1 Quanto a escritrios, sanitrios, vestirios e ambulatrios devero ser seguidas as especificaes de servios exigidas pelo Ministrio do Trabalho. 4.2 - As instalaes para trabalhos sob ar comprimido (T.S.A.C.) devero obedecer as seguintes especificaes : 4.2.1 Isolamento das reas de trabalho, compressores, filtros e demais instalaes por tapumes fixos ou mveis; devidamente sinalizados. 4.2.2 Proteo e isolamento adequado (com valas ou dutos) de todas as tubulaes e fiaes. 4.2.3 Devero se utilizados, pulmes de acumulao de ar, gerador de emergncia, filtros de carvo ativado para reteno de gases txicos e filtros para reteno de partculas lquidas (guas, leos, etc.), resfriadores de ar, (ANEXO 3), painis de controle: vazo, temperatura e presso de ar e compressor de reserva. No anexo 2 esquema de instalao genrica de T.S.A.C. e no anexo 3 de resfriador de ar. 4.2.3.1 No caso de serem usados compressores a leo a sada dos gases do escapamento dever ficar no mnimo a 3,00 m acima das respectivas tomadas de ar. 4.2.4 Implantar um sistema de comunicao, atravs de telefonia, rdio-telefonia, celular ou similar, previamente aprovado e testada a eficincia pela Engenharia de Segurana da Obra, entre : Painel de controle, campnula de servio e campnula de segurana; Painel de controle e ambulatrio. 4.2.5 obrigatrio que o ambulatrio possua telefone direto com a rede pblica. 4.2.6 Montar uma plataforma lateral elevada e uma escada de acesso adequada tipo marinheiro para operaes de sistema, servindo para entrada e sada de pessoal. 4.2.7 A(s) campnulas(s) dever(o) ter um visor junto ao painel de controle para observao dos ocupantes. 4.2.8 Painel de controle dever conter: a) Instrumentos de controle de presso. a.1) Compostos de 2 manmetros para cada ambiente pressurizados: campnula de segurana e de servio. a.2) Vlvulas de controles manuais das presses para cada ambiente. a.3) Equipamento de controle automtico da presso no tubulo, com a chave seletora de presso. a.4) Chave conversora dos controles manual e automtico para o tubulo. a.5) Vlvula para controle de presso, para cada ambiente pressurizado. b) Instrumentos de controle de tempo. b.1) Relgio para cada campnula. b.2) Cronmetro para cada campnula. c) Instrumentos para comunicao.

c.1) Ver item 4.2.4. da Norma c.2) telefone para comunicao com a central de ar comprimido, superviso e ambulatrio. d) Instrumentos para controle e renovao do ar. d.1) Vlvulas para controle de renovao do ar. d.2) Medidor de vazo. e) Ver item 4.2.9 f) Ver item 4.2.16 4.2.9 Instalao de um sistema de alarme sonoro e vlvula automtica de segurana em caso da presso atingir o limite de segurana (2,5 kg/cm2). 4.2.10 As campnulas devero ser pintadas com tinta refletiva, e dever ser previsto um espargimento de gua sobre as mesmas, e tambm sobre o pulmo de acumulao de ar. 4.2.11 As instalaes para equipamentos eltricos utilizados no tubulo devero operar com voltagem no superior a 110 volts e convenientemente aterrados e protegidos contra curtocircuitos ou golpes mecnicos. 4.2.12 A iluminao interna ser feita em 12 volts com lmpadas protegidas contra exploses, atravs de dois circuitos independentes, sendo um de reserva, alimentado por bateria ou gerador de reserva. 4.2.13 Os cabos de ao de suspenso devero ser dimensionados adequadamente no devendo ter emendas e sero substitudos quando apresentarem, em um trecho de 0,50 m de comprimento, mais de 10% de fios partidos. 4.2.14 Os cabos de suspenso devero ter comprimento suficiente para que haja, em qualquer posio de trabalho, um mnimo de 4 voltas enroladas no tambor do guincho. 4.2.15 As roldanas utilizadas devero ter dispositivos que impea o escape do cabo. 4.2.16 Cada campnula ter seus sistemas prprios de controle de segurana e de operao independentes. Os dispositivos de controle e operao devero ser dispostos externamente, de modo que s possam ser acionados pelo operador da campnula. Tais dispositivos devero existir internamente, porm sero utilizados somente em emergncias e normalmente conservados selados ou protegidos, de maneira a dificultar o seu uso inoportuno. 4.2.17 Os trabalhos somente podero ser iniciados aps a aprovao, pela Engenharia de Segurana pela fiscalizao, da anlise do projeto e dimensionamento das instalaes, equipes, turnos de trabalho e equipamentos para T.S.A.C. 5. OPERAO 5.1 Instalao e Montagem da Campnula 5.1.1 Estanqueidade das juntas: O Construtor dever assegurar a estanqueidade das juntas. A critrio da fiscalizao sero executados testes com espuma para a respectiva verificao. 5.1.2 Estabilidade estrutural: As campnulas e suas juntas devero estar dimensionadas de sorte a garantir sua estabilidade. 5.1.3 Aferio dos instrumentos de medida: Medidores de presso devem ser testados diariamente com uso de peso aferidor ou presena ou outro qualquer mtodo aprovado pela Engenharia de Segurana e em presena da mesma. Para todos os instrumentos de medida a serem usados nestes servios obrigatria a aferio peridica por rgo oficial INPM Instituto Nacional de Pesos e Medidas, com emisso do respectivo laudo com prazo de

validade a ser definido pela Fiscalizao. 5.2 Escavao sob ar comprimido 5.2.1 O trabalho sob ar comprimido (T.S.A.C.) far-se sob a superviso de um encarregado de produo , que prescrever ao operador de campnula o modus operandi da mesma, quanto a : Controle de presso; Tabelas de compresso e descompresso; Temperatura; Renovao do ar; Apontamento de horas/homem trabalhadas. 5.2.2 O auxiliar de campnula (cachimbeiro) cuidar da retirada e entrada de materiais, bem como do espargimento de gua sobre a campnula, sob orientao do operador de campnula. 5.2.3 Operao das campnulas (ANEXOS 4, 5 e 6) Procedimentos I- Para operao normal aps pressurizao a) Manter sempre fechada a porta 02 b) Manter sempre aberta a porta 01 II- Para operao de troca de turno a) Entrada de pessoal pela porta 01 b) Fechar a porta 01 c) Igualar presses das campnulas 01 e 02 d) Abrir a porta 02 e) Pessoal da campnula 02 passa para 01 e vice-versa f) Fechar a porta 02 g) Descomprimir na campnula 01 o pessoal que estava na 02 h) Abrir a porta 01 e mantendo fechada a porta 02 III- Em caso de acidentes na cmara de trabalho III.1 - Campnula simples (material e pessoal) III.1.1 Fase de compresso: estabilizar a presso, chamar o enfermeiro, descomprimir se necessrio (deciso do enfermeiro), conforme tabela prpria. III.1.2 durante a operao a)Acidente na campnula: chamar o enfermeiro. Este ou o mdico dever decidir a necessidade ou no de descompresso. Nos casos de pequenas e mdia gravidade, o tempo de descompresso ser de 3 minutos. Nos casos de mxima gravidade, a deciso quanto ao tempo de descompresso caber ao mdico. Em todos os casos , o trabalhador do fuste dever subir campnula e ser descomprimido junto ao acidentado. b)Acidente no fuste e base: chamar o enfermeiro. Nos casos de pequena e mdia gravidade de ver ser feito iamento do

acidentado para a campnula e a descompresso ser feita em 3 minutos. Nos casos de mxima gravidade o mdico decidir quanto a forma de iamento e ao tempo de descompresso. III.1.3 fase de descompresso: chamar o enfermeiro. Nos casos de pequena e mdia gravidade a descompresso dever ser prosseguida. Nos de mxima gravidade o procedimento a adotar ser de responsabilidade do mdico. III.2 - Campnulas Acopladas

III.2.1 Campnula de segurana vazia: o enfermeiro dever ser chamado, entrar no tubulo pela campnula de segurana e ser comprimido at que a presso nas duas campnulas sejam igualadas. Dever ento passar para a Campnula de servio e atender o funcionrio acidentado. Quando houver necessidade de remoo, o trabalhador acidentado dever ser levado para a campnula de segurana e descomprimido conforme a gravidade das leses e segundo deciso mdica. Se o acidente ocorrer no fuste com base a vtima dever ser iada pelo enfermeiro com auxlio da maca de salvamento. III.2.2 Campnula de segurana ocupada a) Fase de compresso: chamar o enfermeiro. Terminar a compresso at igualar as presses nas duas campnulas.Os trabalhadores devero passar para a campnula de servio.A campnula de segurana dever der descomprimida e ento procede-se como no item III.2.1 b) Fase de descompresso:

b.1)Se faltarem 5 minutos ou menos para terminar a descompresso,esta dever ser prosseguida ; ao trmino desta procede-se como o item III.2.1 b.2) Se faltarem mais de 5 minutos para o final da descompresso,dever haver a recompresso da turma , que ento passar para a campnula de servio.A campnula de segurana dever ser descomprimida e ento procede-se como no item III.2.1 Nota Importante: Os procedimentos do item III podero ser modificados a critrio e responsabilidade exclusiva do mdico.

5.2.4 Quanto escavao da base , devero ser tomados cuidados especiais, tais como: Escoramentos localizados; Revestimentos com calda de cimento ou pintura; Escoramento da ponta do fuste (faca). 5.3 Armao,concretagem e escoramento da base 5.3.1- Todos os materiais devero der descidos amarrados adequadamente,e por intermdio de guincho interno da campnula 5.4 Remoo das campnulas :Ser feita a remoo das campnulas,utilizando equipamentos e mtodos adequados sob superviso do encarregado de produo. 6 Diversos 6.1 As campnulas de segurana sero utilizadas exclusivamente para compresso e descompresso de pessoas e no para passagem de equipamentos ou materiais,devendo ser mantidas limpas. 6.2 Em cada campnula , e em qualquer outro lugar indicado pela fiscalizao, dever ser afixado um aviso ,em posio bem visvel, indicando as precaues que devero ser obedecidas pelos trabalhadores durante sua compresso ou descompresso e depois desta. 6.3 Enquanto houver qualquer pessoa no interior da campnula dever haver um encarregado responsvel e competente encarregado de produo que coordenar as manobras de compresso dessa campnula. 6.4 Durante todo o tempo em que houver pessoas em T.S.A.C. dever estar presente no local , representando o construtor o supervisor de segurana do trabalho, familiarizando com este tipo de trabalho e investido de autoridade para exigir o cumprimento, por parte dos empregados de todas as medidas de segurana preconizadas pela presente norma. 6.5 O operador de campnula ficar de posse dos crachas dos operrios, enquanto eles estiverem sob ar comprimido e dever preencher a ficha Individual Diria de Controle duas vias conforme modelo (anexo 7). No caso do operrio mudar de tubulo no mesmo dia, sua ficha individual diria de controle dever ser entregue ao operador de campnula do outro tubulo. No final da jornada a 2 via da referida ficha ser entregue fiscalizao do metr.

6.6- Quando uma pessoa tiver de se submeter ao ar comprimido por mais de uma vez na mesma jornada de trabalho, sem que tenha permanecido ao ar livre pelo menos 12 horas, o supervisor de segurana de trabalho ser responsvel pelo estabelecimento dos procedimentos de descompresso aplicveis a exposies repetitivas, conforme as tabelas prprias. 6.7 Enquanto qualquer pessoa estiver no tubulo sob ar comprimido, a tampa entre o tubulo e a campnula de servio dever permanecer aberta. 6.8 S sero permitidos trabalhos em T.S.A.C. com um mnimo de dois operrios, por tubulo, permanecendo um deles, obrigatoriamente na campnula de servio. 6.9 O ar injetado no tubulo dever ser filtrado e resfriado e sua renovao dever ser contnua na base da escavao a razo de 50 m3 por hora por homem, no mnimo. 6.10 Ningum poder trabalhar ou permanecer em qualquer parte do tubulo ou campnulas sob presso, onde a temperatura de bulbo mido exceda 27c. Um termmetro de bulbo mido em perfeitas condies de uso, dever ser mantido em cada campnula em local visvel pelo operador da campnula. 6.11 O ar no interior da cmara de trabalho deve ser analisado pelo menos diarimente, com relao presena de gases txicos, e os resultados serem anotados na Ficha Individual Diria de Controle. 6.11.1 Verificada a presena de gases txicos em concentraes superiores aos limites da tabela prpria(anexo 8), o trabalho dever ser interrompido e o pessoal retirado conforme regras de descompresso. 6.12- Nas campnulas de servio dever existir uma caixa de primeiros socorros contendo materiais para pequenos curativos. 6.13 Nos tubules devero existir baldes e sacos plsticos de 10 litros para deposies dos objetos.Logo aps a utilizao dos mesmos, os sacos devero ser fechados e colocados fora do tubulo pelo cachimbo. 7- Medicina 7.1-Consideraes Gerais 7.1.1- Em cada canteiro dever haver um ambulatrio que ser dimensionado de acordo com o artigo 2 do Decreto Federal n9.974, de 06.02.70,ttulo VIII,artigos 104 a 132 , no que se refere as normas de promoo e recuperao da sade no campo de competncia da secretria do Estado da Sade. 7.1.2 Em cada canteiro dever haver pelo menos uma caixa de primeiros socorros,porttil,sempre completa e macas :uma para salvamento (tipo camila),com dimenses tais que possa ser manejada no interior dos tubules e campnulas, e uma para transporte,colocadas em local sempre acessvel. 7.1.3 A caixa de primeiros socorros dever conter ,no mnimo ,medicamentos para emergncias e materiais para curativos. 7.1.4 Nos casos em que se fizer necessria a remoo de doentes ou acidentados do canteiro, caber ao construtor faz-la com urgncia que o caso exigir,utilizando os meios adequados,por sua conta e risco. 7.2 Superviso Mdica 7.2.1- O construtor obriga-se a manter no canteiro ,as suas expensas e durante todo o tempo de T.S.A.C , mdico e enfermeiro habilitado,cuja indicao ser referendada a priori pela C.M.S.P.,dever obrigatoriamente ser aprovada no exame pr-admissional, constando de Exame Clnico Geral, Cardiolgico, Otorrinolaringolgico,Neurolgico completos, Hemograma, Parasitolgico de fezes,Reao Sorolgica para sfilis,Ma-chado Guerreiro,RX do trax,RX do seios maxilares e frontal,RX das articulaes escapulo-umerais e coxo-

femurais,mais prova de eclusa.No sero admitidos indivduos menores de 18 anos e maiores de 45 anos e no podem ser obesos. 7.2.3- Toda pessoa que trabalhar em ar comprimido dever ter uma ficha mdica,na qual o mdico habilitado dever registrar os pormenores relativos aos atestados previstos nesta especificao.A ficha ser conservada pelo construtor no canteiro e a disposio da fiscalizao. 7.2.4- Quando estiver em andamento trabalho sob ar comprimido,todos os principais hospitais da grande S.Paulo devero ser notificados pelo construtor,dando-se-lhes a localizao do trabalho e o nome e endereo do mdico designado para o atendimento do pessoal.O mdico habilitado dever acertar previamente com os hospitais o procedimento a ser seguido em caso de doena , que se manifeste aps a sada do trabalho,para que a pessoa afetada possa ser imediatamente enviada ecluso mdica a ser indicada pela Cia do Metr. 7.2.5- Ningum poder ser empregado em T.S.A.C. antes de ter sido examinado pelo mdico, devendo este atestar , na ficha mdica do funcionrio que o mesmo est apto para esse trabalho. 7.2.6- O atestado de aptido ter validade por seis meses a contar da data de sua expedio , conforme preceitua a legislao vigente.Em caso de ausncia do trabalho por 10(dez) dias ou mais ,ou por doena,o funcionrio dever ser aprovado em exame clnico de reviso. 7.2.7- O candidato considerado inapto para o T.S.A.C. no poder ser empregado para esta funo enquanto o atestado anterior no for anulado ou modificado. 7.2.8- Antes do incio de cada jornada de trabalho no T.S.A.C. todos sero submetidos a uma inspeo pelo enfermeiro habilitado. 7.2.9- Se uma pessoa indicada para T.S.A.C. estiver padecendo de indisposies que a levem a suspeitar ser-lhe inconveniente esse tipo de trabalho, dever informar o encarregado dos trabalhos e o mdico habilitado.Essa pessoa no poder trabalhar em ar comprimido, enquanto no for examinada pelo mdico , devendo ento este,atestar na respectiva ficha mdica se essa pessoa pode ou no voltar ao trabalho em ar comprimido. 7.2.10- Aps examinar ou reexaminar qualquer pessoa que tenha trabalho ou v trabalhar em ar comprimido, o mdico poder modificar ou revogar qualquer atestado,em vigor quanto s condies de trabalho dessa pessoa, devendo registrar tais alteraes na respectiva ficha mdica.Se a alterao consistir na revogao da autorizao para T.S.A.C. , essa pessoa no poder voltar a esse tipo de trabalho enquanto no for novamente autorizado pelo mdico , que dever registrar essa autorizao na respectiva ficha mdica. 7.2.11- O construtor apresentar mensalmente fiscalizao, um lista de todo os empregados examinados pelo mdico ,(exame de aptido para T.S.A.C .).Nessa lista devero ser includos os engenheiros,e outros tcnicos do construtor e da prpria fiscalizao.Somente pessoas cujos nomes constem dessa lista , ou que tenham autorizao especfica do departamento mdico podero ser admitidos nas campnulas. Alm diso o construtor dever apresentar mensalmente uma relao de tratamento por recompresses realizadas na eclusa mdica,indicando diagnstico e tabela empregada,juntamente com a relao de todo pessoal que foi submetido recompresso. 8- Regras para a Compresso 8.1- No primeiro minuto aps o incio da compresso, a presso no poder ser maior que 0,3 kg/cm2 (4 psi) 8.2- A presso ser mantida a 0,3 kg/cm2 (4 psi),durante 1(um) minuto,para verificar se

algum trabalhador est se sentindo mal. 8.3- Aps o estgio anterior a presso dever ser elevada uniformemente a uma velocidade no superior a 0,7 kg/cm2 , por minuto (10 psi/min). 8.4- Se a pressode trabalho for maior do que 0,5 kg/cm2 (7 psi),a compresso ser a estacionada durante 1 (um) minuto,para verificar se algum trabalhador est se sentindo mal. 8.5- Se algum sentir mal-estar durante a compresso, dever avisar imediatamente o operador da campnula,o qual estacionar a presso at que o mal-estar ceda ; se aps cinco minutos tais sintomas no desaparecerem , o operador da campnula reduzir gradualmente a presso at que a pessoa avise , que seu mal-estar passou.Se o mesmo persistir , a presso dever ser reduzida at atmosfrica e a pessoa ser retirada da campnula e encaminhada ao ambulatrio mdico. 9- Regras para a Descompresso 9.1- Na descompresso de trabalhadores expostos a presso de 0,0 a 3,4 kg/cm2 durante um turno de trabalho num perodo de 24 horas, sero obedecidas as tabelas constantes da norma regulamentadora n15 - anexo 6 da portaria n3214 do Ministrio do Trabalho, de acordo com as seguintes regras: a)Sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na mesma campnula e seus perodos de trabalho ou presso de trabalho no forem coincidentes,a descompresso processar-se- de acordo com o maior perodo ou maior presso de trabalho experimentada pelos trabalhadores envolvidos. b)A presso ser reduzida a uma velocidade no superior a 0,4 kg/cm2 por minuto at o primeiro estgio de descompresso,de acordo com a tabela ; mantida a campnula naquela presso pelo tempo indicado em minutos, e depois diminuda a presso mesma velocidade anterior at o prximo estgio e assim por diante ,para cada cinco minutos de parada a campnula dever ser ventilada razo de um minuto. 9.2- Entre dois perodos de trabalho , dever haver um tempo de repouso ao ar livre de no mnimo 12 (doze) horas consecutivas no sendo permitido ,salvo em condies especiais e sob responsabilidade do mdico responsvel, o trabalho sob ar comprimido em dois ou mais turnos num perodo de 24 horas. 10- Para o tratamento de caso de doena descompressiva ou embolia traumtica pelo ar , devero ser empregadas as tabelas de tratamento de VAN DER AUFER e as de WOPKMAN E GOODMAN , constantes da norma regulamentadora n 15 anexo 6 da portaria n 3214/78 do ministrio do trabalho.

2.0 ESTACAS ESCAVADAS E BARRETES Estaca escavada, tambm chamada de estaco, aquela com seo circular, executada por escavao mecnica com equipamento rotativo, utilizando lama bentontica e concretada com uso de tremonha. A estaca barrete possui seo retangular, executada por escavao com guindaste acoplado com "clamshell", tambm utilizando lama bentontica e concretada com uso de tremonha. Segundo a FUNDESP (1987), a lama bentontica constituda de gua e bentonita, sendo esta ltima uma rocha vulcnica, onde o mineral predominante a montimorilonita. No Brasil, existem jazidas de bentonita no Nordeste (Bahia e Rio Grande do Norte). Trata-se de um material tixotrpico que em disperso muda seu estado fsico por efeito da agitao (em repouso gelatinosa com ao anti-infiltrante; agitada fluidifica-se). Seu efeito estabilizante eficaz quando a presso hidrosttica da lama no interior da escavao superior exercida externamente pelo lenol e a granulometria do terreno tal que possa impedir a disperso da lama. A coluna de lama exerce sobre as paredes da vala uma presso que impede o desmoronamento, formando uma pelcula impermevel denominada"cake", a qual dispensa o uso derevestimentos. A lama bentontica preparada em uma instalao especial denominada central de lama, onde se faz a mistura da bentonita (transportada em p, normalmente embalada em sacos de 50 kg) com gua pura, em misturadores de alta turbulncia, com uma concentrao variando de 25 a 70 kg de bentonita por metro cbico de gua, em funo da viscosidade e da densidade que se pretende obter. Na central h um laboratrio para controle de qualidade (parmetros exigidos pela Norma Brasileira de Projeto e Execuo de Fundaes NBR 6122). De acordo com a FUNDESP (1987), os processos de execuo usuais das estacas escavadas e dos barretes podem ser divididos nas seguintes operaes bsicas: escavao do terreno com preenchimento da perfurao com lama bentontica, colocao da armadura (quando necessria)e concretagem submersa. Para estaca escavada, o equipamento de escavao consta essencialmente de uma mesa rotativaque aciona uma haste telescpica ("kelly-bar") que tem acoplada em sua extremidade inferior a ferramenta de perfurao, cujo tipo varia em funo da natureza do terreno a perfurar: trado, caamba ou coroa medida que penetra no solo por rotao, a ferramenta se enche gradualmente e, quando cheia, a haste levantada e a ferramenta automaticamente esvaziada por fora centrfuga (trado) ou por abertura do fundo (caamba). A mesa rotativa ou perfuratriz, normalmente instalada em um guindaste de esteiras, acionada por um motor diesel e transmite, por meio de um redutor, o movimento rotatrio haste telescpica. A mesa tambm dotada de uma central hidrulica que comanda o"pull down"da haste telescpica para dar maior penetrao ferramenta de perfurao. As manobras da mesa so controladas pelo operador do guindaste que aciona um cabo de ao para descida e subida da haste telescpica. Como geralmente existe possibilidade de desmoronamento das paredes da vala e a escavao atinge horizontes abaixo do lenol fretico, a perfurao executada em presena de lama bentontica . Terminada a perfurao inicia-se a colocao da armadura, com guindaste auxiliar ou com o prprio guindaste utilizado na abertura da escavao. A armadura deve ser

dotada de roletes distanciadores para garantir o necessrio cobrimento (aproximadamente 5 cm). O sistema de concretagem o submerso aquele executado de baixo para cima de modo uniforme. Tal processo consiste na aplicao de concreto por gravidade atravs de um tubo ("tremie"), central ao furo, munido de uma tremonha de alimentao (funil) cuja extremidade, durante a concretagem, deve estar convenientemente imersa no concreto. A fim de evitar que a lama se misture com o concreto lanado, coloca-se um obturador no interior do tubo, que funcionando como mbolo, expulsa a lama pelo peso prprio da coluna de concreto. Prossegue-se a concretagem em um fluxo constante e regular de baixo para cima (no possvel interromper a concretagem uma vez iniciada). No caso da estaca barrete, geralmente utiliza-se um equipamento de escavao denominado "clamshell" mecnico (Figura 3.19) ou hidrulico, com descida livre (cabo) ou com haste de guia ("kelly") que permite uma melhor condio de verticalidade da estaca. As demais tcnicas ex ecutivas (uso de lama bentontica, colocao da armadura e concretagem submersa) so substancialmente idnticas s das estacas escavadas. As estacas escavadas e barretes possuem as seguintes caractersticas vantajosas: rpida execuo; capacidade de suportar cargas elevadas; o solo fica livre de deformaes, inclusive nas vizinhanas da obra, visto que no h vibrao; no capaz de afetar estruturas vizinhas; o comprimento das estacas grande e pode ser muito varivel (at 45 m, com cargas at 10.000 kN usualmente), alm de prontamente alterado conforme convenincia, de furo para furo do terreno; o solo, medida que se escava, pode ser inspecionado e comparado com dados de investigao do local, fazendo um feedback (realimentao) para o projeto de fundaes; a armadura no depende do transporte ou das condies de cravao; importante quando h solo de grande dureza, que seria capaz de danificar estacas que fossem cravadas ou quando o volume de trabalho menor e no compensa montagem de aparelhagem mais complexa (bate-estaca). Para o barrete, pode-se acrescentar vantagens que sua seo no circular (escavada com"clamshell") pode representar no"layout"do edifcio. Os pilares que saem do barrete podem ser alargados em uma direo, se encaixando melhor nos pavimentos de garagem, quando o espao restrito. Por outro lado, as estacas escavadas e barretes possuem as seguintes desvantagens: os mtodos de escavao podem afofar solos arenosos ou pedregulhos, ou transformar rochas moles em lama, como o calcrio mole ou marga; necessidade de local nas proximidades para deposio de solo escavado;

susceptveis a estrangulamento da seo em caso de solos compressveis; dificuldade na concretagem submersa, pois h impossibilidade de verificar e inspecionar posteriormente o concreto; falta de confiana que oferece o concreto fabricado in situ (quando for o caso); depois de pronta a estaca, nunca se sabe como os materiais nela se encontram; entrada de gua pode causar danos ao concreto, caso no tenha ainda ocorrido a pega; a gua subterrnea pode lavar o concreto ou pode reduzir a capacidade de carga da estaca por alterao do solo circundante; quando a estaca fica abaixo do lenol fretico e a vedao inferior da estaca depender apenas do concreto, este deve ser compacto e impermevel (concretos com baixa relao gua/cimento); tambm deve-se tomar cuidado com possveis ataques de agentes qumicos da gua e do solo sobre o concreto. CONTROLE DE EXECUO: locao do centro da estaca; profundidade de escavao; velocidade de concretagem e asceno da tremonha; colocao da armadura.

3.0 LAMA BENTONTICA ORIGEM O nome bentonita foi designado de Fort Benton no Wyomig, onde foi encontrada uma grande quantidade de jazidas desse material argiloso pertencente ao grupo das chamadas montmorilonitas. Este material so depsitos formados pela alterao de cinzas vulcnicas e tiveram larga aplicao na perfurao de poos petrolferos e hoje so utilizados na construo civil como estabilizador de escavaes devido a suas propriedades. TIXOTROPIA A tixotropia a propriedade apresentada por uma suspenso de argila que em repouso comporta-se como um gel e quando agitada como um fludo, segundo estudos de GODOY (1985). Como ilustra a figura 1 a partculas de bentonita tem forma lamelar e ao serem misturadas com gua as molculas se afastam e so recobertas por molculas de gua, assim tornando-se um fludo, quando a mistura fica em repouso as partculas se re-orientam, procurando uma estrutura mais estvel com o passar do tempo a resistncia da mistura aumenta e assume a consistncia de um gel, que ao ser agitada volta a assumir a fluidez como aponta estudos de GODOY (1985) e NIMIR (197-?).

Figura 1: Hidratao da bentonita: a) partcula de bentonita, b) bentonita hidratada, c) estrutura castelo de cartas e d) estrutura rompida por agitao. (ANSON, 1999).

CONTROLE EXECUTIVO DA LAMA BENTONTICA O controle da qualidade da lama em campo feito pelos ensaios de massa especfica (densidade), viscosidade, ph e teor de areia. Segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) NBR: 6122, 2010 estabelece que a mistura de lama com gua limpa, em misturador de alta turbulncia, com uma concentrao varivel em funo de viscosidade e densidade que se pretende obter. A lama depois de misturada deve ficar em repouso por 12h e possuir as caractersticas abaixo: Tabela 1: caractersticas da lama bentontica, ABNT NBR:6122, 2010. .

Para as amostragens dos ensaios a ABEF (2004) recomenda seguir os critrios da tabela abaixo:

Tabela 2: ensaios de lama (ABEF, 2004)

- Massa especfica (densidade): Durante a escavao a massa especfica da lama dever ser medido para verificao das caractersticas exigidas pela (ABNT) NBR:6122, 2010. Esse valor pode chegar at 1350

kg/m, pois a lama mistura com o material escavado e fica mais pesada, assim dificultando o deslocamento do concreto na lamela. Para realizar o ensaio utiliza-se a balana baroid, ver figura 2. Os procedimentos para o ensaio simples, encher o recipiente com lama a seguir tampar e limpar o excesso da lama com um pano. Deslocar o nvel ao longo da rgua at obter o equilbrio. O peso especfico lido diretamente na rgua.

Figura 2: balana baroid ( ABEF, 2004)

- Teor de areia: Quando a lama apresenta uma grande quantidade de areia em suspenso influencia na massa especfica, viscosidade e a formao do cake, tornando mais espessura, permevel, menos resistente, assim podendo ocorrer um desbarrancamento. Alm de aumentar a sedimentao de areia no fundo da escavao, prejudicando a limpeza antes da concretagem. Antes da concretagem o empreiteiro de bentonita dever assegurar a inexistncia no fundo da escavao de uma suspenso de bentonita contaminada, o que poderia interferir no fluxo de concreto segundo estudos de GODOY (1985). As recomendaes da ABEF (2004), na fase de escavao a porcentagem de areia poder atingir valores elevados de 20% a 30%, mas a concretagem dever ser feita com lama nova segundo caractersticas da tabela 1. Os procedimentos para realizao do ensaio segundo ABEF (2004) so: a) colocar numa proveta 100 cm de lama, completando-se com 300 cm de gua; agitar fortemente a mistura, despejando-a num recipiente acoplado com uma peneira n 200 (malha de 0,075 mm);

b) inverter o recipiente, depositando a areia e gua na proveta; c) esperar a sedimentao e ler na escala graduada da proveta o teor de areia contido na mistura em volume. gua

lama20 %

10 %

Escala de % de areia Proveta Baroid

Figura 3: proveta baroid (GODOY, 1985)

- Viscosidade: A viscosidade a propriedade responsvel pelo bom desempenho da lama, se opondo a sedimentao de partculas e garantido a formao do cake. Segundo a NBR 6122/2010 estabelece uma faixa de viscosidade Marsh de 30 a 90 segundos (tabela 1). A ttulo indicativo os estudos de GODOY (1985), aponta a viscosidade Marsh da gua em torno de 26 segundos enquanto uma boa lama nova certa de 33 segundos. Os procedimentos para realizao do ensaio segundo ABEF (2004) so: a) passar a lama bentonita por uma peneira de malha 1,5 mm; b) medir o tempo, em segundos, necessrio para o escoamento (percolao) de 946 cm de lama. c) Para calibrao do equipamento ilustrado na figura 4 deve-se fazer o ensaio com gua e obter uma faixa de viscosidade de 26 segundos, mais o menos 0,5 a 22 C.

Figura 4: viscosimetro Marsh (ABEF, 2004)

- pH (acidez): A faixa aceitvel pela ABNT varia entre 7 a 11 como consta na tabela 1, um incide de contaminao da lama pelo cimento o que pode gerar cakes mais espessos e permeveis, o que pode gerar srios problemas na escavao e concretagem. A variao do pH aumenta o fenmeno de floculao, assim evidencia o aparecimento de pequenos conglomerados que se precipitam, separando a bentonita da gua como aponta estudos de GODOY (2004). O ensaio simples o pH medido utilizando papis indicadores de pH e escala de cores como mostra figura 5, primeiro mergulha o papel na lama e com a escala de cores classifica qual o ndice de pH da lama.

Figura 5: escala de pH (PH, 2011)

SEQUENCIA EXECUTIVA a) b) c) d) A seqncia executiva ilustrada na figura 6 consiste em quatro fases distintas: mureta guia; escavao do painel; colocao da armao; concretagem.

Figura 6: sequencia executiva parede diafragma (DIAFRAGMA,

2011) As muretas guia so paredes de concreto armado implantadas no contorno da obra onde ser escavada a estaca barrete ou parede diafragma, so espaadas a uma distncia idntica a espessura da parede, tendo duas funes primeiramente manter estvel a parte superior dos painis alm de servir como guia para o equipamento de escavao. Segundo estudos de EDUARDO (1999) as muretas tambm servem como um canal para conduo da suspenso bentontica durante a escavao.

Figura 7: mureta guia (FRANKI, 2011)

Escavao A escavao pode ser executada basicamente por dois tipos de equipamento segundo ANSON (1999). Os equipamentos que destroem o solo e a rocha em pequenos fragmentos, que so misturados com lama e transportados para fora da escavao atravs da circulao reversa. Sua estrutura simples so duas rodas de corte acionadas hidraulicamente, acima delas se localizam os sensores de verticalidade e a bomba de suco, sua maior vantagem a escavao continua do painel o que aumenta sua produtividade.

O sistema de circulao reversa provoca uma mistura entre o solo e a lama, portanto a recuperao da lama no processo requer mtodos sofisticados. Segundo ANSON (1999) esse tipo de equipamento limitado para uso em obras profundas e em terrenos difceis. A figura 9 mostra e explica o mecanismo da hidrofresa.

Figura 8: sistema mecnico da hidrofresa (COSTAFORTUNA, 2011)

O outro tipo de equipamento so os que cortam o solo e transportam para fora da escavao, como o caso dos clams shell ilustrado na figura 10. Segundo ANSON (1999) sem dvida esse equipamento o que melhor se adapta maioria dos servios de estacas barrete e os mais utilizados no mundo inteiro. O clam shell composto por duas garras com dentes na ponta o que facilita na escavao e desagregao do solo. O fechamento dos dentes segundo NIMIR (197-?) permite certa estanqueidade, caso contrrio todo o material escavado iria escorrer juntamente com a lama bentontica, mas devem conter furos posicionados com a finalidade de escoamento da lama sem levar o material escavado. Para evitar a rotao do equipamento e assim podendo gui-lo com facilidade fixado junto aos dentes do clamshell e ligado a mquina de levantamento a barra Kelly, que nada mais do que um perfil metlico quadrado ou tipo H com dimenses avantajadas, que contribui com seu peso para facilitar a escavao segundo estudos de NIMIR (197-?). Os clam shells que no so fixos ao sistema, chamados de livre, so menos susceptveis a desvios segundo estudo de SAES (1985), pois o movimento repetitivo de sobe e desce sob efeito da gravidade tem ao retificadora, portanto a verificao da verticalidade dos clam shells fixo devem ser mais rigorosos.

Figura 9: equipamento de escavao tipo clamshell NIMIR (197-?). O dimensionamento dos painis depende do tipo de terreno, estrutura e geometria da obra. Os equipamentos de escavao so capazes de executar lamelas com larguras variveis de 2,50 m ou 3,20 m e com espessura de 0,30 m a 1,2 m. Armao As armaduras so executadas no canteiro de obra de acordo com o projeto estrutural respeitando a dimenso do painel, as folgas necessrias e a disposio dos espaadores. So previstas na armao pontos especiais, ou seja, locais onde atravessaram ancoragem ou at mesmo onde a parede receber vigas da estrutura. Segundo EDUARDO (1999) trata-se de uma situao muito corrente uma vez que a tcnica de ancoragem utilizada com muita freqncia na parede diafragma.A gaiola de armao introduzida no painel com a ajuda de guindaste ou grua, introduzida verticalmente na escavao preenchida por lama. A bentonita deve ser desarenalogo aps colocao da gaiola, para evitar depsitos do material na superfcie da armadura o que comprometeria a aderncia com o concreto.

REFERNCIAS http://www.fundesp.com.br/port/pt_04_m2.htm http://pcc2435.pcc.usp.br/pdf/Apostila%20Funda%C3%A7%C3%B5es %20PCC2435%202003.pdf ftp://ftp.sp.gov.br/ftpder/normas/ET-DE-G00-008_A.pdf http://pcc2435.pcc.usp.br/textos%20t%C3%A9cnicos/Fundacoes/tubuloes_artigo.pdf https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/tubulao-a-ar-comprimido-executado-comcamisa-de-concreto-armado http://www.fundesp.com.br/2009/paredesdiafragma_barrete.html