Estado actual das pescas

15
Estado Actual das Pescas Instituto de Ciências Biomádicas Abel Salazar Licenciatura Ciências do Meio Aquático Ictiologia e Biologia Pesqueira Ana Catarina Reis Setembro 2009 e os “stocks” de Atum

Transcript of Estado actual das pescas

Page 1: Estado actual das pescas

Estado Actual das Pescas

Instituto de Ciências Biomádicas Abel SalazarLicenciatura Ciências do Meio Aquático

Ictiologia e Biologia PesqueiraAna Catarina Reis

Setembro 2009

e os “stocks” de Atum

Page 2: Estado actual das pescas

PescasQual a sua importância?

Pesca surge no

Paleolítico, há 40.000

anos

Aparece o anzol

primitivo – “gorge”

As técnicas evoluiram,

para melhor aproveitar os recursos

Page 3: Estado actual das pescas

Produção actual das Pescas92 milhões de toneladas foi o valor da produção das Pescas em 2006

Page 4: Estado actual das pescas

• 81,9 milhões de toneladas• Terceiro valor mais baixo desde 1994Capturas meio

marinho• Aumento significativo das capturas• Região asiática responsável por 2/3

destasCapturas águas

interiores

Produção mundial

Verifica-se um aumento nas capturas do Pacífico e Índico Oestes, e uma

diminuição das capturas no Oceano Atlântico.

No Índico Este, as capturas voltaram a crescer em 2006, depois dos efeitos

destrutivos do tsunami em Dezembro de 2004.

Capturas por oceano...

Page 5: Estado actual das pescas

Usos do PescadoCapturas totais

77% consumo humano

48,5% consumido

fresco ou vivo

51,5% sofrem algum tipo de

processamento

23% produção de farinhas e

óleos de peixe

Page 6: Estado actual das pescas

O papel da pesca artesanal

Maior eficiência económica.

Menos impactos ambientais.

Partilha da riqueza e benefícios sociais de forma descentralizada.

Forte contributo para a herança cultural, pelos seus conhecimentos os ecossistemas.

Os pescadores de pequena escala, normalmente, vivem em comunidades remotas e isoladas. Estas

regiões caracterizam-se por estar mal organizadas, sem representação política e, geralmente mais

expostas a desastres naturais.

Page 7: Estado actual das pescas

Os atunsReino: AnimaliaFilo: ChordataClasse: ActinopterygiiInfraclasse: TeleosteiSupra ordem: AcanthopterygiiOrdem: PerciformesFamília: Scombridae (constituída por 2 sub-famílias)

Sub-família: Scombrinae (constituída por 4 tribos)Tribo: Thunnini

Género: KatsuwonusGénero: Thunnus

O Pacífico reúne cerca de 67% das unidades populacionais de atuns, o Índico reúne apenas 21%

e, ao Atlântico restam uns meros 12%.

As redes de cerco são o método prefencial para a captura do atum (65%).

Page 8: Estado actual das pescas

BonitoKatsuwonus pelamis

Identificar e contabilizar as populacções de bonito é uma tarefa bastante complicada, sendo uma espécie com um ciclo de vida curto e uma elevada e variável produtividade, logo, torna-se difícil detectar o efeito

da pesca nos “stocks”.

Oceano Pacífico

“Stock” do Pacífico Oeste

“Stock” do Pacífico Este

Oceano Índico

“Stock” único no Índico

Oceano Atlântico

“Stock” do Atlântico Este

“Stock” do Atlântico Oeste

Page 9: Estado actual das pescas

AlbacoraThunnus albacares

Verifica-se um aumento na captura de espécimens de pequenas dimensões. Este

fenómeno pode ocorrer devido ao crescente uso de objectos flutuantes para atrair os atuns

à superfície.

Oceano Pacífico

“Stock” do Pacífico Oeste

“Stock” do Pacífico Este

Oceano Índico

“Stock” único no Índico

Oceano Atlântico

“Stock” único no Atlântico

Page 10: Estado actual das pescas

Atum patudoThunnus obesus

Oceano Pacífico

“Stock” do Pacífico Oeste

“Stock” do Pacífico Este

Oceano Índico

“Stock” único no Índico

Oceano Atlântico

“Stock” único no Atlântico

Habita águas abaixo da termoclina e, uma das suas mais notáveis adaptações, consiste numa

espessa camada de gordura subcutânea, que os isola do frio das águas profundas.

Para a captura desta espécie em profundidade utiliza-se a técnica do palangre fundeado.

Page 11: Estado actual das pescas

Atum patudoNos anos 80 foram desenvolvidos novos métodos, que permitiram uma captura mais eficaz do patudo, esses métodos envolvem o uso de:

1. Objectos flutuantes (para atrair os atuns),2. Sonares (para identificar os cardumes),3. Redes profundas para os capturar.

Os indivíduos capturados são de menores dimensões e valor comercial.

O seu aumento nos mercados, poderá provocar o colapso na economia de

regiões que dele dependam para sobreviver.

Page 12: Estado actual das pescas

Atum voador Thunnus alalunga

Oceano Pacífico

“Stock” do Pacífico Norte

“Stock” do Pacífico Sul

Oceano Índico

“Stock” único no Índico

Oceano Atlântico

“Stock” do Atlântico Norte

“Stock” do Atlântico Sul

“Stock” do Mediterrâneo

O voador apresenta uma carne muito clara, sendo também apelidado de “frango-do-mar”.

Esta espécie desencadeou o desenvolvimento da indústria dos enlatados, sendo dos primeiros atuns

a ser consumido e comercializado nesta forma.

Page 13: Estado actual das pescas

Atum rabilo Thunnus thynnus thynnus

Oceano Pacífico“Stock” do Pacífico

Noroeste

“Stock” do Pacífico Este

Oceano Atlântico

“Stock” do Atlântico Oeste

“Stock” do Atlântico Este (incluí o Mediterrâneo)

Espécie de crescimento lento e vida longa. É a matéria prima favorita do mercado do sashimi (atinge os

maiores preços do mercado).

Os otólitos são uma excelente fonte de informação para diferenciar os “stocks”, uma vez que são elementos

inertes que integram diversos componentes ao longo da vida do indivíduo.

Page 14: Estado actual das pescas

ConclusãoQual o futuro da pesca?

Quais os sectores onde se deve investir para contrariar esta tendência...• Elaboração de normas e leis que protejam os recursos e regulamentem a pesca em alto

mar;• Campanhas de sensibilização da população;• Investir na Aquacultura;• Valorização da pesca artesanal e auxílio às comunidades piscatórias.

Com o aumento da população mundial e, a maioria dos “stocks” importantes, a enfrentar a

ameaça da sobre-pesca e pesca ilegal. Este sector deixou de ser suficiente para suprir as

necessidades globais.

Page 15: Estado actual das pescas

Bibliografia•Correira, F. e Farinha, N., “Atuns, bonitos e cavalas dos Açores – nómadas atlânticos”, João Azevedo Editor, ISBN 972-9001-91-X, Mirandela, 2006•FAO Fisheries and Aquaculture Department, “The State of World Fisheries and Aquaculture – 2008”, ISBN 978-92-5-106029-2, Roma, 2009•Fonteneau, Alain; “An overview of yellowfin tuna stocks, fisheries and stock status worldwide”, França, Agosto de 2005•http://www.ejfoundation.org/page270.html•http://www.ejfoundation.org/page272.html•http://www.fao.org/docrep/005/y4499e/y4499e05.htm#bm05.2•http://www.flmnh.ufl.edu/fish/gallery/descript/bluefintuna/bluefintuna.html•http://www.flmnh.ufl.edu/fish/gallery/Descript/SkipjackTuna/SkipjackTuna.html•http://www.forbes.com/global/2006/0522/036.html•http://www.iattc.org/StockAssessmentReports/StockAssessmentReport9ENG.htm•http://www.msc.org/track-a-fishery/certified/pacific/aafa-pacific-albacore-tuna-north/american-albacore-fishing-association-pacific•Rooker, J. et al, “Identification of Atlantic bluefin tuna (Thunnus thynnus) stocks from putative nurseries using otolith chemistry”, Journal “Fisheries Oceanography”, número B001, manuscrito 0223, 2003

DÚVIDAS?