Estados Especiais Do Metabolismo
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5/17/2018 Estados Especiais Do Metabolismo - slidepdf.com
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Estados Especiais do Metabolismo
André Vilani
Marks
Mudanças no metabolismo dos aminoácidos relacionadas com a dieta e com o estado
fisiológico:
As taxas e os padrões de utilização dos aminoácidos pelos diferentes tecidos se
alteram com a dieta e com os diferentes estados fisiológicos. Esses dois estados, o período
subseqüente a uma dieta rica em proteínas e o estado hipercatabólico produzido por infecçõesou traumas cirúrgicos, diferem do estado pós-absortivo com relação à disponibilidade de
aminoácidos e outros combustíveis e quanto aos níveis de diferentes hormônios no sangue.
Como resultado, os padrões de utilização dos aminoácidos serão diferentes.
1- Dieta rica em proteínas:
Após a ingestão de grande quantidade de proteína, o intestino e o fígado utilizam amaior parte dos aminoácidos absorvidos. O glutamato e o aspartato são usados como
combustível pelo intestino, e muito pouco dessas duas substancia entram na veia porta. O
intestino também usa alguns outros aminoácidos. O fígado capta 60 a 70% dos aminoácidos presentes na veia porta. Esses aminoácidos, em sua maior parte, são convertidos a glicose
pela gliconeogênese.
Após uma ingesta exclusivamente protéica, o aumento nos níveis de aminoácidosobtidos pela dieta estimulam o pâncreas a liberar glucagon em níveis acima daqueles obtidos
no jejum, aumentando a captação dos aminoácidos pelo fígado e estimulando a
gliconeogênese. A liberação de insulina também é estimulada, mas não próximo dos níveisencontrados após uma ingesta rica em carboidratos. No geral, a liberação de insulina após uma alimentação rica em proteínas é
suficientemente alta para permitir a captação dos aminoácidos pelo músculo esquelético e a
síntese protéica, entretanto, a gliconeogênese no fígado não é inibida. Quando se eleva osníveis de carboidratos na alimentação, há um aumento na relação insulina/glucagon, o que
possibilita uma diminuição da gliconeogênese hepática a partir de aminácidos e um aumento
na utilização desses aminoácidos para a síntese de proteínas como as proteínas plasmáticas.A maior parte dos aminoácidos que entram na circulação periférica após uma dieta
rica em proteínas são aqueles que não são utilizados, ou pouco utilizados, pelo fígado, visto
que este possui baixos níveis de transaminases para estes aminoácidos, e isso o impossibilita
de oxidá-los de forma significativa, por isso eles entram na circulação sistêmica. Essesaminoácidos são captados pelo músculo esquelético e outros tecidos, que os utilizam
principalmente para a síntese protéica.
A dieta de Atkins baseia-se em uma ingestão elevada de proteínas e uma ingestão praticamente nula de carboidratos. A baixa quantidade de carboidratos na dieta mantém os
níveis de insulina baixos, como se o conteúdo energético do organismo estivesse diminuído.
Isso faz com que a secreção de glucagon pelo pâncreas esteja estimulada, diminuindo arelação insulina/glucagon. Dessa forma, há uma mobilização das reservas energéticas do
organismo, principalmente dos ácidos graxos provenientes dos adipócitos e sua oxidação por
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outros tecidos, o que contribui para a redução da quantidade de gordura no corpo e,
conseqüentemente, para a perda de peso.
2- Estados Hipercatabólicos
Cirurgia, trauma, queimadura, infecções são exemplos de estados hipercatabólicoscaracterizados por um aumento na utilização de combustíveis energéticos e por um balanço
negativo de nitrogênio. A mobilização das proteínas corporais, lipídios e reservas de
carboidratos ajudam a manter o funcionamento normal dos tecidos na presença de uma dietalimitada, bem como dar um suporte energético e fornecer os aminoácidos necessários para o
desenvolvimento da resposta imune e para a cicatrização dos ferimentos. O balanço negativo
de nitrogênio que ocorre nesses estados hipercatabólicos resulta de uma renovação aceleradadas proteínas em geral e de um aumento na taxa de degradação das proteínas de constituição
do organismo, primeiramente na musculatura esquelética.
O estado catabólico de inflamação (agudo, generalizado, infecção febril) é um estado
onde há um aumento da mobilização de combustíveis e aminoácidos para suprir a demanda
por energia e por precursores, muito requisitados pelas células do sistema imune, pelosvariados mecanismos de defesa e para a cicatrização dos tecidos. Os aminoácidos servem de
substratos para a síntese de novas proteínas e para a divisão celular. A síntese de glicose e sualiberação no sangue estão aumentadas para suprir energeticamente essas células, o que pode
causar uma leve hiperglicemia no paciente.
Nestes estados, há uma diminuição da síntese protéica no músculo esquelético e umaumento na degradação de suas proteínas. A oxidação dos aminoácidos está aumentada, bem
como a síntese de glutamina. A captação de aminoácidos está diminuída. O principal
hormônio mediador dessas respostas é o cortisol, embora algumas citocinas podem tambémter efeito no metabolismo do músculo esquelético. Da mesma forma como ocorre durante a
acidose metabólica no jejum, níveis elevados de cortisol estimulam a proteólise mediada pela
ubiquitina, induzem o síntese de glutamina sintetase e aumentam a liberação de aminoácidose glutamina das células musculares.Os aminoácidos liberados do músculo esquelético durante períodos de estresse
hipercatabólico são usados de uma maneira priorizada, com os componentes do sistema
imune ocupando o topo da lista de prioridades. Por exemplo, a captação de aminoácidos pelofígado para a síntese de proteínas da fase aguda, que são parte do sistema imune, está
consideravelmente aumentada. Inversamente, durante o início da fase aguda da resposta
imunológica, a síntese de outras proteínas do plasma, como a albumina, está diminuída. Oaumento na disponibilidade de aminoácidos e o aumento nos níveis de cortisol também
estimulam a gliconeogênese, desse modo o organismo provém energia a células do sistema
imune dependentes de glicose como os linfócitos. Um aumento na síntese de uréia
acompanha a aceleração da degradação dos aminoácidos.O aumento no efluxo de glutamina do músculo esquelético durante a infecção destina-
se a inúmeras funções. Primeiramente fornece energia para a rápida divisão das células do
sistema imune. A glutamina serve como um reservatório de nitrogênio para a síntese de purinas, para a síntese de NAD, e para outras funções biossintéticas essenciais no
crescimento e divisão das células. Os estados hipercatabólicos podem vir acompanhados de
um aumento na produção de ácidos metabólicos, por isso há um aumento na utilização deglutamina pelo rim.
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Sob a influência de elevados níveis de glicocorticóides, epinefrina e glucagon, os
ácidos graxos são mobilizados do tecido adiposo para servir como uma fonte alternativa deenergia aos outros tecidos e, assim, disponibilizar glicose àqueles tecidos que a utilizam
exclusivamente. Nessas condições os ácidos graxos funcionam como a principal fonte de
energia do músculo esquelético, o que provoca a diminuição da captação de glicose. Essas
mudanças podem levar a uma leve hiperglicemia.O grau da resposta hipercatabólica do organismo depende da intensidade e da duração
do trauma ou estresse. Após uma cirurgia sem complicações realizada em um paciente
saudável, o balanço nitrogenado negativo pode se estender por cerca de uma semana. A pequena perda de nitrogênio é usualmente revertida pela ingestão de uma suplementação
protéica enquanto o paciente se recupera. Em caso de danos traumáticos mais severos ou
infecções, o organismo pode catabolizar proteínas e lipídios armazenados no tecido adiposo por um período prolongado, desta forma o balanço nitrogenado negativo pode permanecer ao
longo de semanas.
Devlin
Estresse e trauma Levam a Alterações Metabólicas
Estresses fisiológicos incluem trauma, cirurgia, insuficiência renal, queimaduras e
infecções. Tipicamente, os níveis sanguíneos de cortisol, glucagon, catecolaminas e
hormônio do crescimento sobem. O paciente fica resistente á insulina. A taxa de metabolismo basal e os níveis sanguíneos de glicose e de ácidos graxos são elevados. Entretanto, a
cetogênese não é acelerada como no jejum. Por razões não completamente entendidas, o pool
de glutamina intracelular muscular é reduzido, resultando em síntese de proteínas reduzida edegradação de proteínas aumentada. Pode ser muito difícil reverter essa quebra de proteínas,
embora atualmente seja comum repor aminoácidos, glicose e triacilglicerol por infusão de
soluções desses nutrientes por via endovenosa. Porém, nessas soluções faltam glutamina,tirosina e cisteína, devido ás limitações de instabilidade e de solubilidade. A suplementaçãodesses aminoácidos, talvez pelo uso de dipeptídeos mais estáveis, pode ajudar a reverter o
estado catabólico, melhor do que pode ser feito atualmente.
Balanço nitrogenado negativo de pacientes com trauma ou infecção pe mediado por proteínas de monócitos e linfócitos, como interleucina-1, interleucina-6 e TNF-α. Essas
citocinas são responsáveis por causar febre e uma variedade de outras alterações metabólicas.
A interleucina-1 ativa a proteólise no músculo esquelético. A interleucina-6 estimula a síntesede uma série de proteínas hepáticas, denominadas reagentes de fase aguda, pelo fígado. Os
reagentes de fase aguda incluem fibrinogênio, proteínas do complemento, alguns fatores da
coagulação e α2-macroglobulina, que, presume-se, desempenham papel na defesa contra
trauma e infecção. TNF-α suprime a síntese de triacilglicerol nos adipócitos, impede acaptação de triacilglicerol circulante pela inibição da lipoproteína lípase, estimula a lipólise,
inibe a liberação de insulina e promove a resistência à insulina. Essas citocinas parecem ser
responsáveis por grande parte do desgaste verificado em infecções crônicas.
Guyton
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Ação do Cortisol nos estresses hipercatabólicos
Qualquer tipo de estresse físico ou neurogênico causa um aumento acentuado e
imediato da secreção de ACTH pela glândula hipófise anterior, seguido dentro de minutos
por uma secreção grandemente aumentada de cortisol adrenocortical. O cortisol atua no
organismo basicamente impedindo a ocorrência da inflamação e de seus efeitos. Ele atua deduas maneiras diferentes:
1- Impedindo a inflamação:
- um dos mais importantes efeitos antiinflamatórios do cortisol é sua capacidade de causar a
estabilização das membranas lisossômicas. Isto é, o cortisol dificulta muito mais que onormal a ruptura das membranas dos lisossomos intracelulares. Portanto, a maioria das
enzimas proteolíticas liberadas pelas células lesadas para causar a inflamação e que são
armazenadas sobretudo nos lisossomos, são liberadas em quantidades muito pequenas.
- o cortisol diminui a permeabilidade dos capilares, provavelmente como um efeito
secundário da liberação reduzida as enzimas proteolíticas. Isto impede a perda do plasma para dentro dos tecidos.
- o cortisol diminui a migração dos leucócitos para dentro da área inflamada e a fagocitosedas células lesadas. Estes efeitos provavelmente se devem ao fato de o cortisol diminuir a
formação de prostaglandinas e leucotrienos que, de outro modo, aumentariam a
vasodilatação, a permeabilidade capilar e a mobilidade dos leucócitos.- o cortisol suprime o sistema imunitario, fazendo com que a reprodução dos linfócitos
diminua acentuadamente. Os linfócitos T são especialmente suprimidos. Por sua vez, as
quantidades reduzidas das células T e dos anticorpos na área inflamada minimizam as reaçõesdo tecido que, se não fosse por isso, promoveriam adicionalmente o processo inflamatório.
- o cortisol baixa a febre sobretudo porque reduz a liberação de interleucina-1 dos leucócitos,
que é um dos principais excitantes do sistema de controle da temperatura do hipotálamo. Atemperatura diminuída por sua vez reduz o grau de vasodilatação.
Assim, o cortisol tem um efeito quase global reduzindo todos os aspectos do processo
inflamatório.
2- Efeito sobre o processo de resolução da inflamação:
Mesmo depois de a inflamação estar bem estabelecida, a administração de cortisol
pode freqüentemente reduzir o processo inflamatório dentro de horas a alguns dias. O efeito
imediato é o bloqueio da maioria dos fatores que estão promovendo a inflamação.
Possivelmente ele tem uma ação sobre a mobilização dos aminoácidos e sua utilização pelostecidos lesados, atuação sobre a gliconeogênese que disponibiliza mais glicose para os
sistemas metabólicos críticos, sobre a mobilização dos ácidos graxos, e sobre a remoção e
inativação de produtos inflamatórios.
3 – Gravidez e Lactação
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O feto pode ser considerado como outro tecido que requer nutrientes. Usa
principalmente glicose para obtenção de energia, mas também pode usar aminoácidos,lactato, ácidos graxos, corpos cetônicos. O lactato produzido na placenta por glicólise tem
dois destinos: parte é direcionada ao feto para ser usada como combustível, e o restante
retorna a circulação materna, para estabelecer o ciclo de cori com o fígado. O LDL-colesterol
materno é um importante precursor de esteróides da placenta (estradiol e progesterona).Durante a gravidez, o ciclo jejum-alimentação é perturbado. A placenta secreta um hormônio
polipeptídico, lactogênio placentário, e dois hormônios esteróides, estradiol e progesterona. O
lactogênio placentário estimula a lipólise no tecido adiposo, e os hormônios esteróidesinduzem um estado de resistência à insulina. Após as refeições, mulheres grávidas entram no
estado de jejum mais rapidamente que mulheres não-grávidas, como resultado do consumo
aumentado de glicose e aminoácidos pelo feto. Os níveis plasmáticos de glicose, aminoácidose insulina caem rapidamente, e os níveis de glucagon e lactogênio placentário aumetam e
estimulam a lipólise e a cetogênese. O consumo de glicose e aminoácidos pelo feto pode ser
suficientemente elevado para causar hipoglicemia materna.
Lactação: no final da gravidez, os hormônios placentários induzem a lipoproteína
lípase na glândula mamária e promovem o desenvolvimento de células secretoras de leite ede ductos. Durante a lactação, a mama utiliza glicose para síntese de lactose e de
triacilglicerol, bem como sua principal fonte de energia. Aminoácidos são cptados parasíntese de proteínas, e quilomícrons e VLDL, são utilizados como fonte de ácidos graxos para
síntese de triacilgliceróis. Se esses compostos não forem fornecidos pela dieta, proteólise,
gliconeogênese e lipólise devem fornecê-los, resultando, eventualmente, em subnutriçãomaterna e má qualidade do leite. A mama em lactação também secreta um hormônio com
alguma semelhança ao hormônio da paratireóide. Esse hormônio é, provavelmente,
importante para a absorção de cálcio e fósforo do intestino e osso.
Estado de realimentação após jejum prolongado
Nesse estado há uma alteração no metabolismo da glicose ingerida. O fígado permanece no estado gliconeogênico por algumas horas após a realimentação. Toda a glicose
produzida na rota de gliconeogênese é utilizada para a síntese de glicogênio hepático, sob a
forma de glicose-6-fosfato. Isso significa que o glicogênio hepático não é reposto após um jejum por síntese direta, a partir de glicose sanguínea. Ao contrário, a glicose é metabolizada
nos tecidos periféricos a lactato, que é convertido no fígado em glicogênio pela via indireta
de síntese de glicogênio. O fígado também utiliza os aminoácidos que estão sendo absorvidosda alimentação para repor o seu estoque de glicogênio. Após o decréscimo das taxas de
gliconeogênese a glicose torna-se o meio predominante de utilização de glicose no ficado, e o
glicogênio hepático é mantido pela via direta de síntese a partir da glicose sanguínea.
Efeito do treinamento muscular sobre os músculos e sobre o desempenho muscular
Há uma regra geral no funcionamento do músculo exercitado: aqueles que funcionam
sem qualquer sobrecarga, até mesmo quando exercitados durante horas, conseguem pouco
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aumento de sua força. Por outro lado, os músculos que se contraem com mais de 50% de sua
força máxima de contração irão desenvolver mais rapidamente uma força, mesmo se ascontrações forem realizadas apenas poucas vezes por dia. Baseando-se nesse princípio,
experimentos relacionados com o aprimoramento muscular mostraram que seis contrações
musculares máximas efetuadas em três séries separadas três vezes por semana proporcionam
um aumento aproximadamente ideal da força muscular, sem produzir fadiga muscular crônica. Esse aumento é de cerca de 30% nas 6 a 8 primeiras semanas, alcançando um platô
depois desse período. Juntamente com esse aumento da força, verifica-se um aumento
percentual aproximadamente igual na massa muscular, denominado hipertrofia muscular. Navelhice, o sedentarismo produz uma elevada atrofia muscular, sendo que o treinamento pode
aumentar a força muscular em mais de 100%.
Hipertrofia muscular: o tamanho básico dos músculos de uma pessoa é determinado principalmente pela hereditariedade, somada ao nível de secreção de testosterona que, nos
homens, produz músculos consideravelmente maiores do que nas mulheres. Todavia, com o
treinamento, os músculos podem ficar hipertrofiados, talvez em 30 a 60%. A maior parte
dessa hipertrofia resulta do maior diâmetro das fibras musculares, mais do que um aumento
de seu número; todavia, algumas fibras acentuadamente aumentadas podem dividir-se aomeio, ao longo de todo o seu comprimento, formando novas fibras, com um conseqüente
ligeiro aumento no número de fibras.As alterações que ocorrem no interior das próprias fibras musculares hipertrofiadas
incluem: (1) aumento no número de miofibrilas em proporção ao grau de hipertrofia; (2)
aumento de até 120% das enzimas mitocondriais; (3) aumento de 60 a 80% nos componentesdo sistema metabólico do fosfagênio, incluindo tanto ATP quanto fosfocreatina; (4) aumento
de até 50% no glicogênio armazenado, e (5) aumento de até 75 a 100% nos triglicerídeos
armazenados (gordura). Devido a todas essas alterações, a capacidade dos sistemasmetabólicos anaeróbico e aeróbico aumenta, com conseqüente aumento da velocidade
máxima de oxidação e da eficiência dos sistemas oxidativos em até 45%