Estafilococcias e Estreptococcias

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[email protected] Estafilococcias e Estreptococcias Prof. Dr. Luiz Fernando Ferraz da Silva

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Estafilococcias e Estreptococcias

Prof. Dr. Luiz Fernando Ferraz da Silva

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Estafilococcias – Espécies Principais

• Coagulase Positivos S. aureus

• Coagulase Negativo

– S. epidermidis > 50%

– S. saccharolytius

– S. capitis

– S. haemoliticus

– S. warneri

– S. hominis

– S. schleiferi

– S. saprophyticus

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Estafilococcias – S. aureus

• Parte da flora normal da pele

• Comunitárias:

– Infecções de pele e partes moles– Pneumonias– Endocardites– Osteomielites– Miosites– Infecções Intestinais

• Hospitalares

– Pneumonia (22,4% dos pacientes)– Infecção de sítio cirúrgico– Infecção de corrente sanguínea

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Estafilococcias – S. aureus – Quadros Clínicos

• Toxinas

– Intoxicação alimentar

– Síndrome da pele escaldada

– Síndrome do choque tóxico

• Efeito Direto

– Abcesso

– Celulite

• Disseminação

– Bacteremia

– Pneumonia

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Estafilococcias – S. aureus – Quadros Clínicos

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Foliculite

– Infecção dos folículos pilosos

– Pequenas pústulas ao redor do pêlo

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Impetigo

– Altamente contagiosa

– Tratamento local ou sistêmico

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Furúnculos

– Infecção folicular – na glândula sebácea

– Tratamento local

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Carbunculo

– Infecção mais profunda

– Coalescência de diversos folículos pilosos

– Base da região cervical

– Tecido necrótico, febre e leucocitose

– Risco elevado de bacteremia

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Celulite

– Hiperemia, dor, calor local e febre

– Sem demarcação de limites pele lisa e opaca

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Osteomielite

– Aguda x Crônica

– Aguda

• < 6 semanas

• Hematogênica

• Hemocultura + em 50%

• Tratamento 4 a 6 semanas

– Crônica

• > 6 semanas

• DM e Insuficiência Vascular

• Fístula

• Tratamento – 6 meses

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Endocardite

– Infecção de pele e partes moles, trauma e uso de drogras IV

– Valvula nativa S. aureus

– Valvula protética S. epidermidis

– Diagnóstico

• Hemocultura + em até 90% antes do antibiótico

• Colher 2 a 3 pares de hemocultura em 1 hora

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Estafilococcias – S. aureus – Ação Direta

• Infecção Hospitalar

– Pneumonia

– Infecção de Cateteres e Sondas

– Associada CVC

– Infecção de ferida cirúrgica

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Estafilococcias – S. aureus – Enterotoxinas

• Intoxicação Alimentar

– Proteínas termoestáveis

– 8 enterotoxinas (A a E; G a I)

– Algumas cepas de S. aureus

– 1 a 8 horas pós exposição

– Auto-limitada: 6 a 12 horas

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Estafilococcias – S. aureus – Enterotoxinas

• Síndrome da Pele Escaldada

– Dermatite esfoliativa bolhosa

– Toxina esfoliativa A e B

– Crianças jovens e adultos com problema de pele – neonatos!

– Evolução rápida – 2 dias

– Bolha – líquido claro sem bacteria = toxina

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Estafilococcias – S. aureus – Tratamento

• Antibióticos utilizados preferencialmente:

– Beta-lactamicos: penicilina, oxacilina, cefalosporinas, carbapeneno

– Lincosaminas: clindamicina

– Quinolonas: ciprofloxacina

– Glicopeptideos: vancomicina, teicoplamina

– Tetraciclinas: tigeciclina

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Estafilococcias – Coagulase Negativos

• S. epidermidis

– Maior importância em infecção hospitalar

– Infecção de próteses e cateteres

– Maior aderência a materiais sintéticos glicocálice

– Flora normal da pele!

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Estreptococias

• Múltiplos grupos

– Beta-hemolíticos do grupo A mais importantes

– Respiratório Faringite e pneumonia

– Pele e tecido subcutâneo parecido com S. aureus + erisipela!

– Invasivasmiosite, fasciite necrotizante, sepse periparto

– Complicações Febre reumática e Glomerulonefrite

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Estreptococias – Faringites e Amigdalites

• Complicação supurativa crianças e adultos jovens

• Febre, hipertrofia de amigdalas

• Linfadenite dolorosa

• Complicações supurativas

– Abcesso retroferíngeo

– Sinusite, otite e mastoidites

• Complicações não supurativas

– Febre reumática aguda

– Glomerulonefrite pós-estreptococica

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Estreptococias – Escarlatina

• Toxinea eritrogênica associada à faringite

• Exantema escarlatiniforme – manchas avermelhadas

– Desaparece com apressão digital

– Começa pelo torax e se dissemina para tronco e membros

– Presença em áreas de dobras – Sinal de Pastia

• Lesões elevadas / verrucoides na lingua – lingua em framboesa

• Descamação digital

• Diferencial outras bactérias e vírus (EBV, Adenovirus, HSV)

• Teste rápido

• Tratamento com penicilina

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Estreptococias – Escarlatina

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Estreptococias – Infecções de Pele e Subcutâneo

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Estreptococias – Infecções de Pele e Subcutâneo

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Estreptococias – Síndrome do Choque Tóxico

• Pós infecção de pele e trato respiratório

• Trauma com manifestações inflamatórias, febre ou hipotermia

• Insuficiência renal, coagulopatia, hepatite e SARA

• Necrose de partes moles: fasciite necrotizante, miosite,

gangrena

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Estreptococias – Síndrome do Choque Tóxico

• Diferencial:

– SCT por estáfilomais em crianças

• Porta de entrada evidente ou não

• Identificação de agentes lesão e hemocultura

• Tratamento empírico

– Empírico

• Penicilina ou Cefalosporina de 3ª Geração – Estrepto

• Oxacilina – Estáfilo

• Clindamicina – efeito anti toxina

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Estreptococias – Grupo B

• S. agalactiae

– Infecções neonatais precoces ou tardias

• Precoce < 12 horas de vida – Evolução mais grave

• Tardia > 7 dias de vida

– Mãe é em geral portadora no caso de infecção neonatal precoce

• Teste pré-parto ATB pré-parto

– Bacteremias e infecção genital feminina

– Pneumonia, endocardite, meningite, partes moles, artrite e osteomielite (adultos)

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Estreptococias – Pneumococo

• S. pneumoniae

– Principal causador de pneumonia na comunidade em todas as faixas etárias.

– Doença Pneumocócica (além da pneumonia)

• Não Invasiva sinusite, otite média

• Invasivameningite, bacteremia

– Principal causa de meningite em adultos em períodos nãoepidêmicos.

– Menos frequente

• Endocardite, artrite e peritonite

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Estreptococias – Pneumococo

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Estreptococias – Pneumococo

• S. pneumoniae

– Até 30% de resistência à penicilina

– Antibiograma é fundamental!!!

– Usar Cefalosporina de 3a geração

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Estreptococias – Viridans

• S. viridans

– Microbiota da cavidade oral!

– Endocardite

• Cerca de 30% das endocardites na era pós antibiótico

• Pacientes com doenças de válvulas – prolapso, d. reumática, d. cardíaca congênita

• Início insidioso e curso subagudo