Relatorio Final Simone Fabiana de Oliveira Gouvea RA 6751335829
ESTAFILOCOCCIAS Erika Gouvea Professora Assistente Infectologia.
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ESTAFILOCOCCIASESTAFILOCOCCIASErika GouveaErika Gouvea
Professora Assistente InfectologiaProfessora Assistente Infectologia
STAPHYLOCOCCUSSTAPHYLOCOCCUSCaracterísticas morfotintoriaisCaracterísticas morfotintoriais
Cocos “em cacho”, podem aparecer como células Cocos “em cacho”, podem aparecer como células isoladas, aos pares ou em cadeias curtas Gram positivosisoladas, aos pares ou em cadeias curtas Gram positivos
STAPHYLOCOCCUSSTAPHYLOCOCCUS
Existem pelo menos 30 espécies:
Staphylococcus aureus (coagulase +, colônias douradas)
Staphylococcus coagulase negativos: S. epidermidis, S. saprophyticus, S. hominis e outros
STAPHYLOCOCCUSSTAPHYLOCOCCUSEpidemiologiaEpidemiologia
Coagulase negativos:presentes em pele e também na orofaringe, tratos gastrointestinal e urogenital
Staphylococcus aureus: Colonização transitória em dobras cutâneas úmidas e narina anterior
Sobrevivência por longos períodos, em superfícies secasTransmissão direta (pessoa-a-pessoa) ou indireta (ex: roupas e objetos)
10% a 40% adultos sadios normais – colonizados por Staphylococcus aureus
Maior incidência em pacientes hospitalizados, equipa médica, portadores de doenças cutâneas eczematosas, utilitários de drogas endovenosas, cirróticos, HIV
Maior risco de causar doença em imunodeprimidos, HD e pessoas que serão submetidas a procedimentos cirúrgicos
STAPHYLOCOCCUSSTAPHYLOCOCCUSEpidemiologiaEpidemiologia
Staphylococcus – Parede celularStaphylococcus – Parede celular
• Camada de peptidoglicano mais espessa
• Ácidos teicóicos
• Ácidos lipoteicóicos
Componentes estruturais
ATIVIDADE
Cápsula inibe a quimiotaxia e a fagocitose; inibe a proliferação de células mononucleares; facilita a aderência a corpos estranhos
Peptidoglicano proporciona estabilidade osmótica; estimula a produção de pirogênio endógeno (atividade semelhante à endotoxina); quimiotático para leucócitos (formação de abcessos); inibe a fagocitose
Ácido teicóico e lipotecóico
regula a concentração de catiões na membrana celular; liga-se à fibronectina
Proteína A inibe a eliminação dos microrganismos mediada por anticorpos através da ligação dos receptores Fc de IgG1, IgG2 e IgG4; quimiotática para leucócitos; anticomplementar
Membrana citoplasmática
barreira osmótica; regula o transporte para dentro e para fora da célula; sítio de enzimas biossintéticas e respiratórias;
FATORES DE VIRULÊNCIAFATORES DE VIRULÊNCIA
Toxina ATIVIDADE
Citotoxinas (a, b, d, g, leucocidina P-V)
tóxicas para muitas células, incluindo leucócitos, eritrócitos, macrófagos, plaquetas e fibroblastos
Toxinas esfoliativas (ETA, ETB)
serina proteases que clivam as pontes intercelulares na camada granulosa da epiderme
Enterotoxinas (A-E, G-I)
superantigenos (estimulam a proliferação das células T e libertação de citocinas); estimulam a liberação de mediadores inflamatórios nos mastócitos, aumentam o peristaltismo intestinal e a perda de líquidos, bem como náusea e vômito
Toxina 1 da Síndrome do Choque Tóxico
superantigeno ( estimula a proliferação de células T e a liberação de citocinas); produz extravasamento ou a destruição das células endoteliais
FATORES DE VIRULÊNCIAFATORES DE VIRULÊNCIA
Enzimas ATIVIDADE
Coagulase converte fibrinogênio em fibrina
Catalase catalisa a remoção do peróxido de hidrogênio
Hialuronidase hidrolisa o ácido hialurônico no tecido conjuntivo, promovendo a disseminação dos Staphylococcus nos tecidos
Hemolisina e fibrolisina
dissolve coágulos de fibrina
FATORES DE VIRULÊNCIAFATORES DE VIRULÊNCIA
Toxina Panton Valentine
• Hemolisina presente em cerca de 2% dos S. aureus
• Associada à furunculose e pneumonia hemorrágica em jovens e infecção por CA-MRSA
Micro-colônias Variantes
• Colonizam árvore respiratória, são mais resistentes aos antibióticos e podem provocar infecções de cursos indolentes e recaídas
ADESÃO E COLONIZAÇÃO ( pele e mucosas)
ESTADO DE PORTADOR (narina anterior) Contaminação
QUEBRA DE BARREIRA INVASÃO (quimiotaxia, opsonização, morte intra-celular) Sepse Local Sistêmica Infecções metastáticas Aderência a próteses Comprometimento de orgãos
Pele e partes moles Produção de toxinas
Sínd. choque tóxico Intoxicação alimentar Sínd. da pele escaldada
Patogênese
• Presença do micro-organismo– Invasão local
• Presença de toxina– Micro-organismo colonizando mucosas e/ou
pele– Micro-organismo colonizando comidas e
bebidas (toxina termoestável)
Manifestações clínicas S. aureus
Infecções cutâneas e partes moles foliculite, furúnculo, Impetigo, fasciite, pioderma
Hordéolo, Hidradenite Supurativa, Mastite Piomiosite
-Bacteremia e Endocardite;
-Pneumonia e Empiema;
-Osteomielite e Artrite Séptica;
Infecções do sistema nervoso central:meningite bacteriana (pós-neurocirurgia)abscesso epidural, cerebral, empiema subdural
Abscessos viscerais: hepático, esplênico, renal, perirrenal
Grande Patogenicidade
• Grande capacidade de adesão• Grande capacidade de se adaptar em
vários meios• Grande capacidade de se tornar resistente
a múltiplos antibióticos
Doenças causadas por toxinasSistêmicaLocalizada
• Síndrome da pele escaldada• Síndrome do choque tóxico estafilocócico• Toxi-infecção alimentar
Síndrome da Pele EscaldadaSíndrome da Pele EscaldadaDoença de RitterDoença de Ritter
Causada pela toxina esfoliativa do S. aureus (ETA e ETB 0-2%)Crianças <1 ano e RN – Fonte: colonização do cordão umbilical Colonização de profissionais de saúde
Tratamento:Antibioticoterapia sistêmicaTratamento de suporte da peleReposição hidroeletrolítica
Febre, irritabilidadade, fragilidade cutânea, erupção escarlatiniforme em região peri-oral e áreas flexuraNão acomete mucosas (#sínd de Lyell)
Sinal de Nikolsky - 24-48h após, bolhas e erosões Descamação em 3 a 5 diasAuto limitada – dura 4-7 dias- período para a produção de antitoxina
Bolha com conteúdo seroso, sem bactérias
Aparece em quem tem acs antitoxina (adultos ou transmissão vertical)Bolhas com presença da bactéria em seu conteúdoImpetigo Bolhoso
Doença Localizada
Síndrome do choque tóxico estafilocócicoSíndrome do choque tóxico estafilocócico
Colonização por cepas produtoras de toxina
Associação com : Infecções vaginais Uso de contraceptivos (DIU, diafragma) Aborto e pós–aborto Procedimentos cirúrgicos (herniorrafia, mamoplastia, artroscopia, contaminação de ferida cirúrgica)
Início abrupto, 2 dias após procedimento, sem evidências de infecção local
SCT Estafilocócico
• Menstrual– Uso de tampão vaginal – o antibiótico altera o
pH, concentração de CO2 e O2 que estimula a produção de toxina
• Não Menstrual– S.aureus coloniza qualquer sítio e produz
toxina
Síndrome do choque tóxico estafilocócicoSíndrome do choque tóxico estafilocócicoCritérios para diagnósticoCritérios para diagnóstico
Temperatura > 38,9° CPA sistólica < 90 mmHgRash com subseqüente descamação, especialmente em palmas e plantasEnvolvimento de 3 ou mais dos seguintes orgãos: GI : vômitos, diarréia profusaMuscular: mialgias graves ou elevação de 5x ou mais a CPKMembranas mucosas: (vagina, conjuntiva, faringe) hiperemeadasRins: Insuficiência renal ( Uréia e creatinina pelo menos 2 x) com piúria na ausência de infecção)Fígado: hepatite ( bilirrubinas, TGO/TGP pelo menos 2 x o limite sup.)Sangue: trombocitopenia < 100.000/mm3 SNC: desorientação sem sinais neurológicos focais
Antibioticoterapia sistêmica Reposição volêmica Suporte, IGEV (?) Exame ginecológico e coleta de material para cultura
Síndrome do choque tóxico estafilocócicoSíndrome do choque tóxico estafilocócicoTratamentoTratamento
D. diferencial:
Sepse, dengue, leptospirose, sarampo,
SCT estreptocócico – envolvido em infecções de tecidos profundos, alta mortalidade (>50%), debridamento do foco
Intoxicação alimentarIntoxicação alimentar
- Causada pela enterotoxina B e outras enterotoxinas que contaminam alimentos (doces cremosos, maioneses)-Ocorrência em surtos, transmissão pessoa-a-pessoa (mãos contaminadas)Apresentação:Início abrupto: 2 a 6 horas de período de incubaçãoSintomas: salivação, náusea, e vômito Dor abdominal e diarréiaSinais: desidratação e hipotensãoTemperatura corporal normalAuto-limitada (sintomas desaparecem em 8 horas)
Tratamento :suporte (hidratação e reposição de eletrólitos)Não requer antibioticoterapia
Manifestações clínicas
Staphylococcus epidermidis e outros SCN
Capacidade de formação de biofilmeAgentes Oportunistas
Presença de órteses ou próteses
-Endocardite
-Infecções de Cateteres e Derivações;
-Infecções de Próteses Articulares;
- Infecções das vias urinárias
Tratamento antimicrobiano de Estafilococcias
Resistência à penicilina
• Aparece em mais de 80% dos S. aureus• Produção de beta-lactamase
Resistência à MeticilinaCassete Cromossômico
Estafilocócico (SCC) ilha de cromossoma que carreia resintênciaSCC mec- resistência à meticilina• mec A – altera a PBP2A• mec AI, II e III – aparece em clones hospitalares• Mec A IV – aparece em CA-MRSA, não carreia
multirresitência, associado a produção de toxinas (PVT)
Resistência à Vancomicina
• Sensível- MIC <4• Intermediário – MIC entre 8 e 32 mutação
no peptideoglicano• Resistente- MIC >32 aquisição do gen van
A que altera a PBP
Mecanismos:•Alteração do ribossoma
gene ermA ou ermC (erythromycin ribosomal methylase), resistência cruzada aos macrolídeos, lincosamidas e estreptogramina B
(resistência MLSB);•Efluxo ativo: codificado pelo gene mrsA (specific methionine sulfoxide reductase), conferindo resistência aos macrolídeos e estreptogramina B; ou•Inativação da droga.
Resistência MLSB:• constitutiva – aparece no TSA• induzível- depende da exposição aos macrolídeos
• TSA com resistência à eritromicina e falsa sensibilidade à clindamicina. - D-teste (disk test),
• um teste de disco-aproximação. Esse teste envolve a colocação do disco de eritromicina próximo ao disco de clindamicina na placa de antibiograma. Com a difusão da eritromicina através do ágar, a resistência à clindamicina é induzida, resultando em um achatamento da zona de inibição, adjacente ao disco de eritromicina, com a forma da letra D.
Resistência aos Macrolídeos
Staphylococcus spp oxacilina “S”
Produção de beta-lactamase desde 1950Cefalexina (infecções sem gravidade de pele e partes moles)
Oxacilina ou Cefalotina
Staphylococcus oxacilina “R”
40 a 80 % intrahospitalarCA-MRSA (infecções sem gravidade de pele e partes moles)
Sulfametoxazol/trimetoprim
ou tetraciclinas (doxiciclina ou minociclina)
ou clindamicina
Infecções de partes moles com gravidade (profundas, feridas traumáticas ou cirúrgicas, queimados):
Vancomicina ou clindamicina ou linezolida ou daptomicina
Bacteremias, endocardite Vancomicina ou daptomicina
Se EI de prótese associar: Gentamicina (por 2 semanas) e rifampicina (por 6 semanas)
Staphylococcus oxacilina “R”
- Pneumonia por MRSA Vancomicina ou linezolida ou clindamicina
-Infecções osteoarticulares Vancomicina ou daptomicina outras opções: sulfatrim + rifampicina linezolida ou clindamicina
IMPORTANTE (linezolida): efeitos adversos como síndrome seratoninérgica, trombocitopenia, anemia, acidose lática, neuropatia periférica e toxicidade ocular.
Teicoplanina (12mg/Kg/d primeiras 36h, depois 6mg/Kg/d)