Estágio na área de gestão da informação

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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL E ASSISTENCIAL SANTA LÚCIA FACULDADE SANTA LÚCIA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO IMPLANTAÇÃO DE UMA FERRAMENTA PARA GERENCIAMENTO DE ESPAÇO EM DISCO DE UM SERVIDOR DE ARQUIVOS EM UMA EMPRESA MULTINACIONAL: ESTUDO DE CASO Francisco Hyppolito Neto

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Estágio sobre o gerenciamento de espaço em disco em uma empresa multinacional.

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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL E ASSISTENCIAL SANTA LÚCIA

FACULDADE SANTA LÚCIA

GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

IMPLANTAÇÃO DE UMA FERRAMENTA PARA GERENCIAMENTO DE ESPAÇO EM DISCO DE UM SERVIDOR DE ARQUIVOS EM UMA EMPRESA

MULTINACIONAL: ESTUDO DE CASO

Francisco Hyppolito Neto

Mogi Mirim

2010

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FRANCISCO HYPPOLITO NETO

IMPLANTAÇÃO DE UMA FERRAMENTA PARA GERENCIAMENTO DE ESPAÇO EM DISCO DE UM SERVIDOR DE ARQUIVOS EM UMA EMPRESA

MULTINACIONAL: ESTUDO DE CASO

Relatório de Estágio apresentado à Faculdade

Santa Lucia da Associação Educacional e

Assistencial Santa Lúcia, como requisito parcial

para a obtenção do título de Bacharel em

Sistemas de Informação, sob a orientação da

Professora M.Sc. Rosângela Valim Trova e

Professora M.Sc. Elaine Cristina Valim Trova.

Mogi Mirim

2010

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Lista de Figuras

Figura 1 - Mapeamento de Processo de RH (Recrutamento Interno).........................4

Figura 2 - Mapeamento de Processos de Compras (Aquisição de Produtos)............6

Figura 3 - Mapeamento de Processo de TI (Abertura de Chamados)........................7

Figura 4 - Mapeamento de Processo de TI (Backup de Arquivos).............................8

Figura 5 - Mapeamento de Processo de TI (Manipulação de usuários).....................9

Figura 6 - Elementos e Recursos de Sistemas de Informação.................................21

Figura 7 - Modelo Decisório Dinâmico de Gestão.....................................................22

Figura 8 - Fases do Modelo Cascata........................................................................24

Figura 9 - Fases do Modelo RAD..............................................................................26

Figura 10 - Fases da Prototipagem...........................................................................27

Figura 11 - Fases do Modelo Espiral........................................................................28

Figura 12 - Elemento do Processo Concorrente.......................................................29

Figura 13 - Fases do Modelo Baseado em Componentes........................................30

Figura 14 - Fases do Processo Unificado.................................................................31

Figura 15 - Fases do Modelo Incremental................................................................33

Figura 16 - Níveis de Abstração de Dados...............................................................39

Figura 17 - Modelo de Entidade-Relacionamento.....................................................40

Figura 18 - Modelo Relacional..................................................................................41

Figura 19 - Fatores motivadores da Governança de TI............................................42

Figura 20 - Modelo de Governança de TI.................................................................44

Figura 21 - CMMI na Abordagem por Estágios.........................................................45

Figura 22 - CMMI na Abordagem Contínua..............................................................46

Figura 23 - Áreas de conhecimento do PMBOK.......................................................48

Figura 24 - Domínios do ITIL....................................................................................49

Figura 25 - Metodologia Seis Sigma.........................................................................51

Figura 26 - Foco da Governança de TI, na visão do CobiT......................................52

Figura 27 - Domínios do Modelo CobiT....................................................................54

Figura 28 - Quadro CobiT.........................................................................................55

Figura 29 - Estratégia de TI......................................................................................58

Figura 30 - Ciclo de vida da informação...................................................................59

Figura 31 - Diagrama UML do ciclo da informação...................................................60

Figura 32 - Tratamento das informações..................................................................61

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Análise da solução proposta de aumento de discos no storage..............66

Tabela 2 - Análise da solução proposta de solicitação dos usuários no controle das informações...............................................................................................................66

Tabela 3 - Análise da solução proposta de armazenamento das informações em mídias óticas..............................................................................................................67

Tabela 4 – Análise da solução proposta de uma ferramenta de gerenciamento das informações...............................................................................................................67

Tabela 5 - Análise da solução proposta de aquisição de um novo servidor..............68

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Page 5: Estágio na área de gestão da informação

SUMÁRIO

RESUMO.....................................................................................................................V1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

1.1. ESTRUTURA DO TRABALHO..........................................................................22. A EMPRESA............................................................................................................3

2.1. MAPEAMENTO DOS PROCESSOS................................................................32.1.1. Mapeamento de processo da área de Recursos Humanos........................42.1.2. Mapeamento de processo da área de Compras.........................................62.1.3. Mapeamento de processos da área de Tecnologia de Informação............7

2.2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA..............................................................92.3. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DO TEMA....................................................10

3. METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA......................................................123.1. TIPOS DE PESQUISA....................................................................................123.3. TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS.............................................................16

3.3.1. Delimitação do universo de pesquisa e da amostra.................................173.4. CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAS DE ABORDAGEM................................18

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................204.1. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.......................................................................204.2. GESTÃO DA INFORMAÇÃO..........................................................................214.3. VANTAGEM COMPETITIVA COM USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.224.4. ENGENHARIA DE SOFTWARE.....................................................................23

4.4.1. UML (Unified Modeling Language)...........................................................344.4.1.1. Diagramas de UML............................................................................35

4.5. SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS.....................................384.5.1. Modelo Entidade-Relacionamento............................................................404.5.2. Modelo Relacional....................................................................................41

4.6. GOVERNANÇA DE TI.....................................................................................414.6.1. Modelo de Governança de TI...................................................................434.6.2. Modelos de Melhores Práticas em Governança de TI..............................44

4.6.2.1. CMMI – Capability Maturity Model Integration...................................454.6.2.2. PMBOK – Project Management Body of Knowledge.........................474.6.2.3. ITIL – Information Technology Infrastructure Library.........................484.6.2.4. Seis Sigma.........................................................................................504.6.2.5. CobiT – Control Objectives for Information and Related Technology.........................................................................................................................51

4.6.2.5.1. Iniciando os processos de Governança através do CobiT..........535. ESTUDO DE CASO...............................................................................................57

5.1. CENÁRIO ATUAL DE TI NA EMPRESA EM ESTUDO..................................575.2. COLETA DE DADOS......................................................................................61

6. APRESENTAÇÃO DA SOLUÇÃO.........................................................................656.1. ESCOLHA DA FORMA DA SOLUÇÃO...........................................................65

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................69REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................71

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HYPPOLITO NETO, Francisco. Implantação de uma ferramenta para gerenciamento de espaço em disco de um servidor de arquivos em uma empresa multinacional: ESTUDO DE CASO. Estágio Supervisionado. Sistemas de Informação. FSL – “Faculdade Santa Lucia”. 2010.

RESUMO

O objetivo geral deste trabalho é identificar uma solução para melhorar o gerenciamento de informações no departamento de tecnologia. Inicialmente foi elaborado um mapeamento de processos para se ter uma visão sistêmica dos processos. A gestão dos recursos de Tecnologia da Informação, por meio de boas práticas de governança é, hoje, o elemento que trás o equilíbrio e faz a interligação entre negócio e Tecnologia da Informação. No cenário atual da empresa, os estudos do gerenciamento das informações apontaram as dificuldades existentes na administração atual dos dados, causados principalmente pelo aumento do volume de informações. O trabalho propõe uma análise dos problemas e uma pesquisa entre os responsáveis diretos pelos serviços de gerenciamento, no intuito de se encontrar a melhor forma para resolução destes problemas, apoiando-se nos critérios e requisitos adotados pela empresa, e utilizando-se das melhores práticas de gerenciamento sugeridas pelo framework CobiT. Através de métodos de implementação e ferramentas que auxiliam a integridade da engenharia de produtos, a gestão da informação consegue introduzir sua importância dentro das ações dos negócios, justificando os recursos destinados ao uso da tecnologia e provando que as inovações na forma de gestão fornecem potencial para criar vantagens duradouras.

Palavras-chave: Ferramentas de gerenciamento, servidor de arquivos, governança.

v

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1. INTRODUÇÃO.

O uso padronizado de ferramentas de controle da gestão aprimora o

desenvolvimento e une as atividades de negócio da empresa com a Tecnologia da

Informação (TI), tornando os recursos tecnológicos, não apenas ferramentas de

apoio, mas elementos necessários de solução para os problemas da empresa.

No cenário atual, a maioria dos negócios não se mantém sem a tecnologia,

tornando-se esta, parte intrínseca e suporte indispensável para a operação das

modernas organizações (FERNANDES E ABREU, 2006).

Os gerentes de tecnologia devem promover a integração entre TI e os

negócios, colaborando com a visão empresarial com o uso de sistemas eficientes

que padronizem os processos, através de uma infraestrutura compartilhada e

dinâmica, além de ter profundo conhecimento do negócio.

A gerência de recursos e pessoas em TI devem ser focados em melhorias de

desempenhos, ou seja, fazer melhor as coisas, através de planejamento,

organização e controle, utilizando-se de métodos e análises (COCO, 2010).

Portanto, é irreversível a importância do papel estratégico do gestor como líder

visionário e impulsionador do crescimento financeiro, utilizando-se para isso de

soluções analíticas como ferramentas prioritárias para ampliar vantagens

competitivas ao negócio.

O presente trabalho busca apresentar soluções para o gerenciamento das

informações do departamento de tecnologia, permitindo que os administradores dos

recursos de manipulação dos dados consigam cumprir com os acordos de nível de

serviços realizados com os colaboradores da empresa. Logo, espera-se que o uso

das técnicas de pesquisa permita explorar a viabilidade do investimento de maneira

mais correta, verificando as expectativas dos envolvidos na otimização dos recursos

e tarefas.

O conhecimento dos requisitos da empresa e das melhores práticas de

implementação de uma solução, fornecidas pelo framework CobiT, auxiliaram na

pesquisa e escolha da melhor solução para os problemas de gerenciamento das

informações, tendo como foco principal a agregação de valor para os usuários no

fornecimento dos serviços de TI.

O aprimoramento constante e o acompanhamento contínuo dos métodos de

análises e ferramentas de gestão devem ser administrados de perto pelos gestores

de tecnologia, pois além de fornecerem o devido suporte no tratamento dos

problemas, são também elementos que garantem a confiabilidade do negócio.

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Page 8: Estágio na área de gestão da informação

1.1. ESTRUTURA DO TRABALHO.

O primeiro capítulo deste trabalho apresentará a introdução do trabalho como

um todo.

O segundo exibirá a empresa que será estudada para aplicação da solução

através da gestão de informação, juntamente com os mapeamentos de processos

dos seus principais departamentos, seguidos da caracterização dos problemas

encontrados na avaliação deste mapeamento e os principais objetivos que

motivaram as iniciativas de pesquisa e levantamentos de informações.

O estudo dos mapeamentos de processos realizados em uma empresa

facilitará a identificação dos problemas, servindo como base de apoio também para

sua solução (REZENDE E ABREU, 2003).

O terceiro capítulo apresentará os métodos científicos utilizados para apoiar

quaisquer formas de pesquisa de caráter científico, demonstrando também as

diferentes técnicas de coletas de dados existentes e caracterizando àquelas que irão

ser utilizadas diretamente no trabalho.

A metodologia científica deve fornecer ferramentas para capacitar os

profissionais a realizar pesquisas, independente da área de atuação desejada

(CRUZ E RIBEIRO, 2004).

O quarto capítulo exporá o estudo de fontes literárias que irão auxiliar na

aplicação da solução para os problemas levantados, tendo como base principal a

gestão da tecnologia da informação. Os capítulos seqüentes tratarão da gestão e

governança de TI, além de demonstrarem metodologias de implementação de

engenharia de software e sistemas gerenciais de banco de dados, tendo como

referência livros, artigos, revistas e fontes confiáveis da Internet.

As empresas administram muitos ativos como pessoas, dinheiro, instalações

e o relacionamento com os clientes, mas as tecnologias que coletam, armazenam e

disseminam informações, talvez sejam os ativos que lhe causem maior perplexidade

(WEILL E ROSS, 2006).

O quinto capítulo mostrará o estudo de caso realizado em um departamento

de tecnologia de uma empresa multinacional.

O sexto realizará a apresentação da solução, sendo esta sugerida de acordo

com as pesquisas realizadas no capítulo anterior.

No sétimo serão apresentadas as considerações finais.

Por fim, registrar-se-á a referência bibliográfica utilizada na realização deste

trabalho.

2

Page 9: Estágio na área de gestão da informação

2. A EMPRESA.

Fundada em meados de 1920, a empresa multinacional em estudo começou

suas atividades no ramo de peças para automóveis. A partir de 1921, ela passou a

produzir em um primeiro momento pistões de liga leve para carros e motocicletas de

competição, passando mais tarde a fabricar pistões para carros e caminhões em

escala industrial.

Após um rápido crescimento dos volumes de produção e do aperfeiçoamento

da liga dos pistões, assim como a criação do pistão diesel com porta anel (este de

aço fundido com o alumínio para resistir à pressões maiores de combustão). Em

1931, a produção de pistões chegou a um total de 500.000 (quinhentas mil)

unidades, sendo que a empresa produzia ainda rodas para aviões, filtros

automotivos, bem como outras peças de alumínio.

Comparativamente, hoje, a empresa no Brasil produz em torno de 22 (vinte e

dois) milhões de pistões ano e assim transformando-se num modelo empresarial que

conseguiu se impor em um mercado altamente competitivo, concentrando seus

esforços em tecnologia de qualidade e na formação de recursos humanos, contando

com a participação real e efetiva de uma estrutura financeira sólida.

Sempre agregando tecnologia para satisfazer cada vez mais os clientes, a

empresa, hoje, é símbolo de qualidade nos produtos e serviços. No Brasil, ela

fabrica pistões e componentes de motores, sistemas de trem de válvulas e sistemas

de filtração.

Com oito unidades fabris no país, a empresa conta ainda com um centro de

tecnologia em São Paulo e um centro de distribuição, esta localizada em Limeira-SP.

Atende a todas as montadoras de veículos do país e ainda fornece produtos para o

exterior, a empresa no Brasil conta com aproximadamente 4.600 (quatro mil e

seiscentos) funcionários e um faturamento que gira em torno de US$ 600, 000

(seiscentos) milhões/ano.

2.1. MAPEAMENTO DOS PROCESSOS.

Todas as atividades dentro de uma empresa organizada devem ser

mapeadas de maneira a padronizar as ações. Esses mapeamentos auxiliam na

identificação dos problemas de processos da empresa.

De acordo com Rezende e Abreu (2003), esta representação de mapeamento

de processos através de fluxogramas descreve e analisa as atividades em todos os

departamentos para futuras possíveis ações de melhoria.

3

Page 10: Estágio na área de gestão da informação

A seguir serão demonstrados os departamentos da empresa que estão

relacionados com a área de Tecnologia de Informação com alguns de seus

mapeamentos de processo mais importantes, assim como o mapeamento de

processos de Tecnologia de Informação que estão relacionados com o estudo de

caso que será foco deste relatório.

2.1.1. Mapeamento de processo da área de Recursos Humanos.

Figura 1 - Mapeamento de Processo de RH (Recrutamento Interno)

4

Page 11: Estágio na área de gestão da informação

Figura 1 - Mapeamento de Processo de RH (Recrutamento Interno) - continuação

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2.1.2. Mapeamento de processo da área de Compras.

Figura 2 - Mapeamento de Processos de Compras (Aquisição de Produtos)

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Page 13: Estágio na área de gestão da informação

2.1.3. Mapeamento de processos da área de Tecnologia de Informação.

Figura 3 - Mapeamento de Processo de TI (Abertura de Chamados)

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Page 14: Estágio na área de gestão da informação

Figura 4 - Mapeamento de Processo de TI (Backup de Arquivos)

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Figura 5 - Mapeamento de Processo de TI (Manipulação de usuários)

Os mapeamentos de processos dos demais departamentos da empresa não

foram autorizados a ser exibidos pelos responsáveis da área, e por isso não foram

demonstrados neste trabalho.

2.2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA.

O foco deste trabalho é o departamento de Tecnologia de Informações da

empresa multinacional em estudo, que como foi observado no mapeamento de

processos (FIGURA 3, FIGURA 4 E FIGURA 5) já possui uma estrutura organizada

para resolução de problemas provenientes desta área.

Com o aumento das atividades dos colaboradores e o próprio crescimento da

empresa, a quantidade de informações também aumenta na mesma proporção e

estas informações somam como patrimônio desta empresa sendo tão importantes

quanto a própria atividade que desempenha no mercado.

Atualmente, o número de chamados abertos pelos usuários solicitando

espaço em disco para o servidor de arquivos, representa um percentual considerável

e ocupa tempo demais dos analistas, além de ser considerado um chamado de

caráter urgente, pois sem espaço para armazenar as informações, os colaboradores

também são obrigados a parar suas atividades, o que ocasiona o problema em

estudo.

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Page 16: Estágio na área de gestão da informação

A história nos mostra que o homem tem aprendido com os erros do passado e

depende deste aprendizado para melhorar e até aperfeiçoar suas ações, e estas

ocorrências servem para evitar que essas falhas não sejam cometidas novamente.

Para as empresas a idéia de se utilizar um histórico das atividades pretéritas tem a

mesma validade, e os arquivos e documentações antigos são muito importantes

para que a empresa esteja sempre em um crescente dentro de seu ramo de

atividade.

Neste contexto, a forma de se lidar com estes arquivos, também deve ser

cautelosa e atualmente, na empresa em estudo, os erros nos backups dos

documentos ocorrem com grande freqüência, e muitas vezes durante a noite que é o

horário de realização dos backups, tudo isso pelo fato de se ter um volume muito

grande de informações importantes para se copiar. Este fato também faz parte do

problema em estudo.

A redução do espaço de tempo utilizado para realização dos backups,

também é um dos motivos da necessidade de se encontrar uma solução para o

gerenciamento das informações do servidor de arquivos da empresa.

Além disso, outra questão a ser destacada é que, o equipamento atual muitas

vezes não atende à demanda de solicitações de recuperação de arquivos por parte

dos usuários, devido a sua limitação física, o que acaba gerando demora no

atendimento a estas solicitações.

Todo este tempo dos analistas e operadores desprendido para correção

destes problemas, que poderiam ser utilizados para projetos de melhoria ou

atendimento a outras ocorrências, serviu como motivação para idéias de

aperfeiçoamento do sistema atual.

2.3. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DO TEMA.

O objetivo geral deste trabalho é identificar uma forma de solução para

melhorar o gerenciamento de informações no departamento de tecnologia. Utilizam-

se ferramentas de coleta e análise de dados, ou seja, as melhores práticas

recomendadas pelo framework CobiT e os critérios da empresa em estudo para

determinar a melhor escolha.

Percebe-se que as empresas estão bastante preocupadas com o tempo e

velocidade no atendimento aos problemas internos e externos, fator este que atribui

qualidade aos serviços prestados.

Diante desse fator tão relevante, a idéia de reduzir consideravelmente o

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Page 17: Estágio na área de gestão da informação

tempo de backup do servidor de arquivos, deve ser feita através da classificação de

cada um desses arquivos por freqüência de utilização e a manipulação automática

levará ao início deste trabalho.

Esta solução fará uma observação detalhada nas propriedades dos arquivos

do servidor, classificando-os cada um dentro de critérios pré-estabelecidos,

realocando-os de acordo com a freqüência de sua utilização, deixando assim espaço

livre para arquivos que realmente estão sendo utilizados no momento, além de

reduzir o tempo do backup que será realizado somente em arquivos alterados pelo

usuário.

O upgrade do hardware de armazenamento dos backups da empresa vem

para fechar este trabalho não só como uma busca por equipamentos mais

modernos, mas como uma necessidade de segurança e agilidade na manipulação

destes arquivos durante a realização e recuperação destes backups.

Diante deste contexto, o tema do presente trabalho será: IMPLANTAÇÃO DE

UMA FERRAMENTA PARA GERENCIAMENTO DE ESPAÇO EM DISCO DE UM

SERVIDOR DE ARQUIVOS EM UMA EMPRESA MULTINACIONAL: ESTUDO DE

CASO.

A justificativa do tema apresentado, refere-se ao interesse em apresentar uma

solução para melhor aproveitamento e agilidade dos processos e recursos de

tecnologia no departamento de TI da empresa em estudo.

Espera-se, que essas implementações de software e hardware possibilitem

uma solução eficaz dos problemas descritos para a empresa, utilizando os recursos

de gerenciamento da informação como auxílio durante a implementação.

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Page 18: Estágio na área de gestão da informação

3. METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA.

A metodologia científica passou a representar o elemento fundamental do

processo do conhecimento realizado pela ciência, não só para diferenciá-la do senso

comum, mas também das modalidades de expressão como a filosofia, a arte e a

religião.

Para Severino (2007), a metodologia científica trata-se de um agrupamento

de procedimentos lógicos e técnicas operacionais permitindo acesso às relações

causais constantes entre os fenômenos, através da investigação dos fatos.

O autor relata que as atividades de pesquisa são marcadas por elementos

gerais, sendo estes comuns a todos os processos de conhecimento que se pretenda

realizar sobre quaisquer objetivos de estudo.

Cruz e Ribeiro (2004), apontam que a metodologia científica deve fornecer

instrumentos que capacitem os indivíduos a atingir o estudo em qualquer área de

pesquisa, compreendendo-se a forma como se processam os fenômenos

observáveis, descrevendo sua estrutura e funcionamento.

Os autores caracterizam uma pesquisa científica como sendo uma

investigação estruturada, controlada, sistemática e redigida de acordo com as

normas da metodologia valorizadas pela ciência, de forma completamente formal.

Já para Cervo e Bervian (2002), a pesquisa científica é uma atividade voltada

para a solução de problemas e dúvidas de caráter teórico ou mesmo prático com o

auxílio de processos científicos.

De acordo com os autores, esta pesquisa pode partir de uma dúvida ou

problema, e a metodologia científica busca, através de práticas de apoio, uma

resposta ou uma solução.

A metodologia de pesquisa científica para solução de problemas, ou mesmo

para obtenção de métodos de estudo sobre quaisquer assuntos admite níveis

diferentes de aprofundamento, que irão depender do objeto de estudo, objetivos

visados e a qualificação do pesquisador.

3.1. TIPOS DE PESQUISA.

Cada tipo de pesquisa possui, além de um centro comum de procedimentos,

suas metodologias próprias, porém elas não se excluem e nem se opõem, sendo

indispensáveis para o progresso, além de buscar a atualização de conhecimentos

para uma nova tomada de decisão e transformar em ação concreta os resultados de

um trabalho.

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Page 19: Estágio na área de gestão da informação

Segundo Cruz e Ribeiro (2004) os tipos de pesquisa são classificados, quanto

aos seus objetivos, em: exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e

intervencionista. Os autores afirmam ainda que de acordo com as suas fontes de

informação, as pesquisas se classificam em: pesquisa bibliográfica, pesquisa de

laboratório e pesquisa de campo. A explicação de cada um destes tipos de pesquisa

segundo os autores é apresentada a seguir:

Quanto aos seus objetivos:

A pesquisa exploratória tem como finalidade dar informações a respeito do

objeto de pesquisa e orientar a formulação de hipóteses, estabelecendo critérios,

métodos e técnicas para sua elaboração.

A pesquisa descritiva apresenta o estudo, análise, registro e interpretação

dos fatos do mundo físico sem a intervenção dos pesquisadores.

A pesquisa explicativa é semelhate à descritiva, com o adicional de

identificar as causas.

A pesquisa metodológica apresenta métodos e instrumentos utilizados para

captar e manipular a realidade com objetivo de alcançar um determinado fim.

A pesquisa aplicada é a forma prática para solução de um problema

concreto e real, utilizando seus resultados imediatamente para a dificuldade em

questão.

A pesquisa intervencionista difere-se da aplicada pela participação direta do

pesquisador na realidade estudada, no intuito de modificá-la.

Quanto as suas fontes:

A pesquisa bibliográfica visa um levantamento dos trabalhos realizados

anteriormente sobre o mesmo tema estudado no momento, identificando e

selecionando métodos e técnicas a serem utilizados. Este tipo de pesquisa tem por

objetivo levar ao pesquisador o conhecimento sobre uma determinada área.

A fontes bibliográficas se dividem em primárias, (que abrangem os trabalhos

originais com conhecimento original publicado pela primeira vez pelos autores),

secundárias, (que são constituídas por trabalhos não originais e que basicamente

citam, revisam e interpretam trabalhos originais), e os índices categorizados de

trabalhos primários e secundários (que retratam as fontes terciárias como índices e

listas bibliográficas).

A pesquisa de laboratório permite ao pesquisador manipular as variáveis,

isolá-las ou até mesmo provocar eventos passíveis de controle. Sendo assim, este

tipo de pesquisa exige atitudes e condições básicas do pesquisador para que a

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Page 20: Estágio na área de gestão da informação

mesma tenha um valor científico, sendo elas qualidades físicas, interesse pela

atividade científica, compromisso de observação, segurança sobre os resultados,

obrigação com a natureza autocorretiva do conhecimento, rigor, busca da certeza,

paciência e perseverança.

Uma pesquisa de laboratório envolve algumas etapas, dentre as quais estão a

observação, (ação em que o fenômeno é observado e desenvolve-se a curiosidade

em relação a ele), a hipótese, (ação em que suposições são levantadas na tentativa

de explicar o que se desconhece), a experimentação, (ação de provocar o mesmo

fenômeno diversas vezes registrando suas variações), e a indução, (ação de se

generalizar o acontecimento dos fatos pelo conhecimento particular do objeto de

estudo).

A pesquisa de campo consite na observação do objeto de estudo, através de

técnicas de coleta e apresentação de dados. A pesquisa de campo não permite a

intervenção do pesquisador nas variáveis supostamente relevantes para se obter

conhecimento específico do que se está estudando.

Já para Cervo e Bervian (2002) os tipos de pesquisa científica são

classificados em bibliográfica, descritiva, experimental, estudos exploratórios,

resumo de assunto e seminário de estudos. A explicação de cada um destes tipos

de pesquisas segundo os autores é apresentada a seguir:

A pesquisa bibliográfica tem por objetivo explicar um problema, partindo das

referências teóricas publicadas em documentos buscando conhecer e analisar as

contribuições culturais ou científicas do passado, existentes sobre um determinado

assunto, tema ou problema.

A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou

variáveis sem manipulá-los buscando descobrir a freqüência com que um fenômeno

ocorre com a máxima precisão possível.

A pesquisa experimental atua sobre as variáveis relacionadas ao objeto de

estudo manipulando-as, proporcionando o estudo da relação entre causa e efeito de

um determinado fenômeno.

Os estudos exploratórios se tornam os passos iniciais no processo de

pesquisa pela experiência, auxiliando na formulação de hipóteses significativas para

posteriores pesquisas.

O resumo de assunto é o texto que reúne, analisa e discute conhecimentos

e informações já publicados. Mesmo nào sendo um trabalho original, exige de seu

autor os mesmos métodos científicos utilizados no trabalho original.

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Page 21: Estágio na área de gestão da informação

O seminário de estudos tem por finalidade transmitir informações em

conformidade com as diretrizes da metodologia científica, discutir informações

geradas pelo intecâmbio entre os pesquisadores e extrair conclusões em função dos

objetivos que se pretendem alcançar.

Quanto às técnicas de pesquisa, é importante destacar ainda o estudo de

caso. Gil (1999) afirma que para a utilização do estudo de caso é necessário que se

faça um levantamento bastante completo sobre os objetos de estudo do assunto em

questão, obtendo assim um grande conhecimento sobre o mesmo.

Para o autor, este conhecimento ajuda a explorar situações da vida real, cujos

limites não estão claramente definidos, além de explicar as variáveis causais de

determinados fenômenos em que a utilização de levantamentos e experimentos não

é possível.

Já para Severino (2007), o estudo de caso se concentra no estudo de um

caso particular e deve ser trabalhado, através de formas de análise rigorosas,

seguido de relatórios qualificados.

O autor apresenta este estudo de caso que se torna uma generalização para

situações similares, e para isso a escolha do tema do caso deve se ter um

fundamento significativo e bem representado.

Considerando os tipos de pesquisa estudados no presente trabalho, será

utilizada uma combinação entre algumas das pesquisas citadas, e a justificativa para

o emprego de cada uma delas, o que serão explicados a seguir:

Pesquisa exploratória ou Estudos exploratórios: Como primeiro passo

após a identificação do problema, foi feito um levantamento da forma como a

solução encontrada deveria atuar na solução, demostrando situações hipotéticas

sugeridas propositalmente no intuito de fornecer métodos e critérios para que esta

solução atendesse aos requisitos desejados.

Seminário de estudos: As ações foram realizadas em conjunto pela equipe

envolvida. Devem estar alinhadas com os processos básicos e padronizados que já

são adotados pela empresa em estudo, além de fornecer uma justificativa plausível

para a escolha da solução que esteja em conformidade com os parâmetros e

critérios estabelecidos.

Pesquisa bibliográfica: Todo o trabalho foi fundamentado e baseado na

metodologia científica vigente no período de seu estudo, e por isso durante sua

realização, foram realizadas pesquisas sobre obras de autores que atuam ou

atuaram no ramo, cujo conteúdo se relaciona com o tema do trabalho.

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Page 22: Estágio na área de gestão da informação

Estudo de Caso: Para o auxílio demonstrativo do problema levantado no

início deste trabalho foi utilizada, como complemento, a técnica de pesquisa de

estudo de caso, pois todo levantamento de informações foi realizado em uma

empresa específica, onde foi estudado o problema identificado na empresa.

3.3. TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS.

Além do bom planejamento, para que uma pesquisa científica apresente

dados fiéis e conclusivos, ela deve envolver também uma tarefa de coleta de dados,

que deve ocorrer logo após a escolha e delimitação do assunto desejado.

Para Cruz e Ribeiro (2004), os instrumentos utilizados na pesquisa científica

são questionário, formulário, entrevista, procedimentos estatísticos, análise

estatística e interpretação dos dados. A explicação de cada um destes métodos de

coleta segundo os autores, serão descritos a seguir:

O questionário é um instrumento utilizado quando se objetiva atingir um

número considerável de pessoas, formado de um conjunto de questões formuladas

pelo pesquisador. A linguagem utilizada deve obedecer a forma culta da linguagem,

podendo ser um questionário com perguntas abertas, (que permite aos envolvidos

dar a sua opinião), fechadas, (restringindo a resposta na escolha de duas opções)

e/ou de múltipla escolha, (fechadas com uma série de respostas possíveis).

O formulário é similar ao questionário, porém é o pesquisador que preenche

as respostas baseado nas respostas dos entrevistados. Este recurso permite ao

observador fazer anotações de sua autoria, no intuito de esclarecer ou mesmo

relatar o comportamento do entrevistado no momento do questionário, para

enriquecer sua pesquisa.

A entrevista é uma outra forma de se obter respostas, através de uma

conversa entre o pesquisador e pessoas, cujo conhecimento esteja diretamente

relacionado com o objeto de estudo desejado.

Os procedimentos estatísticos são os registros que se apresentam em

forma de quadros, gráficos ou tabelas, apresentando um tratamento estatístico que

irá auxiliar na verificação dos resultados.

A análise estatística consiste em determinar se as respostas obtidas com a

pesquisa podem ser generalizadas para a população ou universo de pesquisa.

Na interpretação dos dados, o pesquisador fará a ligação lógica e as

comparações necessárias para finalizar a averiguação, em que os dados coletados

foram convenientemente tratados e analisados.

16

Page 23: Estágio na área de gestão da informação

Já para Cervo e Bervian (2002), os instrumentos utilizados na pesquisa

científica são questionário, formulário e entrevista. A explicação de cada um destes

métodos de coleta segundo os autores serão descritos a seguir:

A entrevista é uma conversa orientada para um objetivo definido, recolhendo

por meio de um interrogatório dados para a pesquisa. Este método deve ser utilizado

quando não há mais fontes seguras para as informações desejadas ou mesmo

quando se quiser completar dados extraídos de outras fontes.

O questionário é a forma mais utilizada para coleta de dados pois possibilita

medir com melhor exatidão o que se deseja. Ele contém um conjunto de questões

relacionadas com um problema central.

O formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário com o objetivo de

coletar dados resultantes de observações ou interrogações em que o preenchimento

é feito pelo próprio pesquisador.

Considerando os tipos de coletas estudadas no presente trabalho, será

utilizada uma combinação entre algumas das técnicas citadas, e a justificativa para o

emprego de cada uma delas, o que serão descritos a seguir:

Formulário: As empresas pesquisadas, que possuíam possíveis soluções

para o problema da empresa em estudo, foram questionadas sobre as

funcionalidades que a solução delas apresentava, para que a melhor escolha fosse

aceita, obedecendo aos padrões mínimos exigidos e que estivessem em harmonia

com os objetivos estabelecidos. Essas respostas foram analisadas, esclarecidas e

comentadas durante sua execução pelos pesquisadores envolvidos.

Entrevista: Como havia critérios relevantes que seriam fatores determinantes

para a escolha da solução, os responsáveis da área foram questionados sobre as

necessidades de escolhas, evitando assim o desperdício de tempo e energia com

soluções inviáveis.

Procedimentos estatísticos, Análise estatística e Interpretação dos

dados: A utilização de quadros e gráficos para uma melhor apresentação das

informações levantadas auxilia na justificativa do investimento da solução para o

negócio. Este deixa as informações mais claras para que se tenha uma visão do

antes e depois da implementação da solução.

3.3.1. Delimitação do universo de pesquisa e da amostra.

A definição do ambiente de pesquisa, bem como, os indivíduos, que estarão

envolvidos nas técnicas de coleta de dados, são fatores fundamentais para

17

Page 24: Estágio na área de gestão da informação

completar o levantamento das informações do problema em estudo.

Para Marconi e Lakatos (2001), o conjunto de seres animados ou mesmo

inanimados para caracterizar o universo ou população de pesquisa devem ter pelo

menos uma característica em comum, e a amostra ocorre quando não há

necessidade de investigar toda a polpulação, deixando assim que os resultados de

pesquisa obtidos por um pequeno grupo selecionado sejam considerados como o

todo.

Os autores afirmam que a escolha dos elementos da amostra deve ser feita

de tal forma que ela seja o mais representativa possível do todo, selecionada

convenientemente, tornando-se assim um subconjunto do universo.

Já para Gil (1999) as definições básicas para universo e amostra são as

seguintes:

Universo ou população: Conjunto definido de elementos que possuem

determinadas características.

Amostra: Subconjunto do universo ou população, em que se estabelecem as

características deste universo ou população.

Considerando as definições citadas, o departamento de tecnologia da

informação da empresa em estudo foi o cenário para a coleta dos principais dados

do problema, sendo considerado assim como o universo ou população de pesquisa,

e os envolvidos na busca da solução ou mesmo àqueles que possuem o papel de

patrocinadores desta solução foram os indivíduos que irão representar este universo

ou população durante as técnicas de coleta de dados.

3.4. CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAS DE ABORDAGEM.

As informações levantadas durante a coleta dos dados irão determinar a

qualidade da solução que será implantada, devendo para tanto ser objeto de

atenção dos pesquisadores.

Gil (1999) divide as formas de pesquisa, quanto ao método de pesquisa, em

dois grupos:

Quantitativa: São os dados obtidos mediante levantamentos, podendo ser

agrupados em tabelas, possibilitando a análise estatística.

Qualitativa: São os dados que consideram uma relação entre o mundo real e

o sujeito de pesquisa, em que as investigações das informações pessoais desse

sujeito, como comportamento, crença e opinião, ficam livres de interpretações

indutivas dos pesquisadores.

18

Page 25: Estágio na área de gestão da informação

Conforme o autor, fazendo um comparativo entre as duas formas, é

importante ressaltar que atualmente há necessidade de ambas para a maioria das

pesquisas, sendo possível afirmar que as duas abordagens se complementam.

Durante este trabalho foram utilizadas as duas formas de abordagens

descritas anteriormente, em que por meio do formulário de pesquisa, realizado com

os integrantes do projeto e estudo, foi possível chegar a parâmetros que facilitaram

as pesquisas posteriores caracterizando assim uma checagem qualitativa ao

trabalho.

Além disso, este formulário auxiliará no processo de estabelecer os critérios

de escolha que ajudarão na elaboração da entrevista direcionada às empresas

pesquisadas. Através dos estudos estatísticos que mensuraram as vantagens e

desvantagens de cada uma das soluções apresentadas, caracterizando assim uma

abordagem quantitativa ao trabalho.

19

Page 26: Estágio na área de gestão da informação

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Quando ocorre o surgimento de um problema dentro de uma organização, a

utilização de métodos eficazes nos auxiliam na administração e resolução desse

problema através de uma implementação eficaz e segura. Torna-se fundamental, e

se faz necessário um estudo realizado através de fontes confiáveis.

Chiavenato (2001) afirma que a administração é o ato de realizar todas as

atividades, com recursos humanos e materiais disponíveis, de maneira eficaz e

eficiente. Esse conceito é aplicado a qualquer ramo de atividade, pois os recursos

materiais por si só, não trazem o resultado, bem como, as pessoas sem os recursos

para exercer seu trabalho, não conseguem alcançar seus objetivos. O ideal é que a

união entre estes dois fatores esteja presente nos processos da empresa.

Os livros e meios de pesquisa utilizados serão demonstrados no decorrer do

trabalho e o detalhamento das fontes se encontra no final do projeto.

4.1. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.

Com a necessidade das empresas em concentrar as informações de maneira

organizada e segura, utilizou-se uma ferramenta de fácil entendimento e,

principalmente, com uma resposta rápida, fez dos sistemas de informação o meio

mais eficaz na solução dos problemas mais complexos do mundo moderno.

Para O’Brien (2003), um sistema é um grupo de componentes inter-

relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum, recebendo insumos e

produzindo resultados em um processo organizado de transformação.

O autor mostra que as funções básicas em iteração dentro de um sistema de

informação são divididas em elementos de entrada, processamento e saída de

informação, utilizando recursos humanos, de softwares, de hardware, de Dados e de

Rede para gerenciamento destes elementos.

O’Brien (2003) destaca também a introdução dos sistemas de informação

gerenciais, que auxiliam os administradores e usuários finais gerenciais com

relatórios que contém as informações que precisam para fins de tomada de decisão.

Estes sistemas de auxílio são conhecidos como Sistemas de Informação Gerencial

(SIG).

Já os autores Stair e Reinolds (2002) resumem um Sistema de Informação

Gerencial como um provedor não só de informação e suporte para a efetiva tomada

de decisão, mas também como uma forma de obter respostas às operações diárias,

agregando assim, valor aos processos da organização.

20

Page 27: Estágio na área de gestão da informação

A Figura 6 demonstra os elementos e recursos de um Sistema de Informação.

Figura 6 - Elementos e Recursos de Sistemas de Informação

Fonte: O’Brien (2003)

4.2. GESTÃO DA INFORMAÇÃO.

Um sistema de Informação é uma ferramenta essencial das empresas que

querem se destacar no mercado, porém, ainda assim as decisões finais serão

executadas pelos gestores, e a habilidade com que eles utilizarão essas ferramentas

gerenciais devem ser consideradas também como condição de sucesso.

Para Rezende e Abreu (2003), as habilidades dos gestores devem abranger

os recursos humanos e técnicos disponíveis do negócio que se gerencia, além dos

recursos tecnológicos.

Os autores afirmam ainda sobre este conceito que a imagem de uma Unidade

Departamental, depende fundamentalmente do gestor e o desconhecimento

elementar da Tecnologia da Informação e de seus recursos pelo administrador

causam muitos problemas dentro das empresas.

O autor O’Brien (2003) já é mais contundente quando afirma que a essência

21

Recursos Humanos: Usuários finais e Especialistas em SI.

Recursos de Software: Programas e procedimentos.

Recursos de

Hardware: Máquinas e

mídias.

Recursos de Dados:

Bancos de Dados e Bases

de Conhecimento.

Recursos de Rede: Meios de Comunicação e Suporte de Rede.

Entrada de

Recursos de dados.

Processa-mento de Dados.

Saída de produtos

de informa-

ção.

Controle do Desempenho do Sistema.

Armazenamento de Recursos de Dados.

Page 28: Estágio na área de gestão da informação

de um Sistema de Informação Gerencial é a de encontrar as informações que os

gestores precisam para ajudá-los a tomar decisões.

O poder de decisão que cabe à gestão da informação deve transparecer

como um recurso altamente dinâmico levando as atividades da empresa ao

resultado esperado de acordo com o levantamento dos dados e informações.

A Figura 7 demonstra o modelo decisório dinâmico de gestão.

Figura 7 - Modelo Decisório Dinâmico de Gestão

Fonte: O’Brien (2003)

A ênfase que caracteriza a maior preocupação dos gestores é o

desenvolvimento global da empresa, seu crescimento com qualidade, produtividade

e perenidade, focando sempre o negócio principal e a competitividade da mesma.

4.3. VANTAGEM COMPETITIVA COM USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.

Os Sistemas de Informação Gerenciais podem levar uma empresa a obter

vantagens no mercado em relação a suas concorrentes diretas, fornecendo maior

conforto, qualidade, agilidade e confiabilidade na prestação de serviços.

Rezende e Abreu (2003) apontam o uso destes sistemas gerenciais como um

meio seguro de se obter vantagem competitiva nos negócios, mas revelam alguns

fatores que devem servir como atitudes necessárias para que estes sistemas

consigam o efeito desejado.

De acordo com os autores a empresa deve ter conhecimento de que as

22

Necessidades de Informações e Conhecimento.

Atividades.

Decisões, Ações e

Resultados.

Dados.

Informações.

Retroalimentação

Conhecimento.

Page 29: Estágio na área de gestão da informação

condições de mercado, bem como, as expectativas dos clientes e consumidores

mudam a todo o momento, derrubando as barreiras organizacionais que bloqueiam

o compartilhamento de dados entre as funções para obter o resultado desejado.

Essa facilidade de operações internas e externas reduz custos agregando

valor aos produtos, serviços e processos da organização, imprimindo velocidade,

integrando e otimizando a logística da firma.

Os autores destacam ainda, que a implantação de Sistemas de Informação

Gerenciais juntamente com as tarefas, as pessoas envolvidas e a estrutura são

fatores de impacto dentro da organização podendo afetar a produtividade e

qualidade dos produtos e serviços.

Para O’Brien (2003) devemos ver os Sistemas de Informação como ativos

capazes de alterar o modo como as empresas competem, e por isso devemos

encará-los como redes competitivas vitais para renovação organizacional agindo

como um investimento necessário em tecnologia que ajudam a empresa a alcançar

seus objetivos estratégicos.

O autor denota que o papel de desenvolver produtos, serviços e capacidades

que confiram a uma empresa vantagens estratégicas sobre as forças competitivas

que ela enfrenta no mercado mundial são apoiadas pelos sistemas de Informação.

Sobre este assunto, Stair e Reynolds (2002) ressaltam que um Sistema de

Informação Gerencial efetivo pode fornecer à organização uma vantagem

competitiva e, no mínimo, uma margem temporária sobre outra organização carente

de tal tipo de sistema.

Diante de toda a explanação e das exigências relatadas, as empresas

deparam-se basicamente com duas opções facultadas a elas, a de adquirir Sistemas

de Informação com fornecedores de soluções ou desenvolver os Sistemas de

Informação, quer com recursos próprios, ou mesmo com a ajuda de terceiros

obedecendo a métodos de Engenharia de Software.

4.4. ENGENHARIA DE SOFTWARE.

Percebe-se que a idéia de se obter um resultado satisfatório em uma

implementação de um novo software ou aplicação, deve estar relacionada com um

roteiro de desenvolvimento e suas ferramentas de apoio, aliados a total disciplina

dos envolvidos neste projeto.

Para Pressman (2006), os modelos prescritivos de processo tiveram, no

início, a tarefa de colocar ordem no caos do desenvolvimento de software, através

23

Page 30: Estágio na área de gestão da informação

de métodos prontos que passaram a fornecer um conjunto de elementos de

processo e um fluxo de trabalho orientado para fazer o inter-relacionamento destes

elementos.

De acordo com o autor, mesmo que o sistema perca em criatividade, por estar

sempre preso a um roteiro de atividades pré determinadas, os métodos prescritivos

para o desenvolvimento de software são fundamentais para se obter coordenação e

coerência no mundo do software.

Já para Forbellone e Eberspächer (1993), a lógica de programação de

sistemas é a arte de pensar de maneira correta, descartando erros comuns que

estamos acostumados a ver. A lógica envolvida na estrutura de uma linguagem de

programação de computadores é uma prova contra estas falhas, evitando

constrangimentos que possam comprometer o nome da empresa.

Existem vários tipos de modelos tradicionais de programação utilizados na

engenharia de software.

Segundo Pressman (2006) os modelos são classificados em: cascata,

incremental, RAD, prototipagem, espiral, desenvolvimento concorrente,

desenvolvimento baseado em componentes, métodos formais, desenvolvimento

orientado a aspectos e processo unificado. A explicação de cada um destes modelos

segundo o autor, é apresentada a seguir:

Um dos primeiros métodos prescritivos de desenvolvimento de software é o

modelo cascata, que sugere uma abordagem sistemática seguindo uma seqüência

de acontecimentos que darão início a outras fases até que o processo inteiro esteja

terminado.

A Figura 8 representa as fases do modelo cascata.

Figura 8 - Fases do Modelo Cascata

Fonte: Pressman (2006)

24

Implantação:Entrega, manutenção e feedback.

Construção:Codificação e testes.

Modelagem:Análise e projeto.

Planejamento:Estimativas, cronogramação e monitoração.

Comunicação:Levantamento de requisitos.

Page 31: Estágio na área de gestão da informação

Pressman (2006) cita diversas desvantagens neste antigo método, sendo que

a principal delas é a demora na obtenção do sistema pronto para o cliente, uma vez

que as fases do projeto não possuem um período determinado para acabar, e as

fases seguintes ficam ociosas.

Conforme o autor, hoje em dia, o trabalho com o alto ritmo dos

acontecimentos e a torrente de modificações as quais um desenvolvimento de

software está sujeito, este tipo de modelagem tornou-se inadequado, no entanto,

pode servir para situações nas quais os requisitos são fixos e o trabalho deve

prosseguir até o fim de modo linear.

O modelo incremental combina elementos do modelo em cascata aplicado

de maneira iterativa. Neste modelo ocorre a aplicação de seqüências lineares de

uma forma racional à medida que o tempo passa, o incremento inicial do projeto é

classificado como núcleo do produto.

Pressman (2006) aponta a utilidade do modelo incremental para casos em

que não há mão-de-obra disponível para uma implementação completa, dentro do

prazo de entrega estabelecido para o projeto, e se o núcleo do produto for bem

recebido, então o pessoal extra pode ser adicionado para implementar o próximo

avanço.

O modelo RAD (Rapid Application Development - desenvolvimento rápido de

aplicação) enfatiza um ciclo de desenvolvimento em um curto espaço de tempo.

De acordo com Pressman (2006), esse desenvolvimento rápido de aplicação

permite a uma equipe de desenvolvimento criar um sistema plenamente funcional

dentro de um período curto de tempo, (de 60 a 90 dias), isso se os requisitos forem

bem compreendidos e o objetivo do projeto for restrito.

O projeto em RAD é dividido em várias partes e o trabalho fracionado em

equipes que irão prosseguir paralelamente com suas respectivas atividades.

No RAD a estrutura do projeto é dividida em cinco etapas, sendo a primeira o

planejamento, que consiste na divisão das tarefas entre a equipe. A segunda parte e

talvez a mais importante, é a comunicação, onde os problemas do negócio e as

características das informações que o software precisa acomodar serão entendidos.

A partir da terceira etapa, modelagem, o tempo começa a correr, e nesta

modelagem são estabelecidas as representações de projeto que servem como base

para a atividade de construção do RAD, sendo dividida em três camadas: negócio,

dados e processos.

A etapa seguinte é a de construção, que enfatiza o uso de componentes de

25

Page 32: Estágio na área de gestão da informação

software preexistentes e a aplicação da geração automática de código. Finalmente,

vem a implantação deste trabalho, deixando uma margem para iterações

subseqüentes, se necessário.

A Figura 9 representa as fases do modelo RAD.

Figura 9 - Fases do Modelo RAD

Fonte: Pressman (2006)

No RAD a estrutura do projeto é dividida em cinco etapas, sendo a primeira o

planejamento, que consiste na divisão das tarefas entre a equipe. A segunda parte e

talvez a mais importante, é a comunicação, onde os problemas do negócio e as

características das informações que o software precisa acomodar serão entendidos.

A partir da terceira etapa, modelagem, o tempo começa a correr, e nesta

modelagem são estabelecidas as representações de projeto que servem como base

para a atividade de construção do RAD, sendo dividida em três camadas: negócio,

dados e processos.

26

60 – 90 dias

Planejamento

Comunicação

Modelo RAD:

Equipe N

Equipe 2

Equipe 1

ModelagemModelagem de Negócio;Modelagem de Dados;Modelagem de Processo.

ModelagemModelagem de Negócio;Modelagem de Dados;Modelagem de Processo.

ModelagemModelagem de Negócio;Modelagem de Dados;Modelagem de Processo.

ConstruçãoReuso de componentes;Geração automática;Código.

ConstruçãoReuso de componentes;Geração automática;Código.

ConstruçãoReuso de componentes;Geração automática;Código.

ImplantaçãoIntegração;Entrega;Feedback.

Page 33: Estágio na área de gestão da informação

A etapa seguinte é a de construção, que enfatiza o uso de componentes de

software preexistentes e a aplicação da geração automática de código. Finalmente

vem a implantação deste trabalho, deixando uma margem para iterações

subseqüentes, se necessário.

Independente da maneira como é aplicado o modelo de processo, o tipo

evolucionário de prototipagem auxilia o desenvolvedor de software e o cliente a

entenderem melhor o que deve ser construído quando os requisitos de entrada,

saída e processamento não estão detalhados e claros.

Pressman (2006), afirma que para esta insegurança por ambas as partes, a

prototipagem oferece melhor abordagem, e deve ser aplicada seguindo um ciclo de

comunicação, plano rápido, modelagem, construção e implantação.

O autor descreve ainda que este protótipo serve como primeiro sistema sendo

descartado após sua utilização, pois possui apenas uma aparência, ou seja, um

esboço do novo sistema, mas sua complexidade e utilização estão longe de serem

perfeitas. Na prototipagem, não são associados manutenibilidade e utilização global

do sistema.

A Figura 10 representa as fases da prototipagem.

Figura 10 - Fases da Prototipagem

Fonte: Pressman (2006)

O modelo espiral de desenvolvimento, Pressman (2006) explica que o

27

Comunicação

Plano rápido

Modelagem

Construção

Implantação

Page 34: Estágio na área de gestão da informação

software é desenvolvido numa série de versões evolucionárias e durante as

primeiras iterações, as versões podem ser um modelo de papel ou protótipo e nas

últimas iterações, são produzidas versões cada vez mais completas do sistema.

O autor cita ainda que diferentemente dos outros modelos de

desenvolvimento, que terminam quando o software é entregue, o tipo espiral pode

ser adaptado para aplicação ao longo da vida do software em que o produto vai

evoluindo de acordo com as voltas realizadas no processo.

A Figura 11 representa as fases do modelo espiral.

Figura 11 - Fases do Modelo Espiral

Fonte: Pressman (2006)

O modelo concorrente pode ser aplicado a qualquer tipo de

desenvolvimento de software, fornecendo uma imagem precisa do estado atual que

se encontra o projeto.

Como relata Pressman (2006), ao invés de confinar as atividades, ações e

tarefas de engenharia de software a uma seqüência de eventos, o modelo

concorrente define uma rede de atividades, onde cada atividade, ação ou tarefa da

rede existem simultaneamente com outras atividades, ações ou tarefas.

O autor explica que para cada fase do projeto, haverá um status de

classificação de acordo com sua evolução e desenvolvimento. Estes eventos são

28

Planejamento:Estimativa, cronograma e análise de riscos.

Modelagem:Análise de projeto.

Comunicação.

Implantação:Entrega e feedback.

Construção:Código, testes.

Início

Page 35: Estágio na área de gestão da informação

disparados de acordo com as ocorrências e descobertas.

A Figura 12 representa um elemento do processo concorrente.

Figura 12 - Elemento do Processo Concorrente

Fonte: Pressman (2006)

Sendo um método evolucionário, o modelo de desenvolvimento baseado

em componentes de engenharia de software é utilizado quando temos parte do

código pronto para reuso, simplificando parte do trabalho.

Pressman (2006) afirma, que este método simplifica setenta por cento do

trabalho do desenvolvedor, sendo composto de aplicações a partir de componentes

de software previamente preparados, similar à classes ou pacotes orientados a

objeto.

Seguindo o pensamento do autor, essa maneira pode ser comparada aos

softwares de prateleira, que são formuladas de forma a atender quaisquer empresas

de acordo com o tipo de sistema desenvolvido.

29

Em desenvolvimento.

Pronto.

Congelado.

Em revisão.

Em revisão.

Aguardando modificações.

Representa o estado de uma atividade ou tarefa de engenharia

de software.

Page 36: Estágio na área de gestão da informação

A Figura 13 trás as fases do desenvolvimento baseado em componentes.

Figura 13 - Fases do Modelo Baseado em Componentes

Fonte: Pressman (2006)

O modelo de métodos formais apresenta como foco principal a análise de

riscos de execução do software, principalmente àqueles que não podem sofrer

nenhum tipo de erro durante sua execução como dispositivos médicos e de

aeronaves.

Por conter questões tão críticas de confiabilidade do software, Pressman

(2006) aponta que estes métodos formais utilizados durante o desenvolvimento do

software eliminam questões de ambigüidade, inconclusão e inconsistência de

maneira mais simples e eficaz.

Conforme o autor, softwares críticos precisam deste tipo de método e o

motivo principal para sua aplicação é a segurança que ele oferece ao sistema.

O desenvolvimento de softwares orientado a aspectos é um paradigma

relativamente novo de engenharia de software que fornece, segundo Pressman

(2006), um processo e abordagem metodológica para definir, especificar, projetar e

30

Pesquisa dos produtos baseados em componentes disponíveis para o domínio da aplicação em questão.

Tópicos de integração de componentes são considerados.

Uma arquitetura de software é projetada para acomodar os componentes.

Componentes são integrados à arquitetura.

Testes abrangentes são realizados para garantir a funcionalidade adequada.

Page 37: Estágio na área de gestão da informação

construir aspectos.

De acordo com o autor, estes aspectos alvos são mecanismos que

transcendem sub-rotinas e herança para localizar a expressão de uma preocupação

transversal.

Pressman (2006) afirma que o processo unificado e a UML são amplamente

usados em projetos de todas as naturezas sendo caracterizado como uma tentativa

de apoiar-se nos melhores recursos e características dos modelos convencionais de

processo de software, caracterizando-os de um modo que implemente muitos dos

melhores princípios de desenvolvimento ágil.

De acordo com o autor este processo unificado é orientado por casos de uso,

centrado na arquitetura, iterativo e incremental, projetado para métodos e

ferramentas UML.

O processo unificado reconhece a importância da comunicação com o cliente

e dos métodos diretos para descrever a visão do cliente de um sistema, (caso de

uso), enfatizando o importante papel da arquitetura de software.

O autor ressalta o uso de ferramentas UML (Linguagem Unificada de

Modelagem), pois são elas que fornecem uma gama de diagramas que podem ser

usados para análise e projeto tanto em nível de sistema quanto de software.

A Figura 14 representa as fases do processo unificado.

Figura 14 - Fases do Processo Unificado

Fonte: Pressman (2006)

31

Fase de Concepção:

Documento de visão.Modelo inicial de caso de uso.Glossário inicial do projeto.Caso de negócio inicial de risco.Plano de projeto, fases e iterações.Modelo de negócio se necessário.Um ou mais protótipos.

Fase de Elaboração:

Modelo de caso de uso.Requisitos suplementares incluindo não funcionais.Modelo de análise.Descrição da arquitetura do software.Protótipo arquitetural do software.Modelo de projeto preliminar.Lista de risco revisada.Plano de projeto incluindo planos de iteração.

Fase de Construção:

Modelo de projeto.Componentes de software.Incremento integrado de software.Plano e procedimento de teste.Caso de teste.Documentação de apoio.Manuais do usuário.Manuais de instalação.Descrição do incremento atual.

Fase de Transição:

Incremento de software entregue.Relatório de teste Beta.Realimentação geral do usuário.

Page 38: Estágio na área de gestão da informação

Já para Sommerville (2005) os modelos de desenvolvimento para engenharia

de software são classificados em: cascata, desenvolvimento evolucionário,

desenvolvimento formal, desenvolvimento orientado a reuso, desenvolvimento

incremental, espiral e prototipagem.

Para o autor, o modelo cascata cria um ciclo de vida para o software, que

começa na análise de requisitos passando pelo projeto, implementação, integração

até finalmente chegar à operação e manutenção do novo sistema.

Em cada uma das fases há uma série de documentos que devem ser

aprovados e a iteração das atividades de desenvolvimento entre as fases ocorrem

aleatoriamente sem obedecer à ordem linear a que o projeto propõe.

O autor relata problemas diversos com esse modelo que afluem

principalmente pela dificuldade de se obter os requisitos por completo no início do

projeto, pois o cliente raramente terá posse de toda informação necessária para o

término do sistema.

O modelo evolucionário tem como base a idéia de desenvolver uma

implementação inicial, expor o resultado ao comentário do cliente e fazer seu

aprimoramento por meio de muitas versões, até que um sistema adequado tenha

sido desenvolvido.

Para Sommerville (2005), este modelo deve ser aplicado para sistemas

pequenos (com menos de 100 linhas de código) ou para sistemas de porte médio

(com até 500 mil linhas de código), com tempo de vida curto.

Já no desenvolvimento formal de sistemas, Sommerville (2005) relata que

há um certo comparativivismo com o modelo cascata, porém este processo de

desenvolvimento tem como base a transformação matemática formal de uma

especificação de sistema em um programa executável.

Neste modelo durante esta alteração, a representação matemática é

convertida em uma representação de sistema mais detalhada, mas ainda

matematicamente correta, acrescentando mais detalhes a cada etapa garantindo

que não haja erros de verificação e o programa final de torna a verdadeira

implementação da especificação desejada.

Quando temos pessoas em um projeto que conhecem o código a ser

desenvolvido por já terem executado atividades similares, podemos dizer que o

desenvolvimento orientado a reuso será uma boa escolha para modelagem do

projeto.

Sommerville (2005) aponta que essa abordagem conta com uma ampla base

32

Page 39: Estágio na área de gestão da informação

de componentes de software reutilizáveis, que podem ser acessados. Esses códigos

prontos são verdadeiros sistemas que podem ser utilizados devido ao uso comum

entre sistemas distintos, facilitando e reduzindo consideravelmente o tempo e o

trabalho dos desenvolvedores de software.

O autor indica ainda que o reuso de sistemas prontos reduz custos e riscos

proporcionando uma entrega mais rápida do software ao usuário.

O desenvolvimento incremental foi criado a partir da necessidade de se

reduzir o retrabalho no processo de desenvolvimento de software e de proporcionar

aos clientes algumas oportunidades de adiar decisões sobre seus requisitos

detalhados, até que se tenha alguma experiência com o novo sistema.

Sommerville (2005) explica que neste método, o cliente interage com os

desenvolvedores durante todo o processo de desenvolvimento do novo sistema,

recebendo parte do software pronto para acompanhamento e utilização, realizando

apontamentos de incrementação de acordo com as necessidades detectadas

durante a prática.

O autor aponta como elemento principal deste modelo, o fato de que não será

necessário esperar até que todo o sistema esteja pronto para utilizá-lo, pois tendo

posse de uma parte do sistema, o cliente já poderá iniciar a utilização e o próprio

treinamento, excluindo ações de retrabalho por falta de todos os requisitos

necessários.

A Figura 15 representa as fases do modelo incremental.

Figura 15 - Fases do Modelo Incremental

Fonte: Sommerville (2005)

Sommerville (2005) cita que o modelo espiral pode abranger outros modelos

33

Validar sistema.Integrar incremento.

Validar incremento.

Desenvolver incremento do

sistema.

Projetar arquitetura do

sistema.

Atribuir requisitos aos incrementos.

Definir esboço dos requisitos.

Page 40: Estágio na área de gestão da informação

de processo, aderindo-se ao que de melhor há em cada um deles, reduzindo riscos

de retrabalho, demora na entrega do produto final, além de manter o sistema sempre

aberto para iterações de melhoria.

De acordo com os estudos, o autor afirma que o modelo espiral é uma

aproximação realista do desenvolvimento de sistemas e softwares de grande porte,

pois conforme o sistema evolui em seu progresso, desenvolvedor e cliente

conseguem reagir melhor aos riscos, porém esta análise de riscos deve ser

gerenciada por profissionais competentes para evitar o insucesso do projeto.

Para Sommerville (2005), o desenvolvimento evolucionário de prototipagem

tem como base a idéia de desenvolver uma implementação inicial, expor o resultado

aos clientes e aprimorá-lo através das várias versões, até que o sistema adequado

esteja totalmente pronto.

O autor resume a prototipagem como uma técnica de rascunhar um sistema,

de maneira que sua visão seja facilitada para cliente e desenvolvedor, podendo ser

um complemento dos engenheiros de software para dar início a um sistema

complexo e completo.

4.4.1. UML (Unified Modeling Language).

A utilização de recursos gráficos para visualização, especificação, construção

e documentação de planos para arquitetura de projetos de sistemas, que incluam

aspectos sobre os processos de negócio e as funções do sistema, com suas classes

escritas em determinadas linguagens de programação, e seus respectivos bancos

de dados e componentes de software reutilizáveis são as principais características

da UML (BOOCH, RUMBAUGH e JACOBSON, 2006).

Para os autores, a empresa bem-sucedida deve fornecer softwares de

qualidade, capazes de atender às necessidades dos respectivos usuários, além de

desenvolver este software de forma previsível e em determinado período. Os

recursos da UML auxiliam os desenvolvedores a atingir suas metas e distinguir em

suas tarefas o que é secundário e o que é irrelevante.

Já para Pender (2006), a UML consegue atingir um desenvolvimento de

comunicação precisa, coerente e rastreável, que sobreviverá ao ritmo rápido e

caótico das mudanças.

O autor aponta a má comunicação como um problema que levará a empresa

e suas equipes de trabalho a atrasos e custos extras, por isso todos os participantes

do projeto precisam se manter informados quanto à natureza e o impacto das

34

Page 41: Estágio na área de gestão da informação

mudanças sobre requisitos e soluções já em andamento ou já implementadas, e a

UML auxilia na padronização dessa comunicação.

4.4.1.1. Diagramas de UML.

Percebe-se que o uso de gráficos torna-se fundamental para que se possa

passar uma simplificação da realidade em forma de figuras padronizadas, e a UML

oferece como recurso visual a utilização de diagramas.

Para os autores Booch, Rumbaugh, e Jacobson (2006), na modelagem de

sistemas reais serão criados os mesmos tipos de diagramas, pois eles representam

visões de modelos comuns e para visualizar as partes estáticas de um sistema,

poderão ser utilizados os seguintes diagramas:

Diagrama de Classes;

Diagrama de Componentes;

Diagrama de Estrutura Composta;

Diagrama de Objetos;

Diagrama de Implantação;

Diagrama de Artefatos.

De acordo com os autores, para visualizar as partes dinâmicas do sistema,

poderão ser utilizados diagramas adicionas, sendo:

Diagrama de Caso de Uso;

Diagrama de Seqüências;

Diagrama de Comunicação;

Diagrama de gráfico de Estados;

Diagrama de Atividades;

A explicação de cada um destes diagramas na visão de Booch, Rumbaugh, e

Jacobson (2006) será demonstrada a seguir:

Diagrama de Classes: Sendo os diagramas mais utilizados em sistemas de

modelagem orientados a objeto, os diagramas de classes mostram um conjunto de

classes, interfaces, colaborações e seus relacionamentos, sendo utilizados para

ilustrar a visão estática do projeto do sistema.

Diagrama de Componentes: Utilizado para visualizar as partes internas,

conectores e as portas que implementam um componente, assim quando um

elemento é instanciado, as cópias de suas partes internas também as são.

Diagrama de Estrutura Composta: Utilizado para visualizar a estrutura de

uma classe ou colaboração, sendo muito similar ao diagrama de componentes.

35

Page 42: Estágio na área de gestão da informação

Diagrama de Objetos: Aplicado para visualizar um conjunto de objetos e

seus relacionamentos, ilustrando as estruturas de dados e os registros estáticos de

instâncias dos itens encontrados nos diagramas de classes.

Diagrama de Implantação: Utilizado para visualizar um conjunto de nós e

seus relacionamentos, ilustrando a visão estática da implantação de uma

arquitetura.

Diagrama de Artefatos: Aplicado para visualizar um conjunto de artefatos e

seus relacionamentos com outros artefatos e com as classes que implementam,

ilustrando as unidades de implementação física do sistema.

Diagramas de Casos de Uso: Estes demonstram um conjunto de casos de

uso e seus respectivos atores e relacionamentos, ilustrando a visão estática do caso

de uso de um sistema. Estes são importantes para a organização e modelagem dos

comportamentos de um sistema.

Diagrama de Seqüências: Diagrama de interação, cujo foco é a ordenação

temporal de mensagens, ilustrando um conjunto de papéis e as mensagens

enviadas e recebidas pelas instâncias que representam os papéis em uma visão

dinâmica.

Diagrama de Comunicação: É a organização estrutural dos objetos que

enviam e recebem mensagens, ilustrando um conjunto de papéis. As conexões

existentes entre estes papéis e as mensagens enviadas e recebidas pelas instâncias

que representam os papéis em uma visão dinâmica.

Diagrama de Gráfico de Estados: Utilizado para demonstrar uma máquina

de estados, que consiste de estados, transições, eventos e atividades, sendo

importante principalmente para fazer a modelagem do comportamento de uma

interface, classe ou colaboração.

Diagrama de Atividades: Aplicado para demonstrar o fluxo de uma atividade

para outra em um sistema, sendo que uma atividade mostra um conjunto de

atividades, o fluxo seqüencial de uma atividade para outra e os objetos que realizam

ou sofrem ações.

Já para Pender (2006), os diagramas de UML são divididos em pacotes de

acordo com seus papéis, divididos em aspectos, sendo:

Diagramas Estruturais: Ilustram os recursos estáticos de um modelo e

incluem o Diagrama de Classes, o de Objetos, o de Estrutura de

Composição, o de Componentes, o de Implantação e o Combinado de

Componentes/Implantação;

36

Page 43: Estágio na área de gestão da informação

Diagramas Comportamentais: Ilustram como os recursos modelados nos

diagramas estruturais interagem e como cada um deles executa suas

capacidades e incluem o Diagrama de Casos de Uso, o Diagrama de

Atividades, os Diagramas de Interação (que incluem diagrama de

seqüência, de colaboração, de comunicação, de visão geral das

interações e de tempo), o Diagrama de Máquina de Estados e o de

Máquina de Estados de Protocolo.

A explicação de cada um destes diagramas na visão de Pender (2006) será

demonstrada a seguir:

Diagrama de Classes: Que está no núcleo do processo de modelagem de

objetos, modelando as definições de recursos essenciais à operação correta do

sistema, em que os recursos representam pessoas, materiais, informações e

comportamentos.

Diagrama de Objetos: Modela fatos ou exemplos de modelagem, em que os

exemplos podem desvendar regras que precisam fazer parte das definições dos

recursos e seus relacionamentos.

Diagrama de Estrutura de Composição: Representa a funcionalidade

usando diagramas e colaborações, demonstrando visualmente as partes de uma

classe, componente ou colaboração, incluindo os pontos de interação.

Diagrama de Componentes: Representa partes do software no ambiente de

implementação, revelando os problemas de configuração de software através dos

relacionamentos de dependência.

Diagrama de Implantação: Modela o hardware do ambiente da

implementação em que cada nó em um diagrama de implantação representa um tipo

de hardware. Estes diagramas auxiliam na identificação das capacidades do

hardware que afetam o planejamento do desempenho e a configuração do software.

Diagrama Combinado de Componentes/Implantação: Utilizado em uma

visão combinada que mostra os componentes instalados nos nós, oferecendo idéias

sobre o mapeamento entre os requisitos de comunicação do software e as

propriedades físicas dos nós e as conexões da plataforma de implementação.

Diagrama de Casos de Uso: Modela as expectativas dos usuários para

utilizar o sistema, em que as pessoas que interagem com o sistema são

classificadas como atores e os recursos do sistema que os representantes utilizam

são chamados de casos de uso.

Diagrama de Atividades: Representa a lógica exigida para implementar

37

Page 44: Estágio na área de gestão da informação

comportamentos do sistema, sendo relativamente familiar aos usuários, pois são

usados em treinamentos comerciais e manuais de procedimentos.

Diagrama de Interação: Descreve a comunicação entre os objetos para

conseguir alguma tarefa, incluindo:

Diagrama de Seqüência: Identifica interações entre objetos com o

tempo, ajudando a identificar as mensagens trocadas entre os objetos;

Diagrama de Colaboração: Similar ao de seqüência, porém este

diagrama modela como as interações utilizam a estrutura da

participação dos objetos e seus relacionamentos;

Diagrama de Comunicação: Utilizado para identificar as mudanças

estruturais exigidas para satisfazer uma interação, revelando os

requisitos de interface das classes participantes;

Diagrama Visão Geral das Interações: Oferece uma visão de alto

nível da progressão lógica através de um conjunto de interações;

Diagrama Tempo: Documenta claramente os requisitos de

temporização que controlam a mudança de estado, em que cada

evento nele descrito, corresponde a um ponto no tempo.

Diagrama de Máquina de Estados: Demonstra como os estímulos externos

causam mudanças no objeto decorrente do tempo de vida, identificando respostas

específicas de um objeto para tudo o que pode acontecer a ele, e quais eventos um

objeto responderá ou não, dependendo de seu estado atual.

Diagrama de Máquinas de Estado e Protocolo: É como um diagrama de

máquina de estado, porém definido de modo mais estreito, colocando o foco no que

é necessário para alterar um objeto de forma válida, revelando condições que

garantam a integridade do objeto enquanto estiver sendo manipulado por outros

objetos do sistema.

4.5. SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS.

As informações de uma empresa, bem como seus dados pessoais e de seus

clientes e fornecedores são parte de seu patrimônio e a maneira com que ela

armazena e trata esses dados valiosos deve ser motivo de preocupação para os

gestores da informação.

Com a introdução de um Sistema de Informação dentro das atividades diárias

de uma empresa, um ponto tão importante quanto a solução propriamente dita, é a

transparência para os usuários, contudo ocupa igual importância para o Sistema

38

Page 45: Estágio na área de gestão da informação

Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).

Os autores Silberschatz, Korth e Sudarshan (2005) afirmam que um SGBD é

constituído por um conjunto de dados associados a um conjunto de programas para

acesso a esses dados, e o seu principal objetivo é proporcionar um ambiente tanto

conveniente quanto eficiente para a recuperação e armazenamento das informações

do banco de dados.

Segundo os autores, um SGBD deve ser como uma coleção de arquivos e

programas inter-relacionados que permitem ao usuário o acesso para consultas e

alteração desses dados a um nível abstrato, ou seja, o usuário que faz o acesso ao

banco de dados não deve ser necessariamente um técnico em informática e o

sistema deve ter um nível de visão bem clara, a fim de facilitar o trabalho de maneira

cômoda para quem o utiliza.

Já Date (2004), afirma que um sistema de banco de dados é basicamente um

sistema computadorizado de manutenção de registros, cuja finalidade geral é

armazenar informações e permitir que usuários busquem e atualizem essas

informações quando solicitadas.

O autor ressalta que as informações em questão podem ser qualquer coisa

que tenha algum significado ao indivíduo ou à organização a que o sistema deve

servir, auxiliando o processo geral de suas atividades.

A Figura 16 demonstra o nível de visão de abstração dos Dados.

Figura 16 - Níveis de Abstração de Dados

Fonte: Silberschatz, Korth e Sudarshan (2005)

39

Nível de Visão

Visão 1 Visão 2 Visão n

Nível Lógico

Nível Físico

Page 46: Estágio na área de gestão da informação

4.5.1. Modelo Entidade-Relacionamento.

Para que o projeto de banco de dados possa ser melhor compreendido e

permitindo a especificação do esquema da empresa, foi criado o modelo entidade-

relacionamento, que representa toda a estrutura lógica do banco de dados.

Silberschatz, Korth e Sudarshan (2005) relatam que esse modelo apresenta

maior capacidade semântica na tentativa de representar o significado dos dados,

além de ser útil para mapear as iterações das empresas reais.

De acordo com os autores, para este método foram criadas diversas

ferramentas ou objetos que ilustram, de melhor maneira, o que realmente o banco

de dados de determinado sistema da empresa deve conter.

A Figura 17 demonstra um exemplo de de um modelo Entidade-

Relacionamento.

Figura 17 - Modelo de Entidade-Relacionamento

Fonte: O autor.

Date (2004), ressalta que o modelo Entidade-Relacionameto é muito

impreciso em certos aspectos e deixa diversos detalhes sem especificação,

40

11 1

Médico

Especialidade

Tratamento

Ocorrências

Paciente

N

1

CodPacRGCPFNomePacienteSexo

DataHorario

ValorPagarStatus

ConvênioCRM

CodProcCodPacCodTrat

DataHorInicio

HorTerminoValor

CodProcCodTrat

CodEspTituloCRM

CRMNomeMedicoDataNasc

CodProcProcedimento

N

1

N

N

1

N

N

Procedimento

Page 47: Estágio na área de gestão da informação

principalmente detalhes de restrição de integridade.

De acordo com o autor o modelo Entidade-Relacionamento é um quadro de

dados utilizado para decidir a estrutura do banco de informações, estando uma fina

camada acima do modelo relacional, apezar de não substitui-lo.

4.5.2. Modelo Relacional.

Outra forma de demonstrar o estado do banco de dados é sustentar o modelo

relacional que permite um processamento eficiente das necessidades de

informações de seus usuários.

Silberschatz, Korth e Sudarshan (2005) tratam o modelo relacional de banco

de dados como uma coleção de tabelas, cada uma das quais com um nome único e

cada linha de tabela representa um relacionamento entre um conjunto de valores.

A Figura 18 demonstra um exemplo de modelo relacional.

Figura 18 - Modelo Relacional

Fonte: Silberschatz, Korth e Sudarshan (2005)

O autor Date (2004) já descreve que este satisfaz o princípio da informação,

em que todo o conteúdo de instrução do banco de dados é representado somente

de um modo, como valores explícitos em posições de colunas em linhas, sendo

muito mais do que tabelas com restrições, projeções e junções.

4.6. GOVERNANÇA DE TI.

Percebe-se que com a introdução direta da informática nas regras de negócio

das empresas, a Tecnologia da Informação deixou de ser apenas um departamento

de apoio, passando a ter uma função muito mais ampla e atuando principalmente na

41

nome_agência número_conta saldoDowntown A-101 500

Mianus A-215 700Perryridge A-102 400Round Hill A-305 350Brighton A-201 900Redwood A-222 700Brighton A-217 750

Page 48: Estágio na área de gestão da informação

solução para os problemas.

A Figura 19 demontra os fatores motivadores da Governança de TI:

Figura 19 - Fatores motivadores da Governança de TI

Fonte: Fernandes e Abreu (2006)

De acordo com Fernandes e Abreu (2006), a realização dos serviços de

negócio com o uso da tecnologia da informação por usuários, departamentos,

divisões, fornecedores e clientes, devem ter suas regras estabelecidas através do

compartilhamento de decisões entre o departamento de TI e demais dirigentes da

organização, norteando o uso da tecnologia da informação.

Os autores atribuem a este processo o nome de Governança de TI, processo

este que deve garantir o alinhamento da TI ao negócio no que diz respeito a

aplicações e serviços de infra-estrutura, além da manutenibilidade destes serviços e

aplicações.

Já para os autores Weill e Ross (2006), a Governança de TI é a

especificação dos direitos decisórios e do framework (conjunto de aplicações de

suporte ao desenvolvimento de software) de responsabilidades para estimular

comportamentos desejáveis na utilização de TI.

Os autores acreditam que esta definição denota a simplicidade de

Governança de TI, unindo os direitos decisórios e responsabilidade com

42

Ambiente de Negócio

Integração Tecnologia

Marcos de Regulação

Segurança da Informação

Dependência do Negócio em relação

à TI

Governança de TI

Page 49: Estágio na área de gestão da informação

comportamentos desejáveis.

Weill e Ross (2006) relatam, que a dependência crescente das empresas em

relação à informação e à TI demonstram a importância da harmonia que deve haver

sobre as decisões da administração quanto à utilização dos recursos de TI.

4.6.1. Modelo de Governança de TI.

A TI deve promover o seu alinhamento com o negócio da organização, fator

este que exige disciplina das áreas de negócio e do diretor da área de informática,

conhecido como CIO (Chief Information Office).

O CIO deve orquestrar harmonicamente um time como se fosse uma

sinfônica para formar novos líderes e conseguir, ao mesmo tempo, o

comprometimento e a colaboração entre as equipes, fomentando a ambição e

estimulando a melhoria constante no acúmulo do conhecimento e a capacidade de

cada um na equipe.

Fernandes e Abreu (2006) apontam que o alinhamento estratégico é o ponto

de partida para a Governança de TI, considerando criação de valor para o negócio e

aderência a requisitos de compliance (conjunto de disciplinas para fazer cumprir as

normas legais e regulamentares estabelecidas para as atividades da empresa).

Os autores relatam que com as mudanças constantes no negócio da

empresa, a criação de um portfolio (lista de trabalhos de uma empresa) orienta as

ações do dia-a-dia unindo as estratégias de curto, médio e longo prazo à rotina

diária das operações e serviços de TI.

Este portfolio deve ser recomposto conforme as mudanças de negócio

ocasionando em mudanças e demandas para a TI, criando assim o que os autores

denominam de alinhamento dinâmico da TI.

Weill e Ross (2006) relatam que administrar um portfolio de TI requer que

tanto fornecedores como clientes concordem quanto aos indicadores de sucesso

estabelecidos, e as empresas com melhores retornos em tecnologia da informação,

dêem atenção especial a esses indicadores.

Os autores confirmam que nessas empresas, todos os anos, como parte do

processo de investimento, a administração de negócios e a TI estabelecem juntas os

indicadores apropriados para o valor de negócio do portfolio caracterizando assim

uma governança de TI conforme já relatado neste trabalho.

43

Page 50: Estágio na área de gestão da informação

A Figura 20 demonstra uma visão do modelo de governança de TI:

Figura 20 - Modelo de Governança de TI

Fonte: Fernandes e Abreu (2006)

4.6.2. Modelos de Melhores Práticas em Governança de TI.

Existem diversos modelos de melhores práticas para auxílio à implantação da

Governança de TI, e cada um deles tem uma forma de se posicionar dentro do

modelo de Governança de TI mencionado no tópico passado.

Fernandes e Abreu (2006) ressaltam que a Governança de TI não se

restringe somente à implantação dos modelos de melhores práticas, entretanto é

importante conhecê-los em termos de seus objetivos, estruturas e aplicabilidade. A

explicação de alguns destes modelos aplicáveis no contexto da Governança de TI

44

Alinhamento Estratégico e Compliance

Decisão, compromisso, priorização e alocação de

recursos

Estrutura, processos,

operações e gestão

Medição de Desempenho

Alinhamento Estratégico

Princípios de TI

Arquitetura de TI

Infra-Estrutura de TI

Necessidades de aplicações e

soluçõesSegurança da Informação

Capacidade de atendimento Competências

Investimentos e custeio

Objetivos de desempenho e

níveis de serviço

Organização das operações de

serviços

Decisões de TI e priorização

Portfolio de TI

Relacionamento com clientes

Relacionamento com

fornecedores

Escritório do CIO

Observações de serviços de processos e

sistemas

Operações de serviços de

segurança da informação

Operações de serviços de infra-estrutura

Outras operações de serviços de

TI

Gestão do Desempenho e dos níveis de Serviços

Sincronização e integração horizontal de projetos e serviços

Plano de Tecnologia

da Informação

Desdobramento dos objetivos de

desempenho

Page 51: Estágio na área de gestão da informação

serão demonstrados nos tópicos seguintes.

4.6.2.1. CMMI – Capability Maturity Model Integration.

Para Fernandes e Abreu (2006), o modelo CMMI foi criado com o objetivo de

combinar as suas várias disciplinas em uma estrutura única, flexível e

componentizada, para que as organizações pudessem utilizá-lo de forma integrada

para os processos de melhoria em âmbito corporativo.

Para os autores, esta ação de melhoria dos processos e habilidades

organizacionais, tem foco no gerenciamento do desenvolvimento, aquisição e

manutenção de produtos e serviços, e oferece duas abordagens distintas para a sua

implementação sendo a abordagem por estágios e a aproximação distinta.

Na abordagem de implementação por estágios as áreas de processo se

distribuem entre 5 níveis de maturidade, e para cada uma delas existem metas

específicas e genéricas a serem cumpridas, respectivamente, através de suas

práticas específicas e genéricas, sendo 1 inicial, 2 gerenciado, 3 definido, 4

gerenciado quantitativamente e 5 otimizado.

A Figura 21 mostra a Estrutura do CMMI na abordagem por estágios:

Figura 21 - CMMI na Abordagem por Estágios

Fonte: Fernandes e Abreu (2006)

45

Níveis de Maturidade

Área de Processo 1 Área de Processo 2 Área de Processo N

Metas Específicas

Práticas Específicas

Metas genéricas

Práticas genéricas

Compromissos para execução

Habilidades para execução

Diretrizes para implementação

Verificação da implementação

Características Comuns

Page 52: Estágio na área de gestão da informação

Na abordagem contínua de implementação, cada uma das áreas de atuação

CMMI é implementada de forma independente e evolutiva, agrupando suas práticas

genéricas e específicas em seis níveis de maturidade, sendo nível 0 incompleto, 1

executado, 2 gerenciado, 3 definido, 4 gerenciado quantitativamente e 5 otimizado.

Fernandes e Abreu (2006) apontam que a opção pela abordagem contínua

não exclui a possibilidade de utilização da abordagem por estágios, ficando a critério

da organização o estabelecimento de perfis alvos para o alcance dos próprios níveis

de maturidade.

A Figura 22 mostra a Estrutura do CMMI na abordagem contínua:

Figura 22 - CMMI na Abordagem Contínua

Fonte: Fernandes e Abreu (2006)

O CMMI pode ser implementado em quaisquer organizações, cujo foco seja o

desenvolvimento de produtos (sistemas em geral ou softwares) para atendimento às

necessidades de clientes externos ou internos, utilizando ou não recursos

terceirizados.

Este modelo pode trazer diversos benefícios às organizações que conseguem

utilizá-lo em sua Governança de TI, sendo que os principais são a redução de custos

e prazos, aumento da qualidade, aumento da satisfação dos clientes, e aumento do

ROI (Retorno sobre investimento).

46

Níveis de Maturidade

Área de Processo 1 Área de Processo 2 Área de Processo N

Metas Específicas

Práticas Específicas

Metas genéricas

Práticas genéricas} Níveis de { Capacitação

Page 53: Estágio na área de gestão da informação

Morgado, Gesser, Silveira, Manso, Lima e Schmitz (2007) citam que as

vantagens desta abordagem encontram-se tanto no aumento da qualidade do

processo de certificação/auditoria do CMMI, quanto na melhoria da qualidade do

sistema de informação qua apoia o processo de desenvolvimento de software.

Os autores em seu artigo relatam ainda que implantar um determinado nível

do CMMI dentro de uma organização constitui, entretanto, um processo penoso e

demorado. Além disso, a qualidade da implementação do CMMI afeta diretamente

os benefícios obtidos.

4.6.2.2. PMBOK – Project Management Body of Knowledge.

Para Fernandes e Abreu (2006), o modelo PMBOK tem sua ênfase sobre a

gestão de projetos e não sobre a engenharia de desenvolvimento de produto

resultante do projeto, ou seja, podemos utilizar o modelo para gestão dos projetos

de software e sistemas, mas não para o processo metodológico do desenvolvimento

do software propriamente dito.

Os autores explicam que para ser utilizado de forma consistente em uma

organização de TI, o PMBOK necessita de adaptações em função dos tipos, portes e

riscos dos projetos, estabelecendo para isso um processo de gerenciamento de

projetos que ligue, de forma lógica e coerente, as boas práticas entre si. Esta

abordagem deve utilizar formulários específicos elaborados para o uso do processo,

podendo ser aplicados em ferramentas de gerenciamento de projetos existentes.

Fernandes e Abreu (2006) citam que uma pesquisa realizada em 2001 pelo

Center for Business Practices em 43 organizações de variados portes, levantou os

principais benefícios obtidos com a implantação de projetos em organizações de TI

através do modelo PMBOK, entre eles estão a melhoria na estimativa de prazo,

estimativa de esforço e de custo, qualidade, satisfação dos clientes, alinhamento dos

projetos com as estratégias do negócio, entrega dos projetos dentro do orçamento,

desempenho do prazo e melhorias no tempo de resposta.

Para Barbosa (2006), um outro objetivo do PMBOK é estabelecer um conjunto

comum de termos sobre a disciplina de gerenciamento de projetos, que ainda é

recente e congrega profissionais de diversas origens acadêmicas.

Para o autor, cada processo deste gerenciamento de projetos do PMBOK é

formado de três componentes básicos, sendo:

Entradas que servirão de base para execução do processo;

Técnicas e Ferramenetas que são os mecanismos aplicados às

47

Page 54: Estágio na área de gestão da informação

entradas para produzir os resultados;

Resultados e Produtos que correspondem aos documentos ou itens

gerados a partir da execução do processo.

Estes três componentes possibilitam definir as ligações lógicas entre os

processos e os requisitos de cada processo.

A Figura 23 demonstra as nove áreas de conhecimento em gerenciamento de

projetos em que o modelo está estruturado:

Figura 23 - Áreas de conhecimento do PMBOK

Fonte: Fernandes e Abreu (2006)

4.6.2.3. ITIL – Information Technology Infrastructure Library.

Para Fernandes e Abreu (2006) o ITIL tem se firmado continuamente como

um padrão mundial de fato para as melhores práticas em serviços recorrentes de TI,

48

Gerenciamento de Projetos

Desenvolver o termo de abertura do projetoDesenvolver a declaração do escopo preliminar do projetoDesenvolver o plano de gerenciamento do projetoOrientar e gerenciar a execução do projetoMonitorar e controlar o trabalho do projetoControle integrado de mudançasEncerrar o projeto

Gerenciamento de Integração do Projeto

Gerenciamento do Escopo do Projeto

Planejamento do escopoDescrição do escopoCriar estrutura analítica do projeto – EAPVerificação do escopoControle do escopo

Gerenciamento do Tempo do Projeto

Definição de atividadesSequenciamento de atividadesEstimativa de recursos da atividadeEstimativa de duração da atividadeDesenvolvimento do cronogramaControle do cronograma

Gerenciamento de Recursos Humanos

Planejamento de recursos humanosContratar ou mobilizar a equipe do projetoDesenvolver a equipe do projetoGerenciar a equipe do projeto

Gerenciamento de Aquisições do Projeto

Planejar compras e aquisiçõesPlanejar contrataçõesSolicitar respostas de fornecedoresSelecionar fornecedoresAdministração de contratoEncerramento do projeto

Planejamento da qualidadeRealizar a garantia da qualidadeRealizar o controle da qualidade

Gerenciamento da Qualidade do Projeto

Gerenciamento de Riscos do Projeto

Planejamento do gerenciamento de riscosIdentificação de riscosAnálise qualitativa de riscosAnálise quantitativa de riscosPlanejamento de respostas a riscosMonitoramento e controle de riscos

Planejamento das comunicaçõesDistribuição das informaçõesRelatórios de desempenhoGerenciar as partes interessadas

Gerenciamento das Comunicações do Projeto

Estimativa de custoOrçamentaçãoControle de custos

Gerenciamento dos Custos do Projeto

Page 55: Estágio na área de gestão da informação

e como um framework, o principal objetivo do ITIL é prover um conjunto destas

práticas de gerenciamento testadas e comprovadas no mercado, que podem servir

como balizadoras, tanto para organizações que já possuem operações de TI em

andamento, quanto à criação de novas operações.

O sucesso de sua implementação depende fundamentalmente da existência

de um modelo operacional de serviços, no qual seja especificado um catálogo de

ofertas de serviços, além dos processos operacionais que espelham a cadeia

produtiva da organização de TI.

Os autores informam que o ITIL é composto por um conjunto de publicações

relacionadas aos domínios considerados importantes no contexto do gerenciamento

de serviços de TI que se inter-relacionam com o objetivo de integrar as

necessidades do negócio com os recursos tecnológicos através de serviços.

A Figura 24 demonstra os Domínios do ITIL:

Figura 24 - Domínios do ITIL

Fonte: Fernandes e Abreu (2006)

Sua utilização vem crescendo devido a ênfase que é dada aos aspectos

tecnológicos e à sua aderência aos requisitos de negócio, sendo compatível com

várias modalidades de prestação de serviços de TI.

Entre os benefícios que são características fundamentais e abrangem quase

49

Gerenciamento de Serviços

Planejando a Implementação do Gerenciamento de Serviços

Perspectiva de Negócios

Gerenciamento da Infra-

Estrutura de TIC

Gerenciamento de Aplicações

TECNOLOGIA

NEGÓCIO

Entrega de Serviços

Suporte a Serviços

Gerenciamento da Segurança

Page 56: Estágio na área de gestão da informação

todos os modelos, os autores apontam que a implementação do ITIL pode beneficiar

também na redução do custo das oportunidades de negócio perdidas, sendo que as

melhores práticas do ITIL têm sido utilizadas como embasamento técnico para

análise e seleção de propostas de prestação de serviços.

Para Steel e Tan (2005), apesar do ITIL fornecer uma boa documentação de

processos, fluxos e interações de TI, não é uma abordagem completa, uma vez que

precisa de um modelo de maturidade específico e um sistema de medição para a

melhoria dos processos.

De acordo com os autores, as organizações são forçadas a utilizar um outro

modelo de governança como o Cobit (modelo de boas práticas que será visto no

decorrer do trabalho) para colocar seu programa de ITIL no contexto de um amplo

controle e estrutura de governança.

Steel e Tan (2005) citam ainda que para implementar o ITIL, as organizações

devem investir em recursos e superar a resistência dos trabalhadores à mudanças e,

em alguns casos, os gerentes de TI são obrigados a implementar o ITIL para atingir

os requisitos em conformidade com as empresas externas pois deixam de realizar

negócios com empresas sem esta certificação mínima de indicação de qualidade.

4.6.2.4. Seis Sigma.

Fernandes e Abreu (2006) apontam que o principal objetivo do modelo de

governança Seis Sigma é a melhoria e desempenho do negócio e dos processos,

tendo como meta um que apresente 3,4 (três virgula quatro) defeitos sobre um

milhão de oportunidades.

Os demais objetivos que este modelo acomete, variam de acordo com os

objetivos da benfeitoria, podendo ser: Redução de custos, de tempo de ciclo ou de

defeitos, Melhoria da produtividade, Crescimento de fatia de mercado, Retenção de

clientes, Mudança cultural para a qualidade e Excelência no desenvolvimento de

produtos e serviços.

Fernandes e Abreu (2006) citam que o modelo Seis Sigma pode ser aplicado

para projetos de melhoria de processos, gerenciamento do sistema, auxiliando ao

CIO na elaboração de orçamentos e controle de custos, e para projetos de novos

seguimentos, sendo que na área de TI, pode ser aplicado em processos de

desenvolvimento de softwares, fábricas de programas ou mesmo manutenção de

sistemas.

50

Page 57: Estágio na área de gestão da informação

A Figura 25 demostra um modelo de metodologia Seis Sigma:

Figura 25 - Metodologia Seis Sigma

Fonte: Fernandes e Abreu (2006)

Andrade (2003) afirma que o Seis Sigma é uma estratégia gerencial que visa

aumentar a lucratividade das empresas por meio da redução de custos e aumento

da qualidade de seus produtos.

A autora ressalta que o uso de técnicas estatísticas para a melhoria da

qualidade de produtos e serviços não é nenhuma novidade, porém, o Seis Sigma

possui o foco no aumento da margem de lucro da empresa e da elevação da

satisfação do cliente, em que todas as benfeitorias realizadas dentro de uma

empresa tem que ser convertidas, no final das contas, em lucro para a mesma.

51

Identificar processos essenciais e clientes-chavesIdentificar processos centrais de negócio

Definir saídas de processos e clientes-chavesCriar mapas de processos centrais de alto nível

Definir necessidades dos clientesColetar dados sobre cliente – desenvolver estratégia

“voz do cliente”Desenvolver padrões de desempenho e declarações

dos requisitosAnalisar e priorizar necessidades – avaliar estratégia

do negócio

Medir o desempenho atualPlanejar e executar medições de desempenho dos

requisitos do clienteObter medidas de base de defeitos e identificar

oportunidades de melhoria

Priorizar, analisar e implantar melhoriasSelecionar projetos de melhoria

Analisar, desenvolver e implantar soluções focadas nas causas-raízes

Projetar ou reprojetar processos de trabalho novos e eficazes

Expandir e integrar o sistema Seis SigmaImplantar medidas, mandamentos e ações para

manter a melhoriaDefinir responsabilidades para a propriedade e o

gerenciamento do processoManter o sistema Seis Sigma

Page 58: Estágio na área de gestão da informação

4.6.2.5. CobiT – Control Objectives for Information and Related Technology.

Considerando os vários modelos de melhores práticas em governança de TI

apresentados no presente trabalho, vale destacar que será realizada uma

abordagem mais detalhada do modelo CobiT, exemplo este de boas práticas de

governança de TI que será utilizado na implementação da solução dos problemas

levantados durante o mapeamento dos processos da empresa em estudo.

De acordo com o ITGI (IT Governance Instituit 2010) o CobiT possui as

seguintes características:

Estabelecer relacionamentos com os requisitos do negócio;

Organizar as atividades de TI em um modelo de processos genérico;

Identificar os principais recursos de TI que devem receber mais investimento;

Definir os objetivos de controle que devem ser considerados para a gestão.

Fernandes e Abreu (2006) informam que o principal objetivo das práticas do

CobiT é contribuir para o sucesso da entrega de produtos e serviços de TI, a partir

da perspectiva das necessidades do negócio, tendo suas atenções mais acentuadas

no controle.

Os autores destacam que uma das características mais importantes deste

modelo, é o fato de que ele é estruturado de uma forma que, tanto o pessoal

operacional como os gerentes de negócio compreendem, criando assim uma ponte

de comunicação entre as partes.

A Figura 26 retrata o foco da governança de TI na visão do CobiT:

Figura 26 - Foco da Governança de TI, na visão do CobiT

Fonte: IT Governance Instituit (2010)

52

Page 59: Estágio na área de gestão da informação

A explicação de cada um dos focos da Governança de TI, na visão do CobiT,

segundo o IT Governance Instituit (2010) será apresentada a seguir:

Alinhamento Estratégico: Interligação entre TI e negócio, manutenção e

validação da proposição de valor de TI;

Entrega de Valor: Comprovação do valor de TI através da entrega dos

benefícios prometidos no prazo de acordo com a estratégia;

Gestão de Recursos: Recursos de TI com seus investimentos e gestão

otimizados;

Gestão de Riscos: Atribuição de responsabilidades dos riscos na organização e

conhecimento dos riscos com entendimento claro dos requisitos de compilance

pela alta direção;

Mensuração de Desempenho: Tradução da estratégia em ações com auxílio de

indicadores de desempenho para acompanhamento e monitoração da

implementação da estratégia.

A utilização destas boas práticas irão contribuir para a otimização das

habilidades de TI e garantir a prestação dos serviços, fornecendo medidas contra

riscos (IT GOVERNANCE INSTITUIT, 2010).

4.6.2.5.1. Iniciando os processos de Governança através do CobiT.

O CobiT é um modelo composto por padrões e controles criados para orientar

na implementação, revisão, administração e monitoração dos ambientes de TI. Para

isso, os processos de tecnologia são agrupados em 4 domínios: planejamento e

organização; aquisição e implementação; entrega, suporte e monitoração. As

atividades de TI são estruturadas através de 34 processos de controle e mais de 300

parâmetros, relacionando entre outros fatores, riscos de negócio e necessidades de

controle (IT GOVERNANCE INSTITUIT, 2010).

A explicação dos domínios do modelo CobiT, segundo o IT Governance

Instituit (2010) será apresentado a seguir:

Planejamento e Organização: Este domínio abrange estratégias táticas e diz

respeito à identificação da forma como a TI pode contribuir para a melhor

realização dos objetivos do negócio. A realização da visão estratégica precisa ser

planejada, comunicada e gerenciada por perspectivas diferentes. A organização

adequada, bem como a infra-estrutura tecnológica devem ser postas em prática;

Aquisição e Implementação: Para concretizar a estratégia de TI, e as soluções

53

Page 60: Estágio na área de gestão da informação

precisam ser identificadas, desenvolvidas ou adquiridas, bem como

implementadas e integradas no processo de negócio. Além disso, alterações e

manutenção dos sistemas existentes são cobertas por este domínio para

certificar se as soluções continuam a cumprir os objetivos de negócio;

Entrega e Suporte: Este domínio está preocupado com a efetiva entrega dos

serviços requeridos, o que inclui a prestação de serviços, gestão da segurança e

continuidade de apoio ao serviços para usuários e gerenciamento de dados e de

facilidades operacionais;

Monitoração: Todos os processos de TI precisam ser regularmente avaliados ao

longo do tempo pela sua qualidade e conformidade com os requisitos de

controle. Este domínio aborda a gestão de desempenho, acompanhamento de

controles internos, conformidade regulatória e governança.

A Figura 27 mostra os domínios no âmbito CobiT:

Figura 27 - Domínios do Modelo CobiT

Fonte: IT Governance Instituit (2010)

Em primeiro lugar a gestão deve organizar seus processos e objetivos da

implementação final, através de planos e procedimentos utilizando fatores que

proporcionem uma segurança razoável.

Agora, que os objetivos de negócio foram alcançados e os eventos

indesejáveis evitados ou detectados e corrigidos, resta continuar com a manutenção

dos processos através da busca contínua dos gestores por melhorias necessárias

com o uso de ferramentas de gestão para acompanhamento.

Portanto, observa-se que o CobiT age como um integrador das boas práticas

de governança de TI e recursos para a gestão executiva de negócios utilizado pela

54

Planejamento e Organização

Monitoração

Aquisição e Implementação

Entrega e Suporte

Page 61: Estágio na área de gestão da informação

gestão de TI para suporte à governança, segurança, auditoria e profissionais de

controle.

Segundo a IT Governance Instituit (2010), entre os principais fatores que

conduziram as iniciativas às boas práticas de TI encontram-se:

Gerentes de negócio que exigem um melhor retorno dos investimentos em TI;

Preocupação da alta gestão com o aumento das despesas com TI;

Necessidade de se satisfazer as exigências regulamentares para os controles de

TI em áreas de informação financeira privada;

Adoção de quadros de controle e de boas práticas para monitorar processos

críticos;

Otimizar os custos através de métodos padronizados;

Avaliação das empresas sobre a aceitação das normas por seus representantes.

De acordo com a IT Governance Instituit (2010), a estrutura de governança e

controle servem a uma variedade de agentes internos e externos, cada um de

acordo com suas necessidades específicas. Os agentes a que esta estrutura de

governança e controle são fundamentais serão citados a seguir:

Àqueles que tomam decisões de investimento;

Os que decidem sobre os requisitos;

Os que utilizam serviços de TI;

Os que desenvolvem capacidades e operam os serviços;

Os que possuem responsabilidades de segurança, privacidade, risco e

Àqueles que desempenham funções de conformidade.

A Figura 28 demonstra como deve ser um Quadro do modelo CobiT:

55

Requisitos de Negócios

Recursos de TI

Informações Empresariais

Processos de TI

Que responde para… Dirige os investimentos para…

Para entregar… Que são usados por…

Page 62: Estágio na área de gestão da informação

Figura 28 - Quadro CobiT

Fonte: IT Governance Instituit (2010)

Conforme a IT Governance Instituit (2010), para que todos os requisitos sejam

atendidos, um quadro de governança de TI e controle deve:

Fornecer um foco de negócios para alinhamento de negócio e TI;

Estabelecer um processo de orientação para definir o âmbito e a extensão da

cobertura, com uma estrutura definida que permita uma fácil navegação do

conteúdo;

Ser coerente com as boas práticas de TI e de normas independentes da

tecnologia utilizada;

Fornecer uma linguagem comum com um conjunto de termos e definições que

são compreensíveis por todos os interessados;

Dentre os principais benefícios da implementação do CobiT como uma

estrutura de governança sobre TI estão (IT GOVERNANCE INSTITUIT, 2010):

Melhor alinhamento, com base em um foco de negócios;

Uma visão compreensível para gestão;

Aceitação geral entre terceiros e órgãos reguladores;

Entendimento compartilhado entre todos os interessados, com base em uma

linguagem comum;

Cumprimento dos requisitos para o ambiente de TI de controle;

Reduçao das exposições a riscos;

Redução dos custos operacionais;

Melhoria da imagem perante os clientes

Diante de todos estes aspectos, o framework CobiT foi criado com as

principais características de um modelo orientado para negócios, sendo concebido

não só por ser empregado por prestadores de serviços de TI, usuários e auditores,

mas também para fornecer uma orientação completa para a gestão e os

proprietários dos processos de negócio.

56

Page 63: Estágio na área de gestão da informação

5. ESTUDO DE CASO.

O presente estudo de caso será realizado em uma empresa Multinacional,

conforme definido no Capítulo 2 do presente trabalho.

Atualmente em todo o mundo, a gestão da informação vem auxiliando cada

vez mais nos processos de negócios, sendo estes necessários para atender as

exigências dos consumidores, proporcionando sistemas de informação eficazes,

atualizados e com eficiência de custo.

Além disso, a TI objetiva também oferecer aos colaboradores da empresa

todas as informações necessárias para seu trabalho, de modo completo,

transparente e oportuno, visando criar vantagens competitivas pela excelência na

gestão de informações.

Neste sentido, é preciso, portanto, que a estratégia de TI atenda aos

requisitos e necessidades da empresa no mais alto grau possível, e as diretrizes

para gestão de TI devem definir como determinado padrão de trabalho a ser

atingido. Essa diretriz contém os princípios básicos, assim como meios e métodos,

para implementação de metas definidas.

O contexto a seguir apresenta como a TI é importante para servir os usuários

de uma empresa multinacional na gestão da informação, responsabilizando-se pela

disponibilidade com que estas direções devem se apresentar, atendendo requisitos

de demanda e integridade.

A busca contínua de formas para melhorar os processos de segurança da

informação, desde a sua concepção até o momento em que se torna obsoleta,

demonstra a real importância deste trabalho para o atendimento dos problemas

encontrados.

5.1. CENÁRIO ATUAL DE TI NA EMPRESA EM ESTUDO.

O departamento de TI providencia hardware e software, cuida da manutenção

e do suporte técnico e assegura uma operação tranqüila de aplicações e

infraestruturas. Além disso, a TI trabalha com departamentos e empresas

especializados para planejar projetos de otimização de processos de negócio e em

seguida implementá-los.

As metas a seguir são, hoje, da mais alta prioridade do departamento de TI da

empresa, entre elas pode-se destacar:

Reduzir custos de produtos padrões de TI em 3 a 5% por ano;

57

Page 64: Estágio na área de gestão da informação

Aperfeiçoar a carteira de aplicações, processos de tecnologia e otimizar

custos em geral;

Incrementar a troca internacional de conhecimentos e recursos, por meio

de equipes de competência;

Aumentar o nível de padronização de processos de TI.

A Figura 29 demonstra como está estruturada a estratégia atual de TI da

empresa em estudo:

Figura 29 - Estratégia de TI

Fonte: Empresa em estudo

As aplicações e tecnologias são padronizadas globalmente. Carteiras e

mapas são usados para proporcionar informações gerais e descritivas. O valor

estratégico e a utilidade de cada aplicação são medidos em relação à funcionalidade

e eficiência da carteira. Campos de ação se tornam rapidamente visíveis e projetos

de otimização podem ser iniciados.

Com base na forma utilizada pela empresa para administrar os recursos de

TI, trazem as atenções para o foco deste trabalho. Atualmente o departamento de TI

oferece aos colaboradores da empresa, o gerenciamento de suas informações.

Esta administração garante a sua disponibilidade, através de cópias seguras

58

Estratégia de TI

Panorama da estratégia de TI

Estratégia empresarial

Processos empresariais

Visão Missão Princípios Metas

Serviços de TI

Processos e Organização de

TI

Implementação, desenvolvimento e operação de projeto

Princípios

Gestão de TISegurançaAplicaçõesInfraestrutura

Arquitetura de TIArquitetura de ERPCarteira de aplicações e tecnologiaArquitetura de rede

Planejamento de projeto ou programaAplicações / Tecnologia

Page 65: Estágio na área de gestão da informação

deste conteúdo de dados e informações em unidades de armazenamento confiáveis.

O armazenamento e o tempo de sua retenção foram acordados e padronizados de

forma a atender perfeitamente as restaurações dos mesmos, quando solicitados.

A Figura 30 mostra o ciclo de vida da informação no cenário atual da

empresa:

Figura 30 - Ciclo de vida da informação

Fonte: Empresa em estudo

O mapeamento do servidor de arquivos para utilização dos usuários é

também uma das atividades dos analistas. As informações ficam retidas no storage

gerenciado pelo servidor e posteriormente são copiadas para a Unidade de

armazenamento dos backups, sendo este equipamento localizado em outro

ambiente para evitar a perda total das informações em caso de tragédias como

incêndios, alagamentos, etc.

Um dos problemas do método atual é que o depósito das informações no

servidor chegou ao limite, e constantemente os analistas precisam recorrer a

soluções de contorno para que as atividades dos usuários não sejam interrompidas.

No cenário atual, todas as informações que os usuários caracterizam como

59

Page 66: Estágio na área de gestão da informação

dados relevantes, mesmo que estes não sejam acessados constantemente, estão

no mesmo local que os de uso cotidiano. Esta situação se dá pelo fato de que

mesmo estas informações não sendo utilizadas no dia a dia, são parte do histórico e

formam a base de conhecimento da empresa, não podendo ser descartadas.

A Figura 31 demonstra através da união dos diagramas de componentes e

implantação da UML o cenário do ciclo de vida da informação da empresa,

denotando os elementos de software e hardware e as dependências e associações

entre eles:

Figura 31 - Diagrama UML do ciclo da informação

Fonte: Empresa em estudo

O processo de arquivamento das informações (backup), também vem

sofrendo problemas ocasionados pelo grande volume de informação do servidor de

arquivos.

O problema de se realizar a cópia de um grande volume de informações

ocorre, justamente nos dias em que o backup é realizado de forma completa

(backups semanais e mensais), pois mesmo os dados que não são alterados há

muito tempo, também acabam sendo copiadas e recebendo o mesmo tratamento

daquelas que são mais utilizadas.

O espaço de tempo para realização destas cópias de segurança fica restrito

em 48 horas, que é o tempo disponível no final de semana para se executar o

backup. Contudo muitas vezes a execução da cópia de segurança sofre algum

60

Page 67: Estágio na área de gestão da informação

problema, e precisa ser retomada pelo operador de plantão ou mesmo pelo analista

responsável, e o tempo restante para este processo já não é mais suficiente para

tomada de nenhuma ação.

A Figura 31 mostra o padrão de retenção e esquema de backup realizado na

empresa em estudo:

Tipo de backup Execução Retenção Forma de backupRotina Diária Segunda à Sexta 7 dias Incremental

Rotina Semanal Sábado 1 mês CompletoRotina Mensal Último Domingo mais próximo do final do mês 1 ano Completo

Figura 32 - Tratamento das informações

Fonte: Empresa em estudo

Com este problema, o backup acaba não sendo executado e a garantia

acordada com os usuários acaba sendo comprometida.

5.2. COLETA DE DADOS.

Como já foi mencionado, os principais envolvidos no atendimento aos

usuários, quando ocorre problema por falta de espaço em disco, bem como quando

os backups não são realizados com sucesso, são os analistas e operadores.

Com base neste fato, foi elaborado um formulário que abrangesse todos os

aspectos dos problemas, chegando assim a um consenso sobre qual seria a forma

mais segura e coerente de se resolvê-los, causando o menor impacto possível para

os usuários diretos dos recursos envolvidos.

Este formulário foi composto de nove questões direcionadas aos

responsáveis diretos pelas atividades, usuários dos recursos e pessoas ligadas ao

ambiente de TI, totalizando sete pessoas que formaram o universo desta pesquisa.

Todos os participantes foram notificados de que suas respostas serviriam de

base para se determinar a solução para os problemas enfrentados pela empresa,

denotando assim a importância de se dar respostas coerentes e sérias de acordo

com o conhecimento técnico de cada um sobre o assunto.

A primeira questão, (“Quais são os problemas enfrentados dia a dia com o

servidor de arquivos?”), foi elaborada no intuito de se fazer um levantamento geral

de todos os problemas que a empresa vem enfrentando com relação à forma atual

61

Page 68: Estágio na área de gestão da informação

de gerenciamento das informações.

Neste sentido, os pontos mais indicados foram:

– Falta de espaço em disco;

– Necessidade de se ter um administrador que faça a remoção de

informações desnecessárias para liberar espaço em disco;

– Alto custo de armazenamento de informações desnecessárias;

– Volume muito alto de dados ocasionando grande consumo de fitas para

backups completos;

– Tempo demasiadamente alto de execução dos backups, favorecendo a

ocorrência de erros;

– Tempo disponível para backup insuficiente;

– Grande número de chamados abertos para os analistas resolverem os

problemas de falta de espaço em disco;

– Performance do servidor comprometida devido ao alto volume de

informações nele contidas.

Para se obter diferentes propostas de soluções para os problemas

enfrentados dos participantes, questionou-se (“Quais as alternativas, na sua visão,

para evitar estes problemas?”), e as respostas mais significativas foram:

– Adicionar mais discos no storage aumentando assim a capacidade do

servidor;

– Solicitar aos usuários que descartem as informações desnecessárias;

– Armazenar as informações antigas em unidades óticas, através de um

trabalho realizado em união do departamento de TI e usuários;

– Buscar uma ferramenta que auxilie o administrador no arquivamento e

gerenciamento das informações na unidade de fitas já existente;

– Acrescentar um novo servidor para novas informações.

Uma das questões mais importantes era saber quais os requisitos técnicos

que a solução indicada deveria atender. Sendo assim a questão (“Quais os critérios

técnicos que esta alternativa deve atender?”), foi elaborada para se ter uma noção

da forma de aplicação da solução, e as respostas foram:

– Baixo custo no armazenamento das informações de pouco uso;

– Manter as informações antigas ou pouco acessadas;

– Permitir o gerenciamento da informação desde sua concepção até seu

descarte;

– Diminuir o tempo de backup;

62

Page 69: Estágio na área de gestão da informação

– Melhorar a performance do servidor;

– Autonomia do usuário na recuperação das informações antigas sem

necessidade de suporte da TI;

– Compatibilidade com os Sistemas operacionais e recursos de software já

existentes na empresa;

– Implementação, configuração e migração dos dados de forma

transparente para os usuários.

Uma das questões foi (“Qual a urgência para se encontrar uma solução para

o problema?”). Essa questão foi realizada para se ter uma estimativa real do tempo

disponível para se encontrar uma solução, levando-se em conta o tempo também de

sua implantação.

Neste sentido, o prazo indicado pelos participantes foi de seis a oito meses.

Para se saber sobre a possível utilização de um ambiente paralelo de testes,

surgiu a questão (“Haverá um local ou equipamento dedicado para testes da

alternativa encontrada?”), foi realizada com objetivo de fazer uma implementação

que não afetasse o ambiente de produção.

Neste sentido, os participantes entenderam que não haveria necessidade de

um ambiente de testes.

A questão, (“Quantas alternativas deverão ser avaliadas para se chegar a

uma conclusão?”), foi realizada para que após a escolha do método selecionado de

resolução do problema, se soubesse quantos fornecedores deveriam ser

consultados para que se fizesse a preferência do que dentre eles, cobrisse a maioria

dos requisitos levantados.

Neste sentido, os participantes acharam por bem que no mínimo três

fornecedores fossem consultados.

Com o objetivo de se ter um feedback dos resultados da implementação, os

participantes foram questionados a respeito da forma que a empresa poderia avaliá-

los, questionando (“De que maneira você acredita que a empresa poderá avaliar os

resultados?”).

Neste sentido, os pontos mais indicados foram:

– Comparação do número de chamados abertos para analistas antes e após

a solução;

– Comparação da performance do servidor antes e após a solução;

– Comparação do tempo de backup antes e após a solução;

– Comparação do volume de informações em disco antes e após a solução;

63

Page 70: Estágio na área de gestão da informação

– Comparação das ocorrências de erros em backups causadas pelo grande

volume de informações antes e após a solução.

Uma das questões se tratava do custo-benefício da implementação, e foi

realizada com o intuito de se formular um caso de negócio, demonstrando para os

patrocinadores a solução dos benefícios financeiros de se investir na conclusão. A

questão era (“Financeiramente, após a escolha da solução encontrada, a empresa

terá quais benefícios?”).

As respostas foram:

– O armazenamento das informações em unidades mais baratas;

– Menor quantidade de tempo perdido, tanto para usuários quanto para os

analistas, nas soluções de contorno dos problemas;

– Menor necessidade dos analistas de se deslocar para a empresa em

horários fora do expediente, gerando menos horas extras;

– Com o servidor melhor utilizado, a empresa levará mais tempo para

investir em um novo equipamento.

A última questão, (“Quais os pontos críticos, na sua visão do projeto?”).

Servirá para se encontrar um método de aplicação da solução, respeitando os

requisitos mencionados na terceira questão.

Neste sentido, os pontos mais indicados foram:

– Definir a solução;

– Definir a forma de implementação da solução;

– Definir junto aos usuários qual seria a idade de uma informação que a

classificasse como uma informação de baixa utilização;

– Comunicação bem definida para os usuários sobre a nova cultura ou

tratamento da informação que será adotada pela empresa;

– Acompanhamento da solução por um período determinado até que se

considere totalmente implantada;

– Formação de uma linha de base que possibilite o retorno das

configurações anteriores em caso de insucesso da solução.

Com base na coleta de dados através do formulário apresentado, ficou claro a

necessidade de se encontrar uma solução para os problemas de gerenciamento das

informações da empresa.

6. APRESENTAÇÃO DA SOLUÇÃO.

Um dos grandes desafios das empresas, hoje, é tentar impedir que as suas

informações, riquezas intangíveis do seu negócio, sejam alvos de uma infraestrutura

64

Page 71: Estágio na área de gestão da informação

ineficiente ou incompetente.

Mas a grande questão é que quando se trata de uma mudança necessária

para solução de um problema, não basta somente investir, é necessário planejar e

contar com o envolvimento das demais áreas da empresa no processo de avaliação

e classificação daqueles assuntos que devam ser considerados estratégicos.

Cumprir a contento a tarefa inicial de escolha da solução ideal possibilita a

redução de gastos desnecessários, visando entregar o melhor desempenho possível

e com a máxima confiabilidade e valor.

6.1. ESCOLHA DA FORMA DA SOLUÇÃO.

Como já foi citado neste trabalho, o modelo de boas práticas de governança

de TI que servirá como base da implementação da solução dos problemas será o

framework CobiT. Sendo assim, a escolha da melhor forma de solucionar os

problemas no gerenciamento das informações deverá, além de atender aos

requisitos técnicos exigidos pela empresa, deferir também as melhores práticas de

domínio recomendadas pelo CobiT.

Os requisitos, que a empresa determinou como fatores de decisão, visam a

relação custo-benefício, assim como determinam os parâmetros técnicos que os

componentes tecnológicos da solução devem atender para que a solução possa ser

caracterizada como válida.

Já as recomendações do framework CobiT, visam o aspecto gerencial do

serviço em questão, composto por padrões e controles criados para orientar na

implementação, revisão, administração e monitoração do ambiente de TI o qual a

solução será implementada.

As sugestões, que foram apresentadas pelos participantes envolvidos na

coleta de dados, levaram à questão (“Quais as alternativas, na sua visão, para evitar

estes problemas?”). Serão analisadas a seguir, por meio de tabelas que irão auxiliar

no processo de escolha. A forma de avaliar cada uma das alternativas levantadas

será feita com os termos: Atende – quando a solução acatar o requisito

mencionado, e Não atende – quando a solução indeferir o requisito mencionado.

Vale destacar que esta análise foi realizada pela equipe de tecnologia da

empresa em estudo, não sendo possível nenhuma interferência do pesquisador.

Uma das respostas para esta questão foi: “Adicionar mais discos no

storage aumentando assim a capacidade do servidor”.

Considerando esta resposta, a Tabela 1 apresenta a análise desta solução

65

Page 72: Estágio na área de gestão da informação

destacando os requisitos que esta alternativa atende:

Tabela 1 - Análise da solução proposta de aumento de discos no storage

Fatores de Decisão Atende Não atende

Requisitos da empresa

Baixo custo de armazenamento XMantém informações antigas X

Permite gerenciamento da informação XDiminuição do tempo de backup X

Melhora da performance do servidor XAutonomia do usuário X

Compatibilidade com sistemas atuais XImplementação transparente X

Recomendação CobiT

Planejamento e Organização XAquisição e Implementação X

Entrega e Suporte XMonitoração X

Outra proposta levantada pelos participantes foi: “Solicitar aos usuários que

descartassem as informações desnecessárias”.

Diante desta resposta, a Tabela 2 apresenta a análise dos requisitos para

esta proposta:

Tabela 2 - Análise da solução proposta de solicitação dos usuários no controle das informações

Fatores de Decisão Atende Não atende

Requisitos da empresa

Baixo custo de armazenamento XMantém informações antigas X

Permite gerenciamento da informação XDiminuição do tempo de backup X

Melhora da performance do servidor XAutonomia do usuário X

Compatibilidade com sistemas atuais XImplementação transparente X

Recomendação CobiT

Planejamento e Organização XAquisição e Implementação X

Entrega e Suporte XMonitoração X

Uma das alternativas se baseou no custo do armazenamento das

informações: “Armazenar as informações antigas em unidades óticas, através

de um trabalho realizado em união do departamento de TI e usuários”.

A Tabela 3 demonstra os requisitos atendidos por esta solução:

Tabela 3 - Análise da solução proposta de armazenamento das informações em mídias óticas

66

Page 73: Estágio na área de gestão da informação

Fatores de Decisão Atende Não atende

Requisitos da empresa

Baixo custo de armazenamento XMantém informações antigas X

Permite gerenciamento da informação XDiminuição do tempo de backup X

Melhora da performance do servidor XAutonomia do usuário X

Compatibilidade com sistemas atuais XImplementação transparente X

Recomendação CobiT

Planejamento e Organização XAquisição e Implementação X

Entrega e Suporte XMonitoração X

Outra solução levantada apontava o uso de um aplicativo para o auxílio do

gerenciamento das informações: “Buscar uma ferramenta que auxilie o

administrador no arquivamento e gerenciamento das informações na unidade

de fitas já existente”.

A Tabela 4 apresenta a seguinte análise para esta solução:

Tabela 4 – Análise da solução proposta de uma ferramenta de gerenciamento das informações

Fatores de Decisão Atende Não atende

Requisitos da empresa

Baixo custo de armazenamento XMantém informações antigas X

Permite gerenciamento da informação XDiminuição do tempo de backup X

Melhora da performance do servidor XAutonomia do usuário X

Compatibilidade com sistemas atuais XImplementação transparente X

Recomendação CobiT

Planejamento e Organização XAquisição e Implementação X

Entrega e Suporte XMonitoração X

Finalmente, em outra proposta considerada possível foi levantada a hipótese

de se acrescentar um novo servidor de arquivos, propondo-se: “Acrescentar um

novo servidor para novas informações”.

A análise desta proposta é detalhada na Tabela 5, a seguir:

Tabela 5 - Análise da solução proposta de aquisição de um novo servidor

Fatores de Decisão Atende Não atendeRequisitos da empresa Baixo custo de armazenamento X

67

Page 74: Estágio na área de gestão da informação

Mantém informações antigas XPermite gerenciamento da informação X

Diminuição do tempo de backup XMelhora da performance do servidor X

Autonomia do usuário XCompatibilidade com sistemas atuais X

Implementação transparente X

Recomendação CobiT

Planejamento e Organização XAquisição e Implementação X

Entrega e Suporte XMonitoração X

A partir da análise das tabelas de cada uma das soluções propostas, é

possível notar que a solução que atende a todos os requisitos impostos pela

empresa, e permite o gerenciamento total do serviço é a de uma nova ferramenta de

gerenciamento das informações, utilizando para armazenamento a unidade de

backup de fitas já existente na empresa.

O próximo passo será a pesquisa de no mínimo três soluções diferentes,

conforme o padrão da empresa, sendo estas apresentadas no trabalho de conclusão

de curso.

68

Page 75: Estágio na área de gestão da informação

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

É possível observar que o uso de fluxos para o mapeamento de processos,

auxilia na busca dos problemas e facilita o desenvolvimento de uma solução.

A utilização de metodologias de boas práticas para gerenciamento dos

recursos e do pessoal envolvido nas atividades da empresa são fatores de

segurança, pois conseguem, de maneira clara e objetiva, fazer uma varredura nos

requisitos e objetivos, além de organizar a forma de implementação da solução e

demonstrar formas de monitoração e acompanhamento.

Considerando os problemas definidos, este trabalho proporcionou a

apresentação de alternativas para minimizar o número de chamados para os

analistas referentes a problemas com o servidor de arquivos da empresa. A forma

para a solução encontrada conseguiu também diminuir o tempo de backup,

mantendo a integridade, reduzindo a possibilidade de falhas e garantindo a

segurança dos dados antigos da empresa em estudo, critério este fundamental para

a escolha da solução.

Os métodos de desenvolvimento de software trazem padrão aos

desenvolvedores, que conseguem atingir seus objetivos de forma mais rápida e

eficaz, independente da tecnologia utilizada na manufatura do sistema.

Estes métodos de auxílio aos negócios refletem sobre resultados e fazem da

Tecnologia da Informação um recurso necessário e indispensável para empresas

que querem atingir o máximo de seus recursos no comércio ou prestação de seus

produtos e serviços.

O grande desafio da gestão de TI é reconhecer que as informações de uma

empresa são, hoje, parte de seu patrimônio e a forma com que será feito o

gerenciamento destas informações pode trazer valor aos serviços de tecnologia de

informação.

Quanto ao objetivo, pode-se dizer que este trabalho conseguiu apresentar a

forma ideal de solução para os problemas da empresa quanto ao gerenciamento de

informações, tendo nesta forma apresentada, o atendimento aos requisitos da

empresa e a adoção das melhores práticas recomendadas pelo framework CobiT.

As técnicas de mapeamento, pesquisa e coleta de dados foram fatores

determinantes que auxiliaram na determinação da melhor escolha para a solução

dos problemas de gerenciamento de informação enfrentados pela empresa em

estudo neste trabalho.

A elaboração de um formulário para o entendimento real dos problemas,

69

Page 76: Estágio na área de gestão da informação

através de visões distintas de vários colaboradores da empresa, permitiu que o

planejamento e estratégia de solução fossem direcionados para a melhor escolha,

diminuindo o tempo de resposta com a máxima otimização de custos e recursos.

Com a elaboração deste trabalho foi possível observar, até o presente

momento, a importância da utilização de metodologias na administração dos

planejamentos para utilização dos recursos de TI no auxílio às tomadas de decisões

para controle e solução dos problemas de negócio.

Verificou-se também que a área de tecnologia pode ser apresentada como

uma solução através do acesso à inovação e comunicação da empresa, integrando

os diversos departamentos com o uso de sistemas gerenciais como ferramenta de

trabalho.

70

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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