Este gesto de ser - Dias Pares · 38 João Paiva Agora que abres e ganhas cor digo-te a ti flor...
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Este gesto de ser
Coimbra • 2010
Título: Este gesto de serAutor: João Paiva
Capa: Edições Sagesse© 2009 João Paiva
Direitos reservados por Terra Ocre - unip. lda.Apartado 10032
3031-601 [email protected]
www.palimage/sagesse.ptData de edição: Maio 2010ISBN: 978-972-8729-16-5
Depósito Legal n.ºExecução Gráfica: Edições Sagesse/Publidisa
EdiçõEs sagEssE é uma marca Editorial da tErra ocrE – EdiçõEs
Este gesto de ser
João Paiva
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Este gesto de ser
ESTA COISA
Esta coisade não ser ninguém.nem poetanem químiconem professornem homemnem pai.Tudo raso, poucoquase nada.Desejo ser coisanenhuma.Criado do criador.Serpente voadora,insignificante criatura,como dizia meu Pai… isso herdei
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João Paiva
POETA ESQUECIDO
Sou um poeta esquecido!A mancha da agendacalou o grito da alma.Não que a planta não cresça.Os compromissostaparam as flores.Não me culpo nem me castigo pelo silêncio.Quando a vida passae o cavalo da aposta é o que está mais à mão,nessas alturas, como agoraparo e olho para mim,selecciono o epicentroe sinto que está na horade recolher novo centroe não mais correr assim.
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Este gesto de ser
NÃO SEI PORQUE AMO
Não sei porque amo.Se por precisarse, tão só, por amar.Amarei por egoísmoporque não sei não amar?Porque amarei euneste lugar?Amar para ser amadoÉ também amar,mas é mistérioeste amar.Ser amado para amarou amar para ser amadoporquê amar?…
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João Paiva
O AMOR MOVE…
O Amor faz mover passos gigantes. Move rios move mares move as gaivotas nos ares. O Amor constrói cidades move o Sol e as tempestades move castelos no ar.Ai o que move o amor!Move até uma florquieta no seu lugar.
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SOPRAM VENTOS
Sopram ventosem imensas direcções.Ecoam vozesde tons diferentes em cadalinha do horizonte. Forças várias empurram-mepara muitos sentidos.A luz.A cor.A águasão o desertoem que me encontro. Não tenho tudomas sei o caminho. Sei que depende muito de mim…
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João Paiva
POEMA SEM NADA PARA DIZER
Até sem nada para dizer se pode escrever um poema. Como o silêncio falae o branco é cor.Como sem forma há forma, como sofrer é amor.Como o curto é comprido e o rejeitado é querido. Como a morte é vidae o detestado apetecido. Como quem julga na alma não ter nada para dizer. Pega na tinta e papele acaba sempre por ter…
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Este gesto de ser
SONHO ESQUECIDO
Sonheicom um poema que esqueci. Como o estrume que alimentaa terra para dar fruto. Assimeu trabalhoo barrobruto e feio. Assim esculpo.
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João Paiva
SEM CHAVE
Chego a casa sem chave.Procuro por entreas pingas da noite a sombra da solução. Traço pelo passeio as melodias. Uma históriasem destinoum destinosem destino,uma casana memória.A paixão por esta vida tal e qualna confusão.
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Este gesto de ser
A MINHA POESIA
A minha poesia é cíclica,fechada,conclusiva.Fria!Igual!A minha poesianão é poesia,como eu,A minha poesiaé forçada, procurada, construída.Estranhamente,por detrásdestas grades, espreito um prado ondegosto edesejo… estar.
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João Paiva
SOLIDÃO
Estou sozinhocom meio coração penduradono destino.Não escondoa tentação.Tenho ar para respirar. Tenho tudo agora, aqui neste lugar!
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OÁSIS
O céu abriu-se ainda antesde eu sabera forma do meu viver. Ar fresco,banhos de azul, e outras coisas belas que reaparecerão depois da noite.Toquei este oásisquando me pus de lado, me importeique aquele outrofosse feliz.
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João Paiva
O QUE IMPORTA
O que importa aferir as culpas deste naufrágio?O que importa sabero porquêda tempestade?O que importaconheceros pormenoresdeste quadrobonito,visto de longe?O que importa salientaros nós deste tapete que resultamnum alegre bordado?…
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Este gesto de ser
POMBA BRANCA
Pomba branca indecisa.Nem voas, nem partesnem ficas, nem vais. Vejo-te quieta nesse lugar. Olho-tecapaz de imaginar.Vejo-tepomba branca praticamente no ar.
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João Paiva
VOU PARTIR
Fecho as portas da casaem que gostaria de viver.Venho-me embora do localque pareciafeito para mim.Saio!Não tenho a certezade poder permanecer.O mundo não éeste país,vou partir!
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Este gesto de ser
GRITAR SOLIDÃO
Grito daqui,do antro da solidão!Grito os sonhos perdidos,despidoda história que vi gravadano tempo!Grito saudade,grito silêncio!Grito baixinho.Fixo-menaquela esperançaque me escondeo abismoque não existe!
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João Paiva
POETA MORTO
Criou-seum espaço de silêncio. Secou a veiae morreua inspiração.O poeta escondeu-se por falta de poesia. Sem coisas para cantar… ele quis escrever. … sem respirar!
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Este gesto de ser
AGARRANDO O DIA
Quase me escapava,este dia igual.Quase pareciao bisar da repetiçãomas não!Fica quanto ameie tantas coisas que aprendi.O que fiz bem,o que falhei.Tudo foibom para mim.Um dia… é um trampolim.
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João Paiva
PROFESSOR
Intui o professornuma aula preparada:viu um singelo escultorface à obra, quase nada.Mas o que mais o espantouquando a aula virou vidafoi sentir que não crioue que foi obra esculpida!
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COMBOIO DA CP
Num comboio sujoda CPnão fujodo que se vê.
Antes tento contemplarneste assentopor lavar.
Um magalamal criadoum emigranteexaltado.
Um idosoorgulhosodo desconto.
Uma criançaque cansade ser chata.
Mas dos bancosvêem-se campos.
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João Paiva
Seria mesmo uma penase no meio de tantas cores não visse em cada cenauma só daquelas flores.
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O QUE SÃO AS BORBOLETAS?
As borboletassão papéisde cores vivas.São pétalasvoadorasdisfarçadasde asas coloridas.As borboletassão retalhosde arco-íris,pedaços de beleza,fragmentosdo sorriso de Deus!
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João Paiva
QUEIMA DAS FITAS
Chegaramcheios de momentos. Mortos de cansaço. Despejaram a vontade no prazer do tempo. Bufavam fraquezasde alma vazia.Não esperarampor mais qualificada gratificação.Verteram nacervejagolos de solidão. Entornados,abraçavam o vazio.
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Este gesto de ser
CRIANÇA NA ALDEIA
Criança sujade alma sãcorre pelo matologo de manhã. Regressa tardejá com o Sol deitado com os pés descalços e o corpo cansado. Brinca de improviso e cata piolhocome arroz com massa sem carne e sem molho. Rosto maltratadonariz por assoarfoge até ao rio p’ra se refrescar.Foge até ao rio p’ra se refrescar!…
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João Paiva
A TI QUE SOFRES
A tique sofresnão te peço que não chores.Que não chorenão há quem.Que chores,não te peço também.Peço-te...que chores...bem!
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PRAIA DE MIRA
O farnel está protegidona sombra constante da barraca.A maioriaestá vestida e, arregaçando-se lança a aventura de molhar os pés. Alguns homenstrazem marcadono corpo nuas alças brancasdo trabalho.Quantas mulheres com lenços escuros destacando rostos de simplicidade. Mas o mais belo desta tarde foi ver sentido naquilo que, outrora, míope,chamei parolos…
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João Paiva
MORTE
No abismo do mistérioesboças na grande tela,(na sombra do cemitério)uma bonita aguarela.Inspirada, sem critério,embora morte… és bela!
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POBRE
Estendes a pernatorcida pela pobreza,e vendessem preço fixoessas mazelas.Estendes a mão de cansaçopara encheres de bagaçoo teu própriocoraçãovazio.Não importase tens culpaou onde gastaso que te dão.Importa sorrir,uns segundosem retalhos…
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João Paiva
SENSUAL AVULSO
Um seio,um olhar,um sorriso,uma sedução.Um corpo,um sexoescravidão.Apalparfazer e tocarem provocação.O que era beloo que é beloem liquidação!
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Este gesto de ser
BELO
O belo é belo! por tão belo ser, quase transforma o que é não belo no belodo amanhecer. Quandoo belo é belocomodeve ser, Só o belopode nascer.
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João Paiva
AMAR ATÉ NÃO SER PRECISO
Quero dar tudo e fixar-me em ti.Estar ligado,amarrado,comprometidodependente,independente.De mãos tão abertas,de coração tão sem fim,que sejas felizmuito felizmesmo sem mim…
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Este gesto de ser
A TI, MINHA FLOR
A tiflor a abrir,ontem sementemorta,por sair, a tieu dirijoum beijo sentidoprofundoterno e eterno.Confessoo sustosempre sustidode esperançaquando te visem vidaontemseca e tristeperdida no vento.
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João Paiva
Agora que abrese ganhas cordigo-tea tiflor bonitaque semprete adoreie nem só um segundoduvideide ter querer bem.A ti,flor que já sorrissegredo-te que antevio teu sorrisoaquando da tempestadeque sentimas vi passarantes mesmo de o mar se acalmar.A ti,flor douradaentrego este meu sereste meu nada.A ti, meu amordigo-tesinceramenteque nenhuma dorpssada ou presentetirará corao nosso amoreternamente.
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Este gesto de ser
PROCURA
Procurao destinono pino da noite. Procurao passadoentrelaçado. Pocurae não procurao que quere o que não quer. Procurasem procuraro rosto de uma mulher!
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João Paiva
S. JOÃO
Vi dançar o meu amorNa noite de S. JoãoEnfeitei a minha dorDe dançar com a solidão.
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GOSTO DO DESGOSTO
Não gostodo desgostoque provocaquem não gostado que gostava antes.Como se fosse ilusão o gosto que se gostou de que brotou o desgosto do gosto da solidão.Gosto do gosto da vida mais que do desgostodo gostopor quem não está decidida!
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João Paiva
O ÚLTIMO POEMA DA PAIXÃO
Desejo escrevercom uma pena levee tinta de raiva,o último poemada paixão.Quando o tempoé longo,ouve-se a vozque muda a rotada gaivota.Destino diferenteum porto perdido.
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Este gesto de ser
ESPERA
Olhopela janelado quarto escuro,aquilo que sobrada noite.O tempo passa,o sonho perde.Vejo baço.Respiro no vidrodos olhos…
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João Paiva
ESPERAVA TUDO…
Esperava tudoda vidamenos sofrerde paixão!Esperava tudomenos respirar dificilmente.Esperava tudoda vidamenos esta partidade não me conhecer. Sou criança.Não sei escrever poemassem nenhumverso de esperança.
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Este gesto de ser
PRESENTE NA FALTA
Pela faltasinto-te presente.Falta o teucalor de sorrisosa tua vozde vida.Falta o teu cheiroperfumeas tuas mãos delicadas.Faltam os teus lábios belos eteus cabelosde cor.Por não estareste sinto tanto,e só não desatoem pranto,por saber do nosso amar.Assim saboreiocom gostoo que seria desgostose não fosse acreditar.
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João Paiva
ESTA NOITE
Esta é a noite difícil e belaem que mesmo que pudesse não dançaria contigo.É a noite em que te perco e ofereço o meu gemido de alegria.Esta noite é dura e belaé a noite do amor.
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Este gesto de ser
OCEANO DE BEM ESTAR
O oceano de bem estardeixa atónitaa razão de serde tanta felicidade. Vive-se sem perguntar o mundo beloduma aventura bonita. Está-se leve masconsciente,apostado nos doismas aberto ao mundo!
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João Paiva
FILHO DE UM ACTO DE AMOR
Bates… portada vidacom dor.Não falas,ouvessentes o meu clamor.Ecuta:és filho de um actode Amor.
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Este gesto de ser
BEBÉ
Dá, bá ,bá ,dádiz o tesouro falante gira no parquesem rumori por pouco ou por nadae chora.Está contentesó por ser.Seus olhos, grandes flutuam.E as mãos agarram o que mostra… luz do dia. Agora quer-me agarrara folha da poesia…
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João Paiva
AO AVÔ BABADO
Um avô deliciosotoma conta da criança do bebé muito zeloso,nem se dá conta que cansa… Um avô olhando o tecto está ele próprio a dormirembalado pelo neto.
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Este gesto de ser
ELECTRÃO
Tantas voltasquânticassem saber nuncaonde estás?(como eu).Se te agarramdeixas de dar-te a conhecer(como eu).Se te olhamficas rubro e deixas de sero que eras(como eu).Precisas de muitosiguais para te significar(como eu).Com teus parespodes darluz como eu…
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João Paiva
DENSIDADE
Quando me centro em mim,cresce a minha densidade.Mais massa no mesmo volumedas minhas possibilidades.Cheio,deixo de flutuar.
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Este gesto de ser
REACÇÃO
Sou química.O meu desejo maioré o de metransformar.Plantaque morre cresce.Assim acontecese me deixotransformar.Sou química…
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João Paiva
COR
A vidapintou de preto aquele quadro.Absorveu intensamente toda a luz.Encheu de silêncioa alegriaque cantava.Tenho pincéis,tenho cores.Umatela brancame servirá.
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Este gesto de ser
MESMO DNA
Um cabelo teupara analisar.Hélice DNA.Fiz zoom.Tudo iguala mim.Tudo igual a ele.A Química,prova científica daurgência da fraternidade.
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João Paiva
CONTAS DE AMOR
O Amor éparadoxaloperação.Mas que esquisito,o Amor,que grande contradição:divide a gente o Amor e em tão estranha divisãosobra desse mesmo Amoruma enorme porção,pois dividir o Amor é uma multiplicação...Como o Amornão há:tem-se tanto mais (para dar)quanto mais,(de facto)se dá...
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Este gesto de ser
SEGUNDA LEI
Tudo o quevou sendoé comoa entropia:aquela desordemcaóticaque misteriosamentegalga o tempo egera poçosde harmonia…
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João Paiva
POETA PARADO O poeta paroupara marchar!Acerta o passosustém a guerra.
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Este gesto de ser
SOLDADO
Soldadosem rumonem vontadesem sorte pela vidaobrigadopela morte.Que um dia no quartelsó morem oficiais.Nesse dia,nesse sonhonão hajanem militaresnem outros homens que tais…
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João Paiva
PÁSSAROS JÁ CANTAM
Os pássarosjá cantamna alvoradado regimento.O Solbrilha mais forte dentro do meu pensamento.No Quartelpela manhãbrota jáo movimento.Há mais vidanesta vidaneste meu envolvimento.
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Este gesto de ser
NASCER DO SOL
Por entre as grades deste quartelvejo a laranja estendida e a última estrelapára de cintilar. Nasce o verde e começa o movimento.E eu vou abrir o portãopara o Sol nascer cá dentro.
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João Paiva
ACREDITAR
Às vezes penso que só creio porque não sei não crer.Cobardia estaa de não deixarde olhar assim.Sou gota de água:ínfimo e frágil.Escorregonão me aguentoe caio na terra secaque me criou.
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Este gesto de ser
ETERNIDADE
Alguém aqui veio… confundir o Céu.Tudo é contínuono infinito!O Céu começa aqui.No pôr do Sol,o horizonte não existe: o Mar é o Céu!
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João Paiva
A ESTRELA
Queriaser um pedaço daquelas palavras.Parei por semáforos. O fumo suspenso gerava a densa poluição.Olhei,a toda a volta no céu, e nada vi.Olhei de novo, vasculhei.vi, finalmente,uma estrela,disse olá a Deus…e ficou verde!
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Este gesto de ser
INCONSCIÊNCIA
Navego inconscientena consciência da Fé: não percebo mas entendo não enxergo mas vejo não suporto mas resisto.Não compreendo mas amo. Tudo tomba mas sou esperança.Já não sou eu que vivo,sou mais fé… do que eu…Estou consciente. Inconsciente é só a alegria que sinto por ser assim!
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João Paiva
DEUS
Parti da aridez do deserto.Saltei parao escuro.Apostei sem ver.Mergulheiem mar de dúvida. Procurei.Progredi apalpando e sem sentir. Pensei, forcei caminheide olhos vendados. Eis que caionum banho demel.Quente,sensual,real.Mais óbvio que eu. Setenta vezesos cinco sentidos. CertezaDeus.Ele, que sempre estivera,era mais forteque tudo.
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Este gesto de ser
LEVAR
Trago a alma levede tesouros grandesde amor!Confieique morrerera este viver que carrega suavementeuma pesada cruz! Abriram-meuma portatão belaquanto estreita, à qualnem sequer bati…!
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João Paiva
INTIMIDADE
São instantes inequívocosem que sóte tenho a Ti! Pretéritosprojectostempo,tudo se centra ali… Em Ti!
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Este gesto de ser
SILÊNCIO
O silênciotraz o vento.O silênciotraz o fundotraz o meupequeno mundopara além.O silênciotraz novidadetraz Deus.
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João Paiva
SOU FELIZ
Sou enormemente feliz! Escrevo-opara não me esquecer para ficar na história que sou fracoe preciso de escrever: Sou feliz.Escrevo-oporque a caneta quere o papel também. Escrevo-o por amor, para dar e viver. Escrevo-o… porque sou feliz!
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Este gesto de ser
AQUELA VOZ
Sento-me de pernas cruzadas sem ter nadapara dizer.Estou só contigo.Muitas vozes ecoamdentro de mim. Distingo a Tua, aquela voz que me dizque sou feliz!
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João Paiva
GRATIDÃO
Não sei se hei-de parar ou escrever um poema.O poema do hino da gratidão da vida e da harmonia.A alegria de pensar ter apenas para dizer: GRATIDÃO!
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Este gesto de ser
Índice
ESTA COISA .....................................................................................................POETA ESQUECIDO ....................................................................................NÃO SEI PORQUE AMO .............................................................................O AMOR MOVE... ...........................................................................................SOPRAM VENTOS .........................................................................................POEMA SEM NADA PARA DIZER ...........................................................SONHO ESQUECIDO ...................................................................................SEM CHAVE .....................................................................................................A MINHA POESIA ..........................................................................................SOLIDÃO ..........................................................................................................OÁSIS ..................................................................................................................O QUE IMPORTA ...........................................................................................POMBA BRANCA ...........................................................................................VOU PARTIR ....................................................................................................GRITAR SOLIDÃO .........................................................................................POETA MORTO ..............................................................................................AGARRANDO O DIA ...................................................................................PROFESSOR .....................................................................................................COMBOIO DA C.P. .........................................................................................O QUE SÃO AS BORBOLETAS? ................................................................QUEIMA DAS FITAS .....................................................................................CRIANÇA NA ALDEIA .................................................................................A TI QUE SOFRES..........................................................................................PRAIA DE MIRA .............................................................................................MORTE ...............................................................................................................POBRE ................................................................................................................SENSUAL AVULSO .........................................................................................BELO...................................................................................................................AMAR ATÉ NÃO SER PRECISO ...............................................................A TI, MINHA FLOR .......................................................................................PROCURA ..........................................................................................................S. JOÃO ...............................................................................................................GOSTO DO DESGOSTO .............................................................................O ÚLTIMO POEMA DA PAIXÃO ..............................................................ESPERA ..............................................................................................................ESPERAVA TUDO... .......................................................................................PRESENTE NA FALTA .................................................................................ESTA NOITE ....................................................................................................
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João Paiva
OCEANO DE BEM ESTAR .........................................................................FILHO DE UM ACTO DE AMOR .............................................................BÉBÉ ...................................................................................................................AO AVÔ BABADO ..........................................................................................ELECTRÃO .......................................................................................................DENSIDADE ....................................................................................................REACÇÃO .........................................................................................................COR .....................................................................................................................MESMO DNA ...................................................................................................CONTAS DE AMOR ......................................................................................SEGUNDA LEI ................................................................................................POETA PARADO ............................................................................................SOLDADO .........................................................................................................PÁSSAROS JÁ CANTAM ...............................................................................NASCER DO SOL ...........................................................................................ACREDITAR .....................................................................................................ETERNIDADE .................................................................................................A ESTRELA .......................................................................................................INCONSCIÊNCIA ...........................................................................................DEUS ...................................................................................................................LEVAR ................................................................................................................INTIMIDADE ...................................................................................................SILÊNCIO..........................................................................................................SOU FELIZ ........................................................................................................AQUELA VOZ .................................................................................................GRATIDÃO .......................................................................................................
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