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O Fim do MundoLamees Alhassar

Traduzido por Bruna Damasceno de Freitas

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“O Fim do Mundo”Escrito por Lamees AlhassarCopyright © 2018 Lamees AlhassarTodos os direitos reservadosDistribuído por Babelcube, Inc.www.babelcube.comTraduzido por Bruna Damasceno de FreitasDesign da capa © 2018 Mahmood Turki“Babelcube Books” e “Babelcube” são marcas comerciais da Babelcube Inc.

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O Fim do Mundo

Lamees Alhassar

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Copyright © 2016 Lamees AlhassarAll rights reserved.ISBN: 1536946826

ISBN-13: 978-1536946826

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ÍNDICE

Capítulo UmCapítulo DoisCapítulo Três

Capítulo QuatroCapítulo CincoCapítulo SeisCapítulo SeteCapítulo Oito

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CAPÍTULO UMDepois que o alarme despertou, ela se sentou e olhou para ele. O relógio da mesa dizia queeram 2h da manhã. Ela saiu da cama do beliche e se alongou. Ela usava apenas sua roupaintima e seu longo cabelo preto estava bagunçado. Ela olhou ao redor e viu seu roupãopendurado na parede. Ela foi até ele e o vestiu.

Por um momento, ela parou em frente à janela. Ela olhou para fora e encarou o céu escuro.Tudo que ela podia ver eram milhares de estrelas que cercava ela. Ela encarou maisprofundamente o céu, e tudo que ela viu foi mais escuridão. Tudo preto. Estava escuro. Ésempre escuro por que quando você esta no espaço, tudo que você consegue ver são estrelas,estrelas e mais estrelas. Elas serviam como um meio de direcionar através da escuridão.

Ela pegou seu laptop e o abriu. Ela esperou para ele ligar antes de colocar seus fones deouvido Bluetooth. Ela precisava fazer sua entrada diária.

“Bom dia. Aqui é a Capitã Kristen, Comandante da Missão de Exploração Atlantis.” Eladisse. “Hoje é o dia 1,472 desde que saímos da Terra. Agora aqui são 2h09 da manhã e euacabei de acordar. Logo irei até meu posto para ver como minha tripulação e como ela está.Espero que hoje seja um bom dia para nós, um dia que teremos boas noticias para dar pravocês ai. Noticias que irão trazer esperança e salvação para todos nós.”

Ela desligou seu laptop e suspirou.“Esperança e salvação” ela repetiu para si mesma.Depois de passar tantos dias no espaço, aquelas duas palavras pareciam de outro idioma

para ela. Mas o que mais as pessoas poderiam ter alem de esperança? Ela olhou para o céuescuro ao redor dela.

Esperança e salvação.Ela levantou e foi ao banheiro. Ela tomou um banho rápido e saiu. Então ela vestiu seu

traje espacial. Era como um macacão feito de couro cinza. Cabia perfeitamente em seu corpo ecobria-a por completo, desde o pescoço até seus pés. Ela não precisava usar nenhum tipo decalçado por que o uniforme cobria completamente seus pés e servia como um escudo protetor,até mesmo nos pés. Era como o uniforme tinha sido feito. Era pra ser usado sem precisarcolocar nenhum outro tipo de roupa. Não era preciso usar luvas, cintos ou botas. Apenas ouniforme e isso era tudo.

Ela pegou seu fone de ouvido e colocou na sua orelha esquerda. Ela foi ate a porta ecolocou a palma da mão direita em um painel do lado da porta. Uma luz branca percorreu suamão para scannear.

Uma mensagem apareceu na tela.“CAPITÃ KRISTEN. IDENTIDADE CONFIRMADA.”A porta abriu e ela saiu do seu alojamento para o corredor. Estava iluminado e tinha

paredes brancas. Ela colocou sua mão em outro monitor. Depois de ter a palma da mãoscaneada a mesma mensagem apareceu na tela.

“CAPITÃ KRISTEN. IDENTIDADE CONFIRMANDA.”A porta do elevador abriu e ela entrou.

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“Olá Capitã Kristen, para onde gostaria de ir?” o elevador perguntou com uma vozfeminina.

“Leve-me para a ponte.” Kristen respondeu.O elevador se moveu para cima por vários andares e parou. Kristen saiu e entrou na sala de

controle da sua nave. Ela estava em uma plataforma mais elevada. Tinha vários degraus a suadireita que levavam a plataforma de um nível mais baixo. Nessa plataforma tinha três membrosda tripulação. Eles acenaram para ela e ela acenou para eles.

“Bom dia Capitã,” um deles disse enquanto acenava para ela. “Como foi seu sono?”“Foi bem, Mahmud,” Kristen respondeu. “Os outros ainda não estão aqui?” ela disse

olhando ao redor.“Ainda não Capitã,” Mahmud respondeu. “Mas logo estarão aqui, tenho certeza.”Já eram 2h23 da manhã, horário da terra.Então, o elevador abriu e três outros membros da tripulação, vestindo os mesmo uniformes

que Kristen, pararam na ponte.“Bom dia Capitã,” um deles cumprimentou.“Bom dia, Lynda,” Kristen respondeu. “Vocês estão atrasados. O que aconteceu?

Dormiram demais?”“Talvez eles tenham bebido em excesso.” Mahmud brincou.“Álcool? No espaço?” Lynda perguntou. “Mahmud, por que foi mesmo que a NASA te

mandou para essa missão?”“Pra ficar de olhos em vocês,” Mahmud respondeu.“Mesmo? O que te faz pensar que não posso cuidar de mim mesma?”Mahmud sorriu. “Por que você nunca chega na hora certa.” Ele respondeu.“Ok, já chega do bate-papo,” Kristen disse. “Qual é a situação?”“Tudo certo Capitã.” Mahmud disse. “Nós ainda estamos cruzando, e sem nenhum tipo de

incidente.”“Já avistaram alguma coisa?” Kristen perguntou.Mahmud balançou a cabeça. “Nada ainda. Mas você sabe que se tivéssemos encontrado

algo, eu iria pessoalmente ate seu alojamento para avisar.”Kristen assentiu. “Sim, eu sei.” Ela respondeu. “Mas por que você iria ter que fazer isso?”“Fazer o que?” Mahmud perguntou. “Você não quer que avisemos se encontrarmos algo?”“Não, não isso,” Kristen respondeu. “Quero dizer por que você iria pessoalmente ao meu

alojamento. O que aconteceu com nossos meios de comunicação – como rádios, interfones, etudo mais?”

Mahmud sorriu. “Eu estava brincando.” Ele disse.“Espero que sim.” Kristen respondeu. “Por que eu não quero ter q aturar o ciúme da Lynda.

Tenho certeza que ela não iria gostar de você indo visitar meu alojamento sem a permissãodela.”

“Serio?” Mahmud disse. Ele virou para Lynda que estava olhando os monitores. “Éverdade Lynda?” ele perguntou.

“O que é verdade?” Lynda perguntou.“Se você iria ficar com ciúme se você soubesse que eu estava no alojamento da Capitã?”

Mahmud perguntou.

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“E por que é que você iria para o alojamento dela?” Lynda perguntou.“Para dar informações importantes.” Ele respondeu.“Informações importantes?” Lynda repetiu. “Informações importantes sobre o que?”“Tipo, se tivéssemos visto alguma coisa.” Ele respondeu.“O que aconteceu com o radio?” Lynda perguntou.“Ou os interfones?” Kristen adicionou.“Qual é galera.” Mahmud disse. “Eu só queria comunicar.”“Você não precisa ir onde a Capitã está para se comunicar com ela, Mahmud. Não estamos

na idade da pedra.” Lynda disse.“Você é uma desmancha-prazeres.” Mahmud disse. “Talvez seja inveja que eu não seja o

seu alojamento que eu precise ir.”“Se você viesse ate meu alojamento, eu ano iria deixar você entrar.” Lynda respondeu.“Eu iria rackear o alarma da sua porta.” Mahmud insistiu. “E eu iria usar minha arma de lazer para vaporizar essa sua cara.” Lynda disse.Mahmud sorriu e olhou para Kristen. “Vê por que eu gosto dela? Ela é sexy.”“Sexy ou não, não importa. Apenas vá checar a sala de eletricidade.” Kristen disse.“Ok, já estou indo, Capitã.” Mahmud assentiu e apontou para Lynda. “Mas tenho certeza

que você vai me chamar em breve.”“Pelo amor de Deus, por que eu faria isso?” Lynda perguntou.“Por que você não pode fazer sem falar comigo.” Mahmud disse.“Mesmo se você fosse o ultimo ser no universo, eu ainda não iria falar com você.” Lynda

disse.Mahmud assentiu. “Ok. Talvez você não fale. Mas você vai precisar de mim para outras

coisas. Sacou?”Lynda pegou um instrumento na mesa e ameaçou jogar em Mahmud, que rapidamente

abaixou e saiu da plataforma.Depois que ele saiu, Kristen foi ver o status da posição deles. O monitor na sua frente

estava dizendo que agora eles estavam cerca de oitocentos bilhões de milhas distante da Terra.“Oitocentos bilhões de milhas longe de casa.” Kristen sussurrou para si mesma.Então, uma mensagem apareceu no monitor: LIGAÇÃO DA TERRA.“Lynda,” ela instruiu. “Uma ligação esta sendo feita da Terra. Provavelmente o

Comandante a Missão. Amplie e aprimore na tela, por favor.”“Sim, Capitã.” Lynda respondeu, e digitou algumas coisas no painel de controle.Imediatamente, uma tela abriu na ponte. Um homem de pele escura com um bigode grosso

e um pouco grisalho, careca, apareceu na tela.“Bom dia Kristen,” o homem disse.“Bom dia Diretor Edwards,” Kristen respondeu.“É dia ou noite por ai?” Edwards perguntou.Kristen olhou para janela e para o céu escuro. “É sempre escuro por aqui, Diretor.” Kristen

respondeu. “Ninguém sabe dizer com certeza se é dia ou noite. Sabe que não estamos perto denenhum tipo de sol. Estamos apenas voando pelo espaço.”

“Sim, eu sei, Kristen. Estava tentando fazer uma piada.” Edwards respondeu. “Como vai atripulação? Tem algum problema?”

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“Não, Diretor. Nenhum problema. Todos estão bem.”“Certo,” Edwards disse, e houve um breve silencio antes dele perguntar. “Avistaram

alguma coisa?”Kristen balançou a cabeça. “Nada ainda, Diretor.”Edwards assentiu. “Continue procurando, Kristen. Apenas continue procurando. Sabe que

vocês são nossa única esperança agora. Vocês são a única esperança da Terra.”“Eu sei Diretor. Todos sabem. Não vamos desistir. Estamos fazendo o melhor que

podemos.”“Quantos dias faz?”“Já faz 1,472 dias.”“1,472.” Edwards repetiu. “Isso são quatro anos.”“Sim, quatro anos.” Kristen repetiu.“Sim Kristen,” Edwards repetiu e suspirou. “Quatro anos.”Houve uma pausa, e era como se ligação tinha caído. Mas não tinha. Edwards continuava

na linha. Ele tinha uma expressão pensativa e um olhar distante. Parecia que ele estavaperdido. Talvez perdido em pensamentos. Depois de um tempo, pareceu que ele de repentelembrou que ainda estava na ligação. Edwards piscou e olhou para a câmera.

“Desculpe-me.” Ele disse. “Eu me deixei levar por meus pensamentos.”“Sim, Diretor.” Kristen respondeu. Ela entendeu.“De qualquer forma, eu desejo o melhor para vocês, Missão Exploratória Atlantis,”

Edwards disse e desconectou.Kristen olhou para os membros da tripulação. Todos estavam encarando a tela como se

estivesse esperando que ele voltasse.Mas não voltou. E não iria.A tripulação não parecia pensar assim. Eles simplesmente continuaram encarando a tela.“Lynda, me de uma relatoria das posições já cobrimos nas ultimas 48hs e a distancia entre

nossa posição atual e o próximo buraco negro.” Kristen pediu.“Sim Capitã.” Lynda respondeu, e começou a digitar no painel de controle. Os outros

membros também voltaram ao trabalho. A saudade era evidente no olhar deles.E também tinha solidão.O sentimento de estar perdido no tempo e espaço.Mas quem não estava? Kristen pensou.Eram 1,472 dias.Quatro anos.E ainda não tinha acabado ou nenhum sinal de que iria acabar.Nenhum sinal.Quem não iria se sentir desesperado? Kristen pensou.Faziam mais de quatro anos que eles tinham visto a Terra pela ultima vez. Quatro anos

desde o dia em que eles deixaram suas casas.Kristen lembrava vividamente o discurso de Edwards naquele dia. Ele entregou um foto

para todos eles. Era uma foto da Terra naquele dia.Ela colocou a mão em seu bolso e pegou uma pequena foto. Ela suspirou e a colocou de

volta no bolso.

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Naquele dia, Edwards entregou uma foto para todos eles. Eram varias copias da mesmafoto.

“Membros da Missão Exploratória Atlantis,” o Diretor Edwards começou. “Vocês estãosegurando agora uma foto da Terra, seu planeta, hoje, 23 de Julho de 2093. Essa foto foi tiradauns minutos antes de ser entregue a vocês.”

Edwards pausou e olhou ao redor, para todos os rostos dos membros da tripulação. “Vocêsestar se perguntando por que eu entreguei a vocês a mesma foto.” Ele continuou. “Bem, é poruma boa razão. Eu quero que cada um de vocês, individualmente se lembre de por que vocêestá nessa missão. Vocês não estão nessa missão só por causa dos seus colegas aqui, não porque sua Capitã é Kristen, não só por minha causa, ou por causa do presidente das NaçõesUnidas. Vocês estão nessa missão por causa da Terra.”

“Senhoras e Senhores,” Edwards continuou. “A Terra precisa de vocês. Nas suas vidasvocês tiveram o melhor da Terra. Vocês aproveitaram da Terra e seus recursos. E eu não possome excluir disso. Nenhum outro ser humano nessa Terra, vivo ou morto, pode se excluir disso.E nem todos podemos ser escolhidos para irem. E nem os mortos serem acordados para ajudar.Apenas vocês, membros dessa tripulação escolhidos para essa missão. Enquanto vocês passampor essa jornada no espaço durante essa missão, enquanto vocês passam esses dias, semanas outalvez meses naquelas regiões no espaço, sempre olhem para sua foto e se lembre do por quevocês estão lá. Vocês estão lá por causa da Terra.”

Edwards pausou e olhou para eles novamente. “Eu não posso dizer o quão grato todos sãopor vocês embarcarem nessa viajem. Mas é fato que o planeta todo está dependendo de vocêspara termos esperanças. Na verdade, vocês meus queridos astronautas, são a esperança e asalvação da Terra.”

Esperança e salvação.Kristen olhou ao redor na plataforma, para seus colegas enquanto eles iam trabalhar. Ela

olhou para o monitor e leu as informações que ali estavam. A nave se movia devagar peloespaço. Não havia nenhum outro corpo celeste ao redor deles. Tudo que podiam ver eram asestrelas brilhando em uma longa distancia.

Kristen se lembrava de algumas noites na Terra quando ela ficava acordada ate tardeolhando para o céu escuro. Eram as noites que ela não podia dormir por preocupação.Preocupação sobre a futura missão no espaço, e o que ela traria para ele.

Como ela se tornou tudo isso? Ela se perguntava.A noticia começou a se espalhar gradualmente. Primeiro tiveram as inundações causadas

por grandes tempestades tropicais. Tsunamis começaram a atingir muito mais que as cidadescosteiras, elas agora estavam indo até o interior das cidades. Cidades que deveriam serprotegidas por colinas, montanhas, prédios, estruturas e civilização.

Ela lembrava muito bem das mortes que ocorreram na Índia e no Paquistão por causa dosmaiores níveis de calor do século. Em 2050, quando as ondas de calor começaramintensamente, muitas pessoas e cientistas disseram que era um pequeno erro. Como se anatureza cometesse erros. Naquele ano, milhares de pessoas tinham morrido por causa dessasondas de calor. As pessoas morriam até durante a noite, quando as temperaturas deveriam estarreduzidas. Era uma loucura, ver as pessoas tomar vários banhos durante o dia com blocos degelos e água gelada apenas para reduzir um pouco o excesso de calor.

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E para piorar, grandes florestas ao redor do mundo começaram a pegar fogo. Umas dasmais lindas era o Parque Nacional Olímpico em Washington, queimou até virar cinzas, toda avegetação verde queimou descontroladamente. E enquanto as pessoas se perguntavam o queestava acontecendo, uma reunião de controle climático prevista para acontecer em Londres foicancelada. O motivo: ninguém queria sofrer o que já tinha se repetido na Índia e no Paquistão.Tinha um grande medo de que as mesmas ondas de calor atingissem Londres por que pelaprimeira vez no Reino Unido temperatura de quase 100 graus Fahrenheit foi registrada em umúnico dia em um mês que não era para ser o mais quente do ano.

Os americanos também não foram poupados dessa onda de desgraças. Kristen se lembravacomo os Estados Unidos reportou a noticia de um incêndio que praticamente deu um grandesalto pela estrada I-15 no meio da hora do rush. É claro que isso criou um pandemônio total eela assistiu tudo ao vivo do centro da NASA completamente atordoada. No começo, asautoridades disseram que foram os terroristas, alguns especialistas disseram que foi trabalho deextremistas. Outra teoria dizia que eram os lideres da supremacia branca que estavam tentandocomeçar um ato de purificação pelo país.

Mas foi mesmo essa a razão pela qual o fogo estava por toda a rodovia queimando carros,caminhões e outros veículos no caminho? Como era possível que qualquer desses gruposterroristas possuírem forças da natureza para trazer o caos, destruição e terror para as pessoas?Podiam os terroristas controlar a natureza para conseguir fazer atrocidades?

Eram tantas perguntas.Já tinha se passado muito tempo quando a verdade do que tinha acontecido apareceu. A

maior e mais devastadora seca estava acontecendo na Califórnia. Satélites de segurançapodiam mostras imagens de uma área de 10 hectares pegarem fogo e gradualmente começar aaumentar ate ficar vinte vezes maior. No meio desse lampejo descontrolado de destruição,atravessou a rodovia para continuar a queimar até as cinzas toda a vegetação do outro lado.Não era trabalho de nenhum grupo terrorista. Era trabalho da natureza. E natureza estavatentando dizer que nada e ninguém podiam ficar no caminho dela.

Outras partes do mundo logo começaram a mandar seus próprios relatórios. Um grandefuçarão El Nino estava começando a se formar no Oceano Pacifico perto de países tropicaiscomo Porto Rico começou a racionar água. Alguns podem ter se perguntar por que algunspaíses racionavam água. Não era nada de especial, exceto quando se considerava o fato de quepara um país como Porto Rico, esse era o mais severo racionamento de todos os tempos.

Padrões de temperatura estavam mudando rapidamente. Cientistas renomados no mundotodo estavam dizendo que o nosso maior pesadelo climático já estava acontecendo e estavaacontecendo muito mais rápido do que eles previram.

Então os próprios cientistas climáticos da NASA também começaram a colaborar comessas noticias. Alguns dos mais respeitados cientistas climáticos da NASA que foram osprimeiros a chamar a atenção do publico para as mudanças climáticas décadas atrás estavamagora fazendo descobertas mais alarmantes ainda. Na costa da Antártica, um mecanismoidentificou que o nível do mar estava aumentando vinte vezes mais rápido que o previsto.

A noticia que veio a seguir foi fria, sombria e destruiu todo fio de esperança. “Nossaconclusão é de que seria praticamente impossível para nossa amada Terra evitar o aumento dosníveis do oceano ao redor do mundo.” eles concluíram em uma transmissão ao vivo para o

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mundo todo. “As devastações que seriam causadas pelas conseqüências econômicas eperturbação social por conta do aumento dos níveis do mar em grande escala seriam enormes esem precedentes. Não seria muito difícil de visualizar os conflitos e discórdias que surgiriamda força de grandes migrações, e o colapso econômico do mundo que iria dificultar e talvezimpossibilitar o governo; a humanidade está sob ameaça.”

E mais informações para apoiar suas teorias do fim do mundo continuavam a vir de fontesao redor do mundo. Havia previsões de estudos científicos que mostravam um aumento globalde três graus Celsius na temperatura que seria catastrófica para o aumento dos níveis do mar.

No ano de 2050, a temperatura da água que tinha sido registrada no Pacifico Norte nuncatinham sido tão altas. Mas isso não era tudo. Eles perceberam que os efeitos estavam sendosentidos em grandes áreas e por longos períodos, e que já estava causando um grande eimpactante efeito na vida marinha. A vida marinha tinha começado a migrar para o sul. Elesestavam simplesmente se adaptando ao clima quente dos oceanos. Uma amostra disso era aaparição de grandes tubarões brancos que estavam se reproduzindo perto da Baia de MontereyCalifórnia. Nessa área, foi a região mais no sul que tubarões foram vistos procriando. Outraaparição foi de Marlins azuis na ilha Catalina no inverno, quase 5,000 milhas ao sul do seuhabitat natural.

As mudanças no vento no Pacifico Norte tinham resultado no que os biólogos emeteorologista chamam de “bolha”. Essa bolha era um caminho anormal de águas quentesentre Baía, Califórnia, Alaska e Havaí, que eram perigosas e prejudiciais para o ecossistemamarinho. O plâncton, que era a base da cadeia alimentar no oceano, foi tinha sido declaradoextinto por conta dessa “bolha”. Isso causou nas espécies que dependiam dela, um grandenumero de migração de seu habitat natural ou a redução da espécie.

Kristen balançou a cabeça. Era como se ela estivesse tentando afastar as memórias dasreportagens que chegavam cada vez mais rápido naquele ano.

Mas você não afasta a realidade, ele pensou.Como ela poderia afastar o fato de que naqueles primeiros anos as noticias eram todas

surpreendentes e chocantes?Mas vinte anos depois, era uma historia bem diferente.Os cientistas estavam chamando de o fim do mundo.Primeiro foram as ondas de calor novamente, mas antes tinham atingindo apenas países,

agora estavam espalhadas pelo mundo todo, simultaneamente. Centenas morriam no começo,agora estavam morrendo milhares.

E então os incêndios nas florestas. Onde tinham florestas secas, tinha chamas e incêndiosincontroláveis. Florestas densas, verdes, e cheias de vegetação por todo o planeta estavamqueimando durante as épocas de chuvas.

Pessoas que iam para as praias não podiam nadar no mar por que os oceanos tinham ficadotão quentes que poderiam cozinhar uma pessoa viva.

Tomar um banho de sol, que era muito popular no passado para muitas pessoas, tinha setornado oficialmente banido em muitos países e logo declararam esse ato ilegal.

Ninguém culpava o governo por essas medias. Pessoas estavam sendo praticamentetorradas quando decidiam tomar sol.

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Escassez de comida tinha começado a aumentar. Ficou impossível de cultivar comida eplantações simplesmente por que o tempo e solo não eram mais férteis. Naturalmente, a seca sealastrou. Isso ativou grandes protestos ao redor do mundo. Governos fizeram o que podiampara controlar os cidadãos. Mas como o governo pode forças o controle quando seus própriosfuncionários queriam se juntar a os movimentos?

E as previsões eram que as coisas iriam ficam ainda pior. Isso é era o que a própria NASAdizia. E eles tinham uma boa razão para dizer.

NASA não estava preocupada com as temperaturas do mar aumentando, a escassez decomida, os protestos em massa, e todos esses sinais de perigo. Para eles, esses eram sintomassimples. O maior problema era ainda mais devastador. A Terra estava saindo da posição dealinhamento entre os planetas. Estava ficando mais próxima do sol. E como resultado dessaaproximação, todas as mudanças climáticas, níveis de oceano e tudo mais era notório.

Quando os dados começaram a ser analisados, muitas pessoas desacreditavam e diziam serimpossível. Como a Terra poderia sair da sua posição? Como ela poderia estar se aproximandodo Sol? Mas dia após dia, esse fato começou a se tornar uma realidade que todos podiam ver asmudanças com seus próprios olhos.

As previsões eram que em sete anos, não haveria mais Terra. Ela seria atraída para o Sol eseria consumida e destruída por ele.

Tinha apenas uma opção: eles tinham que evacuar a Terra e achar outro planeta para viver.Mas como isso seria possível? Aonde eles iriam achar outro planeta que poderia suportar vidae a sobrevivência de toda a raça humana, ou o que tinha restado dela?

Essas eram perguntas com as quais os lideres mundiais tinham que lidar. Mas ainda restavao fato de que quanto mais eles continuavam a discutir, refletir e bater-boca, mais perto elesficavam do inevitável. Eles deveriam concordar e achar uma solução para juntar suas forças eprocurar por um novo planeta. Essa solução acabou culminando no coordenador da NASAlevando a criação da Missão Atlantis.

Sua função era simples: achar outro planeta o mais rápido possível para que a raça humanapossa ser preservada.

Para que a raça humana possa ter esperança.Para que a raça humana possa ter uma salvação.Kristen suspirou. Hoje era o dia 1,472. Já fazia quatro anos que eles tinham deixado a

Terra em 2093. Dos sete anos restantes, eles já tinham gastado quatro rodando e procurando nouniverso. Se eles falhassem em encontrar um planeta compatível nesses três anos restantes, aTerra estaria morta no ano de 2100.

E restavam apenas três anos para 2100Os medos e incertezas estavam se acumulando. Ninguém naquela missão poderia imaginar

o que estaria acontecendo na Terra desde quando eles deixam ela há quatro anos. Eles apenasrezavam e tinham esperança que tudo esteja bem.

Será que estava?Em todos as transmissões que eles tinham recebido da Terra, uma cortesia do Diretor

Edwards, eles nunca mostravam imagens da Terra. Era sempre o Diretor Edwards sem nada nofundo.

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Eles nem podia dizer se ele estava fazendo a transmissão do escritório ou da casa dele. Masele provavelmente estaria fazendo da NASA, afinal de onde mais ele encontraria materiais tãosofisticados quanto os da NASA onde tinham disponíveis os equipamentos necessários parauma transmissão interplanetária em alta qualidade.

Não, Kristen estava balançando sua cabeça. NASA deve estar intacta.Assim como a Terra estaria que eles deixaram anos atrás.Mas e se a situação fosse pior do que eles podiam imaginar? Sua mente perspicaz que foi

treinada pela sua carreira cientifica em deduções e raciocínio não podia evitar refletir sobremuitas coisas.

Então ela se lembrou do estado que o planeta estava quando eles deixam a Terra. Elestiveram que adiar o vôo sete vezes. Não por que eles não estavam prontos, mas por causa dascondições deterioradas da atmosfera e do clima.

E quando eles decolaram e entraram no espaço, eles tiveram que observar em choque aimagem da Terra. A Terra estava mais próxima do sol e ela tinha uma cor vermelha e marrom,como se estivesse em chamas. Apenas alguns pontos azuis eram vistos, o que significava umaredução da água na Terra. Para eles, esses poucos pontos de azul significavam uma coisa: aágua estava evaporando em um nível alarmante.

Durante os últimos momentos antes de colocarem o uniforme espacial, eles permaneceramem silencio olhando para a Terra, o que tinha restado dela.

Eles sabiam que tinham que obter sucesso na missão.Eles simplesmente tinham que descobrir outro lugar para chamar de casa.Para salvarem seus familiares, pessoas amadas e amigos.Obter sucesso era a única opção. Falhar não era nem considerado.Então, eles saltaram para o hiperespaço.Saltar para o hiperspaço é um processo onde uma nave exploradora usa a velocidade da luz

para cobrir uma grande distancia em uma fração de segundos. Isso permitiu que astronautas,como os membros da Atlantis viajassem distancias que levariam semanas, meses ou anos emapenas alguns segundos. O mecanismo de salto hiperespacial funciona por avançadosmecanismo da física e em algumas situações resulta em viagens através de buracos de minhocano espaço. Uma técnica muito avançada que permitiu viagens no espaço serem mais eficientese confiáveis.

“Lynda, Entre nas coordenadas da NASA. Todos se preparem para o próximo salto.”Kristen disse.

Quando Atlantis saiu do salto, eles descobriram que estavam perto do planeta Tiangrit.“Tiangrit?” Kristen disse. “Como é que esse salto pode nos levar ate Tiangrit?”“Foi para onde o sistema de navegação nos direcionou.” Mahmud disse.Kristen levantou. “Acho que não pegamos as coordenadas certas. Quais os parâmetros você

inseriu?”“Os que você disse, Capitã. Pode confirmar.” Mahmud disse.Kristen pegou seu computador e olhou o monitor. Ela comparou as coordenadas que

estavam em seu computador com as que Mahmud colocou.

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Depois de um tempo, ela olhou para ele perplexa. “Estão corretos.” ela disse. “Como elespodem estar corretos?”

“Desculpe, Capitã.” Mahmud disse. “Você perguntou como os parâmetros podem estarcorretos?”

“Não, não, não. Não foi o que quis dizer. Quero dizer, como esses parâmetros podem estarcorretos? Os coordenadores da missão podem ter cometido um erro.”

“Cometeram?” Lynda perguntou. “O comando espacial da NASA cometendo um errodando parâmetros e coordenadas para o lançamento?”

“Eu duvido.” Mahmud disse.“Sempre existe uma primeira vez.” Kristen disse enquanto olhava para a grande bola de

pedras vermelhas na frente da nave.“Então, o que vamos fazer?” Mahmud perguntou.Kristen estava pensando enquanto espantavas alguns pensamentos ruins. “Se escolhermos

não ir até Tiangrit, poderia ser considerado desobediência para o Comando na Missão já quesão as coordenadas deles, mesmo se achamos que eles cometeram um erro.”

“Essa é probabilidade, considerando o jeito que as coisas estavam quando partimos daTerra.” Lynda disse. “ Todas as confusões e caos poderiam fazer qualquer um cometer umerro.”

“Ou talvez eles tenham novas evidencias de possibilidade de vida em Tiangrit.” Mahmuddisse.

“Vida em Tiangrit?” Kristen repetiu. “Mas nos sempre soubemos que não poderia havervida em Tiangrit. Olhe para ele. Não tem atmosfera, pelo amor de Deus. E o solo. Aquilo ésolo vermelho não argila. É vermelho, completamente vermelho.”

“Meio que me lembra de sangue. “ Lynda disse.“Como o que sobra no campo depois de uma batalha.” Mahmud completou. “De qualquer forma, todos entenderam o que quis dizer.” Kristen continuou. “Será

desobediência para a NASA não seguir seus parâmetros. Nós vamos entrar como eles querem.Mesmo que escolhêssemos não ir, para onde mais poderiam ir? E quando eles foram analisar everem que não cumprimos com os parâmetros deles, isso seria a gota d’água. Tenho certezaque ninguém aqui quer enfrentar problemas disciplinares por “achamos” que eles cometeramum erro.”

“Eu não quero isso.” Mahmud disse.“Eu também não.” Lynda disse. “Eu voto para irmos até lá.”“Não se preocupe em votar.” Kristen disse. “É para onde nós vamos.” Ela olhou para

Mahmud. “Coloque as coordenas para Tiangrit imediatamente.”“Sim Capitã.” Mahmud disse e começou a guiar Atlantis. Imediatamente, a nave começou

a seguir na direção do planeta vermelho. Enquanto chegavam perto, Kristen pegou ummicrofone ao seu lado.

“Atenção membros da tripulação.” Kristen disse. “Nós estamos a caminho do planetaTiangrit. Todos os membros devem tomar posição e se preparar para o pouso. Enquanto isso,todos devem se assegurar de colocar seus chips de multi-comunicação para nos permitirinterpretar e entender qualquer idioma alienígenas.”

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Os membros entenderam a mensagem por que imediatamente eles começaram a seposicionar em varias cápsulas e compartimentos. Kristen abriu um painel perto dela e tirouuma caixa. Ela abriu e tirou um chip pequeno. E colocou perto de seu ouvido.

Ela olhou ao redor e viu os membros fazendo o mesmo. Com esse chip eles poderiamentender facilmente qualquer tipo de idioma que eles escutarem.

Kristen se posicionou e olhou as leituras no monitor.

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CAPÍTULO DOIS

Assim que eles entraram na orbita do Planeta Tiangrit, Kristen arfou.Lynda e Mahmud levantaram e estavam surpresos e impressionados. Bem na frente deles

tinha uma frota de naves flutuando no espaço, diretamente no caminho deles. De onde asestavam parecia que estavam esperando por eles para fazer a manobra e entrar na orbita doplaneta deles.

As naves tinham um design único. Eram cinza com varias marcas estrangeiras que nãopodiam ser decifradas facilmente. Cada uma tinha varias asas e motores. E tinham de trêstamanhos diferentes.

As primeiras tinham um tamanho de um sedan. Elas tinham seis asas, quatro das quaisformavam um X enquanto duas ficavam na horizontal.

As segundas eram do tamanho de um caminhão. Tinham oito asas, quatro de cada lado.Mas elas formavam das linhas na horizontal e um X.

As terceiras eram as maiores. Eram do tamanho de uma aeronave e tinham doze assas seisde cada lado. Tinha apenas quatro dessas maiores, e varias das menores.

Todos os membros da equipe de Kristen estavam em silencio enquanto olhavam para o queacontecia lá fora. Os olhares deles diziam tudo. O choque, o medo e a confusão.

Kristen tinha que fazer alguma coisa. Ela tinha que manter todos focados.“Mahmud!” ela chamou. “Analise os níveis de ameaça imediatamente.” Mahmud acenou e

começou digitar em seu monitor.“Lynda,” Kristen falou. “Sincronize as analises e mande o feedback para a NASA

imediatamente. Alguém deve se responsabilizar por ter nos colocado nessa bagunça.”“Agora mesmo Capitã.” Lynda disse logo começou a trabalhar.“Capitã!” Mahmud chamou. “A ameaça é forte. Eles estão armados e prontos para abrir

fogo.”Kristen estava pensando, O que foi que fizermos? Estamos desarmados! “Não temos

nenhuma chance contra eles,” ela disse.“Mas desde quando Tiangrit se tornou um planeta habitado?” Mahmud perguntou.“Isso não importa,” Lynda respondeu. “Talvez se eles nos pouparem poderemos fazer essa

pergunta pra eles, mas agora -”O barulho saindo da mesa de controle cortou o que Lynda estava dizendo e fazendo todos

olharem para o monitor.RECEBENDO MENSAGEM apareceu no painel.Kristen imediatamente pressionou o botão no teclado.“Se identifiquem,” a mensagem disse em alto e bom som. “Vocês cruzaram a fronteira do

Planeta Milda. Se identifiquem imediatamente.”Kristen estava contente que todos estavam usando seus chips de multi-comunicação antes

de encontrarem essa forma de vida alienígena.Kristen olhou para sua tripulação perplexa. “Planeta Milda?” ela repetiu em voz alta. Os

membros da tripulação olharam para ela de boca aberta.

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“Sim, esse é o Planeta Milda.” A voz continuou. “Se identifiquem imediatamente ouabriremos fogo.”

“Saudações,” Kristen começou. “Nós viemos em paz, somos da Terra. Planeta Terra.”“Que planeta é esse?” a voz perguntou.“É...o Planeta Terra. Não conhece a Terra?” Kristen perguntou com certo desespero.“Um planeta na Via Láctea,” Mahmud se intrometeu. “Grande, azul e marrom...”“Planeta Nivrus? O que esta queimando e esta prestes a morrer?” a voz perguntou. “Por

que não disse antes?”“Planeta Nivrus?” Kristen repetiu e olhou ao redor para sua equipe.“Sim. Você deveria ter se identificado assim que eu pedi.” A voz continuou. “De qualquer

forma, quem são vocês e qual sua missão em Milda?”Kristen estava balançando a cabeça. “Nós somos da Terra - quero dizer Nivrus. Somos

membros da Missão Exploradora Atlantis enviados para o espaço programados para procurarpor ajuda. Precisamos de ajuda por que nosso planeta está morrendo.”

“Por que vocês não enviaram um pedido de visto? Não tem nenhum tipo de aviso de suavisita nos nossos registros.”

“Sinto muito,” Kristen disse. “Tenho certeza que nós teríamos enviado um se soubéssemoscomo. Infelizmente, tenho certeza que nosso pessoal não estavam ciente dos protocolosnecessários para essa ocasião.”

“Sua explicação é rude e insatisfatória,” a voz respondeu. “É simplesmente por que jásabemos o destino que está sob seu planeta que é por que nós iremos permitir que vocêspousem no nosso planeta. Mas quando qualquer um de vocês retornarem ao seu planeta,avisem a seus superiores os procedimentos, e apliquem o protocolo da próxima vez. Podempousar em Milda, pessoas de Nivrus.”

Imediatamente, se moveram e criaram um caminho.“Pessoas de Nivrus nossa nave batedora vai escoltar vocês até nosso porto onde vocês

encontraram nossos comandantes. Bem vindos a Milda.”As outras naves viraram e desapareceram. Quatro naves de tamanho médio se

aproximaram das laterais da nave e ficaram lá.“Então?” Mahmud perguntou.“Então o que?” Kristen perguntou. “Você não estava ouvindo o que eles disseram? Não

consegue ver as naves aqui do lado? O que quer dizer com ‘então’?”“Sinto muito Capitã,” Mahmud disse. “Eu estava esperando por suas direções. Você é a

comandante dessa nave, não essas pessoas de Milda. Então não posso trabalhar com o que elesdizem. Ninguém pode nos dar ordem a não ser você.”

Mahmud estava certo. Ela sabia disso. “Sim, sim, sim.” Kristen disse. “Por favor, vamosproceder até Tiangrit como estipulado na nossa instrução inicial.”

“Que acabou de ser confirmada e aceita pelas pessoas de Milda,” Lynda adicionou.“Capitã, é Milda. Não Tiangrit.”

“Milda.” Kristen concordou. “Agora, vamos.”“Por favor, tente nos conectar com o comando da Missão na Terra,” Kristen instruiu.

“Chama o Diretor Edwards. Preciso saber o que está acontecendo.”

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Lynda tentou, mas todas suas tentativas de fazer uma conexão com a Terra falharam. “Nãosei se eles estão cortando nosso sinal ou se é apenas um problema no radio.” Lynda disse.

“Vamos apenas seguir eles e ver o que acontece.” Kristen disse.Eles seguiram as naves como se eles os guiassem através de grandes montanhas e vales

profundos. Logo, eles emergiram em uma parte onde tinha muitos prédios esféricos. Cruzandoesses prédios havia tubos que querem ocos e transparentes. Dentro deles tinham pequenascápsulas que se moviam de um lado para outro em alta velocidade. Parecia ser um tipo de meiode transporte.

Mas o que poderia haver dentro daquelas cápsulas? Kristen se perguntava.Talvez pudesse ser os habitantes de Milda, se locomovendo de um lugar para outro.“Jeito bacana de se locomover” Mahmud disse de repente como se lesse a mente de

Kristen.“Como pode ter certeza que é um meio de transporte?” Kristen perguntou.“Apenas um palpite,” Mahmud respondeu. “Nenhum de nós pode ter certeza até nos

encontrarmos com os habitantes de Milda.”Eles continuaram a voar através de vários prédios, que tinham tamanhos diferentes. Eles

tinham luzes ao redor dos prédios que estavam brilhando. Tinha um tipo de ordem nasformações desses prédios; eles não estavam onde estavam por qualquer motivo. Eles estavamem uma ordem perfeita.

Então, a nave que os guiava elevou-se e saio do meio dos prédios e túneis. Direcionou-separa uma montanha com um pico azul brilhante. A Atlantis seguiu, escoltada por mais trêsnaves. Assim que chegaram ao pico, ele se abriu e revelou que na verdade era um tipo decúpula ou abrigo. A nave guia entrou e eles seguiram.

Lá dentro, eles viram que parecia outra cidade, exceto que agora havia menos prédios. Osprédios aqui tinham um pico com cúpulas e eram de cor amarelo ouro que refletiam a luz.

“Talvez aqui seja a sede principal deles,” Lynda disse quando passavam por alguns picosque estava brilhando e refletindo a luz.

“Talvez,” Kristen concordou. “Nós já conseguimos estabelecer um conexão com NASA?”Ela perguntou novamente.

Mahmud balançou sua cabeça. “Ainda não, Capitã. A conexão continua sem sinal.”Isso significa que estamos por conta própria, Kristen pensou.Eles viram uma grande e lisa pista de pouso logo á frente. A nave guia foi a primeira a

aterrissar no canto da pista.“Visitantes do Planeta Nivrus, por favor, pousem sua nave na pista a sua frente.” Uma voz

saiu do alto-falante.Eles obedeceram, e Atlantis começou a diminuir altitude gradualmente.“Visitantes do Planeta Nivrus, vocês podem agora desembarcar.”As outras três naves ainda estavam no ar, mas agora elas se separaram e estavam

circulando a pista. Todos poderiam saber que eles estavam simplesmente na retaguarda para ocaso de alguma coisa acontecer.

Mas Kristen e sua tripulação não estavam prontos para jogar qualquer jogo ou apresentarqualquer tipo de resistência. Para começar, eles não sabiam o porquê que o Comando daMissão da NASA tinham mandado eles para Tiangrit. E que Tiangrit agora não era mais

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Tiangrit e sim Milda. E se isso não for o suficiente, eles, os habitantes de Tiangrit ou Milda,sabiam sobre o planeta que estava morrendo. Talvez eles pudessem ajudar.

Kristen balançou a cabeça. Ajuda dos habitantes de Tiangrit?“Capitã,” Lynda a tirou de seus pensamentos. “Eles estão aguardando nosso desembarque.”“Certo, vamos proceder com ele então.” Kristen disse. “Ponham seus capacetes e

despressurizem a ponte outras câmeras. Vamos vê-los.”“Todos nós?” Mahmud perguntou.“É claro que sim, Todos os membros da tripulação devem sair da nave. Não acha que eles

estarão monitorando a nave? Eles vão saber se qualquer ficar aqui, e eu não queremos elespensem que estamos tramando alguma coisa. Todos vão desembarcar.”

Todos vestiram seus uniformes, colocando seus capacetes. Enquanto faziam isso, Mahmude Lynda começaram a despressurizar outros compartimentos da nave. Logo, todos estavamprontos para desembarcar.

“Pessoas de Milda, nós, a tripulação inteira de Atlantis do Planeta Nivrus, estamosdesembarcando da nave.” Kristen anunciou.

Um alarme na porta apitou três vezes e então o silencio e depois puff a porta se abriu.Kristen abriu caminho até a escada, seguida pelo o resto de sua tripulação. Quando ela

pisou lá fora, ela se sentiu estranha. Não era resultado do uniforme espacial dela que aimpossibilitava de sentir qualquer vento. O fato era que não havia vento algum. Na verdade,não tinha ar por que eles estavam em Tiangrit.

Ela cuidadosamente desceu as escadas da nave e olhou para cima. Ela conseguia ver asestrelas brilhando bem claramente. Era como se ela pudesse alcançá-las e tira-las do céu. Issoera por que não havia atmosfera para bloquear a vista das estrelas da Tiangrit.

Os outros membros da tripulação também saíram da nave e então a porta se fechou.Kristen olhou ao redor. Toda a sua tripulação estava lá.Mas onde estão os anfitriões?Exceto pela nave que estava estacionada ao lado da deles, não tinha nenhum sinal de outras

vidas.Onde eles estão?Afinal, eles quem os convidaram depois de entender o propósito da missão deles. Então por

que eles estavam demorando tanto?Depois de um tempo de ficarem lá em pé e se sentindo desconfortáveis, Kristen chamou,

“Olá”! Tem alguém ai?”Então, as portas da nave que estava estacionada ao lado se abriram.Todos os tripulantes de Atlantis olharam enquanto a porta se abria e uma escada se

formava.Eles saíram um atrás do outro. Eles eram grandes de tamanho e tinham quase três metros

de altura. Suas cabeças eram longas quase cilíndricas. Eles não estavam vestindo nenhum tipode traje espacial ou uniforme. E também não usavam nenhum capacete ou qualquer proteção.Eles estavam vestidos como soldados romanos antigos. Eles tinham dois braços longos quetinham mãos com apenas três dedos cada. Eles eram cobertos por luvas que iam até os ombros,cobrindo cada dedo e os braços. O único traço que parecia ser estrangeiro no corpo deles eramos fones, que pareciam ser de um material metálico, que refletiam.

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As características de seus rostos que eram estranhas. Eles tinham três pequenas fendas nomeio de suas cabeças bem onde seria o nariz de humano comum. E do lado de suas cabeçaseles tinham duas pequenas fendas no mesmo lugar onde as orelhas ficam nos humanos. Na erapossível ver que tipo de olho eles tinham, por que todos eles usavam o que aparentementeparecia ser um tipo de óculos escuro que, estavam onde os olhos são em humano.

E antes do maxilar inferior, onde a fica a boca no rosto humano, tinha uma fendahorizontal. A ponta do fone de ouvido alinhava-se com essa fenda horizontal enquanto a outraponta do fone passava por cada uma das fendas desse lado da cabeça.

Suas pernas eram longas, e eles usavam grossas botas de couro.Eles desceram as escadas um atrás do outro e ficaram alinhados na pista até estarem os seis

reunidos. Eles estavam com o que parecia ser rifles, mas pareciam muitos mais tecnológicas,suas extremidades estavam brilhando, e um tipo de recarga podia ser vista se movendo de umlado para o outro no rifle.

Kristen e sua tripulação deram um passo para trás e ficaram parados. Nenhum dosalienígenas disse nada até um deles caminhar na direção deles, majestosamente.

“Cidadãos do Planeta Nivrus,” ele finalmente começou a falar quando chegou mais perto.“Obrigado por cumprirem com nosso pedido. Estamos aliviados em saber que vocês não estãoaqui para nenhum tipo de jogo. E nem tentaram ser hostis. Nós tivemos que vasculhar sua navepara ter certeza que vocês não estavam escondendo mais nenhum tripulante, fugitivo ou armase explosivos de qualquer tipo. Vocês podem agora nos acompanhar para conhecer nossoscomandantes.”

Kristen virou e olhou para sua equipe. Todos estavam ali, mesmo parecendo estupefatocom tudo que estava acontecendo. Para Kristen, ela estava imensamente feliz que todos osmembros da tripulação saíram da nave.

Três dos alienígenas guiavam o caminho, enquanto outros três os seguiam. Eles estavamandando em um tipo de ponte que conectava a pista com a cúpula mais próxima que pareciaser uma grande torre de um enorme castelo.

Enquanto eles andavam sob essa ponte, eles podiam ver o que eles estavam andando sobum rio que separava o castelo da pista de pouso.

Mahmud estava apontando para baixo. “Olhe,” ele disse. “Água.”“Você acha que é água?” Lynda perguntou sussurrando. “Aqui é Tiangrit. Todos sabem

que não tem água em Tiangrit.”“Então o que é aquilo?” Mahmud perguntou. “É óleo de motor, ou é alcatrão mineral que

acabou de ser tingido para transparente?”“Ainda acho que não é água?” Lynda disse.“Eu digo que é,” Mahmud continuou. “Olhe. Tem peixes nela.”Praticamente todos os membros da tripulação olharam para o rio. Eles podiam ver alguma

coisa me movendo freneticamente dentro da água. Eles tinham formas diferentes. Alguns eramlongos e finos como enguias, enquanto outros eram pequenos e redondos, quase como salmõese bagre. O que mais chamava a atenção era que seus corpos brilhavam nas mais variadas cores.Eles pareciam ter bocas e barbatanas e estavam andando ao redor do rio sem qualquer tipo deagitação ou ameaça. Dentro do rio ainda tinha vários tipos de plantas, e ao lado das margens

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tinham arbustos e moitas. Essas também brilhavam em varias cores. Por alguma razão, elesbrilhavam como os peixes.

Kristen percebeu que seus acompanhantes alienígenas não pareciam distraídos com o queos membros da tripulação estavam olhando no rio. Eles apenas continuaram a acompanhá-losaté a torre. Aparentemente, eles estavam acostumados com primeiros visitantes sendo atraídospelo rio e o que tinha nele.

Para Kristen, era muito bom que a ponta tinha grades protetoras e corrimão que eram altose fortes o suficiente para evitar a queda deles. Era engraçado que a tripulação agora estavafascinado pelo rio e os peixes. Um tempo atrás, todos estavam completamente petrificadosquando a nave deles foi cercada pelos habitantes de Milda. Agora eles estavam conversandoagitados como um bando de crianças em uma excursão de escola.

Mas ela não se deixou levar, embora ela tendo que admitir que ela estivesse confusa comtudo isso.

Será que o Diretor Edwards deliberadamente nos mandou para Tiangrit por que sabia quehavia vida aqui? Kristen estava pensando.

Por que eles não foram informados disso antes?O que mais a NASA estava escondendo deles?Esses pensamentos ainda estavam rodopiando a cabeça de Kristen quando eles chegaram

ao outro lado da ponte. Tinham dois Mildanos no portão. Eles estavam vestidos da mesmaforma como os que estavam acompanhando eles.

“Esses são os visitantes do Planeta Nivrus,” um deles disse. “Eles estão aqui para SuaMajestade.”

Um dos guardas acenou e apertou um botão do lado da parede. O portão se abriudeslizando para os lados dentro da parede. Eles foram levados para alem do portão, que depoisse fechou. Eles andaram em um corredor iluminado. A luz aqui era branca e brilhante. Elescontinuaram a andar pelo corredor ate chegarem à outra porta.

Um dos alienígenas pressionou um botão do lado da porta e ela se abriu. Pareceu ser umtipo de sala. Kristen e os membros da tripulação foram conduzidos para dentro da sala. Assimque todos entraram a porta se fechou novamente.

Depois que um dos acompanhantes apertou alguns botões em um painel, e o quartocomeçou a se mover. Foi então que Kristen percebeu que eles estavam em um elevador. Elespodiam sentir que estavam descendo.

E eles continuaram a descer por mais um tempo e depois pararam.Quando eles saíram, eles entraram em um corredor que também era iluminado. Mas dessa

vez as luzes eram amarelo ouro. As paredes eram brancas. O chão também. Enquantoandavam, eles podiam ouvir seus passos.

O corredor os levou até um salão. Dentro do salão tinha fileiras de cadeiras vermelhas, nasquais tinham um bordado lindo. O design nas cadeiras eram flores, e as cores predominanteseram amarelo e azul.

“Por favor, sente-se” um dos Mildanos disse, apontando para as cadeiras. Os membros datripulação se sentaram e relaxaram. Dois dos acompanhantes os deixaram, e andaram até outraporta no fim do salão.

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Enquanto estavam sentados, Kristen olhou ao redor. O salão não era tão grande. Na paredetinha grandes retratos de varias figuras. Alguns deles pareciam muito com os que osacompanharam até aqui. A diferença era a presença de coroas em suas cabeças e mantos quetinham um bordado luxuoso. As coroas eram feitas de ouro, ou de uma material muitoparecido. Elas tinham algumas pedras.

Kristen estava pesando que talvez esses sejam seus governantes.“Visitantes do Planeta Nivrus!” um dos acompanhantes anunciou. “Contemplem, o Rei

Zeropta e a Rainha Niphrius, os governantes soberanos de Milda. Se levante, por favor.”Kristen e sua tripulação se levantaram e viram mais alienígenas entrarem na sala. Eles

todos estavam armados como os que os escoltaram até aqui. Mas esses tinham armas quepareciam com grandes lanças com pontas que brilhavam. Eles eram tão altos quanto os queviram antes e tinham a mesma vestimenta exceto que em seus pulsos direitos tinha uma fitaazul.

Doze desses guardas estavam escoltando o rei e a rainha até a sala. O que parecia ser o reitinha uma grande coroa similar as que Kristen viu nos retratos. Sua coroa era feito de puroouro e algumas pedras. Elas brilhavam e refletiam a luz. A rainha tinha uma coroa similar, masa dela era menor e as pedras eram maiores. Kristen, percebeu as similaridades e diferenças nascoroas dos governantes. Enquanto a coroa do rei era maior e tinha pequenas pedras, a da rainhaera menor mas com mais pedras e maiores.

A rainha usava um longo vestido que era branco. Era feito com um elegante bordado quelembrava flores. Esse vestido acentuava sua figura feminina, que era parecida com as que asmulheres usam na terra. Kristen podia reconhecer seus seios e curvas do quadril. Essa eratalvez a primeira e única alienígena feminina que Kristen já tinha visto até hoje.

O rei também usava um vestido, mas não era tão longo quanto o da rainha, parecia maisuma toga. Seu comprimento ia até seu joelho e então podias se ver suas botas de cano alto.Diferente da rinha que estava com suas mãos juntas na frente do corpo, o rei segurava umcajado feito inteiramente de ouro. Ele era longo e tinha uma pedra enorme na ponta que estavabrilhando.

Todos os membros da tripulação de Atlantis permanecem de pé e assistiam enquanto o reie a rainha eram escoltados para o salão. Suas majestades, então se sentaram em duas cadeirasna frente deles. Essas cadeiras foram projetadas para ficar um nível acima do chão, em umagrande plataforma circular. Para irem ate as cadeiras eles tinham que subir os degraus queficavam ao redor dessa plataforma, deixando assim fácil acesso as cadeiras em qualquerdireção.

As cadeiras eram enormes e maiores que os corpos do rei e da rainha. Porem, parecia queas cadeiras os deixava sentados suavemente.

Assim que o rei e a rainha se sentaram, a escolta real se posicionou ao redor da plataforma,formando um semicírculo na base dela. Todos seguravam suas lanças como cajados eobservavam os membros da tripulação. Tudo que a tripulação via era que isso era poder erealeza, assentos da autoridade do Planeta Tiangrit.

Os outros que escoltaram eles ficaram ao redor do salão, perto dos membros de Atlantis.Um deles se aproximou da tripulação. “ Vocês podem agora falar com Nossa Majestade,”

ele disse.

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A tripulação olhou para Kristen. Eles sabiam que como líder da missão e sua oficial commaior patente, ela era quem deveria falar oficialmente em nome deles.

Kristen respirou profundamente. Ela limpou a garganta. “Sua Majestade, rei e rainha doPlaneta Tiangrit – me desculpem – Planeta Milda, nos estamos honrados de estar na vossapresença.” Ela começou. “Meu nome é Kristen. Sou engenheira e astronauta. Sou também acapitã da Nave Exploradora Atlantis, a nave projetada pela NASA do Planeta Terra, ou PlanetaNivrus. Esses são meus membros da tripulação e estamos aqui em paz a procura de sua ajuda.”

O rei acenou. “Obrigado Kristen,” ele começou. “Vocês são bem vindos ao nosso queridoPlaneta Milda. Embora eu deva confessar que sua chegada foi inesperada, e tenho certeza queum pouco embaraçosa para você e sua tripulação. Meus assistentes tiveram que olhar mais deuma vez nossa agenda mas não conseguimos encontrar nenhum pedido, ou requisições devocês ou de qualquer um do seu planeta. Tenho certeza que você vai entender nossanecessidade de sermos um pouco inquisitivos com sua visita.”

Kristen pensou sobres as coordenadas que tinham sido feitas pela NASA. “Eu sinto muito,Vossa Majestade,” ela começou. “Temos o conhecimento que nosso planeta deveria ter feitoessa requisição. O que acontece é que nos acabamos aqui por conta das coordenadas dadaspara a nossa missão. Estávamos apenas cumprindo com as ordens.”

“Isso tudo me parece muito estranho e alheio para mim,” O Rei Zeropta respondeu. “Capitã Kristen, poderia ser um pouco mais detalhista ao explicar as razões da sua missão?”

“Vossa Majestade, nosso planeta, Terra, esta morrendo,” Kristen respondeu. “Nossa raça,os humanos, não temos outra opção a não ser procurar outro planeta onde podemos nosrealocar e começar um nova vida.”

“E talvez poluir e destruir também,” o Rei Zeropta disse.Kristen ficou confusa. “Desculpe-me Vossa Majestade,” ela disse, sem ter muita certeza se

ela tinha entendido ele.“Sim, Capitã,” o rei continuou. “Tenho certeza que me ouviu claramente. Se e quando

vocês irem para o próximo planeta, seu espécie vai simplesmente poluir e destruir, e entãoenviaram mais missões como a sua para procurar outro planeta e repetir tudo de novo.”

“Vossa Majestade,” Kristen começou a protestar, mas ela sentiu uma mão em seu braço.Era Lynda. O olhar nos olhos dela e a firmeza com que ela segurava seu braço era o suficientepara fazê-la ficar calada. Kristen não disse mais nada. Kristen continuou de pé. E então todosviram quando o rei se levantou e andou até a extremidade da plataforma. Era como se eleestivesse pensando e ficou perdido em seus pensamentos.

Enquanto ele estava em silencio, Kristen ficou pensando no que ele acabou de dizer.Poluir e destruir. Repetir tudo de novo.O rei virou e olhou para a tripulação. “É um infortúnio que as coisas tenham chegado a

esse ponto; para vocês; para seu planeta, Nivrus, ou como vocês chamam? Terra? Bem, vocêspodem chamar de como vocês preferirem. Certamente, vocês vão vasculhar, olhar todo ouniverso por uma alternativa. Por que vocês não fariam quando sua raça estivesse tão fraca eingrata? Ou não foram?” o rei perguntou

“Eu não entendi, Vossa Majestade,” Kristen respondeu. “Nós só viemos como fomosinstruídos.”

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“Entendo,” o Rei Zeropta assentiu. “A típica sociedade feudal. O governantes fazem apilhagem enquanto a minoria feito vocês são enviados para achar mais recursos. Eu na verdadenão culpo você, Capitã. Eu não culpo mesmo. Apenas culpo seus governantes e lideres naTerra, a que na verdade é chamada de Nivrus, e não Terra, como você diz. Ou você não sabe overdadeiro nome do seu planeta?”

Kristen balançou a cabeça. Seus pensamentos percorreram sua educação desde jardim deinfância ate seu doutorado. “Sempre foi chamada de Terra por todos nós.”

“É mesmo? E enquanto ao meu planeta Milda? Como nos chamam?“Tiangrit” Kristen respondeu.O Rei Zeropta balançou a cabeça. “Consegue entender o que estou dizendo? Sua raça é

conhecida por viras as coisas de cabeça para baixo sem nem uma gota de remorso ouconsideração. Como podem não saber o nome apropriado de seus vizinhos de outras galáxias?É loucura, perverso e inédito.” Ele disse. Então olhou ao redor para sua rainha e guardas. “Serámesmo? É mesmo inédito? Quando foi a ultima vez que a raça deles veio para Reunião daUnião das Agencias Planetária? Em toda nossa existência e a existência do nossosantepassados, quando foi que eles vieram para a Reunião da União?”

A rainha e guardas estavam balançando as cabeças. O Rei Zeropta assentiu. “Estão certos,”ele disse. “Eu pensei a mesma coisa.” Ele virou para os membros de Atlantis. “Qual foi aultima vez que sua raça foi a Reunião da União? Vamos. Mesmo vocês sendo subordinados eminoria vocês deveriam saber tais coisas. Vamos, dêem um palpite.”

“Eu não entendo, Vossa Majestade,” Kristen confessou.“O que? E tão difícil assim para você me entender? Você não consegue dar um palpite e se

diz ser engenheira?”“Estou confusa, Vossa Majestade,” Kristen continuou. “O que quer dizer com União? E

quais reuniões esta se referindo?”O Rei Zeropta olhou para eles por um tempo antes de balançar a cabeça. “Essa situação é

completamente irremediável.” Ele disse. “De onde começamos para salvar sua situação? Comovocê começa a procurar soluções quando você não sabe qual é o seu problema e você nem temum histórico sobre por que você está nesta confusão em primeiro lugar?!”

O rei suspirou. “Ok, eu vou te dizer. A União é a maior associação com encontro dosmembros de todos os planetas habitados nas Doze Galáxias. É o encontro dos maioresrepresentantes dos planetas.”

Kristen ficou perplexa. “As Doze Galáxias? Planetas habitados nas Doze Galáxias?” elarepetiu.

“Está confusa novamente?” O Rei Zeropta perguntou. “É claro, eu disse as DozeGaláxias.”

“Desculpe-me, Vossa Majestade,” Kristen disse. “Mas você disse planetas habitados nasDoze Galáxias?”

“Claro que disse. É obvio que você não sabe que Nivrus é um membro representante doseu sistema solar.”

“A União é a maior associação que supervisiona os assuntos das Doze Galáxias e a sua éuma delas. Uma reunião onde os representantes se juntam para discutir problemas de interesses

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mútuos. Então me diga, apenas de um palpite, quantas vezes sua raça foi a uma dessesreuniões?”

Kristen tentou pensar, mas não vinha nada na sua cabeça. Mahmud estava balançando acabeça, como se não acreditasse que sua capitã estava tentando dar um palpite. Ela olhou paraos membros da tripulação. Seus olharem diziam para ela não tentar fazer isso.

Kristen olhou para o rei. “Eu não tenho idéia.” Ela respondeu.“Como você teria?” O Rei Zeropta perguntou. “É obvio que seus governantes vêm

mentindo para seu povo e escondendo informações. Se quer saber, sua raça nunca – e eurepito, nunca – compareceu a nenhuma reunião da União. Nenhuma vez. E essa é uma dasvarias tentativa de entrarmos em contato com vocês.”

“Vocês tentaram?” Kristen repetiu. “Vocês tentaram entrar em contato conosco?”“É claro que tentamos,” o Rei Zeropta respondeu. “Em varias ocasiões. Mas em todas elas

nos fomos rejeitados, despejados, atacados...” a voz do rei ficou distante. Ele se sentou ecolocou a cabeça entre as mãos. “Sua raça é simplesmente insolúvel. Eles são perversos eirremediáveis. Mesmo quando está contra eles, eles não desistem e aceitam o fato da situação.Depois de tentar fazer contato com vocês, alguns planetas decidiram excluir seu planetacompletamente. E quem pode culpá-los? Afinal, sua raça continuou a recusar nossa presença.E ao se recusar a ir às reuniões, como é que vocês esperavam conhecer o nome apropriado dosplanetas vizinhos? Como esperavam saber que o nome do seu planeta é Nivrus e o deu éMilda? Vocês nunca poderiam saber. Mas, além de coisas simples como nomenclatura ouassociações, tinham aquelas que nas reuniões estavam preocupados que a sua raça fossecorromper outros membros da União.”

“Corromper outros membros, Vossa Alteza?” Kristen perguntou.“É claro que sim,” o Rei Zeropta respondeu. “Sua raça pensa que a União não estava ciente

de como eles estavam saqueando seu próprio mundo? Nós sabíamos e não podíamos acreditar.Como pode uma raça que foi posta no seu planeta para servir como guardiões se revoltam eficam contra ele e saqueia tudo até não sobrar mais nada? Por que é isso que sua raça fez comseu planeta. Vocês não apenas saquearam; vocês se satisfaziam em destruir seu mundo. Ouvocês achavam que vocês tinham criado ele para vocês mesmos? Tenho certeza que tomossabemos que não fomos nós quem criou os planetas. Todos foram criados, e então nós fomoscriados e colocados neles para servir como cuidadores, zeladores, guardiões.”

“Mas não é disse que sabemos,” Kristen disse.“O que você acha que sabe?” o Rei Zeropta perguntou.“Baseado em evidencias cientificas, sabemos que o universo foi criado a bilhões de anos

atrás através do que chamamos da Teoria do Big Bang.”“Verdade?” o Rei Zeropta perguntou. “E você disse que o que: uma engenheira? E você

não sabe como foi parar no seu planeta?”“Temos evidencias que mostram - ” Kristen continuou.“Quais evidencias?” O rei interrompeu. “Até onde eu sei sua raça não sabe de nada. Vocês

são orgulhosos, gananciosos, perversos, completamente cegos da verdade. Tudo que sua raçase preocupava era em saquear seu mundo sem pensar no futuro. Nem pensaram nasconseqüências de não acolher seu planeta. Sua raça foi muito insensível e cruel. Por todas asgerações, a mesma ambição se multiplicava, ficando pior e mais evidente. Parecia que era uma

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competição; a geração seguinte tinha sempre que superar a anterior em escalas de saquear edestruir. Em quase todas as reuniões que me recordo, nós estávamos sempre ponderando seudestino. Alguns membros da União não iriam nem sequer ouvir vocês. E eu estou acomodandovocês nesse momento.”

“Sua Alteza, por favor, nos ajude da forma que puder,” Kristen implorou. “Nós precisamosde ajuda.”

“Mas o que vocês querem que eu faça?” o Rei Zeropta perguntou. “Você não estapensando que vou acomodá-los aqui para sempre? E nem pensem que vou permitir que suaraça venha para meu mundo. Não depois do que vimos os estragos que vocês fizeram em seupróprio planeta, com suas próprias mãos. Sinto muito, Capitã Kristen, não posso ajudá-los.”

Kristen se sentiu derrotada e desanimada. Os outros membros da tripulação estavamperturbados. Eles estavam suplicando com Kristen. “Por favor, Vossa Alteza, nos ajude.”Kristen dizia.

“Como quer que eu te ajude? Oferecendo-lhe socorro no meu próprio planeta? Permitindoque você volte e traga todos os habitantes de seu planeta condenado para cá?”

“Por favor, Vossa Majestade. O que quer que façamos?” Kristen perguntou. “Deram-nosessas coordenadas por alguma razão. Não pode não deixar assim. Ajude-nos.”

“Se estivesse no meu lugar, o que você faria?” o rei perguntou. “Sua raça destruiu o melhorplaneta das Doze Galáxias. Vocês foram abençoados com tudo. Recursos que os outrosplanetas invejavam, eu me lembro de que em muitas ocasiões quando os outros planetasestavam contemplando seus recursos abundantes. Ou vocês não sabem que muitos membros daUnião estavam conspirando e planejando tomar seu planeta?”

“Eu nunca soube disse, Vossa Alteza,” Kristen confessou. Ela apontou para seus colegas natripulação. “Nenhum de nós estava ciente de todas as coisas que tem nos contado. Estamosouvindo tudo pela primeira vez.”

“Verdade?” o Rei Zeropta balançou sua cabeça, desapontado. “Estou realmente perplexoque seus governantes nunca se importaram com vocês. Mas é a verdade. Muitos planetasqueriam tomar o seu planeta. Acredito que o que os desencorajou foi o fato da sua raça ser tãoimpulsiva, ambiciosa e cruel. Acho que o medo mesmo era de tomar o planeta Nivrus e depoiso que eles iriam fazer com vocês, os humanos? Alguns pensaram que eles poderiam facilmenteconverter sua raça em escravos e mandá-los trabalhar por toda a eternidade. Mas os maissábios sabiam que a corrupção e a crueldade da raça humana com sua própria espécie, iriamcontaminar aqueles que ainda não tinham sido afetados por nenhuma influencia externa. E elesestavam certos. Tenho certeza que quando eles conseguissem tomar Nivrus, seria questão detempo antes que a humanidade começasse a poluir as mentes de seus adversários. E quemsabe, talvez, não seria apenas Nivrus a estar destruída agora.”

“Vossa Majestade, por favor, não nos abandone assim!” Kristen implorou.“Mas você não consegue ver Capitã? Sua raça já abandonou a você e todas as pessoas do

planeta Nivrus. Eles criaram uma atmosfera na qual todo o seu planeta foi destruído. Guerrassem sentido, experimentos perigosos, indulgência contínua em práticas prejudiciais ao seucorpo, degradação ambiental em nome da indústria; o que a sua raça fez para não destruirNivrus? Ainda sim, acredito que possa ter outro meio. Mas talvez não funcione. Na verdade,eu duvido que valha a pena tentar.”

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“Vossa Majestade, por favor, qual seria a alternativa?”“Vocês precisam ir e procurar os criadores do universo.” Ele respondeu.“Os criadores do universo?” Kristen repetiu.“Sim. Quando uma maquina esta quebrada, o que é preciso fazer? Você leva de volta para

a pessoa que a fez, certo?”Kristen assentiu. “Mas como nós...” ela começou, mas sua voz falhou por que ela não tinha

certeza do que queria dizer.“Você não acredita que o universo foi criado?” “Acredito, Vossa Alteza. Acreditamos.”“Então, por que a confusão? Garanto-te, essa é a única alternativa para tirar sua raça da

situação que sua crueldade os colocou. Mas mesmo essa alternativa não é certeza. Por que se amaquina for mandada de volta para seus criadores e eles acharem que ela esta completamentedestruída, eles talvez o descartem permanentemente e até a modifiquem por completo fazendosubstituições. No caso de Nivrus, talvez os criadores do universo decidam descartá-la esubstituí-la. Ou talvez descartá-la e não substituir.”

“Mas como eles descartariam Nivrus? Não é criação deles?”“Claro que é. Mas quando a criação já causou tanta dor e caos, e quase alterando o curso

dos outros planetas no processo, o que você acha que vão fazer? Eu não sei, mas se eu fosseum deles, eu simplesmente tiraria tudo e esqueceria sobre ela. Mas é apenas minha opinião, eeu tenho certeza que representa todos os habitantes daqui e de outros planetas.”

“Onde podemos encontrá-los?” Kristen perguntou.“Isso Capitã, vai depender de vocês.”“Não entendo.”“O que foi que você não entendeu? Acredito que todos vocês ainda tem algum tipo de

crença. Ou suas crueldades os fizeram esquecer sobre elas e as religiões?”Kristen olhou para seus colegas na tripulação. “Nós temos tipos diferente de crenças,

Vossa Alteza. Nós acreditamos em religiões diferentes.”“Religião, fé, denominações, não importa como queira chamar. Elas são apenas para

referencia. Você precisa de um veiculo para se locomover de um lugar para outro. Um tipo,uma marca, capacidade, velocidade e outras coisas dependem do design que você padroniza. Éa mesma coisa até aqui no meu planeta. Então não importa a quantidade e diversidade dasreligiões, o fato que é todas elas são pacotes para a mesma coisa. Religião é um simplesmenteum veiculo no qual qualquer raça possa identificar com o criador, ou outros seres poderosos,Deus. Na maioria das vezes, a diversidade pode ser uma vantagem. Mas em seu caso, nãotenho certeza.”

“Mas nós acreditamos, Vossa Alteza.”“É fácil para você dizer, mas eu duvido que seja assim mesmo. Com o tempo, a União tem

assistido os horrores que sua raça cometeu, as maiores atrocidades em nome da religião. Ouestou errado?”

Kristen não discutiu. O Rei Zeropta estava certo. Ela balançou a cabeça. “Você esta certo,Vossa Majestade.” Ela respondeu.

“Então, como vocês acham que serão capazes de achar os criadores quando vocês nemmesmo os conhecem?”

“Podemos tentar, Vossa Alteza. Nós vamos tentar pelo menos, não vamos desistir.”

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“Não sei se devo achar sua persistência um ato de coragem ou desespero. Mas seja comofor, eu espero que ajudem vocês. Veja, para achá-los, você vai precisar viajar pelas galáxias atéchegarem ao fim de tudo. É quando chegarem lá que poderão conhecê-los. E então, poderemmostrar sua situação e saber se ainda existe alguma esperança para Nivrus.”

“Estamos dispostos a tentar, Vossa Majestade. Apenas nos mostre como chegar lá.”“Sem problemas. Eu te darei as coordenadas para aquela região. Espero que seus

governantes apreciem o que estamos fazendo, consigam abrir seus corações. Por que nadadisso seria necessário se eles fossem mais cuidadosos e amáveis com seu próprio planeta. Elesdeveriam em primeiro lugar, ter amado ao invés de destruir.”

“Quando voltarmos, vamos garantir que essa mensagem seja entrega a eles.” Kristen disse.“Eles irão ouvir? Irão dar atenção ao seu conselho e fazer o que é necessário para preservar

seu planeta? Vão começar a ir às reuniões da União para que possamos unir nossas forças?Estarão dispostos a fazer todas essas mudanças? Só estou perguntando porque eu ainda duvidoque irão fazer. O problema de Nivrus sempre tem sido seus lideres. Apenas não entendo comoum líder pode ser tão cruel com sua própria raça e praticamente consigo mesmo. Isso me deixaconfuso e desafia a lógica e a explicação. De onde eles tiram a motivação para cometer asatrocidades que eles tanto gostam? Apenas não entendo. Mas, mesmo assim, eu desejo a vocêsa melhor das sortes.”

O rei acenou para um dos guardas, que veio com uma pequena caixa dourada. Era feita deum revestimento marrom com bordas douradas. Foi aberta por uma pequena chave e posta nafrente do rei. O Rei Zeropta olhou e avaliou todos os itens dentro da caixa. Tinha vários itensdentro dela. Finalmente, ele escolheu um e o tirou da caixa. Ele o segurou contra a luz, comose procurasse por mais algum detalhe.

Então olhou para Kristen e acenou para ela se aproximar. E assim ela fez.“Pegue isto.” o rei disse, entregando para ela algo pequeno e reluzente. “Esse objeto

contem todas as instruções que você precisa saber sobre como traçar e localizar os criadores.Assim que estiver abordo de sua nave, pressione este botão e ele vai automaticamente seconectar ao seu processador principal que vai guiá-los. Mas devo dizer, entretanto, que ajornada para ver os criadores não será das mais fáceis.”

“Será perigoso, Vossa Majestade?” Kristen perguntou.“Sim, receio que será” ele respondeu. “E será simplesmente por que me outras galáxias,

vamos dizer que eles não as mesmas percepções e convicções como temos aqui em nossagaláxia. Eles podem ser extremistas, violentos e não muito amáveis. Infelizmente, vocês terãoque viajar pelas suas orbitas e seus mundos para irem até o final de todas as galáxias. Nãomuitos obtiveram sucesso em se aventurar em tais regiões do universo e voltarem vivos.”

“Ninguém nunca sobreviveu à jornada?” Kristen perguntou.“Eu não disse isso,” ele corrigiu. “Eu disse que não foram muitos. Temos alguns que

tentaram e conseguiram. E voltaram para contar a historia.”“Onde podemos achar essas pessoas?”“Eles são muitos poucos e muito difícil de achar. Quase ninguém sabe sobre as identidades

deles. E aqueles que sabem se recusam a contar. Veja, por causa de visões diferentes sobre acriação do universo, também há visões diferentes sobre quem eles eram. A verdade absoluta oufato cientifico é de que o universo foi criado; não surgiu do nada. E foi criado por um ser que é

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superior a todos nós. O que sabemos é que esse ser não é apenas um, mas que podemos termais de um deles. Como um time, um conselho ou um comitê. Com o tempo, passamos a nosreferimos a eles como os criadores, mas não sabemos quantos são. E aqueles que conseguiramvoltar da jornada não deram detalhes do que eles viram. Alguns acham que essas pessoas estãoapenas contanto historias, criando fatos para desorientar as pessoas. Mas temos aqueles, quecomo nós, sabem que temos algumas poucas pessoas que obtiveram sucesso em conhecer oreino dos criadores e tiveram contato com eles.”

“Vossa Alteza, o que está nos dizendo?” Kristen perguntou.“Escute Capitã, se não fosse pelo estado de desespero seu e dos membros de sua tripulação,

eu iria sugerir que vocês não fossem a essa viagem. Apenas voltem para casa e aceitem seudestino. A jornada é arriscada. Eu sei, por que em varias ocasiões, nós da União enviamosexpedições para essa jornada. Estavam bem equipados e propriamente armados. Contudo,nenhum deles nunca voltou. As mensagens que eles mandavam eventualmente pararam dechegar. E nós nunca mais ouvimos deles. Querem embarcar em uma viagem onde não sabemonde exatamente estão indo e quais as chances de sobreviverem?”

“Vossa Alteza, estamos dispostos a nos arriscar.” Kristen respondeu. “Nosso mundo está àbeira da extinção, voltar para lá sem nenhuma esperança não vai fazer bem algum a nenhum denós. Preferimos nos arriscar no espaço a procura do reino dos criadores do que desistir agora.”

“Muito bem então. Quando conectarem esse dispositivo na sua nave vocês poderão acessara mais detalhes do que precisam, especialmente a localização de alguns daqueles que foramafortunados em voltarem para casa depois de tal jornada. Meus guardas os escoltarão até nossafronteira, nada alem disso. Eu receio não posso pedir para que ninguém os acompanhe nessaviagem. Terão que embarcar nela sozinhos, sem nenhuma assistência do meu povo.”

Kristen segurou o objeto. “Vossa Majestade, acredito que você já tenha nos ajudado.Considerando tudo que compartilhou conosco, junto com esse dispositivo, tenho certeza que járecebemos mais que o suficiente da sua assistência.”

“Então adeus. E que vocês encontrem a bondade em nossos criadores.”“Obrigado Vossa Alteza.”O Rei Zeropta se levantou com sua rainha. Kristen e os membros de sua tripulação

levantaram em sinal de respeito. Os guardas cercaram Suas Altezas enquanto eles saiam daplataforma e andaram para fora do salão.

Depois que eles saíram, dois guardas foram até Kristen. “Sigam-nos, iremos escoltar vocêsde volta a sua nave.” um deles disse.

Eles seguiram os guardas de volta do mesmo jeito que vieram.

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CAPÍTULO TRÊS

“Capitã, ouviu o que eu disse?”Kristen balançou a cabeça e olhou para Lynda.“Me desculpa, o que você estava falando?”“Perguntei o que você quer que façamos com o dispositivo?”“Certo. Tente conectá-lo com nosso processador, eu quero acesso a ele o mais rápido

possível, para então saber qual será nosso próximo destino,” Kristen disse. “Enquanto isso,quero que vocês continuem tentando fazer contato com o Diretor Edwards, preciso falar comele.”

“Pode deixar Capitã.” Lynda respondeu.Vários minutos se passaram depois que eles foram escoltados de volta para a nave e já

estavam fora da atmosfera. Kristen olhou ao redor e viu a nave deixar Tiangrit – ou Milda. Elaestava perdida em pensamentos nos momentos iniciais da decolagem.

As revelações, os detalhes, as informações. Tudo que foi dito e visto era demais paracompreender.

Por onde ela iria começar?Ela digitou algo no teclado em sua mesa e esperou. Apenas estática estava saindo do radio.

Se ela pudesse falar com o Diretor Edwards. Eles tinham que decidir qual rumo tomar depoisdesse encontro no Planeta Tiangrit.

“Olá Capitã!” Lynda acenando para ela. “Acabei de conectar o dispositivo no sistemaprincipal. Vou colocar tudo que temos na tela principal.”

“Pode fazer, Lynda,” Kristen respondeu.Imediatamente, a tela no setor ligou. Eles viram fotos do sistema sola de Tiangrit.O cenário mudou e uma grande foto do sistema solar apareceu. Da distancia que foi tirada,

o sistema tinha ficado menor, e outros sistemas não apareciam. Depois de um tempo, essa fotoganhou foco e mostrou um sistema solar diferente.

Tinha estrelas por toda a parte, com muitas brilhando mais que o sol.Na borda da tela, uma mensagem passava: A FRONTEIRA DA QUARTA GALAXIA. A

imagem era clara e mostrava grandes estrelas e planetas de vários tamanhos.“Capitã,” Lynda chamou. “O dispositivo é interativo. Podemos fazer perguntas e consultas

se precisarmos.”“Eu sei.” Kristen respondeu. “Mas deixe mostrando aleatoriamente antes de fazermos

perguntas.”Enquanto eles assistiam o conteúdo do dispositivo, Kristen percebeu que estava ficando

entediada. Era como um documentário sobre os lugares mais profundos do universo.Kristen olhou na janela e viu a nave que os escoltava para fora do planeta Milda.Se pudéssemos ter uma ajuda melhor que do que esse documentário deles, Kristen pensou.

Então ela viu que a nave parou.“Vamos voltar agora, Capitã,” uma mensagem veio dos alto-falantes. “Para não violar os

limites interplanetários, não podemos ir mais longe que isso. Desejamos a melhor das sortes

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para vocês.”Por um momento, toda a tripulação parou de prestar atenção na tela e assistiram os

Mildanos voltarem para seu planeta.“Não são uns sortudos?” Lynda perguntou enquanto ficava ao lado de Kristen para

observar a nave voltar.“Eles são bem mais que sortudos.” Kristen respondeu. “Eles são sortudos por terem essa

cultura, esses lideres e essa civilização.”“Tenho inveja deles Capitã. Tenho mesmo. Se ao menos nosso lideres fossem um pouco

mais honestos, mais responsáveis e humanos, tudo isso não teria acontecido conosco. Nãoestaríamos nessa caça ao tesouro.”

“Tem razão Lynda. Mas eles não foram.”“Mas não podemos chegar a cada planeta e dizer ‘e ai, vocês tem que nos ajudar por que

nós não nos ajudamos. ’ Depois do que o rei disse, que todos nesse sistema vai nos evitar commedo de contaminarmos a raça deles.”

Kristen suspirou. “E onde vamos achar um planeta vazio? É obvio que todos eles estãohabitados.”

“Sortudos,” Lynda repetiu. “Como que queria que fossemos nos a voltar pra casa.”“Infelizmente, não somos, Lynda. Temos que aceitar isso e tentar completar a missão.”“Onde podemos achar um planeta sobrando para nós?” Lynda perguntou.“Temos que continuar procurando.”“Sem nenhuma ajuda ou direção?”Kristen olhou para a tela que ainda passa as informações do dispositivo. “O Rei Zeropta

disse que isso iria nos guiar. Alem disso, com que sabemos agora, é melhor procurarmos peloscriadores do que por um planeta vazio.”

“Mas ninguém nunca descobriu realmente onde eles ficam.”Kristen assentiu. “Concordo, Lynda. Mas é praticamente igual ao planeta que procuramos.

Ninguém sabe exatamente onde fica e nem se é habitável.”“Então, o que faremos Capitã? Precisamos ter um curso e direção.”“Está certa, Lynda. Eu voto para irmos procurar os criadores. Mas enquanto fazemos isso,

continuamos a procurar por um planeta. Podemos ter sorte e achar um. Contudo, nosso foco éachar os criadores.”

“Os criadores?” Lynda repetiu. “Você ta de brincadeira?”“Lynda, eu não brinco. Assim que estabelecermos contado com o Diretor Edwards, vou

dizer as razões para tais ações.”“Mas por que mudar nossos planos para algo que ainda não foi fundamentado?”“O que não foi fundamentado? O fato que tudo no universo foi criado, ou que nosso

planeta está condenado e sem salvação? Alem disso, não estamos mudando a missão, Tiangritfoi a ultima coordenada que a NASA nos deu.”

Então, um dos engenheiros chamou Kristen.“Capitã, tem uma transmissão vindo!” ele disse.“Certo, pause o vídeo e ponha na tela a transmissão imediatamente.”O vídeo que estava todo esse tempo na tela foi pausado. A transmissão então passou pelos

alto-falantes. No começo era pura estática e então desapareceu. E ela ia e voltava, varias vezes.

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“Não pode alcançar um sinal maior?”O engenheiro balançou a cabeça. “Não posso ir mais longe que isso. Deve estar vindo de

um lugar muito distante. Ainda estou tentando identificar de onde está vindo.”“Me diga de onde está vindo. Podemos localizá-los. Enquanto isso, faça outra tentativa em

nos conectar com a Terra.”“Eu tentei Capitã” ele respondeu. “Não podemos nos conectar com a Terra agora.”“Não pare de tentar então. Continue até nos conectar com a Terra. Temos que entrar em

contato com eles de qualquer maneira.” Kristen disse.A estática continuou por um tempo.Kristen escutou por um tempo e então chamou os engenheiros. “Tem certeza que isso não é

tipo de dialeto, ou código?” ela perguntou.“Você acha que é um código, Capitã?” um deles perguntou.“Sim, eu acho.” Kristen respondeu. “Escutem precisamente. Isso me parece ter um ritmo e

padrão. Realmente acredito que isso seja um tipo de código ou dialeto. Pode usar nossotradutor? Veja se ele capita alguma coisa.”

Os engenheiros digitaram alguns códigos. Algumas informações apareceram na tela.Depois de um tempo eles olharam para ela e balançaram a cabeça. “Negativo, Capitã.” umdeles disse. “Não é um dialeto.”

“Talvez seja um bem avançado.” Kristen respondeu. “Pode um código alienígena que émuito avançado para nosso sistema decodificar. Então, conseguiram alguma coisa em contatara Terra?”

“Ainda não Capitã. Estamos tentando mais nenhuma conexão foi feita.”“Ok. Parem com a Terra, e tentem Tiangrit.”“Tiangrit?” o engenheiro respondeu.“Sim,” Kristen assentiu. “Vamos tentar Tiangrit.”“Por que vamos tentar contato com Tiangrit, Capitã?” Lynda perguntou.“Acho que devemos mandar para ele uma amostra dessa transmissão,” Kristen respondeu.

“Talvez eles possam nos dizer se isso faz algum sentido e se eles podem decodificar.”“Estarão dispostos a fazer isso? Esqueceu o que ele disse?”“Não vai custar nada tentar.” Kristen disse. “Não importa o que aconteça, devemos tentar.

Deve algum tipo de código. Me conecte com Tiangrit agora mesmo.”“Sim, Capitã.” o engenheiro disse.Ele começou a fazer o trabalho e em alguns minutos eles estabeleceram conexão com

Tiangrit. Então o engenheiro acenou para Kristen. “Capitã, estamos com Tiangrit. Podecomeçar.”

“Obrigada.” Kristen respondeu. Ela pegou seu fone e colocou atrás da orelha.“Alô, alô,” Kristen disse. “Pode me ouvir, por favor?”“Alô,” veio de resposta. “Sim, podemos ouvir você alto e claro. Se identifique por favor.”“Aqui é a Capitã Kristen, comandante da Atlantis do Planeta Nivrus. Acabamos de sair de

seu planeta depois de uma reunião com o Rei Zeropta.”“Certo, Capitã Kristen. Sua identidade foi confirmada. Em que podemos lhe ajudar?”“Por favor, precisamos de um auxilio. Recebemos um sinal porem não conseguimos

decifrá-lo.”

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“Talvez devesse ignorá-lo.”“Não, não podemos ignorá-lo.”“E por que não podem? É um pedido de socorro?”“Pode ser. Mas não temos certeza absoluta.”“Então por que não podem ignorá-lo?”“Me parece uma mensagem, um tipo de código.”“O que ela diz então?”“Não compreendemos, por isso estou pedindo sua assistência.”“Então, por favor, entre em contato com sua base em Nivrus. Eles deveriam ser as pessoas

para vocês pedirem por assistência.”“Mas nos ajude, por favor.” Kristen implorou. “Você sabe a real situação de meu planeta.

Sabe por que estamos aqui. Estamos tentando entrar em contato com Nivrus mas estamosrecebendo nenhuma resposta. Não temos a quem mais recorrer. Por isso estamos contatandovocês, por favor, nos ajude. Por favor.”

Durante alguns segundos Kristen e os membros da tripulação se olharam.“A conexão caiu?” Kristen perguntou.O engenheiro balançou sua cabeça e apontou para o painel. A luz ainda piscava, o que

significa que a linha ainda estava conectada.“Eu precisarei de autorização para lhe dar assistência.” A voz disse. “Vou contatar a Nossa

Alteza.”“Muito obrigada.” Kristen respondeu.“Por favor, me de alguns minutos para conseguir o consentimento do rei.”Todos esperaram, olhando para a luz piscando no painel. Depois de um tempo, a voz

voltou.“Capitã Kristen?” a voz inconfundível do Rei Zeropta disse.“Sim, Vossa Alteza.” Kristen respondeu.“O que é isso? Você está recebendo uma mensagem?”“Sim Vossa Alteza, Mas não sabemos o que significa.”“Então por que está se incomodando com isso? Você não deveria se ocupar com coisas que

você não entende.”“Eu gostaria que assim fosse, Vossa Alteza. Mas em nossa situação, não ignorar qualquer

coisa que possa nos dar uma pista. Além disso, esse som tem um padrão. Tenho quase certezade que pode ser um idioma ou um código com uma mensagem.”

“Eu realmente não consigo me livrar de vocês por complete. Eu pensando que vocês játinham saído do nosso sistema solar. Agora vê o que eu disse sobre seus lideres? Se elestivessem atendido a alguma reunião da união, eles poderiam ter disponibilizado para vocês osidiomas do todo o sistema solar, que deixariam vocês capazes de entender qualquer mensagemque achassem. Eu nem deveria ouvir a vocês. Mas seria antiético ignorá-los nesse momento,principalmente quando vocês eram meus hospedes há pouco tempo.”

“Obrigado, Vossa Alteza. Tenho certeza que não voltaremos a te incomodar novamente.”“Está certo. Onde estão agora? Pode nos dar sua exata localização?”Kristen olhou para escuro e estrelas do lado de fora. “Meu pessoal vai te dizer nossa

localização.”

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“Faça isso. E também uma parte da mensagem que você está recebendo.”“Obrigada, Vossa Majestade.” Kristen respondeu. Ela apontou para os engenheiros.

“Ouviram o que eu disse. Mande para eles nossa posição, junto com a mensagem.”Assim que terminaram, ela olhou para Lynda com um sorriso. “Eu disse que não custava

tentar.”“Talvez esteja certa.” Lynda concordou. “Mas ele não escondeu o fato de que não queria

nos ajudar. Como se tivéssemos causado tudo isso.”“Mas causamos Lynda. Não ouviu tudo que ele disse quando estávamos em Tiangrit? A

humanidade é a causa de tudo isso.”Lynda suspirou. “Pobre humanidade. Quem sabe o que está acontecendo na Terra agora?”“Ainda sem conexão com eles?” Kristen perguntou.Lynda olhou seu painel antes de balançar a cabeça. “Nada, Capitã. Sem conexão.”“E o dispositivo do rei?” Kristen perguntou.“Ainda no nosso processador.” Um engenheiro respondeu.“Ponha enquanto esperamos a resposta dos Mildanos.” Kristen pediu.O vídeo começou novamente. Toda a tripulação na plataforma estava assistindo enquanto

as fronteiras mais distantes estavam sendo reveladas, com estrelas e galáxias. Kristen percebeuque uma dos engenheiros estava tomando notas. Ela se perguntou por que ela decidira fazerisso.

“O que você está anotando?” Kristen perguntou.“As distancias, Capitã.” Ela respondeu. “Estou fazendo cálculos da nossa posição atual até

esses planetas.”Kristen se levantou e foi até onde ela estava sentada. Lynda também foi.“Certo, e o que você tem até agora?” Kristen perguntou.“Pelo o que vejo aqui, temos bilhões de milhas alem de Tiangrit.” A engenheira disse. “E

isso é a partir de Tiangrit.”“Certo,” Kristen disse. “O que isso tem de especial? Por que você disse que ‘só’ a partir de

Tiangrit?”“De acordo com o vídeo, todas as previsões estão sendo estimada além dos limites dessa

galáxia, a Quarta Galáxia.” Ela disse, e fez uma pausa. “Mas não estamos nessa fronteiraainda.”

“Claro que ainda não estamos na fronteira ainda,” Kristen concordou. “Não tenho duvidasque ainda estejamos perto de Tiangrit. Mas o que isso tem haver com o resto?”

“Capitã, receio que talvez precisemos da ajuda dos Mildanos mais uma vez.”“Eu não estou entendo o que quer dizer.” Kristen disse. “Pode ser um pouco mais

especifica?”A engenheira assentiu e desenhou uma linha com sua mão no monitor. “Começando de

nossa posição atual, as fronteiras da galáxia de Tiangrit estão a 60 bilhões de milhas daqui. É apartir dessas fronteiras que poderemos fazer qualquer utilidade desse vídeo.”

Kristen fechou seu punho. “Droga!” ela gritou.“Nós ainda nem comecemos a viagem.” Lynda acrescentou.A engenheira assentiu. “Nós temos ainda um longo caminho pela frente. A não ser que os

Mildanos nos ajudem a cortar caminho com atalhos, ficaremos sem tempo.”

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O ela disse era verdade. Para que eles pudessem utilizar o dispositivo em seu favor, elesprecisariam estar precisamente localizados nas fronteiras da Quarta Galáxia.

Porem, chegar à fronteira da galáxia seria uma batalha. A distancia era longa mesmo paraalguém viajando pelo espaço.

“O que vamos fazer?” Lynda perguntou.“Eu não sei.” Kristen respondeu honestamente. “As analises estão corretas. A não ser que

tenhamos ajuda externa, chegar lá vai ser a mesma coisa que desistir. Imagine a distancia.Quantos anos você acha que levaria para cobrir toda essa distancia?”

“Talvez possamos implorar ajuda para nossos amigos Mildanos.” Lynda sugeriu.“Seria pedir demais.” Kristen respondeu. “Mas poderíamos tentar.”“Ou poderíamos ir até certo ponto e pedir ajuda do próximo sistema solar.” Lynda pensou.

“Pelo menos eles não ficariam tão insultados de nos ajudar a fazer tudo, veriam queprecisamos de pouca ajuda para continuar. Tiangrit vai ficar muito furiosa conosco porpedimos demais.” Lynda disse.

“Acho que você tem razão.” Kristen respondeu. “Vamos ver o que eles têm para nos dizere depois caímos fora desse sistema. Meu único medo é de não saber o quão receptivo os outrosplanetas serão. Você lembra o que o rei disse? Nem todos os planetas estão felizes com asituação em que-”

Kristen não pode terminar a frase.“Olá? Capitã. Capitã Kristen? Está na linha? Responda Capitã,” chamou uma voz. Era o

Rei Zeropta.“Sim, Vossa Alteza. Estamos aqui.” Kristen respondeu.“Precisam sair imediatamente. Saíram dessa posição agora mesmo,” ele estava dizendo

rapidamente.“Não entendo, Vossa Alteza,” Kristen respondeu olhando para os membros da tripulação

que estava de pé.“O que foi que não entendeu? Saiam daí agora!”“O que está acontecendo, Vossa Alteza?” Kristen perguntou já imaginando o pior.“Interpretamos a mensagem. Não é pedido de socorro. É um sinal de localização dos

Gualdions. Eles estão indo direto para vocês. Desconecte o sinal agora mesmo. Pare dereceber.”

“Quer dizer a mensagem”? Kristen repetiu.“É um sinal de localização. Eles estão vindo para pegar vocês. Estão em perigo. Saião

agora!”“Mas, Vossa Alteza-” Kristen ia começar a falar, mas o sinal caiu.Chocada, ela olhou para sua tripulação que estava encarando ela.“Ele disse para cortar o sinal! O que estão esperando?!” ela gritou.Rapidamente, Lynda pulou uma mesa e correu até o painel de controle. Ela começou a

digitar freneticamente no painel. Outros se juntaram e começaram a ajudá-la de seus própriospainéis para desabilitar o sinal.

“Não está dando certo.” Lynda disse. “O sinal não desliga!”“Como isso é possível?” Kristen perguntou, e tentava desligar da sua própria central de

comando. “Isso é impossível. Não quer desconectar.” Kristen dizia. “Rápido, me conecte com

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Tiangrit.”“Tiangrit?” Lynda repetiu. “De novo? Para que? Você ouviu o que o rei disse.”“Faz logo. Me conecte com eles.” Kristen insistiu.Os engenheiros tentaram estabelecer contato com Tiangrit, mas sem sucesso.“Eles recusam nossa chamada.” Um engenheiro disse. “Eles não querem que

estabelecemos qualquer tipo de comunicação com eles.”“Capitã,” Lynda chamou. “Acho que devemos fazer como o rei disse. Ele disse que não

estamos seguros aqui. E aqui estamos no mesmo lugar.”“Mas para onde iríamos?” Kristen perguntou. “De quem nos estamos fugindo?”“Ele mencionou os Gualdions,” um dos membros da tripulação respondeu.“Certo. Procure qualquer coisa relacionada a esse nome.” Kristen pediu.O engenheiro fez uma rápida busca. “Nada, Capitã,” ele respondeu. “Não tem nenhum tipo

de dados relacionados a esse nome em nossa base de dados.”“A Terra realmente está por fora do que está acontecendo no espaço.” Kristen disse.

“Ficamos lá sozinhos, nos excluindo de todo o resto, e poluímos e destruímos nosso próprioplaneta, pensando que estávamos fazendo avanços. Na verdade estávamos regredindo. Setivéssemos nos aliado com algum desses planetas poderíamos ficar inspirados por seus avançose existência pacifica, ao invés de causar nossa própria morte.”

“Capitã, devemos sair daqui,” Lynda estava dizendo.De repente, luzes vermelhas em todos os painéis começaram a piscar simultaneamente.

Todos os membros da tripulação começaram a procurar a causa do problema. Kristen olhouseu monitor, e por um momento ela congelou.

A mensagem na tela era clara e inconfundível.ALERTA DE PROXIMIDADE. MISSEL SE APROXIMANDO. ALERTA DE

PROXIMIDADE. MISSEL SE APROXIMANDO.A mensagem continuou a passar.“Rápido!” Kristen gritou. “Ativar todos os motores. Manobra evasiva. Rápido! Rápido!”Os pilotos rapidamente ligaram os motores. A mudança repentina de engrenagens fez com

que Atlantis se balançasse como um animal que tenta sacudir seu corpo. As engrenagensrugiram furiosamente por conta na mudança repentina. Kristen sabia que tal manobra não eraindicada para a nave. Em tais situações, poderia causar grandes danos ela. Mas isso era umaemergência.

De onde ela estava, Kristen podia ver os membros da tripulação colocando apressadamenteseus cintos de segurança. Depois de inúmeros treinamentos, eles sabiam exatamente o quefazer sem precisar mandar. Tudo podia acontecer, principalmente agora.

Sem aviso, a nave quase virou de ponta cabeça enquanto se afastava rapidamente deTiangrit. A aceleração repentina e a curva que foi feita, fez com que Kristen saísse de seuassento e batesse a cabeça brutamente contra seu painel.

Em toda a confusão, ela não teve tempo de colocar o próprio cinto.Kristen resistiu segurando em uma maçaneta de uma gaveta. Ela se debatia de uma lado

para o outro enquanto a nave dava grandes curvas. Se ela não se segurasse, ela sabia que iriasair se debatendo de uma lado para outro nas paredes sem controle. Ela seria gravemente feridade toda essa confusão.

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A nave agora estava em alto velocidade por conta do modo de manobra evasiva, a naveestava em piloto automático. E isso impedia a comunicação direta entre a nave e qualquerpessoa abordo. Ela estava ficando mais veloz para evitar o missil. Portando, as manobras danave não eram nem um pouco suaves e sutis. Pelo contrario, elas era rápidas, bruscas edescoordenadas, o que significa que ela poderia a qualquer momento fazer curvas apertadas ouvirar de cabeça para baixo sem nenhum aviso.

A mão de Kristen escorregou da maçaneta em que ela se segurava. Ela começou a girar noar e cair, mas ela conseguiu agarrar o apoio de cabeça de seu banco. Então ela agarrou com osdois braços o seu banco com toda sua força, esperando que toda essa situação acabasse logo.

De canto de olho ela viu três dos membros da tripulação cair de seus assentos. Um delesbateu sua cabeça contra seu painel e sangue começou sair de uma grande ferida. Ele começou agirar e cair, batendo contra obstáculos sangrando e inconsciente. Outro membro rolou e caiuencima de outro membro que estava preso com o cinto. Ela segurou ele com os dois braçoscomo num abraço. Ele fez o mesmo e assim ficaram lutando contra toda a movimentação.

O terceiro membro rolou por alguns assentos e obstáculos. Ela balançava seus braços aoredor para tentar se segurar em qualquer coisa. Ela não conseguiu nada, e então caiu contra umpainel deslocando seu cotovelo. Com a outra mão ela agarrou uma maçaneta de metal e sesegurou. Mas ela não consegui suportar o peso com apenas uma mão. Com a força dasmanobras, ela se soltou e com um grande grito ela desapareceu da visão de Kristen.

Em meio a toda confusão, Kristen de que Atlantis corria tanto para evitar. De sua posiçãonada confortável era impossível ver o que era exatamente. A imagens no monitor estavamdesfocadas e vagas. Olhar pela janela também não ajudava em nada, já que ela não podia vernem as estrelas. Eles estão em alta velocidade, e de modo irregular.

Não muito tempo depois, todos abordo da nave sentiram um tranco e uma grande luzbrilhar. Na hora, a nave começou a diminuir sua velocidade e parou com as manobras. Osmembros estavam aos poucos se recuperando da desordem.

Kristen olhou para fora e ainda a distancia ela podia ver a luz da explosão que acabara deacontecer alguns metros de distancia.

Ela se sentou apropriadamente em seu assento e ajustou seu fone. “Estão todos bem?” elaperguntou. “Todos, confirmem se todos estão bem. Procurem por feridos e os levem para a alade emergência imediatamente. Quero analise e estado da nave imediatamente.”

Ela viu Lynda se erguendo do chão. Ela estava com uma ferida aberta em sua cabeça deonde estava saindo muito sangue. Ela foi até onde Kristen estava.

“Você precisa de cuidados agora.” Kristen disse apontando para sua ferida.“É só um arranhão.” Lynda respondeu. “Eu dou conta. Do que nós estávamos fugindo?”Kristen apontou para o monitor. A nave estava mostrando as manobras evasivas. Todos

estavam em choque em quanto assistiam um grande objeto branco e cilíndrico perseguindoeles. Não tinha duvidas do que era. Era um tipo de míssil termológico altamente avançado. Efoi programado para caçar Atlantis. Em varias ocasiões ela quase atingiu a nave, mas Atlantisconseguiu se desviar. Ela teve que rolar, desviar, girar e manobrar, tudo para evitar serematingidos pelo míssil. O que explicava o motivo de tantos baques, trancos e rotações. Então,omíssil finalmente explodiu em uma grande bola de fogo. A força da explosão empurrouAtlantis mais sem muitos danos.

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Kristen entendeu agora porque eles sentiram aquele tranco.“Acho que estamos salvos agora.” Lynda disse.“Estamos?” Kristen perguntou. “Nós nem sabemos de onde aquilo veio.”O membros gravemente feridos tinham sido levados para ala medica. Por sorte, não houve

mortes, apenas ferimentos e fraturas.Enquanto faziam a analise de danos na nave, Kristen chamou Lynda e Mahmud.“Precisamos de plano de ação.” Kristen disse.“O que vamos fazer?” Mahmud perguntou. “Nem temos certeza se estamos salvos desse

ataque. Eu fiz primeiro calculo e ainda não descobri de onde aquele míssil foi lançado. Épossível que eles estejam usando um dispositivo para se esconderem de nós. Isso significa queeles ainda podem estar por perto.”

“Talvez devêssemos dar a volta e voltar para a Terra.” Lynda sugeriu. “Não devemosestamos muito longe de casa. Toda essa missão foi um erro e não podemos continuar com issosem saber o que fazer.”

“Mas se voltarmos agora, é possível que levemos os Gualdions conosco,” Kristen apontou.“Eles ainda estão por aqui. Precisamos saber por que nos atacaram.”

“Devem ter achado que éramos hostis.” Mahmud disse. “Ninguém começa lançandomísseis nas pessoas sem pensar que você seja uma ameaça.”

“Ou a pessoa esteja sendo agressiva,” Lynda acrescentou.“Uma agressão? Por que iriam querem ser agressivos conosco?” Kristen se perguntava.De repente, o radio começou a emitir uma voz.“Atenção nave de Nivrus.” Uma voz profunda e lenta. Todos congelaram e ouviram. “Aqui

é Coronel Havlun da Guarda Protetora dos Gualdions.”Kristen ficou boca aberta e olhou incrédula para seu monitor. Como eles acessaram nosso

sistema de comunicação para fazer tal transmissão.“Nem tentem desligar essa transmissão.” A voz disse. “Por que vocês simplesmente não

podem. Vocês tiveram muita sorte em evitar nosso míssil. Mas a sorte não vai estar do seu ladonessa segunda rodada. Se olharem para a janela, irão ver que já estamos aqui. E isso sem vocêsperceberem.”

Impulsivamente, todos olharam pela janela, e o que eles viram os fez congelar.Lá, em apenas alguns quilômetros de distancia, estava uma nave enorme. Mesmo com essa

distancia, ela era tremendamente grande. Parecia uma vespa, mas com assas de metal. Deveriater no mínimo duzentos metros de largura e cem metros de altura. A nave alienígena estava nafrente deles. Parecia que eles estavam esperando Atlantis voar direto para eles.

Kristen estava se perguntando como eles conseguiram se aproximar tanto sem a nave darnenhum alarme. Ela olhou para seu monitor, e não tinha nenhum sinal de nave por perto.

“Deve ser algum tipo de dispositivo de camuflagem.” Mahmud sussurrou.“Sim, é mesmo.” A voz disse. “É um dispositivo de camuflagem. Bom palpite. Admito.

Mas não vai ter bom palpite para ajudar vocês a enfrentar o que está por vir.”Kristen olhou para sua tripulação. Com era possível a nave alienígena ouvir a conversa a

uma grande distancia.“O que você quer de nós?” Kristen perguntou.“Nós queremos todos vocês, e queremos agora.” A voz respondeu.

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“Não queremos arrumar nenhuma briga ou qualquer coisa do tipo.” Kristen disse.“Queremos apenas seguir nosso caminho.”

“Mas não deixamos vocês irem. Problemas podem aparecer para aqueles que não querem.”“Por favor, nos deixem ir. Não iremos causar nenhum problema.”“Já chega!” a voz gritou. “Ou vocês vem até nos ou iremos destruí-los imediatamente.

Nossa armas estão apontadas para vocês, e digamos que de onde estão, não há manobra paraevitar isso.”

Os membros da tripulação olharam pela janela, e viram a nave-vespa alienígena mirar oque parecia ser suas pernas, direto para Atlantis. Seria suicídio e inútil tentar fazer manobrasevasivas agora. Alem disso, Kristen duvidava se a nave deles ainda tinha capacidade de entrarem outra corrida de alta velocidade devido os danos que a primeira tinha causado.

“Para onde iremos?” Kristen perguntou.“Não se preocupe sobre isso. Somos nós quem iremos levar vocês.”A nave-vespa apontou dois de seus braços e atirou em Atlantis. Mas não era munição, na

verdade, duas grandes correntes metálicas se agarraram nas assas de Atlantis.Kristen e a tripulação viram como as correntes passaram pela janela e se agarraram ao

redor das assas da nave. Elas se agarram e formaram um nó. E segurou Atlantis bem firme.A nave-vespa que antes estava de frente para eles, agora estava de costas. As correntes

estavam se retraindo. Eles estavam sendo arrastados.Kristen estava exausta e se sentia derrotada. Ela se sentou em sua cadeira e segurou sua

cabeça com as mãos.Que tipo de missão é essa? Kristen estava se perguntando.Ela sentiu uma mão tocar seu ombro. Era Lynda. O olhar no seu rosto disse tudo. Ela

tentava encorajar sua Capitã sem dizer uma palavra.Kristen assentiu, silenciosamente agradecendo por seu encorajamento.Todos sentiram o tranco quando a nave-vespa começou a se locomover. Lynda apertou o

ombro de Kristen mais uma vez. Ela não estava confortando Kristen, ela estava chamando suaatenção para algo. Ela seguiu o dedo de Lynda que apontava para o monitor na frente dela.

Mesmo sendo visível e todos podiam ver de dentro da Atlantis, Kristen ainda não podia vera nave-vespa em nenhuma dos monitores da nave.

Ela sentiu outra mão em seu ombro e virou para ver Mahmud. Ela segurava seu tablet. Eleo mostrou para Kristen.

Kristen estava vendo uma imagem de Atlantis. Nas assas tinham correntes que estavam aoredor delas. Mas não eram quaisquer correntes, pelo monitor, era possível ver que elas emitiamalgum tipo de corrente elétrica, que se movia da nave-vespa para Atlantis, e de Atlantis devolta para nave-vespa. Eles não tinham como dizer com certeza o que estava acontecendo. Eracomo se eles usassem as correntes para ler e monitorar o sistema de Atlantis, ou roubarenergia. Talvez infectar Atlantis com um vírus. Havia varias possibilidades.

Mas uma coisa era fato: eles eram prisioneiros em sua própria nave, seqüestrados pelosGualdions.

A nave-vespa continuou a rebocá-los. Logo eles estavam em alta velocidade passando porvários planetas e luas. Não dava para reconhecer os lugares apenas olhando pela janela. O céuescuro e as varias estrelas pareciam as mesmas em cada lugar. Ninguém poderia identificar

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onde eles estavam sem usar um equipamento de localização. E o único dispositivo que poderiaajudá-los estava indisponível. Quase todo o sistema não estava funcionando. Quando o míssilexplodiu afetou alguns componentes do sistema. Depois que a nave-vespa os prendeu nascorrentes, tudo ficou ainda pior. Qualquer eletrônico ou mecanismo controlado por qualquerforça de energia não estava funcionando. Os Gualdions tinham controle total da nave.

Eles continuaram a passar por diversos planetas, e por rotas que apenas os Gualdionssabiam. Algumas vezes eles passavam por anéis de asteróides, outras vezes por margens deplanetas. Alguns desses planetas não eram familiares para Kristen e a tripulação.

O que eles estavam vendo nessa região não era nada parecido com o sistema solar deles, oude nenhum outro sistema solar que eles conhecessem. Tinham muitos planetas estranhos porlá. E as estrelas brilhavam ainda mais por essa região.

Quão longe nós fomos? Kristen se perguntava. Como nenhum de seus sistemas estavafuncionando, era difícil dizer. Sem ver a rota que Atlantis estava fazendo, era impossível dizerquando eles deixaram o sistema de Tiangrit.

Mas quando foi que os Gualdions nos interceptaram?Poderia ter sido quando eles completaram a hipersalto nas fronteiras de Tiangrit? Kristen

achava que não. Se os Gualdions tivessem atrás deles lá, os Mildanos teriam avisado. Durantetoda a estada deles em Tiangrit não houve nenhum aviso que eles estavam sendo seguidos.

Ou será que foi quando eles estavam deixando a orbita de Tiangrit? Kristen pensou queisso era mais provável. Mas a área também servia como fronteira entre Tiangrit e outroplaneta. Pelo seu conhecimento de astronomia, a distancia entre Tiangrit e o próximo planetaera quase de 80 milhões de milhas. Que ainda não tinha sido explorada, e era conhecida comolar de asteróides e pequenos planetas. Era irônico que a NASA não tinha embarcado emnenhuma missão para esses lados do espaço, ou embarcaram?

Kristen se lembrava que havia vários cinturões de asteróides e pequenos planetas alinhadosnesse espaço entre Tiangrit e seus planetas vizinhos. E considerando essa grande e vasta terra,seria bem fácil para os Gualdions ficarem escondidos em algum asteróide, observando eesperando Kristen e sua tripulação.

Kristen suspirou. Ela estava exausta de todos os acontecimentos e claro, da presentesituação. Eles eram prisioneiros de seres que eles nem sabiam da existência. O ultimo contatocom seres amigáveis foi em Tiangrit. Contato que foi perdido após o ataque dos Gualdions.Kristen lembrava vividamente do pedido do Rei Zeropta para eles saírem dali imediatamente.Se mesmo os Mildanos, com todo seu avanço tecnológico, tinham medo dos Gualdions, o queseria de Kristen e sua tripulação.

A nave-vespa logo virou e começou a passar por um conjunto de asteróides. Asteróides queeram grandes e inúmeros. Eles faziam inúmeras curvas e levavam Atlantis juntos. Então, elesviram um grande asteróide. Apareceu na frente deles como um planeta. De onde os membrosde Atlantis estavam eles podiam vê-lo na frente da nave-vespa. Não tinha atmosfera, o quedeixavam mais fácil de ver a superfície rochosa e cheia de crateras. Quanto mais a nave seaproximava, maiores elas ficava.

Que lugar é esse? Kristen se perguntava. Como vamos sair daqui? Quando vamos sair, sealgum dia sairmos? O que vai acontecer com a missão? O que estava acontecendo com aTerra?

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Muitas perguntas estavam rodando na cabeça de Kristen. Ela olhou ao redor para osmembros da tripulação. Todos estavam artodoados e decepcionados.

Nesse momento, uma voz veio pelo radio. Eram os Gualdions.“Cidadãos de Nivrus,” a voz disse. “Aqui é o Coronel Havlun novamente. Eu devo pedir

que vocês optem por uma atitude mais tranqüila de total rendição. Isso é bom e perfeito, porque se fizeram qualquer tentativa de escapar, e nós iremos destruir vocês. Como devem saber,vocês são agora são nossos. Estamos nos aproximando do comando central e logo iremospousar. Devo avisar; nenhuma tentativa de fuga deve ser feita. Não é preciso sair de sua nave,assim que pousarmos iremos abordo para escoltá-los. Eu repito, não saiam de sua nave.”

O radio ficou mudo depois do anuncio.Eles viram a nave-vespa chegar mais perto do planeta rochoso. Logo, eles estavam voando

sobre montanhas e vales. Não tinha divida de que o planeta era grande. Kristen tinha certezaque a tripulação também achava a mesma coisa. Passaram-se 10 minutos desde o anuncio peloradio e eles ainda não tinham pousado. Tudo que eles viam eram montanhas, vales e terrasrochosas e crateras.

Então eles viram o que parecia um sinal de civilização. Na frente deles tinha um domo. Odomo era amarelo, um contraste com o marrom das montanhas ao redor. Parecia uma baciaque estava cobrindo uma parte da terra. O domo selava qualquer coisa que estivesse dentro.

Assim que se aproximaram, uma pequena parte se abriu e formou uma passagem. Mas apassagem estava localizada bem acima do domo. Enquanto se aproximavam, eles viram que apassagem era uma entrada para algo. Ela se abriu para a nave-vespa entrar, levando Atlantis.

Assim que as naves passaram, a passagem logo se fechou. Logo abaixo, os membrospodiam ver uma cidade reluzente. Era feita de muitos prédios e estruturas industriais. Tinhamuita luz saindo dela, provendo iluminação para a cidade toda.

Enquanto voavam sobre ela, Kristen admirava o avanço tecnológico da cidade. Tinhamveículos se locomoviam por todas as partes. Não tinham rodas. Ao invés disso, eles estavamplanando. Funcionavam com algum topo de planador ou propulsores. Talvez uma combinaçãode ambos. Tinham também tubos que circulavam toda a cidade. Parecia o mesmo tipo de tubovisto no planeta Tiangrit. Porem esses não eram transparentes. Talvez fossem dutos, canos paralevar algum tipo de suplemento. Também tinha alguns seres se locomovendo á pé. Mas deonde eles estavam era impossível dizer suas características, formas e estaturas. Mas Kristentinha certeza de que eram outras formas de vida e não objetos mecânicos.

Logo eles estavam sobrevoando sobre uma parede grossa para uma área demarcada. Entãose aproximaram de uma plataforma elevada, onde havia outras naves-vespa estacionadas.Talvez isso fosse algum tipo de base militar.

Seus raptores logo aterrissaram na plataforma.Depois que pousaram Atlantis ainda flutuava. A nave não podia ser pousada por que seus

controles estavam desligados por seus seqüestradores. E para provar que eles tinham o totalcontrole, Kristen e a tripulação observaram admirados enquanto sua nave era trazida e pousadaao lado da nave-vespa.

Depois que Atlantis pousou, todas as luzes assim como os motores foram desligados.Estava tudo escuro, incluindo os monitores e painéis. Era escuridão total.

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Kristen estava imaginando o que os Gualdions fizeram. Talvez tivessem cortado a energiade Atlantis. Ou talvez tivesse drenado toda a energia da nave. Seja lá como foi, a nave estavana escuridão e silencio total.

As luzes de repente se acenderam novamente. Kristen e a tripulação fecharam os olhos porconta da mudança brusca de luz. Logo seus olhos foram se ajustando ao ambiente. Oscontroles estavam funcionando. Estavam mesmo? Eles pareciam estar funcionando, mas nãopodiam dizer se estava mesmo funcionando ou era ainda o controle dos Gualdions. Isso erabaseado no fato de que, até agora, as correntes ainda estavam acopladas nas assas de Atlantis.

“Tripulação da nave de Nivrus,” a mesma voz começou a sair do radio. “Vocês acabaramde pousar em nosso planeta. Vocês podem ir para a área de desembarque, vamosdespressurizar sua nave para eventual embarque ou desembarque. Façam logo.”

Os membros se apressaram em colocar seus capacetes. Eles checavam duas vezes se estavatudo em ordem com seus uniformes. Ninguém queria arriscar, já que ainda não tiveram tempopara checarem quais os danos a Atlantis e seus equipamentos.

“Estão prontos para desembarcar?” a voz perguntou.Kristen olhou ao redor. Os membros de sua tripulação estavam todos com os devidos

uniformes. Mahmud deu sinal com o dedo.“Sim.” Kristen respondeu. “Vocês podem despressurizar a nave.”No monitor de seus painéis, uma mensagem apareceu.ATENÇÃO. DESPRESSUARIZAÇÃO EM ANDAMENTO. ATENÇÃO.

DESPRESSUARIZAÇÃO EM ANDAMENTO.Se a nave estava sendo despressurizada isso significava que os Gualdions ainda tinham

todo o controle da nave. E para confirmar isso, ela viu pela janela as correntes ainda acopladasnas assas de Atlantis.

Outra mensagem apareceu nos monitores. DESPRESSUARIZAÇÃO DA NAVECOMPLETA. PORTA PRINCIPAL ABERTA. DESPRESSUARIZAÇÃO DA NAVECOMPLETA. PORTA PRINCIPAL ABERTA.

Todos eles esperaram a porta se abrir por completo.Por um tempo tudo estava um silencio. Todos dentro da nave estavam paralisados. Lá fora

também tudo estava perfeitamente silencioso. Não tinha nenhum som que poderia ser ouvidode dentro da nave.

Kristen tentou olhar o que tinha lá fora. Mas de onde ela estava ela não tinha uma boavisão. Ela olhou para a janela e tudo que ela conseguia ver eram as naves-vespa estacionadas.

Então eles ouviram passos se aproximando. De primeira, eles pareciam nas pontas dos pés.E então os passos começaram a ficar mais fortes. Assim que chegavam mais perto, pareciambotas de metal. E o chão também, então começou a fazer um barulho de metal batendo contrametal. O barulho era bem audível mesmo para eles que estavam com capacetes que filtravambarulhos desnecessários. Eles ficaram olhando para a entrada esperando para ver os donos dossapatos passarem pela porta.

Primeiro veio a cabeça. Parecia exatamente como a de um inseto. Olhando mais de perto,Kristen percebeu que eles pareciam com as naves: uma vespa. Tinha um formato oval e umpouco grande para uma cabeça. Como duas bolas de futebol juntas. Os olhos eram bemgrandes, e pareciam com óculos que ocupavam uma parte da cabeça. Tinha uma fenda onde

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era a boca e tinha outra que se estendida até o centro da cabeça. O que pareciam barbatanasestavam no lugar onde devem ser as orelhas.

A cabeça entrou pela porta e olhou ao redor. Os olhos multicoloridos e continuava a mudarde cor. Então o resto do corpo passou pela porta.

A grande cabeça oval estava no corpo que lembrava uma mulher. Ela tinha pescoço,ombros estreitos, seios medianos, braços longos e magros, um grande quadril, e longas pernas.Ela estava vestida com uma camisola preta. A pele exposta era de tom roxo com pontos verdesque brilhavam. Ela usava uma bota grossa. Ela segurava uma grande arma com dois grandescanos.

Kristen calculou que ela deveria ter uns dois metros e meio. Ela era bem alta. Kristen sabiaque seus cálculos estavam certos. De canto de olho, ela viu Mahmud e os outros membros datripulação estavam encantados com que eles estavam vendo.

O que tem de errado com esses homens? Kristen se perguntava.Eles deveriam estar sobre algum feitiço ou simplesmente loucos. Obviamente, eles não

estavam conscientes da figura estranha que ela era. Tudo em que eles estavam interresados, erano corpo dentro daquela pequena camisola preta. Nem o fato de sua pela estar brilhandoparecia afeta-los. Ou de que eles eram prisioneiros. Em algum lugar em suas mentes, o medofoi substituído por luxuria.

Kristen não sabia se gritava com eles de raiva ou desgosto. Ou se aquilo era algum tipo dehipnose alienígena. Provavelmente era, por que ela não podia entender como alguém em seuperfeito juízo em tais circunstâncias iria admirar tal criatura.

A mulher levou sua mão esquerda até sua boca. “Coronel,” ela falou com uma vozfeminina para um aparelho acoplado em seu pulso. “Todos eles estão prontos. Vou escoltá-lospara fora.”

Eles formaram uma fila. E começaram a andar pra fora da nave. A mulher estava na portaapontando a arma para eles.

Kristen era a primeira da fila, o que significava que ela seria a primeira a sair de Atlantis.Assim que pisou fora de Atlantis, ela perdeu o fôlego.

Na frente deles estava um grupo de alienígenas que lembravam a mulher abordo deAtlantis. Todos eles vestidos com uma camisola preta similar com a primeira alienígena.Kristen tentou procurar algumas caracterizas que os diferenciasse. Mas não achou nenhuma.Não tinha duvidas. Todas eram mulheres. Soldados alienígenas mulheres. Todas seguravamaramas com dois ou três canos. E elas estavam apontadas para Kristen e sua tripulação.

Assim que todos eles saíram da nave, a primeira mulher saiu de Atlantis e a porta sefechou. Kristen e a tripulação foram forçados a formar outra fila na plataforma de metal,cercados por todas as alienígenas. Deveria ter trinta ou mais delas. Todas com suas peles roxase pontos verdes. Elas pareciam intimidadoras e ferozes com suas cabeças de vespa e suasarmas.

Kristen observou que, apesar das cabeças expostas, elas não usavam mascaras oucapacetes. Parecia que elas não precisavam de nenhuma forma de ar ou oxigênio parasobreviver em seu planeta.

Uma delas deu um passo para frente. Ela vestia a mesma camisola, mas a dela não erapreta. Era vinho. No cinto em sua cintura tinha um coldre que carregava uma pistola.

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Ela olhou para a tripulação por um tempo. “Quem é seu comandante?”Kristen levantou a mão. “Eu sou,” ela respondeu.“Bom.” A alienígena respondeu. “Eu sou a Coronel Havlun. Vocês agora estão sob o

comando dos Gualdions. Você e sua tripulação são meus prisioneiros. Guardas os levem parasuas celas.”

Então eles foram escoltados para fora da plataforma.

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CAPÍTULO QUATRO

Ela sentiu uma mão em seu ombro e se assuntou. Por um breve momento ela sentiu medo. Masquando braços fortes a abraçou, ela ficou mais tranqüila.

“Te assustei, não foi?” uma voz masculina disse.“Sim,” ela assentiu. “E você sabe que sempre consegue, isso não é justo.”Kristen se virou e beijou William, seu noivo.“Então, o que minha gata esta cozinhando?” William perguntou.“Seu prato favorito - arroz frito e frango.”“Você me mima muito.” William disse sorrindo. “Quando vamos comer o seu prato

favorito?”Ela sorriu e colocou suas mãos no rosto dele. “Em breve, amor.” Ela respondeu.Em breve.Ela acordou com um pulo. Ela olhou ao redor. A cela onde ela estava era escura. Não tinha

janelas. A única iluminação vinha de uma pequena lâmpada no teto.Kristen balançou a cabeça como se fosse possível espantar a escuridão. Mas não era.Ela estava sonhando. Ela não sabia dizer por quanto tempo ela dormiu. Mas não tinha

duvidas que ela estava exausta. Sua mente voltou a seu passado. Kristen tinha certeza de quehoras devem ter se passado desde que chegaram ao Planeta Gualdion.

Depois de serem retirados da plataforma de metal eles foram transportados por um tipo deaeronave que parecia um ônibus. Do lado de fora parecia uma fabrica. As paredes eram altas etinham portões de metal.

Cada um dos membros da tripulação foram colocados em celas separadas. Não tinhajanela, o que significa que não podiam ver o que tinha lá fora. A porta de era de metal, que sedeslizava para o lado. Não tinha nada dentro do quarto.

Sua mente se lembrou do sonho que acabará de ter.O que estava acontecendo com a Terra agora? Kristen se perguntava.O que seria deles nesse planeta?Por um momento ela queria gritar e chorar.Para que tipo de missão NASA nós enviou?Primeiro eles foram mandados para buscar um planeta vazio. Eles chegaram a Tiangrit.

Então estavam fugindo de um míssil. E agora eram reféns de uma raça feminina alienígena desoldados.

E eles ainda tinham tentar completar a missão.Esperança e salvação.Quando eles conseguiriam voltar a missão?Ela tentou colocar a cabeça entre as mãos, mas conseguiu apenas segurar o capacete que a

protegia. Ela não podia tirar o capacete nesse lugar nem para enxugar uma lagrima.A porta se abriu. Kristen se sentou e observou uma guarda entrar no quarto.“Levante-se,” ela disse. “A Coronel quer conversar com você agora.”

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Kristen seguiu a guarda para fora do quarto para um corredor. Ela se juntou a outrosmembros da tripulação que também foram tirados de seus quartos. Kristen olhou para ver setodos estavam presentes. Eles estavam, e pareciam aliviados em ver todos ali.

“Por quanto tempo ficamos trancados?” Kristen perguntou a Mahmud.“Eu não sei dizer, Capitã,” ele respondeu. “Talvez por umas doze horas. Eu dormi a maior

parte do tempo. Depressão me dá sono.”“É só você ou todos nós?” Lynda perguntou. “Eu divido que alguém aqui tenha ficado

acordado. Não é possível.”“Bem, eu acho que tivemos sorte até agora,” Kristen disse.“Serio? Por que você acha isso?” Mahmud perguntou.“Primeiramente, elas não mataram nenhum de nós,” Kristen respondeu.“Talvez você queira dizer ‘ainda não’,” Lynda disse. “Acho que alguém esqueceu que eles

lançaram um míssil contra nós, o que significa tentar matar.”“Não podemos ter certeza,” Kristen disse. “Pode ter sido parte do plano delas.”“E provavelmente o plano era nos explodir.” Mahmud disse.“Não. Todos têm suas maneiras de julgar o que talvez seja uma ameaça em potencial.

Alguns usam agressividade, colocando em pratica a ‘melhor estratégia de defesa’,” Kristendisse.

“Põe usam agressividade nisso.” Lynda disse. “E quanto aos Mildanos? Eles não lançaramum míssil de boas vindas.”

“Mas tinham toda uma frota para nos enfrentar quando chagamos.” Kristen disse. “Elestambém poderiam ter escolhido nos explodir se quisessem. Mas não escolheram.”

“Então essas Gualdions preferem atirar primeiro e perguntar depois.” Lynda disse.“Talvez assim funcione para eles.” Kristen respondeu. “Logo iremos descobrir.”“Como foi que entramos nessa bagunça.” Mahmud perguntou.“Quando você concordou em participar do programa Atlantis de Exploração da NASA.”

Kristen respondeu.Mahmud olhou para ela. “Capitã, vejo que você está se divertindo. Se quer saber, eu nunca

me candidatei para isso.”“Na verdade, nenhum de nós Mahmud.” Kristen disse. “É uma pena que as coisas

acabaram assim, mas não podemos culpar ninguém.”“A missão já era.” Lynda disse.“Primeiro eles nos dão coordenadas erradas. Depois não podemos contatar aqueles que nos

deram as coordenadas. E por fim tudo vira uma anarquia e caos antes de acabarmos em planetacom saldados alienígenas gostosas.” Mahmud disse.

“Gostosas?” Kristen repetiu. “Eu ouvi você dizer gostosas?”“Sim, Capitã, você me ouviu muito bem.” Mahmud assentiu. “Ou eu estou errado?”Kristen olhou para as guardas que estavam escoltando eles. Ela olhou como elas se

movimentavam.Lynda pigarreou. “De onde eu vejo, eu acho que ele está certo. Elas são gostosas, não acha

Capitã?”Kristen balançou a cabeça. “Homens”“Ei? O que quer dizer?” Mahmud perguntou ofendido.

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“Mahmud, o que tem de errado com você? Somos prisioneiros, reféns de uma raçaalienígena e tudo que você consegue ver é o quão gostosas elas são?”

Mahmud encolheu os ombros. “É coisa de homem, sabe? Alem disso, você nunca sabe,pode sair em nosso favor apreciar nossas seqüestradoras.”

“Eu espero que todo esse afeto não saia pela culatra.” Kristen disse.Mahmud balançou a cabeça. “Nunca sai.”Eles foram levados para um campo aberto onde tinham mais alienígenas. Todas

carregavam armas, e quanto mais se aproximávamos do lugar, eles ficavam cercados.Deveriam ter mais de trinta no campo.

Quando chegaram, eles foram forçados a se sentarem no chão. Kristen e a tripulaçãofizeram sem reclamar. Eles sabiam que era inútil resistir. Eles ainda não sabiam quais eram asintenções de seus seqüestradores, e nem se tinham força ou coragem para escapar deles.

Mesmo que fossem escapar, para onde eles iriam?Depois que se sentaram, uma das alienígenas de um passo para frente. Ela segurava um

bastão. Era a coronel.“Habitantes de Nivrus,” ela começou, “bem vindos mais uma vez ao povoado dos

Gualdions. Como havia tido mais cedo, todos são meus prisioneiros agora. Gostaríamos desaber em que missão estavam para acabarem nessa parte do espaço.”

Kristen levantou a mão. “Posso falar?”“Quem é você?” Coronel Havlun perguntou.“Sou a Capitã da nave. Meu nome é Kristen.”“Certo. Você pode falar. Responda minha pergunta.” A coronel disse.“Acreditam que já saibam que nosso planeta – a Terra – ou Nivrus como é conhecida – está

morrendo. Minha espécie nós enviou em uma missão em busca de uma planeta para nosrealocarmos.”

“O que?” a coronel perguntou. “Você quer dizer que são um grupo de exploração?”“Bem, podemos dizer que sim,” Kristen respondeu. “Estamos procurando por um outro

planeta, eu acredito que isso nos torna exploradores.”“Vocês devem estar mentindo,” a coronel insistiu. “Como podem estar procurando por

outro mundo? Onde é que vocês achariam um planeta vazio?”“Nós não tivemos muita escolha,” Kristen disse. “Somos a única esperança de o nosso

mundo sobreviver.”“Eu não acredito em você. Mas assumindo que vocês achem esse novo mundo, o que vocês

vão fazer? Iriam expulsar os habitantes e pegar o planeta pra vocês? Ligaram para seus amigoshumanos para virem se juntar a vocês, e então poluir e destruir outro mundo?”

“Não coronel. Não fazíamos isso! Nunca cogitamos esse caminho. Aprendemos nossa liçãocom o que houve no nosso planeta. Não vamos destruir outro planeta.”

“Fácil para você falar.” A coronel disse. “No seu nível, não é tão difícil de fazer tudonovamente. Vocês são peões, batedores enviados para procurar o que seus lideres vão usarcomo bem quiserem.”

“Honestamente, Coronel, você está enganada. Estamos aqui em paz, e não queremosmachucar ninguém.”

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“Eu tive uma visão diferente quando cruzamos com vocês mais cedo. Tive a impressão deque vocês devem ser espiões.”

“Mas para quem nós estaríamos espionando?” Kristen perguntou.“Aqueles Mildanos miseráveis,” Coronel Havlun disse.“Não, isso está errado. Eles apenas ofereceram ajuda.”“Ajuda?” a coronel repetiu. “Que tipo de ajuda?”“Eles apenas nos deram direções. E quando você nos mandou a mensagem, eles nos

ajudaram a decodificar e nos avisaram. Isso foi antes de lançarem o míssil.”“Talvez não sejam espiões afinal. Não tem como os Mildanos mandarem vocês para fazer

o trabalho sujo deles. Vocês são fracos, inexperientes, e ingênuos. Talvez eu acredite emvocês. Nós scaneamos seu nave e não achamos nada os incrimine dentro dela.”

“Obrigada, Coronel. Nos realmente não somos que você pensou que éramos.” Kristendisse. Em sua cabeça ela estava aliviada que o problema foi resolvido.

“No entanto, vocês ainda vão ficar sobre minha custodia. Pretendo usá-los para completaralgumas tarefas minhas.”

“Mas, Coronel,” Kristen protestou. “Nosso mundo precisa de nos. Nos precisamos-”“Silencio Capitã!” a coronel ordenou. “Do que você esta reclamando? Não esperava que

apenas os deixassem ir. Depois que tudo que vocês viram iram correndo contar a União ondenos estamos. E então eles começariam a procurar por nós. Mas será que eles se atreveriam? Euduvido. Nossa raça sempre deu medo na União. Mas mesmo assim, não vou permitir quesaiam. É por isso que irei usá-los para meus propósitos.”

Coronel Havlun olhou para os membros da tripulação sentados no chão. “Até por que, senós os deixássemos ir para onde você acha que iriam? Tem alguma idéia?”

Kristen se lembrou do que o Rei Zeropta disse sobre os criadores.“Nos temos uma idéia para onde iríamos.” Kristen respondeu.“Vocês têm? E qual seria?”“Achar os criadores.”A Coronel Havlun riu alto. “Você deve ser louca,” ela respondeu. “Quem te deu essa idéia

estúpida? Foi o Rei Zeropta?”“Sim, ele nos disse sobre eles.” Kristen respondeu. “Mas ele mostrou que duvida que nós

os achássemos.”“É claro que não podem achar eles assim. Presumindo que vocês os achassem, o que vocês

iriam fazer?”“Eles são os criadores. Eles podem ajudar nosso planeta.”“Depois que vocês destruíram seu planeta, vocês acham que eles iriam simplesmente

concertar para você? Ai vocês iriam destruir de novo sabendo que poderiam pedir para elesconcertarem novamente?”

“Coronel, não temos outra opção. Ou procuramos por outro planeta ou procuramos peloscriadores.”

“Vocês humanos são ainda mais burros do que eu achei que fossem. Por muito tempo, todagaláxia achava que sua raça era cheia de visionários. Muitos outros planetas queriam ser seusparceiros. Mas quando olharam mais de perto, o que eles viram? Eles perceberam que as coisasnem sempre são o que parece. A humanidade era feita de pessoas perigosas e cruéis. Apenas

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olhem as atrocidades que vocês cometeram contra vocês mesmos durante os séculos. Conseguever o resultado desse caráter perverso?”

“Aprendemos nossa lição. Vamos mudar.” Kristen respondeu.“Eu posso imaginar que sim.” A Coronel Havlun disse. “Mas de qualquer forma, vocês

terão que merecer sua liberdade.”“Vai nos libertar?” Kristen perguntou.Coronel Havlun acenou. “Mas com algumas condições.”“Quais condições?”“Vocês iriam acompanhar minha equipe enquanto procuramos pelas Sementes da Vida.”“As Sementes do que?” Kristen perguntou.“Vida. As Sementes da Vida.” Coronel Havlun respondeu.“O que são essas sementes?” Kristen perguntou.“Boa pergunta.” A coronel respondeu.“Eras atrás, antes mesmo de nossos mundos e galáxias serem criados, os criadores

habitavam todo esse espaço que vivemos. As lendas dizem que eles são seres supremos epoderosos que podem criar coisas apenas com o poder do pensamento e da consciência. Alenda diz que são três. Um deles é encarregado da luz, outra da água e o ultimo da terra. Dizemque esses três elementos juntos podem criar qualquer coisa que você possa imaginar.”

“E o ar?” Kristen perguntou. “O ar não deveria ser um dos elementos?”“O ar é um derivado da água.” Coronel Havlun respondeu.“Eu pensei que era ao contrario. Água vem do ar, ou uma combinação de elementos

diferentes do ar.”“Você tem muito que aprender mulher de Nivrus.” a coronel disse. “De qualquer forma,

como eu estava dizendo. Luz, água e terra. Esses são os três criadores. Eles existiram por erase eras, aproveitando a companhia um do outro. Mas com o tempo, eles ficaram entediados edecidiram criar mundos. Esses mundos deveriam ser para seu prazer. Em outras palavras, erampra serem seus brinquedos. Assim como uns de crianças. A diferença é que os criadoresqueriam mais que brinquedos comuns. Então decidiram fazer o universo, popula-lo comdiversas outras galáxias. Para não deixá-las similares ou monótonas, eles começaram popularcada galáxia com um sistema solar, e cada sistema solar com planetas. Cada um com suascaracterística peculiares. Por exemplo, em seu planeta, e nos outros do seu sistema solar, tinhauma grande abundancia de terra. Se você for ao sistema solar Ariando, lá tem uma grandequantidade de água, e no sistema de Intiylve tem muita e muita luz.”

“Grande maioria dos planetas em nosso sistema não são apenas terra.” Kristen disse.“Vocês tem bem mais pedras e cascalhos.”

“Que são outras formas de terra. A matéria prima de blocos de pedras e montanhas é aterra. Terra que foi submetida a transformações. A mesma coisa no sistema Ariando. Algunsdos planetas são cobertos por gelo. Mas todos sabemos que gelo é apenas uma modificação doelemento da água. Assim como o sistema Intiylve, onde temos variações da luz. Agora o quenos interessa é: cada um desses planetas não deveriam ter sidos deixados sozinhos. Os seressupremo, os criadores, não podiam deixá-los e cuidar de cada um deles. Foi por isso que elesresolveram criar formas de vida com a combinação dos três elementos. Cada uma dessasformas foi dada a característica que deixava possível ela habitar seu mundo. Como vocês no

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planeta Nivrus. Vocês podem sobreviver lá sem uso dessas marcaras de usam aqui. Para nósaqui, podemos sobreviver como somos. Assumindo que iríamos para seu planeta e tentarrespirar seu ar sem nenhum filtro, morreríamos em segundos. E isso se aplica a cada ser deseus respectivos planetas. Podem dizer que os criadores criaram os mundos com diversidade.”

“E sobre as diferenças entre as pessoas que moram nos planetas?” Kristen perguntou.“Isso é adaptação e mutação simples entre espécies de uma raça.” a coronel respondeu.

“Não é tão notável quanto comparar raças de mundos diferentes.”“Entendo. O Rei Zeropta nos disse algo similar sobre os criadores.” Kristen disse. “Mas ele

não nos deu muito detalhes como você. Ele apenas ressaltou que como eles são a fonte de vidae existência, eles poderiam ser nossa solução.”

“Exatamente.” a coronel disse. “Eles são a fonte para qualquer solução por que a vida queconhecemos flui deles. E isso me leva a acreditar por que precisamos das Sementes da Vida.Veja, dizem que quando eles resolveram popular os planetas com formas de vida, eles fizeramcom as Sementes da Vida. O que eles fizeram foram simplesmente plantá-las na terra e regá-las com água e prover luz o suficiente. Assim, as sementes germinariam e se tornariam umaforma de vida compatível com o planeta. Podem comparar com seu conhecimento em ciência.Duas sementes similares que são plantadas em condições diferentes não iram germinar domesmo jeito, certo?”

Kristen assentiu. “Sim, tem razão.”“E isso foi o que deu luz as formas diferentes de vida nos planetas. Somos todos da mesma

semente, mas cultivados em ambientes diferentes em condições diferentes. Para vocês emNivrus, eu vou dizer que vocês tiveram tudo para vocês. Os criadores não apenas osabençoaram com a semente, mas também deixaram possível vocês se recriarem.”

“Quer dizer a reprodução?” Kristen perguntou.“Sim, capitã.” a coronel assentiu. “Nem todos os mundos foram tão sortudos como Nivrus.

Veja, hoje vocês são prova viva da destruição que assola seu mundo. É só uma questão detempo até que os criadores respondam. E eu posso garantir que eles não vão poupá-los de suastransgressões.”

“O planeta já esta morto.” Kristen disse. “A ultima vez que estávamos lá, ele já estavasaindo de orbita, indo em direção ao Sol. O que pode ser um castigo pior que esse?”

“Talvez a habilidade de procriar?” Coronel Havlun perguntou. “Essa é a benção que oscriadores irão tirar de vocês. Não é a destruição de seu mundo. Mesmo que seu mundo sejaconsumido pelo calor do sol, tenho certeza que ele ainda irá sobreviver. A única diferença é,seu planeta ira se tornar como muitos planetas desolados e asteróides que estão no universo.Eles costumavam ser férteis como seu planeta, até eles se destruírem. Assim como Nivrus estáfazendo com ele mesmo.”

Kristen estava boca aberta. “Quer dizer que todos esses outros planetas eram cheios de vidaassim como o nosso?”

“Sim,” a coronel disse. “Vegetações, água, e tudo. Todos eram. Mas uma coisa levou aoutra, e eles destruíram seus mundos do jeito que vocês fizeram com vocês. Podemos dizer quea historia se repete varias e varias vezes em partes diferentes do universo. É triste dizer quemesmo minha raça foi vitima da mesma historia.”

“Seu mundo também?” Kristen perguntou.

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“Sim, até o planeta Gualdion. Nós tivemos vegetação e água por todo lugar. Era tão lindoquanto seu planeta, talvez até mais. Mas então, uma guerra aconteceu, que resultou nacompleta aniquilação de quase todas as formas de vida e fontes de sustentação. Na época,nossa raça se adaptou para viver sob as novas condições. Nosso corpos sofreram mutações e setransformaram no que vocês agora vêem.”

“Serio? Você quer dizer que vocês nem sempre foram assim?”“Não, nem sempre fomos assim.” a coronel respondeu. “Mas esse é apenas um lado da

historia. Veja, o que nos tornamos- nossa forma atual- for por causa da nossa ganância,aspereza e fraqueza. O que os criadores fizeram foi nos tirar a habilidade de procriação. Tenhocerteza que vocês notaram que não temos homens em nossa colônia.”

“Sim,” Kristen respondeu. “Automaticamente, eu e os membros da tripulação, assumimosque todas vocês eram mulheres.”

“Exatamente. Estão corretos, Capitã. Somos todas mulheres. Você sabe o que aconteceucom os homens? Pode por um momento imaginar o que é preciso para procriarmos e continuara linhagem da nossa raça?”

Kristen balançou a cabeça. “Eu não posso imaginar, Coronel. Mas o que aconteceu com oshomens?”

“Depois da guerra, assim que nossos corpos começaram a mudar para se adaptar para onovo ambiente, assim que os criadores chegaram em nosso mundo. Os três. Eles foram até ointerior de Gualdion e tiraram o núcleo. Isso efetivamente destruiu a habilidade de nossoplaneta de suportar vegetação. E então, eles destruíram cada traço masculino entre nós. Isso fezcom que entrássemos em extinção. Mas conseguimos sobreviver.”

“Como?” Kristen perguntou. “Como sobreviveram sem nenhum homem?”“Comprando Sementes de Vida no mercado negro intergaláctico. Sabe, eles são muitos

caros, mas quando vocês quer assegurar a sobrevivência de sua raça, não tem preço.”“Vocês compram Sementes da Vida?” Kristen repetiu.“Sim, é isso que fazemos. E estamos fazendo por eras. É simplesmente o único jeito.

Quando os criadores destruíram nossos homens, a única opção disponível era aceitar nossodestino e morrer, ou procurar alternativas. Implorar para os criadores estava fora questão. Eusei porque perdi a conta de quantas missões nos mandamos atrás deles, e esperançosamenteimplorar para terem misericórdia e restaurar nosso planeta e trazer nossos homens. Mas nãoera possível. Não tínhamos nenhuma pista deles. Naturalmente, ficamos frustradas edesesperadas. Nos tornamos piratas, esquadrinhando galáxias na procura de meios parasustentar nossa sobrevivência. Foi quando outros começaram as nos temer. Foram os criadoresquem nos tornaram quem somos. Não queríamos que nada disso acontecesse. Mas então, anatureza tem meios de cuidar de si mesma.”

“Mas não podem continuar a comprar as Sementes já que é o único meio de sobreviver?”“É muito caro. Muito caro.” a coronel respondeu. “Nosso recurso principal é ouro. Para

conseguirmos uma Semente, precisamos de no mínimo duas toneladas de ouro. E umaSemente só serve para inseminar uma mulher. Faça os cálculos e me diga o que você acha.”

“E eu tenho certeza que apenas um descendente que virá da Semente.” Kristen disse.“Sim.” a coronel disse. “E esse descendente sempre será uma mulher. Nunca um homem.

Pode imaginar o que temos que passar para não deixar nossa raça entrar em extinção.”

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“Posso imaginar,” Kristen respondeu. “Mas como podemos ajudar você? Vocês estão bemmais avançados que nós em tecnologia e em outros parâmetros.”

“Vocês não darão nenhum tipo de assistência,” Coronel Havlun disse. “Vocês são nossosprisioneiros, e permaneceram assim. O que disse anteriormente foi que vocês iriamacompanhar minha equipe em uma viagem em busca das Sementes da Vida, e não nos ajudar.Prisioneiros da colônia Gualdion não podem nos ajudar. Podem apenas serem usados por nós.”

“Certo, eu entendi.” Kristen respondeu. “Mas enquanto a nossa missão? O que vaiacontecer com nossa missão?”

“Qual missão? Você ainda pensa em sua missão enquanto está de prisioneira? Vocêdeveria ser grata por ainda estar viva.”

“Não estou dizendo que não sou grata,” Kristen disse. “Acredite, eu e minha tripulaçãosomos gratos por não terem nos matado. Só que, olhe para nós, nosso mundo está à beira daextinção. Não espera que sejamos totalmente dedicados quando nossas mentes então em casa.”

“Você está certa,” Havlun disse. Ela abriu seu coldre e pegou sua arma. Ela apontou diretopara um dos engenheiros de Atlantis.

Kristen e os outros membros da tripulação ficaram assustados.“O que você está fazendo?” Kristen perguntou com medo.“Quero dar a vocês uma motivação que os deixaram focados com sua nova tarefa.” Havlun

respondeu.“Espere!” Kristen implorou. “Por favor, você não tem que fazer isso. Entendemos e vamos

ser obedientes. Não mate ninguém. Por favor?”A coronel abaixou sua arma. “Certo. Tenho certeza que vocês entendem agora o que está

em risco aqui. Vocês são meus prisioneiros e eu tenho o direito de determinar seu futuro. Porenquanto, suas vidas então em minhas mãos. Vocês farão exatamente o que eu disser. Se vocêsousarem a se rebelar contra nós, eu vou destruir cada um de vocês.”

Kristen viu que Mahmud e outro engenheiro foram levados. Ela olhou para a coronel.“Você prometeu,” Kristen disse.“Não se preocupe sobre os homens. Eles ficaram a salvo.” A coronel parou e olhou para

eles. “Se eles se comportarem e fizerem o que eu mandar.”“Mas você disse que vamos sair em três horas,” Kristen disse. “O que você quer deles?”“Isso não é da sua conta Capitã. Te asseguro, eles ficaram bem. Agora, voltem para as

celas.”Kristen olhou para os homens. Eles estavam com medo. “Vocês ouviram o que ela disse.

Por suas vidas, não façam nada estúpido.”Kristen viu Mahmud e o outro engenheiro acenarem. Mas estavam acenando positivamente

ou apenas tremendo de medo?Kristen não podia ter certeza enquanto era levada de volta para a cela.“Para onde estão levando eles?” Lynda perguntou quando ficou mais perto de Kristen.“Eu não sei.” Kristen respondeu. “A coronel não quis me dizer. Ela prometeu que eles

ficaram bem.”“Eu espero que eles fiquem bem.” Lynda disse.“Eu também.” Kristen disse.“Não é irônico?”

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“O que?”“Mais cedo, Mahmud estava ansioso para conhecê-las. Mas quando a oportunidade surgiu,

ele ficou com medo. O pobre coitado estava tremendo como uma folha.”“Lynda, aquele é seu amigo de tripulação.” Kristen disse.Lynda encolheu os ombros. “Sinto muito, Capitã. Eu não quis ser sarcástica. Eu apenas não

sei o que pensar e falar mais. Toda essa missão é um fracasso. Eu não sei mais o que esperar.Se rezo para voltar pra casa, ou ir em busca de outra casa, ou ficar aqui com essas pessoas. Éloucura.”

“Vai ficar tudo bem,” Kristen respondeu.Lynda olhou nos olhos de Kristen cheios de preocupação. “Você acha mesmo?”“Eu espero que sim Lynda. Espero que sim.”“Todas foram levadas de volta para suas celas e trancadas.Lá dentro, Kristen se sentou em um canto. Ela olhou para o teto. Então pegou a foto que o

Diretor Edwards deu para cada um dos membros da missão.Terra.Imagens de William, seu noivo, passaram por sua cabeça. Ela podia ver seu lindo rosto,

sorrindo para ela quando ela saiu de casa esperançosa. Foi o ultima vez que eles se viramantes dela decolar para o espaço.

Ela suspirou e levantou sua mão. Usando a parte de trás de seu pulso, ela tentou limpar aslagrimas que escorreram de seus olhos. No momento de luto, ela se esqueceu que usava umcapacete.

Esperança e salvação.Quando vamos sair dessa situação? Ela estava pensando.

***

“Não banque o esperto. Apenas deite na cama aqui.” A alienígena mandou.Mahmud piscou. Ele e o outro engenheiro foram levados para um quarto.Juntos, eles estavam em cinco. Tiram Mahmud e seu colega, tinham outros três

alienígenas. O quarto era maior que as celas que eles estavam mais cedo. Tinha duas camascom dois colchões brancos.

Mahmud olhou para seu colega, que estava extremamente confuso. Eles olhavam para astrês guerreiras em frente deles. Eles pareciam saber o que iria acontecer.

“Me desculpe, mas precisamos fazer isso agora?” Mahmud perguntou. “Quero dizer,considerando tudo que eu e meu amigo passamos, talvez precisamos de um tempo parapensar.”

A coronel Havlun olhou para ele. “Está hesitando em fazer lhe é mandado?” ela perguntou.“Talvez você deva ser persuadido em obedecer.”

Mahmud e seu colega viram quando a coronel Havlun colocou mão em seu coldre.Ninguém precisava dizer para eles o que iria acontecer. Eles imediatamente começaram aimplorar, mas mesmo assim, ela não hesitou. Confusos e assustados eles continuaram aimplorar de joelhos. Mas agora ela segurava seu revolver e apontava para eles. As outrasguerreiras também estavam segurando seus rifles apontados para eles.

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Eles estavam de joelhos com suas mãos para cima implorando para as alienígenas nãoatirarem neles. Mas apesar dos pedidos, a Coronel Havlun e suas guerreiras continuavam aapontar a suas armas para eles.

Mahmud enxugou as lagrimas. Ele se perguntava por que eles foram separados de suascolegas de tripulação. Seria para serem mortos isoladamente?

Era isso que parecia, por que bem ali na frente deles tinham dois membros das tripulaçãode Atlantis com alienígenas armadas e apontando suas armas para eles.

“Isso é persuasão o suficiente para vocês?” a coronel perguntou.Eles não precisavam de mais nada.Eles rapidamente subiram na cama e permaneceram deitados. Fecharam os olhos e

começaram a imaginar o qual seria a coisa mais assustadora que eles iram ver.Mahmud foi o primeiro de abrir os olhos. Ele sentiu algemas de metal em seus pulsos e

tornozelos. Ele lutou para se livrar delas. De canto de olho ele conseguia ver seu colegatambém lutando contra as algemas bem apertadas. Seus esforços em se soltarem era inútil. Asalgemas eram de metal, e estavam presas bem firme debaixo da cama.

Eles olharam para suas raptoras. Elas estavam em frente a uma das paredes do quarto. Maspor alguma razão, a parede não era mais a parede branca que eles se lembravam de quando elesentraram no quarto. Agora tinha alguns painéis e monitores nela. As alienígenas estavamdigitando na própria tela. Enquanto eles tentavam imaginar o que elas estavam fazendo,algumas luzes apareceram no teto iluminando o quarto.

Então o teto se abriu e o que parecia ser dois grandes braços mecânicos saíram. Tinhamduas mãos que estavam abertas.

Mahmud e seu colega observaram assustados enquanto as mãos chegavam mais perto deseus rostos.

“O que estão fazendo? O que estão fazendo?” Mahmud estava gritando, ainda tentando selivrar das algemas.

A coronel deu um passo em direção a eles. “Eu disse que eu não iria machucá-los, nãodisse? Apenas se segure e tente não lutar. O procedimento vai acabar logo.”

Então a mão começou a emitir pequenas luzes, que iam desde a cabeça aos pés deMahmud. Como se estivesse scaneando o corpo dele. Por incrível que pareça, Mahmud nãosentiu dor nenhuma. Ou talvez a dor viesse depois.

Mahmud parou de lutar e tentou entender o que estava acontecendo. As outras guerreirasestavam ocupadas nos painéis enquanto a coronel continuava a observar ele e seu colega.

Mahmud olhou para seu colega. Ela parecia estar sorrindo.Cara, você está mesmo gostando disso? Mahmud estava pensando.Ou talvez ele esteja morto!Ou talvez ele estivesse tentando matar sensação da dor.Mahmud tentou sentir qualquer coisa, mas ele não conseguia sentir nada. Ele mexeu seu

mão direita e viu que ainda conseguia mover seus dedos.As outras alienígenas pararam de fazer o que estavam fazendo nos monitores. Mas ao invés

de se juntarem a coronel, elas ficaram paradas lá. Talvez elas estivessem olhando o sistemaenquanto as mãos trabalhavam, Mahmud estava pensando.

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Ele viu a coronel virar e acenar para uma delas. Ela se virou e pressionou uma parte da tela.Imediatamente o teto se abriu novamente e duas outras mãos apareceram, mas suas pontaseram finas e com agulhas. Ele olhou para a direita e viu seu amigo tremer de medo enquanto aagulha se aproximava e penetrava seu peito. Segundos depois outra agulha penetrou o peito deMahmud que gritou de dor.

Uma sombra veio até o rosto de Mahmud. Era a coronel. Abrir sua boca para falar foi umaluta. E mesmo depois de conseguir, a luta maior era tentar falar. Mas as palavras não saiam.Sua rosto já estava molhado por causa do suor. Ele lutava para respirar e se sentia tonto.

“Pegue uma amostra agora,” ele ouviu a coronel dizer antes de apagar.A coronel olhou nos olhos de seus prisioneiros. Estavam fechados e seus corpos inertes.

Ela saiu do lado de Mahmud e andou até seu colega.Ela olhou para um das guerreiras perto do painel. “Como foi? Conseguiu alguma coisa?”

ela perguntou.“Sim, Coronel.” A mulher respondeu. “A extração foi um sucesso.”“E quanto a eles? Ainda estão vivos?” a coronel perguntou.A guerreira acenou. “Sim, estão com o pulso fraco, mas eles vão sobreviver.”“Certo, isso é bom. Leve a amostra para ser analisada imediatamente. Precisamos

determinar o quão perfeito eles são para o que vamos fazer.”As três guerreiras foram até os monitores e digitaram alguma coisa. Quando fizeram isso,

as algemas nos pulsos e nos tornozelos se soltaram. E os braços metálicos voltaram para o teto.Enquanto a coronel estudava as informações no monitor, duas guerreiras checavam os

pulsos dos prisioneiros.“Chama outras para os levarem de volta suas celas.” A coronel mandou. Duas outras

guerreiras entraram no quarto. Elas pegaram os homens e carregaram para fora.

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CAPÍTULO CINCO

Kristen não conseguia dormir e nem relaxar.A Coronel Havlun disse que eles sairiam em três horas para sua primeira missão. Enquanto

estava deitada em sua cela, os minutos pareciam tem parado no tempo.Quanto tempo iria demorar para eles começarem com essa missão? Kristen estava

pensando.Talvez nesse planeta três horas sejam diferentes das três horas comuns.E para guerreiras que iram caçar preciosas sementes, por que precisavam de três horas de

embarcar em algo tão grandioso?Talvez elas precisem descansar também. Ou talvez elas precisem preparar suas naves.

Talvez precisassem contatar outras que irão participar da missão.Muitas talvez.Ela fechou seus olhos e tentou pensar em outra coisa.A imagem da Terra apareceu em sua cabeça. Ela tentou esquecer mais ainda continuava em

sua cabeça.É possível esquecer a realidade? Ela perguntou para si mesma.A missão já estava em risco. O destino do planeta estava nas mãos deles. Mas o que eles

podiam fazer agora que são prisioneiros de guerreiras alienígenas?Tinha muita confusão se formando em uma missão que deveria ser direta. Eles deveriam

simplesmente achar outro planeta para substituir a Terra. Era tudo que eles tinham que fazer.Kristen suspirou. Talvez fosse mais fácil achar uma agulha num palheiro.Com todos os detalhes que ela e sua tripulação receberam do Rei Zeropta e agora da

Coronel Havlun, a missão seria bem mais difícil. E agora com seu seqüestro, o que já eradifícil ficou agora quase impossível. E agora que estavam sendo arrastados para essa procurapelas Sementes da Vida, o quase impossível estava se tornando impossível.

Em que tipo de missão a NASA nos enviou?A porta se abriu. Kristen se levantou e a guerreira apontou para ela. “Você virá conosco

imediatamente. Estamos pronto para partir.”Kristen suspirou fundo aliviada e se apressou para fora de cela. Ela encontrou os outros

membros da tripulação no corredor.Todos foram conduzidos para o que parecia um hangar. Dentro, eles acharam Atlantis,

junto com outras naves que pertenciam às alienígenas. Todas as naves tinham a forma de umavespa assim como as que eles viram anteriormente. Deveriam ter no mínimo dez naves nohangar.

A Coronel Havlun encontrou com a tripulação no hangar, junto com outras guerreiras.“Vamos partir imediatamente.” A coronel disse.“E enquanto a os homens da minha tripulação?” Kristen perguntou “Não ainda não os vi.”“Eles já estão abordo da nave.” A coronel respondeu.“Qual nave, a nossa?”“Sim, eles estão em sua nave. Minhas guerreiras os ajudaram a embarcar.”

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“Não entendo. Por que eles precisavam de ajuda para embarcar? O que você fez com eles?”“Eles estão bem, Capitã. Não vou deixar que a condição deles seja um incomodo para

você. Sua mente e foco devem estar nessa missão.”Kristen queria correr abordo de Atlantis, mas ela foi bloqueada por uma das guerreiras. A

coronel deu um tapinha em seu ombro. “Eu disse você precisa estar focada, não foi? Se vocême der algum motivo, eu não vou hesitar em mudar de idéia sobre sua tripulação. Por favor,não me faça mudar de idéia.”

Kristen olhou para nave, e então para a coronel. “Certo, Coronel. Eu entendo.” Elarespondeu. “Eu fiquei um pouco exaltada. Estou preocupada sobre a segurança deles, é só isso.Não queria ofende-la ou desrespeitá-la.”

“Bom,” a Coronel Havlun assentiu. “Agora, o que vai acontecer é o seguinte. Sua nave jáfoi abastecida. Por sorte, sua nave não tem nenhum tipo de munição ou arma abordo. Setivesse teríamos que desabilitá-las. Nós vamos em duas naves – a sua e a minha. No entanto,vocês irão voar bem perto da nossa. Se encontrarmos algum inimigo ou ameaças em potencial,vocês receberão um alerta e terão que se esquivar enquanto nós atacamos. Vocês no entanto,não podem atacar. Entenderam?”

Kristen assentiu. “Sim, Coronel. Entendemos completamente. Nós não temos armasabordo, então seria burrice atacar.”

“O plano de vôo estará em seu sistema de comunicação. Isso inclui velocidade, altitude edestino. Vocês não têm que fazer mais nada. Apenas deixe seu sistema ligado e sincronizadocom nosso sistema.”

“Sem querer interromper, Coronel. Mas já que somos prisioneiros, não seria mais eficientetaticamente se fossemos em apenas uma nave- a sua?”

“Eu concordo com você, Capitã. No entanto, por motivos óbvios não será possível quefaçamos isso em apenas uma nave. Primeiramente, minha nave não é projetada para acomodarhumanos. Não temos nenhum tipo de sistema de ar abordo. Considerando nosso tempo, eu nãoacho que seria eficiente para meus engenheiros fazerem um apenas para te-los abordo.Segundo, em algum ponto da missão, nos talvez precisaremos de uma isca quando estivermosnos aproximando de terrenos desconhecidos. Sinto muito em dizer que nós de Gualdion temosum reputação se não ruim, mas terrível. É por isso que muitas raças não hesitaram em nósatacar. Então nessas situações vamos nos camuflar por assim dizer e usá-los como isca. Peçodesculpas, mas é o único jeito de passarmos por alguns obstáculos que existem nessas partesdo universo.”

“Vão nos usar como isca?” Kristen perguntou.“Apenas se necessário, Capitã. Apenas se necessário. Mas pode ficar tranqüila, nos vamos

ficar de olho para garantir que nada aconteça com vocês.”Os acordos não seriam justos, Kristen estava pensando. Mas ela não pensou em pronunciar

tais pensamentos. Não tinha duvidas de que a missão que iriam embarcar era extremamenteperigosa. E que Atlantis serviria como isca, um peão que seria usado como a coronel quisesse.

“Podem embarcar e preparem sua nave para decolar.” A coronel disse.“Certo.” Kristen respondeu.“Alias Capitã,” a Coronel disse. “Mais uma vez, não tente nada. Se eu sentir que vocês

estão tentando bancar os espertinhos, não vou hesitar em explodi-los. Entendeu?”

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Kristen assentiu. “Não se preocupe Coronel. Tem minha palavra. Não vamos tentar nada.”Ela respondeu.

Enquanto ela e os membros da tripulação caminhavam abordo de Atlantis, Kristen pensavasobre a ultima ameaça da coronel. Ela não iria tentar nada estúpido. Eles estavam perdidos noespaço. Em menor numero e sem nenhuma arma. De cara, a missão era bem perigosa. Ela nãoqueria arriscar mais ainda a vida de sua tripulação. O único modo de sair dessa situação é elesestarem vivos e a salvo.

Abordo, eles encontraram Mahmud e o outro engenheiro.“O que aconteceu com vocês?” Kristen perguntou enquanto examinava-os. Os dois

estavam sentados.“Honestamente, foi a coisa mais louca que eu já vivi.” Mahmud respondeu. “Por um

momento, eu pensava que estava morto ou coisa do tipo antes de perceber que estava sendocarregado para Atlantis.”

“O que elas fizeram com você?” Kristen perguntou.“Serio, eu queria saber.” O outro engenheiro respondeu. “É muito estranho.” Os dois

contaram a experiência com as guerreiras alienígenas. Eles descreveram tudo que aconteceuaté o momento em que eles desmaiaram.

“Isso é algum tipo de experiência estranha.” Lynda disse.“Eu realmente não sei.” Mahmud disse. “Tudo que consigo me lembrar é da fraqueza.

Ainda estou muito fraco, como se minha força tivesse sido sugada.”“Mas por que elas fariam tal procedimento? Quer dizer, elas amarraram vocês?” Kristen

perguntou “Me lembrou o que é feito em clinicas de biologia, onde amostras são retiradas deespécimes. A situação que você descreveu é igual a que é feita nesses lugares.”

“Amostras? Mas que tipo de amostra elas iriam coletar de nós?” Mahmud perguntou.“Muitas. Talvez sangue, osso, ou apenas amostra de tecido.” Kristen respondeu.“Você acha que elas coletaram isso da gente?” Mahmud perguntou.“Provavelmente.” Kristen respondeu. “Embora eu duvide que sirva de alguma coisa caso

elas queiram usar para achar um meio para procriação. Talvez elas queiram fazer um algumexperimento. Nossa. Elas estão mesmo desesperadas para procriar.”

Lynda fez uma cara estranha. “Isso é nojento. Quer dizer que elas fizeram esses testes parasaber se elas podem fertilizar com amostras humanas? É loucura. Essas alienígenas são bemloucas.”

“Shhh,” Kristen fez um gesto com o dedo nos lábios. “Fique quieta. Não queremos dizerpara elas o que é nojento ou não. Ainda somos prisioneiros, se lembra? Então vamos noscomportar.”

“De qualquer forma, eu não acha que foi assim tão ruim,” Mahmud disse. “Quer dizer,tirando todo o mistério e segredo do procedimento, eu não acho que foi assim tão terrível. Elaspoderiam ter sido mais honestas e falado que elas precisavam de nos para procriar que nósiríamos cooperar facilmente.”

“Mahmud, você não presta.” Lynda respondeu. “Todos nós estávamos preocupadosenquanto você aproveitava tudo.”

“Bem, o que eu posso dizer? Pelo menos agora eu posso colocar no meu currículo que fuiobjeto de experimento alienígena. Quantas pessoas têm a oportunidade de passar por tal coisa?

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Aposto de quase ninguém.” Mahmud disse.“Certo, todos para seus postos. Tenho certeza que vamos partir logo.” Kristen disse.Todos os membros da tripulação foram para seus lugares e esperaram. Kristen viu de sua

cabine quanto Atlantis começou a se preparar para partir sozinha. Não foi como quando elatinha controle da nave como nas outras viagens. Dessa vez, a nave vespa tinha o controle danave.

“Capitã,” uma voz veio dos auto falantes. Era a Coronel Havlun. Ela apareceu na telacentral.

“Sim, Coronel.” Kristen respondeu.“Estamos mandando as coordenadas da viagem.” Coronel Havlun disse. “Você deve

colocá-las assim que receber.”“Sem problemas. Pode mandar.”Uma mensagem na tela apareceu: COORDENADAS DA CORNEL HAVLUN. CLIQUE

AQUI PARA ACEITAR.“Aceitar,” Kristen disse. Um de seus engenheiros digitou algumas coisas.A mensagem da tela mudou: COORDENADAS ACEITAS E RECEBIDAS.“Coloque-as em nosso sistema.” Kristen pediu.Outro engenheiro acionou uma alavanca. Os motores de Atlantis ligaram.Uma mensagem apareceu na tela: COORDENADAS ACEITAS E TRANFERIDAS COM

SUCESSO.“Coronel, as coordenas já foram transferidas.” Kristen disse.“Certo, Capitã. Confirmei daqui de meus monitores,” a coronel respondeu. “Vamos partir

agora.”De Atlantis, eles podiam ver a nave-vespa alçar vôo. Enquanto ganhava altitude eles viram

o teto do hangar se abrir.“Levantar vôo Atlantis, e decolar.” Kristen pediu.Atlantis também começou a ganhar altitude até o teto.Kristen olhou sistema. As alienígenas fizeram modificações em Atlantis, por que ela podia

notar que o nível de eficiência estava quase em 100 por cento.Eles saíram e seguiram a nave-vespa. Atlantis acelerou e ficou lado a lado com nave vespa.

Enquanto avançavam, Kristen viu o espaço. Eles acabaram de sair do domo protetor do planetaGualdion.

Enquanto avançavam pelo espaço Kristen se perguntava que tipo de vida as pessoas deGualdion viveram.

***

Coronel Havlun estava avaliando algumas tabelas que estavam em sua tela quando outraguerreira se aproximou.

“Até agora eles estão cumprindo com as instruções.” Ela disse.“Sim, até agora estão. Eles devem para seu próprio bem. Afinal, eles não têm muita

escolha.” A Coronel Havlun disse. “Para onde eles iriam? Eles não têm idéia de onde estamosagora. Eles não têm escolha a não ser ficar perto de nós.”

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“Mas eles podem tentar correr.”“Eu acho que não. Um prisioneiro tenta correr quando acha que tem chances de sobreviver

fora da prisão. Mas quando você nem sabe os perigos que aguardam do lado de fora, vocêtentaria fazer algo estúpido? Principalmente aqui nessa parte do espaço?”

“Tem razão, Coronel. Eles não têm para onde correr ou se esconder.”“De fato.”“Qual é plano para essa missão?”“Eu planejo ir pelo Cinturão de Grimaldorian.”“O Cinturão de Grimaldorian.”“Sim. Tem um engenheiro com quem eu trabalhei em um dos postos avançados por lá.

Quero ver se vamos conseguir restabelecer contato com ele. Ele vai conseguir nos dar umapista de onde é o maior mercado de Sementes da Vida.”

“Ele sabe que estamos indo?”“Não. Eu estou tentando falar com ele pelo radio mais o sinal continua a cair. Deve ter

muita interferência de onde nós estamos ate a localização dele. De qualquer forma, vamos atéele e se possível vamos trazê-lo conosco.”

“Ele pode ficar interessado pelos humanos. Você sabe que não são todas as raças queconseguem resistir à carne humana.”

“Eu sei, minha querida. É por isso que eu decidi poupá-los e não matá-los quando tive achance.”

“Entendi. Muito esperto. E quanto às amostras que pegamos dos homens?”“Ainda está incubado com alguns de meus ovos. Espero ter um resultado logo, talvez em

três horas ou menos.”“Você acha que vai funcionar?”“Espero que sim, ai poderíamos nos livrar dessa busca inconveniente pelas Sementes.

Sendo assim, vamos ver quanto tempo podemos prolongar a estadia dos humanos.”“Acho que temos dois ótimos planos. Se a incubação não funcionar a buscar pelas

Sementes vai.”“E então, se nenhuma das duas funcionar, vamos ter que considerar o plano dos humanos, e

ir atrás dos criadores.”“Você acha que vamos ter que chegar a esse ponto?”“Se nós precisarmos, sim.” A Coronel Havlun respondeu. “Assim como os humanos estão

fazendo, tudo deve ser feito para a sobrevivência de nossa raça.”A nave vespa continuou a voar, e logo eles estavam fora da orbita do planeta. E eles foram

em direção ao Cinturão de Grimaldorian. Quando entraram, eles passaram por planetas,asteróides e galáxias.

Durante a viajem, Kristen estava trabalhando com dois tablets em sua mesa.Mahmud foi até seu lado para ver o que ela estava fazendo. “O que você está tentando

fazer?” ele perguntou.“Você não deveria estar descansando?” Ela perguntou ignorando a pergunta dele.“Eu vou ficar bem. Eu fico forte a cada minuto.”“Sei. Assim você talvez consiga passar por uma segunda fase de experimento quando

voltarmos.”

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“Mais uma? Não, não tão cedo. Pelo menos não por aquelas alienígenas gostosonas.”“Veremos.”“Capitã, o que está fazendo?” Mahmud perguntou novamente.“Estou tentando mapear nossa viagem desde o planeta Gualdion.” Ela respondeu.“Por que está tentando mapear a viagem?”“Quero ver se Atlantis pode determinar onde nós estamos exatamente no espaço. E alem

disse, se houver uma emergência ou eventualidade, vamos ter algo para nos guiar.”“Se houver uma emergência ou eventualidade?” Mahmud repetiu. “Capitã, espero que você

saiba que mesmo elas sendo gostosas ainda não muito perigosas. Não devemos subestimá-la.”“Fique tranqüilo, Mahmud. Eu sei o que estou fazendo. Eles não podem monitorar o sub-

programador do sistema da Atlantis por que não tem nenhum link externo preso em nossa navecomo quando estávamos sendo guinchados. Alem disso, precisamos de plano reserva por que,como você mesmo disse, elas são perigosas e não devemos subestimá-las. Eu não confio nemum pouco nelas. Até onde eu sei, elas são bandidos, piratas espaciais que não hesitaram em nosdescartar quando não precisarem mais de nos.”

“Loucas, lindas e perversas.” Mahmud sussurrou.“Como você esta mapeando a área?”“Eu tive que desenvolver um programa que copia os movimentos de Atlantis. E usa as

coordenadas que temos para traçar tanto a distancia quanto a velocidade desde a nossa ultimalocalização, que é o planeta de Gualdion. E também está tirando fotos ao redor de nossa áreaassim podendo gerar um imagem tridimensional de todo o espaço que estamos cobrindo.Sendo assim, o programa vai nos dar uma rota. Quando tiver pronto, nos podermos varrer todaa região ao redor do espaço até localizarmos terrenos familiares.”

“Parece interessante. Mas você disse que é um subprograma?”“Sim, é claro. Você não acha que seria burra o suficiente para rodar o programa em nosso

servidor principal? Elas poderiam ver isso a qualquer momento. Mas se for como subprogramaposso deletá-lo a qualquer hora, e armazená-lo em um dos tablets. Assim vamos esconderdelas.”

“Isso é ótimo, Capitã.”“Obrigada Mahmud.”“O que é ótimo?” outra voz perguntou. Era Lynda. Ela veio por detrás de Mahmud sem ele

perceber.“Nada.” Mahmud mentiu.“O que você está escondendo?” Lynda perguntou.“Não precisa se incomodar. Não é nada.” Mahmud insistiu.“Tudo bem Mahmud,” Kristen disse. “Pode contar a ela o que é. Mas não fale para mais

ninguém, Lynda. Entendeu?”Lynda assentiu. “Claro, eu prometo. Seu segredo está a salvo comigo.”Mahmud explicou sobre o aplicativo.“Isso é esperto mais bem arriscado.” Lynda disse assim que Mahmud terminou de falar.

“Essas mulheres são cruéis. Você tem noção do que elas podem fazer se descobrirem?”“Isso se elas descobrirem,” Kristen respondeu. “Eu pretendo deixá-las descobrir o que fiz.

Será deletado dos sistemas e guardado seguramente em um dos tablets.”

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“É bom mesmo. Por que elas não vão pensar duas vezes antes de nos matar. Não devemosdar a elas a chance. Elas realmente me assustam.”

“Não se preocupe. Vou ser bem cuidadosa. Mas como eu disse, isso deve ficar apenas entrenós três. Entenderam?”

Mahmud concordou. “Sim.”“Eu entendi.” Lynda respondeu.“E quanto aquele dispositivo que o Rei Zeropta nos deu?” Kristen perguntou.“Está na minha mesa.” Lynda respondeu.“De ele para mim.” Kristen respondeu. “Eu quero fazer umas pesquisas sobre as

informações lá.”“Você está procurando por alguma coisa em particular?” Mahmud perguntou.“Não. O que eu quero ver é se consigo mapear as áreas destacadas no vídeo e comparar

com as que o aplicativo está nos dando. Posso programar para que o aplicativo compare osdois e veja pontos similares. Assim podemos ter mais certeza de nossa localização. Acho quese mapearmos nossa localização até Tiangrit poderemos sair daqui se precisarmos.”

“Isso é bom.” Lynda disse. “Vou pega-lo para você.”“Vou verificar o sistemas de Atlantis e ver como estamos.”Assim que saíram, Kristen continuou a trabalhar no aplicativo.

***

“Coronel, estamos nos aproximando do Cinturão de Grimaldorian,” uma das guerreiras disse.“Sim, posso ver que estamos nos aproximando do Cinturão.” Coronel Havlun disse. Na

frente deles havia uma formação com rochas, planetas e outros corpos que formavam umaglomerado. Eles estavam bem espalhados por todo o perímetro do cinturão.

“Essa é uma região bem grande.” A guerreira disse. “Como vamos saber onde está seucontato?”

“Eu já sei.” A coronel respondeu. Ela começou a digitar em se teclado. “Vamos rezar paraconseguirmos um bom sinal para conexão.”

Ela digitou mais algumas coisas e esperou. Uma mensagem apareceu na tela: NÃO FOIPOSSIVEL ESTABELECER CONEXÃO.

“Isso não é bom,” A Coronel Havlun disse. “Precisamos ir em frente. Não estou prontapara começar a procurar por todos esses lugares.” Ela tentou novamente. Mas a mesmamensagem apareceu.

“O que nós vamos fazer?”“Vamos improvisar,” a coronel disse. “Em frente para o corpo mais habitado mais

próximo.”“Sim, Coronel.” A guerreira disse.De onde Kristen estava, ela viu a nave vespa indo enfrente para o aglomerado de

asteróides. Atlantis a seguiu. Logo, eles estavam voando entre o parecia ser uma grandeformação de rochas flutuando no espaço. Deveria ter milhares de asteróides flutuando.

Então a nave vespa foi em direção a um asteróide em particular. Eles o sobrevoaram porum tempo antes de aterrissarem. Atlantis fez o mesmo.

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Kristen abriu a porta e saiu e viu a coronel fazer o mesmo da nave vespa.“Já chegamos?” Kristen perguntou.“Ainda não.” A coronel respondeu. “Não pude estabelecer conexão com meu contato. As

interferências são maiores do que eu pensei. Precisamos perguntar por direção.”“Certo. Conhece alguém que possa nos dar direção?”“Não, não conhece ninguém desse asteróide. Mas vou perguntar.” Coronel Havlun disse.

Então ela apontou para duas de suas guerreiras. “Vocês duas tem que vir comigo. As outrasdevem ficar na nave. E você vem também Capitã.”

Elas andaram por alguns metros antes delas conseguirem descer o que parecia ser umacolina. Kristen olhava ao seu redor. O chão era rochoso e tinha muita areia e cascalho. Tinhaum pouco de plantas, apenas três troncos alguns arbustos. Ela olhou para cima e conseguia verclaramente o céu escuro.

“Não tem atmosfera aqui.” Ela disse. “Como pode haver vegetação?”“Eles podem estar usando irrigação no subsolo como método de cultivação. Isso significa

que água deve ser como ouro para eles aqui.”Elas agora andavam por rochas maiores e arbustos. Elas diminuíram seus passos. A coronel

puxou sua pistola enquanto as guerreiras empunhavam seus rifles. Elas estavam em posiçãopara qualquer eventualidade.

“Eu não tenho uma arma.” Kristen disse.“Você não precisa de uma.” A Coronel Havlun respondeu. “Apenas fique perto e longe de

problemas.”Kristen assentiu.Fácil pra você falar, Kristen estava pensando.Uma das guerreiras parou de repente. Elas andavam por uma trilha com rochas e areia

espalhadas de cada lado. Plantas e vegetação começaram a ficar escassas nesse ponto. Umaguerreira usou sua arma para apontar ao redor delas e mencionar algo enfrente.

“Pegadas.” Coronel Havlun disse. Ela se agachou e tocou o chão. “Varias pegadas. E sãorecentes. Parece que eles estavam com pressa. Talvez correram quando nos viram.” Elalevantou e olhou para uma rocha.

“Vamos até lá. Mas silenciosamente.”Elas andaram até a rocha que estava a uns vinte metros de distancia. Enquanto andavam, as

guerreiras continuavam a olhar ao redor.Kristen olhou para o chão, mas o que ela viu não era bem distinto ou familiar. Elas

andavam em uma trilha, mas como era possível que elas pudessem saber se as pegadas eram“recentes e em grande numero?”

Kristen tentou reconhecer qualquer coisa na trilha. Nada. Ela não viu nada que lembrassepegadas. Talvez as moças de Gualdion estivessem usando algum dispositivo de raios-X paraver o ambiente.

Na rocha, a guerreira apontou para o topo. Era uma rota áspera que ia até o topo da rocha.“As pegadas vão até lá encima.” Coronel Havlun disse. Ela virou e olhou para Kristen.

“Você terá que escalar.”Kristen assentiu. “Sem problemas. Mas e vocês?” ela perguntou.

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“Apenas siga nossas instruções.” A coronel disse e elas se agacharam. Foi um movimentosimultâneo, como se eles quisessem se cobrir, ou talvez se esconder algo ou de alguém.

Kristen xingou e também se abaixou, esperando ver alguma coisa e ou ouvir algo. O queaconteceu em seguida foi um choque. Uma de cada vez, na posição em que estavam elaspularam. Kristen viu quando elas pularam como canguru até o topo da rocha. Elas agacharampara pegar impulso para o pulo.

Kristen balançou a cabeça. Elas devem ter pulado uns quinze pés no ar até o topo da rocha.Kristen tentou pular, mas ela não conseguiu ir muito longe. A roupa espacial que ele estava

usando não era feita para tal coisa. Ela suspirou. Era por isso que a coronel a mandou escalar.Ela procurou por alguns pequenos buracos para começar a escalar. Ela achou alguns brotos

de arbustos ao longo do caminho. Logo ela chegou ao topo da rocha. Lá ela viu que havia umacaverna. Era um pouco escuro dentro.

“Pode entrar Capitã,” ela ouviu a coronel dizer. “O lugar está seguro.”Kristen entrou. Estava um pouco úmido e parecia que água estava escorrendo pelas paredes

e gotas caiam do teto. O chão estava lameado. Kristen teve que se equilibrar varias vezes, senão ela poderia escorregar e cair.

Logo, ela encontrou as Gualdions. A pouca iluminação de dentro da caverna vinha dasluzes dos rifles. Uma delas observava ao no chão e a coronel estava do seu lado, e outra estavade guarda.

“O que é isso?” Kristen perguntou quando chegou mais perto.“Isso, querida Capitã, é um Lerump.”“Um o que?” Kristen perguntou e chegou mais perto.O Lerump era como um diplópode, com um corpo longo e cilíndrico de cor marrom. Ele

estava preso debaixo da perna da guerreira que era bem alta, o que fez com que ele ficasseainda maior. Tinha varias pernas, que se moviam para todos os lados. Cada uma das pernaseram grossas como braços humanos. A guerreira estava segurando o pescoço dele. A cabeçatinha quatro olhos do tamanho de bolas de tênis. Tinha duas fendas onde o nariz deve ser norosto humano, uma onde a boca fica.

“O que?” Kristen disse dando uns passos para trás.“Um Lerump,” a coronel repetiu. “Não se preocupe. Pode chegar mais perto. Não vai

machucá-la. São conhecidos por serem criaturas muito tímidas e não gostam de nenhum tipode confronto. Por isso quando nos viu chegando saiu correndo. Mas conseguimos hasteá-lo atéaqui através das pegadas que deixou na trilha. Além disso, minha guerreira está com ele sobcontrole.”

Kristen chegou um pouco mais perto e balançou a cabeça. Ela não estava confortável como que estava vendo. Todas aquelas pernas eram um pouco desconfortável de ficar olhando.“Não se preocupe,” Kristen disse. “Vou observar daqui mesmo.”

A coronel deu os ombros. “Como queira.” Ela apontou para o Lerump. “Estávamosperguntando o que ele sabia antes de você entrar. Infelizmente, ele se recusa a nos contar o quequeremos ouvir.”

“É serio, eu não sei de nada.” O Lerump falou. A voz parecia como o assobio de uma cobraou o vazamento de cano pressurizado.

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“Você sabe de muitas coisas,” Coronel Havlun insistiu. “Se não, por que você fugiria denós quando notou nossa presença?”

“Não estava fugindo de vocês,” o Lerump disse. “Eu estava indo para meu abrigo apenas.”“Seu abrigo?” a coronel repetiu. Ela olhou ao redor para a úmida e escura caverna. “Não

sabia que vocês agora estavam morando em tal lugar, tão sujo e frio.”“Por favor, me deixem ir. Eu não tenho nada para vocês.”“Não estamos aqui para roubá-lo ou machucá-lo. Apenas queremos informação, só isso.”“E como eu disse varias vezes, eu não sei de nada.”“Eu sei o que deve estar pensando, que talvez a vida da pessoa que estamos procurando

está em perigo,” a coronel disse. “Mas estou sendo honesta com você, não iremos machucá-lo.Só preciso saber onde ele está nesse grande Cinturão de asteróides de Grimaldorian. Apenasolhe isso.” A coronel parou e pegou um dispositivo que parecia um tablet. Ela pressionoualgumas coisas na tela e o mostrou para o lerump. “Vê? Não temos conexão. Pare haver algumtipo de interferência que está bloqueando minhas ligações. Eu não teria vindo ate aqui se eutivesse conseguido ligar para ele.”

“Eu não sei onde ele está.” O lerump respondeu.“Talvez se nós devemos motivá-lo a nos dizer o que queremos saber.” A coronel disse. Ela

olhou para a guerreira que estava segurando o lerump no chão. “Vá enfrente, tire um dosbraços,” Coronel Havlun ordenou.

A guerreira mirou seu rifle e atirou. O lerump deixou escapar um grande grito quando olaser arrancou um pedaço de seu corpo. Em seguida ele estava se contorcendo de dor. Dois deseus braços estavam caídos no chão cheio de lama. Um liquido azul estava saindo do corpo dolerump.

Kristen sentiu calafrios com a ação cruel da guerreira. Ela não acreditou que as Gualdionseram capazes de fazer tal ato de tortura. E agora o lerump estava se contorcendo e gritando dedor.

“Eu disse para tirar um braço, e não dois!” Coronel Havlun disse olhando para o lerump.“Viu o que temos agora – um lerump sangrando e chorando.”

“Você não precisava fazer isso Coronel,” Kristen disse com raiva e angustia.“Não se preocupe com o lerump, Capitã,” Coronel Havlun disse. “Eles tem um corpo com

tecido regenerativo. Ele vai conseguir crescer outro braço em uma semana.”“Por favor, o deixe ir. Eu tenho certeza que ele não sabe de nada.” Kristen disse.“É o que você acha? Bem, não é o que eu penso. Eu acho que ele sabe sim. Nossa viajem

até aqui não será em vão.” A coronel disse. Ela olhou para o lerump. “Bem, você vai dizer oque nós queremos saber?”

“Eu falei pra você que eu não sei de nada.” O lerump falou.“Serio? Certo, talvez você precise de mais motivação. Mas não diga depois que eu não pedi

educadamente. Infelizmente minha guerreira atira muito mal. Eu pedi pra ela tirar um braço eacabou tirando dois. Eu estou me perguntando o que vai acontecer se eu pedir para ela tirar seisbraços? Mesmo um lerump como você não vai sobreviver com a perda de tantos membros.Tenho certeza que você vai sangrar ate a morte.”

“Não, não.” O lerump implorou. “Eu falo. Eu falo o que você quer saber.”“Ótimo, me fale o que você sobre o caminho e a localização dele.” A coronel disse.

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“Ele está em Axis.” O lerump disse.“Axis?” A coronel repetiu.“Sim, Forte Axis nesse Cinturão. Não mais que três horas de viajem ao nordeste da sua

localização atual.”“Forte Axis?” a coronel repetiu. “Isso não é uma prisão? O que ele está fazendo nesse

lugar?”“Não sei bem,” o lerump respondeu. “Os rumores são que ele foi acusado de espionagem

por alguns planetas. Eu só sei que ele não é visto desde o mês passado.”“Certo, vamos até lá dar uma olhada.” A coronel disse. “Mas se não acharmos ele lá, vou

voltar e arrancar todos os seu membros.”“Não precisa fazer isso Coronel.” O lerump implorou. “Eu estou dizendo a verdade.”“Então por que demorou tanto pra você me falar o que eu precisava.”“Tive medo de você não acreditar em mim.” Ele respondeu.“Bem, é claro que eu não acredito em você.” A coronel disse. “Sua raça pode ser conhecida

por ser tímida mais também são muito mentirosos e cheios de segredos. Espero que para o seupróprio bem você tenha falado a verdade.”

“É verdade.” O lerump respondeu.“Certo,” a coronel disse se levantando. “Vamos embora.”Elas deixaram o lerump sangrando no chão da caverna e andaram até a saída.“Por que não levou o lerump como prisioneiro?” Kristen perguntou enquanto andavam até

a nave.“Não acho que ele vai me desafiar,” a coronel respondeu. “Alem disso, não quero ele

sangrando na minha nave. Se ele estiver mentindo, posso muito bem voltar aqui e acabar comele. Para o bem dele, espero que ele esteja falando a verdade.”

“Então o que você planeja fazer agora?” Kristen perguntou.“Vou descobrir por que eles o mandaram para o Forte Axis,” a coronel respondeu.“Se o forte é um tipo de prisão, como você vai fazer para fazê-lo ir com você nessa

viajem?” Kristen perguntou.“Eu posso pedir gentilmente para os que estão com ele entregá-lo para mim,” Coronel

Havlun disse.“E se eles se recusarem?”“Então, teremos que motivá-los um pouco.” A coronel respondeu.Logo elas chegaram onde as naves estavam estacionadas. A coronel se virou para Kristen.

“Você vai nos seguir com cuidado para o Forte Axis.” Ela disse.“Certo, Coronel,” Kristen respondeu.Dentro de Atlantis, Lynda veio até Kristen. “O que aconteceu lá fora?” ela perguntou.“Lynda você realmente quer saber?” Kristen respondeu enquanto se sentava.“É claro! Todos querem saber. Estávamos preocupados.”“Bem, nada demais. Elas estavam procurando por uma informação sobre um contato da

coronel. Tenho que dizer , elas são muitos boas em motivar as pessoas, considerando o queelas fizeram com o informante.”

“Motivação?” Lynda respondeu.

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“Sim. Elas tiraram dois dos braços dele para conseguirem o que elas queriam,” Kristenrespondeu. “E ainda estavam dispostas a tirar mais.”

“Elas não são guerreiras,” Lynda disse. “São selvagens.”“Concordo com você. Estamos indo para uma prisão para encontrar com o contato da

coronel.” Kristen disse. “Vamos ver o que vai acontecer dessa vez.”Depois que nave vespa levantou vôo, Atlantis a seguiu mantendo certa distancia.

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CAPÍTULO SEIS

Kristen olhou para o relógio. Eram 4h32min da manhã. Ela se lembrou que eles saíram de ultima localização ás 1h27min da manhã. Isso significava que eles estavam viajando por trêshoras.

Kristen se lembrou do que aconteceu na caverna. Ela involuntariamente teve calafrios ao selembrar do lerump sangrando. Para o bem dele, ela esperava que ele tivesse dado a informaçãoverdadeira.

Ela olhou para fora e viu que eles ainda estavam bem atrás da nave vespa.Das informações em seu monitor, eles ainda estavam no Cinturão de Grimaldorian. Ela

olhou no seu tablet que também dava a mesma informação. O aplicativo dava a posição delesno Cinturão.

Kristen sorriu. Isso confirmava que aplicativo funciona apropriadamente. Ela olhou ascoordenadas e tentou localizar o destino deles. Ela achou o Forte Axis no tablet. Era umasteróide de tamanho normal assim como os outros no Cinturão. Ela calculou a distancia até oForte e descobriu que eles chegariam logo. O tempo exato era em 4 minutos e 18 segundos.

Kristen sorriu de novo. O aplicativo estava mesmo funcionando. Não era só capaz de dizera localização deles, mais também conseguia distinguir o tempo entre as localizações.

Isso é incrível. Kristen pensou. Com sorte, logo seria de muita ajuda para ajudá-los a fugirdas Gualdions.

Mas isso só iria acontecer quando eles tivessem a oportunidade certa.Eles estavam indo para a prisão para encontrar com o contato da coronel. Ninguém sabia

qual seria o resultado desse encontro e nem o que esperar dele.“Capitã,” a voz da coronel saio do radio.“Sim Coronel,” Kristen respondeu.“Estamos nos aproximando do Forte Axis. Vou pedir novamente que vocês fiquem bem

perto de nós enquanto nós anunciamos nossa chegada. Não quero que eles pensem que estamosem viagens separadas.”

“Entendi, Coronel.” Kristen respondeu. “Estamos bem atrás de vocês.”A coronel desligou e olhou para fora, para o planeta que estavam se aproximando. Era um

asteróide que era plano, e não redondo como os planetas. Parecia uma grande pedra que eracinza. Tinha bordas irregulares.

Ela olhou para uma das guerreiras. “Estamos no perímetro do Forte. Estabeleça contatocom eles para que eu possa pedir para pousarmos.” A coronel instruiu.

“Sim, Coronel,” A guerreira respondeu e começou a tentar estabelecer conexão. Logo elaolhou para a coronel. “Estabelecemos conexão, Coronel. Pode prosseguir.” Ela disse.

A coronel pegou o microfone. “Forte Axis. Responda Forte Axis.”No radio tinha um barulho estático e depois veio um estalo. E depois silencio.“Forte Axis. Forte Axis. Responda Forte Axis.” Ela repetiu.“Aqui é Forte Axis. Identifique-se.” A voz respondeu no radio.“Meu nome é Coronel Havlun,” ela respondeu. “Eu venho do Planeta Gualdion.”

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“Diga o propósito de sua missão.” A voz pediu.“Estou aqui para ver um contato meu de nome Estramos,” Coronel Havlun respondeu.“Estramos?” a voz repetiu. “Ele é um prisioneiro de alto risco. Que tipo negocio você quer

com tal sujeito?”“É apenas negócios. Eu quero apenas fazer algumas perguntas para ele. Só isso.”Houve uma pausa.“Quantas naves tem em seu comboio?” a voz perguntou.“Duas naves.” A coronel respondeu.“Certo, pode prosseguir para a área 127. Está do lado esquerdo de Axis.“Obrigado,” Coronel Havlun respondeu e desligou o radio. Ela virou para a tripulação.

“Certo, vocês ouviram. Vamos até a área 127.”As duas naves seguiram até a área 127. Quando se aproximaram viram um grande painel

de metal se abrindo. A nave vespa entrou seguida de Atlantis. Dentro, altas paredes cercavamuma área grande. Tinham torres com guardas e podia se ver armas de munição pesada. No topodas paredes grandes luzes que apontavam para dentro da área dentro do murro e para fora dele.Dentro da área das paredes haviam vários domos.

Depois de voarem por dentro do complexo, Kristen parou de contar os domos. Deve havercentenas de domo lá, ela estava pensando.

Atlantis sobrevoou o mais perto do chão e pousou ao lado da nave vespa.“Lá vamos nós em outra empreitada.” Kristen disse quando se levantou.“Você devia aproveitar,” Lynda disse. “É única que pode sair enquanto nós temos que ficar

aqui.”“Acredite em mim, você não quer fazer parte do grupo delas,” Kristen respondeu. “Pelo

menos não para ver o que eu vi no nosso ultimo passeio. Esse lugar parece ser bem protegido,vamos esperar que tudo seja mais tranqüilo.”

Kristen saiu de Atlantis e se juntou a coronel e suas duas guerreiras.Nesse momento, uma nave na forma de um caminhão veio ate elas. A nave pousou perto de

Kristen a as Gualdions. Tinham três seres dentro dela. Todos usavam capacetes com visores.Todos tinham rifles que lembravam o mesmo que das Gualdions.

“Coronel Havlun do Planeta Gualdion?” um deles perguntou.Coronel Havlun acenou. “Sim?”“Bem vinda ao Forte Axis,” a pessoas respondeu. “Por favor, me acompanhe.”Todas entraram a bordo da nave que logo decolou. Kristen olhou de perto os seres dentro

dela. Eles pareciam humanos, pelo menos de onde ela conseguia ver. Eles pareciam ter cincodedos, que seguravam os rifles. Eles eram tão altos quanto Kristen o que os faziam muitobaixos perto das Gualdions. Todos tinham duas pernas. Kristen não podia dizer nada sobreseus rostos por que estavam cobertos pelo visor escuro dos capacetes. Embora ela tinha certezaque eles estavam olhando elas. Suas roupas eram uniformes de manga longa todos de da corcinza.

A nave estava indo em direção a um dos domos, e pousou em frente a um deles. A portaabriu e dois guardas vestidos como os outros viram na direção deles.

“Você pode ir com eles Coronel Havlun,” um dos que estavam na nave disse. “Eles vãoescoltar você até onde o prisioneiro está.”

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Kristen e a coronel, junto com duas outras guerreiras saíram da nave e seguiram os outrosdois para dentro do domo. Mais perto deles, Kristen percebeu que os guardas eram da mesmaestatura dos humanos. Apenas a coronel e as guerreiras que eram bem maiores que eles.

Dentro do domo, eles chegaram a uma porta de metal. Tinham mais dois guardas na porta.Estavam armados com rifles similares a das Gualdions.

“Coronel, armas não são permitidas a partir desse ponto.” Um dos guardas disse. “Vão terque entregá-las antes de continuarmos.”

“Isso não será um problema.” A coronel disse. Ela tirou sua pistola do coldre e entregou aoguarda. Suas guerreiras fizeram o mesmo.

A porta se abriu e elas entraram em um corredor. Elas estavam em fila única seguindo oguarda. Logo chegaram à outra porta e o guarda colocou sua mão em um painel ao lado daporta. Depois de identificar a mão do guarda a porta se abriu. Eles entraram na sala e a porta sefechou.

Dentro sala tinha uma barricada feita de barras de metal grossas. A barricada separava asala em duas partes. Uma delas tinha cadeiras, enquanto a outra parte tinha apenas uma.

O guarda apontou para as cadeiras, “Vocês podem se sentar enquanto meus colegas trazemo prisioneiro.”

Todas se sentaram. Kristen percebeu que as cadeiras eram feitas de couro ou algo parecido.Ela olhou ao redor e percebeu que a coronel estava a olhando.

“Presumo que você nunca esteve em um complexo assim, Capitã.” A coronel disse.“Complexo?” Kristen repetiu. “Isso é uma prisão.”“Prisão. Complexo. Como quiser chamar. Ainda é a mesma coisa.” A coronel disse. “Só

não sei por que Estramos estaria aqui.”“Estramos?” Kristen repetiu.“Sim. Ele é meu contato.” A coronel respondeu. “Eu me perguntou o que ele está fazendo

aqui.”Então, a luz no topo da parede da porta do outro lado da barrica acendeu. A porta se abriu e

três pessoas saíram. Kristen podia ver facilmente o uniforme de dois guardas e que elesseguravam armas similares às anteriores. A terceira pessoas não era um guarda.

Ele era quase um metro mais alto que os guardas e era peludo. Tirando as bolas militares, oúnico pedaço de roupa que ele usava era um shorts. Seus braços peludos e musculosos estavamamarados juntos por um par de algemas. A cabeça era grande e lembrava um urso. Umamordaça tapava sua boca.

Assim que olhou para a barricada ele rosnou mostrando os dentes.“Sente-se, Estramos. E se comporte.” Um dos guardas disse.Estramos se sentou na cadeira enfrente a barricada. Ele se ajeitou tentando se acomodar na

cadeira que era menor que ele. Ele olhou para a barricada novamente e rosnou.“Ora, ora, ora. O que temos aqui?” Estramos perguntou.“Faz tempo Estramos,” Coronel Havlun disse.“Não estou falando sobre você, Coronel Havlun,” Estramos disse. “Estava me referindo

aquela com uniforme espacial.”“É uma amiga minha,” a coronel respondeu. “Ela está comigo.”Estramos riu. Sua risada era alta e lembrava um urso.

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“O que é tão engraçado Estramos?” a coronel perguntou.“Você é engraçada Coronel,” Estramos respondeu. “Desde quando, uma fora da lei,

criminosa e bandida, temida por todos os lugares, faz amigos?”“Você está me chamando de bandida, criminosa e fora da lei?” a coronel perguntou.

“Esqueceu quem é que está atrás das grades aqui?”“Isso não importa. O fato é que você não está me contando a verdade. Eu não acho que ela

seja amiga. Tenho certeza que deve ser um peão, um prisioneiro seu. E assim que usar do jeitoque quer, vai jogar fora como você é conhecida por fazer.”

“Os tempos mudam, Estramos.” A coronel disse.“Mas a natureza não. Pelo menos, não para alguém como você.” Estramos olhou para

Kristen. “Espero que você saiba que ela está usando você. Saiba que ela é cruel e perversa, elogo vai se livrar de você.”

Kristen teve calafrios. Ela não tinha certeza o que a fez ter tanto medo. Se era o Estramosdisse, ou como ele era.

“Por favor, já chega.” A coronel disse. “Estou tentando entrar em contato com você por umtempo. Agora vejo por que não conseguia. Não sabia que estava aqui.”

Estramos encolheu os ombros. “Sinto muito que você não conseguiu falar comigo. Elesnão permitem que eu fique com meu telefone.”

“Por que está aqui? Eu não sabia que Forte Axis entretia convidados como você.”“Eu também não,” Estramos disse. “Acho que eles querem entreter convidados com perfis

melhores do que os perdedores que eles entretiam antes.“Vejo que não perdeu seu censo de humor, mesmo em tal situação.”“Às vezes, Coronel, isso é a maneira de continuar.” Estramos respondeu. “Isso é ruim?” A coronel perguntou.“Acho que sim,” Estramos disse. “Há uns dois meses atrás, eu contatei um cliente. Ele

queria que eu fosse a uma missão. Uma missão mortal. Claro que eu sabia os riscos. Ser ummercenário como eu tem sua cota de riscos. E o dinheiro era bom. Eu tinha outros incentivos éclaro. A única condição era que eu teria que trabalhar com um dos homens dele. Você sabecomo é trabalhar nesse negocio. O melhor é trabalhar sozinho. Mas o cliente insistiu, edinheiro é bom pra caramba. Eu aceitei o trabalho e sai. Infelizmente, as coisas não foramcomo esperado. As coisas foram de ruins para piores bem rápido. Logo, eu tive que sair. Tiveque abandonar toda a missão e correr pela minha vida. Foi enquanto eu fugia que percebi quemeu cliente mandou um busca atrás de mim. Era um homem procurado por não cumprir comminha missão. Tentei me esconder e resolver a situação mas não consegui. Não demorou muitopara conseguirem me achar e me trazerem até aqui.”

“Então foi um fracasso em uma missão que o trouxe até aqui?” a coronel perguntou.Estramos balançou a cabeça. “Não, não foi a missão. Foi o cliente. O cliente não foi claro

comigo sobre tudo que eu precisava saber. Foi isso que me trouxe a esse lugar.”“Quem é o cliente?”Estramos olhou para a Coronel Havlun. “Você ta brincando certo? Não espera que eu

revele assim. Confidencialidade, se lembra.”“Confidencialidade uma ova.” A coronel disse. “Viu o que fez com você? Você é um

prisioneiro Estramos. Abras os olhos e perceba isso. É melhor falar comigo. Posso te ajudar.”

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Estramos olhou ao redor, para os dois guardas. “Já ouviu falar que as paredes têm ouvidos.Mas acha mesmo que pode me ajudar?”

“Mas é claro que posso. Por que acha que eu viria aqui?”“Mas você disse que estava me procurando. Por quê? Tenho certeza que não sabia que

estava nesse lugar.”“É verdade.” Coronel Havlun disse. “Mas agora que sei, tenho certeza que posso ajudá-lo.

A não ser que você não queria minha ajuda.”“É claro que quero sua ajuda. Mas para que você precisa de mim? Não acho que veio até

aqui pelos velhos tempos.”“Não posso explicar aqui. Talvez quando for mais conveniente,” a coronel disse olhando

para os guardas.Estramos viu e rosnou. “Você disse quando for mais conveniente?”A coronel acenou. “Sim. Quando for mais conveniente eu explico para você.”“E quando será mais conveniente?”A coronel encolheu os ombros. “Eu não sei. Acho que depende de você. Quando você acha

que será mais conveniente?”“Acho que agora seria bom.” Estramos respondeu.A coronel franziu a testa. “Agora? Você quer dizer aqui e agora?”“É claro. Tem algo a perder?”A coronel olhou ao redor. “Bem, acho que não temos nada a perder. Mas espere um

segundo, certo.” Ela virou e olhou para Kristen. “Capitã?”“Sim Coronel?” Kristen disse. Ela tinha prestado atenção na discussão, mas em algum

ponto não fazia mais sentido. E agora a coronel estavam chamando sua atenção. Qual é oproblema? Kristen estava se perguntando.

“Se segure” a coronel respondeu.“Me segurar?” Kristen repetiu. “Por quê?”Em resposta, a coronel levantou e com um movimento ela socou o guarda a sua esquerda.

A explosão no abdômen do guarda lhe deixou tonto. Assim que ele balançou, o rifle que eleestava segurando caiu. A coronel estava rápida o suficiente para pegá-lo antes que atingisse ochão.

O outro guarda do outro lado da sala ficou surpreso com os movimentos da coronel. Masantes que ele pudesse entender o que estava acontecendo, ele vôo quando uma explosão atingiuseu peito. Uma das guerreiras da coronel que estava perto dele deu um cotovelada nele. Noprocesso, o guarda deixou cair seu rifle. A guerreira rolou no chão e pegou antes de atingir ochão.

Os guardas do outro lado da sala viram acontecer. Mas antes de reagirem, Estramos seabaixou rapidamente e caiu da cadeira. Então ele chutou a cadeira com sua perna esquerda. Elaatingiu um dos guardas, que caiu pra trás.

O outro guarda pegou a arma de laser do colega caído. Então ele olhou para Estramos. Masantes de puxar o gatilho, uma explosão de laser atingiu sua cabeça, o tiro veio da arma dacoronel. O corpo do guarda caiu no chão. O outro guarda ainda empurrava a cadeira deEstramos jogou nele quando outra explosão atingiu ele no peito. O tiro foi da outra guerreira.

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A única coisa que o guarda fez foi encarar com surpresa e choque a explosão que atravessouseu peito.

Estramos levantou, mas suas mãos continuavam amarradas. Ele andou até a barricada esegurou suas mãos na frente do corpo. A coronel chegou mais perto e mirou nele. Ela atirou eo laser quebrou as barras de metal como também as algemas.

“Isso foi rápido.” Estramos disse. “Vejo que você não perdeu o jeito.”“Salve seus elogios para depois, Estramos.” A coronel respondeu. “Rápido, pegue aqueles

rifles e vamos sair daqui.” Ela disse apontando para os guardas.A coronel virou e viu o guarda do seu lado gemer. Ela mirou em sua cabeça e atirou. A

explosão abriu um buraco em sua cabeça.Kristen achou que iria vomitar assim que viu o liquido vermelho sair por todos os lados da

cabeça do guarda. Mas ela precisava se controlar, por que se ela vomitasse, ela ira vomitardentro do seu capacete e iria obstruir o mecanismo de respiração dele. Isso a faria ter que tirá-lo. E não tem como saber o que aconteceria com Kristen se ela tirasse o capacete. Ela sabia queiria sufocar. Ela tinha que se controlar.

Ela assistia em choque enquanto a coronel atirava no segundo guarda.Enquanto isso, Estramos tinha pegado os dois rifles que caíram no chão. Ele pendurou um

em seu ombro e apontou o outro para o painel ao lado da porta. Ele deu um tiro que desativouo sistema da porta.

Então ele andou até a barricada e deu um tiro, cortando umas cinco barras como se fosseuma faca, abrindo espaço o suficiente para ele passar.

“Isso foi rápido e muito bom.” Estramos disse.“Sim,” A coronel disse. “Mas ainda precisamos sair daqui,”A coronel pegou o braço de um dos mortos e pressionou a palma no painel ao lado da

porta. A porta se abriu e todos saíram. No corredor, não havia ninguém. E nenhum alarmeestava tocando. Era obvio que nenhum dos guardas sabiam o que acabou de acontecer.

Eles andaram em fila única no corredor seguindo a coronel que apontava o rifle com umamão e levava o braço de um dos guardas na outra. Atrás dela estava Estramos. Uma de suasguerreiras atrás dele e Kristen seguia ela e a outra guerreira vinha atrás de Kristen. O ultimavinha de costas para assegurar que nenhum ataque viria por trás.

Logo chegaram à porta no final do corredor. A coronel deu uma olhada por pequena janela.Ela viu três guardas sentados na outra sala. Eles estavam olhando para alguns monitores nafrente deles.

A coronel pressionou a palma no painel que identificou a mão do guarda morto e abriu aporta.

Os guardas estavam muitos ocupados olhando os monitores para perceber a coronelentrando na sala. Quando notaram sua presença, já era tarde demais. Dois deles tiveram seuspescoços cortados pelo laser da arma dela. Suas cabeças caíram de seus corpos como laranjascaindo de árvores. Um dos corpos caiu para frente na mesa e outro na cadeira.

A coronel correu ate a mesa. Ela abriu uma das gavetas e pegou a sua pistola e colocou nocoldre. Então ela pegou os rifles quando as outras entraram atrás dela ela entrou os rifles a elas.

A coronel virou para os monitores e olhou para um em particular, Estramos entrou na salaseguido por Kristen.

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“O que está tentando fazer?” Estramos perguntou.“Estou tentando ver como desarmar o sistema de alarme deles para que não avisem aos

outros guardas.” A coronel respondeu.“Deixe-me ver.” Estramos veio e olhou para os monitores. Então começou a digitar.“Você sabe o que está fazendo?” a coronel perguntou.Estramos assentiu. “Eu deveria,” ele respondeu. “Pelo menos, por estar a tanto tempo aqui

para observar como as coisas funcionam.”As outras duas guerreiras olhando ao redor para assegurar que nenhum outro guarda estava

vindo. Kristen estava desconfortável com toda a situação. Já tinham guardas mortos por todo ocaminho. E isso fazia deles fugitivos.

“Vocês tem certeza que sabem o que estão fazendo?” Kristen perguntou.“Tenho certeza.” A coronel respondeu olhando para Estramos. “Ou não temos, Estramos?”“Eu não tenho mais tanta certeza assim.” Estramos respondeu. Ele se levantou e apontou o

rifle para os monitores. O laser explodiu os monitores.“Estramos!” Coronel Havlun gritou. “O que você fez?”Estramos encolheu os ombros. “Eu não tava conseguindo entender mais nada ali. Então eu

decidi para a coisa toda.”“Destruindo ela?” Que ótimo jeito de lhe dar com a situação, não é?”A coronel respondeu.“Foi exatamente o que pensei. De qualquer forma, eles não vão conseguir mexer no

sistema por um tempo.”Kristen acenou para eles. “Coronel, estamos desperdiçando muito tempo aqui. Qual é o

plano? Precisamos nos mover, não podemos ficar muito tempo em um lugar só.”Estramos assentiu. “Sua amiga esta certa, Coronel. Devemos nos mover. O que você

acha?”“Certo.” Coronel Havlun concordou. “Vamos sair atirando.”“Certo, mas quanto a sua amiga? Ele deveria ter uma arma.” Estramos disse.“De jeito nenhum,” Coronel Havlun disse. “Ela ficará segura conosco. Vamos protegê-la.”“Protegê-la?” Estramos repetiu. “Estamos protegendo alguém em particular ou estamos em

fuga? Por que não da um rifle a ela para termos mais poder de fogo?”“Isso é decisão minha, Estramos. E eu disse não. Vamos indo.” A coronel respondeu.Estramos olhou para Kristen e balançou a cabeça. Ele não entendia por que a coronel não

queria Kristen armada. Mas Kristen não se importou. Ela sabia que a coronel não confiava emsua prisioneira para dar uma arma a ela. Ela podia ter medo de que Kristen pudesse usar a armacontra ela.

Kristen não se importou. Ela já tinha visto o suficiente para saber que a coronel iriadescartá-la e a os membros de sua tripulação também. O que Estramos falou apenasconfirmava isso. Essas Gualdions não podem ser confiáveis, assim como elas não confiam emninguém.

A coronel abriu a porta e saiu, as outras a seguiram. Lá fora ela começou a atirar em todosos guardas que ela via. Todos eles eram pegos de surpresa. Estramos também abriu fogo comos dois rifles que ele segurava. As duas guerreiras abriram fogo também. Kristen permaneciaentre a coronel e suas guerreiras enquanto elas se moviam.

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Quando chegaram na nave que os levaram até a área 127, tinham luzes vermelhas ealarmes soando por todos os lugares. Os guardas devem ter ligado o sistema novamente esoado o alarme. Mas seus movimentos não estavam coordenados. Quando eles saiam de várioslugares do complexo, eles caíram sob o fogo da coronel e de Estramos.

Todos entraram na nave e coronel ligou. Os outros ainda atiravam nos guardas. Logo elesestavam voando para fora da área 127 e pousando onde eles tinham estacionado as naves.

“Você precisa informar a sua tripulação para decolar imediatamente.” A coronel disse paraKristen assim que saíram da nave.

“Sem problemas, Coronel.” Kristen respondeu. Ela usou o pequeno radio em seu pulso.“Lynda, pode me ouvir? Ótimo, prepare Atlantis para partir imediatamente. Estamoschegando. É uma emergência. Faça logo.”

“Sua amiga tem uma nave?” Estramos perguntou.“Sim.” A coronel respondeu. “Mas você vem comigo.”“Ok. Do jeito que você preferir. Você quem manda.” Estramos respondeu.Logos eles chegaram nas naves. Kristen, Estramos e as guerreiras saíram da nave, mas o

coronel ficou.“O que você está fazendo? Você não vem?” Estramos perguntou.“Preciso de um minuto.” A coronel respondeu. “Vá com minhas guerreiras enquanto faço

algumas modificações nessa nave. Você também Capitã. Todos devem estar abordo das navesquando eu sair daqui.”

Kristen assentiu. Enquanto ela corria para Atlantis, ela viu a coronel disparar contra algunsguardas que estavam vindo. Estramos também disparou contra eles enquanto seguia asguerreiras.

Logo, Kristen entrou na Atlantis.“O que está acontecendo?” Lynda perguntou quando Kristen entrou.“Aquela coronel é uma louca,” Kristen respondeu. “É uma fuga. Ela entrou na prisão e

libertou seu contato e agora somos fugitivos.”“Isso é loucura!” Lynda respondeu. “Como elas acham que vamos sair dessa?”“Ela deve ter pensado em tudo antes de chegarmos ao Forte Axis. E tudo indica que aquele

contado deve ser muito valioso para ela fazer o que ela fez.” Kristen respondeu. Ela olhou parao que estava acontecendo lá fora.

A coronel ainda mexia no painel da nave enquanto Estramos atirava nos guardas. Noultimo momento, a coronel pulou da nave e veio de costas até a nave atirando nos guardas.Então ela correu até a nave vespa. Estramos correu com ela.

Assim que a porta da nave vespa se fechou, a nave ligou sozinha e começou a voar emdireção a um dos prédios.

A explosão que veio com o impacto foi enorme e reverberou o forte inteiro, fazendo comque tanto a tripulação da nave vespa quanto da Atlantis tremer violentamente. Do lado de fora,uma nuvem de fumaça, fogo e pequenas outras explosões acontecendo podiam ser vistas adistancia.

“O que você fez?” Estramos perguntou.“Apenas tornei a nave deles em uma bomba aérea e coloquei-a em direção ao que eu achei

que era a fonte de combustível deles. Isso vai deixá-los ocupados enquanto nos fugimos.” A

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coronel disse. Ela virou para as guerreiras. “Rápido, ligue os motores e a toda a velocidade, evamos sair daqui.” Ela mandou.

Imediatamente, a nave vespa ligou e começou a voar.Kristen viu a nave voar. Então segundos depois ela colidiu com o prédio e todos viram a

explosão. As vibrações atingiram Atlantis violentamente.Não precisava falar o que acabava de acontecer. Ela deduzir que a coronel ficou na nave

para fazer isso acontecer.“Capitã, Capitã, Capitã, pode me ouvir?” Coronel Havlun veio do radio.“Alto e claro, Coronel.” Kristen respondeu.“Me siga agora mesmo. Vamos sair daqui.” A coronel disse.“Estamos bem atrás de você.” Kristen respondeu.Logo as duas naves estavam saindo do forte em alta velocidade. Atrás deles, eles podiam

ver o inferno que Forte Axis tinha se tornado.“Algo me diz que sua reputação vai atingir altos níveis depois disso.” Estramos disse.“Hoje?” Coronel Havlun perguntou. “Eu nunca tive um reputação muito boa. Eu não acho

que agora é hora para enfatizar isso. Vou deixar isso para os contos de fadas.”“Contos de fadas onde?” Estramos perguntou.“Não importa.” A coronel respondeu. “Como você está, Estramos?”Ele se ajeitou em seu acento. Ele estava sentado perto da coronel. Ele ainda segurava os

dos rifles. Ele passou a mão nos ombros e no braço. “Acho que um pouco dolorido. Mas foraisso, estou ótimo.” Estramos respondeu.

“É melhor estar por que agora vamos seguir em frente.” Coronel Havlun disse.“Seguir em frente?” Estramos repetiu. “Espera ai, você não está voltando para Gualdion?”A coronel balançou a cabeça. “Não Estramos. Sinto muito, mas não vamos voltar pra casa.

Ainda não.”“Serio?” Estramos perguntou. Olhou para trás e viu o Forte Axis.A coronel viu seu olhar. “Acha que estamos sendo seguidos? Eles não ousariam. Eles estão

muito ocupados apagando o fogo que coloquei lá.”Estramos assentiu. “Aquilo foi bem impressionante, eu confesso.” Ele apontou para

Atlantis que voava bem perto deles. “Qual é a deles passeando com a gente?”“Eles não estão passeando conosco.” A coronel respondeu. “Eu os mandei virem junto. São

meus prisioneiros.”“Prisioneiros? Apenas prisioneiros?” Estramos perguntou.“O quer dizer?”“Qual é, Coronel. Nós dois sabemos que você não precisa deles se eles não forem valiosos

para você. Você é muito eficiente para tolerar coleguinhas. E humanos? Essa seria a ultimaespécie que você toleraria se eles não fossem lhe dar algo em troca.”

“O que você sabe, Estramos? Parece que você ficou preso por muito tempo para perceberque eu vou onde quero e não onde preciso.”

“Então, o que você quer desses humanos, Coronel?”“Não é da sua conta,” A coronel respondeu.“Com certeza não é. Assim como sua pequena visita para me ver no Forte Axis. Não é da

minha conta? Por que você me tirou de lá?” Estramos perguntou.

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A coronel viu que Estramos estava segurando dois rifles. Ela percebeu que seus dedosestavam nos gatilhos.

“Relaxe Estramos.” A coronel disse. “Você deveria saber melhor do que ninguém que eunão arrisco minha vida nem das minhas guerreiras para salvar alguém a não ser que tenha umaótima razão.”

“Verdade? Então me convença sobre esse sentimento, Coronel.”A coronel suspirou. “Você já sabe metade da historia. O que você quer eu soletre pra você,

Estramos?”“Eu costumava conhecer você, Coronel. Mas isso eram há muito tempo quando

costumávamos patrulhar as regiões Sudeste e roubar naves. Isso foi há décadas. Mesmo antesde minha prisão, não me lembro de ter falado com você a mais de um ano atrás. Por que ointeresse repentino? Percebeu finalmente que sente minha falta?”

“Não é isso, Estramos. Estamos ficando sem ouro.” A coronel disse.“Ouro? Para que precisa disso?”“Você se esqueceu?” a coronel perguntou. “Certo. Se lembra o que duas toneladas de ouro

conseguem fazer por nós?”“Duas toneladas de ouro?” Estramos repetiu. “Eu não sei. Me diz você.”“Esse é o preço de uma Semente.” Coronel Havlun respondeu.“Semente? Você quer dizer que uma semente custa tanto assim?” Estramos perguntou

assustado.Coronel Havlun sorriu. “Você esquece. Ou provavelmente não sabe. Sim, custa tudo isso.

E isso é do mercado negro. Infelizmente, estamos ficando sem ouro. Na verdade, não podemospagar por mais uma. É por isso que viemos até você.”

Estramos tirou os dedos do gatilho e relaxou os músculos. “Entendi. Então quer que eu teajude a pegar mais sementes, certo?”

“Estramos, você é o único que pode me ajudar a salvar minha espécie. Pense assim – vocêacha que eu ariscaria tudo apenas para salvar sua vida? Precisamos de você para nos ajudar aachar as sementes da vida. Se não nossa raça vai morrer.”

“Você não vai querer ir atrás das sementes da vida, Coronel,” Estramos disse. “É umajornada tão perigosa que até eu avisaria para qualquer um não ir.”

“Mas não temos escolha, Estramos. Não entende?”“Eu entendi, Coronel. Mas é tão arriscado. Até mesmo para mim. Não é algo que eu

gostaria de fazer. De verdade.”“Certo. Talvez devêssemos motivar você. O que você quer em troca?”“Em troca?” Estramos repetiu. “Quer dizer que vai barganhar? Serio. Não tem dinheiro que

me faça ir para essa viajem. Não é possível.”“Tem certeza? E quanto a duas?”“Duas? Duas o que?” Estramos perguntou.“Duais toneladas de ouro.”“Você está de brincadeira.”“Não estou brincando Estramos. Vou te dar duas toneladas de ouro se nos ajudar a pegar as

Sementes da Vida.”“Não pode estar falando serio, Coronel.”

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“Talvez não esteja falando muito serio. Mas estou desesperada. Duas seria o suficiente?”“Coronel, por favor, não vamos fazer isso. Desista.”“Duas e meia então.” A coronel anunciou.“Duas e meia?”“Sim, duas toneladas e meia de ouro.”“Coronel, por que está fazendo isso comigo?” Estramos perguntou confuso.“Sinto muito, mas não tenho escolha, Estramos. Vou te dar duas toneladas e meia de ouro

por toda a viagem.”Estramos desviou o olhar. Ele olhou para fora, para Atlantis. “E quanto a eles?” ele

apontou para a nave ao lado.A coronel olhou para trás e viu Atlantis. “Quer dizer os humanos? Estou mantendo eles por

segurança, garantia.”“Garantia?” Estramos repetiu.“Sim. Eu fiz um processo de tentativa de fertilização antes de irmos até você.”“O que? Ficou louca? Como pode fertilizar com humanos? Isso é uma abominação.”“Me poupe da lição de moral. Eu disse que eu estava desesperada. Vou fazer de tudo para

preservar minha raça. Estou falando muito serio.”“Qual foi o resultado?”“Ainda não está completo. A analise final vai ficar pronta em alguns minutos.”Estramos balançou a cabeça. “Do que pouco sei sobre genética, o que você fez não vai

durar. Não vai sobreviver. Não vê? Você não fertiliza uma raça com outra que não é sua raça.”“Verdade? Talvez você esteja certo. Talvez esteja errado. De qualquer maneira os

resultados vão provar.”“E se eu estiver certo?”A coronel apontou para Atlantis. “Então eu não vou mais precisar deles. Ou vou?”“Não, não vai mais precisar dos humanos. Talvez você queira dá-los a mim.” Estramos

sorriu.“O que você quer deles?” coronel perguntou.“Está brincando? A cabeça de cada um tem ótimo preço no mercado. Ouvi que a raça deles

logo estará extinta, tudo graças a suas maldades e estupidez. Imagine quanto vou conseguir poreles assim que raça deles for extinta.”

“Então você está interessado neles?”“Interessado?” Estramos respondeu. “É claro que estou bem interessado neles. Alem do

dinheiro que vou conseguir no mercado, eu posso usá-los do meu jeito exótico.”“Então vamos fazer um acordo: você nos ajuda a ter acesso as Sementes da Vida, e eu dou

os humanos junto com duas toneladas e meia de ouro.”Os olhos de Estramos estavam fixos em Atlantis. “Temos um acordo, Coronel,” ele disse.

“Temos um ótimo acordo.”

***

De volta a Atlantis, Kristen estava verificando seu aplicativo. Ela estava fazendo algumascomparações com as informações no seu monitor quando Mahmud chegou.

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“Como está indo, Capitã?” Mahmud perguntou.“Muito bem.” Kristen respondeu. “Até agora com eficiência acima de 80 por cento. Espero

atingir 95 por cento. Com sorte, se continuarmos nesse curso por um determinado tempo, vaiconseguir bater essa meta.”

“Noventa e cinco por cento vai ser bastante para um aplicativo de mapa.”“Eu sei Mahmud. Mas é o que vamos precisar para garantir que quando nós escaparmos

das Gualdions vamos ser capazes de voltar para Tiangrit. Por outro lado, se precisarmos nosaventurar mais vamos pode mapear onde estamos indo.”

“Isso vai ser ótimo.” Mahmud respondeu. Ele apontou para a nave vespa. “Alguma noticiado que está acontecendo ou para onde vamos?”

“Ainda não. Mas elas são obrigadas a nos contar onde estamos indo? Pelo que eu sei,estamos atrás das Sementes da Vida. Pelo menos era por causa disso que fizeram o que fizeramna prisão.”

“Alienígenas loucas.” Mahmud sussurrou.“Concordo. São loucas. E muito perigosas. Como você e outro cara estão se sentindo?”“Ainda um pouco fracos, mas não como antes. Espero que não façam aquilo de novo. Foi

muito estranho e louco.”“Apenas reze para que elas não tenham conseguido o que queriam disso. Por que se elas

tiveram sucesso, tenho o pressentimento que elas iriam ficar com você e o outro cara por umlongo período de tempo.”

“O que? Ficar com a gente? Como escravos ou algo assim?”“Não como escravos, como uma fazenda.”“Fazenda? Capitã, você está brincando certo?”“Pelo contrario Mahmud. Estou falando muito serio.” Kristen respondeu. “Elas iriam

manter vocês como uma fazendo onde elas colocariam sementes para fertilização. Issosignifica que elas iriam tratar você, nutrir vocês e ter certeza de que elas conseguiriam omaximo de sementes possível de vocês.”

Mahmud fez uma cara. “Por favor, não precisa dizer mais nada. Acho que vou vomitar.”“Mas pode ser que não seja assim.” Kristen continuou. “Principalmente se nosso

conhecimento em genética contar para alguma coisa. Não é possível cruzar genes humanoscom qualquer outra espécie de alienígena mulher. Podemos dizer que elas são mulheres?”

“O que mais você chamaria elas? Elas têm tudo que mulheres têm. Talvez até mais. Estouchutando claro.” Mahmud disse.

“Você não sabe de nada Mahmud. Aquelas coisas são monstros que não vão hesitar em nosdestruir. Não fique empolgado. Elas são perigosas, e vão logo se livrar de nós.”

“Você está certa, Capitã. Mas ainda assim elas são gostosas.”“Talvez por isso elas quisessem você e não outro homem.”“Qual é, Capitã.” Mahmud disse. “Tenho certeza que foi pura coincidência. Elas devem ter

escolhido eu e outro cara lá meio que do nada.”“Talvez você esteja certo. Mas quer saber? Talvez você devesse rezar para que o

experimento funcione.”“Eu devo rezar para que o experimento funcione? Por quê?”

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“Porque assim podemos ter certeza que elas nos manteriam vivos. Por que teriam quemantê-los vivos. E assim você poderia continuar aproveitando a gostosura delas.” Kristendisse.

“E se o experimento falhar?”“Então estamos condenados, porque elas não vão mais precisar de nós.”Mahmud ficou em silencio. Era como se todo esse tempo ele não tinha percebido a

gravidade da situação. Era irônico e sem noção ao mesmo tempo. Mas o fato era que o destinode toda a tripulação dependia do sucesso de um experimento.

“Mahmud, você está bem?” Kristen perguntou enquanto Mahmud permanecia em silencio.Ele assentiu. “Sim, estou bem. Só estou rezando para que as amostras tiradas de mim

fiquem bem. Capitã, elas vão ficar bem?”Kristen ficou confusa e não sabia o que dizer. Era obvio que Mahmud estava assustado.

Mesmo sendo a responsável pela nave e tripulação, ela não sabia o que as Gualdions teriamquando terminassem os experimentos.

“Acho que vou para meu posto, Capitã.” Mahmud disse. “Malditas alienígenas.” Elesussurrou.

Depois que ele saiu, Kristen se levanto e olhou por toda a sala. Em algum lugar lá embaixoela podia ver Mahmud balançando a cabeça enquanto se sentava. Os outros estavam ocupadosolhando para seus monitores.

Ela ficou pensando o que ela acabará de conversar com Mahmud.Não há duvidas, ela estava pensando.Vamos sobreviver se o experimento der certo.Mas se o experimento falhar...Kristen olhou para fora, para a nave vespa.Esperança e salvação.

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CAPÍTULO SETE

“Coronel, posso conversar com você, por favor?” uma das guerreiras veio até ela.“Claro, o que foi?” Coronel Havlun perguntou.“Acho que você vai querer ver isso.” A mulher disse e entregou um tablet para ela.A coronel tocou na tela e encarou a imagem que viu.Estramos estava assistindo ela ficar chocada com que viu. “O que foi Coronel?” Estramos

perguntou.“Isso não é bom,” A coronel sussurrou. “Isso não é nada bom.”“O que não é bom?” Estramos perguntou.A coronel se levantou. “Eu já volto. Você vem comigo.” Disse ela apontando para a

guerreira.Estramos viu a coronel andar e desaparecer pelo corredor seguida por sua guerreira. Depois

de sair do corredor, elas entraram em uma sala.“Quando você recebeu essa informação?” A coronel perguntou.“Alguns minutos atrás, Coronel.” A guerreira respondeu. “Assim que eu recebi, não hesitei

em procurar por você.”“Os resultados da fertilização mostram que de três ovos apenas um sobreviveu. Isso

significa que temos 33 por cento de sucesso.”“E isso é o suficiente?”A coronel balançou a cabeça. “Não é bom o suficiente. Eu esperava por algo melhor. Seria

um completo sucesso ou um completo fracasso. Isso não é um nem outro. Isso só trás maisperguntas do que respostas. Por que só um sobreviveria? O que matou os outros dois?”

“Devemos fazer os procedimentos novamente? Podemos isolar qualquer traço que não sejasaudável.”

“Ainda temos mais amostras dos humanos?”“Não, Coronel. Sinto muito, mas usamos todas.”“Isso é um novo desafio para mim.” A coronel disse.“Por que, Coronel? Os humanos continuam nossos prisioneiros. Podemos pedir para os

homens virem aqui pegamos mais.”“Não é tão fácil.” A coronel respondeu. “Eles agora pertencem a Estramos.”“Como?” a guerreira perguntou.A coronel suspirou. “Eu tive que fazer um acordo com ele. Era o único jeito de fazer ele

nos ajudar a procurar as Sementes. Eles e mais duas toneladas e meia de ouro.”“Não acha que está dando demais para ele?”“Não acho. Não se ele realmente nos levar as Sementes. Assim que nós as tivermos

podermos recompensar qualquer perda ou problemas que tivemos.”“Pode ser, Coronel. Mas ainda assim, podemos pedir ‘emprestado’ os humanos para ele.

Ele pode nos ajudar.”“Você quer dizer Estramos? Ele é um mesquinho. Vai nos levar a outra negociação e vai

nos explorar ainda mais.”

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“Talvez não tenhamos escolha, Coronel. Vamos ter que pedir a ele.”“Se chegarmos a esse ponto. Mas vou ver o que consigo fazer. Mas agora, vamos nos focar

na missão. Esses resultados não devem sair daqui. Não quero Estramos sabendo de nada disse.Você me entendeu?”

“Sim, Coronel. Eu entendi.”A coronel saiu da ala e vou até sua cadeira.Ela se sentou e Estramos falou com ela. “Você parecia muito preocupada.” Ele disse. “Está

tudo bem?”“Vai ficar.” A coronel respondeu.“Qual é o problema?”“Foram os resultados da fertilização.”“O que aconteceu? Não funcionou?”A coronel balançou a cabeça. “Não Estramos. Foi um fracasso completo.”“É uma pena. Mas eu disse que não iria funcionar. Não pode cruzar sua espécie com os

humanos. Mas você poderia tentar comigo.” Estramos disse e começou a flexionar seusmúsculos.

“Olha. Tenho amostras fortes e saudáveis que você pode usar.” Estramos disse.“Obrigada pela generosa oferta, Estramos. Mas você não faz parte do acordo.”“Do que está falando?”“Você sabe o que quis dizer, Estramos. Você não faz parte do acordo.”“Então eu só fico com os humanos?”“Eles e mais duas toneladas de outro. E nada mais.”“Mas talvez eu possa ser a peça que está faltando que você tanto procura. Estou falando

serio. Você pode tentar minhas amostras do jeito natural, Coronel.”“Não, obrigada Estramos. Não estou pronta para fazer outro acordo com você. Foi fácil

para eu pegar as amostras dos humanos por que eles são, ou melhor, eram meus prisioneiros.Com você, eu ainda não estou pronta para um novo acordo.”

Estramos encolheu os ombros. “Ok, se é assim que você quer. Mas estou disponível sevocê mudar de idéia. Eu acredito que minhas amostras vão funcionar perfeitamente para você.”

“Estramos, podemos mudar de assunto? Precisamos focar na missão.”“O que tem pra focar? Eu sei onde estamos indo e não é um lugar fácil de esquecer para

uma pessoa como eu.”“É só isso?” a coronel perguntou. “E se tivermos dificuldades no caminho? Você sabe que

tem que nos levar até as Sementes sem nenhum atraso.”“Não se preocupe, Coronel. Eu sei como me livrar de atrasos. Você se esqueceu que esse é

meu nome do meio.”“Serio? Desde quando você tem um nome do meio?”Estramos riu. “Desde que quando você foi gentil e me tirou da prisão?”“Estramos, se concentre, por favor.” A coronel disse olhando algumas informações no seu

monitor.Naquele momento Estramos se levantou. Ela o viu virar e começar a andar.“Onde você está indo?” a coronel perguntou.

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“Preciso me alongar um pouco. Estou cansado de ficar sentado. Você sabe para ondevamos, não sabe?”

“Você já me deu as coordenadas?”Estramos parou. “Quer dizer que eu não te contei para onde estamos indo?”A coronel olhou feio para ele. “Todo esse tempo estávamos apenas fugindo do Forte. Ai

começamos a negociar. Você nunca me falou para onde temos que ir Estramos.”“Serio? Isso foi muita burrice minha. Vamos para a Nébula de Gaius.”“A Nébula de Gaius?” a coronel repetiu.“Sim. Assim que chegarmos lá, me chame que eu ajudo a navegar até nosso destino final.”“Mas você pode apenas nos dar as coordenadas.”“Você acha que sei as coordenadas exatas? Tudo está na minha cabeça. Apenas consigo te

levar até lá te mostrando e te explicando.”“Você está dificultando as coisas para mim, Estramos. Pilotar manualmente no espaço não

é algo fácil. Você sabe disso.”“Sinto muito, Coronel. Mas o acordo era que te levaria até as Sementes, e é isso que vou

fazer. Não disse nada de como seria fácil ou rápido.”A coronel estava furiosa quando Estramos saiu.Esse bandido é esperto e perspicaz, ela estava pensando. Mas ela não tinha outra escolha a

não ser seguir os termos dele. Somente ele poderia levá-las para onde elas achariam a soluçãopara seu grande problema.

Ela se sentou e encarou o monitor.Estramos, ela estava pensando.Talvez eu devesse aceitar usar as amostras dele.

***

Enquanto Atlantis seguia a toda velocidade a nave vespa, Kristen olhava pela janela.“Como a viagem está indo?” Lynda perguntou.“Acho que estamos chegando perto de algo que parece civilização,” Kristen respondeu.

“Meu mapa está mostrando que eles estão nos levando para a galáxia mais distante douniverso. É uma nébula.”

“Uma nébula?” Lynda repetiu.“Sim. Estamos indo para a Nébula de Gaius.” Kristen disse.As duas olharam para fora. Bem longe, tinha uma massa enorme com pedras, substancias

gasosas e luz. Diferente dos asteróides que eles estavam familiarizados, aquela tinha muitasformas de pedras, tinham nuvens de luz e estrelas brilhando. Da localização deles, parecia umaimagem de um prato de vidro quebrado em uma superfície branca. Todo o centro tinha umaconcentração de plantas, corpos e pedras, e aos redores eram cheios de nuvens gasosas, pó eluz.

“Como vamos navegar através daquilo?” Lynda perguntou.“Também queria saber.” Kristen respondeu.“Elas estão mesmo nos levando para as áreas mais obscuras do espaço.”

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“Estou contente de ter desenvolvido aquele aplicativo. Assim, podemos saber ondeestamos e podemos sair de qualquer lugar não importa qual seja a situação.”

“Tem razão, Capitã. Vamos rezar para que elas não descubram sobre ele.”“Elas não podem saber. Nunca.” Kristen disse. “Alem disso, está quase completo com o

mapa das coordenas anteriores que a nave vespa fez. Pelo menos as leituras então em 87 porcento. Ainda quero chegar em 95 por cento. Tenho certeza que logo vamos alcançar.”

Então uma luz piscou na mesa de Kristen.“Olá, Capitã,” a coronel disse.“Olá Coronel.”“Muito bem, estamos nos aproximando de nosso destino, a Nébula de Gaius. Quero ter dar

algumas informações de segurança. Aquelas regiões são cheias de tempestades e turbulência.Sua visibilidade será pouca por conta disso. Vão precisar trocar de navegação manual paraautomática para não se perderem. Eu vou rebocá-los por causa das varias partes moveis opoderia colidir com vocês facilmente. É por isso que vocês devem mudar para pilotoautomático para que eu possa sincronizar com nosso vôo, evitando que vocês colidam comqualquer coisa.”

“Entendi, Coronel. Vamos mudar agora mesmo.” Kristen olhou para Lynda. “Vocêsouviram a Coronel, mudem imediatamente.”

Lynda assentiu. “Capitã, essa seria uma boa oportunidade para nós sumirmos de repente.Não é?”

“Poderíamos aproveitar a oportunidade, mas eu acho que ainda cedo demais. Vamos pegartodas as informações que podemos delas primeiro. Ai podermos agir. Alem disso, eu acho quepodemos fazer algum progresso com aquele bandido que pegamos no forte.”

“Você quer dizer o prisioneiro.”“Sim, Estramos.” Kristen respondeu.“Acho que ele pode nos ajudar? Ele não é um aliado das Gualdions?”“Sim. Mas será que ele é leal apenas a elas? Até onde eu sei, ele é apenas um criminoso

contratado delas, um mercenário que fará tudo que for a favor dele.”“Do que você descreveu sobre ele, eu acho que nós temos que tomar cuidado com ele.”“É só dele que devemos tomar cuidado? Temos que tomar cuidado com todos eles.

Embora, eu esteja disposta a ariscar com ele do que com aquelas loucas. De qualquer forma,mude logo para piloto automático antes de entrarmos lá. Ainda temos tempo para analisarnossas opções.”

“Certo, Capitã.” Lynda respondeu e saiu.Não muito tempo depois que ela saiu, uma mensagem apareceu no monitor de Kristen:

PILOTO AUTOMÁTICO LIGADO.Kristen pegou o microfone. “Certo, todos escutem.” Kristen anunciou. “Estamos em piloto

automático por causa de instruções rigorosas de nossas seqüestradoras. Vamos agora entrar emuma nébula que é conhecida por seu terreno imprevisível e perigoso. Preciso que todosapertem os cintos, e permaneçam em seus lugares.”

Kristen desligou o microfone e deu uma olhada no aplicativo. Ainda estava mapeando efuncionando. Ela esperava que ele pudesse mapear coordenadas relevantes assim que seaproximavam do que parecia ser uma tempestade de luz, pó e partículas.

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Mas não era uma tempestade. Eram as fronteiras da nébula. De dentro de Atlantis, pareciaser uma forma de nuvens gasosas que eram formadas por leite que foi despejado em umaxícara de chá. Tinha uma claridade ao redor deles e ao mesmo tempo eles podiam distinguir aforma inesquecível de pedras e asteróides. Eles podiam ver a claridade das estrelas que logoem seguida eram obstruídas por grandes pedras ou asteróides. A nébula era como um labirintode objetos moveis de tamanhos diferentes. Alguns eram imóveis, mas a maioria se movia,alguns giravam em volta de si próprios enquanto outros apenas se moviam de acordo com agravidade.

Para Kristen, a imagem era mágica. Por alguns momentos ela se lembrou de estudosavançados que ele teve durante o treinamento dela na NASA. Mas tudo era debatido ediscutido de acordo com foros que satélites tinham tirado. Nada se comparava coma imagemreal. Era muito fácil ficar distraído e colidir com qualquer objeto.

Não era atoa que a coronel exigiu que Atlantis ligasse o piloto automático. Tudo era tãolindo e surreal. Como se fosse algum tipo de paraíso ou céu.

Logo eles saíram das grandes nuvens e massa de objetos voadores e voaram direto parauma massa de rochas e asteróides de vários tamanhos.

Kristen estava maravilhada com a vista. Deveria ter milhares deles, todos se movendo aoredor em velocidades diferentes. Para ela, eles pareciam vários carros de corrido competindopor um espaço em uma pista grande e lotada. Alguns se moviam mais rápidos que outros.Alguns se moviam apenas ao redor de si mesmos e outros pareciam estáticos, sem movimentoalgum. De onde eles olhavam, naquela distancia, alguns dos corpos pareciam pequenos comobolas de gude enquanto outras pareciam bolas de ping-pong. Em comparação com as queestavam mais perto, algumas pareciam bolas de tênis, de basquete e algumas como bolas depraia.

Mas isso era para os corpos que tinham forma circular. Tinha alguns que eramsimplesmente planos como tijolos. Outros eram mais desalinhados, irregulares com bordasgrossas. Alguns pareciam como se eles tivessem cruzados uma bola redonda e um tijolo plano.

Outros pareciam ser uma enorme bucha de massa que arrancada de suas formas esféricas.E era para uma dessas formas que a nave vespa está indo. E por causa do piloto

automático, Atlantis também estava. Da imagem que Kristen estava vendo, era como se asduas naves estivessem voando para uma bola de argila. A bola era azul, mas com listrasamarelas que pareciam ter sido feitas por um pincel fino. Isso tornava o planeta azul de listrasamarelas. Teria sido uma imagem verdadeiramente linda, mas estava arruinada por causa deum profundo buraco que era bem visível. Parecia que alguém ou algo arrancou ou cavou umagrande parte do planeta, deixando um buraco que revelava o interior do planeta, era um espaçoque tomava um quarto do planeta. O que se poderia ver desse buraco era apenas uma superfíciemarrom, azul, cinca e irregular.

Depois de evitar algumas regiões montanhosas, a nave vespa pousou em uma superfícieplana. Atlantis fez o mesmo.

Kristen saiu de seu assento. Mas antes que ele pudesse ir até a porta, uma voz saiu doradio.

“Capitã,” a voz da coronel. “Você e sua tripulação devem permanecer abordo enquanto eue meu contato vamos prosseguir coma missão. Nenhum de vocês deve deixar a nave.”

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“Entendido.” Kristen respondeu e se sentou de volta.“O que tem de errado com essas pessoas?” Lynda perguntou.“É hora do show deles,” Kristen respondeu. “Honestamente, eu estou aliviada de não ter

que ir com eles. Quem sabe o que pode ter nesse planeta. Ou o que eles vão fazer.”

***

Apenas Estramos e a coronel desembarcaram da nave vespa. Ambos carregavam rifles delaser.

“Porque você não convidou sua amiga para essa excursão?” Estramos perguntou. Elesestavam andando por um caminho cheio de pedras e cascalhos.

“Quere que fiquemos focados na missão agora.” A coronel respondeu. “A humana seriaapenas uma distração para nós dois.”

“Eu nunca estou distraído, Coronel. Eu vivo te dizendo isso, mas você não acredita emmim.”

“Eu acredito em você, Estramos. Estou apenas me prevenindo.” A coronel respondeu.“Precauções, precauções. Muito cuidado não é bom para um soldado.” Estramos

respondeu. “Pode te deixar paranóico. E paranóia não é muito bom para lidar com dificuldadesno campo de batalha. Eu sei por que eu vivi isso.”

“Pare, por favor, Estramos. Eu já falei que os humanos são seus. Não tem nada com que sepreocupar. Vamos terminar o trabalho e você pode pegar o que é seu. Simples assim.”

“Certo, sem problemas. Qual é o plano?”“Eu achei que você poderia me dar umas idéias.” A coronel respondeu.“Eu? Te dar idéias? Achei que você sabia o que queria.”“Claro, eu sei. Vamos apenas pegar as sementes e dar o fora daqui.”“É só isso? Você vai simplesmente pegar as sementes e ir embora? Como você vai pega-

las?”“Eu ainda não decidi.” A coronel respondeu.Estramos parou no meio do caminho. “Espera um minuto. O quer dizer com você ainda

não decidiu?”“Que eu ainda não decidi, Estramos. Estou vendo como vou lidar com a situação. Assim

que chegar lá vou decidir.”“Você vai fazer algum tipo de pagamente? Você sabe que não simplesmente pegar um

empréstimo ou pagar as prestações.”“Eu sei, Estramos. Estou vou pensar em algo quando chegarmos lá. Vamos primeiro nos

encontrar com os fornecedores, assim posso ver o quanto eles têm e como posso pagar.”“Certo, mas não banque a espertinha ou tente nada estúpido. Eles são perigosos. Eles

fazem esse mundo louco parecer parque de diversões.”“Sem problemas, Estramos. Vamos até eles primeiro.”Logo eles chegaram no que parecia ser uma estrada suja.“Vamos por ela ou não?” a coronel perguntou depois que Estramos parou ao lado da

estrada.

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“Não. Vamos esperar por um meio de transporte que nos leve mais a fundo na cidade.”Estramos respondeu.

Depois de esperar por um tempo, um veiculo pequeno estacionou. Parecia como uma pêrae tinha três todas, uma na frente e duas atrás. As portas se abriram e quando a coronel entroudescobriu que não tinha motorista.

Ela parou e olhou para Estramos. Ele já tinha colocado o cinto de segurança. “O que vocêestá esperando, Coronel? Você não vem comigo? Não tem motorista, é controlado por umainteligência artificial. Bem vinda a Nébula de Gaius. Tudo é bem mais tecnológico que vocêimagina.” Ele disse.

A coronel entrou no veiculo e colocou o sinto.“Qual é seu destino?” a voz do sistema de navegação perguntou.“Avenida Pharnaxiv,” Estramos respondeu.O veiculo virou e começou a dirigir do lado oposta a que ele veio.Quando chegaram na avenida, o veiculo os deixou na calçada. Tinham vários prédios

antigos com janelas sujas. Paredes com a pintura desbotada. Poucos veículos eram vistospassando por ali. Assim como poucos pedestres. Toda a área era escura e mal se podia ver ocaminho a frente. As poucas luzes na rua não funcionavam ou as lâmpadas estavam muitosujas.

A coronel não estava confortável com o ambiente. Instintivamente, sua mão segurou aarma em seu coldre.

“Estramos, onde está nos levando?” ela perguntou enquanto andavam pela rua. “Achei quevocê tinha tido que a nébula era avançada. Porque eu vejo miséria por todo lugar.”

“Relaxe, Coronel.” Estramos respondeu. “Lembra do que eu disse sobre paranóia? Bem,aqui não é um campo de batalha. É só onde um monte caras maus se reúnem. Mas eles não lhefarão mal enquanto você manter a linha profissional.”

“Isso é fácil para você dizer.” A coronel respondeu. Sua mão continuava em sua pistola nacintura. Ela podia ver alienígenas de diferentes raças andando, falando e sussurrando. Elestinham tamanhos diferentes, corpos diferentes e rostos diferentes. Embora, por causa da faltade luz, era difícil dizer exatamente.

Ele virou uma rua e andou ate uma porta que estava escrito: O MONASTÉRIO. Ele bateuduas vezes na porta. Alguém olhou pelo olho mágico e uma voz fina perguntou. “Quem é?”

“Sou eu, Estramos.”Houve uma pausa antes da porta se abrir. Revelou uma passagem, mas não tinha ninguém

na porta.Estramos apontou para a porta. “Damas primeiro, Coronel.” Ele disse.“Não sou uma dama, Estramos. Sou uma guerreira, soldado. Chega de toda essa enrolação

e vamos entrar.”“Como queira, Coronel. Mas é melhor controlar sua paranóia. Como eu disse, isso não é

um campo de batalha.” Estramos disse e entrou. A coronel o seguiu.Eles devem ter andado por meia hora antes de entrarem em uma sala. Lá tinham sete

cadeiras vazias dispostas em um semi-circulo.Estramos se sentou e apontou outra cadeira para a coronel. “Porque não fica a vontade?”

ele perguntou.

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Coronel Havlun cuidadosamente se sentou e olhou ao redor. “Estramos, isso é algum tipode jogo? Onde você me trouxe?”

“Para onde você me pediu, é claro.” Estramos respondeu.“Bem? Onde eles estão?”“Onde quem está?” Estramos perguntou.“As pessoas no comando, é claro.”“A quais pessoas você está se referindo?” outra voz perguntou.A voz veio o nada e tão forte que assuntou a coronel. Instintivamente, ela pegou sua arma e

apontou para a direção de onde veio a voz. Lá, sentado em uma das cadeiras no final tinha umhomem usando um roupão azul. O roupão o cobria inteiramente. Os olhos dele brilhavamamarelos.

A coronel tinha certeza que apenas ela e Estramos estavam na sala. Então de onde ohomem o saiu? Ela se perguntava.

“A quais pessoas você está se referindo?” o homem perguntou novamente.A coronel olhou Estramos, que estava balançando a cabeça em desapontamento. Ele sorriu

e vários dos seus dentes ficaram a mostra. “Eu disse a você, Coronel. Isso não é um campo debatalha. Você precisa controlar sua paranóia ou você vai arruinar tudo. Por favor, abaixe aarma.”

A coronel olhou para o homem cujo os olhos ainda brilhavam. Relutante, ela colocou aarma de volta no coldre. “Sinto muito,” ela disse. Ela se sentiu estranha e tentou relaxar nacadeira.

“Desculpas aceitas.” O homem respondeu. “Estramos. Como você está?”“Bem, como pode ver. Eu estive ocupado Primeiro ocupado com o trabalho. Depois o

trabalho me levou para a prisão. E então essa minha velha amiga me tirou da prisão. E agoraestou aqui.”

“Seja bem vindo,” o homem respondeu. “Mas não estão todos aqui. Onde ela está?”“Ela?” Estramos respondeu. “Não tem mais ninguém. Apenas eu e ela viemos.”O homem balançou a cabeça. “Não, tem sim mais alguém. Eu senti a presença dela quando

todos vocês pousaram nesse planeta. Por que a deixaram para trás e vieram sozinhos?”Estramos ficou confuso. “Tinha mais alguém que deveria vir?A coronel balançou a cabeça. “Não, apenas eu. Ele não pode estar se referindo a minhas

guerreiras. Ou poderia?”“Não são suas guerreiras. É uma prisioneira. A líder da missão dela.” O homem respondeu.“Quem? Você quer dizer Kristen?” a coronel perguntou. “Mas é isso, quero dizer, ela e

todos os outros são meus prisioneiros. Eles não têm nada haver com meu propósito aqui.”“Mas trouxe eles com você. E eu os vejo também ou não vou ver ninguém.”A coronel ficou furiosa. Ela encarou Estramos, que apenas sorriu. “Eu acho melhor você

fazer o que manda. Principalmente se você quer mesmo ver as Sementes.”A coronel tentou se acalmar. “Certo. Sem problemas. Como posso voltar ate ela? Mal sei

como chagamos ate aqui.”“Não precisa ir a lugar nenhum. Eu vou convocá-la para vir ate aqui.” O homem

respondeu. Então ele fechou seus olhos e a iluminação no ambiente ao redor das cadeiras

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diminuiu. Quando a coronel olhou novamente, ela viu que homem não estava mais lá. Elesimplesmente sumiu.

A coronel agora estava preocupada. Ela olhou para Estramos, que estava bem relaxado enão mostrava nenhum sinal de medo ou preocupação.

“Estramos, onde você nos trouxe? E quem é aquele homem.” Ela perguntou.“Apenas se acalme, Coronel. Tudo tem seu tempo.”“Mas com ele sabia sobre meus prisioneiros?” a coronel perguntou.“O que ele não sabe?” Estramos perguntou. “Tudo isso não seria problemas se você tivesse

me ouvido quando eu disse para trazer a humana com você. Mas não, você continuou a insistirpara eu ficar focado. Imagine. Você dizendo a um veterano para ficar focado.”

“Fiz para seu próprio bem, Estramos. Alem disso, como eu iria saber que eu tinha quetrazê-la?”

“De qualquer maneira, talvez esteja certa. Você provavelmente nunca saberia onde nósestávamos indo ou quem nós iríamos encontrar. Apenas tente relaxar, principalmente quandoele voltar, para que a gente pegue o que viemos buscar e vamos embora.

***

Nesse momento, Kristen estava em Atlantis com Mahmud e Lynda. Todos estavam olhandoalgumas informações na tela.

“Eu nunca vi tal padrão antes,” Mahmud estava dizendo enquanto olhavam algumas fotosna tela. Eram fotos do planeta que eles acabaram de aterrissar.

“Um asteróide deve ter atingido ele tirando todo esse pedaço.” Lynda respondeu.“Se esse fosse o caso, isso significa que um monte de pedaços dele deve estar flutuando na

nébula.” Kristen disse.“Será que teria vida nesses pedaços flutuantes? Como eles sobreviveram?” Lynda

perguntou.“Isso, se eles sobreviveram ao impacto em primeiro lugar.” Mahmud acrescentou.Então uma luz muito brilhante apareceu no meio da sala de comando e um homem de

roupão azul e vermelho apareceu. Seu corpo estava coberto pelo roupão. Sua cabeça era carecae quando ele abriu os olhos eles brilhavam amarelos.

Kristen, Lynda e Mahmud estavam em choque com a visão. Assim como o resto datripulação. Antes que qualquer um pudesse reagir, o homem olhou diretamente para Kristen.“Por favor, não tema. E diga para sua tripulação não temer.” Ele disse.

Kristen olhou ao redor para sua tripulação e fez um sinal. “Todos, fiquem calmos. Nãoentrem em pânico.” Ela disse.

O homem olhou ao redor e sorriu. “Vocês são todos mensageiros de sua missão ao planetaNivrus. É uma missão muito nobre.” Ele disse.

Kristen tinha certeza que ele estava falando em uma língua alienígena por que seu olhar eraestranho. Ela estava feliz que todos estavam usando seus chips de multi-idiomas.

Mesmo que ele tivesse toda a estatura e estrutura de um homem humano, muitos atributosrevelavam ele como um alienígena. Seus olhos amarelos. Não tinha iris nos olhos, apenas umagrande bola amarela. A única parte do corpo exposta era a cabeça. O resto estava coberto pelo

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roupão. Embora, o contorno de seu corpo podia ser visto. Contorno que mostrava que era umhomem.

Sua cabeça estava completamente exposta. A pele era verde com linhas roxas. Tinha umnariz, uma boca e duas orelhas. E quando falou, Kristen tinha certeza de ter visto dentes dentrode sua boa, mas ela não tinha certeza se eram dentes normais. Mas ela podia ver a brancura dosdentes.

Ele olhava ao redor para as faces em espanto em Atlantis. Depois de olhar para cada um,ele olhou para Kristen.

“Você é a líder dessa missão.” Ele disse. Ele não estava fazendo uma pergunta. Elecomentou um fato.

Kristen assentiu. “Quem é você?” ela perguntou.“Eu sou quem sua seqüestradora veio ver. Elas acreditam que vão conseguir as respostas

dos problemas delas através de mim. Mas eu não queria começar minha consulta com elasozinha quando eu soube que você também acompanhou eles nessa viagem até meu mundo,mesmo que não fosse sua intenção.”

“Consulta?” Kristen repetiu.“Sim. Eu vou deixá-los se consultarem comigo. E eu não quero perder ninguém. É por isso

que eu vim até aqui, para levá-la comigo onde eles estão esperando.”“Eu não quero ir,” Kristen disse.“Você não está sendo convidada por sua seqüestradora.” O homem disse. “Mas eu insisto

que venha comigo. Para que você possa saber das coisas das quais você precisa saber.”Kristen estava hesitante. Ela não tinha certeza o que fazer com o convite do homem. Ela

sabia bem que ela não queria estar na presença da Coronel Havlun, principalmente por que acoronel não a queira junto dela.

“Por que não vai com ele?” Mahmud perguntou. “Você ouviu o que ele disse. Você vaisaber o que precisamos saber.”

Mahmud está certo, Kristen pensou. O homem parecia saber de muita coisa, se não detudo. Talvez essa seja a oportunidade de ouvir muitas verdades, assim como o Rei Zeroptafalou.

“Certo, eu vou com você.” Kristen concordou e colocou seu capacete. Ela virou e olhoupara a tripulação. “Tenho certeza que volto logo com as informações que serão relevantes paranossa missão.”

A tripulação viu quando o homem fechou os olhos. Então ele levantou a cabeça e uma luzbrilhante o certou e a Kristen também. Eles virão a luz ficar mais brilhante e intensa. Então aluz desapareceu, assim os dois.

***

A coronel estava inquieta. Isso se podia dizer pela maneira como ela se comportava.Nos dois primeiros minutos, Estramos olhou ela andar de um lado para o outro ao redor das

cadeiras.“Porque não se acalma, Coronel.” Ele perguntou quando a viu sentar-se na ponta de uma

das ultimas cadeiras e pegar sua pistola.

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“Me acalmar?” ela repetiu. “Você não sabe nada sobre se acalmar. Como posso meacalmar quando minha visita aqui tem sido ameaçada?”

“Ameaçada? Como pode dizer tal coisa? Não foi você quem se recusou a trazer a humana?E o meu contato insistiu que ele não nos veria se a humana não tivesse presente. O que euposso fazer?”

Ela apontou para ele com a pistola. “Isso é tudo culpa sua. Você me trouxe para esseestranho que de repente tem uma queda por meus prisioneiros por alguma razão da qual euainda quero descobrir.”

“Não são seu prisioneiros,” Estramos respondeu. “Você esqueceu que deu eles para mim.”“Seus de fato. Quando eu ainda nem sei se vou pegar as sementes. Apenas reze para que

essa visita valha a pena, se não você não vai ter nada de mim a não ser minha ira.”Estramos sorriu. “Ah! Não posso esperar para ver esse seu lado. Mas enquanto isso, para

de apontar essa coisa para mim e relaxe. Eu não sabia que as coisas seriam assim.”“Como assim você não sabia que as coisas seriam assim? Você já esteve aqui varias vezes

não é?”Estramos assentiu. “Sim. Mas sempre vim sozinho. Nunca trouxe ninguém comigo.”“Tanto faz. Não gosto do fato de que ele tenha que trazer minha prisioneira aqui. Eu sou

quem quer vê-lo. Ele deveria entender.”“E você deveria entender que você está ficando paranóica. Relaxe, Coronel.”Então, uma luz brilhou. Começou com um ponto que estão se expandiu rapidamente como

fogo. Finalmente, ela se tornou uma bola. E como apareceu do nada, foi embora do nada,relevando o homem e Kristen.

A coronel já tinha apontado sua arma para o clarão de luz. Mas quando viu os doisaparecerem ela relaxou e colocou a arma de volta no coldre. Ela andou e vou ao seu lugar.

O homem apontou outra cadeira para Kristen. “Você pode se sentar.” Ele disse.Kristen se sentou e olhou ao redor para a sala quase escura. Ela olhou rapidamente para

Estramos, que estava sorrindo para ela. A coronel estava encarando ela.Qual é o problema? Kristen pensou.Se ele tivesse qualquer problema, ela deveria falar com o homem de roupão e não com ela.

Afinal, foi ele quem trouxe ela até aqui. Ela não desobedeceu nenhuma ordem.O homem se sentou na ultima cadeira. Na posição em que estava ele podia ver claramente

todos eles. Da sua direita vinha Kristen seguida por Estramos e depois a coronel.“Voltei,” ele disse olhando para Estramos e a coronel. “Sinto muito, mas é assim que eu

trabalho. Não vejo ninguém sozinho se tiver outra pessoa junto. Não importa quantos sejam.Estramos deveria ter te contado isso. Mas isso se ele soubesse. E tenho certeza que não sabia.”

“Certo, podemos ir direto aos negócios? Você deve saber por que estou aqui.” A coroneldisse. “Eu sou a razão para, como você disse, ter alguém junto. Tive que entrar na prisão ondeEstramos estava para achar você, por uma razão muito importante.”

“Sim. Posso ver você que esta estressada e muito impaciente. Mas pode ir enfrente e mefalar o propósito de sua visita.” O homem respondeu.

“Eu preciso de Sementes, e preciso rápido. O destino de minha raça depende disso, não forrápido minha raça pode não sobreviver.”

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“Você sempre pegava Sementes de outras fontes. Mas você acha que duas toneladas deouro valem uma vida.” O homem disse.

“Espere,” a coronel ia falar alguma mais parou. Ela olhou para Estramos, que estavasorrindo. “Como você sabe disso? Certo, entendi. Estramos deve ter dado para você algumasinformações sobre minha missão. Você deveria até saber que eu viria.”

“Estramos não me disse nada.” O homem respondeu. “Quando você acha que ele teria ditoisso para mim durante sua viagem até essa nébula?”

“Ele deve ter feito,” a coronel insistiu. “Afinal, ele não estava na minha presença o tempotodo. Ele ficou sozinho por alguns momentos.”

“Coronel, o que está tentando insinuar?” Estramos perguntou. “Que eu mandeiinformações suas? Ficou louco? O que acha que sou?”

“Tudo bem Estramos,” o homem disse. “Ela pode pensar o que quiser, mesmo que taisopiniões possam ser sem fundamentos, em alguns casos, podem ate não serem para um bemmaior.”

“Bem maior?” a coronel repetiu. “O que quer dizer com isso? Que minha missão para asobrevivência de minha raça não seja boa para meu povo?”

“Eu não estava me referindo ao seu povo,” o homem respondeu. “Eu estava me referindoaos seus companheiros nessa missão, Estramos e a mulher de Nivrus.”

A coronel olhou para Kristen e Estramos. “Eles? O que eles tema haver com tudo isso?”“Tudo.” O homem respondeu. “Tudo tem haver com ele por que eles não estão inclusos em

nenhum beneficio vindo de você. Eles nunca tiveram, e nunca terão.”Tanto Estramos quanto Kristen ficaram alarmado. Kristen viu Estramos colocar o dedo no

gatilho e olhar para a coronel, que estava desconfortável.Estramos olhava para ela. “O que ele quer dizer com isso, Coronel?” ele perguntou com

uma voz férrea.“Olha, eu não sei do que ele está falando.” A coronel respondeu. “Não vê que eu também

estou confusa?”“O que está e confundindo?” o homem perguntou.“Tudo que você disse. Você está tentando causar atrito entre nós.” A coronel respondeu.“Estou? Eu acho que não. A pessoa que não teve a chance em se dar bem foi essa mulher

humana. Seria ela e os membros da tripulação que morreriam em suas mãos ou nas mãos deEstramos. Não há duvidas nisso. Sei também que você não vai cumprir seu acordo comEstramos nessa transação. E fora isso, você também não vai cumprir nenhum acordo feitocomigo.”

“Isso é mentira.” A coronel protestou. “O que te faz falar isso? Eu venho comprandoSementes por um tempo.”

“Sim,” o homem concordou. “Mas isso é do mercado negro. Sua real intenção era assimque Estramos te trouxesse ao fornecedor você o mataria e levaria as Sementes. Uma idéiamuito burra.”

“Isso é verdade, Coronel? Então você não vai fazer nenhuma compra? E me fez te trazeraté aqui?” Estramos gritou. A coronel se afastava se seu assento.

“Fique calmo, Estramos.” O homem disse. “Talvez ela não soubesse quem ela iriaencontrar. Por isso ela achou que podia improvisar sua saída. É uma pena.”

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“Olha, eu sinto muito,” a coronel disse. “Eu admito. Eu estava pensando que podia passarpor cima de tudo e levar o que podia. Sinto muito, certo?”

“Como você pode pensar em uma coisa dessas?” Estramos disse.“Tudo bem Estramos. Vocês deveriam se preocupar mais com o destino de vocês depois

que vocês forem embora.”Estramos tirou seus olhos cheios de ódio da coronel. Ele olhou para homem na frente deles.

“O que quer dizer.”“Mesmo que vocês tenham viajado como um grupo até esse momento, seus destinos serão

divididos em três caminhos diferentes assim que saírem daqui.”Kristen não disse uma palavra desde que foi trazida até aqui. Ela ainda estava confusa

sobre o homem e suas revelações. E as revelações sobre a coronel eram preocupantes.O homem virou sua atenção a Kristen. “As pessoas em seu planeta estão esperando por

vocês para resgatá-los. Embora, vocês estão perdidos. Não sabem onde procurar mais. Seuscaminhos apenas os levaram para pessoas ou lugares onde não se pode achar a salvação.”

Kristen concordava com a cabeça. “Eu não sei o que fazer. E eu meus companheirosqueremos ir pra casa, mas mesmo isso não seria uma solução por que nossa casa está a beira dadestruição. Nós deveríamos achar outro planeta para acomodar nossa espécie, mas não épossível. Estávamos esperando nos encontrar com os Criadores antes de encontramos aCoronel Havlun e as Gualdions,” ela disse.

“Sua procura por outro planeta não será a melhor solução. E isso por que seu povo seencontra em um estado de caos e confusão. Eles não estão em posição de embarcar em umaoperação de resgate e evacuação, mesmo se acharem um planeta. Sua melhor solução éencontrar os criadores.” Ele disse.

“Mas como eu encontro eles?” Kristen perguntou.“No curso correto, eu vou guiá-los nisso. Enquanto isso, você deve se separar das

Gualdions. E essa separação deve ser imediata.”“Mas não pode fazer isso!” A coronel protestou. “Eles pertencem a mim! Não pode tirá-los

de mim.”“Coronel, ele me pertencem agora.” Estramos disso. “Eles são parte de nosso acordo, se

lembra?”“Que acordo?” a coronel perguntou. “Eu ainda não vi nenhuma semente e você vem falar

de acordo?”“Já chega,” o homem disse calmamente. “Coronel, você não se qualifica para ter as

Sementes. Você quer saber por quê?”“Por quê? O que quer dizer com isso?” a coronel perguntou.“Você fez algo abominável e cometeu um crime contra a natureza.”“O que?” a coronel perguntou. “Como você?...quem contou a você?”“Ninguém me disse nada,” o homem respondeu. “Eu sei de tudo. Você fertilizou seus ovos

com sementes humanas. E das três delas, uma sobreviveu, e parece que você tem a suasolução.”

“O que?” Estramos perguntou. Ele olhou para a coronel. “Mas você não me disse nadasobre isso!”

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“Por que ela contaria a você se ela tem outros planos para você?” o homem disse. “Nofinal, todos terão o que merecem. Você Estramos, você deveria considerar outros planos já quevocê não vai ser pago e os humanos não vão fazer parte de nenhum acordo.”

“O que?” Estramos rosnou. Sua atenção agora estava com o homem. “Você quer dizer queeu não vou receber nada trazendo ela aqui?”

“O que mais você precisa alem de sua liberdade para continuar procurando por outroemprego melhor? A coronel tirou você da prisão. Isso deveria ser o suficiente para você.”

“E quanto a mim?” a coronel perguntou. “Eu vim ate aqui. Eu sou a razão de estarmos aquiem primeiro lugar.”

“E você também é a razão de não conseguir nada em troca.” O homem respondeu. “Vocênão merece nada de bom que apareça em seu caminho. Nem de mim,nem de ninguém queesteja sentado aqui com você.”

“Mas por que você está fazendo isso comigo? Não pode me ajudar? Eu já disse que sintomuito, eu sinto mesmo. Não vê? Sinto muito.”

“Suas desculpas foram anotadas. Mas assim como sua intenção inicial. Sua raça já foipunida pelos criadores da maneira cruel deles. E mesmo assim você foi ao mercado negro paracontinuar sua linhagem. Você sabe o quanto isso custou a você. Você acha que eu iria te levarate a fonte para você explorar tudo? Não, não vou fazer isso.”

A coronel estava balançando a cabeça. “Então o que será de minha raça?” ela perguntou.“Vocês tem que aceitar seus destinos. E pelo jeito, você pode chamar e confirmar com seu

povo. A ultima semente que você tem não vai sobreviver. Não vai por que se sobrevivessevocê iria começar a caçar humanos novamente. Você tem que entender. Sua raça não vaisobreviver. Ela não foi feita para sobreviver por que foi o que os criadores quiseram.”

“Mas não é justo!” a coronel disse. Ela apontou para Kristen. “E quanto a ela? O mundodela já esta a beira da destruição. Como você pode ajudá-los a encontrar os criadores e nãoposso ter uma chance.”

“Por ela foi sincera e nunca agiu de má fé para machucar ninguém.” O homem respondeu.“Você não pode falar serio sobre o experimento. Tem que sobreviver!” a coronel insistiu.“Você acha?” o homem perguntou. “Certo. Vá em frente. Chama sua raça na nave.

Pergunta a elas.”A coronel apressadamente pegou o dispositivo de comunicação de seu bolso e ligou para a

nave.“Sou eu. Qual é o status do ultimo experimento?” houve uma pausa enquanto a coronel

ouvia. E então ela gritou. “O que? Como assim se desintegrou?”A coronel silenciosamente desligou e colocou o dispositivo de volta no bolso e olhou para

baixo. “Quem é você?” ela perguntou.“Sou apenas o mensageiro.” O homem respondeu. “Eu levo mensagens para aqueles que

precisam delas.”“Mas não foi isso que Estramos me disse.” A coronel continuou. “Ele me disse você era

um fornecedor, que tinha de tudo e poderia torná-las acessíveis.”“Como eu disse, eu sou o mensageiro. Eu posso dar a você o que você quer contanto que

eu saiba que você merece e será de beneficio para você.”

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“Então você pode fornecer armas a Estramos para que ele possa cometer seus crimes comomercenário, mas não pode me dar as Sementes que vão salvar minha raça? Que trabalho éesse?” a coronel perguntou.

“Primeiramente, não cabe a você questionar minhas regras. Você não esta em posição parajulgar sobre mim ou minhas decisões. Eu tenho o direto de determinar para quem, onde equando meus serviços estão disponíveis. Eu determino com quem eu trabalho e não outrapessoa. Secundo, você não tem direito de questionar a decisão tomada pelos criadores paradestruir seu mundo e os homens. Indo ate o mercado negro você está questionando a decisãodeles. E continuando sua existência pelas costas deles, você estava encorajando a raiva delesainda mais.”

“Isso é loucura,” o coronel disse.“O que é loucura?” o homem perguntou. “São os fatos inegáveis que eu disse, ou fato da

intenção agora mesmo é de atirar em cada um nessa sala e sair?”“O que? Quem disse isso?” a coronel perguntou. Estramos logo levantou seu rifle e mirou

na coronel.“Não se preocupe Estramos. Relaxe.” O homem disse. “Ela não tem chance alguma. Ela

está desesperada. Mas ela não entende que as forças dela estão contra ela.”Estramos abaixou o rifle, mas ele ainda estava cheio de ódio. A coronel desviou o olhar.

Ela estava brava e confusa por que não sabia o que fazer.O homem virou para Kristen. “Você será favorecida em seguir sua missão até seu destino.

Mas não será sem seus desafios.”Ele virou para Estramos. “Você deveria estar contente com sua liberdade. É mais que o

suficiente para ser grato, principalmente considerando sua previsão inicial. Você vai pegarmais trabalhos nos dias a seguirem.”

O homem virou para a coronel. “Você não vai saber o quanto da fúria dos criadores vocêprovocou. Todos seus pensamentos são inúteis agora por que você não vai obter sucesso emnenhum deles. Os humanos não são mais seus. Não tem escolha a não ser deixá-los ir.”

“Entendo.” A coronel disse “Pelo menos, eu acho que sim.”“Você deveria. Eles têm um caminho diferente do seu.” O homem disse. “Para os

humanos, vocês vão seguir um caminho cheio de desafios mais nobre.”“Qual caminho?” Kristen perguntou. “Eu não sei onde estamos agora. Sem falar de onde

temos que ir”“Você vai levar isso.” Ele disse. E então Kristen um pequeno e fino dispositivo aparecer

perto do homem. Flutuou por um tempo perto de sua cabeça e depois se moveu dele atéKristen.

“Pegue.” O homem disse. Kristen esticou a mão e pegou o dispositivo. Parecia um telefonepequeno com duas telas na frente atrás. Suas bordas eram de um fio amarelo com preto.

“Quando chegar a sua nave, você vai conectar isso em seu sistema e vai ser compatível.” Ohomem continuou. “Vai guiá-lo para onde vocês deverão ter uma audiência com os criadores.Depois disso, vai guiá-los de volta. Devo avisar que o dispositivo vai durar apenas uma viajem.Isso significa que não podem usar mais de uma vez. Então se assegurem de fazer o melhor quepuderem para não perderem essa chance.”

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Ele virou para a coronel novamente. “Devo aconselhá-la a levar seus perdas e decepçõesem boa fé. Repito, deixe os humanos irem. Não tente nada para machucá-los. Se fizer, vocêterá apenas a si mesma para culpar”

“Então é isso?” Estramos perguntou. “Vamos em caminhos separados então?”O homem assentiu. “Todos vão partir. Para você Estramos, não precisa retornar a nave

Gualdion. Pode achar seu caminho daqui mesmo.”“Mas e quanto a mim?” a coronel perguntou. “Eu não sei sair desse lugar.”“Não se preocupe com isso.” O homem respondeu. “Você vai seguir a nave dos humanos

para sair da nébula. Depois você pode achar seu caminho de volta ao seu mundo, enquanto oshumanos embarcam na jornada deles para encontrar os criadores. O dispositivo que dei aoshumanos vai tirá-los da nébula ate um ponto seguro onde devem se separar.”

“Como vamos voltar as naves sem Estramos?” A coronel perguntou.“Eu vou guiá-los até lá.” O homem respondeu.A coronel olhou para Estramos. “Acho que isso então? Me desculpe por tudo isso. Eu não

sabia que iria acabar assim.”Estramos assentiu. “Uma pena não é mesmo? Você tem meu numero, pode sempre me

achar. Espero não ser preso novamente. Talvez devemos experimentar caminhos de mutuacooperação.”

A coronel olhou para Kristen e balançou a cabeça. “As vezes a vida não é justa. Você émuito sortuda. Mas como eu disse, é só isso, sorte. Nada mais.”

“Ou talvez seja nosso destino.” Kristen disse.“Não importa. Você teve sorte, e é isso.”O homem fechou seus olhos e uma luz apareceu. Como esperado, um luz apareceu em cada

um. Logo eles desapareceram e a sala ficou vazia.

***

Estramos apareceu bem perto de uma rua velha e suja. Ele olhou ao redor e olhou seu rifle.Estava carregado e operando.

Ele olhou para o céu e tentou ler as estrelas. Ele não sabia o que fazer. Ele viu alguémvindo. A pessoa usava um chapéu calças e camiseta.

“Olá, camarada.” Estramos disse. “Onde exatamente eu estou? Ainda estou na Nébula deGaius?”

A pessoa olhou para ele. Quando fez isso a pessoa revelou seu rosto de um largato.“É claro que está em Gaius. Você está bêbado ou coisa assim?”“Sinto muito, acho que me perdi.” Estramos disse. “Como eu chego na estação de meio de

transporte mais perto?A pessoa apontou. “Siga por aquela intercessão. Fica a uns vinte metros. Você achara

veículos para te levarem onde quiser.”Estramos assentiu. “Muito obrigado, amigo. Ele virou e começou a andar.Ainda tem esperanças para mim, Estramos estava pensando.Ele tinha que procurar algo para manter-lo ocupado.

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***

A coronel apareceu dentro de sua nave. Sua aparição repentina assustou sua tripulação. Muitasapontaram sua arma para ela. Mas quando viram a coronel elas relaxaram.

“Desculpe, Coronel.” Uma delas disse. “Achamos que estávamos sob algum tipo deataque.”

“Tudo bem,” a coronel disse. Ela foi ate seu assento e sentou.“Como foi?” outra perguntou.A coronel balançou sua cabeça com tristeza. “Nada.” Ela respondeu.“Nada?” ela repetiu.“Sim,” a coronel respondeu. “Eu não consegui nada. Sem Sementes. Nada.”“Mas por quê? O que aconteceu?”A coronel apontou para Atlantis que estava estacionada ao lado. “Isso aconteceu.” Ela

disse. “Por alguma razão desconhecida, nosso contato se recusou nos dar as Sementes. Elepreferiu favorecer eles, e ainda deu dicas de como eles vão chegar e encontrar com oscriadores para salvar o planeta deles. Tudo por minha conta. Acredita? Eu foi quem trouxe elescomo prisioneiros e mesmo assim ele favoreceu eles e abandonou nossa causa.”

“Não podemos permitir isso, Coronel.” Outra disse.“Vamos destroçá-los.” Outra disse.“Ou podemos explodi-los agora mesmo.” Outra disse.A coronel levantou sua mão. “Não, ainda não. Estramos se foi. Eles são nossa única saída

dessa nébula. Sei quando podemos matá-los. Será quando saímos dessa nébula. Então vãosentir minha ira.”

“O que fazemos, Coronel?” outra perguntou.“Esperamos,” a coronel respondeu. “Vamos segui-los para fora daqui. Enquanto isso, eu

quero todas vocês em suas estações e arme todas suas armas e mísseis. Deixe os prontos paraminhas ordens.”

As guerreiras obedeceram e começaram a trabalhar enquanto a Coronel Havlun olhavaAtlantis.

***

Mahmud e Lynda estavam sentados pertos um do outro olhando os monitores quando Kristenapareceu. Eles se assustaram, mas não ficaram com medo como ficaram da primeira vez.

“Você voltou!” Mahmud disse.“Mas está sozinha,” Lynda disse. “E aquele cara?”“Ele nos deixou, eu acho.” Kristen respondeu.“Então, o que aconteceu?” Mahmud perguntou.“Foi uma loucura, honestamente.” Kristen disse. “Aquele coronel alienígena foi humilhada

por ele. Ele nos disse sobre todos os segredos dela. Ela é louca. Ela queria nos entregar comopagamento para aquele monstro louco do Estramos. E ela nunca iria fazer barganha nenhumacom esse cara.”

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“Eu disse que elas nunca deveriam ser confiadas.” Lynda disse. “Mesmo que alguns de nosinsistisse que elas eram gostosas.” Ela disse olhando Mahmud.

“O que? Eu só estava dizendo a verdade. Elas são gostosas.” Mahmud disse.“Bem, não importa, vamos sair daqui agora mesmo.” Kristen disse. Ela deu o dispositivo

para Mahmud. “Rápido, conecte isso em nosso sistema. Isso vai nos guiar todo a caminho atéos criadores. Ele deu para mim.”

“Jura? Não acredito!” Mahmud disse. “É pra já Capitã.” Ele disse e correu ate sua estação.Kristen pegou o microfone. “Quero que todos vocês vão para seus postos e fiquem prontos.

Acho que vamos dar uma guinada em nossa missão. Vamos logo deixar essa nébula e vamosaté os criadores. As alienígenas vão nos seguir por que vamos guiá-las para fora da nébulatambém. Mas eu acho que elas vão bancar as espertinhas quando sairmos. Elas não estãofelizes conosco. Então fiquem atentos e prontos para manobras evasivas.”

A tripulação de Atlantis começou a se apressar a seus postos e se preparar para decolar.Quando decolaram Kristen olhou para fora e viu a nave vespa seguir Atlantis.Kristen estava se perguntando por que o homem colocou a saída das Gualdions nas mãos

de Kristen. Depois de tudo que ele revelou, ela esperava que ele as manteriam o mais longepossível. Mas por alguma razão ele mandou elas seguirem Kristen.

Ela tirou sua cabeça de toda a situação que aconteceu na sala e focou na viagem a frente.“Mahmud, como o dispositivo está funcionando?” Kristen perguntou através do radio.“Está funcionando bem.” Mahmud respondeu. “Está conectado ao nosso sistema e trocou

tudo para o piloto automático. Ele está tirando Atlantis dessa nébula.”“Certo. Fique de olho.” Kristen respondeu. Então ela pegou seu tablet com o aplicativo de

navegação. Ela olhou o funcionamento e ele já tinha atingido 92 por cento. Assim que saíremda nébula ele já vai ter atingido 95 por cento.

“Capitã.” Uma voz veio do radio. Era a Coronel Havlun. “Por que o atraso? Não estão semovendo rápido.”

“Não estamos pilotando, Coronel.” Kristen respondeu. “Você estava lá quando ele me deuo dispositivo e ouviu o que ele falou.”

“Oh. Então isso significa que você não pode ir mais rápido?”“Não estamos controlando nada aqui.” Kristen respondeu irritada. “Qual é a presa?”“Estou surpresa com você Capitã. Você achou o caminho para conseguir o que queria e não

está com presa de segui-lo.”“Não tem como ficarmos com presa se nossa velocidade e destino não estão em nossas

mãos, Coronel.” Kristen respondeu. “Você deve se acostumar com nossa velocidade.”A ligação foi desligada. Kristen podia imaginar a coronel em fúria em sua nave. Mas ela

não se incomodava. O que ele queria saber era como eles iriam manobrar Atlantis quando asGualdions começassem a atacar.

Logo Atlantis chegou perto das nuvens que cercavam a nébula. O dispositivo controlava asmanobras que desviava dos objetos. Enquanto Kristen observava os movimentos que Atlantisfazia Lynda a chamou no radio.

“O que foi?” Kristen perguntou.“É a nave vespa, Capitã,” Lynda disse.“O que tem com ela?”

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“O dispositivo instalado alertou sobre a nave vespa. Eu não sei como, mas ele nos deu umraios-X da nave delas.” Lynda continuou.

“O que a analise do raios-X diz?” Kristen perguntou.“Um momento, por favor.” Lynda disse.Alguns segundos depois Kristen recebeu uma mensagem em seu monitor. Ela abriu o

arquivo e viu a foto da nave vespa. E viu o interior da nave.“O dispositivo fez isso ou você fez?” Kristen perguntou.“O dispositivo, Capitã.” Lynda respondeu.“O que elas estão armando?” Kristen perguntou enquanto olhava para a nave.“Primeiro o dispositivo tinha lido elas como não hostis. Mas agora ele leu novamente e diz

que todas as armas e mísseis estão armados direto para nós.”“Aquelas loucas.” Kristen disse. “Mesmo depois de tudo, a coronel ainda pensa do mesmo

jeito.”“O que vamos fazer, Capitã? É obvio que elas vão nos atacar assim que conseguirem.”“Não podemos fazer nada, Lynda.” Kristen respondeu. “Eu fui avisada que o dispositivo

funciona apenas uma vez. Se tirarmos para fazer nossas próprias coordenadas pode ser nãoconseguiremos ligá-lo novamente. E isso colocaria tudo em risco.”

“Mas, Capitã. Vamos apenas sentar a assistir?”“Não podemos arriscar perder o dispositivo, Lynda.”“Então vamos apenas sentar a assistir enquanto somos explodidos?”“Acho que não, Lynda. Eu acredito que o dispositivo está monitorando tudo e tem um

plano de saída para nós. Todos devem permanecer em seus lugares e prontos para qualquercoisa.” Kristen respondeu.

Na frente deles varias nuvens e corpos passavam a centímetros da nave. A turbulênciaagora era bem maior do que quando eles chegaram. Mas isso não preocupava Kristen. Era aameaça da nave vespa que estava deixado ela desconfortável.

“Tem alguma leitura vindo do dispositivo?” Kristen perguntou.“Nada ainda,Capitã.” Mahmud respondeu. “Na maior parte do tempo ele trabalha

profundamente no sistema, de vez em quando ele dá algumas coisas, como quando nos dissesobre a nave vespa. Tirando isso, nada mais significativo.”

“Tenho certeza que está planejando uma saída de um ataque.” Kristen respondeu.“Por que acha isso, Capitã?” Mahmud perguntou.“Eu não acho que o homem nos deixaria morre assim. Não depois de tudo que ele revelou.”

Kristen respondeu. “Acredito que ele antecipou isso.”Na tela principal da sala apareceu uma mensagem em letras maiúsculas e em vermelho:

AVISO! ATAQUE EMINENTE! AVISO! ATAQUE EMINENTE DAS GUALDIOSN!AVISO! ATAQUE EMINENTE! AVISO! ATAQUE EMINENTE DAS GUALDIOSN!

Outra mensagem apareceu na tela: MANOBRAS TRATICAS DE EVASÃO ATIVADAS,“Isso foi você ou o piloto automático?” Kristen perguntou.“Não, Capitã,” Mahmud respondeu. “Foi o dispositivo. Ele iniciou uma seqüência.”Sem aviso Atlantis começou a girar 360 graus. Quando completou a volta ela entrou em

uma nuvem a frente cheia de asteróides. Atlantis se desviava com facilidade e atrás deles podiaouvir as explosões. Era obvio que vinha dos tiros que atrás desviava.

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As manobras de Atlantis eram ariscadas. Não tinha coordenação nem padrão. Ela seguiaem frente para um asteróide como se fosse uma colisão, mas desviava no ultimo segundo.Explosões ocorriam ao redor deles. E eles se moviam rápido.

Enquanto tudo isso acontecia, Kristen olhava para seu aplicativo. Ele mapeava as manobrase ainda tinhas as coordenadas. De repente Atlantis começou a girar novamente. E elesperceberam que voavam em direção da nave vespa.

“O que aconteceu? O que está acontecendo?” Kristen gritou enquanto a nave vespachegava mais perto. As armas estavam atirando, mas Atlantis continuou a se livrar dos tiros eseguir em frente.

“Talvez as Gualdions hakearam o dispositivo.” Lynda disse.“E tentar nos atropelar ao mesmo tempo?” Mahmud perguntou. “Impossível. Elas não

queriam se destruir também.”“Talvez sim,” Kristen disse, percebendo que o dispositivo deve ter parado de funcionar.Todos os membros da tripulação estavam gritando de medo enquanto a nave chegava mais

perto. Kristen fechou os olhou esperando pelo pior.No ultimo momento, Atlantis saiu do caminho da nave vespa, fazendo uma curva muito

forte para a esquerda. No processo, a nave vespa virou para a direita. Mas enquanto a manobrade Atlantis foi calculada e planejada,a das Gualdions causou medo. No processo as Gualdionsnão perceberam um asteróide enorme que surgiu atrás elas. Não tinha jeito de escapar.

De canto de olho, a Coronel Havlun viu Atlantis se esquivar de repente. E então ela viuessa enorme rocha aparecer. Elas foram quem voaram em direção a ele. Houve um barulhoenorme quando a pedra partiu a nave como uma faca na manteiga. As guerreiras gritavam eativaram para tentar quebrar outras partes da rocha.

A ultima imagem que ela viu antes da nave entrar em chamar foi de Atlantis voando asalvo. Então a nave vespa se tornou uma bola de fogo.

Assim que voavam, Kristen viu uma enorme bola de foro engolir a nave vespa. Elespodiam ver mais e mais explosões vindo da bola.

Agora, Atlantis tinha para com suas manobras bruscas. Eles estavam voando para fora dasnuvens para o espaço cheio de estrelas.

Kristen suspirou de alivio.Na sala ouviram gritos de comemoração dos membros da tripulação. Todos estavam felizes

e gratos.Ainda há esperança para nós. Kristen pensou enquanto eles iam em direção ao espaço.

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CAPÍTULO OITO

“Capitã. Capitã. Capitã.”Um chamado persistente parecia vir de longe.Ela relutou em abrir os olhos. Era como se um peso tivesse neles. Ela viu que uma luz

brilhante estava vindo do lado de fora. Ela piscou para tentar reconhecer o ambiente. Logo elacomeçou a reconhecer as pessoas ao redor dela. Ela sentou na cama. Ela estava em uma camacom lençóis brancos. Ela estava vestida com um longo vestidos branco lindo.

Ela olhou ao redor. Reconheceu Lynda, Mahmud e logo foi reconhecendo outros membrosda tripulação. Assim que reconheceu os membros ela ficou mais familiarizada com o ambiente.Uma mesa apareceu, então uma parede, chão teto e janelas. O quarto pareceu ganhar forma. Eassim que isso aconteceu, algo estanho aconteceu. Todos os rostos ao seu redor começaram amudar.

Lynda. Mahmud.O que está acontecendo? Ela tentou perguntar. Mas não tinha voz.Se eles entendiam sua tentativa, eles se recusavam a responder. Ou talvez não quisessem

responder. Ou apenas não podiam responder.Então, ficavam apenas de pé olhando ela. Então seus rostos e seus corpos começaram a

mudar. Eles começaram a ficar distorcidos.Kristen cobriu os olhos com as mãos e começou a gritar.Silencio.O silencio que ele sentiu era tão auto e tangível. Era como se ela pudesse sentir na própria

pele. Ela abriu os olhos mais uma vez e olhou ao redor.“Onde eu estou?” Kristen perguntou, sem saber onde estava.“Kristen, amor.” Uma voz chamou. Ela olhou ao redor para ver William, seu noivo, ao lado

dela. Ele estava de jeans e camiseta azul e um buque de flores na mão. Ela foi ate ele a oabraçou.

“Tudo bem, amor,” William respondeu. “Apenas procure descansar.”“O que aconteceu? Onde estou?” Kristen perguntou.“Você precisa descansar, meu amor.” William disse. Ela viu ele colocar as flores em um

vaso na mesa. Tinha uma janela ao lado da parede, e tinha luz solar entrando no quarto. Ascortinas estavam abertas.

Ela olhou para a luz brilhante e reconheceu os prédios altos. Aviões no céu e pássaros. Etudo começou a mudar. Tudo começou a pegar fogo, os prédios, os aviões e então o quarto eWilliam pegaram fogo. As janelas, porta, chão, fogo por toda parte.

Kristen gritou e tentou ir até William. Ele estendeu sua mão para puxá-la. Mas quanto maisele tentava alcançá-la mais longe ele ficava dela. Então um abismo invisível ficou entre eles.

“William!” ela gritava. Mas era tarde demais. Era como se uma força tivesse levadoWilliam. Kristen viu a força invisível move-lo de um lado para outro.

Kristen não tinha certeza se ela estava caindo ou Willian estava sendo levado.

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Mas será que isso importa, ela ponderou. O fato que era a separação deles ficava cada vezmaior. Então todo o quarto foi tomado por fumaça e fogo. Ela tirou sua atenção de Williamque pareceu ter sido puxado das chamas. Ela lutou para levantar. Mas parecia que corpo estavapreso. Mas ela lutava para se mover, mais forte era a força que a mantinha ali.

Então a cama começou a girar, e ela podia sentir as chamas. Então a cama ficou de pontacabeça. Ela encarou um buraco negro. Ela podia ver uma luz no final do buraco.

Kristen esticou as mãos e ficou surpresa de vê-las se movendo. Alguns momentos atrás elanão conseguia se mover.

Contente, ela foi indo mais ate que ela caiu da cama. Ela se sentiu caindo e caindo. Maisfundo no buraco negro.

Acima dela ela podia ver as chamar. De baixo dela ela se via caindo para uma luzmisteriosa.

A luz ficava maior e maior. De um pequeno ponto para uma bola de tênis, futebol e ficandomaior.

E então tinha luz por toda parte.“Capitã. Capitã. Capitã.”O chamado era bem alto e persistente.Ela piscou varias vezes e abriu os olhos.Mahmud estava ao seu lado. “Capitã, você esta bem?” ele perguntou. Seu rosto estava

cheio de preocupação. “Acho que sim.” Kristen respondeu. “Onde estou?”“Estamos em Atlantis, Capitã.” Mahmud respondeu. “Onde mais você acha que

poderíamos estar?”Kristen olhou ao redor. Eles estavam na sala de controle de Atlantis. Ela balançou a

cabeça. “Eu não sei. Eu tive um sonho muito estranho. O que aconteceu?”“Talvez exaustão da viagem,” Mahmud disse. “Ou pode ter sido o alivio de se livrar das

Gualdions, que te derrubou por um tempo.”“Mas nós passamos por algum buraco ou portal, um salto para chegarmos aqui, eu

acredito.” Kristen perguntou.“Sim” Mahmud perguntou. “Eu perdi a conta depois que passamos pelo nosso décimo

quinto buraco negro. Deve confessar que para onde estamos indo é muito longe.”“Você tem razão. Mahmud, mas qual é nossa situação agora?”“O dispositivo deu um sinal, eu mandei para você, mas como você não respondeu, eu vim

aqui para ver você. Você estava apagada por um bom tempo.”“Entendi. Qual o sinal?” Kristen perguntou.“Estava dizendo sobre uma chegada eminente.” Mahmud respondeu.Kristen olhou em seu monitor e viu a mensagem: CHEGADA AO DESTINO EMINENTE.“Chegada eminente?” Kristen repetiu. “Talvez chegamos aos domínios dos Criadores. Não

acha?”“Eu realmente não sei o que pensar, Capitã. Talvez você devesse dar uma olhada.”Kristen olhou para fora e visão era irreal. Ao invés de uma noite escura e céu cheio de

estrelas, outros planetas ao redor, tudo era branco, claro como o céu e com nuvens visíveispicos de montanhas. O chão era marrom e boa vegetação. E então ela viu rios e riachos.

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“Que lugar é esse? É a Terra?” Kristen perguntou.A expressão de Mahmud mostrou que ele não sabia de nada. Ela olhou seu aplicativo e viu

que ele tinha parado de mapear. Nem estava mais funcionando.“Meu aplicativo não esta mostrando as coordenadas.” Kristen disse. “Como isso é

possível? Por que ele não estaria pegando as coordenadas?”Ninguém respondeu. Todos estavam impressionados e continuaram e olhar a paisagem.Ela não podia culpá-los. Para todos abordo, a ultima vez que viram tão coisa foi quando

estavam na Terra. Isso foi há anos atrás.Kristen olhou seu monitor. Ela digitou.“A atmosfera daqui é muito boa. Quase como a da Terra.” Kristen disse.“Tem certeza, Capitã? Mahmud perguntou. “Olhe no que as leituras estão dizendo.”Kristen olhou para os monitores novamente. De repente, eles começaram a falhar, como se

houvesse uma interferência. Quando ficou estável, as leituras estavam diferentes.“O que?” Atmosfera venenosa?”Kristen disse. “Mas como?Estava normal a alguns

momentos atrás.”“Bem, talvez nos deus a leitura de quando ainda estávamos em atmosfera saudável. E agora

não estamos mais.” Mahmud respondeu.“Que tipo de explicação é essa?” Kristen perguntou. “Você ouviu o que você disse,

Mahmud? Como pode ter diferentes leituras de uma atmosfera?”“Eu não sei o que dizer,Capitã.” Mahmud respondeu.O que tem para dizer? Kristen perguntou.Lá fora, Atlantis tinha deixado para trás a vegetação verde e começou a voar por um campo

de flores. O campo se estendia por milhares de quilômetros até onde a vista alcançava. Era ummar de flores.

Logo a frente, eles podiam ver uma linha de montanhas altas. Atlantis estava indo emdireção a elas.

Atlantis se aproximou de uma que tinha uma clareira onde podiam pousar perfeitamente.“Chip, todos.” Kristen anunciou no microfone. “Todos os membros os membros da

tripulação coloquem seus chips de comunicação antes de desembarcarem.”Todos se apressaram para fazer o que ela mandou. Kristen observou lá fora. Eles pousaram

no alto da montanha. Tinha algumas flores ao redor deles. Ela via luz branca vindo até eles.“Mahmud,” Kristen chamou. “O que é aquilo?”“Eu não sei, Capitã,” Mahmud respondeu.“E aquele dispositivo?” Lynda perguntou. “O que ele está dizendo?”“Nada.” Mahmud respondeu. “Não está dizendo nada. Talvez não seja mesmo uma

ameaça.”“Olhe de novo o nosso sistema.” Kristen mandou.Lynda olhou no monitor dela. “Negativo Capitã,” ela respondeu. “Nossos sistemas não

estão detectando nenhuma ameaça.”“Então talvez não seja uma ameaça. O que o dispositivo diz?” Kristen perguntou.“Está em silencio. A única mensagem na tela é: CHEGADA.” Mahmud respondeu.“Chegada?” Kristen repetiu. “Isso significa que nós chegamos?”

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Então ouve um clarão repentino de luz. A luz era tão clara e parecia vir da mesma direçãoda luz que vinha ate eles. De impulso, todos em Atlantis cobriram os olhos com suas mãos. Aintensidade da luz era tanta que ninguém podia olhar diretamente.

Logo, a luz reduziu. Quando todos abaixaram suas mãos descobriram que estavam do ladode fora com as flores. Kristen e o resto da tripulação olharam ao redor. Atlantis estava atrásdeles. Eles estavam sem capacetes. Eles não precisavam.

Como eles viram parar do lado de fora sem usar as portas? Kristen pensou. O mesmopensamento estava na cabeça de todos. Todos olhavam confusos quando perceberam que a luzque vinha até eles parou ao lado deles. Se dividiu em suas ondas e desapareceu. No lugarapareceu um homem. Ele sorria e tinha um longo cabelo dourado. Em seu lindo rosto sorrindotinha uma coroa feita de ouro na qual vários cristais estavam brilhando e refletindo a luz. Eleusava um roupão inteiramente branco. Tinha bordados dourados nas pontas.

Kristen e a tripulação estavam olhando o estanho. Todos começaram a dar passos para trásde medo.

O homem sorriu e levantou a mão. “Não tenham medo habitantes de Nivrus.” Ele disse dealto e bom tom.

Kristen ficou surpresa que ele não tinha nenhum microfone ou transmissor. Mas todosouviam sua voz perfeitamente.

Como é possível se comunicar conosco diretamente? Kristen pensou.Mesmo que eles não tivessem seus chips Kristen não podia saber como a comunicação era

possível.“Quem é você?” Kristen perguntou quando finalmente criou coragem.“Sou quem você quer que eu seja.” Ele respondeu. “Não tenha medo.”Kristen olhou para a tripulação. Não tinha mais medo nos olhos deles. Apenas curiosidade.“Você precisa de respostas.” O homem disse. “Seu mundo cai em caos e destruição. E

vocês também viajaram um longo caminho ate aqui. Venha comigo.” Ele disse dando as costaspara eles.

Assim que chegavam mais perto dele, ele começou a andar para a montanha. Eles andavamentre as flores. Kristen percebeu depois de pisar em uma flor, elas se erguiam novamente.Todas as flores do caminho deles pareciam intactas.

Logo ele chegou na montanha e uma parede se abriu revelando grandes portões. Os portõesse abriram e eles entraram em uma grande sala. Nela tinha uma grande mesa redonda comvarias cadeiras.

O homem fez um gesto. “Por favor. Sentem-se.” Ele disse. E os membros de Atlantis sesentaram em silencio. O homem andou ao redor deles.

“Vocês conseguiram ir onde nenhum outro homem foi antes.” Ele disse. “Sei que a jornadanão foi fácil. Mas por causa de sua fé e dedicação, vocês continuaram. E por causa de seu focoestão aqui hoje.”

“Quem é você?” Kristen perguntou sem pensar.“O homem sorriu. “Quem você acha que eu sou?”ele perguntou.“É nosso criador?” Kristen perguntou.“Somo chamados de criadores por muitas pessoas. Mas os criadores na verdade são apenas

construtores. Recebemos nossas ordens de serem maiores de hierarquia e não podemos fazer

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nada sem a permissão do Supremo. É apenas as ordens dele que seguimos.”“Quantos vocês são?” Kristen perguntou.“Somo muitos,” ele disse com um sorriso. “Talvez nossa conta não seja um numero que

você possa reconhecer. Ainda mais, ninguém sabe exatamente alem dele, o Supremo. Masnesse universo somos três.”

“Quem é o Supremo?”“Ele tem muitos nomes, o supremo, o criador. Ele é um, o que desenha, quem decide,

aquele a quem recorremos em todas as situações. Como salvar seu mundo.”“Pode nos ajudar? Pode salvar nosso mundo?” Kristen perguntou.“Primeiramente devem entender que seu mundo está sofrendo por causa dos erros de seus

lideres.” O criador respondeu. “E meus parceiros e eu inicialmente queríamos deixá-lo a seudestino.”

“Seus parceiros?” Kristen repetiu.O criador assentiu. “Como eu disse, somo três. Os outros dois estão fora atendendo outros

problemas em outras dimensões. Eu deveria ter indo com ele também mas fiquei sabendo dachegada de vocês, e decidi fica para recebê-los . Não me deixaria contente saber que viajaramtão longe por mim e eu e por seu mundo e chegarem aqui e não serem recebidos.”

“Muito obrigada por isso.” Kristen disse. “Apreciamos mesmo sua bondade econsideração. Mas acho que queremos mesmo saber nosso destino e o destino do nossoplaneta.”

“Está certe. O destino do seu mundo está em suas mãos. E quando eu me refiro a você, eunão faço referencia apenas para vocês bravos exploradores sentados aqui. Estou me referindoaos seus lideres. Cada um de vocês é responsável pela situação em que Nivrus se encontra. Ecada um de vocês ira determinar o destino da Terra.”

Ele virou e apontou para as estrelas. “Sua missão era ir atrás de outro mundo. E a intençãode seus lideres era mudar para esse novo mundo e deixar tudo para trás. Mas ai eu te pergunto– você acha mesmo que tem algum mundo que não é habitado? E mesmo que você achasseum, como sua raça iria fazer para ser adequado? E mesmo que eles adequassem, quais asgarantias que eles não iriam cometer os mesmo erros novamente? Qual garantia de que eleslogo não mandariam outra missão como a sua para achar outro planeta? O circulo nuncapararia. Apenas iria continuar e continuar.”

“O que pode fazer para nos ajudar? Não podemos permitir que a Terra seja destruídadaquele jeito.” Kristen implorou.

“Para resolver seu problema, é sempre bom entender as causas do problema.” O criadorrespondeu. “No seu caso, seu problema começou por que sua raça foi cruel consigo mesma. ORei Milda falou bastante sobre isso. Em muitos mundos, seus habitantes não podem entendercomo seu povo pode ser tão cruel com seu próprio mundo com tanto abandono e imprudênciaapenas para procurar outro lugar pra correr. Não é o jeito de resolver o problema. Sua raça vaiter olhar mais profundamente para dentro de si, refazer e jurar que nunca vão tentar algo tãosuicida e exploratória de novo.”

“Eu tenho certeza que nunca mais vamos fazer tal coisa, senhor.” Kristen disse. “Elesaprenderam a lição.”

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“Mas o que faz você pensar que eles aprenderam? Não é verdade que o leopardo nuncamuda seus hábitos? Mas então, e se o leopardo trocasse de pele e então se tornasse um búfaloou rinoceronte? Ele ainda terá os mesmo hábitos de um leopardo?”

“Eu não sei,” Kristen respondeu. “Eu honestamente não sei.”“Eu vou te dizer algo. Há muito tempo atrás, séculos antes de seu mundo, tinha um planeta

em sua galáxia chamado Xernin. Diferente da Terra, Xernin era abençoado com apenas umrecurso mineral chamado Blasto. Elas não tinham óleo, ouro, ferro, metal e outros recursosprecisos como a Terra tem em abundancia. Era apenas o Blasto.”

“Agora, por que eles sabiam que Blasto era o único recurso em seu planeta, elesexploraram e utilizaram com cuidado. Eles garantiram que não seria minada por qualquer um.No processo, eles desenvolveram Xernin em um lindo planeta. Onde seres de outros planetasvinham interagir com eles. Blasto era o sustentava a vida do planeta. Era Blasto que elesexportavam para outros planetas por dinheiro.”

“Mas sabe um fato bem particular de Xernin? Blasto não era um recurso que você tira dochão, ou do solo, ou dos mares e oceanos ou de florestas. Não, Blasto era tirado dos corposdeles. Sim, os corpos das pessoas de Xernin eram a fonte de Blasto. Tudo que eles precisavamfazer era se lavar. Quando faziam isso a água que escorria de seus corpos era recolhida eexporta a luz do sol. Depois de algumas horas, a água virava uma pedra. E era assim que sefazia Blasto.”

“Então para terem mais Blasto, as pessoas de Xernin simplesmente tomavam banho ecolocavam a água no sol. Embora, o processo era rígido e regulado. Nem todos podiamcultivar Blasto por conta própria. Você tinha que pedir permissão e licença do governo. E aspessoas desse planeta eram capazes de conviver em paz e harmonia. Outros planetas vinhamaprender com Xernin como construir algo assim.”

“Milhares de anos depois, depois da formação de Nivrus, sua raça começou a visitarXernin. E não muito tempo depois as pessoas da terra começaram a colocar idéias nas cabeçasdo povo de Xernin. Quais eram era idéias? Idéias de rebelião, revolução e agitação paratratamentos melhores, liberdade, igualdade de recurso. Os terráqueos convenceram oshabitantes de Xernin a esquecer seus lideres e tudo que eles conquistaram. Eles osconvenceram a se tornarem mestres de suas próprias produções, sem assistência, supervisão ecoordenação.”

“Essas idéias das pessoas de Nivrus introduziu eram estranhas. Tudo era bem egoísta.Nenhum outro mundo pensava em tais coisas. Ninguém pensou em introduz tal maldade emXernin a não ser as pessoas de Nivrus. E isso levou Xernin a destruição. Por quando o governoperdeu o controle, a sociedade de Xernin morreu. Você não pode explorar recursos assim semter conseqüências. Para Xernin a conseqüência foi a queda drástica da população. Quanto maisas pessoas exploravam recursos sozinhas, mas pessoas morriam.”

“Mas e mais pessoas ficaram fixadas e produzir seu próprio Blasto. Isso os levava a dormirdentro de contêineres de água. Muitos morreram de afogamento. Outros de frio. E assim apopulação foi morrendo.”

“Seus lideres tentaram avisar as pessoas, mas eles não ouviam. Antes de Nivrus, Xerninviva prosperamente e depois de Nivrus, ela morreu rapidamente. Nivrus levou eles aoapocalipse. Nivrus destruiu Xernin.”

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“Cada ação individual ou de uma raça vai levá-los a conseqüência. No caso de Xernin elesperderam seu mundo e de todo o Blasto. Para Nivrus era questão de tempo para descobriremseus recursos e explorá-los. Mesmo com vários avisos, não foi o suficiente antes de causaremuma catástrofe. Eles apenas continuaram. Agora olha como eles vão colher os frutos que elesplantaram em Xernin.”

Todos os membros da tripulação ouviram com atenção o que o criador estava dizendo.Quando ele parou, eles olhavam chocados.

“Por que estão tão tristes?” o criador perguntou.“Senhor, é de partir o coração saber que não apenas causamos nossos problemas, mas

também os de outros.” Kristen respondeu.“De fato.” O criador concordou. “Esse dilema eu e meu companheiros estamos discutindo

há um tempo. Sabe, de um lado alguns de vocês – como esses nessa missão – sinceramenteacreditam que vocês podem mudar as coisas. Mas de outro lado o impacto de sua raça pode serdesastrosa e devastadora. Quero dizer, se vocês conseguiram destruir o maravilhoso mundo deXernin, e depois destruir seu próprio planeta, o que mais vocês seriam capazes de fazer com oresto do universo?”

“Por fazer, se tem qualquer coisa que você pode fazer, faça pelas pessoas que ainda seimportam.” Kristen implorou. “Vamos fazer de tudo para convencer nossos governos e pessoasa mudarem o jeito destrutivo e cuidar de Nivrus.”

“Que impacto poucos de você teriam em um planeta como o seu?” o criador perguntou.“Como podem atingir tantos deles?”

“Vamos tentar de tudo. Nós vimos, ouvirmos, experienciamos tanta coisa durante essajornada. Isso vai nos auxiliar em mudar nossos costumes. Alem disse, aqueles na Terra já estãoexperimentando as conseqüências com o mundo se desfazendo aos poucos. Assim que tiveremoutra chance, eles vão mudar. Eles vão poder ver a razão em nossos argumentos.”

“Eu acho que vai ser o suficiente para nos, os criadores, levar seu caso ao Supremo.” Elerespondeu. Cruzou seus braços e fechou os olhos por um tempo.

“O que queremos ver é um esforço das pessoas para fazer mudanças. Se colocar dedicação,zelo e comprometimento em causa tão nobre, e um pouco de fé, então seus esforços vão serrecompensados. Assim como foram nessa missão. O Supremo aprovou.”

“Provou? Então o que acontece agora?” Kristen perguntou.“Posso ver sua expectativa, e sua expectativa será alcançada.” O criador respondeu. Ele

levantou as mãos. Os membros de Atlantis viram uma luz brilhar entre as mãos dele. “A partirde agora, o planeta Nivrus está restaurado.” O criador pronunciou.

O criador sorrindo. “Podem ir agora.” Ele disse. “O dispositivo do mensageiro vai leva-lisde volta para casa. Depois disso ele vai se autodestruir.”

“Obrigada, muito obrigada.” Kristen disse. “Mas como vamos contatar você?”“Por que iriam querer me contatar novamente? Está achando que seus esforços não serão o

suficiente?”“Só queria saber.” Kristen respondeu.“Rezem. Não importa em que acreditem. E então, vislumbrem um mundo que querem para

vocês. Isso é o suficiente para vocês.”

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Antes que pudessem dizer mais alguma coisa, luzes brilharam por todas as partes, e elesestavam em Atlantis.

Kristen foi ate seu assento e se sentou pesadamente.“Ela pegou o microfone. “Estão todos aqui?”ela perguntou. Todos estavam abordo de

Atlantis.“Então vamos começar a decolar.” Ela disse. “Vamos pra casa.”Em questão de minutos, Atlantis estava decolando para fora do mundo surreal. Kristen

olhou seu aplicativo e viu que ele não mapeou nada.Deve ter algum defeito. Kristen pensou.A jornada de volta foi pacifica e silenciosa. Eles passaram por vários buracos negros, saltos

espaciais. Kristen não ficou vendo se o aplicativo estava mapeando. Ela estava concentra emfazer o que foi mandada fazer. Tudo que importava era o dispositivo levá-los para casa.

Muitos membros da tripulação dormiram muito ou ouviam radio.“Missão Atlantis. Responda missão Atlantis.” Alguém chamou.Kristen quase caiu da cadeira quando ela alcançou o radio.“Aqui é Atlantis. Capitã Kristen falando.” Ela respondeu. Outros membros chegaram mais

perto para ouvir.“Graças a Deus, achamos vocês.” A voz respondeu. “Aqui é o diretor de programa da

NASA, Diretor Edwards. Pelo amor de Deus, onde vocês estavam?”Kristen sorriu e os membros da tripulação gritaram de alegria abraçando um ao outro. “É

uma longa historia, Diretor. Eu nem sei por onde começar.“Quando vão chegar em casa?”“Estamos a caminho. Não devemos estar tão longe já que conseguiu nos achar.”“Então é melhor se apressarem. A Terra está de volta ao normal. É um milagre

inexplicável. Não tem mais desastres naturais. Eles sumirão. Vamos a orbita. É inacreditável.Kristen pensou no encontro dela com o criador e sorriu. “Não, Diretor. Eu acho meu

crível.”Quando chegaram a Terra, tudo foi gradualmente voltando ao normal.Duas semanas depois, NASA junto com as Nações Unidas apresentaram o primeiro

Congresso Internacional de Preservação do Planeta Terra. E a líder do evento era ninguémmenos que a Capitã Kristen.

FIM

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Sobre Lamees Alhassar

Lamees Alhassar é uma autora inspiradora,artista dedicada e filantropa.

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distribui seus livros em vários idiomas no mundo todo. Os livros que você encontrará foram traduzidos, para que você possa descobrir leiturasincríveis em seu idioma.

Temos a satisfação de trazer livros do mundo todo até você.Caso queira saber mais sobre nossos livros, acesse nosso catálogo e solicite nossa newsletter. Para conhecer nossos lançamentos mais recentes,

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