Estellito Explosoes Bueiros Incendio91

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42 Incêndio www.cipanet.com.br incêndio bueiros Explosões de bueiros: o que fazer? POR ESTELLITO RANGEL JUNIOR Ocorrências de tampas de ferro fundido com cerca de 400 quilos sendo lançadas a até 4 metros de altura têm preocupado muito os cariocas, paulis- tas e mineiros. Apesar de os cariocas terem o registro do evento de maior gravidade, quando em junho de 2010 dois turistas americanos foram quei- mados ao atravessar a rua, os paulistas lembram o incidente ocorrido em 17 de janeiro de 2012 na rua Dr. Frede- rico Steidel, 167, no bairro de Santa Cecília, região central de São Paulo. Naquela ocasião, placas de concreto de 250 quilos se levantaram e atingi- ram um veículo estacionado, além de várias pessoas, que estavam em uma pizzaria em frente, terem sido feridas. Apesar de não termos registrado ocorrências com a mesma frequência, verificamos que o problema continua, o que põe em xeque as medidas anun- ciadas até o momento. HISTóRICO As explosões em bueiro não são novidade. No Rio de Janeiro, a pri- meira explosão que temos notícia ocorreu em 1958 na Av. Atlântica, em Copacabana, quando um guarda de trânsito foi atingido pelas chamas. Uma vez que as ocorrências eram es- porádicas e a cobertura da imprensa voltava as prioridades para assuntos políticos e econômicos, é difícil reali- zar um levantamento preciso dos ca- sos de explosões de bueiros. Recente- mente, com a popularização da inter- net e a facilidade de qualquer pessoa poder postar fotos e textos on-line, podemos obter maiores informações. Um levantamento preliminar, feito através de mecanismos de busca na in- ternet, mostra a seguir algumas ocor- rências de explosões de bueiros em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Porém não se pode dizer que a quantidade de explosões está limitada à registrada, pois podem ter ocorrido eventos de madrugada, ou mesmo po- dem ter sido de pequeno porte e não terem causado impactos na superfície, e desta forma não terem sido notados. Eventos de fumaça e fogo em bueiros são bem mais frequentes, porém não estão considerados neste levantamen- to, apenas explosões. MEDIDAS ADOTADAS NO RIO DE JANEIRO Para tentar solucionar o problema, diversas entidades realizaram ações. Algumas delas relacionamos a seguir: LIGHT - CONCESSIONáRIA DE ENERGIA ELéTRICA Em 22 de julho de 2011, após di- versos eventos de fogo, fumaça e ex- plosão em bueiros, foi anunciada uma antecipação dos investimentos origi- nalmente previstos para 2012 e 2013. Para o biênio 2012-2013, estaria pre- vista a manutenção em mais de 6 mil

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Os eventos de explosões de bueiros já causaram dezenas de vítimas com queimaduras graves no Rio de Janeiro. O especialista em prevenção de explosões eng. Estellito Rangel Jr. aponta medidas para solução do problema, que infelizmente não vem sendo tratado de forma eficaz pelas autoridades.

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incêndio bueiros

Explosões de bueiros: o que fazer?Por EstEllito RangEl JunioR

Ocorrências de tampas de ferro fundido com cerca de 400 quilos sendo lançadas a até 4 metros de altura têm preocupado muito os cariocas, paulis-tas e mineiros. Apesar de os cariocas terem o registro do evento de maior gravidade, quando em junho de 2010 dois turistas americanos foram quei-mados ao atravessar a rua, os paulistas lembram o incidente ocorrido em 17 de janeiro de 2012 na rua Dr. Frede-rico Steidel, 167, no bairro de Santa Cecília, região central de São Paulo. Naquela ocasião, placas de concreto de 250 quilos se levantaram e atingi-ram um veículo estacionado, além de várias pessoas, que estavam em uma pizzaria em frente, terem sido feridas.

Apesar de não termos registrado ocorrências com a mesma frequência, verificamos que o problema continua, o que põe em xeque as medidas anun-ciadas até o momento.

HistóRiCo

As explosões em bueiro não são novidade. No Rio de Janeiro, a pri-meira explosão que temos notícia ocorreu em 1958 na Av. Atlântica, em Copacabana, quando um guarda de trânsito foi atingido pelas chamas. Uma vez que as ocorrências eram es-porádicas e a cobertura da imprensa voltava as prioridades para assuntos políticos e econômicos, é difícil reali-zar um levantamento preciso dos ca-sos de explosões de bueiros. Recente-

mente, com a popularização da inter-net e a facilidade de qualquer pessoa poder postar fotos e textos on-line, podemos obter maiores informações.

Um levantamento preliminar, feito através de mecanismos de busca na in-ternet, mostra a seguir algumas ocor-rências de explosões de bueiros em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Porém não se pode dizer que a quantidade de explosões está limitada à registrada, pois podem ter ocorrido eventos de madrugada, ou mesmo po-dem ter sido de pequeno porte e não terem causado impactos na superfície, e desta forma não terem sido notados. Eventos de fumaça e fogo em bueiros são bem mais frequentes, porém não estão considerados neste levantamen-to, apenas explosões.

MEDiDas aDotaDas no Rio DE JanEiRo

Para tentar solucionar o problema, diversas entidades realizaram ações. Algumas delas relacionamos a seguir:

ligHt - ConCEssionáRia DE EnERgia ElétRiCa

Em 22 de julho de 2011, após di-versos eventos de fogo, fumaça e ex-plosão em bueiros, foi anunciada uma antecipação dos investimentos origi-nalmente previstos para 2012 e 2013. Para o biênio 2012-2013, estaria pre-vista a manutenção em mais de 6 mil

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equipamentos e substituição de outros 5 mil, tais como transformadores e chaves a óleo. Também constava a re-posição de 800 quilômetros de cabos subterrâneos de média e de baixa ten-são. Pela descrição trata-se de manu-tenção corretiva, sem adicionar novos recursos à rede existente.

A Light também anunciou con-cluir até o fim de 2011 a instalação de sensores em 1.170 Caixas Transfor-madoras, as que possuem transforma-dores e são chamadas de “CT”. Dessa forma, passariam a ser informados para a Central de Controle, em tempo real, os incidentes relativos à detec-ção de gases, presença de água e en-trada de pessoas não autorizadas nas CTs. Uma constatação é que o maior número de explosões ocorre foi nas Caixas de Inspeção, as que apenas acomodam emendas de cabos e são chamadas de “CI”, que continuarão sem monitoração.

Também foi anunciado pela con-cessionária um aumento no número de inspeções na rede subterrânea, de 9 mil para 16 mil por ano. Porém, tal inspeção apenas contribuirá para a solução do problema se os itens ve-rificados estiverem diretamente rela-cionados às causas, bem como se o inspetor estiver munido de ferramen-tal adequado.

Outra medida foi a abertura de fu-ros em 6.478 tampas de CI, visando “garantir a liberação de gás acumu-lado dentro das caixas subterrâneas”. Esse procedimento teve sua eficácia questionada, uma vez que foram re-gistradas explosões em CI cujas tam-pas já estavam furadas.

PREfEituRa

A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, contratou, de agos-to 2011 a fevereiro 2012, uma empresa para efetuar um serviço de medição de concentração de gases e de temperatu-ra de equipamentos elétricos nos buei-ros na cidade, que previu cerca de 10 mil verificações em CI e CT por mês, a um custo total de R$ 4,242 milhões.

Nos casos em que os explosíme-tros indicaram leitura a partir de 80% do LIE do metano, a situação foi di-vulgada como “risco de explosão”, feito o “isolamento” do bueiro (cerco por tapumes), deixando-o com a tam-pa aberta, aguardando a intervenção da concessionária.

Porém, a divulgação na mídia de “bueiros com 80% a 100% de risco de explosão” foi um equívoco. Cabe escla-recer que uma indicação “80” no explo-símetro significa que o gás que passou pelo sensor apresenta uma concentra-ção correspondente a 80% do LIE do gás de calibração, o metano. Nesse ponto, se o gás presente for o metano, não há uma atmosfera explosiva, uma vez que o LIE não foi atingido. Por ou-tro lado, um bueiro com 100% de risco de explosão já estaria explodindo.

Para concretizar uma explosão é necessária, além da concentração aci-ma do LIE, a presença de uma fonte de ignição com energia suficiente. Logo, o risco de explosão apenas poderá ser estimado numericamente a partir do conhecimento da frequência e duração com que uma fonte de ignição adequa-da possa surgir e da possibilidade do

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belo Horizonte (dia / mês)

2011 4/7 e 9/8

2012 14/8

são Paulo (dia / mês)

2006 1/2

2007 22/3

2008 0/3

2010 22/9

2011 19/11, 22/11 e 9/12

2012 17/1, 14/4, 26/9

2013 19/1, 22/1

rio de Janeiro (dia / mês)

2000 17/5, 22/5, 6/7, 17/7, 15/8

2004 24/4, 11/6, 6/10

2006 17/9

2007 23/5

2008 30/1, 3/02, 14/4, 13/9

2009 5/9, 17/9

2010 05/1, 21/1, 25/1, 26/2, 8/3, 9/3, 30/3, 5/4, 29/6, 6/7, 14/7, 18/7, 11/8,14/9, 29/9, 28/10

2011 22/2, 1/4, 15/4, 27/4, 23/5, 29/5, 1/6, 19/6, 23/6, 25/6, 4/7, 5/7, 5/7,18/7, 23/7, 19/8,29/8, 30/8, 31/8, 11/9, 3/10, 10/12

2012 4/1, 23/1, 23/2, 2/3, 4/3, 15/3, 3/4, 26/5, 29/5, 7/6, 6/8, 9/8, 4/9, 20/10, 7/11, 11/12

2013 21/2

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aparecimento simultâneo de concentra-ção de gás acima do LIE. Essa estima-tiva de risco seria fruto de uma Análise Quantitativa de Risco de Explosão, um serviço que, além de não ser realizado pelo explosímetro, não foi caracteriza-do naquele contrato celebrado pela Pre-feitura do Rio de Janeiro.

A figura 1 mostra um bueiro que foi encontrado com alta concentração de gás combustível, mesmo já tendo recebido os “4 furos” na tampa, já devidamente isolado, aguardando o “pronto reparo” da concessionária.

De acordo com a Prefeitura do Rio, esse serviço foi encerrado em fevereiro de 2012, tendo sido reali-zadas 40.320 vistorias, em que foram encontrados 314 bueiros com “alto risco de explosão” [sic].

Porém, tendo em vista a ocorrên-cia de novas explosões após feverei-ro de 2012, caberia então divulgar se aqueles bueiros com alta concentra-ção foram os que explodiram e veri-ficar o porquê das medidas tomadas não terem sido eficazes.

CEg – ConCEssionáRia DE gás CanalizaDo

A CEG assinou em 28 de julho de 2011 um TAC (Termo de Ajusta-mento de Conduta) com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, comprometendo-se a efetuar moder-nização de sua rede onde ela estiver próxima à rede da Light, e sujeitando-se a uma multa de R$ 100 mil caso houver explosões de bueiros.

O compromisso envolveu investi-mentos de R$ 25 milhões na moder-nização de 50 quilômetros da rede do Centro e de Copacabana até 28 de ju-lho de 2012. Segundo o MP-RJ, a em-presa também seria multada no mes-mo valor de R$ 100 mil caso viesse

a descumprir o cronograma de obras.Uma vez que as obras da CEG

foram concluídas, as explosões ocor-ridas após 28 de julho de 2012, como a de 6 de agosto de 2012 na Rua Sete de Setembro, no Centro do Rio de Ja-neiro, não deverão estar associadas a vazamentos em sua rede.

anEEl – agênCia naCional DE EnERgia ElétRiCa

A ANEEL declarou após a ocorrên-cia em 1º de abril de 2011 na Rua N. S. de Copacabana esquina com Bolívar, no Rio de Janeiro, que apuraria os fatos “em sigilo” e enviou um representante ao Rio de Janeiro para acompanhar as ações tomadas pela Light.

Uma vez que os principais fato-res de avaliação do desempenho das concessionárias são o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unida-de Consumidora) e o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unida-de Consumidora), os quais refletem a continuidade operacional, entende-se que as características da configuração da rede subterrânea que alimenta os consumidores de baixa tensão – o sis-tema secundário reticulado, onde mes-mo em caso de defeito em uma parte da rede os consumidores da região não sofrem interrupção no fornecimento, pois continuam alimentados por CT adjacentes – possibilita boa avaliação da concessionária, mesmo com diver-sos eventos de fogo, fumaça e explo-são em bueiros.

Até o momento não foi divulgado pela ANEEL o resultado da investiga-ção sigilosa.

as PERíCias

Segundo o divulgado na mídia, os laudos efetuados pelo Instituto de Cri-minalística do Rio de Janeiro se carac-

terizam na inspeção do espaço interno do bueiro que explodiu. A ausência de análise de engenharia no sistema elétri-co como a configuração da rede de dis-tribuição secundária na hora do evento, os registros de manutenções efetuadas no circuito, as anormalidades notadas em dias anteriores por pessoas que fre-quentam a região, ou mesmo o estado dos cabos nos trechos vizinhos não per-mite apontar as possíveis causas. Via de regra a concessionária de energia não se pronuncia até emissão do laudo, e uma vez que ele não se apresenta como con-clusivo, também nada acrescenta após sua divulgação.

a lEgislação MuniCiPal

O prefeito do Rio de Janeiro san-cionou em 18 de janeiro de 2012 lei que proíbe o estacionamento de veícu-los em cima de bueiros. A lei vale tam-bém para bares que colocam mesas so-bre bueiros nas calçadas, uma vez que há obstrução ao acesso aos mesmos.

Em 18 de junho de 2012 foi publi-cada no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro outra lei, que esta-belece multa de R$ 500 mil por cada bueiro que explodir e provocar morte, lesão corporal, ou danos ao patrimônio privado ou público na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o texto pu-blicado, as multas pagas pelas empre-sas responsáveis pelos bueiros que ex-plodirem serão depositadas e mantidas em conta judicial, até que seja criado o

bueiros

Figura 1 - Bueiro isolado para “pronto reparo”

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Desde a publicação da lei, pelo me-nos uma explosão com danos ao patri-mônio privado foi registrada em vídeo, mas não foi divulgado se houve abertu-ra de processo para aplicação da multa. Outra dúvida diz respeito à descrição da ocorrência, pois houve casos em que os moradores disseram ter havido explosões, porém quando a equipe da concessionária chegou ao local narrou ter ocorrido apenas “fumaça”, o que implica, portanto, em uma diferença de R$ 500 mil entre as duas versões.

Talvez mais eficiente fosse a aplica-ção de uma multa diária até que as cau-sas das explosões fossem elencadas, e um plano com ações específicas para eliminar cada causa fosse implantado e acompanhado por auditagem pelo po-der concedente. A aplicação de multas apenas se a explosão resultar em danos parece não contribuir para agilizar a busca na solução do problema.

a DinÂMiCa Da EXPlosão

Para haver uma explosão é ne-cessário existir simultaneamente dois fatores: uma atmosfera com caracte-rísticas explosivas e uma fonte de ig-nição com a energia necessária. Uma atmosfera apenas adquire caracterís-ticas explosivas quando apresenta uma concentração de gás combustí-vel acima do respectivo “limite infe-rior de explosividade” (LIE).

Estudos americanos apontam que o isolamento dos cabos elétricos, ao ser deteriorado por temperaturas acima das recomendadas pelos fabri-cantes, libera gases inflamáveis que podem ficar acumulados nos dutos e nas caixas. Dessa forma, o curto-circuito resultante seria a fonte de ig-nição capaz de promover a explosão.

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Dependendo da geometria da rede e dos volumes de gases liberados, mais de uma caixa poderá sofrer os efeitos da propagação das explosões e ter tam-pas lançadas no espaço.

A figura 2 mostra os gases emana-dos em decomposição do isolamento de um cabo em SBR, devido a sobre-aquecimento em atmosfera com redu-zido teor de oxigênio, uma condição encontrada na rede subterrânea.

ConClusõEs

Algumas pessoas pensam que a causa das ocorrências de explosões em bueiros são possíveis vazamentos da rede de gás encanado. As explo-sões ocorridas em Belo Horizonte fo-ram em regiões sem gás encanado e em um trecho de rede com menos de dois anos de operação. Além do mais, apenas a presença de gás não provoca explosões; é necessária uma fonte de ignição no mesmo momento que sur-gir uma atmosfera com concentração acima do LIE.

A busca das causas passa pela rea-lização de uma análise de engenharia com profissionais experientes em pre-venção de explosões, que considere todas as características da rede subter-rânea, incluindo seu carregamento e as proteções existentes.

Várias cidades americanas pos-suem histórico de explosões em buei-ros, como Nova York, Los Angeles, Pittsburgh, Washington, Indianápolis e San Francisco. Se as redes brasileiras foram feitas segundo o modelo ameri-cano de mínimo custo, a rede secun-dária reticulada network com cabos em queima livre sem monitoração ou proteção ao carregamento, podemos apontar a existência de um problema sistêmico, a obsolescência de um mo-delo desenvolvido há cem anos. De lá para cá, além da carga das cidades ter aumentado consideravelmente, o perfil de cargas também mudou, passando a contar com grande parcela de harmô-nicas, o que exige adequações conside-ráveis para que o sistema possa operar com segurança para a população.

O perigo está comprovado por diversas ocorrências e tem registros de ferimentos, queimaduras e mortes (nos EUA), de forma que é imperiosa uma atuação mais rigorosa por parte das autoridades e das concessionárias na busca da efetiva solução.

Não é um problema que afete ape-nas a imagem das cidades às vésperas de eventos que terão a atenção global, como a Copa do Mundo e as Olimpía-das. A segurança e a tranquilidade da po-pulação estão seriamente prejudicadas, de modo que a busca da solução exige profissionais especializados e deve ser tratada com máxima prioridade.

Artigo baseado no trabalho “Ris-cos de explosões na rede subterrânea”, apresentado no V IEEE ESW – Electri-cal Safety Workshop Brasil, congresso dedicado exclusivamente à segurança em eletricidade.

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Figura 2 - Gases emitidos quando da decompo-sição térmica do isolamento de cabos elétricos

Estellito Rangel Junior é engenheiro eletricista com formação em sistemas elé-tricos de potência, [email protected]

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