Estética - O Juízo de gosto e a Arte na Filosofia e na Ciência.

19
Estética A relação do belo, do gosto e da sensação subjetiva aplicada à multimédia. Comparação entre a arte aplicada à filosofia e aplicada à ciência na área da multimédia. Design Multimédia 2015 - 2016 | Sandro Gonçalves 32032 1

description

Estética A relação do belo, do gosto e da sensação subjectiva aplicada à multimédia. Comparação entre a arte aplicada à filosofia e aplicada à ciência na área da multimédia.

Transcript of Estética - O Juízo de gosto e a Arte na Filosofia e na Ciência.

EstéticaA relação do belo, do gosto e da sensação subjetiva aplicada à multimédia.

Comparação entre a arte aplicada à filosofia e aplicada à ciência na área da multimédia. D

esig

n M

ultim

édia

201

5 -2

016

| Sa

ndro

Gon

çalv

es 3

2032

1

Índice

• Introdução Página 3

• O gosto, o belo e a sensação subjetiva Página 5

• Observações iniciais Página 6

• Juízo do gosto Página 8

• Conclusão do juízo de gosto Página 11

• Introdução à arte na filosofia e na ciência Página 14

• A arte na filosofia Página 15

• A arte na ciência Página 16

• Conclusão Página 19

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

2

Introdução

Durante esta trabalho vou tentar dar a compreender que relaçãoexiste entre o gosto, o belo e a sensação subjetiva na multimédia.Ou seja vou aplicar estes pontos a tipos de media, como imagens,filmes, musica etc… mas também a alguns pontos comoorganização de um layout, cores etc…No entanto não irei serespecifico com todos os pontos visto que irei usar alguns dosmesmos quando estou a falar de outros, e de maneira a que otrabalho não seja demasiado repetitivo, irei dar um ou doisexemplos de maneira a que depois seja possível o leitor aplicarestes próprios pontos a outros tipos de media que eu não tenhaaqui mencionado.

Antes de prosseguir deve-se portante primeiramente entender aque cada um dos pontos se refere pelo que de seguida iremos teruma breve explicação dos três. (belo, gosto e sensação)

Denote-se que as comparações efetuadas neste trabalho podemestar sujeitas ao meu juízo do gosto como autor, da maneira emque o meu sujeito poderá achar algo belo mas o leitor pode achardiferente.

Para alem disto vamos também falar um pouco sobre a arte, ecomo é que eu entendo que esta seja aplicada na área da filosofiae na área da ciência, como em ambas as áreas, tentando tambémdar a entender alguns tipos de artes algo “diferentes” do queuma pessoal pensa num dia a dia, ou seja para alem da habitualpintura em tela que a maior parte das vezes é assimilada àpalavra arte, irei também falar de outros tipos de arte que nemsempre são associados à palavra, como musica, filmes, jogos,narrativas etc…

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

3

A relaçãodo belodo gosto eda sensação subjetivaaplicada à Multimédia.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

4

O gosto, o belo e a sensação subjetiva

O gosto está relacionada com o que um certo sujeito sentequando se depara com um determinado objeto. É portanto algosubjetivo.

O belo é o sentimento que um sujeito sente quando se deparacom um objeto que lhe fornece prazer. Se houver desprazer esteobjeto é considerado feio. No entanto é preciso ter algum cuidadoquando nos referimos a prazer e desprazer visto que mesmo umsentimento de tristeza pode ser considerado prazer.

A sensação subjetiva esta portanto relacionada com o que umdeterminado sujeito sente em relação a algo.

Resumindo, o gosto é como que um método de avaliação, asensação subjetiva o avaliador e o belo ou feio a avaliação.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

5

Observações iniciais

Considere-se então a imagem em cima, tomando a posição do sujeitoavaliador da mesma, eu irei julga-la como autor deste trabalho, através domeu gosto, ou seja da sensação subjetiva de prazer ou desprazer que estame oferece para a determinar bela ou feia.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

6

Observações iniciais

Ao olhar para esta imagem as suas características afetam as minhasensações perante a mesma mesmo sem eu as avaliar. Se eu avalia-se assuas características já não seria um juízo de gosto mas sim um juízodeterminante, no entanto as suas características, podem influenciar o meujuízo de gosto sem eu reparar, ou seja inconscientemente.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

7

Juízo de gosto

Eu julgo esta imagem como Bela, pois ela agrada-me, o porquê pode estarligado a sentimentos que ela proporciona como por exemplo:• Ao olhar para a imagem eu sinto uma certa noção de liberdade que me dá

prazer.• Sendo eu um sujeito que se sente maioritariamente bem com as cores

vermelho e preto, ao olhar para esta imagem cujas cores dominantes sãoestas mesmas eu sinto um certo prazer.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

8

Juízo de gosto

Mudando de imagem, ao realizar um juízo de gosto nesta segunda imagem,eu sinto desprezo, isto porque está me faz sentir uma certa raiva, e aosentir-me enraivecido eu já não consigo considerar que me sinto bem dai eunão gosto da imagem e considero-a como feia.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

9

Juízo de gosto

Para finalizar temos esta terceira imagem a qual eu não consigo julgarpropriamente pois não sinto nada, nem prazer nem desprazer, esta nãoafeta portanto a minha sensação subjetiva. D

esig

n M

ultim

édia

201

5 -2

016

| Sa

ndro

Gon

çalv

es 3

2032

10

Conclusão do Juízo de gosto

A partir deste ponto o leitor já deve portanto conseguir entenderque o belo e o feio depende de cada um e do que um sujeito senteem relação a algo. Pode-se portanto agora tentar avaliar umamusica, um website, um jogo, uma revista, ou um filme comosendo belo ou sendo feio. As razões por detrás de o avaliarmoscomo belo ou feio depende do passado e da cultura do sujeito e doefeito de certas características do objeto projetam no sujeito.

Um exemplo de como as características podem variardependendo da cultura, e sendo esta explicação agora um apartedo tema do trabalho, para um leitor com culturas portuguesas,quando se falha de uma noiva, pensa-se numa mulher vestida debranco, cujo vestido é bastante longo, no entanto se o leitor forindiano, este vai imaginar a noiva vestida com cores regra geralavermelhadas com detalhes a branco e ou a ouro, que tentam dara entender a riqueza da sua família.

Tendo isto em conta avalio os seguintes filmes:

• A saga do Harry Potter para mim é bela, pois cada filmeconsegui fazer-me sentir feliz maioritariamente (sem avaliarpontos críticos de cada minuto a minuto, visto que nodesenvolver de um filme as emoções do espetador podem variarconstantemente dependendo da cena) daí que eu senti prazerem ver os filmes desta saga e até ao dia de hoje continuo asentir prazer em rever.

• Já por exemplo filmes criados para crianças (filmes infantisonde regra geral nem existe narrativa, e que são criadosmaioritariamente para manter crianças “coladas” ao ecrã demaneira a não perturbarem os pais ou quem está a tomarconta das mesmas) regra geral faz-me sentir desprazer dai queeu regra geral irei julgar um filme deste género como feio.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

11

Conclusão do Juízo de gosto

Podia-se analisar cada aspeto e ponto da multimédia e relacionarcada um com o gosto, mas isto iria criar um trabalho demasiadoextenso e demasiado repetitivo, para alem deste ponto, já deveráser possível a compreensão dos termos do gosto, do belo e dasensação subjetiva, no ponto da estética após a leitura até esteponto do trabalho.

Deve-se ser portanto capaz de entender que o que um sujeitosente pode ter a ver com algumas características do objeto quetêm um certo efeito na cultura do sujeito, e é esta cultura evivencias que determinarão se o que o sujeito sente é prazer oudesprazer ou nenhum dos dois fornecendo um juízo de gosto aoobjeto como sendo belo ou feio, ou no caso de não fornecer nemprazer nem desprazer, não há nenhum juízo.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

12

Comparação entrea arteaplicada à filosofia eaplicada à ciênciana área da multimédia.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

13

Introdução à arte na filosofia e na ciência

Arte pode ser entendida como a atividade humana ligada àsmanifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada pormeio de uma grande variedade de linguagens, tais como:

Arquitetura Desenho Escultura Pintura Escrita Música Dança Cinema Etc…

O processo criativo dá-se a partir da perceção com o intuito deexpressar emoções e ideias, objetivando um significado único ediferente para cada obra.

No entanto se tiver de tentar dividir o que é a arte na filosofia eo que é arte na ciência, a meu entender e muito resumidamentede momento.

• Na filosofia entende-se arte como algo criado por um sujeito demaneira a este exprimir o que está a sentir e a viver naquelemomento criativo em que se encontra, seja o resultado umarepresentação da realidade em que este vide, ou uma criaçãoda imaginação pela qual este está a viver no momento criativo.

• Já na ciência arte já não é somente o resultado criativo de umsujeito, mas também características como a técnica e ahabilidade criativa que este possui. D

esig

n M

ultim

édia

201

5 -2

016

| Sa

ndro

Gon

çalv

es 3

2032

14

A arte na filosofia

Portanto em termos filosóficos, arte entende-se como o resultado criativo dosujeito artístico.Desta maneira qualquer sujeito é capaz de criar arte, mesmo que oresultado seja como o que se encontra em cima na imagem, ou comoqualquer outra coisa.Desta maneira habilidade e técnica não se aplicam para julgar algo comoarte, mas sim qualquer criação artística é considerada como arte.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

15

A arte na ciência

A arte na ciência é diferente, como explicado anteriormente, esta necessitatambém de habilidade e técnica, desta maneira nem tudo pode serconsiderado como arte no ponto da ciência, mas toda a arte que sejaconsiderada como tal na ciência é também arte na filosofia. Portanto nãoexiste arte na ciência sem a arte filosófica.Desta maneira o desenho anterior não é considerado como arte no ponto devista da ciência, já o quadro de cima pode ser considerado como arte naciência.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

16

A arte na ciência

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

17

Desta maneira nem tudo pode ser arte, por exemplo:

• Uma musica para ser considerada arte no ponto da ciência,tem de ter muitos aspetos técnicos, quer na composição damesma mas também no desempenho da mesma. Destamaneira pode-se dizer que a musica que toca na rádio é artefilosófica, mas apenas musicas como:

A Change of Seasons da banda Dream Theater. Nesta musica“Rock” temos os habituais instrumentos de “Rock" (guitarras,baixo e bateria) para alem destes temos também o uso da guitarraacústica e do sintetizador, na composição da musica há uma certacomplexidade na passagem entre momentos calmos e melódicospara momentos agressivos e movimentados (e vice-versa) e aindaum nível técnico extremamente complexo que faz com que sejabastante complicado a recriação da musica na sua totalidade

Consign to Oblivion (A New Age Dawns, Part III) da banda Epicaesta é uma musica que já contem alguma complexidade devido aogénero em que se encontra, sendo este uma mistura de doisgéneros, musica “Heavy Metal” com os seu devidos instrumentos(guitarras, baixo e bateria) e musica sinfónica, juntos criando um“Metal Sinfónico” a complexidade desta musica provem do níveltécnico utilizado para tocar os instrumentos principais mastambém a implementação e composição de uma musica fundotocada por uma orquestra, para completar a voz da vocalista éuma voz de opera (soprano) o que torna a recriação da musica porartistas “comuns” bastante complicada.

Moonlight Sonata de Beethoven, nesta musica é usado apenas uminstrumento, sendo este um piano, no entanto na composição damusica temos uma variação de dinâmicas, variação de tonalidadee uma melodia de elevada complexidade que representa elevadadificuldade de recriação por parte de muitos artistas.

A arte na ciência

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

18

• Em termos de filmes podem-se considerar como arte naciência, a maioria dos filmes de “Hollywood” , enquanto quequalquer gravação vídeo (como por exemplo vídeos doaniversario de uma criança ou de um batizado ou casamentoetc…) podem ser considerados arte mas apenasfilosoficamente.

Em suma entende-se que apenas performances artísticas, oucriações artísticas com uma técnica elevada é que conseguem serconsideradas como arte pela ciência, no entanto qualquerperformance artística ou criação é arte no ponto da filosofia.

Conclusão

Concluo este trabalho primeiramente referindo o grande prazerque tive em realiza-lo (sem aplicação de juízos de gostos), emboramuito provavelmente este esteja realizado de uma maneira quese assemelha à minha personalidade e onde os exemplosescolhidos poderiam e quase certamente seriam outros se tivessesido outro sujeito a desenvolver este trabalho.

Espero também que este trabalho seja divulgado para futuroscolega e ou alunos que frequentem a cadeira de Estética,principalmente se pertencerem ao curso de Design Multimédia.A divulgação e partilha do mesmo seriam também um honrapara alguém como eu que tive bastantes dificuldades com acadeira, e cuja atenção era difícil de manter devido a não termuitos pontos de referencia relativos ao curso, que mecativassem a atenção.

Des

ign

Mul

timéd

ia 2

015

-201

6 |

Sand

ro G

onça

lves

320

32

19