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Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 68 (3): 125-144 125
Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
Lúcia Petrucci de MeloI
Mary Sandra CarlottoII
Sandra Yvonne Spiendler RodriguezIII
Liciane DiehlIV
Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
RESUMO
O presente estudo objetivou realizar levantamento dos artigos empíricos nacionais publicados de 2009 a 2013 sobre estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por trabalhadores, bem como analisar as variáveis associadas ao coping. A busca ocorreu nas bases de dados Lilacs, SciELO Brasil e PePSIC. Do total de 655 artigos identificados, 18 artigos atenderam aos critérios de seleção. Resultados identificaram que o instrumento mais utilizado para avaliar o coping é o Inventário de Estratégia de Coping, de Folkman e Lazarus (1984), no qual, 44% e 50% dos estudos anali-sados eram de delineamento analítico, sendo o estresse (22%) a principal variável associada. Entre as estratégias mais utilizadas pelos trabalhadores, estão a resolução de problemas (100%) e o confronto (55%); e as menos utilizadas são afastamento (33%) e aceitação de responsabilidades (22%). Nota-se a importância de ampliar estudos com amostra probabilística que permitam avaliação das relações de causa e efeito dos fenômenos, bem como de corte longitudinal que ampliem o campo de conhecimento sobre possibilidades de mudanças.
Palavras-chave: Coping; Trabalhadores; Revisão sistemática; Estratégias de enfrentamento.
Coping in workers: a systematic review of national literature
ABSTRACT
The study aimed to examine empirical articles on coping strategies used by Brazilian workers published in Brazil from 2009 to 2013 as well as to analyze the variables associated with them. The search was performed on the databases Lilacs, SciELO Brasil and PePSIC. From the 655 articles identified, 18 met the selection criteria.
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Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
Results found that 44% of the studies used Folkman and Lazarus Inventory (1984) to assess the coping, and that stress (22%) was the primary variable associated. Among the strategies used by workers problem solving (100%) and confrontation (55%) were the most used and distancing (33%) and accepting responsibility (22%) were the least used. It is possible to note the importance of conducting further stud-ies with probabilistic samples that allow assessing the cause and effect relations for the phenomena, in addition to longitudinal studies that enable advanced knowledge on the possibilities of change.
Keywords: Coping; Workers; Systematic review; Coping strategies.
Estrategias de afrontamiento (coping) en los trabajadores: revisión sistemática de la literatura nacional
RESUMEN
El estudio tuvo como objetivo analizar artículos empíricos brasileños publicados desde 2009 hasta 2013 sobre estrategias de afrontamiento utilizadas por trabajado-res y analizar las variables asociadas a estas. La búsqueda se produjo en las bases Lilacs, SciELO Brasil y PePSIC. Del total de 655 artículos identificados, 18 cumplieron con los criterios de selección. Con base en los resultados, fue posible identificar que el Inventario de Estrategias de Afrontamiento de Folkman y Lázaro (1984) (44%) es el más utilizado para evaluar el afrontamiento y que el estrés (22%) es la principal variable asociada. Las estrategias más utilizadas por los trabajadores son la resolu-ción de problemas (100%) y la confrontación (55%), y las menos utilizadas son el distanciamiento (33%) y la aceptación de la responsabilidad (22%). Se observó la importancia de ampliar los estudios con muestra probabilística que permita la eva-luación de las causas y efectos de los fenómenos, así como de corte longitudinal que promuevan amplíen el campo de conocimiento sobre posibilidades de cambio.
Palabras clave: Afrontamiento; Trabajadores; Revisión Sistemática; Estrategias de afrontamiento.
Introdução
As inovações técnicas e tecnológicas nas organizações, como fruto da modernidade, têm ocasionado o aumento do estresse ocupacional em trabalhadores. A emergên-cia desses avanços permite testemunhar profundas mudanças sociais nos processos produtivos e nos arranjos das relações de trabalho (Fernandes & Vasques-Menezes, 2012). A nova arquitetura organizacional exige dos trabalhadores constantes adap-tações e novas estratégias, necessárias à manutenção da qualidade de vida para enfrentar mudanças e administrar situações estressantes, crônicas ou traumáticas (Guido, Linch, Pitthan, & Umann, 2011; Murta & Tróccoli, 2007).
Pesquisadores, preocupados com a saúde mental dos trabalhadores, têm realizado estudos sobre o estresse ocupacional em diversas categorias profissionais e reconhe-cem esse como um dos principais riscos ao bem-estar psicossocial do indivíduo com implicações fisiológicas, psicológicas e comportamentais (Carlotto & Câmara, 2010; Griep, Rotenberg, Landsbergis, & Vasconcellos-Silva, 2011; Souza, Guimarães, &
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Melo L. P., Carlotto M. S., Rodriguez S. Y. S., Diehl L.
Araújo, 2013). As alterações no estado de saúde, derivadas do estresse, podem comprometer o equilíbrio físico e mental do trabalhador, dessa maneira, ocasionando consequências no desempenho do profissional, baixa moral, alta rotatividade, absen-teísmo e violência no local de trabalho (Rodrigues & Chaves, 2008).
As pessoas nem sempre estão preparadas para evitar o estresse, mas a forma como lidam com ele faz diferença para sua saúde mental (Murta & Tróccoli, 2007; O’Dris-coll, 2013). Estudos empíricos têm demonstrado o poder do coping como preditor da saúde ocupacional, evidenciando que as estratégias de enfrentamento utiliza-das pelos indivíduos são determinantes na evolução do estresse e desenvolvimento de doenças ocupacionais (Prati, Pietrantoni, & Cicognani, 2011; Sousa, Mendonça, Zanini, & Nazareno, 2009).
No campo de estudo do estresse no trabalho, há uma perspectiva teórica que enfatiza a importância das variáveis individuais como atenuadoras dos seus efeitos, enten-dendo que estas são produtos do sujeito baseado na valoração que o mesmo atribui ao evento estressor, fazendo com que a avaliação que os indivíduos realizam sobre um mesmo acontecimento seja diferente. Uma das variáveis individuais que tem recebido maior atenção dos estudiosos é a estratégia de enfrentamento (coping) (Puente, Gutiérrez, Pueyo, & López, 2000).
Ao longo do tempo, o entendimento sobre o conceito de coping tem sofrido altera-ções. No início do século XX, ele foi tratado como um mecanismo de defesa, motivado interna e inconsistentemente como a maneira do indivíduo de lidar com seus con-flitos sexuais e agressivos; sendo tratado como estável, numa hierarquia de saúde versus psicopatologia (Vaillant, 1994; Antoniazzi, Dell’Aglio, & Bandeira, 1998). Uma segunda geração classificou os comportamentos associados ao coping como um pro-cesso transacional entre a pessoa e o ambiente, com ênfase no processo tanto quanto em traços de personalidade, com isso, desfazendo a característica de inflexibilidade que até então era adotada (Folkman & Lazarus, 1985; Antoniazzi, Dell’Aglio, & Ban-deira, 1998). A terceira geração de pesquisadores, no final do século XX, direcionou seus estudos para a convergência entre coping e personalidade. Essa tendência foi motivada, em parte, por pesquisas que indicaram que fatores situacionais não são capazes de explicar toda a variação nas estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos (Antoniazzi, Dell’Aglio, & Bandeira, 1998).
O conceito de estratégias de enfrentamento (coping) mais empregado na literatura e aceito na comunidade científica compreende esse como o conjunto de medidas inten-cionais, cognitivas e comportamentais adotado pelas pessoas para adaptarem-se a diferentes circunstâncias estressantes com o propósito de minimizar sua susceptibi-lidade e retornar ao seu estado anterior (Folkman, 1984; Murta & Tróccoli, 2007; Pocinho & Perestrelo, 2011; Rocha Sobrinho & Porto, 2012; Kleinubing, Goulart, Silva, Umann, & Guido, 2013). O modelo proposto por Folkman e Lazarus (1980) divide o coping em duas categorias funcionais: o coping focalizado no problema e o coping focalizado na emoção. O coping focalizado no problema constitui-se no esforço despen-dido pelo sujeito para atuar na situação que deu origem ao estresse, tentando mudá--la. A função dessa estratégia é alterar o problema existente na relação entre a pessoa e o ambiente que está causando a tensão. O coping focalizado na emoção é compre-endido como um esforço para regular o estado emocional que é associado ao estresse e reduzir a sensação física desagradável que é gerada. Estes esforços são dirigidos a um nível somático e/ou a um nível de sentimentos, tendo por consequência a alteração do estado emocional do indivíduo. Apesar da grande variedade de estudos conduzidos sobre essa temática, é crucial que mais atenção seja dada às pesquisas, uma vez que o coping tem demonstrado ser o centro do bem-estar psicológico (O’Driscoll, 2013).
Apesar de ser uma temática investigada desde a década de 1980, no campo da Psi-cologia Organizacional e do Trabalho (POT), e alvo de atenção de pesquisadores de
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Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
diferentes disciplinas (Tamayo, Mendonça, & Silva, 2012), ainda há pouca investiga-ção sobre coping. A revisão sistemática realizada por Tonetto, Amazarray, Koller e Gomes (2008), com artigos publicados em POT, de 2001 a 2005, corrobora o resul-tado obtido ao revelar que o coping foi investigado em apenas um estudo entre os 178 artigos analisados.
A revisão sistemática da literatura é um meio para obtenção de subsídios para a prática baseada em evidência, que permite ordenar, a partir de um dado período de tempo, um conjunto de informações e resultados já obtidos sobre determinado tema, de forma a investigar pontos consolidados do conhecimento e identificar novas pautas de pesquisa (Briner, 2012; Campos & Nakano, 2012; De-la-Torre-Ugarte-Guanilo, Takahaschi, & Berto-lozzi, 2011). Desta forma, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura de pesquisas brasileiras a respeito de estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por trabalhadores, bem como analisar as variáveis associadas ao coping.
Método
Para este estudo, operacionalizou-se a pesquisa bibliográfica mediante a busca eletrô-nica de artigos indexados nas seguintes bases: SciELO Brasil (http://www.scielo.com.br), Lilacs – Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (http://www.bireme.br) e PePSIC – Periódicos Eletrônicos em Psicologia (http://pepsic. bvs--psi.org.br), a partir das palavras relacionadas aos temas “coping” e “trabalhadores”. Optou-se por essas bases porque contemplam revistas conhecidas e de ampla divul-gação e abrangência nacional. A busca foi realizada nos meses de janeiro a março de 2014, incluiu artigos publicados no período de 2009 a 2013 e combinou as pala-vras “enfrentamento” AND “trabalhadores”, “enfrentamento” AND “trabalho”, “coping” AND “workers”, “coping” AND “professionals”, “coping” AND “employers”, “coping” AND “work”, “enfrentamiento” AND “trabajadores”, “enfrentamiento” AND “trabajo”.
No final do levantamento nas bases, realizou-se uma pesquisa manual de artigos rela-cionados ao tema investigado no Google Acadêmico como forma de validação da pes-quisa e possível identificação de novos artigos. Na primeira busca, foram identificados 655 artigos. A partir desta relação, foram adotados os seguintes critérios de inclusão para a seleção das produções científicas analisadas nesta revisão: (1) artigos publi-cados em língua portuguesa, inglesa e espanhola; (2) trabalhos empíricos de método quantitativo, delineamento possível de atender ao objetivo do estudo, realizados com amostra de trabalhadores brasileiros; (3) artigos que tivessem como objetivo de estudo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por trabalhadores. A amostra final ficou composta por 18 artigos. A Figura ilustra a busca e seleção dos estudos.
Com o intuito de proporcionar um tratamento detalhado dos dados para a análise, foram recuperados na íntegra os 18 artigos finais. De posse do material, foi realizada uma leitura de cada artigo, para tanto, organizando as informações de acordo com as seguintes dimensões de análise estabelecidas: (1) Ano de publicação; (2) Periódico; (3) Campo de atuação do autor; (4) Categoria profissional estudada; (5) Tipo de amostra; (6) Instrumento utilizado para avaliação do coping; (7) Variáveis associa-das ao estudo de coping; (8) Principais resultados.
Resultados e discussão
As bases de dados utilizadas para o levantamento de artigos deste estudo foram importantes para a confirmação das principais fontes de busca de periódicos nacio-
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Melo L. P., Carlotto M. S., Rodriguez S. Y. S., Diehl L.
nais pertinentes ao tema investigado. Os 18 artigos que compuseram a amostra final foram organizados no Quadro em ordem de data de publicação, o qual apresenta uma visão geral das características selecionadas como critérios deste estudo.
Perfil das publicaçõesÉ possível observar equilíbrio e linearidade quanto ao ano das publicações, pois, em 2011, houve cinco artigos publicados (27%), enquanto que, em 2009, foram qua-tro publicações (22%) e, em 2010, 2012 e 2013, manteve-se a quantidade de três publicações em cada ano (16%). Considerando a quantidade de artigos publicados, pode-se pensar que este ainda é um tema pouco investigado (Tamayo et al., 2012; Tonetto et al., 2008).
A psicologia aparece como a área de formação dos pesquisadores que mais investi-gam sobre coping em trabalhadores (n = 11; 61%). Contudo é também objeto de estudo em outras áreas do conhecimento como enfermagem (n = 4; 22%), geron-tologia, educação, nutrição e educação física (cada uma com um artigo; 5%), o que demonstra que o tema é de interesse multidisciplinar. É possível pensar que a grande concentração de estudos se encontre relacionada à psicologia em virtude de o constructo teórico mais aceito pela comunidade científica internacional ter sido desenvolvido por Suzan Folkman e Richard Lazarus, na década de 1980, e sob a pers-pectiva de um fenômeno psicológico. Além disso, ambos os autores são psicólogos e reconhecidos internacionalmente por suas contribuições teóricas e empíricas para o campo de estresse psicológico e coping (O’Driscoll, 2013).
Scielo 296 artigos
LILACS 344 artigos
PePSIC 15 artigos
1º. Passo - Busca de artigos nas bases de dados (Scielo, LILACS e PePSIC)655 artigos localizados
2º. Passo - Triagem dos artigos: exclusão de artigos repetidos entre as bases453 artigos mantidos
3º. Passo - Apuração dos artigos: exclusão de artigos de amostra não brasileira394 artigos mantidos
5º. Passo - Busca manual de artigos1 artigo identificado.
4º. Passo - Seleção dos artigos: exclusão de artigos teóricos (54), amostra de não trabalhadores (61),de metodologia qualitativa (126), relato de experiência (8), não investigavam fatores associados (23)
17 artigos mantidos, os quais foram analisados.
LILACS 145 artigos
PePSIC 08 artigos
Scielo/Lilacs 168 artigos
Lilacs/PePSIC 06 artigos
Scielo/Lilacs/PePSIC01 artigo
Scielo 125 artigos
LILACS
142 artigos PePSIC
07 artigos Scielo/Lilacs 154 artigos
Lilacs/PePSIC 06 artigos
Scielo/Lilacs/PePSIC01 artigo
Scielo 84 artigos
LILACS 06 artigos
PePSIC 01 artigos
Scielo/Lilacs 04 artigos
Lilacs/PePSIC 01 artigos
Scielo/Lilacs/PePSIC01 artigo
Scielo 04 artigos
Figura: Critérios de seleção dos artigos incluídos na revisão sistemática
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Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
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132
Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
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Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 68 (3): 125-144 135
Melo L. P., Carlotto M. S., Rodriguez S. Y. S., Diehl L.
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Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
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Possivelmente, como reflexo da concentração de pesquisadores oriundos da psicolo-gia, os periódicos de publicação dos estudos concentram-se nesta área de conheci-mento (n = 11; 61%), seguidos da área da enfermagem (n = 5, 28%), administração (n = 1; 5,5%) e educação física (n = 1; 5,5%). Com relação às categorias profissio-nais investigadas, os profissionais de saúde são os mais estudados (n = 8; 44%), mas o coping é pesquisado em uma variedade de trabalhadores, incluindo cargos administrativos (n = 3, 17%), professores (n = 3; 17%), profissionais de tecnologia da informação (TI) (n = 2; 11%), atletas (n = 1; 5%) e pilotos de caça (n = 1; 5%). Isso evidencia preocupação em investigar as estratégias de enfrentamento em pro-fissionais cujas características do trabalho os tornam mais vulneráveis ao estresse laboral (Hypolito & Grishcke, 2013).
Análise metodológica dos estudosA análise evidencia que a totalidade dos estudos restringiu-se à avaliação de amostras não probabilísticas, sem possibilidade de generalização de seus resultados. Pode-se pen-sar que a investigação do coping seja ainda influenciada por características próprias de a sua origem estar centrada no campo da psicologia, área que focaliza o conhecimento da subjetividade do comportamento e a metodologia qualitativa (Paulin & Luzio, 2009). Ademais, observa-se que é recente a aproximação da psicologia à saúde pública, na qual se prioriza a investigação dos fenômenos epidemiológicos, de prevalência, fatores de risco, com método sustentado por mensurações e inferências estatísticas (Turato, 2005) com o intuito de transpor os resultados para a população investigada.
O instrumento mais utilizado para avaliação do coping em trabalhadores é o Inven-tário de Estratégias de Coping, de Lazarus e Folkman (1984) (n = 8; 44%), seguido pela Escala de Coping Ocupacional, de Latack (1986) (n = 4; 22%). Observou-se a presença de outros instrumentos de avaliação como a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), de Seidl, Troccoli, e Zannon (2001); Inventário de Respostas de Coping no trabalho (IRC-T) – tradução e adaptação validada para o contexto laboral do Coping Responses Inventory, de Shaefer e Moss (1998); Escala de Coping no Traba-lho (COPE), de Carver, Sheier e Weintraub (1989); Versão Abreviada do Inventário do Pensamento Construtivo (CTI-S), de Epstein e Meier (1989); e Inventário Atlético das Estratégias de Coping, de Smith, Schutz, Smoll e Ptacek (1995).
Se, por um lado, os pesquisadores têm a seu dispor uma grande variedade de ins-trumentos para avaliar coping em trabalhadores, por outro, essa mesma heteroge-neidade de escalas pode ocasionar riscos na medida em que se estuda um mesmo constructo por meio de diferentes definições. Além disso, os instrumentos avaliam as estratégias de enfrentamento dos trabalhadores com grau de profundidade bastante variado, critério de escolha que precisa ser cuidadosamente definido. Enquanto o Inventário de Coping no Trabalho, de Shaefer e Moss (1998), agrupa as estratégias de coping em apenas dois tipos de resultados: enfrentamento e evitação, a Escala de Coping no Trabalho, de Carver et al. (1989), compreende o uso de estratégias de enfrentamento por meio do mapeamento de 15 fatores detalhadamente descritos, o que permite uma análise mais abrangente sobre as diversas possibilidades de com-portamentos para lidar com estressores ocupacionais.
Entre os estudos de associação, o coping é, em sua maioria, relacionado com o estresse (n = 4; 22%), seguido da síndrome de burnout (n = 3; 17%), personalidade e bem-estar no trabalho (cada um com um artigo; 5%). Nos estudos sobre estresse, o constructo tem sido objeto de grande interesse, especialmente em como o uso de determinadas estratégias pode ter uma influência importante no bem-estar do indi-víduo (O’Driscoll, 2013).
Quanto aos resultados obtidos nos estudos, observou-se a predominância de estudos analíticos (n = 9; 50%), seguidos de estudos descritivos (n = 6; 33%) e de interven-ção (n = 3; 17%). A escassez de estudos de intervenção reforça o distanciamento
138
Estratégias de enfrentamento (coping) em trabalhadores: revisão sistemática da literatura nacional
entre teoria e prática (Briner, 2012), limitando a aplicabilidade do conhecimento aca-dêmico para a promoção de qualidade de vida no trabalho.
Principais resultados dos estudosTendo em vista a variedade de inventários utilizados para avaliação de coping em trabalhadores nas pesquisas avaliadas nesta revisão, optou-se pela análise dos prin-cipais resultados encontrados nos estudos a partir do modelo de Folkman e Lazarus (1980), considerando ser destes autores o instrumento mais utilizado.
A análise dos artigos que associaram estresse com coping (n = 4; 22%) permitiu observar que os trabalhadores com maior indicação de estresse fazem mais uso de estratégias como fuga-esquiva, afastamento e confronto. Em relação à associação de coping com a síndrome de burnout (n = 2; 11%), o resultado dos estudos aponta que, quanto mais altos os níveis de burnout, menor é a frequência de utilização de estratégias como resolução de problemas e controle, e maior a utilização de fuga--esquiva. Assim, pode-se pensar que, quanto maior a capacidade do profissional em focar na reavaliação cognitiva dos estressores laborais, maior a eficácia em lidar com os problemas do seu cotidiano profissional e com as situações adversas, assim, tor-nando-se menos vulnerável a adoecimentos.
Entre os estudos que objetivaram investigar quais as estratégias mais utilizadas por trabalhadores, todos apontaram a estratégia de resolução de problemas como a mais utilizada e 55% deles apontaram a estratégia de confronto como a menos utilizada, seguida de afastamento (33%) e aceitação de responsabilidade (22%). A estratégia de resolução de problemas pressupõe um planejamento adequado para lidar com os estressores, em que, ao invés de anular ou afastar a situação estressante de seu cotidiano, o indivíduo opta por resolver seu problema, modificar suas atitudes, desse modo, sendo capaz de lidar com as pressões das pessoas e do ambiente ao seu redor, com isso, diminuindo ou eliminando a fonte geradora de estresse (Damião, Rossato, Fabri, & Dias, 2009).
Alguns estudos revelaram diferenças entre homens e mulheres no que se refere às estratégias de enfrentamento (n = 4; 22%). Seus achados apontam que homens utilizam mais estratégias de enfrentamento ativo, planejamento e concentração, enquanto que as mulheres fazem uso de estratégias de suporte social e emocional e retorno à religiosidade. Outros estudos que realizaram esta mesma análise identifi-caram que homens adultos usam formas de enfrentamento mais diretas e focalizadas no problema ou mesmo de evitação, enquanto que as mulheres assumem uma pos-tura fundamentada na emoção ou tentam resolver o estressor de forma aproximativa (Câmara & Carlotto, 2007). Esse fato pode ser entendido à luz dos processos de socialização entre homens e mulheres (Frydenberg, 1997; Piko, 2001), pelo qual os homens tendem a ser mais objetivos, autoritários, produtivos, competitivos e racio-nais em seu ambiente de trabalho, separando a vida privada da pública (Caetano & Neves, 2009), ao passo que mulheres possuem maior rede de apoio social e recursos para se proteger de estressores emocionais e interpessoais gerados pelo trabalho (Barros, 2008; Hermida & Stefani, 2011).
Em relação aos estudos com intervenção (n = 3; 17%), observou-se que houve alteração na estratégia de enfrentamento utilizada pelos envolvidos antes e depois. Todos obtiveram em seus resultados aumento no uso de estratégias de enfrentamento focadas no problema, tais como controle e resolução de proble-mas. Isso indica que as intervenções são importantes para que os indivíduos possam desenvolver habilidades de enfrentamento eficazes de acordo com cada circunstância vivenciada. Tão importante quanto à escolha da estratégia, o que determina a sua efetividade é que o trabalhador tenha domínio sobre a situação estressora (Demorouti, 2014).
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Considerações finais
Esta revisão sistemática permitiu traçar um panorama dos estudos brasileiros que, nos últimos cinco anos, investigaram sobre estratégias de enfrentamento (coping) utilizadas por trabalhadores. Levando-se em conta o descarte de artigos que se repe-tiram ou não preencheram os critérios de inclusão estabelecidos, pode-se afirmar que o número de artigos identificados, que constituíram a amostra final deste estudo, serve como ilustração da produção científica brasileira sobre o coping em trabalhado-res, sendo, portanto, um recorte que permitiu entender o tema pesquisado e mapear oportunidades para futuras investigações.
A partir das análises feitas, foi possível identificar lacunas metodológicas a serem preenchidas na produção de conhecimento sobre coping. Detectou-se espaço para a produção de estudos de delineamento experimental, os quais permitem a coleta de evidências para avaliação das relações de causa e efeito dos fenômenos (Breakwell & Rose, 2010; Davis & Bremner, 2010) e longitudinais que possibilitam compreender a natureza dinâmica dos processos e relacionamentos entre variáveis (Taris & Kompier 2014). Considerando o elevado número de estudos qualitativos, sugere-se a realiza-ção de estudo de metassíntese que possa dar conta do conhecimento acumulado por meio desse método (Denzin & Lincoln, 2000).
Embora os estudos analíticos apresentem vantagens em relação a custo e agili-dade, os de intervenção permitem a avaliação das mudanças e avanços de certos temas de estudos ao longo do tempo (Francisco, Donalisio, Barros, Cesar, Caran-dina, & Goldbaum, 2008; Mota, 2010). Como a estratégia de resolução de proble-mas mostrou-se eficaz na redução dos estressores ocupacionais, é possível pensar em intervenções direcionadas ao desenvolvimento desta habilidade, podendo ser colocada em prática, no mundo do trabalho, através de treinamentos e capacita-ções. Além disso, é importante dar seguimento a novos estudos no Brasil, a partir de amostras probabilísticas em contextos ocupacionais, a fim de ampliar a com-preensão sobre coping em trabalhadores, dessa maneira, ampliando as categorias profissionais investigadas.
A análise das estratégias de enfrentamento em diferentes categorias profissionais pode oferecer informações importantes para auxiliar no desenvolvimento das polí-ticas públicas em saúde do trabalhador, assim como para prevenção e desenvolvi-mento de programas de promoção de saúde ocupacional.
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Submetido em: 18/08/2014 Revisto em: 12/10/2016 Aceito em: 04/12/2016
Endereços para correspondência
Lúcia Petrucci de Melo [email protected]
Mary Sandra Carlotto [email protected]
Sandra Yvonne Spiendler Rodriguez [email protected]
Liciane Diehl [email protected]
I. Psicóloga. Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Porto Alegre. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.
II. Psicologa. Doutora em Psicologia Social. Docente do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). São Leopoldo. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.
III. Psicóloga. Doutora em Psicologia. Docente da Escola de Saúde e Bem Estar do Centro Universitário FADERGS. Porto Alegre. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.
IV. Psicóloga. Doutoranda em Psicologia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Docente. Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES). Lajeado. Estado do Rio Grande do Sul. Brasil.