Estratégias Para Lidar Com Ansiedade
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[COMO LIDAR COM A ANSIEDADE] Serviço de Psicologia e Orientação
Boletim nº1 – Outubro de 2008 ESCOLA
SECUNDÁRIA
DE
AROUCA
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Ansiedade
v O que é a ansiedade?
A ansiedade é um problema psicológico que se traduz por um sentimento de
insegurança, ou medo, sem fundamento real. Todos nós somos ansiosos em determinado
momento da vida sem que isso seja patológico.
Em algumas pessoas, a ansiedade exprime-se por sentimentos de medo, inquietação,
sensação de perigo iminente, (medo de insucesso, morte súbita, medo de perder o auto-
controle). Em alguns casos, a ansiedade é acompanhada por algumas manifestações físicas, tais
como, secura da boca, pulso acelerado, transpiração. Nestes casos, designa-se por angústia.
A ansiedade é considerada um sentimento humano normal. Todos nós passamos por ela,
sempre que nos deparamos com situações que nos surgem como ameaçadoras ou difíceis.
Muitas pessoas chamam a este sentimento stress mas este termo pode ser usado para definir
duas coisas diferentes – por um lado, tudo aquilo que nos faz ansiosos, por outro, a nossa
reacção a essas situações.
Habitualmente, tanto o medo como a ansiedade podem ser úteis, uma vez que são eles
que nos protegem de situações potencialmente perigosas e que nos avisam desses perigos,
tornando-nos mais aptos a resolver as situações em causa. No entanto, se estes sentimentos se
tornam demasiado fortes e se prolongam no tempo, eles podem trazer consequências muito
negativas para a nossa vida, impedindo-nos de levar a cabo um dia-a-dia normal.
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v Quais as causas da ansiedade?
É necessário saber que a ansiedade é no início, uma reacção normal, um sinal de alarme
do organismo perante certos acontecimentos da vida quotidiana. Se ela está controlada, a
ansiedade actua sobretudo como estimulante.
As dificuldades da vida são habitualmente o desencadeante da ansiedade e, nos casos
agudos, da angústia. Alem disso, as dificuldades pessoais de inserção na sociedade, os conflitos
interiores no domínio afectivo, emocional e sexual podem conduzir a uma sintomatologia
ansiosa. A dor e o abuso de certas substâncias (café, chá, tabaco, álcool) podem também
desencadear episódios ansiosos.
v Os sintomas
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v Ansiedade antes dos exames
A ansiedade preocupa-te principalmente na altura das provas de avaliação e dos exames. Por
isso mesmo, e para te ajudar, de seguida apresentemos algumas dicas.
Quando desenvolves boas competências de estudo, sentes-te normalmente menos ansioso. A
razão é simples: ao sentires-te competente no que estás a fazer, tens a percepção de que a
situação está sob o teu controlo, sensação essa que, por sua vez, não se coaduna com um estado
de ansiedade.
De forma abusivamente simplificada, poder-se-ia dizer que,
ao limite, a ansiedade é uma sensação de ausência de controlo sobre
determinada situação. É por isso muito importante que te prepares
bem para a disciplina e tentes terminar os trabalhos a tempo. Deves
também tentar evitar fazer as coisas apenas à última hora ou preparas-
te para um exame na véspera.
v Ir bem preparado aumenta a tua confiança na altura do
exame e, consequentemente, reduz a tua ansiedade.
Tudo isto parece bastante óbvio, mas como fazê-lo? Ao longo do ano lectivo, pratica
pelo menos uma actividade extracurricular que possa não só reduzir a ansiedade de uma forma
geral, como também aumentar a concentração, tornando as horas de estudo mais produtivas. Os
exercícios de respiração e de relaxamento têm sido repetidamente comprovados como
excelentes técnicas de controlo da ansiedade.
Aliás, os tempos livres de um horário são tempos muito úteis para um estudante, tal
como as horas de sono bem dormidas, pois são períodos em que os conteúdos académicos se
sedimentam” e “organizam” sem esforço consciente – é por isso que o estudo ao longo do ano é
muito mais produtivo do que o estudo rápido nas vésperas dos exames.
v Deves também planear no teu horário os dias e horas de estudo, bem como os
conteúdos do que vais estudar. Ao cumprires o horário como parte de uma rotina,
sentirás um menor esforço, o que adicionalmente irá diminuir a probabilidade de
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adiares o estudo, por medo de a tarefa estar além das tuas possibilidades.
v Quando estiveres num teste, concentra-te numa questão de cada vez e se
“encalhares” numa questão prossegue para a seguinte e voltas a essa questão mais
tarde. Lembra-te que se te preparaste bem e que se não conseguires responder a
algumas questões, não há problema, irás
conseguir ainda assim responder a outras.
v Reduzir a ansiedade na sala de exame
Alguns estudantes sentem-se ansiosos apenas no exame ou teste. Aqui ficam algumas dicas para
reduzires esse nervosismo:
• Começa por ver todo o exame, de modo a que possas avaliar as questões que são fáceis
para ti;
• Começa por responder a essa questões em primeiro lugar, pois isto dar-te-á um pouco
mais de confiança;
• Tenta distribuir o tempo, de acordo com o peso dado a cada questão;
• É importante ter o tempo controlado, para que não te sucedam daqueles episódios que
todos os estudantes conhecem, em que dás por ti no final do tempo com apenas uma
pergunta respondida;
v Como te podes ajudar?
É conveniente dispores de uma série de recursos para as alturas em que surja um pensamento
inquietante ou quando estás perante grande tensão. Eis alguns desses métodos:
1. Aprender uma técnica de relaxação corporal e mental – a prática da relaxação deve
poder efectuar-se em qualquer lugar ou situação; ao caminhar pela rua, à espera de uma
reunião ou sentado num avião...
2. Aprender a distraíres-te – ao surgir um pensamento que nos cause ansiedade, devemos
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ser capazes de nos distrairmos ocupando a nossa mente com uma ideia qualquer
diferente. Existem muitas maneiras de o fazer. Sugerimos algumas:
• Concentrarmo-nos naquilo que nos rodeia, no lugar onde estivermos nesse momento.
Podemos rever o mobiliário, contar as cadeiras, os quadros, as pessoas, tentar procurar
uma determinada cor ou qualquer outro pormenor que afaste a nossa atenção do
pensamento motivador;
• Prática de actividade mental: tentar memorizar o nome das pessoas com quem nos
relacionámos nesse dia ou compras que fizemos;
• Prática de actividade física: se estamos a realizar uma actividade quando o
pensamento inquietante surge, podemos mudar imediatamente de actividade. Por
exemplo, se estamos sentados a escrever, devemos levantar-nos durante algum
tempo; se não estamos a fazer nada, podemos pôr-nos imediatamente em acção.
“A nossa maior glória não está em nunca cairmos,
mas sim em nos levantarmos de cada vez que caímos”