Estresse Térmico no Ambiente de Trabalho

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Seminário – Estresse Térmico no Ambiente de Trabalho Por : João Paulo de Paiva Vieira

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Trabalho sobre Estresse Térmico para conclusão de estágio.

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Seminário – Estresse Térmico no Ambiente de Trabalho

Por : João Paulo de Paiva Vieira

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Reconhecimento da empresa

• Nome: Café SESI

• Endereço: Rua Clarice Storck, s/n, CEP: 28.625-270 – Nova Friburgo

• CNAE:10.81-3-02 - Torrefação e moagem de café

• Grau de risco: 3

• CNPJ: 30.539.000/0001-00

• N° de funcionários: 26

• Carga horária de trabalho: 44 horas semanais.

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Referências

• FUNDACENTRO – NHO 6 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor

• NR-15, Anexo N°3: Limites de Tolerância para Exposição ao Calor

• ACGIH TLVs e BEIs – 2008 - Traduzido

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Definição - Calor

• Calor é a transmissão de energia térmica de um corpo para outro devido a diferença de temperatura entre os mesmos.

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Reconhecimento Qualitativo

• Entrevista com o funcionário do setor.

• Analise Preliminar de Risco no local de trabalho de modo a constatar a necessidade de avaliação quantitativa.

• Verificação do numero de pontos a se avaliar.

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Avaliações Quantitativas

As avaliações foram feitas levando-se em

consideração:

• Os 3 diferentes tipos de atividades realizadas pelo funcionário

• O tempo gasto na realização de cada atividade

• O esforço feito em cada atividade

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Metodologia de Avaliação

De acordo com a NHO 06, os equipamentos que

devem ser utilizados para avaliação de estresse

térmico são:

• Termômetro de Bulbo Úmido Natural (Tbn)

• Termômetro de Bulbo Seco (Tbs)

• Termômetro de Globo (Tg)

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Procedimentos de avaliação – NHO 06

• Calibração periódica do equipamento

• Verificação da integridade física do equipamento

• Umidificação prévia do pavio do Tbn com água destilada

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Procedimentos de avaliação – NHO 06

• O avaliador deve evitar que seu posicionamento interfira na avaliação

• Informar ao trabalhador que:1. A avaliação não deve interferir em sua rotina de

trabalho

2. O equipamento de medição só deverá ser manuseado pelo avaliador

3. O equipamento não deverá ser tocado ou obstruído

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Procedimentos de avaliação – NHO 06

• O equipamento deverá ser posicionado na área de maior exposição

• Os sensores deverão estar alinhados em relação a fonte térmica

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Critério de Avaliação da Exposição

O critério adotado pela NHO06 tem por base oÍndice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG), calculado através de:

• Ambientes internos ou externos sem carga solar direta:

– IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

• Ambientes externos com carga solar direta:– IBUTG = 0,7 Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs

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Critério de Avaliação da Exposição

Quando o trabalhador está exposto a duas ou mais

situações térmicas diferentes, deve ser determinado

o IBUTG média ponderada calculado pela equação:

______ IBUTG1 x T1 + IBUTG2 x T2 + IBUTG3 X T3 …– IBUTG = ——————————————————————-

60

OBS: T1 + T2 + T3 + Tn = 60 MIN

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Critério de Avaliação da Exposição

Quando o trabalhador desenvolve duas ou mais

atividades físicas, deve ser determinada a taxa

metabólica média ponderada calculada pela

equação:

__ M1 x T1 + M2 x T2 + M3 X T3 …– M = —————————————————

60

OBS: T1 + T2 + T3 + Tn = 60 MIN

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Avaliações Quantitativas• Primeiro ponto de avaliação:

Carregando sacos de café.

• Tempo: 20 minutos.

• Taxa Metabólica / tipo de atividade: 440 Kcal/h – NR15 - PESADO

• Tbn: 24,5°C • Tbs: 30,1°C • Tg: 31,0°C

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Avaliações Quantitativas• Segundo ponto de avaliação:

Acompanhamento da torragem.

• Tempo: 20 minutos.

• Taxa Metabólica / tipo de atividade: 220 Kcal/h. – NR15 - MODERADO

• Tbn: 25,2°C • Tbs: 31,8°C • Tg: 33,9°C

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Avaliações Quantitativas• Terceiro ponto de avaliação:

Alimentação da Fornalha.

• Tempo: 20 minutos

• Taxa Metabólica / tipo de atividade: 440 Kcal/h. – NR15 - PESADO

• Tbn: 36,5°C • Tbs: 46,4°C • Tg: 54,4°C

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Resultado da AvaliaçãoIBUTG 1 = 0,7 x 24,5°C + 0,3 x 31°C = 17,15 + 9,3 = 26,45°C

IBUTG 2 = 0,7 x 25,2°C + 0,3 x 33,9°C = 17,64 + 10,17 = 27,81°C

IBUTG 3 = 0,7 x 36,5°C + 0,3 x 54,4°C = 25,55 + 16,32 = 41,87°C

______ 26,5°C x 20 + 27,8°C x 20 + 41,9°C X 20

- IBUTG = ———————————————————

60

______- IBUTG = 32,06°C

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Resultado da AvaliaçãoTaxa Metabólica 1 = 440 Kcal/h

Taxa Metabólica 2 = 220 Kcal/h

Taxa Metabólica 3 = 440 Kcal/h

__ 440 x 20 + 220 x 20 + 440 X 20

- M = —————————————————

60

__- M = 366,66 Kcal/h

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Limites de TolerânciaNR 15 - anexo 3

 Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de

trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço.

Quadro N° 1

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Limites de TolerânciaNR 15 - anexo 3

 Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de

trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso).

Quadro N° 2

Obs: Quando a taxa metabólica média ponderada for intermediaria aos valores do quadro N°2, deve ser utilizado o valor imediatamente mais elevado.

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Local da Avaliação Função Avaliada Data da Avaliação Hora Início Hora FimTorrador Torrador 25/11/09 12:30 14:00

Tipo de Exposição: 2 Carga Solar (Sim / Não): não

Nome do Local Tempo médio em 1 hora

Carregando Sacos de Café 20 440

Acompanhando a Torragem 20 220

Alimentando a Fornalha 20 440

METABOLISMO Médio (Kcal/h): 367

Locais Trabalho/Descanso Tbn (ºC) Tbs (ºC) Tg (ºC) IBUTG (ºC)

Carregando Sacos de Café 24,5 30,1 31,0 26,5

Acompanhando a Torragem 25,2 31,8 33,9 27,8

Alimentando a Fornalha 36,5 46,4 54,4 41,9

0 0,0

0 0,0

IBUTG Médio (ºC): 32,0

N. Série do equipamento:

Limite de Tolerância, segundo Quadro 2 do anexo 3 da NR-15 - (ºC):

Taxa Metabólica (Kcal/h) / Tipo de Atividade (Trabalho)

26,0

Pesado

CALOR – ESTRESSE TÉRMICO"Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro

local (local de descanso) "

Análise da Exposição

Descrição do Processo

Análise do Metabolismo

ACOMPANHANDO O PROCESSO DE TORRAGEM DO CAFÉ, CARREGANDO SACOS DE CAFÉ PARA A ELEVATORIA EALIMENTANDO A FORNALHA.

Cálculo do IBUTG

Moderado

Pesado

Observações:

Análise do LT:Priorização (Tab.4):

TKF030002

Acima do LT

3-Emergencial

Habitual / Permanente

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Danos a saúde

Estresse térmico pode causar os seguintes

danos a saúde:

• Estresse físico • Cansaço• Desidratação devido à perda de água e sais

através da pele (sudorese) • Fadiga • Irritabilidade.

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Aspectos legais

O Calor gera:

• Insalubridade de 20% - habitual permanente ou habitual intermitente

• Aposentadoria especial – 25 anos de serviço - habitual e permanente

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Recomendações•Pela NR-15 recomenda-se a melhoria na ventilação geral diluidora do ambiente, além de estudo para inserção de ventilação local;

•Isolamento térmico da fonte;

•Rodízio entre os funcionários expostos;

•Hidratação eletrolítica constante (Incentivar a ingestão de pequenos volumes (aproximadamente 1 copo) de água potável e fresca a cada 20 minutos);

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Recomendações

•Exame médico periódico conforme PCMSO;

•Para o trabalhador recomenda-se a utilização dos seguintes equipamentos de proteção individual:

1. Fornecer Óculos de segurança ou protetor facial com lente especial para radial não-ionizante;

2. Bota de Segurança com biqueira de aço;

3. Fornecer luva de raspa de couro;

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Recomendações• Medidas Específicas de controle:

1. Estudar medidas de controle de engenharia que reduzam a taxa metabólica, forneçam movimentação geral do ar, reduzam o processo de emissão de calor e de liberação de vapor de água.

2. Estudar medidas de controle administrativo para a fixação de tempos aceitáveis de exposição.

3. Nunca ignorar nenhum sinal ou sintoma de dano à saúde relacionado ao calor.

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Conclusão

Sempre que, na avaliação qualitativa, for detectado calor, deverá ser feita a avaliação quantitativa, para que medidas efetivas de controle sejam tomadas e o enquadramento legal da exposição ocupacional seja realizado.

De acordo com a ACGIH, o tipo de vestimenta influencia diretamente na troca de calor do corpo com o ambiente, podendo causar um aumento de até 11°C no valor do IBUTG, se a vestimenta não for adequada.