Estrutura para projetos de pesquisa.
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ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA
1. ESTRUTURA BÁSICA
ÍNDICE
13. ANEXOS
12 . APÊNDICES. 11. GLOSSÁRIO
10. REF. BIBLIOGR
9.RESULTADOS ESPERADOS
Elementos Preliminares ou
Pré-Textuais
As páginas Preliminares são contadas (com exceção da Capa), mas não são numeradas.
8. ORÇAMENTO 7. CRONOGRAMA
6. METODOLOGIA 5. REVISÃO DE LITERAT.
4. PROBLEMÁTICA 3. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
2. JUSTIFICATIVA n.12
As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas. Para trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o anverso. A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
Elementos Textuais
Elementos Pós-Textuais
1. INTRODUÇÃO n.12
SUMÁRIO (OB)
LISTAS (OP)
RESUMOS LÍNGUA VERNÁCULA (OB)
Página em branco deve ser colocado no final do Projeto.
RESUMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (OB)
EPÍGRAFE (OP) AGRADECIMENTOS (OP) DEDICATÓRIA (OP)
FOLHA DE APROVAÇÃO (OB)
ERRATA (OP) FOLHA DE ROSTO (OB)
CAPA (OB)
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
� CAPA (OBRIGATÓRIO) � LOMBADA – trabalhos encadernados (Opcional) � FOLHA DE ROSTO (OBRIGATÓRIO) � ERRATA (Opcional) � FOLHA DE APROVAÇÃO (OBRIGATÓRIO) � DEDICATÓRIA(S) (Opcional) � AGRADECIMENTOS (Opcional) � EPÍGRAFE (Opcional) � RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA (OBRIGATÓRIO) � RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA � LISTA DE ILUSTRAÇÕES [(Quando houver) Opcional] � LISTA DE TABELAS [(Quando houver) Opcional] � LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS [(Quando houver) Op cional] � LISTA DE SÍMBOLOS [(Quando houver) Opcional] � SUMÁRIO (OBRIGATÓRIO)
ELEMENTOS TEXTUAIS INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
� Referências (OBRIGATÓRIO); � Elaborar de acordo com as normas NBR da ABNT 6023 (2002) .
� Glossário (opcional); � Deve ser elaborado em ordem alfabética conforme as normas NBR da ABNT 6022
(2002). � Apêndice(s) (opcional);
� São documentos elaborados pelo autor da monografia e servem para complementar sua argumentação.
� Anexos (opcional). � São documentos não elaborados pelo autor da monografia e servem para comprovar,
fundamentar ou ilustrar argumentação do autor.
1- TEMA 2- JUSTIFICATIVA 3- OBJETIVOS 3.1 OBJETIVOS GERAIS 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4. PROBLEMÁTICA 5. REVISÃO DE LITERATURA 6. METODOLOGIA 7. CRONOGRAMA 8. ORÇAMENTOS 9. RESULTADOS ESPERADOS 10. REFERÊNCIAS 11. GLOSSÁRIOS 12. APÊNDICES 13. ANEXOS
1. DEFININDO O TEMA E TÍTULO (O QUÊ)
O tema parte preferencialmente da realidade circundante do pesquisador, como, por exemplo, de seu
contexto social, profissional ou cultural. O título parte do tema e é o “cartão de apresentação” do projeto de
pesquisa. Ele expressa a delimitação e a abrangência temporal e espacial do que se pretende pesquisar.
Independente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente ampla, precisando bem o assunto geral
sobre o qual se deseja realizar a pesquisa.
Do tema é feita a delimitação que deve ser dotada de um sujeito e um objeto. Já o título, acompanhado ou
não por subtítulo, difere do tema. Enquanto este último sofre um processo de delimitação e especificação,
para torná-lo viável à realização da pesquisa, o título sintetiza o conteúdo da mesma.
2. JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?).
A justificativa constitui uma parte fundamental do projeto de pesquisa. É nessa etapa que você convence o
leitor (professor, examinador e demais interessados no assunto) de que seu projeto deve ser feito. Para tanto,
ela deve abordar os seguintes elementos: a delimitação, a relevância e a viabilidade.
a) Delimitação
Como é impossível abranger em uma única pesquisa todo o conhecimento de uma área, deve-se fazer
recortes a fim de focalizar o tema, ou seja, selecionar uma parte num todo. Delimitar, pois, é pôr limites.
O que delimitar?
-Área específica do conhecimento;
-Espaço geográfico de abrangência da pesquisa;
- Período focalizado na pesquisa.
b) Relevância
Deve ser evidenciada a contribuição do projeto para o conhecimento e para a sociedade, ou seja, em que
sentido a execução de tal projeto irá subsidiar o conhecimento científico já existente e a sociedade de
maneira geral ou específica.
c) Viabilidade
A justificativa deve demonstrar a viabilidade financeira, material (equipamentos) e temporal, ou seja, o
pesquisador mostra a possibilidade de o projeto ser executado com os recursos disponíveis.
A justificativa deve ser elaborada em texto único, sem tópicos.
3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Sem problema não há pesquisa, mas, para formular um problema de pesquisa, surge fazer algumas
considerações pertinentes no sentido de evitar equívocos.
- Em primeiro lugar é preciso fazer uma distinção entre o problema de pesquisa e os problemas do
acadêmico.
- Em segundo lugar, não confundir tema com problema. O tema é o assunto geral que é abordado na
pesquisa e tem caráter amplo. O problema focaliza o que vai ser investigado dentro do tema da pesquisa.
PROBLEMA É UMA INTERROGAÇÃO QUE O PESQUISADOR FAZ À REALIDADE.
A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se
defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa.
Para ser cientificamente válido, um problema deve passar pelo crivo das seguintes questões:
- Pode ser enunciado em forma de pergunta?
- Corresponde a interesses pessoais (capacidade), sociais e científicos, isto é, de conteúdo e metodológicos?
Esses interesses estão harmonizados?
- Constitui-se o problema em questão científica, ou seja, relacionam-se entre si pelo menos duas variáveis?
- Pode ser objeto de investigação sistemática, controlada e crítica?
- Pode ser empiricamente verificado em suas conseqüências?
Tema não é problema! Problemática não é problema! Além disso, é necessário também esclarecer o que é
uma problemática e um problema.
Segundo Oliveira (2001, p. 107), uma problemática pode ser considerada como a colocação dos problemas
que se pretende resolver dentro de um certo campo teórico e prático. Um mesmo tema (ou assunto) pode ser
enquadrado em problemáticas diferentes.
O problema não surge do nada, mas é fruto de leitura e/ou observação do que se deseja pesquisar. Nesse
sentido, o aluno deve fazer leituras de obras que tratem do tema no qual está situada a pesquisa, bem como
observar – direta ou indiretamente – o fenômeno (fato, sujeitos) que se pretende pesquisar para,
posteriormente, formular questões significativas sobre o problema.
A formulação mais freqüente de um problema na literatura sobre metodologia da pesquisa ocorre, de
maneira geral, em forma de uma questão ou interrogação.
O problema, assim, consiste em um enunciado explicitado de forma clara, compreensível e operacional,
cujo melhor modo de solução ou é uma pesquisa ou pode ser resolvido por meio de processos científicos.
Concluem-se disso que perguntas retóricas, especulativas e afirmativas (valorativas) não são perguntas
científicas.
4. FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES
As hipóteses são possíveis respostas ao problema da pesquisa e orientam a busca de outras informações. A
hipótese pode também ser entendida como as relações entre duas ou mais variáveis, e é preciso que pelo
menos uma delas já tenha sido fruto de conhecimento científico.
* Alguns autores utilizam a expressão “questões de pesquisa” ou “questões norteadoras” em vez de
hipóteses.
“É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o que se pretende
demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto de partida. [...] nesses casos não há
mais nada a demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança” (SEVERINO,
2000, p. 161).
Tal como o problema, a formulação de hipóteses prioriza a clareza e a distinção. A pesquisa pode confirmar
ou refutar a(s) hipótese(s) levantada(s). HIPÓTESES NÃO são perguntas, mas SIM AFIRMAÇÕES.
Nas hipóteses não se busca estabelecer unicamente uma conexão causal (se A, então B), mas a probabilidade
de haver uma relação entre as variáveis estabelecidas (A e B), relação essa que pode ser de dependência, de
associação e também de causalidade.
Enunciado das hipóteses
• É uma suposição que se faz na tentativa de explicar o problema;
• Como resposta e explicação provisória, relaciona duas ou mais variáveis do problema levantado;
• Deve ser testável e responder ao problema;
• Serve de guia na pesquisa para verificar sua validade.
Surgem de:
a. observação
b. resultados de outras pesquisas
c. teorias
d. intuição
Características das Hipóteses
• Consistência
lógica
• Verificabilidade
• Simplicidade
• Relevância
• Apoio teórico
• Especificidade
• Plausibilidade
• Clareza
• Profundidade
• Fertilidade
• Originalidade
Uma hipótese aplicável deve:
a. ser conceitualmente clara;
b. ser específica (identificar o que deve ser observado);
c. ter referências empíricas (verificável);
d. ser parcimoniosa (simples);
e. estar relacionada com as técnicas disponíveis;
f. estar relacionada com uma teoria.
As hipóteses constituem “respostas” supostas e provisórias ao problema.
A principal resposta é denominada hipótese básica, podendo ser complementada por
outras, que recebem a denominação de secundárias.
5. OBJETIVOS (PARA QUÊ?)
Atenção! Os objetivos devem ser sempre expressos em verbos de ação.
Objetivo Geral
Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo
intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se
diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto. Deve iniciar com um
verbo de ação.
Exemplo de objetivo geral:
Desenvolver um modelo científico de estúdio de produção em rádio, para ser utilizado
como referencial básico para novas implantações e a readequação dos existentes em
cursos de comunicação social, em instituições de ensino superior, visando a melhoria e
otimização da organização do trabalho e usabilidade do sistema à aprendizagem.
Objetivos Específicos
Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo
de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.
Exemplos aplicáveis a objetivos:
a) quando a pesquisa tem o objetivo de conhecer:
Apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar;
b) quando a pesquisa tem o objetivo de compreender:
Compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir,
interpretar, localizar, reafirmar;
c) quando a pesquisa tem o objetivo de aplicar:
Desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar,
otimizar, melhorar;
d) quando a pesquisa tem o objetivo de analisar:
Comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar,
ensaiar, medir, testar, monitorar, experimentar;
e) quando a pesquisa tem o objetivo de sintetizar:
Compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor,
reunir, sintetizar;
f) quando a pesquisa tem o objetivo de avaliar:
Argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar.
Lista de alguns verbos operacionais
Nível de conhecimento saber / Nível de saber-fazer
Apreciar
analisar
escolher
citar
classificar
comparar
controlar
descobrir
descrever
definir
demonstrar
nomear
designar
diferenciar
distinguir
estimar
avaliar
calcular
construir
consertar
desenvolver(método)
diagnosticar
(manutenção)
executar
gerenciar (informática)
instalar
integrar
dominar
localizar
montar (uma operação)
modelar
organizar (um posto)
praticar
preparar
realizar
explicar
identificar
julgar
listar
medir
opor
provar
reconhecer
redigir
reagrupar
repertoriar
resolver
selecionar
estruturar
traduzir
transpor
verificar
reparar
tratar
transformar
utilizar
...e todos os verbos
técnico
6. REVISÃO DA LITERATURA
Nessa etapa, como o próprio nome indica, analisam-se as mais recentes obras científicas
disponíveis que tratem do assunto ou que dêem embasamento teórico e metodológico
para o desenvolvimento do projeto de pesquisa. É aqui também que são explicitados os
principais conceitos e termos técnicos a serem utilizados na pesquisa.
Também chamada de “estado da arte”, a revisão da literatura demonstra que o
pesquisador está atualizado nas últimas discussões no campo de conhecimento em
investigação. Além de artigos em periódicos nacionais e internacionais e livros já
publicados, as monografias, dissertações e teses constituem excelentes fontes de
consulta.
Revisão de literatura difere-se de uma coletânea de resumos ou uma “colcha retalhos”
de citações!
7. METODOLOGIA (COMO?)
Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizados para a realização de uma
pesquisa.
Existem duas abordagens de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa. A primeira aborda o
objeto de pesquisa sem a preocupação de medir ou qualificar os dados coletados, o que
ocorre essencialmente na quantitativa. Porém é possível abordar o problema da pesquisa
utilizando as duas formas.
Faz-se necessário, contudo, definir o que é método. Este pode ser compreendido como o
caminho a ser seguido na pesquisa.
1. O que é método?
O método nada mais é do que o caminho a ser percorrido para atingir-se o objetivo
proposto. Em função da proposta de trabalho ou da área de concentração da pesquisa.
Em uma pesquisa existem métodos de abordagem e métodos de procedimento. O
método de abordagem diz respeito à concepção teórica utilizada pelo pesquisador,
enquanto o de procedimento relaciona-se à maneira específica pela qual o objeto será
trabalhado durante o processo de pesquisa. Exemplos de métodos de abordagem podem
ser: hipotético-dedutivo, indutivo, fenomenológico, dialético, positivista, estruturalista e
hermenêutico. Exemplos de métodos de procedimentos podem ser: histórico, estatístico,
comparativo, observação, monográfico, econométrico e experimental.
Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo da pesquisa. Os
tipos mais comuns de pesquisa são:
• de campo;
• bibliográfica;
• descritiva;
• experimental.
Aliadas aos métodos estão as técnicas de pesquisa, que são os instrumentos específicos
que ajudam no alcance dos objetivos almejados.
As técnicas mais comuns são:
• questionários (instrumento de coleta de dados que dispensa a presença do
pesquisador);
• formulários (instrumento de coleta de dados com a presença do pesquisador);
• entrevistas (estruturada ou não estruturada);
• levantamento documental;
• observacional (participante ou não participante);
• estatísticas.
Classificação das pesquisas
- Quanto à natureza:
• Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da
ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
• Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida
à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
- Quanto a forma de abordagem (segundo Gil, 1991):
• Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa
traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los.
Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda,
mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc...).
• Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real
e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação
dos fenômenos e a atribuição de significados são básicos no processo de
pesquisa qualitativa. Não requer os uso de métodos e técnicas estatísticas. O
ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o
instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados
indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de
abordagem.
- Quanto aos objetivos
• Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema
com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento
bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o
problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão.
Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso.
• Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população
ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso
de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação
sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.
• Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem
para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade
porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências
naturais requer o uso do método experimental e nas ciências sociais requer o uso
do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental
e Pesquisa Ex-post-facto.
- Quanto aos procedimentos técnicos
• Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado,
constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com
material disponibilizado na Internet.
• Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam
tratamento analítico.
• Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, seleciona-se
as variáveis que seriam capazes de influenciá- lo, define-se as formas de
controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
• Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo
comportamento se deseja conhecer.
• Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
• Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos.
• Pesquisa ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma
ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e
participantes representatives da situação ou do problema estão envolvidos de
modo cooperativo ou participativo.
• Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas.
Toda pesquisa requer um embasamento teórico. Nele é preciso observar a teoria de
base que dará sustentação ao trabalho, a revisão bibliográfica e a definição dos termos.
8. RESULTADOS ESPERADOS
Esse item é dispensável nos trabalhos de graduação, porém é necessário em projetos
com financiamento. Devem ser explicitados os resultados práticos esperados com a
pesquisa, como:
-Números e características de publicações (artigos, livros etc.);
-Comunicações em congressos ou simpósios;
-Registro de patentes;
-Exposição;
-Criação ou industrialização de produtos.
9. CRONOGRAMA (QUANDO?)
A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser divida
em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra.
Não esquecer que, se determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos
vários membros da equipe, existem outras que dependem das anteriores, como é o caso
da análise e interpretação, cuja realização depende da codificação e tabulação, só
possíveis depois de colhidos os dados.
O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de
acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão
definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo
autor do trabalho.
Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres,
trimestres etc. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por
cada pesquisador.
Cabe frisar que a execução de um projeto terá tantas etapas quantas forem necessárias,
tendo-se em vista um melhor acompanhamento e controle. Estas deverão constar no
conograma com os devidos prazos de execução.
Exemplo:
ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 Levantamento do Tema X
2 Discussões do grupo X
3 Coleta de dados X X X
4 Tratamento dos dados X X X X
5 Montagen do Projeto X X X
6 Revisão do texto X
7 Elaboração do Relatório Final
8 Entrega do trabalho X
Recursos
Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição
financiadora de Projetos de Pesquisa. ...................................................................
Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de
Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de
organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o
Projeto.
Material permanente
São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido
como bens duráveis que não são consumidos durante a realização da pesquisa.
Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc.
Exemplo:
ITEM CUSTO (R$)
Computador 1.300,00
Impressora 400,00
Scanner 280,00
Mesa para o computador 250,00
Cadeira para a mesa 100,00
TOTAL: 2.330,00
Material de Consumo
São aqueles materiais que não têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é
definido como bens que são consumidos durante a realização da pesquisa.
Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc.
Exemplo:
ITEM CUSTO (R$)
10 caixas de disquete para computador 50,00
10 resmas de papel tipo A4 150,00
10 cartuchos de tinta para impressora 650,00
TOTAL: 850,00
Pessoal
É a relação de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos.
Exemplo:
ITEM CUSTO
MENSAL (R$)
CUSTO TOTAL
(R$)
(10 meses)
1 estagiário pesquisador 500,00 5.000,00
1 digitador 200,00 2.000,00
1 revisor 2.000,00
Impostos incidentes (hipotético) 4.000,00
TOTAL: 700,00 13.000,00
CUIDADO!!!
Só estabeleça etapas que possam ser executadas no prazo disponível.
9. ORÇAMENTO (COM QUANTO?)
Respondendo à questão com quanto? O orçamento distribui os gastos por vários itens,
que devem necessariamente ser separados. Inclui:
a) pessoal – do coordenador aos pesquisadores de campo, todos os elementos deve ter
computados os seus ganhos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/atividade,
incluindo os programadores de computador;
b) material, subdivididos em:
b.1) elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel, canetas,
lápis, cartões ou plaquetas de identificação dos pesquisadores de campo,
hora/computador, datilografia, xerox, encadernação etc.;
b.2) elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou serem
alugados, computadores, calculadoras, etc..
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
As referências utilizadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais
previamente identificadas que serão necessárias à pesquisa devem ser indicadas em
ordem alfabética e dentro das normas técnicas (no Brasil as normas mais aceitas são as
estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Referências
Secção normalmente situada ao final de um trabalho científico, que lista as fontes
documentais utilizadas, individualmente identificadas através de uma referência.
COM UM AUTOR:
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título da obra. Número da edição. Local de
publicação: Nome da editora, ano da publicação.
Ex:
SANTOS, R. Comércio exterior. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
COM DOIS AUTORES:
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes; ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título da
obra. Número da edição. Local de publicação: Nome da editora, ano da publicação.
Ex:
MARTINS, C.; CALDAS, J.F. Administração geral. 4. ed. Rio de Janeiro: Saraiva,
1992.
PARTE DE OBRAS:
ÚLTIMO SOBRENOME, Nome do autor da parte. Título da Parte. In: Sobrenome do
autor, Prenomes. Título da obra. Número da edição. Local de publicação: Nome da
editora, ano da publicação.
Ex:
CORDEIRO, J.C. O Conflito nas Organizações. In: Saraiva, José Francisco. Mudança
organizacional. 4. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 1992.
ARTIGOS DE JORNAL:
- Com o nome do autor: ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título do Artigo, Título
do jornal, Local de publicação, dia, mês abreviado, ano, seção, caderno ou parte do
jornal e a paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a
paginação do artigo ou matéria precede a data.
Ex:
SANTOS, A.F. As empresas virtuais. Jornal Diário , São Paulo, 18 ago 1997. Encarte
Técnico, p. 8.
- Sem o nome do autor: TÍTULO DO JORNAL . Título do artigo. Local de publicação,
dia, mês abreviado, ano.
Ex:
ZERO HORA. As empresas virtuais. Porto Alegre, 15 set 1997.
ARTIGOS DE PERIÓDICOS (REVISTAS):
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título do Artigo. Título do periódico, Local de
publicação, número de volumes, número do fascículo, página inicial-final do artigo, dia,
mês abreviado, ano.
Ex:
CARVALHO, Antônio José. O fim dos empregos. Revista de Administração, São
Paulo, 58, n.14, p.170-182, ago-set, 1997.
TEXTOS COMPLETOS DE PESQUISAS ELETRÔNICAS:
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título. Data. Endereço eletrônico: endereço.
Ex:
WEBBER, S. Bussiness sources on the internet. 2003. Disponível em:<
http://www.dis.strach.ac.uk/ftp/pub/interasac/> Acesso em : 7ago. 2003
LEIS:
LOCAL DE JURISDIÇÃO.Órgão competente. Título e número da lei, partes
envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da publicação.
Ex:
BRASIL. Decreto-lei n0 2423, 7 de abril de 1988. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil. Brasília, v.126, n.66, p.6009, 8 abr. 1988.
OBS:
Demais referências que não estejam incluídas nos exemplos acima devem ser
pesquisadas nas normas da ABNT.
Atenção!
Existem diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia. A palavra
referências indica as obras efetivamente citadas no trabalho em questão.
Quando usada sozinha, pode indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos
ou documentos, sejam manuscritos, impressos ou em meio eletrônico.
Quando o trabalho apresentar somente citações de obras publicadas em papel, utiliza-se
o termo referências bibliográficas. Já a palavra bibliografia indica todas as leituras feitas
pelo pesquisador durante o processo de pesquisa.
11. APÊNDICE
Apêndices são elementos complementares ao projeto e que foram elaborados pelo
pesquisador. Aqui entrariam, por exemplo, questionários, formulários de pesquisa de
campo ou fotografias.
12. ANEXOS
Assim como os apêndices, os anexos só devem aparecer nos projetos de pesquisa se
forem extremamente necessários. São textos de autoria de outra pessoa e não do
pesquisador. Por exemplo: mapas, documentos originais, fotografias batidas por outra
pessoa que não o pesquisador.
BOM TRABALHO !