Estrutura Projeto TCC 1 Enfermagem (1) (1)

26
FACULDADE PITÁGORAS DE IPATINGA CURSO DE ENFERMAGEM THIAGO TRABALHO EM ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DOS RISCOS AO TRABALHADOR” 1

Transcript of Estrutura Projeto TCC 1 Enfermagem (1) (1)

FACULDADE PITÁGORAS DE IPATINGA

CURSO DE ENFERMAGEM

THIAGO

TRABALHO EM ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DE

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DOS RISCOS AO

TRABALHADOR”

IPATINGA - MG

20121

FACULDADE PITÁGORAS DE IPATINGA

CURSO DE ENFERMAGEM

THIAGO

TRABALHO EM ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DE

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DOS RISCOS AO

TRABALHADOR”

Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 1, no Curso de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Ipatinga.

Orientador: Prof. Ms. Rodrigo Nascimento Alves

IPATINGA - MG

2012

2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO / TEMA ..................................................................................... 4

2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 6

3 HIPOTESE....... ................................................................................................ 7

4 OBJETIVO ......................................................................................................... 8

5 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................. 95.1

o trabalho de enfermagem.................................................................................. 95.2 Riscos Ocupacionais.......................................................................................... 105.3 Utilização de epi pelos profissionais da saúde..................................................

135.4 Importância da vacinação em profissionais da saúde................................... 14

6 METODOLOGIA................................................................................................. 15

7 CRONOGRAMA ................................................................................................. 16

8 REFERÊNCIAS................................................................................................... 17

3

1 INTRODUÇÃO

As relações do ser humano com o trabalho, desde tempos longínquos, se perfazem

como a maior ação de implicação social e pessoal. O trabalho atribui valor pessoal e

auto-estima, além de favorecer o relacionamento inter-pessoal e garantir a

sobrevivência através do sustento individual e familiar. Por ser tão representativo na

sociedade, o trabalho é um direito garantido aos cidadãos pela constituição brasileira

(COUTINHO et al., 2008; CANINI et al., 2002).

Os hospitais são entidades normalmente associadas à prestação de serviços à saúde,

visando assistência, o tratamento e a cura daqueles acometidos por diversos agravos.

Porém, também podem ser responsáveis pela ocorrência de diversos riscos à saúde

daqueles que ali trabalham, tais como: os acidentes de trabalho, as doenças

profissionais e as doenças do trabalho (RUIZ et al.,2004)

O trabalho em saúde pode ser caracterizado como gratificante e ao mesmo tempo

árduo, devido este trabalhador se expor a diversos riscos ocupacionais, estresse diário

e a várias doenças infecciosas (TOMAZIN et al., 2001).

A Saúde do Trabalhador é compreendida como um conjunto de práticas teóricas

interdisciplinares – técnicas, sociais, humanas – e interinstitucionais realizadas por

diferentes atores situados em espaços sociais distintos e informados por uma

perspectiva comum. Para o entendimento da magnitude desta ciência torna-se

necessário discutir os aspectos relacionados ao trabalho que garantam o bem-estar do

sujeito e, ainda, abordar os riscos inerentes a esse trabalho, de forma que sua

prevenção possa trazer segurança ao indivíduo (MAURO et al, 2004).

A concepção de risco é dada por designar o que é perigoso e quais os possíveis danos,

estabelecer como os danos são causados e esclarecidas as situações ou fatores de

4

agravamento e proteção; determinação da severidade do risco; exposição da

magnitude do problema através da quantificação de casos da doença diante de uma

situação de exposição (MOREIRA, 2007).

As doenças ocupacionais representam um sério problema de saúde pública e para a

economia de um país. Pode ser observado que no setor industrial houve decréscimo

destes agravos, fator que ocorreu pela grande escala de estudos e normatizações em

saúde do trabalhador que reforçou a obrigatoriedade das empresas em garantir a

qualificação do trabalho com a garantia da preservação da vida do trabalhador, já na

área da saúde registra-se um aumento desta ocorrência, em especial no ambiente

hospitalar, exigindo assim mais investigações e intervenções no setor, no sentido de

prevenir ou minimizar estas ocorrências (RUIZ et al., 2004).

Para todas as classes profissionais os riscos ocupacionais são uma preocupação

constante. Para profissionais de saúde há uma exposição a riscos em grande escala,

principalmente aqueles que têm contato direto com o paciente, podendo ocasionar

acidentes de trabalho e doenças ocupacionais (COUTINHO et al, 2008).

O ambiente hospitalar oferece múltiplos e variados riscos aos trabalhadores da área da

saúde, tais como os causados por agentes químicos, físicos, biológicos, psicossociais e

ergonômicos, sendo os riscos biológicos os principais geradores de periculosidade e

insalubridade a esses trabalhadores (COUTINHO et al., 2008; CANINI et al., 2002;

NAPOLEÃO et al., 2000).

O ambiente hospitalar apresenta uma diversidade de profissionais de saúde e

trabalhadores treinados para realizar variadas atividades necessárias à manutenção do

funcionamento da instituição. Neste contexto, a equipe de enfermagem possui a maior

representatividade de pessoal dentro do hospital, e sua atividade primordial caracteriza-

se na promoção, prevenção e recuperação da saúde de um grupo significativo de

pessoas (SILVA; ZEIUTONE, 2009).

5

O controle dos riscos torna-se possível uma vez que medidas preventivas sejam

adotadas por trabalhadores em saúde para a garantia do bem estar deste trabalhador.

Através de ações específicas torna-se possível desenvolver um trabalho de qualidade

sem a produção de dados ao trabalhador (TOMAZIN et al., 2001).

6

2 JUSTIFICATIVA

A evolução das leis trabalhistas juntamente com o aprimoramento das Normas de

regulamentação das instituições empregadoras, vem traçando um novo período no

setor ocupacional. Hoje, os direitos do trabalhador são assegurados e existe uma

preocupação constante de que este trabalhe bem e em segurança, sem nenhum

prejuízo funcional ou emocional.

O trabalho no serviço hospitalar, principalmente para os profissionais de enfermagem é

tido como sacrificante e possui níveis elevados de estresse e de afastamentos por

motivos trabalhistas, ocorridos principalmente pela responsabilidade atribuída a este

profissional que está envolvido diretamente com os pacientes participando de todos os

seus conflitos, outro fator estressante é a carga horária de trabalho que muitas vezes

sobrecarrega este profissional.

É preciso que as ações de controle de riscos sejam valorizadas e reafirmadas

constantemente por equipes que protegem a saúde do trabalhador em saúde, para que

ações simples como a utilização dos EPIs, vacinação e a capacitação individual sejam

utilizadas como ferramentas do dia-a-dia do trabalhador oferecendo a este instrumento

para proteção individual e coletiva.

7

3 HIPÓTESE

Acredita-se que uma equipe de trabalho em saúde bem capacitada e devidamente

orientada possui a capacidade de aplicar conhecimentos teóricos à sua prática

trabalhista reduzindo assim os riscos ocupacionais gerados no atendimento em saúde.

8

4 OBJETIVO

Caracterizar os riscos existentes no ambiente hospitalar e as medidas preventivas para

reduzir as doenças ocupacionais.

9

5 REVISÃO DA LITERATURA

5.1 O trabalho em enfermagem

O processo de trabalho de enfermagem é desenvolvido por categorias profissionais

distintas. Aos enfermeiros cabem as atividades intelectuais, gerenciamento do serviço e

as execuções de procedimentos de maior complexidade, sendo a pratica assistencial

juntamente ao cliente pouco frequente, esta então sendo desenvolvida de forma integral

e direta pelos auxiliares e técnicos de enfermagem (RIBEIRO, 2007).

No ambiente hospitalar os profissionais da área da saúde principalmente os

profissionais da enfermagem estão expostos a riscos ocupacionais distintos, sendo

eles: físicos, químicos, ergonômicos e biológicos. Estes riscos ocorrem em função de

sua natureza, intensidade e tempo de exposição a estes agentes.

De acordo com Marziale e Rodrigues (2002), Brasil (2005), Ribeiro (2007) é possívels

caracterizar os riscos aos quais a enfermagem está exposta, desse modo: os riscos

físicos se referem aos ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes,

temperaturas extremas e pressões anormais. Os riscos químicos dizem respeito ao

manuseio de gases e vapores anestésicos, antissépticos e esterilizantes e poeiras.

Riscos ergonômicos compreendem os locais inadequados de trabalho, levantamento e

transporte de pesos, postura inadequada, entre outros fatores.

Como riscos biológicos, consideram-se a manipulação com perfuro-cortantes, fluídos

corpóreos, materiais infectocontagiosos, entre outros. Esse risco tem sido o mais

discutido devido a má manipulação destes materiais levarem principalmente a

exposição de doenças ocupacionais infecciosa, como a AIDS e Hepatites B e C.

10

Dessa forma, esforços na prevenção de acidentes de trabalho que envolva sangue ou

fluidos corpóreos potencialmente contaminados devem ser tratados como casos de

emergência, uma vez que, para se obter maior eficácia, as intervenções para profilaxia

das infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Hepatite, necessitam ser

iniciadas logo após a ocorrência do acidente (MARZIALE et al., 2004).

5.2 Riscos Ocupacionais

Para classificação dos agravos à saúde relacionados ao trabalho pode-se considerar

primeiro aqueles que traduzem uma ruptura abrupta do equilíbrio entre as condições e

o ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador, como os acidentes de trabalho e as

intoxicações agudas de origem profissional. Há também os agravos de caráter crônico

onde a doença profissional é definida como aquela inerente ou peculiar a determinado

ramo de atividade. Outro grupo é constituído pelas doenças relacionadas com o

trabalho, definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como agravos que, em

adição a doenças profissionais legalmente desconhecidas, ocorrem em trabalhadores

quando o ambiente ou as condições contribuem significativamente para a ocorrência de

doenças, porém em graus variados de magnitude (SILVA; ZEITOUNE, 2009).

Sabe-se que os principais agentes que expõem os trabalhadores a riscos são de

natureza física, química, mecânica, psicossocial, ergonômica e biológica. Estes riscos,

muitas vezes, menosprezados pelos profissionais em sua rotina, estão associados em

grande escala a acidentes de trabalho e aumento nos índices de absenteísmo e

licenças do ambiente de trabalho (MARZIALE; RODRIGUEZ, 2002).

Riscos físicos são todas as formas de energia na qual o trabalhador está exposto,

podendo citar ruídos, vibrações, extremos de temperatura, exposição do trabalhador a

incêndios e choques elétricos, além de radiações ionizantes ou não.

11

Os riscos químicos são aqueles ocasionados por agentes químicos, ou seja,

substâncias químicas que tem acesso ao organismo principalmente pela via respiratória

na forma de poeira, névoa, fumos, neblina, gases ou vapores e ainda, pela natureza da

atividade ou exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através

da ingestão ou da pele (BRASIL, 2006).

Riscos mecânicos se referem àqueles causados por quedas, manipulação de objetos

cortantes e penetrantes (MARZIALE; RODRIGUEZ, 2002).

Os riscos psicossociais podem estar associados à fadiga e a tensão; ao contado direto

com o sofrimento do paciente; a perda do controle sobre o trabalho; o impacto do

trabalho noturno e em turnos, das horas extras, dos plantões; o trabalho subordinado; a

desqualificação do trabalhador enquanto profissional; o trabalho parcelado com

fragmentação e repetição de tarefas; o ritmo acelerado de trabalho. Este risco está

associado em grande escala ao estresse, suicídio, consumo excessivo de álcool e

drogas (GUIMARÃES, 2005).

Lombalgias, varizes, dores na coluna estão associados diretamente a riscos

ergonômicos que podem ser caracterizados pela relação de adequação do homem com

seu trabalho, o principal deles é a postura inadequada adotada por longo espaço de

tempo no transporte e movimentação de pacientes, equipamentos, e materiais e

mobiliários não reguláveis e devido às formas de organização do trabalho onde as

necessidades psicofisiológicas dos trabalhadores não são consideradas (CHIODE;

MARZIOLE, 2006).

Os riscos biológicos são aqueles representados como agentes biológicos como vírus,

bactérias, fungos, bacilos, parasitas e protozoários. Estes agentes são os maiores

causadores de injúrias em profissionais de saúde, devido à peculiaridade das tarefas

realizadas e da exposição contínua a sangue e fluidos corporais causadores de

infecções, onde a contaminação pode ocorrer por via cutânea, respiratória ou digestiva

(CHIODE; MARZIOLE, 2006).

12

Em um ambiente hospitalar, os acidentes com perfuro-cortantes são os principais

causadores de doenças ocupacionais. Infecções virais causadas pelo HIV e pelas

hepatites B e C são facilmente veiculas pelo sangue e apenas um contato é capaz de

infectar uma pessoa (COUTINHO et al., 2008).

As Normas Regulamentadoras aprovadas na portaria n° 3214 de 1978, criadas com o

objetivo de manutenção de condições seguras ao trabalhador reduzindo ou até mesmo

eliminando riscos, são de observação obrigatória pelas empresas empregadoras bem

como órgão do poder legislativo e judiciário que possuem empregados regidos pela

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (COUTINHO et al., 2008).

Dentro das NRs de aplicação dentro do contexto hospitalar pode-se dar um destaque

maior à NR 7 que estabelece a obrigatoriedade da criação do Programa de Controle

Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que objetiva a preservação da saúde de um

conjunto de trabalhadores; a NR 9 que discorre sobre a obrigatoriedade de

empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados a

elaboração de um programa de prevenção de risco ambiental no trabalho. Dentro desta

proposta, o mapeamento e reconhecimento prévio dos riscos é fator fundamental para a

prevenção de acidentes, assim como o uso obrigatório de Equipamentos de Proteção

Individual (EPIs) específicos na realização de procedimentos rotineiros. A NR 32, que

busca a proteção e a regulamentação do trabalho e dos trabalhadores em saúde,

garante recursos e estabelece condições para realização de um trabalho seguro e

dentro dos padrões de redução máxima de riscos (BRASIL, 2009).

5.3 Utilização de epi pelos profissionais da saúde

Os trabalhadores da área da saúde estão expostos a diferentes tipos de agentes, como

vírus, fungos, bactérias, protozoários e parasitas. Com isso estes profissionais precisam

adquirir uma postura segura em relação ao uso de Equipamento de Proteção Individual

13

(EPI) como forma de prevenir danos a sua saúde, da equipe e de seus clientes

(SANTOS, 2006).

Os EPIs são todos dispositivos ou materiais, de uso individual utilizado pelo

trabalhador, tem como função preservar e proteger a integridade física do empregado,

contra as consequências resultantes de acidentes de trabalho (MALAGUTI et al.,

2008).

Segundo a Consolidação das Leis Trabalhistas no seu capítulo V em seu artigo 166 diz

que:

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

Essencialmente desde os anos oitenta, em que surgiu o conceito das precauções

universais, como nesta época não era possível identificar com segurança quais os

doentes que constituíam risco, tornou-se necessário avaliar os riscos em função de

cada procedimento, ou seja, a exposição a sangue e fluidos orgânicos contendo

sangue. O uso de equipamento de proteção faz parte integrante desse conceito assim

como do mais recente conceito de precauções básicas (padrão) que estabelece que

determinados tipos de cuidados devam ser adotados a qualquer doente,

independentemente da sua patologia ou do seu status infeccioso (LIMA, 2008).

Os EPIs estão entre as principais precauções padrões (PPs) dos profissionais da saúde

para uma prática profissional segura. Mas valem ressaltar que somente a adesão não

efetivara uma proteção cem por cento seguras, estes profissionais precisam ser

capacitados e treinados para a correta utilização destes equipamentos, rotina de troca,

14

dentre outros aspectos e a instituição precisa fiscalizar sua correta utilização (OSÓRIO

et al, 2005).

O uso dos EPIs é uma exigência legal da legislação trabalhista brasileira, conforme a

norma regulamentadora seis (NR6), que diz que o descumprimento desta lei pode

acarretar ao empregador ações criminais ou civis, além de serem multados pelo

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e ao empregado fica a punição de

advertência e ser mandado embora por justa causa (BRASIL, 2012).

5.4 Importância da vacinação em profissionais da saúde

As atividade diárias dos profissionais de saúde os colocam em situações de risco

iminente a sua saúde, devido a exposição a diversas doenças infectocontagiosas,

mesmo cumprindo todas as precauções padrões, existem situações que não podem ser

totalmente evitadas, com isso a proteção adquirida pela vacinação se torna um fator

essencial e indispensável para a segurança destes profissionais (VALIN; MARZIALE.,

2011).

O Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho ou de Saúde Ocupacional de

cada unidade ou estabelecimento de saúde deve assegurar que todos os trabalhadores

em atividade (incluindo os novos profissionais) recebam as vacinações gratuitas

(SANTOS et al., 2011).

A hepatite B talvez seja, entre todas as doenças preveníveis por vacinação, é a que

mais faça parte das preocupações dos profissionais de saúde. A infecção pelo vírus da

hepatite B constitui-se em sério problema de saúde pública (ARAÙJO, et al.; SD). Mas

vale ressaltar que possa ser um erro do Ministério da Saúde (MS) dar maior ênfase

somente a esta vacina e não criar um Programa Nacional de Imunização (PNI) bem

definido a esta classe de trabalhadores. E com isso os profissionais da área de saúde

15

ingressam no mercado de trabalho de forma desordenada, geralmente sem treinamento

de biossegurança e sem verificação da sua situação vacinal (SHIMIZU; RIBEIRO,

2002).

16

6 METODOLOGIA

Este estudo será composto por uma revisão de literatura em bases de dados nacionais

através de uma revisão integrativa.

Uma revisão integrativa é um método específico de revisão de literatura que sumariza

estudos empíricos ou teóricos já realizados, para prover uma maior compreensão sobre

um fenômeno específico ou um problema de saúde. Tem o objetivo de definir conceitos,

rever teorias, analisar evidências, analisar questões metodológicas de um tema

específico (WHITEEMORE; KNAFL, 2005).

A revisão integrativa é considerada um dos instrumentos da Prática Baseada em

Evidências. Segundo Madigan (1998), o conceito da Prática Baseada em Evidências

surgiu no Canadá, que teve sua origem nos trabalhos do epidemiologista britânico

Archie Cochrane, através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro

Cochrane, em Oxford.

A utilização da Prática Baseada pela Evidência em Enfermagem envolve uma criteriosa

tomada de decisão sobre a assistência à saúde dos pacientes, baseada em um

conjunto de evidências pesquisadas em artigos científicos indexados em bases de

dados. A importância de se integrar os resultados obtidos nas pesquisas é um aspecto

essencial para a prática baseada em evidência, uma vez que o profissional de

enfermagem deve possuir habilidade e competência para fazer julgamentos e

reconhecer o que é bom ou ruim nos resultados encontrados, garantindo assim a

qualidade da evidência (DOMÊNICO; IDE, 2003).

A população será constituída por toda a literatura indexada nos bancos de dados do

Scielo, Lilacs e Medline que se enquadram nos processos de inclusão propostos

(artigos em português que contemplem assuntos relacionados à temática proposta).

17

Para seleção de artigos que irão compor este estudo será realizada uma análise

criteriosa para perceber a relevância científica e a capacidade de alinhar e modular a

pesquisa realizada. Serão considerados apenas artigos em português que responderem

aos critérios de abordagem da temática publicados no período de 2002 a 2012.

18

7 CRONOGRAMA

Atividade 2012 2013

J A S O N D J F M A M J J A S O N D

Elaboração do projeto

Coleta de dados

Análise dos dados

Elaboração do relatório final

Banca Examinadora

19

8 REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n° 485, de 11 de Novembro de 2005. Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 nov. 2005.

BRASIL. Risco químico: atenção à saúde dos trabalhadores expostos ao benzeno. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Anuário Estatístico da Previdência Social/Ministério da Previdência Social, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social. ISSN 0104-8139. Secretaria de Políticas de Previdência Social, v. 16, p. 1–862. Brasília: MPS/DATAPREV, 2007.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Normas regulamentadoras. Disponível em: <www.mte.gov.br>, acesso em: setembro de 2012.

CHIODI, M.B.; MARZIALE, M.H.P. Riscos Ocupacionais para trabalhadores de unidades básicas de saúde: Revisão Bibliográfica. Acta Paulista Enferm. 19 (2):212-7. 2006.

COUTINHO, L.H.; CASTRO, J.P.O.; COSTA, C.A.; STIVAL, M.M. Perfil de acidentes com perfuro-cortantes no hospital de Anápolis no período de 2005 a 2007. Anuário da produção de Iniciação Científica Discente. v. XI. n. 12. 2008

GUIMARÃES, R. S. O. O absenteísmo entre os servidores civis de Um hospital militar. [Dissertação] Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ.. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4689/2/727.pdf, acesso em: 26 de agosto de 2012.

LIMA, Jorge Patrício de Barros. A utilização de equipamentos de protecção individual pelos profissionais de Enfermagem – práticas relacionadas com o uso de luvas. [Dissertação]. Universidade do Minho. 2008. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9160/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Jorge_Lima_01.03_frente_verso.pdf, acesso em 09 de setembro de 2012.

MALAGUTI, Silmara Elaine; HAYASHIDA, Miyeko; CANINI, Silvia Rita Marin da Silva and  GIR, Elucir. Nurses in leading positions and measures to prevent occupational exposure: facilities and barriers. Rev. esc. enferm. USP [online], vol.42, n.3, pp. 496-503. 2008.

20

MARZIALE, M. H. P.; RODRIGUES, C. M. A produção cientifica sobre os acidentes de trabalho com material perfuro cortante entre trabalhadores de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 1, p. 571-577, jan./fev. 2002.

MARZIALE, Maria Helena Palucci; NISHIMURA, Karina Yukari Namioka; Ferreira, Mônica Miguel. Riscos de contaminação ocasionados por acidentes de Trabalho com material pérfuro-cortante entre Trabalhadores de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem. janeiro-fevereiro; 12(1):36-42. 2004.

OSORIO, C., MACHADO, J.; MINAYO-GOMEZ, C. Proposição de um método de análise de análise coletiva dos acidentes de trabalho no hospital. Cadernos de Saúde Pública, v.21, n.2, p.517-524, 2005

RIBEIRO, Emílio José Gonçalves. Acidentes de trabalho com trabalhadores de enfermagem. Rev Bras Enferm, Brasília. set-out; 60(5): 535-40. 2007.

SANTOS, Silvana de Lima Vieira dos; SOUZA, Adenícia Custódia Silva e; TIPPLE, Anaclara Ferreira Veiga; SOUZA, Joaquim Tomé de. O papel das instituições de ensino superior na prevenção das doenças imunopreveníveis. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 08, n. 01, p. 91– 98, 2006.

SANTOS, Paula Raquel dos; NORONHA, Nathalia Henrique; MATTOS, Ubirajara Aluizio de Oliveira  and  SILVA, Delson da.Enfermagem e atenção à saúde do trabalhador: a experiência da ação de imunização na Fiocruz/Manguinhos. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2011, vol.16, n.2, pp. 553-565.

SHIMIZU, H. E; RIBEIRO, E. J. G. Ocorrência de acidente de trabalho por materiais perfurocortantes e fluidos biológicos em estudantes e trabalhadores da saúde de um hospital escola de Brasília. Rev Esc Enferm USP 2002; 36(4): 367-75.

SILVA, Michele Karla Damacena da; ZEITOUNE, Regina Célia Gollner. Riscos ocupacionais em um setor de hemodiálise na perspectiva dos trabalhadores da equipe de enfermagem. Esc Anna Nery Rev Enferm. abr-jun; 13 (2): 279- 86. 2009.

VALIM, Marília Duarte; MARZIALE, Maria Helena Palucci. Avaliação da exposição ocupacional a material biológico em serviços de saúde. Texto contexto - enferm. [online]. 2011, vol.20, n.spe, pp. 138-146.

21