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ESTRUTURAS DE MERCADO
CONCORRÊNCIA PERFEITA
É um tipo de estrutura, onde existe um grande número de produtores e
consumidores. Numa situação de concorrência perfeita nenhuma empresa
pode, por si só, tentar influenciar o mercado, pois o conjunto das empresas é
quem determina a oferta de mercado, a qual interagindo com a demanda,
determina o preço de equilíbrio. Independentemente da quantidade que uma
empresa produz, essa empresa terá obrigatoriamente que vender a sua
produção ao preço determinado pelo mercado
O preço de equilibro é determinado pela interação entre oferta e procura,
sendo a oferta o resultado da produção do conjunto das empresas existentes
nesse mercado concorrencial.
As principais características de um mercado de concorrência perfeita
são: grandes números de empresas ofertando produtos substituíveis;
inexistência de economia de escala (produção em larga escala); nenhuma
empresa ou consumidor é suficientemente grande para impor preço, qualidade,
tipo e outras condições - quem dita à regra é a lei da oferta e da procura - o
senhor da situação é o mercado; vendedores e compradores ficam
subordinados ao mercado. (Vanconcellos e Garcia, 2003). Neste tipo de
mercado devem prevalecer ainda as seguintes condições:
Atomização: é um mercado com infinitos vendedores e
compradores, de forma que um agente isolado não tem condições
de afetar o preço de mercado. Nesse caso, cada comprador e
vendedor aceita o preço de mercado como dado, por isso são
chamados tomadores de preços
Homogeneidade: todas as firmas oferecem um produto
semelhante (homogêneo), ou seja, não existe diferenciação entre
produtos ofertados pelas empresas concorrentes;
Mobilidade: não existem barreiras para o ingresso e saída
de empresas neste mercado, tanto de compradores como de
vendedores;
Permeabilidade: Não há quaisquer barreiras para entrada
ou saída dos agentes que atuam ou querem atuar no mercado.
Barreiras técnicas, financeiras, legais, emocionais ou de qualquer
outra ordem não existem sob situação de perfeita concorrência.
Preço-limite: Nenhum vendedor de produto ou recurso
pode praticar preços acima daquele que está estabelecido no
mercado, resultantes da livre atuação das forças de oferta e procura.
O preço limite é dado pelo mercado.
Transparência de mercado: todas as informações sobre
lucros, preços, qualidade etc. são conhecidas por todos os
participantes do mercado (compradores e vendedores).
Examinando as características distintivas do mercado de concorrência
perfeita, você já deve ter percebido que este mercado não é facilmente
encontrado na prática. O exemplo mais próximo de um mercado de
concorrência perfeita seria a bolsa de valores: o produto ali transacionado é
homogêneo – digamos que uma ação ordinária do Banco do Brasil; existem
diariamente milhares de compradores e de vendedores desta ação; todos os
agentes econômicos que ali atuam têm perfeito conhecimento dos preços
praticados para esta ação; e, por fim, há livre entrada de compradores e
vendedores nesse mercado.
Outro mercado também citado como próximo da concorrência perfeita é
o de produtos agrícolas, como parece ocorrer, por exemplo, com o mercado de
arroz – um produto padronizado, existindo milhares de vendedores e de
compradores desse produto no mercado.
Para que tome forma, a concorrência perfeita necessita de determinadas
condições, como: Ambiente onde grandes números de empresas produzem
exatamente o mesmo produto ou serviço, empregando custos e meios de
produção similares; Existência de um grande número de consumidores, todos
tendo as mesmas informações sobre condições, preços e ofertas existentes no
mercado; Ocorrência de similaridade entre os produtos oferecidos no mercado;
Inexistência de barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado em
questão.
Estabelecidas as condições, cada empresa do mercado terá em seus
gráficos e projeções uma curva de procura horizontal, indicadora de uma
situação perfeitamente elástica. Em tal situação, não há qualquer incentivo
para praticar um preço diferente daquele que se apresenta no mercado
naquele determinado momento.
Numa estrutura em que o mercado se apresente na forma da
concorrência perfeita, vislumbra-se a forma ideal em termos de
desenvolvimento e bem-estar, pois a lógica de tal teoria diz respeito a um
cenário que leva a um máximo de bem-estar para todos aqueles envolvidos
nas atividades do mercado. Assim sendo, o máximo de bem-estar que
receberia produtor surgiria de ganhos do produto equivalente ao custo
marginal. Em outras palavras, o produtor obteria o mesmo valor do preço de
mercado. Por outro lado, a mesma situação se repetiria com o consumidor,
cujos ganhos seriam vindos das utilidades marginais iguais para todos, sem
distinção alguma.
Caso uma empresa tente praticar um preço mais elevado que aquele
praticado no mercado, perderá imediatamente toda a procura que está
reservada a si, pela mesma razão de haver um ambiente de produtos e
serviços perfeitamente homogêneos, e consumidores com informação
suficiente. Do mesmo modo, a empresa que procure praticar um preço mais
baixo que o de mercado também encontrará problemas, porque na
concorrência perfeita, o preço de mercado representa uma situação de lucro
econômico nulo, causando prejuízos à empresa.
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, em
longo prazo, não existem lucros extraordinários (onde as receitas superam
os custos), mas apenas lucros normais. Isso porque, em função da
transparência de mercado, se existir lucros extraordinários, isso atrairia
novas firmas para o mercado, já que não há barreiras à entrada. Com o
aumento de oferta, os preços de mercado cairiam e, conseqüentemente, os
lucros extraordinários seriam reduzidos, até tornarem-se lucros normais,
quando cessaria a entrada de novas empresas no mercado.
Bibliografia:
- NUNES, Paulo. Conceito de Concorrência Perfeita. Disponível em
http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/concorrenciaperfeita.htm .
Acesso em 22/03/2013.
- ROSSETTI, José. Introdução à Economia, 19ª Edição. Editora Atlas.