Estruturas hospitalares e a cultura da qualidade: O ... Goes de Sousa... · Desenho da...
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<<TITULO APRESENTAÇÃO>> <<Nome do Orador>>
Lisboa | 28 de Junho 2011 Museu do Oriente
Estruturas hospitalares e a cultura da qualidade: O desenho organizacional celular
Carlos Hiran Goes de Souza
M.D., M.P.H., M.B.A.
Lisboa | 28 Junho 2011 Museu do Oriente
INTRODUÇÃO
Metodologia implementada no Hospital Des Peupliers, Paris, como processo preparatório ao programa de acreditação do hospital em 2004.
Envolvimento de todos os serviços clínicos e não clínicos.
Objectivos:
1. Gerar cultura de qualidade;
2. Gerar comprometimento com o processo de acreditação;
3. Melhorar comprometimento e responsabilidades;
4. Melhorar a comunicação e a sinergia no hospital.
• O conceito do “Organograma celular” foi primariamente desenvolvido na rede de hospitais próprios de uma seguradora de saúde brasileira – Golden Cross - em
1994/1995.
28 de Junho de 2011
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Carlos Hiran Goes de Souza
METODOLOGIA (A)
• Elaboração de uma proposta de revisão da estrutura orgânica do hospital
• Discussão com os diversos serviços hospitalares individualmente
• Definição da missão de cada serviço no âmbito da missão institucional
• Definição da estrutura individualizada
ETAPA 1
• Apresentação da nova estrutura: descrição funcional e de responsabilidades e o novo desenho das áreas operacionais (organograma)
ETAPA 2
• Uso da nova estrutura como referencial para as revisões dos processos técnico-operacionais ETAPA 3
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METODOLOGIA (B)
28 de Junho de 2011
Estruturas Hospitalares e a cultura da qualidade: O desenho organizacional celular
Carlos Hiran Goes de Souza
“Um novo olhar sobre os processos assistênciais”
“Olhando a missão do serviço sobre a missão
hospitalar”
(O lugar ocupado na estrutura geral em
termos de responsabilidades e valor
para o resultado)
“Olhando o quê é feito e como é feito”
( A importância do que fazemos para o
resultado)
“Olhando e comparando possibilidades de
melhorias”
(O aprendizado como forma de melhorar
continua e progressivamente)
METODOLOGIA (C)
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Carlos Hiran Goes de Souza
ETAPA 3 ETAPA 2 ETAPA 1
Reunião Geral de sensibilização
Discussões setorizadas
Publicação da nova estrutura
Calendarização
Análise situacional: SWOT
Internalização do conceito do novo organograma
Descrição de cargos e funções pelo RH
Descrição do perfil de cada serviço
Principal ferramenta: O desenho organizacional celular
Conceito
O organograma dito celular é um modelo de organograma que se caracteriza pelas relações institucionais integradas e flexíveis, onde a hierarquia formal é substituída por relações de partilhamento da autoridade e responsabilidade num ambiente de ações sinérgicas em torno do principal cliente do hospital: o doente.
Desenho da organização baseado em princípios análogos aos da biologia celular para fins de estruturação e descrição dos serviços e entendimento comum do funcionamento e missão organizacional.
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Organograma celular
Os princípios de elaboração
A elaboração deste modelo de organograma segue as seguintes regras gráficas:
DOENTE
Grande circunferência
Circunferências centrais
Desenho circular com cinco circunferências superpostas: uma chamada de «grande circunferência » ou « exterior » e quatro outras chamadas de « centrais »
DOENTE
As circunferências delimitam os espaços funcionais e de interação dos serviços hospitalares;
A delimitação espacial entre as diferentes circunferências é representada pelos traços pleno ou pontilhados que simbolizam as barreiras flexíveis entre os órgãos. Analogicamente representa o « fluxo membranoso »de comunicação e relacionamento que facilitam o funcionamento mais efectivo da organização.
DOENTE
DOENTE
O espaço entre a primeira e a segunda circunferência– na periferia do desenho - comporta as funções mais « estratégicas » e de « natureza corporativa » da organização;
FUNÇÕES ESTRATÉGICAS
FUNÇÕES TÁCTICO-OPERACIONAIS
Os demais espaços delimitados pelas outras circunferências comportam as « funções mais tácticas » e de « natureza operacional »;
No centro da última circunferência ficam os principais clientes e a marca da instituição.
DOENTE
ACTIVIDADES BASE ou MEIO
ACTIVIDADES “CORE”
DOENTE
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
ENFERMAGEM
BLOCO OPERATÓRIO
FISIOTERAPIA
FARMÁCIA
RADIOTERAPIA
IMAGEM
CORPO CLÍNICO
RECURSOS HUMANOS
MANUTENÇÃO
CONTABILIDADDE
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
LOGÍSTICA
COMPRAS
NUTRIÇÃO
CONSULTA EXTERNA
LABORATÓRIO
COMITÉS
COMISSÕES
TERCEIROS
DIREÇÃO GERAL
DIREÇÃO
TÉCNICA
ESTERILIZAÇÃO
SATÉLITES
Comissões
Q
RISCO
Princípios teórico-analógicos
Princípio da « visão holística » Onde cada parte tem a visão da totalidade da organização
Princípio da « organização celular » Onde os serviços / organismos celulares interagem dentro de um sistema sinérgico e permeável.
Princípio do « fluxo membranoso » Não existem barreiras funcionais em termos de comunicação e relacionamento entre os
organismos do sistema.
Princípio da « divisão celular » A reprodução dos princípios, politicas e valores organizacionais.
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15
PATIENT
SERVIÇO SERVIÇO
SERVIÇO
SERVIÇO SERVIÇO
P P
« O processo de divisão celular »
Produção dos organogramas de serviços
P
Organograma de serviço
Organograma de serviço
RESULTADOS
• 42 serviços sensibilizados para o processo da qualidade tendo como ponto de partida a discussão da estrutura operacional do hospital;
• De 30 serviços clínicos, 26 responderam satisfatóriamente, tendo implementado melhorias substanciais aos processos de cuidados a partir da revisão interna de processos com base no manual de acreditação adotado. 4 serviços avançaram no processo sem convicção de suas vantagens;
• De 12 serviços não clínicos, 6 responderam satisfatoriamente, 2 nada alteraram suas rotinas e 4 avançaram no processo sem convicção de suas vantagens;
• Melhoria efectiva da comunicação interna e intersetores hospitalares;
• Mais de 70% dos funcionários envolvidos passaram a responder claramente sobre suas funções e missões na instituição.
28 de Junho de 2011
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Carlos Hiran Goes de Souza
Muito obrigado!