2 efeito do calcário líquido, cal virgem dolomítica e calcário comum na correção do solo
ESTUDO AGRO-ECONÔMICO DA APLICAÇÃO DE CALCÁRIO … · Durox (equações na Tabela 5 e na Tl ......
Transcript of ESTUDO AGRO-ECONÔMICO DA APLICAÇÃO DE CALCÁRIO … · Durox (equações na Tabela 5 e na Tl ......
ESTUDO AGRO-ECONÔMICO DA APLICAÇÃO DE CALCÁRIO NA SUCESSÃO
TRIGO-SOJA EM OXISSOLOS DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO DUROX E
VACARIA.
Mauri Onofre Machado*
Pagina
Figura 8. Relacionamento estimado entre rendimentos relativos de trigo e de soja,pai e calcário aplicado no oxissoloDurox (equações na Tabela 5 e na Tlbela 2 do Apéndice) ...............Relacionamento estimado entre rendi mentos relativos de trigo e de Boja, pH e calcário aplicado no oxissolo Vacaria (Equaçóes na Tabela 5 o naTabela 2 do Apéndice) ..................... 115
Figura 14.Relacionamonto estimado entre ronda mentos relativos de trigo e dc s o j a , Al trocável e calcário aplicado no oxissolo Durox (Equaçáes na Tabela5 e na Tabela 2 do Apendico) ..............118
Figura 11.felacionamento estimado entre rendi ru: ntos relativos de trigo e de soja, Al trocdvel e calcário aplicado no oxissolo Vacaria (Squaçóes na Tabe-la 5 e na Tabela 2 do Apondice) ... 119
Figura 12.elacionamento estimado entre r cndi cantos relativos de trigo e de soja, (:estimados palas equaçóes da Tabela 5 ) e t e o r e s d e A l trocdvel (rstiva.-dos pelas equagóes da Tabela 2 do Apt ndice) nos oxissolos Du: ox c Va-caria ...................................................................... 120
Figura 1.: lacionamento estimado entre rendia t o s relativos de trigo e de soja,
saturagao de Al trocável e calcdi'ioaplicado no oxissolo Durox ('aluari)'(sna Tabela 5 e na Tabela 2 do Apéndie,) •......................................122
Figura 14.- elaeionarnento estimado antra r;;ndi m ntos relativos de t r i go e d e s o j a , atu: aç o do Al trocdvel o calcdeioa p l i c a d o no oxissolo V a c a r i a ((.ua-aõ s n a Tabula 5 e n a Tabela Co;' .pndice) ........................................................... 123
114
9.Figura
xi
SINOPSE
da i n f l u ê n c i a da calagem na sucessão t r i g o -
s o j a , r ea l i z a d a e m dois anos d e s : - ' ' corn nove
d- ca l c á r i o , nos solos Durox) o Vacaria (
Haplohumox), no munic íp io de Vacaria
econômica dos resultados em cada cultura, i s o l a
: no s is tema cultural sucessão
mação das doses de c a l c á r i o es t imadas - máxima e f i -
ciência t é n i c a econômica em cada cul :- . no s is tema,
com as indicadas pelos métodos SMP e nos
1. IN"TRODUÇXO
A elevada acides dos solos do Rio Grande do Sul consti«
tui um dos principais fatores responsáveis pela baixa produft
tividade agrícola.
Os solos das unidades de aapeaaento Durox (Haploorthox)
e vacaria (Haplohumox), por suas características e pelas coa
digóes ambientais da regido, apresentar e•ndiçóes potenciais
para uma'exploragão agrícola racional. Entretanto, sde dos
solos cultivados no Rio Grande do Sul, os que possuem maio•
res limaitaçóes quanto i fertilidade natural, especialmente
devidas i sua elevada acide* aliada a altos teores de aluai•
aio trocável e baixos teores do bases trováveis.
Os cultivos de trigo s soja, ea sueessdo, tan se expan.
dido sns<it* nos dltimos anos sesta regido, perra con produ
góes normalmente baixas. Ume das causas reside na inefieian••
oia dos agricultores on corrigir a acide* destas solos, pr&
vavlaente face falta de iaforaagóes consistentes quanto i
validade eoon&aica desta prática.
Segundo a recosendagdo dos laboratdrios oficiais de aan
liso do solo do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, estes
solos necessitam de quantidades r•lativamonte •levadas de
calcário, para controlar os efeitos noives da acides. Alia.
se a isto o fato de que o custo do calcário 4 elevado • a
regro onde predominam estes solos situa»se distante das Ja.
1
2
aidas, o que torna a prática da calagem ainda mais onerosa
ao agricultor. Por outro lado, formou-.se u consenso geral
de quo nossas variedades de trigo sé►o tolerantes à acidez e
n®o respondem á calagem, o que nao 6 verdade absoluta para
todos ea solos. Além disso hi que se considerar a soja, como
parte integrante do sistema. Desta forma, o agricultor prefe
re ou n o aplicar calcaria ou faza-lo em quantidades reduzi-
das, quo nao provocam integralmente as mudanças desejáveis
na reaçao do solo e, coma conseqüéncia, na produtividade das
culturas.
Lmbora existam indmeros trabalhos com calagem, conduzi-
dos a campo com as principais culturas do Estado, poucos sáo
adequados ao estudo da economicidade desta prática, mormente
no sistema de exploraçáo do solo na sucessáo trigo-soja.
Visando a busca de infornaçóes sobre a utilizaçáo 0.
9 calcario e sua economicidade, realizou.-se esta pesquisa, cu.
. Jos objetivos principais aos estimar os níveis de calcario
que4zam a produtividade e o lucro nas culturas do tri.s go e
soja, isoladamente e em suoessao; comparar estes eiveis con
as quantidades que seriam recomendadas pelos m4todos dp SMP e
do al11minto para os solos estudados; e verificar a in-
fluõncia da calagem sobre algumas caracteriiticas quiaicas
dos solos Durox e Vacaria e correlaoionii-ias cam os rendiate$
tos de trigo e de soja.
2. REVISXO BIBLIOGRLFICA
Os assuntos tratados neste capitulo dizem respeito ao
estudo dos fen&menos envolvidos na acidez dos solos e suas
relaçães com a produtividade das culturas, dando anfase aos
aspectos da solu9ao desse problema, especialmente, em solos
das regióes tropical e sub-tropical dorida.
2.1. Fatores relacionados com a acidez do solo que afetam a
produtividade das culturas
Os conceitos emitidos acerca da acidez do solo, neste
macula, podem ser comparados ao movimento de um carroussel.A
evoluçao dos conhecimentos a esse respeito, entre o inicio do
século e meados da década 1950.60, divide-se em trgs períodos.
No primeiro, grande ndnero de pesquisadores deram maior
importsncia ao Al+3 adsorvido às argilas do que ao H+, como
fonte de acidez do solo. No segundo período, iniciado ál pás a 1g
Grande Guerra, a pesquisa destacava o íon H+ adsorvido às
argilas, como a forma dominante de acidez do solo,se não a
única. Finalmente, no torceiro período, salientaram.se os
trabalhos de CHERNOV, que concluiam serem os ions compleecos
óxidos hidratados de alumínio mais fortemente adsorvidos pelas
argilas do que os ions Al+3 e estes mais que os ions H+. Outros
pesquisadores, tais como RUSSEL e COLEMAN, fizeram a-
3
5acides potencial si►o o alumínio trocável, aatdria orgániaa,aL gilas
silioatadas, dxidos e hidróxidos de ferro e aluminio(ia oluindo
alofanas), e verias combinaçaes de argilas s i l icata das e dxidos
minerais. Também &eidos soláveis, formador pela atividade biológica
produzem flutuaçaes no pai do solo, mas a infivaneia destes apresenta
importancia apenas em poucas sie tuaçóes (16, 21, 58, 97. 108).
Segundo McLLN et alii, citados por B IAUN`t' CATTANI (14) a
mencionada acidez ó formada pelos seguintes componentes, em
ordem decrescente de atividade: a) II+ das cargas permanentes; b) 1+3
das cargas permanentes; c) monómeros de hidrdxidos de aluafnio; d)
polímeros de hidróxidos de alumínio; e) acides da matéria orgânica; f )
acidez das ligaçóes 1-OU ou SI-ON0 , das argilas eilicatadas. Os
dltimos trés componentes podem ae presentar idéntica atividade ou,
mesmo, podo haver inversao na ordem apresentada, quanto &s
atividades concernentes á acj dez.
As principais fontes da acidez do solo liberam i o n s H+ em faixas
distintas de p7. Assim, em solos com pH abaixo de 4,50 a fonte
principal de H+ é o Al trocável, gelo seu deslocamen'b da posiçao de
troca e subsequente hidrólise; quando o pH está
entre 4,5 e 5,5, tornam-se mais importantes os compostos sin. pies dos hidróxidos de alumínio; quando o pH 4 superior a 5,5, o alumínio
d precipitado sob a forma de hidróxidos, toe mando importáncia a
dissociaçáo de i o n s H+ de grupos COOH (ea
8
do con ooncentragio elevada de um tenha, necessariataente, t_
or elevado do outro. Estes fatores pode* diferir e* espdcie
e e* quantidade, mono on solos ácidos coa pH seaelhantes(36,
81).
Embora reoonhega..se que, no solo, exista uma estreita
interdependsnoia dos fenómenos quhmioos relativos á► acides,
este item da revisio serf subdividido, a fin de facilitar a
exposigio e a posterior coapreensao dos leitores.
2.1.1, pH
Há o conceito generalizado de que o pH nio d o principal
fator responsável pelo nau crescimento das plantas on solos
ácidos. En soluço nutritiva, as plantas cultivadas podem
crescer satisfatoriamente sob condigóes de grande variagáo de
pH, desde que nio hajam a dsfioianoia de nutrientes e a
toxidez de alumínio o de mangan$s. 2 amplamente reconhecido
que níveis excessivos de Al e Mn sio os principais fatores do
baixo rendimento das culturas em solos ácidos. Contudo, nio
existem dados abundantes, na literatura, quo justifiquem a
aceitagio ou a exclusio do pH como fator responsável pelo
desenvolvimento inadequado de todas as culturas (2, 77, 89,
121). 0 pH baixo, especialmente o inferior a 5,00 pode ter
efeito nocivo sobre o crescimento de algumas plantas. ARNON &
JOHNSON, citados por MOORE (77), observaram efeito direto do pH
sobre o crescimento da rail" e da parte adrea de plantas
9
de alface, de tomateiro e de capim bermuda, em soluço nutri
tive. 0 pH da soluçáo variou entre 3,0 e 9,0,sendo ajustado
diariamente. Em pH 3,0, náo houve crescimento radicular de
todas as espdoies. 0 maior peso de raiz e da parte adrea da
alface e do tomateiro ocorreu entre pH 5,0 e 7,0, verifican-
d o - s e mau desenvo lv imento destas espiai.. em pH abaixo de
5,0 e acima de 7,0. Por outro lado, o capim bermuda tev. o
máximo peso de raiz com pH 4,0, mas a parte adrea produziu
melhor entre pH 6,0 e 7,0. Acima de pH 8,0, mostrou decrdsci
mo acentuado, tanto no peso da raiz como no da parte adrea.
Dessa forma, atualmente muitos pesquisadores (2, 77, 89,121)
afirmam que o. Sons H+ náo tam efeito depressivo direto no d?
.envolvimento das plantas na faixa de pH 4,0-8,0, desde que
haja suficiente teor de Ca e náo ocorra Al e Mn em níveis tó
xicos. Assim, no solo, os efeitos da acidez sao indiretos,g_
ralmente induzindo uma sdrie de oondiçóes prejudiciais is
culturas.
BLACK, citado por PONS (91),supóe que a reduçáo no de-
senvolvimento das plantas a pH 4,0, seja devida menor ab-
sorçao de cátions básicos, em face da competiçáo dos ions H+
pelos sitio. de absorçao. A pH 4,0 e 5,0, a adiço de cálcio
na soluçáo nutritiva resultou em substancial aumento no cre_
cimento de tomateiro e alface, o mesmo náo ocorrendo a pH 6,0,
sugerindo que o Ca pode contrabalançar os efeito! nocl, vos
dos i o n s H+ (77). SUTTON & HAL,SiORTH(106) tambdm obser-
lovaram que o Ca diminuiu a toxidez de i o n s H+ e a solugáo nu-
tr i t iva . LUND (67) observou serem necessárias maiores quanta
dadas de Ca para o desenvolvimento da raiz principal da soja, em
solugáo nutritiva, a pii 4,5 do que a pH 5,6.
No so lo , entretanto, tem sido d i f í c i l isolar os efeitos
diretos e nocivos dos Ions H+ sobre a abeorgao de outros i o n s e
sobre o desenvolvimento das plantas. segundo NAMPRATH
F OY 61), isto ocorre porque, no nível de p i on que o i i + 6 nocivo,
o Al.o o Mn sáo soldveis o esto presentes em concoii tragáes
tdxicas, geralmente. Concluem estes autores, que os efeitos nocivos
do baixo pH sobre a absorçao do Ca e o crea•• cimento das plantas
sáo, em grande parte, indiretos.
m latossolos com pI abaixo de 5,0, d comum se consta ..
tarem níveis tdxicos de Al e de Mn trocáveis u, também, me•• nor
disponibilidade de fdsforo, devido á. sua prccipitagao sob a forma,
de :Fosfatos de ferro e do alumínio praticamente insoldveis.
Tambdm o molibdénio, a m latossolos, pode estar fixado par dxidoss
de ferro hidratados, de baixa solubilidade, tornando-se mais
disponíveis a pH 6,0. Aumentos de rendimen•• toa de culturas,
especialmente de leguminosas de clima t emp% r e d o , devidos A
aplicagáo de calcário - elevando o pHI acima de 5,5, um latossolos -
foram associados a este fato (60).
Algumas pesquisas, realizadas a campo e cm casa de veg%
tagao, com solos do Rio Grande do Sul, mostraram que o máxi+ mo
do produtividade de trevo subterrânoo, travo vermelho e
11
alfafa, ocorre quando a apiicaçao de calcário 4 feita em do-
ses superiores km necessárias para eliminar os níveis tóxi
cos de Al e Mn trocáveis, situando o pH na faixa de 6,0 a 7,0
(91, 99, 100, 104). Em algumas destas pesquisas, valores d e pH
acima de 7,0 sao associados ao declínio na produtivido de, o
que pode ser causado pela menor disponibilidade de al-guns
micro-nutrientes e de fósforo, provavelmente precipita-do
como fosfato tricillcico, de baixa solubilidade (17, 60).
Segundo JACOB dls UEXICULL, citados por STAMMEL (104) o
ácido fosf6rioo, em solos muito ácidos, 4 precipitado na focema de fosfato de ferro e de alumínio; e em solos alcalinos,
pode ser precipitado na forma de fosfato tricálcico. Valores
de pH entre 6,0 e 7,0 seriam os mais favor&veis para a dispo
nibilidade e assimilaçao da maioria dos nutrientes vegetais.
Os melhores rendimentos de soja em solos ácidos sao obtidos
quando o pH 6 elevado a 6,0-6,0 pela calagem (18).
Em ensaio conduzido com milho, em quatro solos do Rio
Grande do Sul, em casa de vegetaçao, verificou-se que a apli
caçao de calcário reduziu nao .6 o teor de zinco no tecido,
como também sua absorçao total pela cultura, especialmente,
quando o pH foi elevado a mais de 6,0. Em alguns casos, fo-
ram observados sintomas visuais de deficiéneia desse nutrien
te. Em todos os solos constatou-se que as quantidades de sin co disponíveis eram baixas, necessitando de uma fertilida4ao
cora este micronutriente, quando o pH for elevado ao redor de
12
6,0 pela calagem (73).
O efeito do pH sobre o rendimento das culturas taabdm
pode se manifestar através de sua influencia na atividade ni
orobiana do solo, inclusive na simbiose Rhizobium-legumino •
sas, como 4 o caso da soja.
A medida que o solo se torna progressivamente mais &ci-
do, a população microbiana dominante geralmente muda do baó
térias e actinomicetos para fungos, embora haja grande diver
sificaçáo entre as espécies de cada grupo quanto ~. toleran -
cia it acidez. A mineralizaçáo de N, P e S da matdria orgâni-
ca, a imobilizaçso e transformaçães destes nutrientes quando
adicionados ao solo, o desenvolvimento de associações de mi-
corrizas e a fixaçáo simbiótica ou náo simbiótica de nitrogj
nio são afetadas. Estudos sugerem que, neste particular, a
concentração de íons H{ er solução, afeta mais os lhizobiuns
do que as próprias plantas superiores (50).
O efeito direto do pH sobre o Rhizobium das diversas
leguminosas 4 variável, podendo o crescimento da p lanta e a
fixaçáo do nitrogénio ocorrer em níveis mais baixos de acidez
do que a persisténcia da própria bactéria e da ocorréncia de
nodulação. Diversos pesquisadores são unanimes em afirmar que
a bactéria mais sensível 4 a da alfafa, seguindo-se a
dos trevos; e como menos sensível a da soja. At6 certo pon-
to, a sensibilidade da bactéria apesar de maior, acompanha a
da própria planta a quo 4 adaptada(40, 96).
13
NORRIS (82) estabeleceu limites para o crescimento de
Rhizobium em cultura pura (pH 5,0 para o organismo da alfafa;
pH 4,5 para o dos travos; pH 4,0 para o da soja; e pH 3,5 ps► ra
o tremoço), afirmando que esses dados seriam similares aos de
sobrevivancia no solo. Segundo sete autor, um grande ndmero de
trabalhos tam falhado em separar a influencia da acides daquela
referente ao suprimento de oáloio, ou entra a reaçáo da planta
e a da bact4ria em relaçao à acidez.
Alguns trabalhos em soluçao nutritiva, mostraram que o
efeito do pH no crescimento e nodulagae das leguminosas 4
essencialmente uma funçao da disponibilidade de edicto. Des•
de quo o Ca esteja disponível, nao hi influencia da variaçao
de pH antra 4,5 a 6,0 para o trevo subtsrreneo e 3,8 a 6,5,
para a soja e a lospsdeza. Abaixo dos níveis mínimos de pH, a
nutriçao do cálcio é prejudicada e inibida a nodulaçao. Ca mo
o efeito do cálcio, na formação dos nddulos, manifesta-se
par seu teor na planta hospedeira e tendo em vista que as
leguminosas tropicais sao mais tolerantes a baixo pH do que
as temperadas, alguns autores atribuem à toleriencia A acidez &
maior capacidade de absorçao de cálcio das tropicais, ow
condiçóes de baixa disponibilidade deste nutriente. Parece,
portanto, que o efeito do pH 4 sobre o metabolismo do cálcio
da planta, e ao sobre o Rhizobium (5,82,83).Por outro lado, no solo, a situagáo 4 anais complexa de-
vido A interrelaçao do pH com outros fatores, como a libera
14
ç10 de fona Al+3 e Kn+2 em níveis tóxico., alder do H+, com
correspondente reduçáo na absorçao de c&loio (50,82).
2.1.2. Alumínio
O alumínio encontra-se no solo sob verias formas, na
trutura dos minerais primtrios, de dxidoa e hidrdxidos polir riaadoe, de alotanas, complexado cor a matéria organica, e
tamb4m como íons Al+3 hera-hidratados e hidrdxidos adaorvi -
dos aos ei tios de trona dos ooldides e, ainda, na soluçáo do
solo, sob a forma hidratada A1,6(H20) ou como ions hidróxi-dos
Al (OH)++ e Al (010+2. 0 alumínio na forma Al (OH)3 d pouco
soidvel, apenas 10408 moles/litro (88).
Em solos ecidos, normalmente abaixo de pH 5,5, o alumí-
nio e o hidrogénio encontram-se presentee como íons trood
veia, aparentemente em constante equilíbrio entre si no com-
plexo de troca e na aoluçao do solo. Entretanto, na maioria
dos solos ácidos, a quantidade de íons H+ d muito pequena,de
tal forma que a acides devida ao alumínio trooável assume a
principal importánoia.
0 alumínio trooável, presente em solos ácidos, tem ten-
déncia á hidrdliso, verificando-se o equilibrio do sistema
solo-saluç o quando os tona H+ sac neutralizados pela adigao de
uma base. Quando o pH do solo í elevado para valores acima
de 5,5, o alualnio trooável passa a forma de hidróxido de
15a lumínio , de ba ixa so lub i l idade .
A esquematissagao simples da reagao d© h id ró l i s e 4 a se-gu in tes
+ I f 20 _ _ _ = Al (OH )+2 + H+
Al (010+2 + 1120 4-_- -Al (OH) 2 + H+
Os íons hidróxidos, geralmente, náo ocorrem nas formas
simples acima apresentadas, mas polimerizados cm ormasmais
complexas. A fim do manter o equilíbrio do sistema, cm pH
baixo, a roaç.o desloca-se da direita para a osquerda;e com a
elevaçao do pII, ocorre o inverso, do quo se depreende ha-ver
urna rclaçáo inversa entre o pH e a concentraçáo do alum: nio
trocável. Os valores baixos de pH contribuem para a oco_
rencia de alumínio trocável e este contribui para a acidifi-
cação (19, 50).
;m solos ácidos, especialmente ultissolos e oxissolos das
regiões tropicais e subtropicais, o alumínio trocável existe
em concentraçóos elevadas, tornando-se muitas vozes o cátion
predominante nos sítios de troca do solo (60).
Lm estudo relacionando-se pH e saturaçáo do cátions, em
solos representativos do Brasil, constatou-se que em solos
com pII 5,5 a saturaçáo com Al+3 foi próxima a zero, com pH
entro 5,0 c 5,5 em media foi de e abaixo de 5,0 a satura
çao media foi do 58 (3).
De modo geral pode-se afirmar quo existo unia rclaçáo di
16
rota entra o teor de alumínio trocável e o de alumínio exis-
tente na soluçáo do solo. Trabalho efetuado com solos mine -
raia ( 4% de matéria orgânica) da Planície Costeira de Caro-
lina do Norte (USA), mostrou haver um born relacionamento en-
tre a concentraçâo de alumínio em soluço e a percentagem de
saturaçáo da CTC efetiva com alumínio. Ao contrario cm solos
orgânicos o teor de Al em soluço foi melhor relacionado ao
teor de Al troc>~4vel (27).
C alumínio nâo é um elemento essencial nutriçgo vegetal.
No entanto quando presente na soluço do solo a absorvi do
pelas plantas, verificando-se maior acumulo nas raízes e
pequena translocaçáo para a parte aérea.
Como sintoma principal de toxidez de ohscrva-se um
retardamento do crescimento das raizes, que ao desenvolve
rem, podem ficar engrossadas, tortuosas, s e c a p e l o s a b d o r v e ntes
e com as extremidades entumescidas (8, 37, 7/). etas
sintomas aso causados pela inibiçgo da diviso celular. 1'-x_
mes citológicos de raizes afetadas pelo 1 mostraram uma con
eentraçáo de células bi-nucleadas e ampliadas na reiéo me-
ristem&tica da ponta da raiz, indicando inibia,.ão da divisgo
celular (94).
Enquanto tem se verificado bom relacionamento entre o
teor de Al trocével no solo com o acúmulo de alumínio nas
raizes, o mesmo n o se verifica com a ocorrgncia ctc: alumínio
na parte aórea, cuja concentraçâo 4 pouco afetada pela con -
17
centraçao de alumínio no solo. Lntretanto, como consequancia
do acúmulo de Al nas raízes, a absorçao de alguns nutrientes e
tambóm a tranalocaçao destes no interior da planta ó bas-
tante alterada, notadamente o fósforo e o cálcio. Assim,
alguns pesquisadores relacionam a toxidez de alumínio na par
te aérea aos sintomas de deficiência dcz fáeforo e cálcio. De
ficiancias de Ca em soja, provocando o estrangulamento do
pecíolo, foram induzidas polo alumínio em concentraçóes ele..
vadas no solo e em soluçao nutritiva (30). :studos relacionar
do a absorçao de P32 e Ca45 com teores de alumínio no solo e em
soluçáo nutritiva foram conduzidas por FOY e BROWN (37),verificando-se uma diminuiçáo drastica na concentraçao de Ca45
e P32, na raiz e na parte aérea, em funçáo de acróscimosnos
teores de alumínio. Teta diminuiçáo foi mais pronun - ciada na
parte aérea do que na raiz. Com 3 ppm de Al em solo çao a
concentração de P32 decresceu 98% na parte aérea e 645,
na raiz o a de Ca45 decresceu 80; e respectivamente. Is
to sugere um decréscimo na translocaçao destes nutrientes
dentro da planta, alóm do decréscimo na absorçao. Também CO-
LLMANN & THOMAS (21), observaram efeito altamente depressivo
na absorçao do cálcio causado pelo alumínio.
Concentraçóes varidiveis de Al (O a 60 ppm) em soloçao nutritiva, em ensaio com raizes divididas, provoca am al
teraçóes na composiçao de plantas de trigo cv.Piratini,em ni
troganio, fósforo, potássio, cálcio, magnósio e alumínio,sem
18afetar o peso da matdria seca de diferentes partes da planta,
com exceçáo das raizes em contato com o alumínio (22).
0 efeito prejudicial do alumínio sobre o rendimento das
culturas 4 de conhecimento dos pesquisadores hd bastante teu
po. En 1924, BECKMANN, citado por KA.LCKKANN (53), observou
em campos de seleçao de cultivares de trigo, qua algumas cul
tiveres introduzidas nao se adaptavam bem As condiçoes do sá
lo fortemente ácidas da Estaçáo Experimental de Verandpolis.
Mais tarde, outros pesquisadores relacionaram o aparecimento
de plantas raquíticas e "crestadas" em lavouras e ensaios de
trigo com teores elevados de alumínio trocável, tornando.•se o
fenemeno conhecido coma "crestamento" do trigo (6, 41, 53, 76)
.
Apesar do conhecimento que se tem quanta aos efeitos
nocivos do alumínio trocável, os teores críticos ainda náo
sae bem definidos e nota-se que estes variam coai a natureza
do solo, a concentraçao de outros ions, e com a diferença de
suscetibilidade entre as esp4cies e mesmo entro as cultiva -
res de uma mesma eep4cie. Assim, a sensibilidade das plantas a
determinado teor de alumínio, 4 maior em solos arenosos do que
em argilosos, em solos minerais do que em solos orgáni - cos
e quando a saturaçáo do complexo de troca com aluadnio em
relaçáo aos outros cátions 4 relativamente mais elevada (2,
27, 30, 38, 53, 76, 81, 94). Rd muito tempo o valor abas, luto
do teor de Al trocável tem sido usado para indicar liai_
o,
19
tos de toxidez para as plantas. Deana maneira, em latossolos
do oeste Paranaense constatou-se que 1 me/100g de solo de Al
trocável era crítico para a produção de cevada (79), enquan-
to em solo siltoso da Virginia (USA) a alfafa produziu o ma-
xino com Al trocável em torno de 0,2 me/100g de solo (2). Em
19 solos do io Grande do Sul verificou-se que o milho não
respondeià calagem quando os solos tinham teor médio de Al
trocável de 0,58 me/100g de solo (118). Por outro lado,WEEKS
d s L A T } I W i LL, citados por VIDOR (113), observaram que plantas
muito sensíveis ao alumínio não apresentam desenvolvimento
satisfatório com teores de Al trocável acima de 0,1 me/lOOg
de solo.
.ntretanto, nem sempre ocorre uma boa correlação entre
a concentração de alumínio trocável no solo e o rendimento
das culturas. Muitos pesquisadores atribuem esta baixa rela
ção á diferenças na saturação dos pontos de troca catiônica
com alumínio, sugerindo um fator denominado percentagem de
saturação com alumínio para avaliação de sua toxidez. Este
fator é dado pela relaçáo entre o teor de Al e a soma dos co
tions trocáveis (CTC efetiva). No entanto, alguns pesquisado
res utilizam a capacidade total de troca do cátions (CTC a
PH7) ?ara o cdlculo deste fator.
L.,VANS 63 I AMPhATH (27) constataram em solos minerais da
Planície Costeira da Carolina do Norte (USA), que a soja reá
pondia à calagem quando a saturação com alumínio no solo era
20
superior a 30% ou a concentração de alumínio na solução era
maior do que 0,2 me/litro. Com o milho, estes valores limi-
tes eram, respectivamente, 70% ou 0,40 me/litro de Al em so-
lução. 0 crescimento do milho nao foi reduzido quando a sa-
turação d e alumínio e r a m e n O r d o que 44' e o crescimento 6 t í
mo da soja e do algodão exigia unia saturação menor do que 207
'0, em outro experimento realizado com quatro ultissolos da
mesma regiãi.o (59)."o Brasil foi provavelmente MOili: (¡6) quem primeiro cha
mou a atenção para a importância do índice de saturação dos
sítios de troca com alumínio. Observando manchas de trigo "
crestadas" no meio de lavouras sadias, concluiu que o f enô -
vel nos solos das áreas normais e "crestadas". mstabeleceu o
fatore M - 1 0 0 l / T onde T 4 a C1C total, afirmando que com o
aumento deste fator a produção decresce proporcional - mente,
eis tindo u r n valor crítico de l e paru cada cultura,aci ma do
qual as plantas não s o desenvolvem satisfatoriamente. Para os
solos do rio Grande do Sul, apresentou limites de M para as
seguintes culturas: trigo - 30 milho - j¡; arroz-
35 a 40`,:; alfafa - 1 5 % e feijão - 20;x.
Posteriormente, IALCUtANN (53) meno ora devido a diferença na saturação com alumínio trocá-de 26 experimentos de adubaçáo e calagem em trigo, executa -
dos no .io Grande do Sul a partir de 1962, julgou que o limi
te ]i = 30 correspondia a um solo no qual a acidez já provo-
21
co acentuado prejuízo, porquanto, observou efeitos positivosna produçáo devidos á calagem eta solos corn valor M bastante
inferior. Desse modo, nos oxissolos Erexin e Santo Ang e l o , a
produçáo foi superior a 9 $ da máxima observada quando ó va-
lor M era senor qua 7% e apenas 86% com M 24%; n o s s o l o s
Durox e Vacaria a produção relativa foi de 80» com M 149 e de
73 quando M = 28',x.
A análise do um grupo de experimentos realizados con
trigo, em oxissolos do Planalto Rio Grandense entro 1961 e
1966, não mostrou evidência de resposta à calagem no solo E-
rexim quando a saturação de alumínio era igual a 42%. No so-
lo Vacaria, a calagem não teve efeito quando a saturação de
alumínio atingiu a 3 0 , mas o efeito foi pronunciado sobre a
produçáo de trigo ao estar este valor acima de 55 (87).
Outros pesquisadores brasileiros têm evidenciado an seus
trabalhos a existéncia de melhor relacionamento entre as
respostas das culturas à calagem com a percentagem de sae
turação de alumínio do que com o teor absoluto de alumínio
trocável nos solos. Lm latossolos do Brasil Central verifica
ram-se diferenças de resposta à calagem quando as doses óti-
mas para o rendimento de sorgo foram relacionadas ao teor de Al
+++, tudo levando a crer que a relação Al{{ /cátionstro cíveis seja a
responsável pelas diferenças (7). Experimentos com soja, num
planssolo e num latossolo com diferentes propor ções de Al+++
para bases trocáveis, mostraram que o alumínio
22trocável náo reduziu significativamente o desenvolvimento de
raizes de soja quando a saturação de Al+++ foi inferior a 50%,
evidenciando a maior eficácia deste indica cam base para o
cálculo de reoomendaçao de calagem. 0 planossolo tinha 8,8
me/100g de Al+++ o 50% de saturação de alumínio enquanto o
latossolo tinha 1,5 me/100g e 85%, respectivamente (lO).Lm
solos da regiáo nordeste do Paraná constatou-se ser a cala -
gem dispensavel para elevar os rendimentos de milho quando a
percentagem de saturação da CTC efetiva era inferior a 20% (
80).
Para grande parte das culturas do sul do Brasil, um va-
ler entre 20 e 255 para a saturação com alumínio parece a
faixa limite d e toxidez, s e g u n d o V O L K W E I S S A s L U D W I C K ( 1 1 9 ) .
Também a concentraçáo de alumínio na soluço do solo tem aex.
vido como índice para indicar limites de toxidez do alumínio.
LIGON 8 c P I l . ' . ' ' 1 , citados por KANPRATH (58), verificaram de-
cair o crescimento do milho quando a concentr°açáo de Al na
soluçáo do solo era superior a 1 ppm. Conoentraçáes de alu-
min_io em soluço nutritiva acima de 4 ppm reduziram drastica
mente a altura e o peso de mataria seca da parte a4rea e das
raizes de girassol (48).
Ainda outros autores observaram que nem o teor de alumi
nio trocável e a percentagem de saturação de alumínio, setvil
rem como índice satisfatório para fins de fixar valores lima
tes tóxicos ao crescimento de raízes de algodao, em 3 solos
3(subsolo!) dos Tstados Unidos. Os autores observaram que o de
senvolvimonto do algodão estava relacionado com a atividade do
Al na soluço tanto no solo como em soluço nutritiva. "liando a
atividade do alumínio na soluçáo excedia 0,15 X 10405 MA, as
raizes apresentavam sintomas de toxidez progressivos, N medida
f ' r quo esta aumentava (l).
m 3ista. das referencias acima citadas, nota-se a d i f i s.
cuidado dc so e tabclecer um valor-limito paaa t ox idez de
alumínio no s o l o , para. qualquer Indicts cons ideado, seja o
alumínio t. ocetvel, o alumínio em soluçáo ou a s.atura^áo de
alumínio. z ntretnnto, parece-nos que, apesar da ,r ' a n d s va-riaçso o n t o esphcies e cultivares vogetai,s, o ltr;:ínio const i t u i - s e em fator que pode causar grandes pac uízos produ-
tividnds das culturas mesmo em civantidadrafnir'e.s. Po tal
forma quo o objetivo mínimo a atingir num procr*;ma do correm
ç ; o da acids:- do solo d o v e ser a eliminac o toto1 do alumí
nio troc4ve1 ex is tente .
,cisto e s t r e i t a rolaçáo entre valores dz. p ; i c de alumin
trocA:vel. no solo, '"tn geral acima do p'3 5,5 a concentra -
,̂.moo de Al ' } ' nos solos eS muito baila ou nula. passança des lumíni o na a n a l i s e (K 1-1N) em pH suporior a pode s e r
i da no a lumín i o comploxado corn a maa4ria o-.T. l ca do solo (27),
ou a Ions “+, titulados juntamente com o alunínio,prin cipalmente
can solos corn alto teor de matara o::g nica (122).
Teores ben reduzidos de X11+++ (0,103 e 0,3.76 tie/l00 g)
r
24
ainda foram verificados quando pH de quatro solos do Rio Gral
de do Sul estavam entre 6,4 e 6,7, após a correçáo da acide'
com Ca(OH)2 (8).
Diversa* pesquisas conduzidas no Rio Grande do Sul e Smp
ta Catarina estudaram o efeito da calagem sobre o pH e os teci
res de Al trocável no solo. Em solo Vacaria a aplicaçáo de 10
t/ha de calcário dolomltioo elevou o pH de 4 , 7 5 para 5,75
e baixou o teor de Al de 3,80 me/100g para 0,04 mo/100g de
solo (91) . Ainda no mesmo solo, a aplicaçáo de 5 t/ha de c l
cório reduziu o teor do A l de 4,0 me/100g para 0,8 me/100g de
solo e elevou o pH de 4,3 para 4,9 (87).
Em solos Passo Fundo a aplicaçáo de carbonato de cálcio
o magnésio equivalente a 8 t/ha (1SNP-pH 6 , 5 ) oiinvinou o ai
mínio trocável q u o era de 3,5 me/100g no solo nativo (45).
Num planossolo no município de Pelotas as doses de 5,10
e 20 t/ha de calcário dolomltico, elevaram o pH de 5,1 (nL
vel inicial) para 6,1,6,6 e 7,0, respectivamente. 0 teor de A l
trocável foi eliminado coa a dose mínima aplicada, perma-
necendo nulo até sete anos após a incorporação do calcário ao
solo (90).
Estudo com 19 solos do Rio Grande do Sul, em casa de vl
getaçao, mostrou estreita relaçáo entre o pH e o teor de alu
mínio trocável, sendo que acima de pH 5,5 praticamente todo
o aluwfnio trocável foi eliminado em todos os solos (118).
A aplicaçáo de calcária na dose 1/2 S1 1P-pH 6,5 elevou o
25
pH do solo Erexim de 4,5 para 5,0 e reduziu o teor de Al+++ de
4,5 para 1,6 me/100g de solo. Com a dose 1 3MP..pH 6,5 o pH
foi elevado para 6,0 e o elusifnio trocável foi totalmente
eliminado (100). No mesmo estudo verificou-se que acima de pH
5,8 todos os solos não apresentavam alumínio trocável.
item a aplicaçáo de 6 t/ha (1/2 SMP-pH 6,5) o teor de
Al*++ foi reduzido de 3,30 para 0,30 me/100g de solo, em en-
saio de campo no oxissolo Santo Angelo, enquanto o pH foi
elevado de 4,4 para 5,4 (113). Ainda no mesmo solo a aplioaçáo de
10 e 20 t/ha de oalcário elevou o pH in ic ia l de 4,7 para 5,8 e
6,5 respectivamente e baixou o Al+++ inicial de 1,87 para 0,05 e
0,00 me/100g de solo (11). Em seis solos de Santa Catarina a
calagem reduziu os teores de Al+++ que va - riavam entre 8,3 e
1,6 para 0,7 a 0,2 me/100g de solo com a dose 1/2 SMP-pH 6,5 e
para 0,2 a 0,0 cam a dose £ SMP-pH 6,5. Da mesma maneira o pH
foi elevado nestes solos da faixa de 4,2-5,2 para 5,0-5,5 com a
dose 1/2 SMP-pH 6,5 e para 5,8-6,0, cor a dose 1 SMP..pH 6,5 (
93).
2.1.3. Manganés
Ao contrário do Al, o Mn un dos elementos essenciais 6s
plantas. Entretanto, se ocorrer em quantidades muito elevadas
na solução do solo, será absorvido pelas plantas em do. ses
também elavadas. A concentração de Mn no tecido aldm de
26
certos limites, pode ser tóxica As plantas, prejudicando o
crosciizento normal o baixando a produtividade das mesmas (26,
89, 119).
0 manganés 4 um Lon ativador de muitas reaç©es ensiadtL
cas - como a hidrogenase e a carboxilase e está envolvido no
metabolismo de ácidos org&nicoe do nitrogénio e do fdsforo e,
tamb6m, na fotossíntese.
0 mauganés encontrado no solo 4 originário da deoomposL çáo
de rochas ferro-magneeianas. Encontra-se no solo nas foi, mas di
(Mn+2), tri (Mn+3) e tetravalenta (Mu+4). A forma di-valente,
Mn+2 está presente no solo comacdtion adsorvido ao complexo de
troca e na soluçáo do solo, predominando em solos ácidos.
Aparentemente, esta 6 a dnica forma soldvel e disponível par*
as plantas. Quanto à tri.valente, Mn+3, au.
N
pee-se existir como óxido altamente reativo, Mn2 03, ocorrem
do com maior frequCnoia em valores de pH prdximo A neutrali-
dade. A tetravalent*, Mn" ocorre como um dxid© muito inerte,
MnO2, em valores de pH prdxiao a 8,0. De acordo eon a mail
ria dos pesquisadores, estas formas existem no solo ea equi-
líbrio dinémico, conforme a representaçao eaguemática abaixo
Mu2 03
Mn+3
Mn troclivel Mn 02
Mn 2 mi+4
27
Numerosas características do solo afetam este equilí -
brio. Dentre as principais, destacam-se a concentraçao de
manganês total ou facilmente reduzível na rocha matriz, o pH,
o potencial de 6x1-redução, a capacidade de troca de cátions,
o teor de matéria organica e a atividade microbiana. Peque •
nas trocas ou diferenças inerentes a estas características
do solo podem determinar se o conteúdo de manganês será deft
ciente, adequado ou tdxico às culturas (26, 109).
A textura também afeta a disponibilidade do manganês às
plantas, bem como o Mn total do solo. A absorçao de Mn de
solos argilosos 4 maior do que em solos arenosos, conforme foi
observado com Lupinus, em que a absorçao de Mn foi pro-
porcional ao teor de argila no solo, de acordo com GLADSTONES
8 a DROVER, citados na obra Manganese (26).
V O L K W E I S S ( 1 1 8 ) estudando a relaçno entre o Mn+2 trocá-
vel e o Mn absorvido por plantas de milho, em 19 solos do Rio
Grande do Sul, observou o contrário, ou seja, uma dimi -
nuiçao da disponibilidade de mangan®s para as plantas nos só
los mais argilosos.
A disponibilidade de manganês do solo está intimamente
relacionada com as atividades de microorganismos que alteram
o pH e o potencial de dxi-redução. A adiço de matdria orcei•
nica ao solo pode reduzir o teor de Mn+2, devido ao acréscimo
na populaçáo de microorganismos oxidantes do maanganes e pela
formaçao de complexos orgânicos deste elemento, de reds
28
zida solubilidade (2).
A aplicaçáo de fertilizantes, em grandes quantidades,om
solos ácidos e som calagem - especialmente de materiais co!!
tendo cloretos, nitratos, ou sulfatos - pods também aumentar
,a solubilidade e a disponibilidade do manganas. rm experimea
toe realizados com os oxissolos Passo Fundo e canto Angelo do
Pio Grande do Sul, verificaram-se aumentos acentuados de
manganas pela adiço de cloreto de potássio, sondo maior es-te
aumento no segundo solo (11). A adiço de gesso (CaSO4)no solo
Nordin silt loam (pH-4,75 e *4n+2-25,5 ppm) baixou o pH e elevou
a concentraçáo de manganes no tecido da alfafa, acentuando
os sintomas de toxidez que Já ocorriam no solo sem tratamento
(95).
A absorçgo de manganas pelas plantas podei ser diminui-
da. pela elevaçgo do pH ou por altas concentraçges de cátions
existentes no meio de crescimento, tais como, cálcio, magno'
sio, ferro e outros, competitivos na absorçáo.
Fm solos com pH inferior a 5,5, grande parte do manga.•
nas existente encontra-se na forma troc&vel (Mn+Z), muitas
vezes em nível tóxico. De outro modo, em solos eon pH entre
6,5 e 8,0, ó comum se observarem deficiancias de manganas
nas plantas, visto que a maior parte 4 convertida As formas
Mn+3 e Mn+
4 A,
, nmo disponíveis (26).Os limites da eoncentraçgo de manganas, deficientes ou
tóxicos às culturas, ngo sáo claramente definidos. Hg uma am
o
I o n
r
t :
30
níveis superiores a 20 ppm de Mn±2 nos solos geralmente sao
tdzicos & maioria das culturas, sendo deficiente em níveis
inferiores a 2,5 ppm. A análise de solos do Rio Grande do
Sul e de Santa Catarina tem, em muitos casas, evidenciado agi
veie do mangan$s trocável superiores a 20 ppm e, em algumas
pesquisas, tam sido relatadas efeitos tdxicos deste elemento,
com o aparecimento de sintomas visuais de toxidez. A aplica-
gao de calcário diminui a concentraçao de a,--I canas trocável
no solo e de manganas total nas plantas, eliminando os efei-
tos de toxidez. No entanto, mesmo doses elevadas de calcário (
40 t/ha) no solo Vacaria, nio reduziram os teores de mangan3s
trocável ao ponto de provocarem deficiancias deste nutri
ente. De modo geral, os níveis de manganas trocável foram
bastante reduzidos com o pH do solo corrigido até 5,5, mas
acima deste ponto - e atd pH 7,0 • os níveis de Mn+2 foram
pouco modificados, permanecendo estáveis entre pH 6,0 e 7,0 (11,
45, 91, 930 113, 118).
VOLKWEISS (118), P O N S (91) e MIELNICZVCKa, observaram
tsores de Mn trocável entre 27 o 31 pes, nos solos Durox e Vacaria,
indicando que eetáo próximos do limita de toxidez (20 ppm) citado por
XLAMT ( 6 3 ) e que bastariam pequenas qual tidades de calcário para
diminuir aqueles teores abaixo des-te limite. Dessa maneira, a toxidez
devida a Mn nestes solos pode ser considerada inexistente ou
problems de importancia secundária, quando comparada & do
alumínio,
1 - MIlLNICZUCK, J. Comunioagáo pessoal. 1974.
•
31
0 teor de rnaaganas trootvel as solo nem semipro uas
ben índice para determinar níveis de toxides. Por exeaplo,ea
se verificou tozides am alfafa, porque a absorgao de manganas
foi reduzida devido ao alto conteddo de cálcio no solo. De
outra forma, em solo Manta* silt loam contendo apenas 7,8ppm
de Mn+2, mas muito baixo teor de cálcio trocâvel, a varieda• de
de algodáo Pina S.02 mostrou sintomas de tozides de manganas e o
rendimento bastante reduzido. Com a aplicagao de 3000ppm de
CaCO3, o teor de Mn na parte aérea baixou do 2590 (teste.
munba) para 108 ppm e a produçáo de matdria soca foi elevada
de 2,58 g/vaso para 5,80 g/vaso (34). Outros pesquisadores
observaram fatos semelhantes no tocante & relaçáo Ca/Mn na
planta. As produç8es de alfafa foram reduzidas e as plantas
tornaram..se cloróticas quando a relaçáo Ca/Mn na planta foi
inferior a 66 (62). SCHMELL et alii (95), observaram siai= mas
de toxidez e um bom relacionamento entra a produçao de alfafa
e a relaçáo Ca/Mn na planta, quando os valores eram inferiores
a 75. III:VITT db WALLACE, citados por SCILNLLL et alii (95),
relataram que os danes devidos a Mn era plantas crescidas em
solução nutritiva poderiam ser reduzidos polo acrdsoimo da
concentragao de cálcio na solugáo.
Coar dados da literatura, podem•.se situar os seguintes
limites para o trigo, considerando.se a concentraç&a de man.
gangs na parte adreat deficiente, abaixo de 14 ppm, entre 14
•
32
e 113 ppm adequado • tózico entre 356 e 432 ppn (26). eiveis
entre 30 e 500 ppm de mangam• no tecido foram situados d•n$
tro da faixa de sufioiinaia para soja, acima dai qual podem
ocorrer sintomas de toxides (84). Esta g•neralisaçáo parece
indevida, pois resultados de literatura, apresentados na o-
bra Manganese (26), revelaram a ocorrência do sintomas de to.
xidez em soja, crescida em solugão nutritiva, quando as fo-
lhas apresentaram teores de 173 a 199 ppm de manganês.
Outro aspecto a considerar ó a aço do manganês sobre a
simbiose leguminosa-Rhizobium. FRANCO 64 D68tJINILIt (39) ana-
lisando resultados de trás experimentos com duas variedades de
soja, em casa de vegetação, verificaram que o efeito taxi co deste elemento foi maior sobre a simbiose soja-Rhizobium do
que sobre o crescimento das plantas. Lm pesquisa realisa.. da
no oxissolo Santo Ângelo (Ub), V IL OL (116) observou bom
relacionamento entre o peso de nódulos e mn 2 o entre o rantti.
mento de graos e Mn+z, sendo este relacionamento mais eviden te
nos tratamentos com baixa dosagem de fósforo aplicado.
2.2. Comportamento das culturas em relaçáo aos fatores da a-
cidez do solo
A correção da acidez do solo com a finalidade de elevar a
produtividade das culturas é prática bastante difundida e, de
modo geral, apresenta ótimos resultados, especialmente
93
mos solos áoid•s das regiões tropicais e subtropicais doidas.
No Rio Grande do Sal e Santa Catarina, esta prática teve ia-
pulse bastante grande a partir de 1967, após o langaaonto do
Programa do Nolhoranento da Fertilidade de Solos, taaibla co-
nbeoido core "Op•ragae Tatu", do qual partioiparat todas as
entidades de pesquisa agrícola, sediadas nos dois Estados.Os
resultados obtidos on pesquisas e on lavouras demonstrativas,
oondusidas pelos argaes de extensão, tan, on geral, censubs-
tanoiado o acerto dessa prática.
Ezistea moltes resultados obtidoa pela pesquisa coa di-
versas culturas • nas principais unidades de mapeamento de
solo de Sul do pais, acere* do efeito da oalager nos rendi -
aeatos das culturas. Para fins de ilustragao, relataremos a
seguir alguns destes resultados, dando gafase aos trabalhos
realisados cot trigo e soja.
Eis ensaie cenduside a campo de 1950 a 1956, sena planes..
solo no auaiolpio de Pelotas, POETSCH (90), verificou avaren-
tos erosoentes na produgao do graos de trigo e de soja cor a
aplioagáo do O, 5, 10 e 20 t/ha de calodrio dolotltic*. Os
maceres aumentos foram obtidos caia a aplicagáo de 5 t/ha, sea
do calor o efeito da calagem na aus=noia do adubagao fosfate,
da. Neste case, a aplicagao de 5 t/ha resultou ara ammonte de
100% na produgao do trigo on relagáo ao tratamento sea calo,
rio, na addta geral do seis anos.
No sudoeste do Paraná, mas localidades de Lapa e G ara-
34
peava, canstatou-sa, ea experimentos coa soja, expressivo al manto nos rendimentos de cries devido 1 calagem. As maiores
produgaos foram obtidas coa as doses indicadas pelo imitodo do
aluainio(ae/100g de Al x 2), sendo que as parcelas sea
calcário produziram ea mídia 1083 kg/ba, enquanto as que rs•
ceberam urna vos a dose indicada de caicirio produziram 2172
kg/ba, o que representa um aumento de 100%. Com uma quantidg
de de oaletrio tris vexes superior 1 indicada, a produçi►o au
montou para 2407 kg/ha, correspondendo a ms acrisoiao inex .
pressivo, ea rela9ao ao acrisciao da dose de calcário (9).
Em experimentos realizados ea quatro locais, nos oxissg
los Santo Angelo e Erexin, de 1968 a 1970, coa a variedade de
soja Santa Rosa, VIDOR et alii (114) verificaram resposta
significativa a calcário apenas ea local do solo Erexim, tear
do 4 t/ha de calcário proporcionado ea trõs ases tia aumento
addio de 24% na produgáo, em relação 1 *osteannha, Nos de..
mais locais, as respostas foram insignificantes (aumentos em
torno de 10%) provavelmente devido 1 pequena aodificagáo no
pH, situado entre 4,7 s 3,1, nos trés níveis do oaictrio a•
plicados (002o 4 t/ha).
A calagem foi eficiente no aumento de peso seco de nódg
los e de rendimentos do gráos, verificado nun experimento coa
soja no oxissolo Santo *regelo. Neste experimento, foram
*radas virias doses de calcário e de fdsforo, num fatorial 5 x
3, ocorrendo os maiores incrementos na produgáo derides
Db,
oÍ
71
35
calagem entre as doses de 0 e 6 t/ha de calcário (1/2 SMP-pH 6,5).
Constatou-se uma relação de substituiç®o não linear entre calcário o
fósforo na obtenção do rendimentos idanticos de soja. A máxima
eficiéncia tócnica estimada foi de 2642 kg/ ha de graos, obtida com a
adição de 292 kg/ha de P205 e 15,4 t/ha de calcário. As maiores
respostas a c a l c ino foram obtidas com as doses menores do fósforo,
ou seja 100 e 200 kg/ha de P205. Nas doses de 300 e 400 kg/ha de P2
05, o efeito da calagem foi bastante reduzido (117).
DALL'AGNOL et a l i i (23) relatam resultados obtidos num
experimento a campo no oxissolo Passo Fundo, em que estuda ria o
efeito das doses 0, 3, 6 e 9 t/ha de calaário,combinadas cosa virias
doses de fósforo, na produçáo de soja cv.flragg. 0 experimenta foi
conduzido de 1970 a 1974, sendo cultivados trig* e soja em sucessão.
As doses de calcário foram aplica. das nume.ttnica ocasião, em abril
de 1970. C+om base nos rosul tordos, ver i f ica-se que, na média de
quatro anos, os rendimeg tos foram crescentes com as doses do
calcário aplicadas, seu,-, do as produçóes de 1597, 2397, 2632 e 2780
kg/ha de grsos correspondentes as doses do 0, 3, 6 e 9 t/ha.
Em exporimontos conduzidos com a cultura do trigo em
Santa Catarina, T i} LER (120) verificou que o calcário aplicado na
dose 1 SMP - pH 605 aumentou a produçao de trigo sie nificativamente nos solos Erexim (latossolo roxo distróf ico ) ,
Rancho Grande (Rubrozerm) e Canoinhas (latossolo h aico die-
37
res nao considerados poderiam estar envolvidos (69, 70).
0 estudo de 100 experimentos conduzidos no Pio Grande do
Sul, de 1961 a 196k, com a cultura do trigo, usando-se
tratamento NPIï em combinaçao com as doses 0 e 5 t;ha de cal-
cório, mostrou o seguinte: nos anos de 1961 e 1963 , conside-
radospéssirnos para a cultura do tribo pelas condiç3 s de cli
ma favoráveis ao desenvolvimento de doenças fúngicas, nao
houve resposta $ calagem, em 1962 e 1964 , anos bons para o
trigo, o efeito de 5 t/ha de calcário foi bastante pronuncia do
elevando a produção, nas regiões de solo Durox, Vacaria e
Santo Angelo, e pouco evidente nos solos ',realm, Passo fundo, í:
s fação e em solos não identificados da Serra do .=sudeste e
do município de A o Gabriel (54).
Trabalhos de pesquisa em casa de vegetação e a campo
tam sido conduzidos em outras culturas e com oa principais
solos da região sul, do pais, a fim de testar a eficiência
da calagem no aumento da produtividade. 'esultados obtidos
cosi t revo vermelho mostraram que a produção w4xima em v á r i o s
s o l o s do i .e Grande do ~u1 é alcançada quando o solo é corri gido
para valores de pH entre 5,8 e 7,0. Acima e abaixo destes
valores podem ocorrer decréscimos acentuados na produgáo de
mat4ria seca da parte adrea (100, 104).
trevo subterrâneo apresentou alta resposta a c a l e f r i o ,
verificando-ae os maiores rendimentos com a aplicação de 3
Vila de calcário que elevou o p11 em torno de 5 ,5 e neutrali-
38 zou o alumínio trocável, em ultissolo da Estação :xperimental de Uruguaiana (64).
Experimentos com milho realizados em casa de vegetagao
com elevado numero de solos do Rio Grande do Sul e Santa Ca-
tarina, mostraram que os maiores acresci-os de produgáo de
matéria seca ocorreram entre as doses 0 e 1/2 MiP - pI3 6,5,
notando-se, de modo geral, quo os rendimentos máximos foram
obtidos quando o alumínio trocavel foi praticamente elimina-
do e o pH se situava na faixa 5,5 - 6,0. Valores de pIí acima
e abaixo desta faixa estavam geralmente associados a rendi -
mentos menores (73, 93, 118).
alfafa mostrou respostas excepcionais aplicaçáo de
calcário no alfisolo Alto das Canas e no oxissolo Vacaria,em
experimentos conduzidos a campo. .1s produçács dc matéria se-
ca foram crescentes com o aumento das doses de calcário, a-
tingindo o máximo nos dois solos cam as doses correspondentes a
2 SNP - pa 6,5. Os rendimentos máximos foram dc 7,71 e 6,28 t/ha
de matéria seca, correspondentes a valores dc pH 6 „ ' t. 7,1 nos
solos t"ltos das Canas e Vacaria, respectivauaen to. No o.. o
Vacaria náo foi possível implantai a alfafa sem a :aplicaçáo
de calcário, pois as plantas morreram logo após a emergEnciu,
devido provavelmente ao excesso de acidez (91,
99).:au casa de vogetaçáo, os máximos rendimentos de matéria
sEca da parte adrea de cevada, foram obtidos com a aplicaçáo
39
de hidróxido de cálcio que elevou o pH a 6,0, 6,1 e 6,2 dos
solos Julio de Castilhos (Podzólico vermelho amarelo), Boa
Jesus(Cambisol bibeico) o Rocinha (Cambisol iistioo), rospootj
vacante. Ea solo :santa Maria cow pH 563 e 40 me/100g do Al a
cevada aZo apresentou resposta 1 calagem (8).
Numa anilise coral dos resultados do pesquisas, verifi•
ca-se quo as respostas das culturas l a ç o da calagem sáo
bastante variáveis. Esta variaçáo no comportamento das culta
ras está associada ossenoialmente 1 natureza do solo e 1s dj
ferengas entro espicies e mesmo, entre cultivares de urns ma ma espdcie Uogetal (2, 38).
0 comportamento diferencial entra espioies e cultivares
am relaçáo aos fatores da acides do solo, especialmente alu*
mnio e asangan$s, tea sido objete de estudo para vários pes•
quisadores, especialmente a partir ds inicio da última dica•
da. Neste particular háo de oar destacados os trabalhos de
NEENAM (81) na Irlanda, e FOY e colaboradores nos Estados U•
nidos da Aa;4riea(30, 31, 32. 33, 340 35, 36, 38).NEENAM (81), estudando o comportamento de *vaia, trigo e
cevada diante de altos níveis do mangan$s e de alumínio do
solo, observou t► seguinte ordem de tolersncias aveia) trigo>
cevada. No mesmo estudo, trabalhando cam cultivares de tri-go
da Irlanda, observou diferenÇas no comportamento destas
quanto aos Fatoras de asides do solo. Enquanto algumas foram
mais tolerantes a altos teores do Al, outras foram mais tolo
4o
raptes a altos níveis de Mn. Posteriormente, FOY et a l i i (36 )
observaram que a tolerância de determinada planta para um
dos fatores da acidez do solo ngo significa, necessariamente,
que a mesma seja tolerante a um outro fator. Testando as cul
tivaree de trigo Atlas 66 e Monon em solos ácidos e em solu-gao nutritiva contendo níveis variáveis de alumínio e de man
gangs, verificaram que a primeira era mais tolerante ao ex-
cesso de alumínio, porém mais sensível ao excesso de manga nes
do que a segunda. Concluíram afirmando que o termo "tolo
rância" & acidez do solo ngo tem significado específico. Em
solos ácidos de mesmo pH, os fatores limitantes do orescimen
to das plantas podem diferir em espécie e quantidade. A cul-
tivar "Monon" 4 originária de Lafayette, Indiana (USA), e a
maior tolerância A Mn poderia ser associada com sua adapta -
gáo aos solos imperfeitamente drenados que ocorrem naquela
regigo, enquanto a variedade "Atlas 66" 4 de Norte Carolina (
USA), onde isso ngo ocorre.
A razão pela qual as espécies e variedades sao mais ou
menos sensíveis aos fatores da acidez, parece estar associa••
da I. hereditariedade e advdm da adaptabilidade da planta is
condigões de solo onde foi desenvolvida. Desta forma, plan -
tas desenvolvidas e selecionadas em solos 4.cidos apresentam
geralmente, pouca ou nenhuma resposta A. calagem em solos com
características semelhantes. FOY et alii (35) verificaram que
algumas cultivares de feijgo mostraram amplas variaç es
41
na toleranncia à toxidez de alumínio trocável no solo Bladen.Cone poucas exceçóes, as cultivares originárias do Sul dos Es
tados Unidos (ildrida, Carolina do Sul, Tennessee) e este (
Nava York) mostraram o mdxiro de tolerância. As desenvolvi-
das no Meio-Oeste (Michigan) e Oeste(Idaho, California) moa
tragam o mínimo de tolerância. O estudo indica quo algumas
cultivares foram indiretamente selecionadas pera maior tole-
rancia ao alumínio.
im estudo com seis cultivares de algodão em solo cor al
to teor de mangance e em solução nutritiva, contendo nivele
variaveis do rnangancs, constatou-se ampla variação em seu
grau de tolerância ao excesso de manganês. Pram originzfrias de
diferentes Ardas da região de algodão nos stados Unidos e a
maior tolerância de algumas foi atribuída ao fato delas, ou
de seus ancestrais, terem se desenvolvido em solos ticos
em mangané s 04).
este problema de tolerância das culturas ?t acidez dosolo tem merecido a atenção de varios cientistas de solo efitotecnia no 'io Grande do :Sul, especialmente cor a cultura
do trigo e, de forma mais intensa, a partir dos resultados
obtidos por l-'! LCf ANN e colaboradores no Plano regional de
Adubação do 'F:°igo 1961/65 (53, 54) .
Tudo indica que a criaçáo de cultivares de trigo no rio
Grande do cul f o i direta ou indiretamente orientada para a
obtençâo de plantas tolerantes As condiçges de acides do so-
43
no solo Vacaaia, onde a saturação de alumínio atingiu 55;°. Os
autores concluíam que: estes resultados devem sc: consido rados
corno consogtt8ncia dos métodos empregados na seleçáo das
cultivax_>. 'L, I ,NN et alii (55), analisando resulta - dos de
milho cultivado sobre os mesmos locais destes ensaios de tribo,
o`.ì.;,c. ~r
ram uri comportamento bastante divoreo claque la cultui
-, cm r laçáo à calagem. 7m todas ac regióc s estuda dai;, o
mostsou alta resposta ao calcário aplicado (5
t/ha), r, aro no- ' or- a do ;'udeste, onde os solo: a pi osentavam
mc:nor acidc z.
m t:'abalho conduzido por roY et alai tee,tando 27
cultivai ca dc t igo dc. v i m a s regióes do mundo cuanto A. tole
rância ?.. .acic:en, nos solos T3laden e Tatum corn altos, teores
dc: alumínio troce`vcl, verificaram que as cultivares brasilei
s '3 ontciaa, r l ontana e rondoso foram as mais tolerantes. `'
ecui;.as::-na: , em grau de tolerância, alguma<, cultivares ame_
siennna, crl nuns em Chio, Cnrolina do Norte e C eo sia, onde
a toxidez devida ao "1 nos solos considerada fator lirnitan
te da }:r oc'u#3.viclado. 'ntretanto, todas rc aponder- an à
aplica-
o de ca. bonato de cálcio (CaCO3) e m v a s o s . n s r : a i o ° - ° e s r e n -
dimentot- o rint&•ia seca de todas as cultivares foram obti -
dos cor: 9000 ppm de CaCO3 que elevou o pH do solo dc 4,2 para
5,R.
1m:can{ =imo quo envolve o comportamento diferenciai das
plantas:; quanto à tolerância á toxidez do alumínio e do mang.
44
nós ainda rio 4 bem conhecido. Parece, entretanto, que ago e
xiste um mecanismo comum. Algumas plantas apresentam maior
toleránoia ao mangangs devido 6 menor absorçZo deste *lemon•
to, ou por localizarem o excesso absorvido nas raises ou *m
outras partes da planta, onde ele permanece isolado dos si-tios
metabólicos (26). ROBSON & LONERAGAN, citados na obra
Manganese (26) , verificaram que o trevo subterranso foi bem mais
tolerante ao excesso de mangangs do que algumas esp4 • cies do
Onero Medicago. A maior tolergncia do trevo foi as.. rociada cos
usa quantidade inferior de mangangs absorvida
por grama de raia e a uma maior retençáo deste pela rais.LUHT
A KOPRANEN (68) sugeriram que plantas do azaida mostraram»se
tolerantes á toxides de mangangs por acumularem o excesso na
porçáo lenhosa das plantas. 0 lenho aorta o sitio de d e s i s t '
xioaçáo. Estas mesmas plantas se mostraram tolerantes ao .1*
mini* devido i preoipitaçáo, nas raises, de aproximadamente
90% do total absorvido e à remoçao do a l u d o para es vs•
odolos, isolando•'o dos sities metabólico*.,
Diferenças de toler4n®ia a almiinl* entro algumas **pi••
oi*s • variedades d• plantas *stáo associadas oca a diferen.
ça na habilidade em alterar o pH na sons das rauce* (29). Em
•Olugáo nutritiva, a variedade Massa, Al • susootivel, be&
sou o pH do meio de crescimento bem mais do quo a variedade
Atlas 66, Al 0 tolerante, resultando em diferenças de ato 0,7
unidade de pH. Devido a um pH inferior n a r i z o s f e r a d a v a r is.
45
dade Monn, cresceram a solubilidade e o potencial de tozi
dez de alumínio (32, 36). Taab4 tia sido observadas diferes gas
na capacidade de troca de cátions (cTC) das rafsaes entre
plantas tolerantes e suscetíveis ao alumínio. FOY et alia{31)
observaram que variedades de trigo e de cevada Al - susceti•
vets, apresentavam valores de CTC superiores aqueles das va-
riedades Al - tolerantes. Ura CTC radioular superior poderia
resultar numa maior adsorgao de alumínio devido a um maior
ndmero de sítios de troca negativa e/ou uma adsorgio sel+ativa
de Al trivalent*, de acordo com o principio de DONNAN.
Ainda a toleráncia a alufnio de algumas aspicies e va-
riedades foi associada A habilidade para absorver e utilizar
fósforo e c6ktio na presença de excesso de aluafnio, em ezpe~
rimentos com solo e soluçao nutritiva (34, 38).
Algumas pesquisas comparando o comportamento diferencial
de cultivares de trigo em relaçáo & acide* do solo tam sido
realizadas amais recentemente no Rio Grande do Sul. GOMES et
a l i a (46) estudaram o comportamento de 338 cultivares de trt
go brasileiras e estrangeiras em solo Passo Fundo coa p H 4s9 e
2,9 me/100g de Al trocável. Atravds de observeçóes feitas no
sistema r*dicular e no desenvolvimento das plantas, con..
cluiram que, das brasileiras, apenas a IAS 58 e a linhagem PP
7088 nao se apresentaram resistentes ao crestamento, mas foram
moderadamente resistentes. Por outro lado, apenas nove
cultivares estrangeiras mostraram-se resistentes a aoderada.
46
=ente res i s tentes .
Noutro trabalho, conduzido em solo Passo Fundo entre
1970 e 1973 com 15 cultivares e linhagens de trigo brasileiras
e 3 estrangeirai, constata-se que apenas seis cultivares brL
sileiras apresentaram aumentos mddios de produgao entre 11,7
e 31,7% devidos à calagem. Por outro lado, todas as cultiva-
res estrangeiras apresentaram maiores produções na presença
de calcário, verificando-se aumentos de produçao entra 16 e
178% devidos ao tratamento (24).
Outro fato importante a considerar d o de que até meados
da década passada, os solos dos campos de melhoramentos de
trigo, apesar de ácidos, náo sofriam correção dessa acidez.
Como consegttancia, as linhagens ai selecionadas j& traziam
em sua bagagem gendtica a característica de tolerancia a e_
te fator.
Com base em revisão de literatura pode-se afirmar qua a
maioria das cultivaras brasileiras de trigo apresentam ce& ta
toleráncia aos fatores da acidez do solo. Entretanto, pa-
rece-nos que nao cabe designar esta observação como "resin -
tencia à acidez", pois em algumas condiç&es de solo, como o-
corre nas unidades de mapeamento Vacaria, Durox, Canto Auge-
lo e Erexiru, a pesquisa tem mostrado que a maioria destas
cultivares responde & aplicação de calcário (53, 54, 69, 72,
87).
Com respeito a soja, a situação parece diferente á ob.
47
servada can o trigo. A introduçao desta cultura no Brasil 4 bem mais
recente, sendo a maioria das variedades atualmente sim cultivo
proveniente dos Estados Unidos. As demais foram selecionadas no
Brasil, cano a Santa Rosa, Planalto, I n d u s
t r i a l e IAS nos 1 a 5 • tem pelo nano.. um dos genótipos-pai
originário dos Estados Unidos, de acordo cora VERNETTI `.
As pesquisas com soja, especialmente na área de fertili
dada de solos, sd recentemente sofreram maior desenvolvimen-
to, a fim de acompanhar o ritmo de expansáo da área de culttj
vo desta leguminosa no país. Por isso, pode-se afirmar que os
resultados existentes entre nós ainda sáo insuficientes
ra definir eonclusées a respeito da tolerância de cultivares
aos fatores da acidez do solo. Entretanto, pela observação
dos resultados da pesquisa cora calagem - apesar da maioria
não ser orientada para estudar o comportamento varietal cor
relação à acidez •. é possível deduzir que quase todas as cuu
tivarea atualmente em plantio apresentam alta resposta á ca-
lagem. Alguns resultados destas pesquisas foram anteriorren••
te relatados neste capitulo, podendo-se deduzir que os mázi
mos rendimentos de soja estáo associados a valores do pH ao
redor de 6,0, com a consegüéneia de eliminação do alumínio
trocável e a diminuigáo dos teores de manganés trocável no
solo. Por outro lado, alguns trabalhos já evidenciaram dife..
•rengas na capacidade de respostas de algumas vultivares
calagem.
I . VERNETTI, F .J . de. C o s a icaçáo pessoal . 1975.
48
Na área da Estagao Experimental d• Jdlio de Castilhos foi
realisedo experiments eon a finalidade de observar o coro
portamento das cultivares Bragg, Planalto e Hardee, diante das
doses 003o 6 t/ha de calcário dolomitico. Os resultados
mostraram que a Bragg apresentou a maior resposta i calagem,
seguida da Planalto • da Hardee. Os aumentos de produgão do
grãos devidos &s doses de 3 • 6 t/ha em relação ao tratamente
sea calcário foram, respectivamente, de 101 e 240% para a
Bragg,79 e 101% para a Planalto e 52 e 63% para a Hardee(115).
BORXERT (11) constatou que a cultivar Santa Rosa agre -
sentou maior resposta á calagea, en rendimentos de grãos, do
quo a Bienville, em ensaio condusido no solo Santo lagelo.
Sem calcário, a produgio de ambas foi semelhante, mas, oem a
aplioagáo de 10 e 20 t/ha de calcário, a Santa Rosa mostrou
rendimentos significativamente maiores que a Bienville. Com a
Santa Rosa configurou-s• um estreito relacionamento entre
rendimento de grão • alumínio trootvel, enquanto na Bienville
este relacionamento foi menos acentuado. Tambam a Santa Rosa
apresentou alto relacionamento entre rendimento do grãos e
teor de mangan s trocável, enquanto na Bienville esto rela -
cienamento foi baizo.
SIQUEIRA et alii (102) realisaraa trabalho emito into-
ressante visando a estudar o comportamento d i f e renc ia l de
resposta à calagem do trig* e da soja, ene suoossao cultural.
Os resultados foram obtidos em solos ácidos do Planalto Rio-
49
grandonse durante tras anos de experimentagao. Relacionando o
percentual máximo de respostas cio trigo e da soja cala-gem,
por local e por ano, verificaram que as máximas respos•
tas do trigo variaram entre 3 e 43; e da soja entre 18 e 200',,
, cm solos com necessidade de calcário (SNP - pH 6,0),ea tre 6
e 10,6 t/ha. A soja apresentou uma diferença média de
resposta entre 6 a 158;,0 supe ior &a verificadas para o tri-
go. Nos solos mais ácidos, estas diferenças tenderam a ser
maiores. através da andliae de regressao dos percentuais de
resposta &:s duas culturas, constatou-se o ajustamento da
gressao linear expressa pela equagao t -10,3 + 0,33X, onde t
= percentual máximo de resposta do trigo e .g percentual
máximo de resposta da soja. Segundo esta equagao, uma respos
ta máxima da soja calagem, equivalente a 1 0 0 , corresponde a
um máximo de resposta do trigo de aproxiwadamente 23%, em
relagao ao solo que nao recebeu calcário.
2.3. Efeito residual e estudo da economicidado do calcário
efeito do calcário incorporado ao solo persistirá du-
rantc algum tempo e seu prolongamento, em iunçao do tempo, d
conhecido como efeito residual do calcdrio. . longevidade da
agao do calcário no solo depende essencialmente da quantida..
de e qualidade do calcário usado, do tipo e do manejo de so-lo e
das condigOei de clima.
50
Cálcio e magndsio quando supridos ao solo na forma de
carbonatos (calcário dolomitico) de granulometria dia, em
doses adequadas, existiráo no solo pelo menos durante algum
tempo, sob três formas• 1) como partículas sólidas de carbo-
natos de cálcio e magndsio; 2) como bases permutáveis adeor-
vidas ao complexo coloidal; 3) como cátions dissociados na
soluçao do solo, principalmente em associagao com os íons bi
carbonatos, atd que se completem as reaçóes de neutralizagêio
do H+ do solo. 1 medida que o tempo passa, iniciam-se as reta
goes de acidificaçáo do solo que compreendem a lixiviaçao
das bases e o aparecimento de e Al'' no solo. Iniciado se
te processo hd diminuiçao grafi;al na percentagem de satura -
çao de bases e no pII, e eventualmente torna-se necessária ou
tra operaçáo de calagem. rate 4 o ciclo seguido pela maior
parte do calcdrio adicionado aos solos de regióes úmidas. CAI
cio e magnd"sio poderio ser removidos dos solos de trás modos
diferentess 1) por erosao; 2) por remoço pelas culturas; 3)
par lixiviaçao (15).
Os laboratórios oficiais de análise de solos do Rio Gran
de do `sul e canta Catarina recomendam a aplicaçao de calca -
rio dolomitico, considerando seu efeito residual, prolongado
por 5 anos, de um modo geral. As entidades creditfcias en a-
tendimento a esta recomendaçao vem financiando calcário aos
agricultores, cujo valor 4 reembolsdvel em 5 caos.
Diversos estudos conduzidos no Iio Grande do ul fazem
51
referência ao efeito residual do cnlc&rio por virios anoso
sondo quo alguns dos mais iwportantes seara rcai'pridoa a se-
guir, pesquisa l"ealizada em planossolo do município do
Pelotas, constatou-se o efeito residual dai dosa dc calci -
rio dolc'mitico empregadas sobra as produ9gas de t igo e de
sojao ati 7 anos apia a aplicaçgo. m todas as cascuçaes do
experimento, esq que trigo e soja foram cultivados om sucessgo
nos anos de 1950 a 1956, verificou-se um efeito altamente
significativo da calagem sobre a produqao das culturas. As
produçgas mídias dos diversos anos para o trigo foram de 920.
0, 5, 10, c 20 t /ha de enleirioo aplicado m 1 5 0 . Para
soja, as dosai de 0, 5, 10, e 20 t/ha calcário corres-
ponderam &s produ7ges midias todos os anos do 904, 1132,
1162 e 1232 kg/ha. Os valores de pH foram elevados pela a-
via do calcirios estabilizando-se após o quarto ano de execu
gals e ati o encerramento do estudo. 0 alumínio trocável,cuje
tear inicial era do 0,73 me/100g, foi praticar;.entc eliminado
a partir do 20 ano com a menor dose de calcilio aplicada(5t/ ha)
. A partir do 49 ano de execuggo a até o encerramento do
trabalho, ngo mai- se verificou o aparecimento cio e.lumfnio
trocável para qualquer das doses do calcirio utilivadaso Oa
resultados deste estudo evidenciam que o efeito residual de
calcário poderi permanecer alim de sate &nos, para qualquer
das doses am ,studo (90).
52
Em solo Vacaria com valores iniciais de pH - 4,1 e Al -
3.9 mt/lOOg, verifioou-se o efeito residual da dose única de
5 t/ha de calcário sobre a produgáo de trigo, durante cinco
anos. A produgZo média e• 1966 foi de 1323 kg/ha para as pall
colas com oalcdrio, aplicado em 1962, e de apenas 843 kg/ha
para as parcelas seu calcário. Con a aplieagáo de oalcdrio,o
teor do Al+3 baixou de 3,9 para 0,8 me/100g até o 32 ano e, a
partir de entáo, subiu gradualmente c o n o decorrer dos a-nos,
atingindo 2,3 me/100g quando foi encerrado o estudo, no 52°-
ano de experimentaçao. Esta mesma tendéncia na modffica - gáo
do teor de alumínio trocável pela oalagem em função do tempo
foi observada no solo Ereaim. Por outro lado, 4 preciso
considerar que a quantidade de calcário aplicada foi ai-to
aqudm da exigida para neutralizar todo o alumínio troo& vol. Os
resultados, entretanto, permitem deduzir que o efeito residual da
dose aplicada dever& ocorrer ainda por mais alguns anos, mas que,
a partir do quinto ano, haveria a ne cessidade de fazer nova
aplioagáo de calcário para neutrali-
zar o Al+3" neste experimento (87). DM
outro estudo, o efei-to residual do calcário em solo Vacaria foi bastante acentua
do, verificando-se incrementos de 20 a 80% na produçao de trait, go
con a aplioaçáo de 17 t/ha de oalaário tr©s anon antes,em
relagáo aos tratamentos sem calcário, Os maiores incrementos
provocados pelo efeito residual do calcário foram obtidos nas
53
soltados possibilitam infer ir que a aço residual da calagem
continuará por maim alguns anos (71).
inda en solo Vacaria oonstatou•.eo afeito residual da
calagem bastante pronunciado, no aumento da produçao de ma-
téria soca de a l fa fa . trio foi possSvel obter produçao de al-
fafa nas parcelas sem calcário, nesse solo com pH 4,75 e
3.80 me/100g de Al t rocável . Lntretanto, nas parcelas que
receberam calcário três anos antes, nas doses de 10, 15, 20,
25, 30 e 40 t/ha, obtiveram en cinco cortes as produçcaes
de 445o, 4765, 5515, 5730, 5257 e de 6282 kg/ha de matar~ia seca,
respectivamente. Para qualquer dose de calcário, nio foi
observado o aparecimento de alumínio trocável, três anos após a
aplicaçco. Diante doe resultados veriiicadoa,o autor sugeriu uma
durabilidade do efeito residual do calcário em torno ou superior a
cinco anos, nas condiçães do solo Vaca - r i a , o quo esta de acordo
con o prazo m6dio previsto pelos laboratórios of ic ia is de análise
de solos ) 1 ) .
Lm experimentos conduzidos nos solos Vila, Lasso Alindo
-janto Inge lo , constatou-se o efeito residual de calcário
aumentando o xrendimento da soja, com a dose 1 'MP - pH 6,5
aplicada t r io anos antas. Mosmo no solo V i l a , onde o pH ini-
c ia i , estava em torno de 6,2, o efeito residual do calcário foi
marcante, provocando um aumento de produçáo am torno de 50'=
em relação aos tratamentos sem calcário. 0 pH, que era
inicialmente de 4,8 e 4,9 foi elevado para 6,3 e 6,8 no 19
54amo após a apiioaçao do calcário, baixando no 32 ano para
5.2 • 5.8, nos solos Santo flagelo e Passo Fundo, respectiva
mente. 0 aluminio troo&vel foi neutralisado no primeiro ano
após a apiicagao do calcário, no solo Santo Angelo, mas tor. nou a reaparecer em teor próximo a 0,3 me/100g no terceiro w no (
43).
Efeito residual de calcário semelhante a este foi veri-
ficado no solo Tuia (Planossolo) do nunicipio de Palmares. A
aplicaçáo de calcário an 1971, na dose 1 SHP - pH 6,5, propi p
iou aumentos no rendimento de gráos, na altura e no peso
seno de nódulos de soja na safra 1973/74. 0 alumiaio troei - vel,
que havia sido eliminado, tornou a reaparecer na anílise de
solos em torno de 0,3 me/100g no 32 ano apds a aplicagáo de
calcário. 0 mesmo trabalho efetuado no solo Farroupilha
mostrou resultados semelhantes. Um estudo económico simples,
cos base nos dados obtidos no solo Tuia e considerando o custo
dos insumos amortizados em cinco anos, apresentou os maiores
lucros con a dose de 150 kg/ha da P205 na presença
de calcário. Na aue ncia de calcário náo foi económico o uso
da adubaçáo fosfatada (44).
Lm experimentos situados na Estaçáo Experimental do Pas
so Fundo (EEPF) e na Estaçáo Experimental de Jdlio de Casti-
lhos (EEJC), com as culturas de trigo e soja eme sucessáo, vZ
rificou-se que o trigo respondeu ao calcário somente na EEPF.
Neste local, a calagem produziu efeito imediato e residual
A
55de trás anos, sendo que as melhores produçóes foram obtida. no
primeiro e terceiro anos de exeouçáo com a dose de 3r5 t/ ha de
calcário. Os teores de alumínio trocável verificados no l i ano
apds a aplicaçáo de calc&rio sao semelhantes aos deter minados no 34 ano, denotando uma estabilidade do efeito da ca. lagoa no solo
(103). Com a cultura da soja, o afoito residual de calcário foi
bastante acentuado nos dois locais, trás anos após a aplicação
dos tratamentos. Em relação ao tratamento
sea calcário, os acrdscimos de produção obtidos com 3,50 7,0,
14,0 e 28,0 t/ha de calcária foram de 26, 40, 24 e 4)4 na
EEJC e de 31, 86, 148 e 151% na EEPF, respectivamente. Estes
resultados permitem considerar que o efeito residual do calei rio
prolongar-se -a por mais alguns anos (101).DALL'AGNOL'et alii (23) verificaram, em solo Passo Fun-
do, que o calcário provocou aumentos na produção de soja em
quatro safras consecutivas. As produçóes do 42 ano após a a•
plicaçao de 0, 30 6 e 9 t/ha de calcário foram de 1628, 1815,
2141 e 2271 kg/ha de grãos, e as médias do quatro safras fo•
ram de 1597, 23)7. 2632 e 2780 kg/ha de grãos, respectivamen-
te. A diferença de produção entre as doses de 0 o 3 t/ha de
calc&rio náo foi significativa no 42 ano, levando os autores
a concluir que findou o efeito residual desta dose de calcei
rio, enquanto o das doses maiores continuará por mais alguns
anos. Paroce••noa, entretanto, quo o aumento de produçao de
200 kg/ha de grãos, obtidos com 3 t/ha de calcário, aldm
56
nao ser desprezível, 4 biologicamente resultante do efeito
residual ia, dose de calcário aplicada. Numa análise económi-
ca simples, considerando a utilizaçáo do calcário nas quatro
safras de soja e os incrementos de produção devidos ao calca
rio aplicado/no mesmo período, conc luíram que o maior lucro
por hectare, devido aplicação de calcário, foi obtido com
a dose de 9 t/ha.
Resumindo, podemos dizer que o efeito residual do calca
rio parece bastante acentuado em pesquisas realizadas ato
três e quatro anos ap6s a aplicação do mesmo, verificando-se
que se poderia prolongar além desse período, afirmaçáo esta
confirmada pelas experiáncias realizadas durante cinco a se-
te anos. Diante disso - e tendo em vista os estudos de econo
mia da produção - consideramos aceitável o que preconizam os
laboratórios oficiais de análise de solos - RIS e SC, quando
estabelecem o período de cinco anos para a duração do efei-
to residual do calcário aplicado ao solo em d$ses racionais.
2.4. Uso de funções de produçáo na análise económica de re-
sultados da utilização de fertilizantes e corretivos
Uma função de produçáo 4 conceituada como a relação e-
xistente entre os recursos utilizados em determinada ativida
de produtiva e a produçáo obtida.
As funçóes usadas no campo da fertilidade de solos se-
57
Buem normalmente cinco modelos principais: Spilimam-Mitsche_
lith, Cobb-Douglas, Raiz Quadrada, Poténcia 3/2 e Quadrática.
0 uso de funçóes de produçáo para análises oconómicas
de resultados da a ç o de fertilizantes e corretivos tem sido
bastante difundido, encontrando-se várias referencias na li-
teratura.
HEADY & DILLON ( 4 7 ) realizaram estudo detalhado sabre o
emprego de funções de produçáo na agricultura, focalizando
aspectos de ordem t e d r i c a , discussoes sobre seleçáo de fun -
ções, adequaçáo estatística, lógica e económica, modelos es-
tatísticos o delineamentos experimentais, entre outros. Tam-
b d m i n c l u í r a m a a n d . l i s e de resultados da a ç o de fertilizan-
tes em milho, alfafa e trevo vermelho, obtidos em
tos realizados em Iowa (USA). Neste trabalho utilizaram mode
los quadráticos, raiz quadrada, poténc ia 3/2 e Cobb-Douglas.
Baseado nos comentários de HEADY e DILLON (47) verifica
se que a principal Iimitaçáo da equaçáo de Spillmam-Mitsche
lich d não ter produto físico marginal negativo, o que pode
ocorrer quando os fertilizantes ou corretivos sio usados em
excesso. 0 uso da Cobb-Douglas é limitado por não definir um
ponto de máxima produçáo. Os modelos polinomiais raiz qua -
drada, potncia 3/2 e quadrático apresentam normalmente, al-
gumas vantagens sobre os dois anteriores, na análise de res-
postas de fertilizantes. Estes modelos apresentam um ponto
de produçáo máxima, elasticidades diferentes para pontos dis
58
tintos do curva dr. respostas e possibilidades de obter algu.•
ma produçáo mesmo quando o fator está em nível zero.Meste ca
so o modele quadrático adaptei-te mentor,. Iota 4, quando o
lo j& oontdrn urna certa quantidade de nutrientes, sendo capaz
de produzir sem o uso dos fatores. 0 modelo raiz quadrada 4
mais apropriada ao estudo de tunçao de produçao, relaciona•
da com fertilizantes quando se inclui tanto os nutrientes do
solo como os aplicados. 0 modelo poténcia 3/2 possui caraote
ríesticas intermediárias ao quadrático e ao raiz quadrada,
OLIVEIiA (85) realizou a análise de um grande m e r o de
experimentos com nitrogénio e fósforo em trigo, executados em
vários grupos de solos entre 1959 e 1968 no Alentejo (Per
tugal). Empregou neste estudo os modeles quadrático e raiz
quadrada, observando em geral um bom ajustamento destes mode
los aos dedos observados.
LÃ NZJ 1i (65) efetuou a análise ocon »mica de um grupo de
experimentos de trigo, conduzidos em solos do Planalto M4die e
do Alto Uruguai no Rio Grande do Sul, com nitrogénio, fdsf& ro,
potássio e correção da acidez. Considerou, no andlise,os níveis
iniciais da fertilidade dos solos no desdobramento dos fatores
estudados. Ajustou os dados obtidos, par anÁlise de regrese o,
aos modelos eetatfstiaos Cebb.Douglas,quadr&tico, poténcia 3/- e
raiz quadrada, selecionando ao final um subemodr r
lo quadrático para equaçéso de estudo.Com base na equação seleoi$
nada maximizou o lucro por hectare e deter minou a quantidade dtL
59
ma de insumos a empregar. Estimou os efeitos dc variaçóes
nas relaçóes de preço insumos-produtos, o b s e r v a n d o q u e d i m : l -
nuiçc:s nos )'aos dos fatoras conduziam .empe_ á clevaçaodo ._,su. ní ... ? do caps
AUi':::;, citado por LANZEit (65), analisou alguns experi -
msntos cam soja c tl ibo no aio Grande do ul. Numa análise e
con& ica a t.rav6s de orçamentos parciais 1 ai ta pa ,a a cultura
da soja, cc:::n.aou o uso de calcário, mas n`=c~ o da fo : tili-
zantcs, para o caso estudado c aos preços utilizados. No ca-so
do taiga, realizou urna análise económica sumAsAa, utili -
zando as de um ensaio tipo composto cent:_l corn dois ni
veie calla .'c.<., at:-I.vés d o uso da fun,n.o d e p r o d u ç ã o do m o -
delo quad:4tico.
aanual de <,dubaçâo da. ANDA ('f) sac) citas consi
açci•:s : .aspcito do uso de funçaas de produç o na análise
económica dc emprago de fertilizantes. . rs. ama obaa apresen-como oasmplo ilustrativo, o uso das equa;Zcs quadrática e
de Mitsciiez lich na análise dc experimentos fatoriais de mi
lho, situando as desvantagens dcz uma a de outi a. Comenta a
influencia du rcla_çáo de preços nutriantc-produto, dc monatran
do quo quant. mais alta essa rolação, menor ' a dose dc nu
tr.icnte •iconselli vel. Situa que este _Cato e. p.iica, om grande
parte por_ que na. i uropa convd►c adubar muito mais do cfue no
Brasil, visto que neste pais os produtos agrícolas sao mais
baratos e os adubos mais caros do quo naquele continente.
60
LESSINGER (66) rea l izou a análise econômica do efeito
residual de fósforo e do calcário em pastagem e trigo, num
experimento localizado no solo Vacaria. Utilizou variações do
modelo quadrático e potência 3/2, a fim de conseguir uma
equagão adequada para a máxim:zaçáo física e económica das
doses de calcário e de fósforo. Selecionou alguns sub-mode-
loa, todos de equação quadrática, para equações de estudo.Ob
seroou que, para atingir 3 condiçáo de máxima eficiôncia oca
nômica, englobando as produçóes de pastagem de 1966 e 1967,e
de trôs safras de trigo (1968 a 1970, seria necessária a apli
caçao de a,05 t/ha de calcário, no experimento e aos preços
de insumo e produto de maio/junho de 1969.
Ainda CONAGIN & SILVA, citados por LESSINGE;t (66), uti-
lizaram funçóos de produção para an&lises econômicas de fere
tilizantes, selecionando, ao final, equagoes de modelo qua-drático, como as que melhor definiram a superfície de reepors
tas das culturas à adubagão.
3. MATERIAL E MITODOS
0 presente estudo constou de um experimento com várias doses
do calcário, conduzido a campo em dois solos localiza-dos no
município do Vacaria - RS.
O experimento teve inicio sm 1972, coa o primeiro plan tio de trigo, a esto sucedendo-se a soja, nos mesmos locais,
durante dois anos. Desse modo, tiveram-se duas safras de tri
go e duas de soja.
3.1. Características dos solos e sua localizaçáo
Para o presente estudo selecionaram-se deis solos, ten-do em vista seu elevado potencial de acidez e a importância que
apresentam para a sucessao cultural trigo.•soja. Dessa
forma, foram escolhidos dois locais, um em solo da unidade de
mapeamento Durox o o outro, da unidade de mapeamento Vac_ ria.
Ambos fora= levantados, descritos e mapeados a nível de
grande.•grupo ea trabalho da Diviso de Pedologia e Fertilida
de do Solo do $inist4rio da Agricultura (13).
Segundo esteem trabalho os solos da unidade de mapeamen-
to Vacaria ocorrem no Rio Grande do Sul nos municípios de V_
caria e Bain Jesus, ocupando a Area total de 4600 km2; são ar
gilosos, francamente ácidos, con eatura9ao de basso baixas,
61
62
apresentando teores elevados de alumínio trocável e de matd-
ria org4nica. Apresentam limitaçaio forte pela fertilidade na
tural, ligeira pela erosao, ligeira pela falta de ar e ligei
ra ao uso de implementos agrícolas, ocupando relevo suavemea
te ondulado. Os autores classificaram•nos como latossolo bru
no distrófico, segundo o sistema usado pela Divisao de Pedo-
logia e Fertilidade do Solo do Ministdrio da Agricultura.
Segundo JCRMPF (57), o solo Vacaria 4 originado de mate-
rial basáltico, apresentando perfil profundo, bem desenvolvi
do e com boas características f í s i cas . Pode ser enquadrado no
grande grupo Haplohumox, segundo o sistema compreensivo
mericano - 7s aproximação (25) e encontra-se entre os estágios 9 (
clorita aluminosa) e 10 (material amorfo-•caulinita) , segundo
a classificação proposta por JACKSON (51).
Os solos da unidade de mapeamento Durox ocorrem no Rio
Grande do Sul nos municípios de Vacaria e Lagoa Vermelha,peL
fazendo o total de 2300 k m 2; sao ácidos e c a m saturaçao de bases
baixas, apresentando teores elevados de matdria o r g a n : ca e de
alumínio trocável. Os solos Durox apresentam as seguintes
limitaçõoss forte pela fertilidade natural, moderado pela
erosao, nula pela falta dlágua, nula pela fa l ta de ar e moderada ao
uso de implementos agrícolas, ocupando relevo e n tre ondulado e
forte ondulado. Sao originários de basalto e diferenciam-se dos solos
Vacaria par serem avermelhados e mais profundos. A altitude das
áreas onde ocorre esta unida-
6 3
do varia entram 720 a 940 melros. Classificam-se como solos
do grande-grupo latossolo hdmico distrófico, segundo o siste
ma usado pela Divisáo de Pesquisas Pedológioas do Ministério
da Agricultura. Segundo o sistema compreensivo Americano -70
aproximaçáo (25), KAMPF ( 5 7 ) enquadrou-o como Haploorthox.
As principais características da camada arável (0-20 cm)
dos solos nos locais de experimentaçao encontram-se na Tabela
1.
Tabela 1. Características principals da camad arável dos solos nos campos de experiaentaçs `~
Característicasdos
Solos
Solos Durox VaCaria
Textura ao tato argila arg i l aCobertura Vegetal cultivado campo nativo
pH em água ( l t l ) lj 4.7 4,6N.C. (t/ha)2 pli-6,0 8,1 10,6
pH-6,5 10,4 15,0Ca + Mg (me/IOOg)J/ 4,4 3,9Al+3 (me/100g)W 1,4 2,1H + Al (me/l00g)-/ 9,54 11,55Potássio- 124 100Fósforo J 3,7 4,7Matéria Crgánica ' 4,38 4,67
A/ - Análises químicas realizadas on amostras coletadas antes da aplicaçao dos tratamentos. Os resultados sáo addias de 2 amostras compostas de 20 sub-amostras.
12/ - Métodos descritos por A R I ( 1 1 2 ) .2/ - Necessidade decolvário em t/ha,aegundo o metodo SMP moll
ficado por KUSSOW para elevar o pH a 6,0 e 6,5,deserito por MIELNICZUCK et alii (75).
- Mótodo colorimdtrico por combustão úmida. do dicromato depotássio, descrito por MIELNICZUCK et alii (75).
64
0 ensaio localizado no solo Durox situou-se a 37 da
cidade de Vacaria, próximo á estrada que liga Vacaria à Vila
Ituim. 0 outro, situado no solo Vacaria, foi localiaado a 500
metros da rodovia D11-116 e a 6 i:m da cidade de Vacaria, na
direção de Lages, Santa Catarina.
D.2. Delineamento experimental e tratamentos
O experimento constou de nove níveis de calcário, com
delineamento em blocos casualizados com quatro lopetições. A
área total de cada parcela foi de 24 m2 (6m x 4m) e a área d
.til de 6m2 (3m x 2m).
Foram utilizados os seguintes níveis do calcário:
Co = 0, Cl = 2,5, C2
= 5,0, C3 = 7,5, C4 = 10,0, C5 _. 12,5, C6 =
15,0, C7 = 17,5 e C8 =_ 2C,0 t/ha de calcário dol.orítico com H
NT* corrigido para 100;., calculado de acordo com VOLkmWLIE:S
.-á LUDWIC1. (119). 0 calcário utilizado apresentava
originalmente PiNT de 80rL e foi aplicado na quinzena de maio
de 1972, dois meses antes do plantio da primeira cultura (
trigo). A técnica usada foi da aplicação a lanço o incor
poração com arado de discos de metade da dose, scg.uida da
aplicação metade restante, incorporada corn grade de dis-
cos. C calcário não foi reaplicado nos cultivos subseqüentes.
* PANT - Poder relativo de neutralização total.
f
65
3.3. Técnicas Culturais
As técnicas culturais foram executadas de forma semelha
te em todos os campos experimentais.
O preparo do solo nas áreas experimentais consistiu de
a 3;o con a . ado do discos e duas discagens cm ;;antido cruza
do. 0 trabalho foi efetuado antes da semeado dr cada cultu aa.
Tambón antas da semeadura de cada cultura foi aplicada a
d u b a o ~s sica., contendo N, P e distribuída por parcela
em dose i nLca para todos os locais. As dosagens destes nuti-
.ientes estavam do acordo coin as recomendações dos laboratá
rios oficiais do análise de solos do trio Grande do du1 e de
Santa Catarina, dependentes da análise do solo e da cultura
(1'7).produto final colhido em cada local foi ts ilhado em
triiltadci.ra estacionária, própria para parcelas cxporimentaie
e, após t.. ilha, os grãos foram pesados e o peso final car..
rizido pa!'a 12 de umidade no trigo o 1!4 na so
Nos dois loca is , a área experimental foi cultivada quatro
vezes, entra julho de 1972 e maio de 1974 , com as culturas
n o t a sege cicia: t r i go - soja - t r i go - so ja .
3 .7 3 .1 . Cultura do trigo
0 plant io da primeira safra de trigo (172/73) ocorreu
66na i" quinzena de julho de 1972. No plantio foi feita a apli
cação de adubos a lanço, em toda a área experimental, conten do
o equivalente a 20 kg/ha de N (Urdia), 160 k /ha de P205 (
Superfosfato triplo) e 4o kg/ha de K20 (Cloreto de potássio).
Aproximadamente 40 dias após o plantio foram aplicados
+;? :g/ha de N (Urdia) em cobertura.
.'. cultivar de trigo usada cm 1972 foi a 1'7-52, semeada
na densidade de 300 sementes por :n2. A semeadura foi feita a
máo, cm sulcos distanciados de 0,20m entre si.
Durante o ciclo vegetativo foi feito o cant olc de pra-
aee, capecialmonto ia lagarta do trigo (Çirphis unipuncta), da
lagarta do colho (Diatraea :3accharalis )o de pulcóes (Schi-
zaphis árraminum o Metopolophium dirhodum), com inseticidas
recomendados pelo Se;çao de ^..ntomologia do IPiT ', Pelotas-RS.
A cond.içoes d e clima n a primavera do 1^72, coei tempera tura
umid^c?c <lativ i elevadas, favo oco ac: a oco rcncia
de doenças ftingica.s nos trigais do Pio Grande do ^ul. Nesta
safra, a f ruges cia folha (Puccínia recond:_to) com maior
inteneid.'c, ti p toriosc (eptoria nodor•um), conta:ibuiram
pe r•a reduçáo da. produtividade nos dois locais c'c c;cperimenn
tagae.
A colheita do trigo ocorreu no início Co e aaabro, apro
ximadamente unia semana após atingir o ponto dc rnatur. aç o fi-
siol6gica. Calhcr•am-se 10 fileiras centrais, dei tando como
bordadura 5 fileiras de cada lado e 1,5m nas cabedei.•a s , ten
67
do 6a2 (3m x 2m) de área dtil colhida.
0 segundo plantio de trigo (safra 1973/74) foi feito na
primeira quinzena de julho de 1973, em segdencia A. cultura de
soja realizada entre dezembro de 1972 e maio de 1973, nos mesmos
locais. Nesta safra foram utilizadas a cultivar IAS-59 e a
seguinte adubação: 20 kg/ha de N (Uréia), 100 kg/ha de P205 (
Superfosfato triplo) e 30 kg/ha de K20 (Cloreto de Potássio). Em
cobertura foram aplicados 40 kg/ha de N (Uréia),
aproximadamente 40 dias após o plantio. As demais práticas
foram iguais as do ano anterior.
As condições climáticas de 1973 foram bem mais favorá -
veis à cultura do trigo, do que as do ano anterior. Entretan
to, o ensaio situado no solo Vacaria sofreu danos - maiores
devidos à lagarta do colmo (Diatraea saccharalis) e menores
devidos à Septoriose (Septoria nodorum) e ao ataque de pássa
ros.
Nos dois locais foi observado o ataque de ferrugem da
folha, mas, pela sintomatologia, de pequena intensidade.
3.3.2. Cultura da soja
0 primeiro plantio de soja (safra 1972/73) foi efetuado
um mês após a colheita do trigo, no inicio de janeiro de
1973, devido às más condiçóes de umidade para o plantio em
dezembro. A adubação básica constou do equivalente a 8 kg/ha
68
de N (Uréia), 100 kg/ha de P205 (Superfosfato triplo) o 30
kg/ha de K20 (Cloreto de Potássio).
A cultivar de soja empregada foi a Dz ag¿ , s amuada na
densidade de 30 sementes por metro linear. As sementes foram
inoculadas corn :inoculante constituído por estirpes eficien-
tas t , ~ C.iaa 1t}i.; ,;naOn C U n , pi oveIliaat`'.ec, s.., .~` cro -
Vioiai Á a _ lc la da aecl e tal ia da icu_i LL
Ii sosiadu a foi feita : mão, am.a sulcos di: sciad.os de
0,5 L, on s e si.
Aproximadamente 15 dias após a errre LËncis dae plantas
ioi oietuads o dvsbaste da )opuia go, dcisandoao na fileira 20
plantas pox. metro linear.
au aata o cio vegetativo não foram lice s a i ias capi -
nas, mas fez-se o controle imediato de pra ,as cam inseticida
i ecomendados rola Seção de tntolnolodia cio
aspecto vo eta.tivo das plantas api osentava oos Banida
do gerai ató o fim do ciclo.
A col i.eita Lassa safes ocorreu em meados d_ inalo nos
dois locais. Colheram-se 4 fileiras centrais co-Arespondendo a
Gm (3m x 2m) de área útil, deixando como Sox dadu a, em c~
da parcela, fileiras de cada lado o 1s5Cm nas cabeceiras.
v segundo plantio de soja (safra 1 r3/7') 01 efetuado
na ps imei a quinzena de dezembro de 1 9 7 3 , lo c > após a colhei
ta de t.: ido, nos mesmos locais.
As práticas culturais utilizadas foram semelhantes ás
6 9do primeiro ano, incluindo adubação, variedade o condução dos
experimentos. Os aspectos sanitário e geral foram bons duras te
todo o ciclo vegetativo.
A colheita da soja foi feita em maio de 1974, no ponto de
maturação fisiológica, nas mesmas condições do ano ante-
rior.
3 . 4 . Análises de solo
Antes da instalação do experimento fo .:_ a!: col troas duas
amostdas dE solo, compostas do 20 sub-a: os , de cada 4--rea
experimental. _lpds a colheita de cada cultura. foram cole
tapas :1 -o . ~_ ds coa,,ostas de sois sub-amosta c. ,aL o da á-
rca útil de cada parcela, em todos os locais. A profundidade
de amostragem foi sempre do 0 - 20cm.
foram e o Cuadas as seguintes de terminações cuimicas nas.
tas amostras, cuja execução esteve a cargo do laLoratdrio de
analise de solos do IPLAS - -'elotas: p11 ern á ua (1:1), fdsfo ro
disponível o potássio disponível (mdtodo Ca:'olina do Nor-te),
teor de matdria orgânica (mdtodo calorim trico por com bustao
úmida de dicrornato de potássio) e necessidade de calei rio
pelo mdtodo 1F(modificado)para pH 6,0 e 6,5 , conforme os mdtodos
descritos por MIELNICZUCE et alii (73).
As determ=inações de alumínio trocável (A1+3), de Ca+Mg
trocáveis e de acidez trocável (H + Al) foram feitas confor-
70
me os mdtodos descritos por VLTTO'lI (112),
partir dos teores de cátions trocáveis determinados (
Al, Ca Mg e K), estabeleceu-se a percentagem de saturação de
alumínio, ern relaçáo A capacidade de troca de cátions (CTC)
"efetiva/ (21), de acordo com a seguinte fórmulas
Sat. Al = 100 (\.1)/U (Ca Mg) + K
Esta fórmula ó semelhante à proposta par COLEMAN et
alii (20), com a Cínica diferença de que estes autores nio u-
tilizara, os teores de K por os considerarem relativamente
insignificantes.
3.5. Avaliaçáo dos resultados
Os resultados do experimento foram avaliados segundo os
aspectos de ordem agronómica e de ordem econômica.
3.5.1. Aspectos agronômicos
Neste particular, procedeu-se ao estabelecimento de re-laçóes entre as modificaçóee ocorridas com algumas caracte-
rfsticas químicas do solo, tais coma pH, teor de alumínio
trocável e percentagem de saturação de alumínio trocável e
níveis de calcário aplicados, através da análise de regres-
sae.
71
Foi efetuada a análise da variância dos dados de rendie
mentos de graos, em cada safra, seguida da análise de.regres
sat).
,A análise estatística dos resultados experimentais foi
realizada corn auxilio do computador IBM 1130, atravds de um
programa de regresso lineal múltipla disponível no Centro
de estudos e esquisas Lconamicas (CLP:_). ste programa rc~ali
za análise de regresso pelo mdtodo dos mínimos quadrados,co
nhecide pox mttodo “ GD. Para maiores detalhes ver trabalho
de BOI,KON L3L:!'- (12). 3.5.20
Aspectos econômicos
A parte da Teoria das Fungaes de Produgao, que 4 básica
para o desenvolvimento da análise econômica envolvida neste
trabalho, está bom caracterizada, de modo dissertatúrio, gr&
fico e analítico, nos trabalhos de 11.e\DY 4_11i-L0N (47)0LANZEh
Iimitawemoa a caracterizar o que consideramos maxima efieiên
cia teenica ( K T ) e máxima eficiência econamoca (MEL), pare
tindo doe conceitos omitidos por aqueles autoles e consideran
do apenas o caso de um fator variável (caiedlio aplicado),co
rno ocorre no presente estudo.
ssim, consideramos a máxima eficiência técnica apenas
quando o produto físico total (Pl-r) for máximo; isto ocorre
72
ni ponto em que o produto físico marginal (PFMg) é nulo. O
PFMg pode ser definido como a derivada primeira do PFT em r e _
laçao ao fator variável.
A máxima efioiincia económica, ou lucro máxima, ocorre
no ponto em que o produto fálico marginal 4 igual ao quocien
te entre o preço do fator e do produto, em condigóes de con-
correncia perfeita nos mercados de fator e produto.
Matematioamente, o ponto de máxima efioiancia econômica
será atingido quando a derivada primeira da função lucro f o r
igual a zero (condição necessária) e a derivada segunda assa
mir valor negativo (condição suficiente). Dessa maneira sa-
bendowse que L RT - C T onde L - lucro, RT - receita total
(-Y.Py) e C T - custo total (- X1.Px1 + custo fixo), a deriva
dL dRT dCT dL dY
da ; ; Primeira será c u---r- d d X o u m.- - ~-- . P y Px .
1 1 1 1 1 y 1Nas igualdades acima (RT e C T ) , Y representa o rendimeá
to físico total, Py o prego unitário de Y, X1 a quantidade do
fator empregado, Px1 o prego unitário deste e o custo fi• xo (
CF) representa o custo dos fatores fixos.
Na oondigao necessária para a MEE (dL/dX1:O), teremos d
PFMgX1 - Pxl
P y
Sendo PFMgX1.Py - VPMgXl (- valor da produgao marginal)
tem-se que VPMgX1 - Px , isto í, a efici®ncia económica sé é 1
73
atingida quando o valor da produgáo marginal do !ater 4 i•. gu
st ao pros,* do rater. Ea outras palavras, valorai a pana ia vestir ant um fator ato e poeto am quo a última unidade mono.
tama empregada no mono, preporoiomo nua retorne do massa van
lor. Grafioamaeate, este ponto correspondo at igualdado das
iaoliaagó•s das curvas de rocoita total (RT) s da susto to-tal
(CT) e e lucre (L) antis 4 máximo.
No pro seats trabalho, a tu*çáo do produgao quo mother
so ajustou nas dados •zpsrimontais foi transtornada em tuaç de
lucro, para cada cultura er Dada solo. A partir desta fu silo
foram calculados a dos* do calcário, o r•ndiwe*to e o
lucre esperado ma oondigio de m xima •fioilnsia •caagatiaa,pi
ra cada cultura imedividualuaate e, d• forma global, para o
sistema de ms»ojo •xperiaeatado (suo•saao trigo•aaja).
Na estimativa do lucro temaran- se por base es pregos do
marcado para fatore produto, coasid•raado•s• as inf'ormagóos
da 7 ECOTHIGO (Z8) pars o custo fi:*, •:cato adubos, pars as safras
do trigo • soja 1973/74; dai ¡PEAS (49) para e custo
do adubos eea maio de 1973 e da Cooperativa Triticola Mista
aio Vacaria para s prego do calcário. 0 prego do trigo foi o mínimo
estabelecido pelo governo para a venda da safra 1973/ 74, isto
4, do 0 45,00 pr saca do 60 kg (Peso do hectolitro a 78) ou t 0,
75/kg (Pt). 0 prego da soja foi o mínimo •stab& tecido pelo
governo para a safra 1974/750 iate 6, do d 60,00 por saca de 60
kg, ou de 0 1,00/kg (Ps), considorandoftao que
74
foi inferior ao prego m4dio do mercado da safra 1973/74, soe suado
as informaçaes d• algumas empresas .(OLVEBRA • COStULAGRI, •m
Pelotas, e COOPERVAL, •a Vacaria).
A partir de Anforaagaes contidas em relatdrios da FE•
COTRIGO (28) e do IPEAB (49) estimou-se o custo fixo de • 869,
50/ba para o trigo (CFt) • de 8 874,63/ba para a soja
(CFs). 0 preço do calcário, consid•rando•se a corregao do
PRNT para 100,, foi estimado ea 8 150,00 a tonelada, coloca-da
nua raio de 30 km d• distancia da cidade de Vacaria, maio de
19730 acrescido de 8 31,50/t decorrente de juros (7% ano),
supondo.s• o financiamento pagável ea parcelas anuais •
iguais, durante 5 anos. 0 prego de utilisagao da tonelada d•
calafrio foi considerado por safra e tondo em conta um. e..
feito residual, equitativo para trigo e soja, durante cinco
anos, de acordo coa a recoa•ndaçao dos laboratórios oficiais de
anílise d• solos•&* e SC (tabela) e os resultados d• pee•
quis*. anteriores (87, 90, 110), Dessa forma, o prego unitj
rio do calefrio para fins de cálculo 4 de 8 18,15/t/safra (Px).
Na análise económica global, inerente ao sistema do ma-
nojo experimentado, levou-se on conta a variaçaio nas relagóes
de prego fator-produto, considerando que o nível dtiao do
emprego do fator (calcário) depende desta relagéo (4, 47,65, 66,
83).
75305,2.1, Modelos matemiiticos utilizados para a seleçao da
•quaçao de estudo
Aos resultados experimentais, nos diferentes locais e
safras, foram ajustadas várias equagó•s mmatematicas utilizOA
do••e dois modelosa raiz quadrada • quadratic*. Outros mode.►
los que poderiam ser usados nesta pesquisa foram descartados "
a priori", tendo •a vista os commentaries do READY & DILLON
(47) o os resultados do pesquisas anteriores (65, 66, 83).
As caractoristioas b&sicas dos modelos empregados sao
descritas a seguir;
1. Modelo Quadrático • 0 modelo quadrático coso fungáe
d• uma varidvel, pode ser representado pela seguinte aqua .
gio algdbrioas
t * a + blxl + b2x21
Sendo j a produção estimada pelo uso do fator zl, a 4 uma constante do modelo e bl e b2 as estimativas dos coafioien •• tea de regressao.
2. Modelo Raiz Quadrada - 0 modelo reis quadrada, a um
fator variável, pode ser representado pela seguinte expresso
algdbrioaa
t = a + b1 Y=i + b2x1
Sonde a produção estimada polo emprego do fator x1,ad a
estimativa do parametro linear e bl e b2 as estimativas dos
76
coaficiintcs dc regressito.
3.5.2.2. Critérios de selegao do modulo matemdtico da aqua -
eao de estudo
A selegao do modelo matemático para a análise económica
objetivada obedeceu a dois critérios básicos, o p imeiro de-
nominado "critério Idgico" e, o segundo, bastado nos resulta
dos bt tfatieos.
"critdrio ldgico" consistiu em se comparar os níveis
de caLcário na condigao de augxima eficiancia económica obti-
dos direcamente dos resultados observados (estimativa orça •.
mentdria), para cada local e safra, cow os níveis de MM. cor r
espondentos, estimados através das funç&s produgao ajul
talas, segundo os dois modelos matemáticos utilizados.
aidm do "critdrio idgico", acima mencionado, também se
considerou o grau de ajustamento dos modelos utilizados atra
vds du critérios estatísticos, via de regra tidos como dos
mais eficientes na selegao de equagOes, em estudos desta na-
tua eza. Dessa forma, comparou-se o grau de ajustamento dos
dois modelos através das estimativas dos coeficientes de de.
terminagao múltipla (1,2) e do grau do significancia dos coo..
ficientes dc regress;o em conjunto (Fateste) e individualmen
(t-teste). 0 nível máximo de signixicancia estatística u-
tilizado no t-teste para a rejeição da hipdtese de nulidade
77
foi de 20;x, ( `'. = 0 , 2 0 ) , de acordo com pesquisa anterior (65).
0 ) modelo matemático que, de modo geral, apresentou con-
diçóes de maximizaçáo de lucro mais prdximas da "estimativa
orçamentária" e um grau de ajustamento satisfatório, diante
d o s critérios estatfticts, foi entáo selecionado para servir
de base P t intcrpretaçao definitiva dos resultados experimen-
tais, sob os aspectos agronômicos e econômicos.
Variáveis utilizadas
Na análise de funçao dc produçáo, foram utilizadas es-tas
variáveis: rendimento de trigo e soja cm kg/ha, como variável
dependente e calcário aplicado em t/ha. (com PRNTsl00%), como
variável independente. Dessa forma as variáveis que apa recem
nas equaçóes ajustadas sáo:
Yt = produçáo obtida de trigo (kg/ha) Y
s = produção obtida d e soja (kg/ha) X
= Ca = Calcário aplicado (t/ha)
Outros fatores que tem influência numa funçao de produ-
çno, seja para o trigo ou a :,o ja, náo foras medidos ou foram
considerados constantes durante todo o iodo experimental,
(s Fato:: es considerados constantes foz~ams t e r ra , capital e
trabalho, sugerindo que durante o período se utilizaram quan
tidades iguais destes fatores para cada parcela.
78
Outras variáveis influentes e consideradas constantes para
cada cultura foram: densidade do semeadura, qualidade e grau de
pureza das sementes, modo de aplieaçáo e quantidade de adubo,
distribuiçáo e profundidade das sementes, fertilizantes
aplicados, sanidade, disponibilidade hídrica, necessl dados de
insolaç.o e outras variáveis climáticas (ocorréncia de geadas,
granizo, etc.). A influência do prepa :'o anterior do solo e de
culturas anteriores, devido á dificuldades de mediçáo de seus
efeitos, também foram considerados constantes nesta pesquisa.
4. RESULTADOS L DISCt SXO
4.1. Efeito da calagem sobre o pH, o alumínio troedvel e a
percentagem de saturaçrgo con alnminio treedvel dos so-los
Os rosvltados da ação da calagem, nos dois to los , sobre o pH,
o alumfnio trocável e a srituraçáo de alumínio trood vel em
relaçáo A. CTC efetiva, obtidos nas quatro diferentes épocas de
amostragem, que coincidiram com a colheitrs de cada cultura, sáo
apresentados na Tabela 1 do Ap&ndiee. Devido & pouca va iaçúo
ve r i f i cada entra os valores observadas nas di ferentes
amostragens para qualquer das caractcrfesticas aoiMa re f e r idas ,
num mesmo tratamento, consideraram-sc, para siei•.
to de discussso, as mddias destes valores nns quatro amostra
Bens. estes dados mddios, para os dois solos, s^:o apresenta••
dos na Tabela . Na Tabela 2 do Apéndico encontramaae as e»qua óes matem t i c a l ajustadas, que expressam o relaeionamoma to
antre as varidvois em estudo. A representaç. so gr ifica deis tas
equaçóes encontra-se nas Figuras 1 , 2 o .
4.1.1. pH
calagem elevou o p1! de ambos os solos, do forma ores-
canto cosi as do€sos do calcário atd 20 t/ha. X modida em que
79
80
aumentaram as doses de calcário, os incrementos nos valores
de pH foram menos acentuados nos do i s s o l o s , apesar de mais
evidente no solo Durox do que no solo Vacaria (Figuras 1 e
2). _stes resultados estao de acordo com os resultados obti-
dos por outros pesquisadores (8, 11, 90, 93, 103, 118) em
solos do ïio Grande do Sul e Santa Catarina.
PONS (91) observou, estudando o efeito residual de 3 a-
nos de calcário em solo Vacaria, que aos tratamentos 0, 10,
20, 30 e 40 t/ha de calcário, corresponderam valores de pH
iguais a 4,75, 5,75, 6,40, 6,80 e 7,15, sugerindo que nas do
ses mais elevadas quantidades crescentes do calcário prova-
velmente permaneceram no solo sem reagir. Segundo MOSCHLLR et
al ia , citados por PONS (91), tal comportamento pode ser
atribuído às características temponizantes do solo e à inca-
pacidade de colocar a totalidade das partículas, nas doses
elevadas de calcário, em contato com o solo, como ocorre
com quantidades pequenas. A medida em que a soluçáo do so
lo ao redor das partículas de calcário aproxima-se da
neutralidade (pH 7,0), a dissolução desta diminui. Dessa for
ma, quanto menor a dose, menor a possibilidade de sobreposi-
çáo das zonas de neutralização das partículas e, portanto,de
redução do índice de reação das mesmas.
No solo Durox, a equação quadrática, apesar de mostrar
bom ajustamento entre pH e calcário, levando-se em conta o
valor do coeficiente de determinação (K = 0,63)* e a
*= coeficiente (índice de determinação múltipla ajustado
81
Tabela 2. ::feito do Calcário sobra o pH, A.l tz~ocávol, Ca +Mg troc&vsl e saturaçio do alumínio trocável dosoxissolos Durox e Vaca r i a . Médias de 16 observa -çí s (4 amostragens oca 4 repetiç?os cada um)
Tratamento
Caln t / h a (111 ) me/100g m : / lOC# ; ( .7; )
SOLO DU OAçJ- 1,54 4,3 24,42,5 5,4 0,52 7,3 6,85,0 5,4 0,18 8,1 2,2
7,5 5,7 0,06 9,0 0,910,0 5, 0,01 10,6 0 ,112,5 6,© 0,04 1c, ;" o,4
15,0 6,1 11,1 0,2
17,5 6,2 0,00 12,4 9,020,o 6,á 0,00
SOLO VACARIA
12,6 0,0
0 4,7 2,41 4,1 37,22 ,5 4,9 1,12 5,9 16,15,0 ~s1 0,53 7,1 7,17,5 5,4 0,27 13,6 2,8
10,0 5,6 0,10 9,4 1,1
12,5 5,b 0,09 10,1 0,91f,,o 5,4 0,04 lo,É' c3,417,5 6,2 0 , 01 11,6 0 , 220,0 6,7 0,01 12,7 0,2
A/ ?ercenta ura d e satua açáo d e alumiai* t r c v u l um s ulagac A f"^{' cfe. l.fvp 0'1/A1 + Ctc 4 ! g + r )e
significgncia do t-teste de todos os coeficientes de regres-
sáo (pt- 0,01), aparentemente náo reflete a realidade. Isto porque, derivando-se a equaçáo a fim de determinar o nível de
calcário correspondente ao valor máximo de pH esperado,de
terminou-se a dose de 19,1 t/ha de calcário como suficiente
para a obtençáo daquele valor, que se situou em torno de pH
6,16. Diante das doses aplicadas, os valores de pH estima-dos
esto de acordo com resultados de pesquisa anterior.
STAMMEL (104) obteve resultados semelhantes trabalhando em
vaso c o r n solo Durox ao aplicar a dose 1 SMP - pH 6,5 (8 t/ha).
Entretanto, verificou que o pH deste solo foi elevado para
aproximadamente 7,0, quando dobrou aquela dose de calcário.
Dessa forma, com doses de calcário superiores a 20 t/ha, sáo de
se esperar valores bem maiores de pH do que o máximo esti m a d e
(pH 6,16) neste estudo.
Ne solo Vacaria, o modelo quadrático ajustado (Tabela 2
do Apéndice) parece mais de acordo com a realidade, embora o
coeficiente do termo quadrático apresentasse significáncia
somente ao nível de probabilidade de 20% K t.= 0,20). Neste
caso, os valores de pH atingiram o máximo de 7,90 com a apli
caço do equivalente a 67,9 t/ha de calcário, de acordo com
cálculos efetuados derivando-se a equaçáo ajustada. Estima -
se, também, a partir desta equaçáo, que a aplicaçao de 40
t/ha de calcário redunda em pH próximo a 7,3, o que é muito
semelhante ao valor real (pH - 7,15) observado por PONS(91),
83nesta mesma unidade de mapeamento de s o l o .
0 campo de utilizaçao de equaçóes quadráticas para rela
cionar pH e doses de calcário (CaCO3 . MgCO3) restr inge -se ao
intervalo de X ( dose de calcário) entre 0 e a dose que
maximiza o pH, cujo valor estimado náo pode ser superior a 0,
3. Isto porque, em condições normais de pressão de CO2, o pH
de equilíbrio do CaCO3 está em torno de 8,3, sendo inviável
a obtenção de valores superiores a este e de pH decrescente
pela adição de calcário ao solo.
Comparando-se o pH do solo atingido com quantidade de
calcário indicadas pelo método SMP para elevar o pH dos so-
los a 6,0 e 6,5, respectivamente, 8,1 e 20,4 t/ha de calcá -
rio no solo Durox e 10,6 o 15,0 t/ha no solo Vacaria, nota -
se que em nenhum dos solos estes valores de pH foram atingi-
dos com as quantidades indicadas (Figuras 1 e 2). Os valores
de pH atingidos pela dose de calcário 1 5MP-pH 6,o ficaram
em torno de 5,7 no solo Durox e 5,6 no solo Vacaria e pela
dose i 8MP-pH 6,5 ao redor de 5,9 em ambos os solos, Isto vem
confirmar a observagáo de outras pesquisas realizadas em solos
do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, especialmente
oxissolos (11, 91, 92, 93, 99, 103, 104, 113, 118), de que
o método SMP modificado por K1JSSOV (75) subestima a necessi-
dade de calcário dos solos.
84
4.1.2. Alumínio e saturaçáo de alumínio
calagem ciminui os teores de alumínio trocável e, con
sequentemento, â saturaçáo de Al trocável cm ,Llação a CTC
efetiva nog dois solos, conforme se observa nm Tabela 4
nas 1c-u ae 1, e Y1. Cs modelos maten t] cu:, u eapl oss aii o
r'ela.cionnmon+o cutl *. alumínio t i O C á V C l o sa »7. ( l t J. tro
•
cável cor: cc.lcá io, apesar de mostrarem 'Lom ~ L s ,,.tinto da
curva atr ,vás dos respectivos coeficlento cie a t mt,inaçáo
(Tabela 2 do .,pndice), náo refletem : realiciaci~ , polo me-
nos em níveis do calcário acima de , t/ha no solo Durox e
acima de iC,5 t/ha no solo Vacaria, corlfo .,;c so visualiza
nas Figuras 1, 2 e Isto porque, acima dc ,tos níveis, as
respectivas oquaçoes estimam v lor'cs nos ativos A l troca
vel e oaturaçáo de Al trocável. Observaçao somoihan't:e foi
assinalada por DOï K E T (11) no oxissolo S a n o cndolo, ao re-
lacionar Ç}..i.umín .o trocável o calcário, atravc do nodelo qua
dr.ático, on ensaios de vasos e campo. Este aui;o:, verificou
t/ha em campo, a equaçao ostimava valores neF ativos para Al
trocável. 'or isso, para fins do discussão, achamos válido
considerar as equações ajustadas até os níveis dc calcário cm
que o Al trocável foi totalmente neuralizado.
r, declínio dos eores de Al rocável bom mais acentua
do nas r}enoros doses de calcário nos dois solos, verificando
85
6,5-
o o
o
6,o-
i1,5 0
o
i mo o
t o
1 , 0 ó r-+
o
o +
0---- pH L 0,54,51T
0 5,0 10,0 15,0 20,0
Calcário t/ha
Figura 1. Relacionamento estimado entre pH e Al trocávelcom calcário aplicado no oxissolo Durox (Equa-ções na Tabela-2 do Apêndice
5,5-
o
5 , 0 E
• N I
8 6
6 , 52 , 5
6 , o _
// Co /
/
/ o
/ ,
5 , 0 /
i
6 \'
4 , 5 • , 5
T o1 0 , 0 1 5 , 0 2 0 , 0
o - - - - - pH
_ _ _ Alumíni o
7
t,Do oH
o e
_ 0 , 5
-
o
. /
5 , 5
o 5 , 0
Calcário t/ha
Figura 2. Relacionamento estimado entre pH e Al trocávelcom calcário aplicado no oxissolo Vacaria ( E-quações na Tabela 2 do Apêndice
8 7
3 5 , 0 -
_ _ DUROX
VACARIA
i-1 5 , 0 2 0 , 0
Calcário t/ha
U' 1 (- 1i a '3. It<+ I t, I Odam4+n l.0 on I. I III I Io +ii ixn n+t t utaçao d1« Al cávol, em relaço á CTC efetiva, e
calcário aplica
do nos oxissolos Durox e Vacaria (Equações na Ta-
88
se nas parcelas sem calcário teores médios do Al trocável de 1i
54 me/100g de solo Durox e 2,41 me/100g de solo Vacaria,
representando uma saturação de 24,4/6 e 37 respectivamen-te. A medida que aumentaram os níveis de calcário, os ceores de
Al trocável foram diminuindo menos acentuadamente, sondo
totalmente neutralizados com a aplicaç7,o do „ J 'ha no solo
Durox o 10,5 t/ha no solo Vacaria, con as-me o valores esti-
mados pelas respectivas equaçOes matem Bicas ( . , a t e i a 2 do A-
pêndice) ,_ ep _ e sentadas nas figuras _ i e . o r ou tr'o lado no
solo Vacaria o declínio dos teores de t,ocávol, em função
da olevaeao das doses de calcário, ie acentuado do que
no solo Durex, provavelmente, por possuir um teor inicial born
mais elevado deste elemento. \,umas pesquisas realiza - das no
die Grande do Sul (o, 91, 113) e Canta Catarina ( 93 )a
presontararn resultados bastante semelhantes.
Observa-se que as curvas que mostram o eclacionamento
~. i FEntre .. „~ OCavel e calc~iì.':o (~~iguras 1 e 2) são .Trui ~o leme-
.lhantes às quE mostram o relacionamento entro saturaçao deAl trocável em relação à OTC efetiva e cale ri.o, para cada
solo. Isto deve-se á semelhança dos dois solos quanto as
características que afetam a saturaçao cos' alumínio e à seroe
lhança nas modificaçoes destas características pela aplica -ção de calcário, come e o caso da concentraçao dc Al trocá -
vel e de Ca + Mg trocáveis (Tabela "'. Per esta razão, nos
solos err estudo, indiferente discutir a ação da calagem em
89termos de Al trocável ou de saturação de Al trocável em rela
ção ~. CTC efetiva.
C o n f i r m a n d o o s resultados obtidos em virias p e s q u i s a s (3,
45, 87, 90, 118), observa-se una relação estreita e in-versa
entro os valores de pH e os teores do Al trocável nos dois
solo, ,Tabela 2 Figuras 1 e 2). No ta-s que peque -
nas modi j eo o e de p 1 1 correspondem alto a.Oõ J e
d-~ ricas nos
teores de cspocialricnte nas desce ice ~ . , i ~ . a c calcá -
r i o . A s s i m , p a r u n i s e l e v a ç ã o de a p r o x : i i c a d a c i c n t c , _ 3 e 0,2unidades de p corresponde uma ro d u o o o d e - 0 , 5 e 0 , 7
me/100g de solo de alumínio trocável, no O1O Turox e Vaca
ria, ro spec tivamente , quando so compare. oc v slo °e e e
s t i m a d o s
entre os nlveis 0 e 2,5 t/ha ! 1 u c ic : l . e oL er ç7to es
tá de acordo core os resultados COtidos eis outrL pesquisasreal izadas : r : i s o l o s do Grande o
conforme conclue3es de FOY1, cora base c, v r i o pesquisas
realizadas nos , . ta,dos Unidos da .Am rica.
Ilegundo os vaores obsorvadoo Tabela 2 , , vela Ica-se
que ocorre Al trocável ori pequenas quantidacce, mesmo com o
pH atindindo c,l no solo Durox, correspondendo aplicac,ão
de 15,0 t / h a d e c a l c á r i o , e 6,9 no solo Vaca la, coui a dose
máxima do calcí'eiio (20,0 t/ha). Polos tialo. {.' C; timad.
oS, o
Al troc-_vel c tota1_rivnte neutralizado ea torro do pH 5,8
no solo T)uroa e p 1 1 1 5,6 no s o l o V a c a r i a ( ai€uras. 1 E 2). Ustes
1 FOY, C.D. Comunicagão pessoal. 1974.
a,116)
90alumínio não está presente na forma trocável no complexo de
troca, estando precipitado na forma de hidróxidos. Alguns
pesquisadores tem encontrado teores reduzidos de Al trocável
em solos com valores de pH 5,75 (91), 5,8 (il, 100) e até
6,7 (8). possível que a presença de Al trocável cm pI1 su-
perior a ,5 seja devido ~. presença de alua mio complexado
com a matéria orgânica do solo, segundo LVAI' a.'T,:'T`..^TI (
27);
ou que grame parte do teor atribuído ao trc.^ávcl em pH
acima de ),5, seja devido ao hidrogênio tlocávei, que pode ser
extraído pela solução de ILC1-1N principalmente em solos com
alto teor de matéria orgânica, de acordo cos, YUAN(122).
Qualquer cias duas hipóteses apresentam certa validade no
presente estufo, pois ambos os solos apresentaiiiteor relati-
vamente elevado de matéria orgânica {Tabela
k.2. Seleção da equação de estudo
Aos resultados experimentais, nos dois solos o em cada
safra, foram ajustados dois modelos matemáticos básicos,raiz
quadrada (1r) e quadrático (.2), a fim de selecionar um des tes para a análise e discussão final dos resultados de rendi
mentos obtidos.
dos estatísticos obtidos corn os dois modelos, c com base nes
tes result os foram montadas as respectivas oçuaçóos de re-
1
gressZo constantes du Tabela 4 do .,p'n4ndico.
atravds das estimativas dos indices do dotarminag;o wdl
tiples (r2) apresentados pelos dois modelos, nos dois solos a para
cada safra, observa-se que o ajustamento estatístico de todas as equagoes parece satisfatório, maslao no solo Vacaria
(sa ra de trigo 73/74) onde valor do "2 ' a. . da ,38 ., orno nos dois aodelos (Tabela 3 do Apindico), iaax e, apenas
da varia gao xia. produgao podem ser atribuídoa concomitantes
va;iaq3as nos n1a-eis de calcdrio. Vai,ae, \I l l ) considera
qa ' um índice do detarminagao múltipla for a 0,50
elimina o interesse prático de urna pos(;uian nos moldes da p
rescntu. ntretanto, o baixo valor de " : ' oncontrado no ajustamento
das equag; 'es deve-se, am grand parte, ao fato
de qua fo.,.am utilizadas as obsorva;3es individualmente e
n;i 'o a wddia das 14 observag3es por tratarwnta.
Comparando-se os valores de 7-2 do nodolo raiz quadrada
coro au do modaio quadrdtico, erra cada safra no solo Durox, ob
sorva-se lave superioridade do primeiro s o b e o segundo nas tr;s
primeiras safras, ocorrendo o inverso na quarta safra,o que nos
parece insuficiente para preterir entre um e outro. ao solo Vacaria
Verifica-se bastante semaiaan3a entre os val o a s do nos dois
modeios„ para todas as safras (Tabela
3 d o pZndico).
.L:a)ficiento de detorminaçao mdltipla ajustado.
0 testo F global levou à rejeição da hip6tese nuli-
dades para os coeficientes de regressao uru conjunto, corn um
nível d u significancia de 0,01 ( P < 0 ,01 ) nos dois modelos para
os dois solos e todas as safras (Tabela 3 do %pandice). 'inda
neste 2aticular os dois modelos p:aticassente n o apra sentaw
difcrcrr;ss estatísticas entre si.
or outro 1cdo, comparando-se os dois iiodclos através da
significilncia dos coeficientes de IeG essao individualmca te,
observa-se ,suo, no modelo quadrático, os coeficientes de todos
os t smos das oito equa95es foram s,,:niricativamento
diferentes de zero aos níveis de s ign i f i canc ia d e 0 , 0 1
J, 0,5, corn ts:ceqao do cooficiento do terra() (;uadr&tico da oqua
çao correspondente à safra do soja 72/73, no solo Vacaria (Ta
bola ) do spndice). Neste caso, o couficiense mostrou-se
signifieativsmentu diferente de zero ao nfv,s significan-
cis de 0,20. No entanto, no modulo raiz tsadrada, os coofi
cientes ,Ios seJmos lineares e m t r e e equa .00s , relativas safras
drs soja 13/74 no solo Durox e ss:a de soja 72/
73 e s , I L;o 72/7) n o s o l o Vacaria, nao sao sicnificativamente
diiescnt s de zero ao máximo nível do significrincia cons i.deran
do 0 0,20,, (':'abola 3 do Apandice:.
eutsossiie, podemos afirmar que era todas as situaçacs‘salos u sa;as), o modelo quadrático apresenta-se biol6gica e
economicamente born ajustado, conforme se obscsva pelos si-
Tzoais das sstimativus dos coeficientes de secfossao na Tabela 3 do
,p3ndics, us sinais positivos nos coeficientes dos ter+ mos
lineares o os nsgstivos nos quadráticos, caiacterizam a
sxissOucia du sondimentos marginaib dsclssssntos, positivos
w
e nui,usivos, possibilitando a maximizagao das JAI:noes eundiiss econOmica respective., m e s m o náo acontece coup o mos
delo raiz quadsak.la nas equagoes em que os t;smos l i n e a r e s
n o sao significativamente diferentes de sta . o pois, nestes
.. .A A.
casos, nao 4 possível a maximizaçao tdcnlcs ties funqoes corw
rospondenses, umbers soja possfvul a ma.xi.mLza9ao econ&aioa.
Assisi sendo, diante dos critdrios estttfsticos utiliza•
dos, parece bastante evidente a superioridade do modelo qua-
drdsico, tendo vim vista quo um dos principals objetivos des..
dot c *t4rios estatísticos, u m o u t ' s q u o denomina-
mos `clisea.io A61so' ioi utilizado pai à a '.Iliarsnos na in.
dioa9ao de qus.A. dos modulo's, raiz quadrada ou ( - , u a c h qt t i c o ,
I l a m a : . . adsquado ao presente estudo.
,ste criteaio consistiu em se comwuar doses de vials
cório correspondente nos lucros mdximos ; obtidos nos
diforemtus solos e *arras, a partir dos resultados observados (
'estimativa osç-tment4ria") e dos resultados sstimados pelos
dois modelos matcm4ticos.
:,s estimt tivas das doses de calcdiio ust r reinadas: em caA..
94da situação encontram-se na Tabela . Conforme pode se ob-
servas, de um modo geral os níveis estimados polo modelo quE
cirático ostao bem mais próximos dos determinados pelos valo-
xss observados ("estimativa orçamentária.";, do que os estima
dos pilo modelo raiz quadrada. Com base nos critérios expos-
tos, o modelo quadrático foi selecionado c :Larira de base para a discussão e analise dos resultados, .,...:. mais referências
ao mod.slo raiz quadrada. escolha . st,. modelo esta dc
aco^do tambRm cor pesquisas anteriores do , . t i é (65;...... e
L:_. INC... F ( > 6 ) e CCN.1GIìi,
S I L V , GOSs e LT , citados por
L I : (66), cujas equações solccionadas .:.o final, corno
as cju_ mclho_ definiram a superfície do resposta das cultu-
ras A. adubação, foram sempre do modelo quadrabico. Isto a im por. tantc, pois vc.o ao encontro da observa ão do LY
LiLLCN (1+7), cjuando concluem que a seloçzo dLvo basear-se em
resultados dc p,. s.1uisas anteriores.
4 . 3 . _.feito da cala bem sobre os rendimentos das culturas
Na Tabela 5 do apêndice encontram-se os rendimentos m6-
dias observados pura os diferentes solos, culturas e safras e
na tabela 6 do Ap3ndico as respectivas equações ajustadas. Cs
.undimontos relativos, estimados a partir das equações
constantes da Tabela 7 do ?apêndice, constava na Tabula 8
95
Tabela 3. ^onparaçáo entre níveis do calcário equivalentes á máxima eficiência econômica (MEL), determinados pe-la "estimativa orçament.áiria" e pelas equaçóes dosmodelos raiz quadrada e quadrático, ajustadas aos rendimentos das safras de tico e de soja, nos oxis solos Durox e Vacaria
Cultura rstimativas do M"_:" (t/La) de acordo como s odolo
Solo
afra "Orçamentário" Cuadrático=`/ 1uadrada=/
Durox Trigo-72/73 7,5 6,66 3,72'rigo-73/74 10,0 9,10 5,39
' -72/7? 1.0,0 11,97 9,42soja -73/74 12,5 12,61; 14,52
Vacaria wrigo-72/73 7,5 9,01 5,222 i go-73!74 7,5 11,?3 8,49soja -72/73 17,5 17,02 16,77Soja -73/74 17,5 12,67 12,26
Médias 11,25 11,2) 9,47
-,c;uações dos modelos quadrático e raiz quadrada na Tabela '4
do .r'pêndice
96A análise da variá.ncia dos resultados de rendimentos
mostrou haver diferenças altamente significativas entre tra-
tamentos. Os coeficientes de variaçao de um modo geral, refle
tem boa precisão experimental.
A grande diferença verificada entre as produçóes de tri
go nas 2 safras (Tabela 5 do Apéndice e Figuras 4 e 5 ) , espe
cialmente no solo Durox, foi decorrente das condiçges climá-
ticas menos favoráveis ao desenvolvimento da cultura na sa-
fra de 1972, quando o surto de doenças fúngicas atingiu dras
ticamente os trigais do Rio Grande do Sul em geral. No solo
Vacaria esta diferença é menor, devido á ocorréncia, também
em 1973, de elementos prejudiciais em toda a área experimen-
tal, quais sejam, a lagarta do colmo (Diatraea saccharalis)
no início da formaçao de grãos, e o ataque de pássaros e de
Septoriose (Septoria nodorum), estes com pouca intensidade, na
fase de formaçáo de grãos. Isto pode explicar em parte
porque se observa melhor relacionamento entre níveis de cal-
cário e rendimentos de trigo na safra de 1972 (V2 = 0,615)do
que na safra de 1973 (V2 = 0,384), no solo Vacaria.
Derivando-se as funçges de produçáo de cada safra de
trigo e soja (Tabela 6 do Apéndice) e igualando-se as equa-
çoes resultantes a zero, determinaram-se os níveis de calcá-
rio necessários A. obtençáo das produçóes máximas respectivas,
isto 4, os níveis equivalentes à máxima eficiéncia técnica (
MET). Estes níveis, substituídos nas respectivas funçges de
97
produ9ao possibilitaram estimar o rendimento máximo quo sae
apresentados na Tabela 4, juntamente com os rendimentos esta
mados nas parcelas sem calcário, em caga safra.
As respostas do trigo a calcário, no solo Durox, são
em geral maiores na safra de 1973 do que em 1972, conforme se
verifica pelos acréscimos de rendimentos à medida que se elevam
as doses de calcário (Tabela 5 do Apéndice e Figura 4 ) . No solo
Vacaria até a dose de 7,5 t/ha de calcário, os acrés cimos de
rendimentos sgo semelhantes nas duas safras, e a partir deste
nível inicia a superioridade das respostas a cal cório para a
safra de 1973/74 (Tabela 5 do !`,péndice e Figura 5 ) .
As produçóes máximas estimadas no solo Durox foram de
1347 e 2321 kg/ha de gráos, correspondentes às doses de 11,1 e
12,4 t/ha de calcário, redundando em acréscimo de rendimen tos
em relação ao tratamento sem calcário em torno de 336 e 566
kg/ha de gráos, respectivamente, para as safras de trigo de
1972/73 e 1973/74. No solo Vacaria, as produçées máximas
estimadas para as safras de 1972/73 e 1973/74 foram em torno
de 1256 e 1460 kg/ha correspondentes às doses de 12,0 e 16,1
t/ha de calc&rio e aos acréscimos máximos de rendimentos de
589 e 650 kg/ha de gráos, respectivamente. Estes resultados
evidenciam, mais uma vez, a maior resposta da cultura á cala
gem na safra de 1973/74 e concordam com os resultados obti -
dos por KALCKMANN et alia (54) que observaram rendimentos e-
98
levados e efeito pronunciado de calcário sobre o trigo nos
solos Lurox, Vacaria e Santo tngelo, em anos com condiçóes de
clima favorável ao desenvolvimento d- cultura e rendimentos
baixos e praticamente nenhum efeito quando o clima foi
adverso. E tambám esto de acordo com os resultados obtidos
por POETSCII (90) quando verificou efeitos altamente signifi-
cativos de calcário sobre a produçáo de t i o <i todos os
seis anos de experimentaçáo, sendo que nos anos bons para a
cultura as respostas foram melhores. Ainda os resultados des
ta pesquisa estão de acordo com pesquisas anteriores, execu-
tadas com trigo nos solos Durox e Vacaria 7)
As diferenças de respostas á calagem entre as safras de
1972/73 e 1973/74 tambám poderiam ser atribuídas á diferen -
ças varietais, visto que na primeira foi utilizada a culti-
vais IA: 52 e na segunda a IAS 59. No entanto, esta hipótese
parece menos aceitável, pois de acordo com experimentos rea-
lizados em 1970/71 e 1971/72 por MAChADO (72) no solo Vaca-
ria, estas cultivares apresentaram acréscimos semelhantes de
produçáo devidos à calagem. Outra hipótese a ser levantada
poderia ser o aumento do efeito da calagem em funçáo do tempo
decorrido da aplicaçáo, como verificaram outros pesquisa-
dores em solos do Rio Grande do Sul (23, 87, 90, 110), mas neste
caso as modificaçoes no solo tarnbóm atestariam diferen ças
nas respectivas amostragens, o que praticamente nao ocor
reu (Tabela 1 do Apendice), e os incrementos em produçáo re-
9 9
lativa com o aumento dos níveis de calcário seriam maiores na
segunda safra, o que praticamente não se verifica (Tabela 8 do
Apêndice), conforme discutiremos a seguir .
interessante observar que as respostas do trigo acad..
cório sáo semelhantes nas duas safras em cada solo, quando se
consideram os rendimentos relativos estimados am percenta gem
das produçóos m4ximas respectivas (Tabela c'o .Ãpêndice),
de acordo com as ecluaçoes da Tabela 7 do .':._pc nciaca. 7 ele Tabe
l do '_péndice, verifica-se cue a produçáo rclati..va do
tratamento sem calcário, no solo Vacaria esto cm torno de
7r', nas duas safras, e no solo Durox é de aproaimadamente 53
e 5 5 ; x ; nas salvas de 1972/73 ' -3 / n ; respectivamente. ista
semelhança também pode ser deduzida pela semelhança dos coe-
f i c i en t e s dos termos l i n e a r e quadr. Mico das respectivas e-
quaçcc s d c ragressao (Tabela 7 do Apêndice ). C fato dc haver
diferença entre as respostas da cultura nas duas safras em
rendimentos absolutos e não em rendimentos relatives t expli
c4vel pelos maiores tetos de produçáo de todos ce tratamentos
na safra de 1973/74 nos dois solos, o que pode ser atribuído
A reaçáo relativamente idêntica da cultura aos fatores de
produçáo nas duas safras, em todas as parcelas experimentais.
Considerando-se os rendimentos médios estimados nas duas
safras !T' iguras 6 e 7) e os sinais dos coeficientes de regresso
eras eruaçoes matem4ticas constantes 'a Tabela ",pa ra cada
solo e cultura, verifica-se que os acréscimos de ren
100
Tabela 4. Comparação entre os rendimentos máximos de trigo e soja, ao nível de máxima eficiência técnica, e os correspondentes rendimentos do tratamento sem calcário, nos oxissolos Durox e Vacaria
Solo Cultura
Rendimentosem
cale rio
Máxima Eficiência Técnica=)
Cale. Rend. Acréscimo'kg/ha t/ha kg/ha kg/ha %
Durox Trigo-72/73 1011 11,11 1347 336 33Trigo-73/74 1755 12,36 2321 566 32
. C l ~t 1383 11,83 1L33 33
"o `1-ï2/i'3 1716 15,72 2314 5)8 36
Foja-73/74 188, 14,25 3025 1142 61
Média' 1800 14,69 2668 868 48
Vacaria ~ : l i s o - 4 2 / ' i 3
6 6 7 1 1 , 9 5 1256 89 88Trino-73/74 810 16,12 1460 650 80
MddiaW 738 13,52 1344 606 82
Soja-72/73 1756 24,48,2485 729 42soja-73/74 1936 14,04 3243 1307 68'_6dial/ 1846 15,65 28O3 1;62 52
J Os níveis equivalentes á máxima eficiência técnica de cada safra foram estimados pelas equaçóes da Tabela 6 do A p ê n d i
12/ Valores médios determinados pelas equaç es quo estimam es rendimentos médios (Tabela 5) e riso pela média dos valoresdeterminndos isoladamente em cada safrs
Acréscimos de rendimentos absolutos (kg/ha) e relativos(%)
101
dimentos sao maiores entre as menores doses ctc c lcário, de-
crescendo a medida em que estas se elevam, até atingir o valor
zero no ponto de produção máxima correspondendo ao nível de
máxima eíici ncia técnica (NLT). Lstes resultados estão de
acordo com os observados por diversos pesquisadores (9,23,73,
90, 113, 113) podem eer atribuídos A . rcdugtíc crastica nos
N
teores L e s'.l trocável com a aplicaçao de pecjuc a s doses ctc
calcário (IaLela 2).
0 rendimento mddio estimado das duas safras de trigo a-
tingiu o máximo no solo Durox em torno de Ie3; 'g/ha de gráos,
correspondendo & dose de 11,8 t/ha de calcário (MIT) e a um
créscimo de 450 kg/ha de grãos ou aproximadamente 33%, em re-
lação ao tratamento sem calcário. No solo vacaria, a produçáo
máxima estimada, media das duas safras, está cm torno de 1 3 4 4
kg/ha obtenível com 13,5 t/ha de calcário, o quo :esultou num
acréscimo de 606 kg/ha de grãos ou aproximadamente 82;x em re-
laçáo -71 testemunha. Isto evidencia que, cm mddia., o trigo a-
presentou maior resposta a calcário no solo Vacaria do que no
solo Durox, o que pode ser confirmado quando se comparam os
termos lineares e quadráticos das respectivas equações de
re,r.essão (Tabela 5 ) . Os incrementos médios de produçáo sao
maiores no solo Vacaria tanto em valores aesolutos (kg/ha) co
mo eu, relativos O o sao devidos, provavelmente, ao maior
teor de Al trocável, presente inicialmente neste solo (Tabela
1).
102
1973/74
1972/73
1973/74
1972/73
T10,0
Calcário t/ha
0 5,0 15,0 20,0
Figura 4. Relacionamento estimado entre rendimentos de trigo e de soja, nas safras de 1972/73 e 1973/74, e calcário aplicado no oxissolo Durox (Equações naTabela 6 do Apêndice
103
1973/74 - 1972/73
1973./74
1972/73
5,0 10,0 Calc&rio t/ha
o -1- --15,020,0
5 .Figura Relacionamento estimado entre rendimentos de tri-go e de soja, nas safras de 197 2/73 e 1973/74, e calcário aplicado no oxissolo Vacaria (Equações na Tabela 6 do Apêndice
w
104
Quanto . cultura da soja, as diferenças em produçáo que
ocorrem entre as duas safras, nos dois solos (Figuras 4 e 5 )
devem-se principalmente á. diferença na duraçáo do período
vegetativo, visto que na safra 197273 a semeadura foi efe-
tuada no início de janeiro de 1 9 7 3 e na safra seguinte no i-
nicio de dezembro do mesmo ano. Segundo GA:CEZ et alii (42),
nas condiçóes fotoperi6dicas da zona norte do 'io Grande do Sul
os cultivors de ciclo m dio, como _ Lra,,,,
ncurtam ociclo vegeta eivo (scrieadura-início da flo a,s7c) ,uarLdo semea
dos apes 1 de dezembro, concluindo que o oncu tamento deste
pei iodo vogetativo diminui o rendimento e a l t u r a de inser-
çáo da primeira vc>>gcem. As nossas cbscrvações '-os campos oxpe
rimcntais corroboram a informaçao daqueles ,u`,o_ , que
o período oar, ' ura-início da floraç 7 . o oco u L -no de
oco: enciC_ destas situaçóc s de plantio Ea oxperimenta
ção, tornam mais válida a análise global dos resultados,pois
os agricul,,oros ue trabalham com o sistema dc sucessáo cul-
tural trilo-sojc naquela rogia.o deparam-se _ ulo-o:iento com
A N
situaçNoc,s id rti ~, s, visto ser pomum que conç': _;oos do fal
ta. de umidade impossibilitem o preparo do colo o plantio
da. soja l o o ooals a colhoita do trigo, ín o.
sac) (Ta`~eios'l. e "7 do pendice), as < s_poe c.a soja ao cal-
105
Tabela rquaçóes de regressgo ajustadas aos rendimentos ab-solutos (Y) e relativos (YR) de trigo e de soja (mé-dia de 2 safras), obtidos com a aplicaçgo de calcá-rio (X) nos oxissolos Durox e Vacaria
Cultura
absoluto relativo'
Solo Durox
Trigo t =1383,0085+76,048X-3,2135X2 41._75,453+4,149X_0,175X2
Soja t =1799,6515+118,1475X-4,0205X2 tP=67,462+4,429x-0,151X2
Trigo
Solo Vacaria
t =738,490+89,533X-3.3103x2 tR=54,950+6,662X-0,246X2
Soja t =1846,2045+122,902X-3,9255X2 tR=65,744+4,376x-0,140x2
A equação para estimar rendimentos relativos (IR) 4 obtida do quociente da equação ajustada aos rendimentos absolutos (t) polo respectivo rendimento máximo estimado, multiplica-do por 100. Assim:
t IR =
PROD.MAX.x 100
107
segunda, s e r i a a diminuiçáo dos t e t o s de produç ;o de todos
os t ra tamen tos , devido a menor durnç .o do per íodo semeadura-
i n í c i o do f l o r a ç á o , na p r ime i ra s a f r a . Como no caso do t r i g o ,
achamos quo a p r ime i ra hipotese teve menor i n f ' l u r y n c i a , po is os
r e s u l t a d o s da. anMl ise de solo m o s t r a m oo l ta ss t a b i l i d a d e
na ar xo d o c a l o r i o sobre os f a t o r es d o r ç 4 d o d o s o l o Pa ,L
t i r da ur ; nei? , a amost ragem (dosombro de 197! ' . ) , oonfo om se
observa na Thbc la 1 do Apr indice .
Cor is ic2cs ando-so os rendimentos medi .oa do~. ; duos saf ras
em cada s o l o , cs t inad.os a t rsv4s das equnoY d , o < 'ossao a -
presentadas na Tabe la 5, v e r i f i c a - s r quo r ^s jo r tn da soja
a ca ] . cdr i .o pra t i camente semelhante nos do i s s o l o s , apesar de
l i g e i r -mento superior no solo V a c a r i a , conforms , so observn pe los
rcndirnentos m4dios abso lu tos e rr iat ( ' .os. Contparancb se os incrc
r . ien ios mAximos de produçt io dov idos n c ^ l c h r i o ob
servou -sc , no solo V a c a r i a , um aumento de ' 62 / ha ou 15?;
para a dose do 15,65 t/ha dP c a l c á r i o (M T c nc s o l o Durox 868
kg/ha ou 48' para a dose de 14,69 t / h a ( ' " t i d o c a l c A r i o ,
N
e m rr~Iaa 'ouvo, portanto, una d i f e r ença de apenas t + ` " p m t c r o s r s l s t i vos n o r e s .
posta mÁxima favor4vel ao solo V a c a r i a , o ( - I n c - - ) ( c o insigni
ficante diante d o d i f e rença obser, . ady. p a r s o t , ido nas nnes-
mas circur stancia_s e tendo em is ta a s diferenr.as na scidaz
noci. a (al trocr4.e1) dos dois solos ' Tabëla
Os acreseimos de produp;o d e soja, m!c?io de duas s a f r a s ,
108
foram maiores entro as menores doses de calcário conforme po de
ser observado pelos sinais dos coeficientes dos termos li
neares e quadráticos das equaçoes matemáticas referentes á
soja (Tabela 5 ) ou pelos rendimentos estimados em valores ab
solutos ou relativos (Figuras 6 e 7 e Tabela 8 do Apendice).
Estes resultados corroboram os observados cor trigo e os ob
tidos por diversos pesquisadores cor várias c u l t u r e s e tipos de
solo, no nio Grande do Sul e Santa Catarina (8, 23, 6 4 , 7 3 , 91,
93, 99, 100, 104, 113, 118).
Comparando-se as respostas a ca c4oi .. r es culturas do
trigo e da soja, nos dois solos, atravfs d < > resposta máxi ma
estimada pelas equaçges constantes cia Tabela 5 , verifica-se
que em valores absolutos a soja respondeu melhor ao calc& rio
nos dois solos, pois aos máximos acréscimos do ta50 e 6 0 6 kg/ha
de trigo corresponderam os incrementos de P 6 8 a 962
kg/ha de soja nos solos Durox e Vacaria, respceti'^mente. Es
tas diferenÇas de resposta das duas culturas nos dois solos,
podem ser melhor vizualizadas nas Figuras 6 e 7 .
Os níveis de calcário equivalentes A máxima eficidncia
técnica estimada, na média das duas safras, foram maiores pa ra
a soja nos dois solos, isto 4, no solo Vacaria foram de
1 3 , 5 e 1.K,6 t/ha e no solo Durox de 11,8 t/ha e 14, 7 t/ha
calcário, para obtençáo das produções máximas de t r i go e so-
ja, respectivamente. Isto evidencia a menor toleráncia da
soja em releçao ao trigo quanto aos fatores da acidez e justi
2800 -
109
V
2300 -
Figura 6. Relacionamento estimado entre rendimentos médios de trigo e de soja (média de 2 safras) e calcárioaplicado no oxissolo Durox Equações na Tabela 5)
TRIGO
SOJA
10,0 15,0
Calcário t/ha
5,0 20,0
110
10,0 Calcário
t/ha
i15,05,0 20,0
Figura 7. Relacionamento estimado entre rendimentos médios de trigo e de soja média de 2 safras) e calcário aplicado no oxissolo Vacaria Equações na Tabela5)
111
fica a sus_, maior resposta a calcário.
Estes resultados confirmam, em rendimentos absolutos,os
resultados obtidos por SIQUEIRA et alii (102) e a ohservaçáo
geral de peddlogos e melhoristas de que, ctn nosso meio, o
trigo é mais tolerante do que a soja aos fatores da acidez.
Entretanto, em termos de incrementos relativos do rendimento,
observ -se quo no solo Vacaria enquanto a produção máxima de
trigo apresentou um aumento de 82 , a de se apresentou ape.
nas 5V, em relaçáo As respectivas preduçóes do tratamento
sem calcário, o que acusa uma diferença relativa de 30, da
resposta máxima em favor do trigo. Isto pod? ter acontecido
devido s condi s óe s adversas que atingiram as duas safras de
tr _ï o no solo Vacaria e quo foram melhor super ed.as pelas par
celas que rgebearam calcário, justificando em parte o fato de
ter ocorrido maior resposta desta cultura no .elo Vacaria do
que no Durox, o que praticamente não ocorreu na cultura da
soja, conforme discussão anterior. No entanto, esta hipótese
oferece séria restriçáo, pois entraria em conflito com a outra
feita anteriormente, de que nos anos de condiçóes cli máticas
desfavoráveis, o trigo pouco ou nada responde A. apli cacao de
calcário (54). Por outro lado, convem lembrar que POETSCH (90)
observou que o trigo apresentou maiores respo tas a calcário do
que a soja, em experimentos executados de 1950 a 1956, em
planossolo do município de Pelotas.
Diante dos resultados discutidos neste item, 4 interes-
T
112
sante salientar que as cultivares de trigo utilizadas nesta
pesquisa (IAS 52 e IAS 59) ngo sáo tolerantes á acidez, e
muito menos resistentes como tem sido referidas por alguns
pesquisadores (46), pois neste estudo apresentaram elevada
resposta à calagem, produzindo na ausencia de calcario ap©
nas 54 e 75'1 das mexirras produçóc s obtidr+_s cor, o n1vel de
m~tirTra eficincie t-;ecnicrr nos solos 9uro1.' '7e .. r< ria,
respec-
4. 4 . 'elacionamento entre os rendimentos d.e culturas e o
pH, o alumfnio trocável e a saturação de :alumínio
7s:f ete boa relacao entre os rendimentos ceiati >- os de
trigo soja con pTT (Figuras 8 e ) , 1 troce cl (Figuras 10 e
11) e percentagem de saturaçáo coa .' 1 troce el em relaçáo
. CTC efetiva (Figuras 17 e ih). Os valores :-cpresentados
graficamente foram estimados através das ecuaçóes ajustadas
para cada arievo1. (Tabela. 5 e Tabela ? cio :^_pndice) .
Nos valores iniciais de piT, ,9 no solo Durox e 4,7
no Vacaria,trcrifica-se que as produçoos dc trigo foram de
75` e 5 4 1 e as de soja de 6 8 7 f. . e 651, em relaçgo aos respecti
vos rendimentos meximos (Tabela 8 cio Apêndice). aplicaçáo
de doses crescentes de calcerio resultou em incrementos nos
valores d ? c p r -T e e o n c o m i t a . n t o r n e n _ t e e m ecreecimos nas produçoes
de true so 'n, nos dois solos, ate o ponto de produçáo má-
1 1 : 3
xima para c o d a cultura (Ticuras j . ste ponto, os valo res dcz
p 1 1 ai tuaram-sr, entre 5 , P e 6 , 0 para. trigo o entre 6,o c 6,1 para soja, nos solos Vacaria e Durox, respectivamente.
Isto evidencia quL a cx.igncia das duas culturas foi muito
sernolhantc para a obteniao dos rendimentos m6ximos nos dois
solos, podcnc'o se situar o p 1 1 ótimo comum a m torno d e 6 , 0 . % s
tes resultados verei ao encontro da atual oric:ntação dos labo-
rat6rios oficiais de analise de solos (T.íl c "~C), que recomen
dam aplicar calcário para elevar o p do solo próximo a 6 , 0
para di_ver s. _s culturas, c corroboram a obs ; va o de CA aTTFT
=T-Io (1;7,) quando situam a faixa de pH 6,o-6,5 para a ob
tençio dos m6ximos rendimentos d c soja.
A partir do ponto de produção máxima, os valores de pH
continuaram crescentes ocorrendo o Jnvc'rso com os rendimen -
tos das culturas, cone declínio mais acentuado para a cultura
do t:oiLo nos dois solos. Esta depressão na produção acima de
-p H 6,0 ! d vida, provavelmente, a outros fatores não conside
lado, no paosente estudo e que podem estar relacionados com o
pH, como 6 o caso, da disponibilidade de micronutrientes.
AEUT, et alii (74), por exemplo, estudando a absorção de zin
co pelo milho verificaram que esta fpi reduzida quando as do
ses de calcário elevaram o pH acima de 6,0.
Embora se verifique um bom relacionamento entre o pH e os
114
CalcÉ rio t/ha
5,0
TRIGO
-4,5
T5,0
- - - SOJA
- - - pH50
H H
Figura 8. Relacionamentovos de trigo eoxissolo Durox2 do Apêndice
estimado entre rendimentos relati-de soja, pH e calcário aplicado no
Equações na Tabela 5 e na Tabela
1 1 5
~
I ~'/ / 1 i 5 , 5
/ ' ,I/ / ,~
/ , //
/ Á,, I
I I
,~ TRIGO/ I
SOJA p H
I _ 4 , 5
To1
Figura 9. Relacionamento estimado entre rendimentos relati-vos de trigo e de soja, pH e,calcá,rio aplicado nooxissolo Vacaria (Equações na Tabela 5 e na Tabe-la 2 do Apéndice)
- 5 , 0
T
1 0 0
4
7 5
5 0 -
116
mente á a ç o da ca lagem, de tal forma quo o acentuado efeito
benéfico, desta na plodugao, devido principalmente t neutra
lidaga_o do alumínio t r o c á v e l , segundo muitos pesquisadores(8, 2),
59, 91, IOC, 113). 0 pH isoladamente nao t ( d i d grande
significedo. FIot:undo NO RIS (R2) em trabalhos c o _ : ' soluço nu
tritiva Tiao se obecrvo-u influneio di lra oic7- entre 3,8
e 5,5 r io rondimcnto da s o j a , quendo hevi t o _ de
ccicio o ocie cio elementos t6xicos ("3 c —n trrcveiE).ObecJddndo-se as igurae 10, 11
feito mais not:lvei do calc4rio, codeorreddo p e d d e endento
da produtividde des cultures, foi a. dedugao c'.'o teor de a l u
mfnio trocvel no solo. S. um estreito c i nve rso delaciona -
mento entre produtividade 1 t r o c á v e l , cenecdentemente,
entre produtividade o sdturagao da evd. c e c ' , (rigu-
ras 13 e nee do i s soloe e cultm ,:, o l d C F? c . de pe-
quenne doses d c edlc&*io provocod rodug7ws de—"edicas nos
teores cio alumínio trocl'vel e na percentag d odtuddgao de
alumínio, tefletindo-s, concomitantcment , em o rc6sclmos ex
pressivos no rendimento dos cultura . nogundo ee valores es-
timados, baeta dm '.penas 5 t / h a de calcrio reduzir o
teor de dl troczl.vcd do 2,1 para 0,8 me/10 0- dlo e a satu
.
mesmo t empo due a p rodug lo de t r i g o passou se rr' porn
da n4x in - no so lo Vacar i a . mesma s i t u o,, a produção de
so j a se e l e vou de 66 r pare 8 V , o p r o x i m a i e e n t e . ; mbord corn
117f o " - o n t o o " . " i c ' . c j . o n o t i Ç : , n t o no ! : . o l o :T l : L . . L ' oxbas tan-
t c se -
a 0 t C ' O r C S
. ' 'I..; 1 ' 0 O C O - r
r' ' - . , C C c ' i C O : T , 0
d:
4 "-' 'I
- ' 4
r r ' e. -■
1 : ;J'-'!r 1)as
C
0
t '
f
4
c C' . U r.
'76 c l o
_ c f . nu-
do ,
7 - 4
- -, . " , , 7 i - n r i c u r a 12,
do
7,+t - ■ - - i
118
4
TRIGO
- - - SOJA
—. — _ ALUMÍNIO
Calcário t/ha
Figura 10. Relacionamento estimado entre rendimentos relativos de trigo e de soja, Al trocável e calcário aplicado no oxissolo Durox (Equagões nasTabelas 5 e 2 do Apêndice
PROD.M.4XIMA
4
1 119
TRIGO --
-- SOJA _ .
ALUMINIO
5,0 10,0 15,0 20,0
Calc6rio t/ha
Figura 11. Relacionamento estimado entre rendimentos relativos de trigo e de soja, Al trocável e calcário aplicado no oxissolo Vacaria Equações na Tabela5 e na Tabela 2 do Apêndice
PROD.MAXIMA
100-
- 2,0
oHo 0
50
120
1 0 0 _ SOLO CULTURA
4 .oó
E-ri
b0a >
f4
1 1 1 i 1 1
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
Al+3 me/100g de solo
Figura 12. Relacionamento estimado entre rendimentos relativos de trigo e de soja (Estimados pelas Equaçõesda Tabela 52 e teores de Al trocável (Estimados pelas Equaçoes da Tabela 2 do Apêndice nos oxissolos Durox e Vacaria
50_
T
122
4
4
TRIGO
_SOJA
— . • — _ Sat. de Al
PROD.MAXIMA
- - - - - - - - - ; ~ I
// , \JR,
I o
/ I 1
/ Q20,0b
')( i , oz cd
i i
I i (Ò
Ii .1
I I
5,0 10,0 15,0 20,0Calcário t/ha
Figura 13. Relacionamento estimado entre rendimentos relati vos de trigo e de soja, saturação de Al trocável e calcário aplicado no oxissolo Durox (Equações na Tabela 5 e na Tabela 2 do Apêndice
50 -
O
E
123
TRIGO
SOJA
PROD.MAXIMA
4
1
I I
I 1I I
, 10,0 \
5,0 10,0 15,0 20,0
Calcário t/ha
Figura 14. Relacionamento estimado entre rendimentos relativos de trigo e de soja, saturação de Al trocávele calcário aplicado no oxissolo Vacaria Equaçõesna Tabela 5 e na Tabela 2.do Apéndice)
50-
T0
I
124
9ao re lat iva das duas culturas situouasa antra 82 e 87* ( F i mouras
13 e 14 ) . Estes resultados wstáo de acordo com os ver, ficados por
KALCKMANN (53) que nos solos Durox Vaoaria teve 7 3 e 80; da
produgio de trigo quando a satura9io de
Al trocável atingiu 2 0 . e 14i, respectivamente. Por outro la do,
considolando o nival de Al trocável tias 0,1 ao/100g de sa lo,
astobalocido or O-Lat a LAi'i LLL, ciGãa.o v 4. VIIUa(113), como
c r i t i c o para plantas muito sensíveis ao Faivauïnio, vera ficamos palas
Fi;uras 10, 11 e 12 qua o 4andiaonto relativa
situa-se an. torno do ,'.;50 considerando solos o culturas em
conjunto,
oaooionaado oo 4osultados obtidos co- ao ,ivaatidadas
do caie aio soriaw recomendadas pala a:5 solos ea ostudo,
dodo aLodoo suais usadceno pais, o , o ;,iuminio(2x
ao/I)Qg ao bolo oalcArio am t/ha), valiiicamos o sea cuinto
(:'icurao 3 a 14). psis mdtodo do aiumlnio, as quantia dados
indicadas sol iam do 2,b e 1+,2 t/ha do caicário nos soa los Maw, e
Vacaria, rospcctivamanto kTabela o ) . astas doses aplicadao nos
aospoctivos solos, corrusponuaaam A produ9io
entra do, para as duas culturas, ciovaoam o pal para
3 , - 3 , 3 nau aulicionaas para nauslaliaai o
vo l . , coma praconiaau alguns pasquisadoraa, polo os teores d_s to
a a , i a a a n t a 0,7 a 3,d ma/100g aqulaaaoado a uma satura
ção dc. . i anti ea Ca. ') e 1O,:., nos dois ooloo• auras as doses race..
mandadaa polo mdtodo SMP modificado ( 7 5 ) para elevar o a
125
6,0 (8,1 e 10,6 t/ha de calcário no Durox e Vacaria, respec-
tivamente) estes ngo atingiram os valores previstos, ficando
entre 5,6 e 5,8 e o Al trocável entre 0,1 e 0,0 me/100g de
solos, correspondendo produções entre 93;' e 98%, consideran
do-se solos e culturas em conjunto. Com a dose SMP-pH 6,5
10,4 e 15,0 t/ha de calcário nos solos 1;urox e Vacaria, res
pectivanente) 4 que as produçóes praticamente atingiram o má
ximo c: spp iado no solo Vacaria (trigo-99,5' e soja-100) e no
Durox (trigo-99,5';1 e soja-970). Corn esta dose o Al trocável
foi totalmente neutralizado nos dois solos e os valores de
pH ficaram entre 5,9 Durox )e 6,1 (Vacaria).
4.5. A n : iisc ccon6rnica da utilizagao do calcário
Ne to item discutem-se a análise econemica dos resulta-
dos do produçrzo, estimados em punção da utilização do calcá-
rio otr, cada cultura e no sistema de manejo sucessão trigo-so
ja, nos dois solos; assim como as variações do nível ótimo
de calcário em função das variações de preços de insumo e
produtos.
4.5.1. Economia da utilizaçáo de calcário pelas culturas do
trigo e da soja, isoladamente
partir dos equaçóes que expressam a relação entre cal.
4
12
c ' o_ t . . i Ú o . 3 ,) , apresenta
d " 1 3 Y1.1 a 3, ob t i v e - lm-so as co i s )ond s equa(;ocs do
1uc- o cad;, cultura .solo, , a . ) ,ini da abola 6
ivando-se as equaçót:s de lucro, con%icL. rando os n3-
v i : ;,.Yu ; do Calc i i o , producos c Ci. . . a i ixos u t i l i z a -
dos ip1tulo 3 4 abola ú ¡ o i6ualando-.,o t . ~ ..iorivadas a zero ,
C o : ; .. yiondLsnt:'3s cada cultura o solo, i i ds devidas trans
1"~ ,ó t ..,`tida. __stos nivuis, su ,_L_:{.'.dos nas rospec
adi antes
5;9 siOi.Li c a,a;•, a determinação do .i.uc o ;..o r endiinonto e
c l . c '. _ o 0 t c u l t u r a s cci c a d a s o l o .
i;u5 Vaio.-os rererontes a 0 8 nívoi3 ( l i c r: I c4r io , rendi-N
rn n"to lucros, na condçao de m4xii a p , . c i c ia ocon©mica,
f o r am _ u..iait ios na , ; b o l a 7, junt.a.ulente cot- oo ye:sultados cor
rl b )ondt rl ,os cundi;.,aco de ccc4xima tjf'ic_i:. Ino1 cdcnicc, doter-
r i : d o - c,t1ti. 1 o ì i : 1 n t e
, n u _ : . i . . : obsi va n a a b o l a , o s n1v . i s dt calcor•io nA
C y 2' í 0 míáx j . .u i c u f i c i 3 n c i a . econ& u i c 1. f..'o::'an (s timados u r u
, ) do caic< rio pa. •a o ta'igo o old . .2, 4 a 13 , 3 t /
h: d z . _ lc . í o para a soja, na c icdd ia do duas 4.arras nos so los
i d o s o s nlveis 6;,imos d o .................................; . ao Caie4 l ' i o ,
c; u -vr
1 2 7
Tabela 6. "quaçóos de lucro esperado com a aplicação de calcário nas culturas de trigo e soja, nos oxissolos Durox e Vacaria
Solo C u l t ur a
Equação de lucro2 /
4
Durox Trigo (a) L te P t(1383,0085+76,048X-3,2135X2)-CFt-Px,X (
b)Ltd=167,7563+38,886X_2,4101X2
soja (a)Lsc ~ ,=Ps` (1799,6515+118,1475X-4,205X2)-CFs-Px.X (
b ) L sd=925,0215+99,9975X-4,n205N2
Vacaria T r i p : o ( a ) L tL=Pt(738,490+89,533X-3,316X2)-CFt-Px.X (b)
Lt-315 , 63+!-A-8, 9)')2::-2,!!-'.?ï
2v=
Soja ( a ) L sv= F ' s(1846,2045+122,9o2X- ,)2552)-cFs-PxXn
) L sv=971,5745+104,752X-i,9255a<,
(a) r.quaçáo Geral de lucro para cultura e solo correspondentes.
(b) 7,rivaç7.o _,iupl ficada, considerando-se os y~a.. sos d c calcario
(Px), produtos (P e P s) e custos fixos (CFx e CFs) previs-to,, no C p tt io 3, isto 4, ï' _ •. 1, 00/kg,Px = 0 18,15/t/safra, CF, = à 869,50/ha e CFs = 0 874,63/ha
128
correspondentes aos lucros máximos esperados de 325,00 e
0-74,00 por hectare de trigo e de a 1.547,00 e 0 1.670,00 por
hectare de soja, nos solos Durox e Vacaria, respectivamente.
Comparando-se os níveis de calcário necessários á MEE,ve
rifica-se quo sáo maiores no solo Vacaria do que no Durox, tal
N
como ocor~•c coi : celaçao aos níveis referentes para as du
as culturas, To to so deve á maior acide: iniciai l trocável)
do solo V tic-.: conforme ficou observado anteriormente Tabela I)
, noccss.4 nC'o :laior quantidade do corrotivo Apara a obtençao de
melhores °ndimentos.
Tabela 7. Comparando entre níveis de máxima eficiência técnica
Condiçáo solo CulturaNíveis decalcário
-Zendimcnt oesperado
Lucroesperado
t/ha kg/ha C./ha
urox Trigo 11,8 1833 291,00Soja 14,7 2668 1.526,00
Vacaria Trigo 13,5 1344 -107,00oja 15,7 2"03 1.6 9,o0
Durox Trigo 8,1 325,001`' 1787 9'7,5) 47 00
MEE Vacaria. Trigo 9,9 1300(^6,7) -74,00Soja 13,3 2787 0 9 , 2) 1.670,00
Nota. Os n4meros entre parénteses representam ~?. porcentagem derendimento no nível de MEE em relação ao correspondenteem nível de MET
129
Para cada cultura em cada solo, os níveis de calcário em
condiçóes de máxima eficiéncia econômica (MEE) sáo inferiores
aos correspondentes em condiçóes de máxima eficiéncia técnica
(MET). 0 mesmo ocorre com os rendimentos fisicos, v_
rificando-se o inverso com os lucros estimados. Estes resul-
tados eram de se esperar, uma vez que 86 haveria vantagens de
produzir nas condiçóes de MET caso o custo do fator (cal-
cório) fosse nulo. Entretanto, é interessante observar que os
rendimentos fisicos em MEE sao apenas ligeiramente finfe -
riores aos correspondentes em MET, apesar da grande diferen-
ça entre os níveis de calcário nestes pontos, para cada cul-
tura e solo. Isto se deve, no caso dos rendimentos fisicos,
ao custo relativamente baixo do calcário por safra, sendo que
a grande diferença entre os níveis deste fator nos pontos de
MEE e de MET deve-se aos pequenos acréscimos de produ çao
acima do ponto de MEE (Tabela 7 e Figuras 6 e 7 ) .
A menor diferença entre os rendimentos relativos da soja
entre os pontos de MEE e de MET, quando comparada com o
trigo, nas mesmas circunstancias, deve-se ao maior preço uni
trrio da soja considerado neste estudo, resultando numa rela
çáo de preços fator-produto menor para esta cultura (18,15 T
1,00 a 18,15) do que para o trigo (18,15 + 0 , 7 5 : 24,20).
Também os lucros esperados em condiçóes de MEE estao
bastante próximos dos verificados em condiçóes de MET, con -
cordando com a observaçao efetuada acima relativamente aos
130
rendimentos fisicos.
Diante disso, pode-se afirmar que os prejuízos seriam
pequenos, em relaçáo ao lucro máximo, caso se recomendasse
calcário na dose correspondente à MET, para qualquer das culturas nos dois solos, nas condiçóes desta pesquisa. Prejul -
zos bem maiores, em relaçáo ao lucro máximo, seriam espera -
dos com a nao-aplicaçao de calcário, conforme se pode dedu -
zir diretamente das equações de lucro pelo valor do termo
constante (Tabela 6 ) .
Os níveis de calcário, os rendimentos e os lucros espera
dos na condiçao de máxima eficiéncia económica, sao bem maio
res para a soja do que para o trigo, nos dois solos. Existem
algumas razóes para que isto ocorra:
12 - O rendimento físico médio da soja 4 bem maior do
que o do trigo
2" - Os acréscimos de produçao (kg/ha) devidos ao calc&
rio sao maiores na soja do que no trigo
3 Q - A relaçáo de preços fator-produtsm utilizada neste
estudo, 4 menor para a soja do que para o trigo e
isto 4 coerente com a realidade dos preços de mer-
cado nos últimos anos.
Conforme se observa nas equaçóes de lucro, considerando
os níveis de preços utilizados (Tabela 6 ) , os lucros espera-
dos foram sempre positivos na faixa de decisáo para a utili-
zaçáo do calcário (O G X ' M E E ) , exceto para a cultura do
1 J i
LA., cro solo , 'co> ia. Neste caso, p r o d u o de trigo resul
tou sc ;: e cm pro juizos, que foram minimizados coru a aplica-
co dc calcário até o nível equivalente i r l A a : i r a a e l i c i ` n c i a
cJ por hectare, obtido com a dose dc t/ha dc crtic:4-
rio, correspondente ao rendimento de i 3 do golos de
trigo. cio s urox, os Iucros esperado: o tr ' i o , ap
_r do positivos, são muito pequenos, isto , atin6iraru
ain:o oe 325,a1. por hectare com a doso _.,.i k.g/i a d ca l-c ~: o e a p: odu Y-zo de 1787 kg/ha dc vi aos uo a i g o . s ia-
deste s.ituaç o r usidec: no preço 2 elr& L i e :onto i.oixo do
produto, confor..,.<:. o s t abe l e c i c o pelo governo, no boiao t i v i d ,
: ±de do t r i c o , ospocialmonto sob condieõoo adversas,couro
ccorlo u nas du s^ f ras no solo Vacar ia .
-1 m e d o t a situaçáo, propõe-se tccc ' aibumas con
iider-•açá s : poito, levando em conta os resultados do
tolo ' 000r ia., cuja produtividade rw dia c s timada no tra
tomento sew e l c ' r ' i o (7:38 kg/ha), nas duo& safras, esteva
acima da medi" ostimada pars o •.io Grande do ul nas safras cor,
respondentes.No tratamento sem ca lcár io , o prejuízot otiwo.do ( c,u o na 'tabela 6) o m J16, ; pee. liectai c: , si.g-
x i " i c _ndo c uc o produçrio correspondonte ut; kg/had n ao
pogou o custo dos fatoros fixos (custo l i x o i ao preço de
0, Th kg ou 11 5 , 00/craca do trigo. curti que esta produçáo
pa r s c e o custo fixo (- bÓ9,50), seria necossrio quo o pie.
4
E
132
co de venda do trigo fosse elevado para é 1,18/kg ou € 71,00/
saca, o que representa um aumento de 57% sobre o preço esta-
belecido pelo governo para a venda da safra 1973/74 (6 45,00/
saca). Substituindo-se o novo valor (6 1,18/kg) na respectiva
equação de lucro (Tabela 6 Equaçáo (a)Lty) e procedendo - se
às necessárias transformaçóes, determinou-se um novo valor
para o lucro máximo de 6 488,00/ha, correspondendo à do-se de
11,2 t/ha de calcário e a 1335 kg/ha de produçáo.
Portanto, na situaçáo em análise o rendimento de trigo
somente pagaria o custo de produçáo caso o preço de venda so
fresse um acréscimo de 57%. A partir daí, a utilização do
calcário seria conveniente para a obtençáo de lucro, o qual
atingiria o máximo com 11,2 t/ha de calcário (MEE). Observe-
se que, com o aumento do preço do trigo, mantendo o custo do
calcário, os níveis de calcário, rendimentos e lucros corres
pondentes à MEE foram elevados, relativamente à situaçáo an-
terior, o que está de acordo com a teoria da produçáot o ní-
vel ótimo de emprego de um fator se eleva quando se diminui a
relaçáo de preços fator/produto (4, 47, 85). No caso pre-sente,
esta relaçáo passou de 18,15 T 0,75 = 24,20 para 18,15 ; 1,
1775 = 15,41.
Diante das ponderaçóes acima, cabe salientar a necessi-
dade de uma análise da situaçáo dos preços de ineumos e pro-
dutos, mormente no caso do trigo. Parece-nos óbvio que, com
a relação de preços insuetos/trigo estimada para a safra de
4
E
133
1973/74 pela FECOT I 0 0 (28), a produçáo s i e s t a cultura foi de f i c i tdr ia
para os agr icul tores . I s t o , t o n d o em conta que a safra d c 1973/714
teve produtividade relativa cate boa no raft tordo, mas nâo superou os
1000 kg/ha de ermos. Neste caso, ao prego de e 0,?5/kg, a receita
total resultaria c e m f 7 3 0 , 0 0 /
h a , o c uo estaria aquém do custo dos f a t o r es de produçá.o es-
tabelecido pela. TM _COTLTGO ( 763,82/ha), ar-t u t i l i z a d o do
ca lca r io . Ido entanto, com o uso dos insumos pr£'vistos pela rrCoT
_IGO (28) 6 do se esperar a obtendo dc e~ndimento maior do que a
media do Latado o, consequentemanto, alam lucro,
ainda que poqueno, do acordo cam o raciocínio utilizado an-
teriormente.
Comparando-se as doses do calcttrio de Mii.r (Tabelta 7 ) com as
indicadas polar m6todos do alumínio e do S NP para pH 6,0 e 6,5 (
Tabela ~- , constataaae que, tanto p .r c triga como para a soja, as
doses indicadas por este a*ttotxo estio em
maior conoordstncia com as estimadas para a MIT. Assim, no tsg l o
Durox, o tndtodo SNP indica 8,1 t/ha (pH 610) o 10,4 t/ha (pH 6,5) e o
do Al apenas 2,8 t/ha de cale&rio, enquanto a
dose de M1E corresponde aproximadamente a ^,1 t/ha para, o trigo e
a 12,4 t/ha do caloirio para a soja. Neta-ao que, no caso da soja, a
dote de calcário de MEE 6 inclusive superior
indicada pela SMP para pH 6,5.
No solo Vacaria, o SMP indica 10,6 t/ha. (1)H 6,0) e 15,0 (pH 6,
5) o o do Al apenas 4,2 t/ha, enquanto que para a ME
4
134
no trigo é necessário aplicar aproximadamente 9 , 9 t/ha e na
soja 1 3 , 3 t/ha de calcário, neste caso, próximo do nível
SMP-pH 6,5.
Dessa forma, pode-se afirmar que as quantidades indica-
das pelo método do alumínio esto muito aqu6m das estimadas
ao nível de máxima eficiéncia económica, para qualquer situa
çáo em estudo.
interessante observar que a dose de calcário exigida
pelo trigo na condiçáo de MLE, nos dois solos, d praticamen-
te semelhante respectivas quantidades indicadas pelo méto
do SNP para pH 6,0 (Tabelas 1 e 7 ) .
Por outro lado, verifica-se que a dose ótima (MEE) de
calcário para a soja está bem acima da estimada para a total
neutralizaçáo do alumínio trocável, correspondendo a valores
de pH de 5,8 e 6,0, respectivamente, nos solos Durox e Vaca
ria (Tabela 7 e Figuras 1 e 2). Para o trigo, este ponto(MEE)
ocorre na dose de calcário necessária para reduzir o teor de
Al trocável à faixa de 0,05-0,1 me/100g de solo, correspon -
dendo a uma saturaçáo de Al trocável entre 0,5 e 1%, nos dois
solos. Dessa maneira, pode-se deduzir que a dose de cal cário
para atingir a condiçáo de maxima eficiéncia económica no
trigo está muito próxima da necessária para eliminar to-
talmente o Al trocável, nas condiçóes deste estudo. 0 pH 6ti
mo para trigo situa-se praticamente em torno de 5,7 e 5,5, nos solos Durox e Vacaria, respectivamente (Figuras 1 e 2).
1354.5.2. Economia da utilizaçáo do calcário pelo sistema cultu
ral sucesso trigo-soja
an4lie ec rrómica dos resultados experimentais e as
ponderaçóes feitas a respeito, até o momento, apresentam in-
teresse especial para quem estuda a utilizacáo isolada do
calcar.io numa determinada cultura, neste caso, o trigo ou a
soja.. Entendemos, entretanto, que do ponto de vista económico
geral, este náo é o aspecto mais importante a focalizar. Teu do
em conta a longetividade do efeito residual do calcário, náo
se pode pensar em utilizá-lo parcialmente, ou era apenas uma
cultura anual, como 4 o caso do trigo ou da soja, isola-
damente. Por outro lado, o sistema culturaltrigo-soja, em su
cessao anual, ocupa lugar de destaque na economia do pais,
mormente nos três Estados sulinos (RS, SC e FT~~ e isto repro
senta uma ampla utilizaçáo do calcário aplicado.
Algumas interroga.çóes surgem a cada instante, e em qual
quer reuniáo técnica onde se focaliza. a atual recomendaçáo
de calagem no sul do pais, especialmente para o caso do sis-
tema trigo-soja. Náo seriam as quantidades de calcário, a-
tualmente recomendadas, adequadas A. soja, mas excessivas pa-
ra o trigo, causando inclusive reduçáo no produto físico to-
tal desta cultura? Náo seria mais indicado aplicar a dose e-
quivalente A MEE para otrigo, cultura menos exigente, e com
isso obter um aproveitamento económicamente -razoável da mes-
d
136
na pela saja?Analisando estas perguntas surge um terceira, que nos parto. o
d noaiaador comm. Qual a doso do oalsirio quo prom
porciena a staler renda liquida riste binasio 'Agricola, s u t a
sáo t r i go so j a?
r..iaacaos que toda e qualquer tentativa da pesquisa no contido do auxiliar na procura du resposta a ereta pergunta i de alta validade e do interesse s6cio-000n6uico para toda a região produtora de trigo e soja no sul do paia. e, especial manta, para as
coudiç ea de solo eis ezperiéncia.i+iante disso, unir dos principais objetivos desta pesquisa foi
proceder à aniliae ecou6isica global doe resultados oik tidos, a► fim da ectiiaar a dose quo proporciona o lucre mduiio mZdio anual do sistema cultural utilizado, tuas condigóesea estudo,
' aa tindomsa das equtagout, quo e s t am o luox o ruddio porsafra de trigo e soja, em cada solo (Tabela tr ) , obtiveranmse as cquayõaas corx..spon antes a estimativa do lucro m4dio atual do
sistema, para cada colo. As •qua96ss rcesultautes (Lm) pa za cada solo s:o aprecblntadas na; Tabela 8 sentadas
giaiicameuta na kiguras 15 . 16. A titulo do ilustraç;o, s5 paraao a
c>quaçóee que estimam a receita c: wi►a anual (am). o cuca ..aü à u Anal (Cm) das toquaçóeaae de lua. to (Lm) avisa citadas (Tabela 8) e as apresentamos juntaivaute com a roprs..
seutaç ,o &: d 'ic . nab Figui as 1 e 2 do Aps►nuact . .,~, r•prs sentt
137
çáo gráfica das equaçóes de receita ( R ) de lucro ( L ) e
de custo (CmA) foi extraída dos valores estimados na Tabela 9
do Apéndice, para os dois solos.
Tabela 8. Equaçóes do lucro esperado anualmente com a apli-cagao de calcário no sistema cultural sucessáo trigo-soja, nos oxissolos Durox e Vacaria
Solo Equação de lucro (LrA)—1
Durox (a)LRD=Pt(1383,0085+76,048X-3,2135X2)+Ps(
1799,6515+118,1475X-4,02002)-CFt-CFs-2Px.X
(b)LmADa1092,7778+138,8835X-6,4306X2
Vacaria ( a ) L y = P t(738,490+89,533X-3,310X2)+Ps.(1846,2045+
122,902X-3,9255X2)-CFt-CFs-2Px.X
(b)Ll =655,9420+153,7518X-6,408Ox2
(a) Equação geral de lucro anual do sistema trigo-soja no so lo respectivo
(b) Equa"áo simplificada, considerando-se os pregos de calei rio (Px), produtos (Pt e P s) e custos fixos (CF e CF ) previstos no capítulo3, isto é, P =G 0,75/kg, P = 6f,00/ kg, Px= 6 18,15/t/safra, CFtm 6 869,50/ha e CFsas6874,63/
(c) Lucro médio de 1 ano de produçáo de trigo e de soja esti mado em u/ha
138
Utilizando-se procedimento semelhante ao empregado no
sub-item ~F.., determinaram-se as doses de calcário e oslucros esperados anualmente, com a utilização deste insumo
pela sucessão trigo-soja, na condição de máxima eficiência e
conemica para os dois solos. Substituindo-se as doses ótimas
(MEL) de calcário nas respectivas equações de rendimentos m&
dies poi safra (Tabela 5) e de lucros médios por safra (Tabe
la 6 ) , obtiveram-se os valores correspondentes aos rendimen-
tos e lucros esperados, para cada cultura e solo.
As doses de calcário e lucro correspondentes A. condição
de máxima eficiência econômica do sistema cultural trigo- so
ja, encontram-se na Tabela 9, juntamente cor os rendimentos e
os lucros esperados para cada cultura, quando da aplicaçáo
daquelasdosesde calcário.
Tabela 9. Níveis de calcário, rendimentos e lucros estima -
I'
dos na condição de máxima eficiênciaa9conómica nosistema cultural sucesso trigo-sojaa
MEE do sistema Rendimento Lucro
Dose de Lucro máximo esperado=s esperado="Solo calcário
t/haanuala/ha
Culturakg/ha 0/ha
Durox 10,8 1843,00 Trigo 1830 307,00Soja 2607 1536,00
Vacaria 12,0 1578,00 Trigo 1336 -85,00Soja 2756 1663,00
J Lucros e rendimentos esperados para cada cultura, com a do-se de MEE de calcário para o sistema em cada solo
139
Aos niv, is c'e 133'c-cos utilizados, observa-se (Tabela 9 e
Figuras 1 ' 2, no Apêndice) que a receita média anual do sis
tema, nos dois solos, 4 sempre maior do que a respectivo custo
mcdio anual no intervalo das doses de calcário (X)apli cadas (
®a6 x 2 0 t/ha), resultando, portanto, na obtenção de lucros
positivos para qualquer tratamento (Figuras 15 e
16). Verifica-se que os lucros esperados no solo Vacaria (Fi
gura 16 e Tabela 9 do Apêndice) são sempre menores do que no
solo Durox (Figura 15 e Tabela 9 do Apêndice) e isto se deve,
principalmente, á menor produtividade do trigo na safra 1973/
74 naquele solo (Tabela 5 do Apêndice).
Nos dois solos, o menor lucro estimado corresponde ao
tratamento sem calcário (Tabela 9 do Apêndice e Figuras 15 e
16). Os lucros sao crescentes com as doses de calcário até
atingir condição de máxima eficiência econômica_ da utiliza
ção deste fator na sucessão trigo-soja, com a quantidade de
10,8 t/ha no solo Durox e 12,0 t/ha de calcário no solo Vaca
ria. Neste ponto, o lucro 4 máximo com o valor de ec 1842,00/
ha/ano no solo Durox e 5 1578,00/ha/ano no solo Vacaria. Is-to
corresponde a um acréscimo da renda liquida, em relação
ao tratamento sem calcário, de c 750,00 no solo Durox e de
t 912,00 no solo Vacaria. Dessa maneira, constata-se que os
acréscimos da renda líquida sao maiores no solo Vacaria do
que no Durox (Tabela 9 do Apêndice), em relação ao tratamento
4
1 4 o
sem calcário, o que era de se esperar, segundo as observações
anteriores de que as culturas apresentam maior resposta a
calcário naquele solo.
Verifica-se que o ponto de MEE do sistema corresponde à
igualdade das inclinações das curvas de receita (R ) e de
custo ( C ) nos dois solos (Figuras 1 e 2 do péndice), ou, em
entres palavras, ocorre onde a tangente ?A curva da recei-
ta paralela curva. de custo nos do e solos (Figuras 1 e 2do )êndice), o que era esperado diante do propr.io conceito
do m4xima eficiéncia económica (47, 65).Anelis<ndo-se os resultados de lucros csperele - 'abela
9 do Apêndice e Tiguras 15 e 16), observa-se sime-
tr-la na dietribuirão dos valores de lucro acima < do
ponto de M7 P , no intervalo entre as doses de 2 e 20 t/ha no solo
Durex e 4 e 20 t/ha no solo Vacaria, neste caso, com meei o r '
evi_déncia. isto significa que os p r e juizos esperados, rela
arlicen o cm falta ou er1 excesso de quantidades identi-
c e s r ' c calcrio, em relação ao ponto de M 7 F , são p r e t i c a m e n -
te eemolh.antc,^., no intervalo acima referido rara cada solo,
som levar em consideração riscos não previsto nesta pesquisa.
Cor a aplicação da dose de calcário eruivelente á MEE,
no sistema cultural utilizado, esperam-se rendimentos de
1820kg/he e 1':6 kg/ha para. trigo, correspondendo aos lucros
d.e (." 7107,00/ha/safra e f -85,00/ha/safra, nos solos Durox e
Vacaria, resrrctivamente. Para a. soda sao esperados rendimen
o. r 4
F o o
1 4 1
1 0 0 0 _
T
0 4,o 8,0 12,0 16,0 20,0
Calcário t/ha
Figura 15. Estimativa do lucro médio anual obtido com a a-plicação de calcário no sistema cultural trigo -soja, no oxissolo Durox Equação na Tabela 8)
R.L.O.A.S. = Quantidade recomendada pelos laborat6rios oficiais de análise de solo - RS e SC -segundo o método SMP para pH 6,0
1112
2000
R.L.O.A.S. — } j Lucro Máximo ME E)
i
/"'1 500
4,o 8,o 12 ,0 16 , o 20,0
C a l c á r i o t / h a
500
o
J '1 ru r t t 16. Ev t i rnn t i v , t do lucro mc t d i o anual obtido c o m a u-p l l c aç r i o do c n l c A r i o no s iMtoma cu l tu ra l t r i r o - soja, no ox i s so l o V a c a r i a (Equaç t i o no Tab t ' 1, t t { )
143
tos em torno de 2607 kg/ha e 2756 kg/ha, correspondentes &
ronda Ifquida de 1 1536,00 e a 1663,00, nos rospoctivos so-
los.
Ver i f i ca -se quo o nível ótimo (MFE) do utillzaçgo docalcdrio pela sucossáo cultural, ow cada solo, está mais pró ximo
do n íve l dtirao (=I pa:r'a a cultura da c o quo do
correspondente para o t r i g o , indiv idualmont Ias 7 e 9).
1 razao p a i s t o resido no maior prezo dc vendo da soja o,
principalmente, no maior produto físico tr:ar °inal desta culta ra,
ou, cm outras palavras, na maior resposta da soja ap4 cago c'_•c
cale: `r io, o que pode ser deduzido d ;: c! , .v ivadas das o o s p e c t i v . 0 0
c;ua V iges do rendimentos (Tabela 5 ) . outro la
do, d interessante observar que as mddias dos nfv,: is 6timos do
calcário para .da cultura, em torno de 10,2 t/ha no solo
Durox o 11,6 t/ha no Vacaria (Tabela 7 ) , , .st~o :u i to práxi m n5 do
n f v a l dtlmo estimado para o sistema ('' r;1 la .) e r e .
sultan om 1.ucros p oticamente semelhantes <ac : L;os estima
dos, nos do s solos,
Concordendo com o quo se obo : ,vou p ? ca i tu ra iso
ladamcnto, o nível dtimo de ompro o do celcd , consideran-
do-so on d.culturas em conjunto, este f _ i . :d -1mo das do
sos indd cada •. polo mdtodo s P (para pH 6,0 ,5) do que da
indicado pelo mdtodo do alumínio em ambos o& cJoe. Com a a-
p l i c o r o da doso de 10,4 t/ha, indicada polo 6,5 para
a :solo Durox, o lucro esperado seria prat_icai:?ontc idcntico
1
144
ao estimado para 10,8 t/ha de calcário, nas mesmas circuns -
táncias, pais a diferença entre os lucros estimados, pela e-
quaçáo constante da Tubdia 8 (Equaçgo (a) L\ fl), cor estas doses
seria de apenas 0 1,00/ha. Neste solo, a dose de 8,1 t/ ha (
SMP-pH 6,0) resulta numa perda maior em relaçáo ao lucro máximo
esperado, ou seja, de aproximadamente (` 47,00/ha. Entretanto,
levando-se em conta os erros experimentais (Tabela 5 do
Apéndice), conclui-se que este decréscimo de lucro d
Praticamente inexpressivo.
Pela equaçáo de lucro correspondente ao solo Vacaria,
Tabdia 8 (rquação (e) L,,„ , estimaram-se os lucros de :uJ1566,00/ha e 1520,00/ha, correspondentes a decréscimos de
€ 12,00/ha e ( 58,00/ha, em relaçáo ~. estimativa do lu-
cro máximo, com as doses SMP para p H 6,0 (1(1,6 t/ha) e 6 , 5 (
15,0 t/ha), respectivamente. Portanto, a dose indicada pelo
SMP para pH 6,0 proporciona lucro praticamente semelhante ao
máximo esperado na dose de WE, nas condiçóes am estudo.
r m ambos os solos, as doses indicadas pelo método do a-
lumínio esto muito aquém da dtima estimada, resultando em
perdas de grande expressáo com ralação ao lucro máximo espe-
rado. Be acordo com estimativas das equaçóes do lucro (Tabela
8), as doses indicadas pelo Al proporcionariam, em rela-ção A
1 4 5
produfc) ut i l izada, permitimo-nos afirmar que a d o s e d e sal-cório
indicada p o l o método SMP para p H 6 , 0 , aposur de s e situar
aqudm d o nível d e máxima ef io i gncia econ8mioa, atinge u m nível
sat i s fatór io , pois propicia rentabilidade económica bastante
próxima da máxima esperada. Tambdm ngo be poderia dizer quo a
dose indicada pelo método para pa: ,5 4 esa-
gerada, t o n o am v i s ta a m&xima rentabilidaae econamica, mos
mo no solo Vacaiia pois, conforme se observou n e a i a . solo, o
decrsclmo cm I e l a go ao lucro máximo tgo in iLnlFicante
quanto e o \ c i i i r a d o cora a dose . i eL i ' para p.l no solo
Duroa. Poltanto, pai oco quo o meio termo ent.e , doses SMP
para ph 6,0 o 6, o quo _aprebenta melhor v iabi l idade ace-
n Z m i c a n o o c o l o s , nas condigges desta p,_squiLa (Figuras
1 5 e 1 6 ) .
Por outro lado, observa-se que o n í v e l c a l a d r i o n a
eondiçgo do . el6tA al4m do estimado para e -.iiminavgo do
LI t r o c A v e l co ,respondo a valores do pH o nos so-los Durex e Vacaria,
respoctivamento (Figuroo 1 2 . Diante d i s s o , pode-se concluir que
a neceseidade do - l e i . ' i o para a obtenção da mdxioa r o n d o
l íquida 4 maior d o qu. a a c c e s s : t r i o para nuutxalizar todo o Al
trocável e corsaaponde ao ph ótimo de pratieamcnte 5 , e , nos dois
solos, eonsidc.ndo-ae o cultL vo do trigo o soja em sucossgo. Lassa
lorma, eaderia uma sugestão, a de que s e calibrasse a necessidade
de caledrio, e m condições de campo, para atingir valor de ph eu
torno daque-
4
146
le ponto, pois, como vimos anteriormente, esta e outras pes-
quisas mostraram que as quantidades recomendadas atualmente
por este método atingem valores de pH abaixo do esperado, es
pecialmente em oxissolos. Como se sabe, os valores da atual
tabela de recomendaçao de calcário pelo SMP, foram determina
dos atraves da incubação com CaCO3 em laboratório, para atin
gir p1 6,0 (56, 78). Em condiçees de campo o calcário aplicado
náo atinge o pH previsto devido a problemas inerentes à
qualidade e a incorporaçáo do mesmo ao solo.
4.5.3. Análise da variaçáo nas relaçóes de preço insumo-pro-dutos, no sistema culturalutilizado.
Derivando-se a equaçáo geral de lucro para cada solo (Ta
bela 8) e igualando-se a zero, obtiveram-se os valores de
X (t/ha de calcário) abaixo apresentados, quo maximizam o
lucro do sistema sucesso trigo-soja, para qualquer nível de
preços de insurio e produtos. Assim, foram encontradas as se-
guintes igualdades;
76,048. Pt + 118,1475. Ps - 2Px (para solo Durox)
6,4270.Pí + 8,041.Ps
x . 89,533.Pí + 122,902.Ps - 2Px (para solo Vacaria) 6,620.Pí + 7,851.Ps
4
147A partir destas igualdades, efetuou-se a análise da va-
riaçáo nas relaçóes de preço insumo-produtos sobre o nível 8
timo de calcário, especialmente, conforme sumário apresenta-
do na Tabela 10. Deste modo, fez-se variar primeiro o preço
relativo do fator (níveis do preços 2 e 3 ) , depois o de cada
produto `n íve is 4 e 5 para trigo e 6 e 7 para soja), e a se-
Buir, simultaneau_}ente os preços dos produtos (níveis 8 e 9),
do fatos e produtos (níveis 10 e 13) e do fator o soja ( ni-
veis I:).
As altoraçóes mais sensíveis, tanto no nível ótimo de
emprego do calcário como nos rendimentos fisicos, verifica -
ram-se quando se alterou isoladamente o preço do calcário(ní
veis 2 e 3 ) . Contudo, á interessante observar que, com o au-
mento de 100'l. no preço deste fator, duplicando a relaçáo bá-
sica de preço fator-produto, o nível ótimo de utilizaçáo do
calcário diminui em torno de apenas 2 5 , nos dois solos, corn
parando-se corn o nível de preços básicos (nível i). Diante
disso, pode-se afirmar que, mesmo com este expressivo aumento
no preço do calcário, a quantidade ótima a utilizar no sistema
ainda será bem próxima do nível indicado pelo método SMP para
p H 6,0, especialmente no solo Durox. Por outro lado, enquanto os
rendimentos físicos das culturas sofreram decrds cimos
inexpressivos (Figuras 6 e ¡ ) , os lucros máximos, esti mados
pelas equaçóes da Tabela 8, foram sensivelmente dimi - nuidos,
com as olevaçóes do preço do calcário.
148
Os aumentos no preço do trigo isoladamente (níveis 4 e
5 ) pouco refletem em termos de variaçgo na quantidade Stima de
emprego do calcário pois, para um aumento de 100% no preço
do trigo, correspondem aumentos de apenas 2,6 e 3,5% na dose
ótima de calcSrio, nos solos Durox e Vacaria, respecti-
vamente. Corn a soja a situaçgo ó um pouco diferente pois,
quando aumenta o preço deste produto em r0 e 12'0' (níveis 6
e 7), dose ótima de calcário sofre aumentos corresponden -4tes do 3 , 6 % e 13,^ no solo Durox e de 7,1`" e 1 1 , 6 5 no Vaca-
ria. Esta diferença entre o trigo e a soja devida a maior
produtividade marginal desta cultura nos dois solos e ao seu
preço b4sico mais elevado.
De modo geral, os acréscimos simultgneos nos preços dos
produtos (níveis 3 e 9) nIo alteram as conclusóes caracteri-
zadas acima, quando da análise das variaçóes individuais dos
mesmos, ou seja, os maiores aumentos no nível ótimo de empre
co do calcário foram concomitantes com aumentos no preço da
soja. "<. fim do se ter uma melhor idéia da peguona influencia
das alterao es no preço do trigo sobre o nível ótimo de cal-
cório, basta comparar os dados dos níveis 10 o 13 com ps dos
níveis 14 e 15. Observe-se que, nestes quatro níveis de pre-
cos, os níveis ótimos de utilizaçgo do calcário sgo pratica-
mente semelhantes, apesar de nos dois primeiros haver eleva-
çga simultânea de preços de insumo e produtos o nos dois dl-
timos apenas de insumo e soja.
o 10 - Sumário da análise da variação na relação de preços insumo-produtos, sobre o ní
l ~ i v .tes..
vel de utilização do calcário na c.icessão trigo-soja, nos oxissolos
Durox e Vacaria.
NíveisPreços de Insueto e ProLL
de Calcário-PxTriga-Pt
Preços $/t/safra % /kg A%
1*
16,15 0,75
227,225 50 0,75
3 36,30 100 0,75
4 18,15 1,125 50
5 18,15 1,50 100
6 18,15 0,75
7 18,15 0,75
8 18,15 1,125 50
9 18,15 1,50 100
10* 27,225 50 1,125 50
11 27,225 50 1,50 100
12 36,30 100 1,125 50
1336,30
1001,50
100
14 27,225 50 0,75
15* 36,30 100 i 0,75
tos Quantidade ótima de Calcãrio
Soja-Ps Durox Vacaria
$/kg A % t/ha 0% t/ha A %
1,00
-
10,80
-
12,0
-
1,00 - 9,39 -13,1 10,58 -11,8
1,00 - 7,98 -26,2 9,16 -23,6
1,00 - 10,96 1,5 12,24 2,0
1,00 - 11,08 2,6 12,42 3,5
1,50 50 11,73 8,6 12,85 7,1
2,00 100 12,30 13,9 13,39 11,6
1,50 50 11,74 8,7 12,94 7,8
2,00 100 12,21 13,1 13,41 11,8
1,50 50 10,80 - 12,0 -
2,00 100 11,50 6,5 12,70 5,8
1,50 50 9,86 -8,7 11,05 -7,9
2,00100
10,80-
12,0-
1,50 50 10,65 -1,4 11,77 -1,9
2,00 100 10,56 -2,2 11,63 -3,1
2
* Relações de preços iguais, isto e, R.P. __ Px = 20,473+ P s
-A% = Acráscimo em relação aos níveis de preçl:a básicos, usados na pesquisa.
4
1 5 0
A elevaçgo simultánea de preços de insumo e produtos(ní
veis 10 e 13) em nada modificou as conclusóes anteriores. Os
maiores reflexos no nível 6timo de emprego do fator devem-se,
principalmente, às alteraçóes no preço da soja e principal -
mente do calcário.
Lr interessante notar que, para qualquer nível de preços
constantes da Tabela 10, as variaçóes nos rendimentos fisicos
das duas culturas, estimadas através das equaçoes respecti -
v a s a cada solo (Tabela 5 ) , s a e insignificantes. Isto 6 devi
do ao baixo produto físico marginal das culturas aos níveis
de preços utilizados (Tabela 10), o que pode ser visualizado
nas Figuras 6 e 7 . Observe-se que, nestes níveis de preços,
os rendimentos tanto de trigo como de soja na cond.içgo de MLL
do sistema estgo muito próximos aos da condiçgo de P O E T , para
cada cultura e solo, embora haja grande diferença entre os
níveis de calcário inerentes a estas duas condiçóes. Esta
observaçáo também serve para explicar porque as elevaçóes do
preço do calcário isoladamente (níveis 2 e 9) causam diminui
çóes relativamente maiores no seu nível 6timo de emprego, do
que os acr4scimos deste nível devidos á elevaeao simultánea
do preço dos produtos, na mesma proporçgo (níveis 8 e 9 ) .
Há q u o se destacar o fato de, no solo Durox, o nível 6-
timo de utilizadoo do calcário ter apresentado maior acrésci
mo quando o preço da soja aumentou isoladamente em 1 0 0 , do
que quando os preços de trigo e soja aumentaram simultanea -
4
151mente na mosma proporgáo, apesar de, neste caso, a relagao de
preços insumo-produtos ter diminuído, conforme se observa na
comparação entre os níveis de preço 9 e 7 . Aparentemente, isto
entra em conflito cam a teoria de economia da produgáo, quando
afirma que aumenta o nível átimo de emprego de um fa-tor quando
diminui a relação de preços fator-produto. Entre-tanto, ncata
pesquisa estuda-se a influência de um fator iso lado sa ic dois
produtos de reação diierente a este fator. 0 como que, aos
níveis de preços utilizados (níveis 7 e 9 ) , correspondera
níveis ótimos de emprego do calcário para o sis tema que se
situara na faixa de rendimentos f i s i cos . marginais negativos de
trigo. ,suando os decréscimos no rendimento de trigo tornara-se
maiores do que os acréscimos no rendimento de soja, devidos ao
emprego do fator, o nível de utilizaç o deste tende a
diminuir, o que se verifica no caso presente.& parentemente,
este ponto limite de utilização bcnéfica de cal cório paia o
sistema no solo Durox está em torno de 12,30 t/ ha.
1 5 1
mente na mesma proporgáo, apesar de, neste caso, a relagao de
preços insumo-produtos ter diminuído, conforme se observa na
comparação entre os níveis de preço 9 e 7 . Aparentemente, isto
entra em conflito com a teoria de economia da produçáo, quando
afirma q u o aumenta o nível ótimo de emprego de um fa-tor
quando diminui a relação de preços fatoR-produto. Entre-tanto,
neata pesquisa estuda-se a influência d e u r n fator iso lado
sob:c dois produtos de reação diferente este fator. O
cor°e que, aos níveis de preços utilizados (níveis 7 e 9 ) ,
correspondor,i níveis ótimos de emprego do calcário para o sis
tema que se situam na faixa de rendimentos físicos. marginais
negativos de trigo. ::suando os decréscimos no rendimento de
trigo tornam-se maiores do que os acr€scimos no rendimento de
soja, devidos ao emprego do fator, o nível de utilizaç o deste
tende a diminuir, o que se verifica no caso presente.A parentem
nte, este ponto limite de utilização bcnéï'ica de cal crio para
o sistema no solo Durox está em torno de 12,30 t/ ha.
5. CONCLUSÓLS
Os resultados desta pesquisa permitem concluir o seguin
te:
5.1. O calcário aumentou significativamente (P40,01) os ren
dimentos de glaos do trigo e da soja nos solos estudados.
5.2. a ç o dc calcário foi efetiva na correçZo da acidez e no
aumento da produtividade a partir da primeira safra, nos dois
solos, pes manecendo praticamente inalt< racia nas safras
seguintes.
5.3. 0 modelo polinomial quadrático mostrou-se mais adequado
para o estudo de funçáo de produçáo do que o modelo raiz qua
drada.
5.4. as doses do calcário indicadas pelo r_~todo ; iïp para pH
6,5 sáo pr6ximas das estimadas para a máxima c 'icicncia téc-
nica (,i-fi) na cultura do trigo; e inferiores ás estimadas pa ra
a ïsal' na soja, mormente no solo Durox:. No entanto, o pH foi
praticamente semelhante para a obtenção dos rendimentos
máximos das duas culturas.
5.5. r . máxima oficiencia economics P•3. ~,) para o trigo, isola 152
i
i
153
damente, foi obtida com doses semelhantes ás indicadas pelo
método SMP para pH 6,0 e, para a soja, com doses próximas das
indicadas pelo mesmo método para pH 6,5.
5.6. Os lucros esperados na faixa de decisao para a utiliza-çáo d.o calcário (O4x4MT;I foram sempre positivos para a so
ja nos c'ois solos e, para o trigo, somente no solo Durox. No
solo Vacaria, a produçáo de trigo foi deficil_t para qua14
quer tratamento, sendo os prejuízos diminuídos pela aplica -
çao decalcário at „ó a dose de
5.7. los nl eis de preços de calcário trigo (Pt) e so-
ja (Ps) vigentes no ano de 1973/711, as doses de para o/ N
sistf:`r. a ;saco sao trigo-soja) foram cie lO, o ^_, O t/hade
calcário para os solos Durox e Vacaria, re pcctivamente, es-
timadas a partir das igualdades abaixo:
x =1_6_.L.08. Pt + 118 ,1475 . Ps - Px
Solo Vacaria:x = 89, 33.Pt + 122,902. Ps - 2 Px 6.62o.:et + 7,6)1. Jis
5.8. Os lucros estimados para o sistema cultural(s./ha/ano)fo
ram positivos para qualquer dose de calcário aplicada (0 a 20
t/ria), sendo o menor lucro correspondente ao tratamento sem
calcário nos solos estudados.
Solo Durox: 6,4270. Pt + 8,041, Ps
4
1,4
5.9. A dose de **Istria do HSI; pars o sistema oat& seals pr6s xium da
dose do JILL para a cultura da soja, isoladamon*o, do quo da
correspondent* & culture tr ice, nos dois soles.
5.10. As doses tirr oalodrio Indicadas polo método SMP para pH 6,5
no solo Lu. a& (10,4 t/ha) o porn pd no nolo Vaoarla
(10,0 VOA), sio praticamente semelhantes &s Lt.,' para o
sistema sosa respootivos solos.
5.11. As coser.; de calcdri* indicadas polo m-Ledo do alumina*.
no Icarus sdAiciantas para elimimar o Al trocAvcl, situaudOe
muito aOaixo das ostimadas para a obteuçZo us r ma sloe tema
cultural, soe solos estudadoso
501. À para o sistema correspoa4e a domus oe calcár io
Aecese&rv parr. elevar o ph em torno de !),t-, oli&imai total dontu o A l
trocdvol nob dois solos.
501:30 Aloo.at;Zos nos preços de ineumo e produ“o.* provocaram
poquonas modiilcugioo no dose de ALL para o s stoma cultural, sou dois
souúo **too uodltioasies maioros quando f o i
alts rodo o .o"nio do oaloArios No entanto, so uot outmost*do 100» soto.te o preço básico deste inumo implicaria mum& dl misui9io
od torsos de *pima,. 25'74 ma dose de AL , nett solos °IL tudadoso
6. RESUMO
Com a finalidade de estudar os aspectos económicos e a
gronómicos da utilizaçgo do calcário na sucessgo trigo-soja,
foi realizado experimento com nove níveis de calcário (0;2,5;
5,0; 7,5; 10,0; 12,5; 15,0; 17,5; e 20,0 t/ha do calcário d.o
lomiLico), numa única aplicaçgo, em solos Durox (I?aploorthox)
e Vacaria (Haplohumox) situados no município dc vacaria-RS,
nos anos aGricolas de 1972/73 e 1973/74.
0 calcário aumentou significativamente os rendimentos
do trigo e da soja a partir da primeira safra, sendo saz efei
to residual praticamente inalterado nas safras sc'L‘untes. ",.
traves de critérios estatístico e "16r,ico", o modelo
polinomial çua_dretico mostrou-se cais adequado ao cstudo de
N M
1 LUnçao dc pi oduçgo do Que o modelo raiz çu:?dr c .
~ w
me,ima eficiencia técnica ( ET) na cultura do trigo,
estimada pelos rendimentos das duas safras, foi dc 11,8 t/
ha e de 13,5 t/ha; e, na soja, de 14,7 t/ha o de 1,5,6 t/ha de
calcário, nos solos Durox e Vacaria, respectivamente.
me:alma oficiénci.a económica (MF ) na cultura do trigo
foi de 8,1 t/ha e de 9,9 t/ha de calcário, com rendimentos
de grgos de 1787/kg/ha e de 1300 kg/ha e, na cultura da soja,
de 12,14 e de 13,3 t/ha de calcário, com rendimentos de grgos 155
156
ra o trigo corresponderam às indicadas pelo método SMP para
pH 6,0 e para a soja pelo mesmo método para pH 6,5.
Considerando-se os lucros mddios anuais para o sistema
culturaltrigo-soja, as doses de MEE foram de 10,8 e de 12,0
t/ha de calcário para os solos Durox e Vacaria, respectivamen
te, ostir.aclas a partir das igualdades abaixo:
:solo i:>ui•ox: 76,O48.Pt + 118,147 5. - Yx
6,4270. Pt + 8,O41.Pa
aolo Vacaria: 1 _ ~~533.Pt l22,~C2P _
6,620.Pt + 7,851. Ps
Com as doses de MEE para o sistema cultural, no solopm
rox, foram estimados lucros do 107,00/ha para o trigo e de A
1536,00/ha para a soja, resultando o lucro rs4ximo de ó 184,,
00/ha/ano para o sistema; e, no solo Vacaria, lucros de r* -85,
00/ha para o trigo e de A< 1663,00/ha para a soja,r` sultando o
lucro máximo d e i 1578,00/ha/ano para o sistema.
As doses do calc4rio indicadas pelo método ~MPP para PH
6,5 no solo Durox (10,4 t/ha), e para pH 6,0 no solo Vaca ria
(10,6 t/ha), foram praticamente semelhsntrs .s doses de I r
para o sistema cultural , que corresponderam ?t neutraliza
çáo total do alumínio trocável e a pH de 5,9 e 5,7 nos rest -
pectivos solos. ~.s doses indicadas pelo método do alumínio
situaram-se abaixo das doses de MFP para o sistoms e foram
insuficientes para neutralizar todo o Al trocável nos solos
1 5 7
estudados.
A dose de M L para o sistema cultural trigo-soja foi
pouco sensível ts alteraç es de preços de insumo e de produ-
tos.
4
1
7. REFE3NCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. A.DAM'IS, F. LUND, Z.F. Effects of chemical activity of soil solution aluminum on cotton root penetration of acid sub-soils. Soil Science, Baltimore, 101 (3)s193-8, Mar. 1966.
2. ADAMS, F. & PEARSON, R.W. Crop response to lime in the southern United States and Puerto mico. in: 'LALSON, R.W. & ADAMS, F., ed. Soil acidity and liming. Ma-discn, American Society of Agronomy, 167. 0.161-206 (Agronomy, 12).
3. ANASTÁCIO, M. de L.A. Fixaçao de fósforo nos solos brasi-l e i r o s . Mio de Janeiro, Ministério da Agricultura, 1968. (Boletim Técnico, 4).
4. ANDA, Sao Paulo. Aspectos econômicos do uso de fertili -zantes. In: ?Manual de aduba moo. ao Paulo, 1971. cap. 3.8, p.201-226.
5. ANDREW C.S. A NORRIS, D.O. Comparative responses to cal cium of five tropical and four temperate pasture legu-mes species. Australian Journal of A ricultural Re-search, 12 (1). 0-55, Jan. 19 1 .
6. Al?J0, J.L,GS O alumínio trocável, possível causa do crestamento do trigo. In: REUNIÁO BRASILEIRA DE CIEN-CL. DO SOLO, 22-, Campinas, 1953. Anais ... io de Ja-neiro, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 1953.
7. 13."s; O, .0. et alli. Estudo sobre calaLem eu alguns la-tossolos brasileiros. Rio de Janeiro, 1971. Trabalho apresentado no 132 Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, Vitória, 1971.
8. BEN, J.R. Efeito da calagem nos elementos alumínio, cál-cio, magnésio e potássio e relaçóes dos mesmos com aManta em cinco unidades de solo do Rio Grande do Sul. 66r. Tese (,'!estr. - Biodinamica e 'rodutiridade do Solo) Universidade Federal de Santa Maria, SAnta Maria, 1974. INao publicado
9. BlNe Ci , . DA PSCH, L. Resultados de ensaio de adubaçáo de soja no ano 1968/69. Curitiba, 1969. Trabalho apresentado no 122 Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, Curitiba, 1969.
159
10. BLOISE, R.M. et a l i a . Estudos de calagem conforme a re-laoao de alumínio troc&ivelpara bases trocáveis. Rio de Janeiro, 1971. Trabalho apresentado no 13! Congres so Brasileiro de Ciõncia do Solo, Vitória, 1971.
11. BORKERT, C.L. Efeito do calcário e do cloreto de potás-sio sobre as concentracóes de manganas e aluminio nos ,oxissolos Santo Angelo e Passo Fundo e suas relaçõescom a nodulação e rendimento de duas cultivares de so-.11. 97p. Tese (Mestr.Agronomia.-Solos) Faculdade de Agronomia, UFRGS, Porto Alegre, 1973.
12. BORKON & BOLES, J.N. The 1130 multiple linear regression:system,. Berkeley, Agricultural Experiment Station,Univarsity of California, 1970. 92p.
13. BRASIL. Ministério da Agricultura. Divisáo de Pedologia eFertilidade do Solo. Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado do Rio Grande do Sul. Primeira E-tapas Planalto Rio Grandeur's. Pesquisa A ropecuiria*Irasileira,, Rio de Janeiro, 2171-209, 1967.
14. BRAUNER, J.L. & CATTANI, R.A. Variagao no teor de alumi nio trocável do solo, influenciada pela aplicaçao de carbonato de cilcio. Ins Anais da Escola Superior deAgricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 24:57-69, 1967.
15. BUCKMAN, H.O. & BRADY, N.C. Calagem e sua conexo com vegetais e solos. Ins . Natureza e propriedades dos solos. 3.ed. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1974. cap.15, p.430-52.
16. Reaçóes do solo; acidez e alcalinidade dos so-los. Ins Natureza e propriedades doa solos.3.ed. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1974. cap.14, p.399-429.
"xl7. CAMARGO, A. et alii. Adubaçao da batata doce em Sao Pau lo, Parte II - Efeito do calcário e de vários adubos. Bragantia., Campinas, 21(201325-39, 1962.
18. CARTTER, J.C. & HARTWIGG, E.E. The management of soybeans.In: NORMAN, A.G., ed. The soybean.; genetics, breeding,physiology, nutrition, management. New York, Academic Press, 1963. p.221-226.
160
19. COLEMAN, N.T. Decomposition of clays and the rate of aluminum. Economic Geology, J:1207-18, 1962. Apud BEN, J.R. Efeito da cala em nos elementos alumínio,cálcio, magnésio e potássio e relaQoes dos mesmoscom a planta, em cinco unidades de solo do Rio Grandedo Sul. 66f. Tese (Mestr.-Biodingmica e Produtivida de do Solo) Universidade Federal de Santa Maria, San-ta Maria, 1974. ,Náo publicado
20. et a la i . Cation-exchange-capacity and exchangeablecations in Piedmont soils of North Caroiin<. Soil Science Society of America Proceedings, Madison, (2) :146-9, Mar./Apr. 1959.
21. COLEMAN, N.T. & THOMAS, G.W. The basic ch' try of soil acidity. In: PEARSON, R.W. & ADAMS, F., ed. Soil aci-dity and liming. Madison, American Society of Agrono-m y , 1 9 6 7 . p . 1 - 4 1 (Agronomy, 12).
22. CtUZ, A.D. et alii. Efeitos do alumínio no trigo (Triti cum vulgare L., var. Piratini) cultivado am soluço nutritiva I. Anais da Escola Superior de AgriculturaLuiz de (ueiroz, Piracicaba, 24:107-117, 1 7.
23. PALLtAGNOL, A. et alii. Efeito residual do 2u5sforo ecalcário aplicados na cultura do trigo, sobre os ren-dimentos da soja. Passo Fundo, 1974. _.-_ atalho apre-sentado na 2s Reuniáo Anual Conjunta de Pesquisa da Soja, Porto Alegre, 1974.
24. DOTTO, :.T. et alii. Estudo da interacgo entra variedades nitro ênio e calcário. Passo Fundo, 1974. Trabalho apresentado na 6 á Reunigo Anual Conjunta de Pes quisa de Trigo, Porto Alegre, 1974.
25. EUA. Department of Agriculture. Soil Survey Staff. SoilClassification; a comprehensive system, 7th aproxima-tion. Washington, 1900. 508p.
26. EUA. National Academy of Science. Manganese and plants. In:Manganese. Washington, 1 ,72. cap,3,
P.51777--
27. EVANS, C.T. & KAMPRATH, E.J. Lime response as relatedto percent Al saturation, solution Al, and organicmatter content. Soil Science Society of America Pro-ceedings, Madison, 2L(6):893-6, Nov./Dec. 1970.
161
28. FECOTRIGO. Trigo - estudo do custo de producgo - safrade 1973. Porto Alegre, 1973.
29. FOY, C.D. Effects of aluminum on plant growth. In:CARSON, E.W., ed. The plant root and its environment. Charlottesville, Polythecnic Institute and State Universi
ty, 1974. p.6o1-642.
30. et alai. Aluminum tolerance of soybeans varieties in relation calcium nutrition. Agronomy Journal, Madi
son, 61(4):505-11, Jul./Aug. 1969.
31. Characterization of differential aluminum teleran co of wheat and barley. Soil Science Society of Ame-rica Proceedings, Madison, 21(4):513-21, Sept./Out.1967.
32. _ _ _ . Differential aluminum tolerante of two wheats varieties associated with plant-induced pH changes around their roots. Soil Science Society of America,Proceedings, Madison, 22(1):64-7, Jan./Feb. 1967.
33. Differential aluminum tolerance of wheat and barley varieties in acid soils. Agronomy Journal, M_
dison, 11(5):414-7, Sep./Oct. 1965.
34. Differential tolerance of cotton varieties to excess manganese. Agronomy Journal, Madison, 61(5):690-94, Sep./Oct. 1969.
35. Differential tolerance of dry bean, snapbean, and lima bean v a r i e t i e s to an acid soil high in ex-changeable aluminum. Agronomy Journal, Madison, 12. (6):561-3, Nov./Dec. 1967.
36. ~ - _ . Opposite aluminum and manganese tolerance of two wheat varieties. Agronomy Journal, Madison, a (1)123-6, Jan./Feb. 1973.
37. FOY, C.D. & BROWN, J.C. Toxic factors in acid soils: I.: II. Differential aluminum tolerance of plant ecies. Soil Science Society of America Proceedings,Madison, 28(1):27-32, Jan./Feb. 1964.
38.
r
162
39. FRANCO, A.A. & DOBEREINER, Je Toxidez de manganes de solos ácidos na simbiose soja-Rhizobium. In: REUNIXO LATINOAMERICANA SOBRE INOCULANTES PARA LLGUMINOSAS,4"., Porto Alegre. Anais ... Porto Alegre, Secreta - r i a da Agricultura, 1968. p.179-208.
4 0 . F R E I R L , J . R . J . 8 c V I D O R , C. Fatores l imi tan tes dos solosácidos na simbiose de Rhizobium e as leguminosas. In: DOBEIEINER, J. et a l i i , ed. As leguminosas na agri - cultura tropical; Seminário sobre Metodologia e Pla nejamento de Pesquisas com Leguminosas _'o_, a l e i r a sTropical_ Rio de Janeiro, 1971. p.211-47.
41. GALLO, J.F. et alai. Teores de alumínio, max~ganês, Soro otássio cálcio e ma_nésio em sessen de t r i o e sua r e l a ao com o "crestamento
cia do Solo, Vitór i a , 1971.42. GARCEZ, J.B. et a l a i . Zoneamento agroclimático do Rio
_rande do sal e ; anta Catarina para a cul pura da soj a .Ciência e Cultura, Sao Paulo, 26(3):273-85, Mar.
4 3 . G O . : 2 F i : . t , C . f ' . e t a l i i . -:xperimento de fonte :; de fósfo-ro em adubação corre t iva e de manutenção. Porto Alegre, 1974. Trabalho apresentado na 2=' aouniáo Anual Conjunta de Pesquisa da Soja, Porto Alegre, 1974.
44. Experimento de níveis e fontes de f6sforo emdois neveis de ca l cá r io na cultura da soa a. Porto A-l eg r e , 1 9 7 . Trabalho apresentado na 2á Reuniao Anu-al Conjunta de Pesquisa da Soja, Porto logre, 1974.
45. GO-PFa_L, C. f . ( a EaL1.ìa , J.1-,J. sxperialento sobre o e-feito da calagem e do f6sforo em soja (Glycine max(L)
_gronomia Sulrio ,randense, 'o ' to l eg re , 8 (2) :181-6 , 1972.
46. GOMES, L.P . et a l i i . Rea a o de variedades de t r i o ao crestamento. Passo Fundo, 1973. Tsabalho apresenta-do na
47. lda.0Y ,
bal~~o apresentado no 13°- Congresso Bras i l e i ro de C1en
<; ;ILLON, J.L. Agricultural production func-t ions. Ames, Iowa State University Press, 1972. passii.
163
48. IIORSTENSTINE, C.C. d JISKELL, J.G.A. Effects of alumi - nun on sunflower growth and uptake of boron and calcium from nutrient solution. Soil Science Society of,America Proceedings,, Madison, 21(4):304..7, Jul./Aug.1961.
49. IPEAS, Pelotas. ?recos recebidos pelos produtores nos,Estados nido re•os miniaos no Brasil e re os de,ktduboe na prava de Pe otas., Petura interno, 07)
50. JACKSON, M.L. Physiological effects of soil acidity. In: PEARSON, R.W. & ADAMS, F., ed. Soil acidity and li-ming. Madison, American Society of Agronomy, 1967. cap.2, p.43-124 (Agronomy, 1 2 ) .
51. . Vheathering of primary and secondary minerals in soils. Ins INTERNATIONAL CONGRESS OF SOIL SCIENCE, 90., Adelaide, 1968. Transactions ... New York, Ame.. rican Elsewier, s.d. p a r t . 4 , p.281-92.
52. JENNY, H. Reflections on the soil acidity merry-go-round. Soil Science Society of America Proceedings , Madison, 21(6):428.32, Nov.Dec. 1961.
53. KALCKMANN, R.E. Contribuição ao estudo da adubacão e,das variedades de trigonot, solos ácidos do Rio Gran-de do Sul. 33f. Tese (Cit. Agricultura Lspecial Cud so de Agronomia da Universidade Federal do Parana., CIritiba, 1965. !Náo publicado
54. et alii. Resultados do plano regional de aduba -9 ao de trigo, no RS, nos anos de 1961 a 1965. São Paulo, 2(10):20-27r 1967.
55. KALCKMANN, R.E. & MACHADO, M.O. Adubação mineral em mi-lho no nio Grande do Sul. Ins REUNIXO BRASILEIRA DE MILHO 6¢. , Campinas. Anais ... Campinas, Instituto Agronomico de Campinas, Escola Superior de Agricultu-ra Luiz de Queiros, 1965. p.63••7.
56. KAMINSKI, J. Fatores de acidez e necessidade de oalcário, em solos do Rio Grande do Sul ,. 96f, Tese (Mestr.Agron. Solos) Faculdade de A ronomia, UFRGS, Porto Alegre, 1974. !Não publicado
f
57. KAMPF, N. Mineralogia e génese de alguns solos da re iá4nordeste do Planalto Rio Grandenee. 105f. Tea. estr.
otas,
164
58. SAMPRATB, E.J. A acidez do solo e a calagem. fialsigh, Universidade Estadual de Carolina do Nolte, 1967. (B+letim ` dcnico, 2).
59. _ _ . Exchangeable aluminum as a critexiva for limingleached mineral so i l s . S Q Sciepc Society of
Aattara~eca Procesdings, Madison, 3) s 252••h, Nay%Juana. 1970.
60..... ~,_,.. Soil acidity and liming. In, P A M C H E . P . A . , e d . A review o r soils research Ian _Tropical Latin America. Raleigh, North Carolina State University, 1972. cap.6, p.167.•82,
61. IcAMPICATH, E.30 A POT, C.D. Etas«fertiliser-plant into..ractions in acid soils, Ins OLSON, a.A. t alit, sod. Fun. tiUzut technology and use. 2.ed. Radison, Soil Science Society of America, 1971. p.105.151.
620 SIPPS, S.H. The calcium/manganese ratio in relation to the growth of lucerne at Canberra, À.C.T. Je rat Co1;i 7
63. XLAMT, L. l e p "japAç e" QQeeptA&Pìi..idade de sorts nos, Porto Alegre, Faculdade de Agronomia►, 1 R 1 7 9 . (Folheto, 01),
64. KORNELIUS, t.. ct SAIB1tO, J . C . Iaf lu$ucia do caledrie e de estirpes de Rhisobiva txifolii na produçáo de mats; ria seca e de sementes de trevo subterrr nuo (" ' tr i fo lTursubterraneum L. cv. Mount Bark or). Agronomia_ bulr=io •• grandense, Porto Alegre, £(1)c57-70, 1973.
66. LESSINGER, E. Anil i e acep co do efeito res gl dRfósforo e o 1< r e<toaGR• 44 rpy de funçof 41e
pr o d u t o Q. V oariat RB,100r. T e s e (Msstr,..Eoonomia) I n s t i t u t o
do Estudos e Pesquisas Rooalmieas, UPRGF, Porto Ais• gre, 1972.
67. LWW, Z.F. The effect of calcium and its relation teseveral cations in soybean root growth. rP8i8 , !4cooet tv of* rica Proceedings,, Madison, $ ) s w•9,
. 117 . Tese %3e cone* mia Instituto de Estudos e Pesquisas Ecoa6micas,VPRO8,Porto Alegre, 1970.
1 6 5
62. T,a)r AN 'K, ',X. "anganaca and aluminum tolarance of azalea cv. Sweetheart Supremo, ln:SAMISH,
cal. ''ecent advances in plant nutrition. 1N,aa Y o k ,Gordon al Breach, 1971. v.20 P..55 -577;.
69. '11\1)0, '4.0. i riosaios de calihraQqo para a cultura deamu l tadosda 1 9 7 0 . " e l o t a , 1 ' 7 1 . Trabplho
a p r e s c n t a d o na 3P Reuniao Anual Conjunta de Pesquisa d o Ti i o . Cur i t i ba , 1 9 7 1 .
7 -" . s f u d o da a c ; o d e Ilicrcnutai, a i n , e t : , lc )
a a a u n d o . 'olotas, 1)12. . . . a , a p s s ,n t a d c5= , eur ;TTnua l Conjunta de ' eaqu iaa d o Trigo. Por to la -!a, 1 , 7 .
e l t L d a i o d e ensaios da ,du" , , - '% a— c a m a cu l -tu ras e n t . d o na 4 . eun iao Inual _onjunL, os,ulsa a , T
r i g o . Passo Fundo, 1912 .
72 . espoatas de a l as var i edadus e linhagens det i L o ap l i c a ' : ;ao de a l t as d o s e S c . : a i t a o 3 n i u e a c o -
la on. 'alotas, 1972. Trabalho apra :)ntado na n
auni7.o 'naa l Conjunta dc aosqui
74. . et alit. Lffect of lime and phosphorus on zincu p t a k o I a o a l o u r s o i l s o f a r a a i l . a a n i c a t i o r a : inoil acianco and Plant Analysis, } ; c v Y o r k , 2 (5 ) :221 -27 , 1)71.
ï 7 ç. i . e t a l i t . -com-ndo,76 ,ubo calca (.-r io para os so l o s e culturas d o i o - . a - a n d a do au1.
o a t o o , : a c u l d a d a de ' .gronoaia, i a 2)p.; D o l a f i m € cn ico , 2 ) .
76, infiwlncia da acidez sois:a fertilidadc dos,oeto al.cgro, 1)6 . a,a-asona::.ao no
12 Congresso Nacional de Consarvaçao do 'olor, campinas,1)6.;.
-lo adJ.ltosolos do aio Grande do Sul. 67f'. ase Iestr.Agron.alms -ruldade de ,rronomia, , o f c ie%- t
190"). publicadol
166
, L.7. á'1y, ioio "i Cal effects of' pTi on -oots. In:eN, h.h., od. The plant roots and i environment.
7hn.rlottesville, Polythecnic Institute and ntate Uni-ti cap.6,
8. rT_T-f C C , S. et ,33íi. Determinaç7o nuantitaLivn da cala-cm. ?onto Alegre, 196!). Trabalho epresentado no
129 Congresso Brasileiro de Cincia do 9olo, Curitiba,1 9 6 .
79. I/lUrlhi, O. et alii. Lstudo do correlacao da acidez dossolos do 'stado do Paraná. Curitiba, 1»)?. Trabalhopn:eentado n o 1 2 2 Congresso Brasileiro Cincia doSolo, Curntiba, 1969.
G. NU ill, U. h LALC.nAANN, h.h. Sugestões do calagem e a--" -
dubeoao para recuperação dos solos co nordcste dote ao do 'a aná. Curitiba, 1971. Trabalho apresentado
n o 139 Congresso Brasileiro de Cincia do Solo, Vit6nia, 1 ) 7 1 ,
31. Nisi w' A. The effects of soil acidity on t h e growth ofcereals witn particular reference to tn d i r f o r e n t i a lreaction or varieties thereto. Plant and Loll, Theelague, Iq4):324-38, Jun. 1)60.
N O 1 n n , n.e. negue bacteriology. In: I C n T = A .Conbnneelth Pureaux of Pastuno and File Cnops. Soilcements and methods in subtropical pasture research.hurley, 1564. cap.?, p.102-117.
...n_ intelligent use of log=c incoulants andle— prlleting of tropical legumes. Tropical Grassland,
isbane, 1:107-21, 1)67.
84. J. ,Ilnoral nutrition of soybeans. In: NORnAN,., ri. Inc suL22.!-IL genetics, broedi:IL, physiolo
jr, nutrition, management. New 'IorL, Academic Press,1963. p.125-60.
85. OLIvrl-, A.J. de. Análise economátrlca da e:porimenta-7o de rertilizantcs no trigo cultivado no Alentejo(InDztual). Agronomia Lusitana, Oeiras, ?4(1-2):5-175,6. OSóIO, Genealogia dos trigos brasileiroa,. 10f.Pc lotas, Instituto de Pesquisas e Experimenta.:-Io Agrope cuárias do Sul, 1972. 10f.
ry~
167
87. PATLLLA, J.F. et alii. Alguns resultados de calagem comvariedades de trigo do Rio Grande do Sul. Pelotas, 1 )6 . Trabalho apresentado no 122 Congresso Brasilei ro de Ciencia do Solo,.Curitiba, 1969.
88. PAULING, L. Química Geral. Rio de Janeiro, Livro Tdcni co, 1967. passim.
89. PI,AaSON, id. Soil enviromment and root development. In:PIER=, N.H. et alii, ed. Plant envirommont and effi-cicn oao_ use. '4nelison, amorioan .moo_my, In66. cap.6, p.95-126.
90. POLTLCM, Influencia da cala ern e da aduboo7.o fosfata-- ooOro aigumas propfiodades do solo. .ja. Teso Cát.-ulmica Agricola), Lscola Agronomia alioou Maciel,
fao iN7.o publicado:
oi Agrona
91.Ofeito fosidual do caiaoom , do acuba ao los-.la na prod.ucáo da alfafa Medicago sativa L.
..:oolo :Oiuno aloO6fioo do a i o cul.Tese Mestr.Agron.-Solos Faculdade de Agronomia,
Oa, o_ Go aiogao, 1974, J7o publicodo
207C, a- 1 :fito da calagem do 16o:oo no produçaodo tfigo no solo Durox. Agronomia Sulriograndense,
' O a : g o , 7 ( ) : : 1 9 - 1 O ,93. . io i to do calagom o da adub. .osfatafa em
oito solos de Santa Catarina. 84f. ToE (Mostr.Agron.da oonomia, UfOGO, a o
1. ;Não publicado
94. RIOS, M.A. & PEARSON, T.W. The effect of oomo chemicalaaotaa,antal :ac000s on ootcon 000t aoic . SoilScionco Socioqoo o f Americo 1'rocodinos dison, 28
..
. o 0 0 0 nl_7nt
o . ,o n oojC oo i l o and bon, licial r`(, o' ;inr. I.
oOaon o_ actoocsponsiOl a_ ;a:la soil inju-17 . Soil S'cirnce Baltimore 70(';):' Nov.
96. SOT: Van. `')mo iactofs ailcctina upta e of p.191-1`6íi.
163
97. S=AT:, L.F. P_TERSON, A.B. Acid, al alin , and sodicsoil. In: BEAR, F.E. Chemistry of the soil. Zed. New Yor , Reinhold, 1964. p.293-319.
9E. EILV', . da. Trabalhos experimentais corn trigo. Rio de Janeiro, Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas,1, (Circular, 4)
99. EIL\:, V.P.Ç. da. Efeito da aplicação de c-lcriofósforo epotássio no estabelecimentoodu cao de alfafa
'tVerMC-hc,dc utr6fico : a l t o da-3 C a m a s 1 9 1 P . T - s e (Me s t r .
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,
1 7 2 . N , 7- 't o p u b l i c a d c l
lc,0.r-,
c'° c°1os 4cidosolos)
en.- > ,
:aculdad-, dc Agronomia, Po - c o 1 9 7 2 .
101. ,: a r o daF car .,calarem em solos ácidos com va:7ic!'Lv
.fundo - 2, ,L)p.
'-n-,
n e ■-■ 1 r, , 'eOrtP A Ca-r t r do
■■■s■-.•■•..■•+'
1-'!L,-: _ to -nd IrF Fso Fund:).Fyprri - ''F 1 '.1''-o a p
o na P R . u n j :71 o Anual Coni x n r uisn de. ,‘
-010 r O
4!1..n±ci 7MBP.APA,np n:.n4o
r'o.oiln-t-.r+ ri ccuica 0- T i---e, Po
101'. J.G. ,1 a df:l cpinp. m .na'raculda-
TP''"G 3, iNao pu-
-T'Or'tO
oFt-1 dc t -ifolium
c -n— c 1' :IoF -la-,--
da so-teor de Al
Passocntado na
Porto
102.
e
169
105. STAM ILL, J.G. & MURDOCI;, J.T. Inf'lu"ncia da calagem eda adubação na produçgo de trevo vermelho cm trls so-los do Rio Grande do Sul. Posto A l : g 1 ; 6 9 . Traba lho apresentado no 122 Congresso Brasil iro de CiAn - cia Co .Solo, Curitiba, 196
106. SUTTON, C.D. e l HALLSWORTH, E . G . Studi'r on -th- nutrition of forage legumes. I. The toxicity of low pH andh i g h manganese suply to lucerne as afract•:d by climatic factors and calcium suply. Plant and soil, The Hague,1""'I-17 l05 .
1°7. T'^_RTLAS d adul. aago co:'eiva adub? c g o dc rnanut nçao para solos e culturas dos Estados do Rio Grande do Sul
Santa f a - 'na. En.aul'iad;. Cr! _oriorn ' UT,7GS, l '72. lip.
108. TISDALE, S.L. & NELSON, W.L. Liming. In: Soilt_ility and fc ,tili.z: s, d. London, "acm.illan,
1970. p.194-251.
109. . Sulfur and microelements in soils and fertilizers.lra° Soil tility and :rP , ?.,..d.
London, Macmillan, 1970. p.288-356.110. TORRES, C.B. Estudo sobre a prática da calagem. 55p. Te s- (Cát.a:%a'r-i_cultura Geral Faculdad- r' -onomia Veterinária, UFRGS, Porto Alegre, 1961.
111. VALDES, A. Análisis economico del uso de fortilizantosc-; it o, r eíz y papas. In: INSTITUTO TNTT'"AMFRICANO DE CIENCIAS AGRICOLAS DE LA OEA, Turrialba. Investiga -cion -cononica y Tpa-im~ntati.ón i'ont' ;--ideo,1967. p.79-130.112. VETTORI, L. Métodos de análises de solos. Rio de Janei -o, 'ini-t`- io da _tricultu-a, (flol,timTécnico, 7).
113. VIDOR, C. Toxidez de alumínio e manganês e suas relaçõescor a nodulaç, o, r nndiin,nto e absso o f ;ïìan{';an,"porGlycine max (L) Merril. 71f. Tese (Mcstr.A_gron.-So-lo.-) EaculC'ad, d,' Af,onomi.a, Ui CGS, =:-o- .,o ,1972.'Ngo publicado
114. et alii. Análise de um grupo do expnrimontos derid-a')n ^fio corn rds.fo„o, potdssioca ;.c ~.- :i_o -rn Glycinemax (L) Merril. Agronomia Sulriog_r.andensc, Porto Ale
e
1,10
115. VIDOR, C. Informe preliminar sobro ,o co portaaento de variedades de soja à calagem e adubações fosfatadapotássica. l l f . P o r t o k l o g r e , I P . 1 G R 0 , 1973. T r a b a -
lho apresentado na 1f Reuniáo Anual Conjunta de Pes -quisa da Soja, Passo Fundo, 1973.
116. VIDOR, PTFIflD, J.R.J. Controle da toxidez de alumínio e mangan;;s em Glycine max (L) Merril pela calageme adubaçgo fosfatada. Agronomia Sulrio~ra_dense, Portc Alegre, L(1):73-87, 1972.
1 1 7 . ~ ~ . . Relações de substituiçgo entre calcário e f6sfo
ro aplicado no solo na cultura d a s o j a ( G l y c i n e m a x(L) Merril). Agronomia Sulriograndense, Porto Alegre,113. VOLKWEISS1 S.J. I_nfiuáncia do calcário no pH,,,alumínio,nange.nee e zinco de 19 solos do Rio Grande do Sul esuas relacoes com o rendimento e absor_ogo de mananese zinco polo milho. 92f. Tese Mestr.Agron.-Solos , Faculdado do Agronomia, UFRGS, Porto A1c' rc, 1370. 1Ngo publicado
119. c 4 z LUOWICIz, A. +. 0 melhoramento do solo pala cala-M . Porto Alegre, Faculdade do Agronomia da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul, 1971. 30p. (Bo letim T6enico, 1)
120. WINKLER, H. Efeito da calagem o aduhaçgo fosfatada sobre a produçgo do trigo e a disponibilidade da f6sforo emuatro unidades de solo no Estado de Santa Catarina 11
parte . Caçador, Estaçgo Experimental de Rio Caea.dor - ' M73RAPA , 1974. ¡N;.o publicado l
121. ? i , J.C.P. Acidez. In: MONIZ, A.C., coord. Elementos do pedotoyia. S o Paulo, Ur''!rcic'a' c d Pau lo, 1972. p.149-168.
122. YUAN, T.L. Some' relationships among hidro€ cn, aluminum and solution and soil systens. Soil Science, Baltimo
re, 210}:155-63, mar. 1963.
Tabela 1. - Efeito do calcário sobre o pH, alu:iio trocável e saturação de alumínio trocável, de amos
tras de solo coletadas em 4 épocas (após a colheita das culturas), nos oxissolos Durox e
Vacaria. Médias de 4 repetições.
TRATAMENTOS pH (1:1) Al troc.(me/100 g) Sat. Al (%) b)
Calcário t/ha TRIGO SOJA TRIGO SOJG TRIGO SOJA TRIGO SOJA TRIGOSOJA TRIGO SOJA
72/73 72/73 73/74 73/'r. 72/73 72/73 73/74 73/74 72/73 72/73 73/74 73/74
Ef _0 VACARIA
0 4 . 8 4.7 4.5 4.7 2.80 2.50 1.75 2.60 38.50 31.50 33.25 45.502.5 4.9 4.9 4.8 5 . ' 1.35 1.08 0.85 1.18 16.00 14.50 13.50 18.255.0 5.3 5.1 5.0 5.1 0.48 0.48 0.30 0.85 6.00 4.25 4.75 13.257.5 5.5 5.4 5.3 5.1 0.15 0.52 0.12 0.26 1.50 4.50 1.50 3.50
1 0 0 5.6 5.6 5.4 5.5 0.05 0.08 0.08 0.20 0.50 0.75 0.75 2.501 2 5 5.7 5.8 5.8 5.7 0.05 0.15 0.02 0.15 0.50 1.25 0.25 1.75
15S0 5.7 6.0 5.8 5.3 0.02 0.05 0.05 0.05 0.25 0.50 0.50 0.5017.5 6.0 6.4 6.2 6.7 0.02 0.02 0.00 0.00 0.25 0.00 0.25 0.252 0 0 6.1 6.4 6.2 6.4 0.02 0.02 0.02 0.00 0.25 0.00 0.25 0.25
51 LO DUROX0 4.8 4.9 5.1 4.7 1.80 1.70 1.18 1.50 27.00 24.00 19.75 26.752.5 5.2 5.4 5.6 5.3 0.52 0.40 0.50 0.65 7.25 4.50 7.00 10.505.0 5.4 5.6 5.5 5.2 0.22 0.12 0.18 0.20 2.25 1.50 2.25 3.007.5 5.6 5.8 5.8 5.7 0.10 0.08 0.05 0.08 1.00 0.75 0.75 1.00
10.0 5.7 6.0 5.9 5.3 0.02 0.00 0.00 0.02 0.25 0.00 0.00 0.2512.5 5.8 6.3 6.2 5.7 0.08 0.00 0.05 0.02 0.75 0.00 0.50 0.2515.0 6.0 6.4 6.0 5.3 0.02 0.00 0.02 0.05 0.25 0.00 0.25 0.5017.5 6.0 6.4 6.2 6.1 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.0020.0 5.0 6.4 6.3 6.1 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
J - A s coletas da amostras de solo ocorreram no início d dezembro, junto ás colheitas de trigo e no início de maio, junto ás colheitas de soja, para cada safra.
b)-Percentagem de saturação de alumínio trocável em relação á CTC EFETIVA (Al + Ca + Mg + K).
e
Tabela 2. Equaçóes de regressão que expressam o relaciona - mento entre o pH, o alumínio trocável e a satura-ção de alumínio trocável, com calcário aplicado nos oxissolos Durox e Vacaria, seguidas dos res pegtivos coeficientes de determinaça& múltipla
Variável-Y Equaçáo
Solo Durox
pH 4 = 4,9555 + 0,1260X - 0,0033 X2 0,63
Al trocável t = 1,2394 - 0,2029X + 0,0074 X2 0,65
Saturação '2 = 19,1921 - 3,2144X + 0,1194 X2 0,61 Al trocável
Solo Vacaria
pH t = 4,6708 + 0,0951X - 0,0007 X2 0,87
Al trocável 4 = 2,079 - 0,3145X + 0,0111 X2 0,80
Saturaçáo t = 31,2110 - 4,8422X + 0,1727 X2 0,Observaçóes:t = Estimativa de YX = Calcário em t/haAl trocável em mO/100gSaturaçáo de Al trocável em %
S
Tabela 3. - Sum6rio dos resultados da anéliae de regressëi tom os modelos raiz quadrada e quadrático.
SOLO D U R O X
C U L T U R AModalo
TermoConstant
Estimativa dos coeficientes
(bi) de regressão das variá
Coeficiente de Idet. múltipla
(A ) s Ux X2(R:)
** **
1010,990- .~
2,721 0,442Trigo
(47,837) (0,536)
72/732
9D6,168 299,387 - 0,609
47 771 41 982** **
1715,790_
76,018 -2,417 0,496S O J A 80 543 18 779 0 903
72/732 1620,897268,008 25,518` - 0,540
91 794 80 670 16 737
1755,027 - 91,623 -3,706 0,491
TRIGO 71 911 16 766 0 806
73/74 1623,283395,291 -60,952 - 0,5892
77 120 67 774 14 061
1883,513 - 160,277 -5,624 0,552SOJA 1
134 441 31 346 1 508
73/74 2 1823,580440,86 -39,678N - 0,496
170 208 149 581 131035
VACARIA
- testeda
gressão
Modelo(5 )
TermoConstante
a
Estimativa dos coefici.
Coeficientede~F
- testetes(bi)de regressão dast, der. _múltipla
(92)da
RegreaoãoX X2
14,84 667,438
(58,603)- 98,446
( 13,664)
4,120
;0,65 7)
0,615 28,92**
*
28,262
**
556,547
(66,846)
**
399,019
(58,745)(12,188)**
-f
0,548**I 32,22
18 ,ï9 1756,714
(79,341)
59,638
(18,499)
1,216'
(0,989)
0,582 25,32
%1,54 2 1630,976
(86,686)
223,455 (76,181)(15,806)
_9,130s
_ 0,649 33,40
7,88 809,542
(108,800)
- 80,620
(25,368)'
2,500
220)
0,384 11,90
;'6,08 2 745,061 ,(129,478)(113,787)
-16,815- - 0,387 12,06
:2,51 1 1935,695
(121.404)
- 186,266
(28,306)
6,635 I
(1,361)0,667 35,98
78,25
,
2 J(142,136
1762,522
).(124,912)_(25,916)
-72,721 - 0,679 38,03
(S ) Modelo 1 = Quadrático; Modelo 2 = Raiz Quadrada
níveis de significáncia para os coeficientes de regressão individua.ii (t-teste).:
+ significativamente
diferente de zero pare a =
0,20 ou 20%* significativamen
tediferente de zero para
a =0,05 ou 5%
**
aignificativamenta
diferente de zero para a =
0,01 ou 1%
- nfvel de significáncia para os coeficientes de regressão em conjunto (--teste):
** altamente significativo para P G 0,01 ou 1%Nota: - Os valores entre parênteses situados abaixo das estimativas du coeficientes de
regressão são seus respectivos desvios padrões. 0 valor de t 6 calculado pelo quo,irnte: coeficiente de regressão/des vio padrão respectivo.
quaqi )os do repress ;o , dos mod o i - . t quadr4tico ode tr ic ;o
c s o j a , de d u a s s a f r a s , c o s a c a l e t o a p l i c a d o nom o i s s o . t o s . . 0 ox
Cultu , a ( ' Iuag go
olo D u r o x7 2 I
1'71 Y
77 ( 2 ) ? .i: 1620,397 1 2 e , '
i (1 ) 1 1755,027 4 ,706 , 2
‘ . )/t 2 ? .,. 16Z3 123j '2) ,),i oO,952(
. ' : . ,o ja kl ? = 188j ,51: ; + 1 ìv, • . o2 a i , -- ,0 1 0 . t C 7 ' 1 2
_2
t k ) t . 556 ,5 L7 + 3
1 ) ' t = - 1756 ,714 4 - 2
2 - ( I
s , ) 4 2
( , ' I ) ' 7 - 667 , ' ! 3 872/73
744/ t
7 2 1
1 <
c io t iJrmo l inear na ' .o 3 .1011 d ( - c r x f r : . o n f v o l
: . j , 2 J )' r w i u m ' 1 :
4 . i : a l c A i k ' i o m t , / a
t i )■,
( ": )
Tabela 5. Rendimentos de grãos (kg/ha) de trigo e soja o)servados em duas safras (1972/73 e 1973/74), com
a aplicação de calcário nos oxissolos Duio: e Vacaria. Médias de 4 repetições.
DUROX VACARIA
Calcário t/ha TRIGO SOJA TRIGO SOJA
1972/73 1973/74 Média 1972/73 1973/14 Média 1972/73 1973/74 Média 1972/731973/74Média
0 903 1624 1264 1614 1886 1750 575 754 664 1590 1807 1698
2,5 1269 2116 1692 2006 2366 2186 1010 1099 1054 2054 2446 2250
5,0 1256 2177 1716 2145 2285 2215 1044 1069 1056 2130 2801 2466
7,5 1391 2168 1780 1983 2960 2472 1231 1358 1294 2217 3075 2646
10,0 1269 2371 1820 2351 2792 2572 1203 1388 1296 2077 3079 2578
12,5 1334 2295 1814 2224 3112 2668 1222 1288 1255 2326 3107 2716
15,0 1238 2186 1712 2256 2961 2608 1178 1488 1333 2199 3078 2638
17,5 1228 2195 1712 2327 3066 2696 1125 1501 1313 2529 3316 2922
•20,0 1184 2184 1684 2295 2777 2536 1025 1408 1216 2492 3017 2754
C.U. (7') 3,0 7,7 7,9 11,5 12,8 14,7 7,4 11,1
F Calc. 7,72** 6,47** 7,85** 7,31*MM
■* ** C* r9,84 6,90 12,36 8,56
**Diferença entre tratamentos altamente significativa pa P<0,01 ou 1 .
Tabela 6. Equações de regreasáo do ródeio quadrático que ex pressam o relacionamento entrei os rendimentos detrigo e soja, em duas safras, e calcário aplicado
nos oxissolos Dual
Cultura
Trigo 72/73
Soja 72/73
Trigo 73/74
Soja 73/7't
Trigo 72/73
Soja 72/73
Trio 7:/7L+
Soja 73/74
Equaçáo
Solo Durox
4 = 1010,990 + 60,473X - 2,721 x2 t
= 1715,7')O + 76,018X - 2,417
x2
4 = 1755,027 + 91,623X - 3,706 x2 t =
1883,513 + 160,277X - 5,624 x2
Solo Vacaria
4 = 667,438 + 98,446x - 4,120 x2 4 =
1756,714 + 59,538X - 1,216 x2
t = 809,542 + 80,620X - 2,500 X2
t = Estimativa da produção em 1g/ha X Calcário em t/ha
Tabela 7. Equaçóes de regressáo que expressam o relacionamento entre os rendimentos relativos de trigo e soja,em duas safras, e calcário aplicado nos oxissolosDurox e Vacaria
Cultura Equaçáo
•
9
S o l o D u r o x
4R = 75,055 + 4,489x
IR = 74,164 + 3,286X
IR = 75,602 + 3,947X
4R = 62,257 + 5,
298X Solo Vacaria
4R = 53,161 + 7,841X
4R = 70,678 + 2,395X
4R = 55,467 + 5,524X
4R = 59,689 + 5,744x
t i t = Estimativa da produçáo em percentagem da produçáo máxi-ma estimada
X = Calcário em t/ha
Trigo 72/73
Soja 72/73
Trigo 73/74
Soja 73/74
Trigo 72/73
Soja 72/73
Trigo 73/74
Soja 73/74
0,202 X2
▪ 0,104 x2
▪ 0,160 x2
0,1859 x2
0,328 x2
▪ 0,049 x2
▪ 0,171 x2
▪ 0 , 2 0 4 x2
Tabela 8, Rendimentos relatives de trigo e soja, e* duos t i t ras ,estimados pelas respeotival eguag ies aprL sentada na Tabéla 7 do Ãpéndio
Tratamento Cultura
72/73 73/74 Wdia 72/73 73/74 Mídia
ç 75,1 75,6
Solo Durox
75,4 74,2
2,5 85,0 81i,5 84,8 81,7
5,0 92,k 91,5 91,8 88,0
7,5 97,4 96,2 96,8 2,
1 ),0 99,8 99,1 9994 96,6
12,5 99,6 99,9 99,8 98,9
15,0 97,0 99,9 98,4 99,917,5 91,8 95,8 91,8 88,7
20,0 84,0 90,7 8704 98,1
o 3392 55,5
Solo Vacatis
54,4 70,7
2,5 70,7 68,2 69,4 76,4
5,0 84,2 78,8 81,5 83,4
7,5 93,5 8703 9094 85,910,0
98,8 93,6 96,2 89,'
12,5 9909 97,7 98,8 95,015,0 96,9 99,8 9804 95,6
17,5 89,9 99,7 94,8 97,6
20,0 78,7 97,4 88,0 99,0
J Rendimentos relativos oaa pex ccnt*gea do z n,dishtnto máximo estimado pare cada cultura e safra, eas cada solo
Calo&rio Trigo Trigo Soja Sojat/ha
62,3 68,274,3 78,084,1 86,091,5 92,296,6 96,69904 99,2
99,9 98,896,o
59,7 65,2
72,8 74,683,3 82.491,3 88,696,7 93,29995 86.299,6 979797
9,6 97,69297 9398
Tabela 9. T;stimativa •:o caeeo de produçao, receita e lucro obtido anualmente com a aplicação de calcário na sucessão trigo-soja, nos oxissolos Durox e Vacaria
Solo Durox Solo Vacaria
Dose de Custo médio Receita médiaCalcário anual anualt/ha /ha /ha
Lucro m4dio Receita média Lucro m4dioanual anual anual
s/ ha /ha 3/ha0 1744,13 2836,91
2 1816,73 3161,55
6 1961,63 3656,518 2034,53 7826, 81
10 2107,13 3945,68
-t_0,7 2136 ,17 _ 97r'>,782179,73 4013,10
2252,33 4029,08
2324,93 399,612397,53 3906,70
-76 4
1092,78
1344,82
1694,58 1792,88'
1838,55
1842,61
1833,37 1776,75 —
1668,68
1509,11.29V:,21
2410,0'+ 665,91
2754,55 1168,42
3309,33 1347,703510,37 1 4 7 5 , 4
3659,79 1552,66
3757,95 1578,22
3804,83 1552,50
3800,45 1475,52 1347,49
1167,78
i 1n ,. / k
- f 4 ~ 1_o.rc~st<stirnridos aos r~ f ,r, - ., :. P c.- z- 1i z~ s c. jn~-~umo e p a-o~i~_Ato3s0, 7 5 B[16),50/ha de trig e ' , (.3,/ha dso
',-cl do m iina <_ fic ln.cia oconomica no s o l o 0zn ox
NT-vo1 de má..:in►a c f i c-i. rncia e c o n ó m i c a s o l o V ao-xria
4000 _
RMA
3000-
MA
CFACFA = 1744,131/ha/ano
CMA = CFA + 36,30 X2
1000
T r0 4,o 8,0 12,0 16,0 20,0
Calcário t/ha
Figura 1. Representação gráfica da receita média anual(RMA)e do custo médio anual (C mA) estimados com a a-plicação de calcário no sistema cultural trigo-soja, no oxissolo Durox
RMA = 2836,9078 + 175,1835 X - 6,4306 X
4000
3000
0
m 2000
CMA..
e
CFA
CFA = 1744,13 0/ha/ano
CMA = CF + 36,3o.xRMA = 2400,6945 + 190,0518X - 6,4080 x2
4,o 8,0 12,0
Calcário t/ha
Figura 2. Representação gráfica da receita média anual(RmA)é do custo médio anual (CMA) estimados com a a-plicação de calcário no sistema cultural trigo-soja, no oxissolo Vacaria
1000
o 16,o- r20,0
INOPC'_ '
' _ n l i s e d a influóncia d a c a l a z ;em n a s u c e s s o trigo-
soja , r c l i _ ;ryda c r . d o i s a n o s d e exp' i r n 4 - 7 o c o m n o v e
n í v i s dr c rlc r i o , l o s s o l o s D u r e x ( 7 . _ j _ l e o thox) e Vacar i r l ( i i r .
plohu)Tlox) , n o m u n i c í p i o d c Vaca-la ) . Avaliaçáo
tecr_ica c económica dos resultados c ' c u l t u a , i s o l .t
d a m n t c , no s is tema cultural succ ss~o i , o - s o j a . Compaa
ra .^c da: , d o s e s d : : . : c a l c á r i o est imadas p'. n m4xima e f i -
ciónciry te'cnica económica em cad-_ c u l { no s is tema,corn inc'i.cadrys pe los m é t o d o s c :;Mr e
d o i s s o l o s .
do 1~x.nlínio, nos
SINOPSE
AnAlise da influéncia da calagem na sucessgo trigo-s o j a ,
' - c a l i zad a ei. : dois anos de exper im ,n t ' t ' - o com nove n í v c i s d c
c a l c á r i o , f i tos solos Durox (Fiaploo._ thox) o Vaca-ria (
Haplohumox), no município de V a c a r i a ( ' -r ) . Avaliaçgo técnica e
económica dos resultados e r . a cada cultura, ieolL damcnte, c no
sistema cultural sucessgo t i c o - s o j a . Compar r a v . o das doses de
calcário estimadas p, , < a máxima e f i ci8ncia t t tcnica c r
oconámica em cada c u l t ' c no sistema`,
cor as indicadas pelos métodos ¶ M P e do a l u m í n i o , nos
dois solos.
59
ma de insumos a empregar. Estimou os efeitos de variagóes
nas relaçóes de prego insumos-produtos, observando que
nuiçóos nos preços dos fatores conduziam sempro A . elevaçáo
do sou nível de emprego.
SAUPE, citado por LAMZER (65), analisou alguns experi -
mentos com soja e trigo no Rio Grande do Sul. Numa análise
conomica atravds de orçamentos parciais feita para a cultura
da soja, recomendou o uso de calcário, mas nao o de fertili-
zantes, para o caso estudado e aos preços utilizados. No ca-so
do trigo, realizou uma análise económica sumária, utili -
zando dados de um ensaio tipo composto central cor dois ni
veis de calagem, atravds do uso da funçáo de produçáo de mo-
delo quadrático.
Na obra Manual de Adubaçáo da ANDA ( 4 ) sgo feitas consi
deraçóes a respeito do uso de funçóes de produçáo na análise
económica do emprego de fertilizantes. A mesma obra apresen-
ta, como exemplo ilustrativo, o uso das equagúes quadrática
e de Mitscherlich na análise de experimentos fatoriais de mim
lho, situando as desvantagens de uma e de outra. Comenta a
influencia da relaçáo de preços nutriente-produto, demonstra
do que quart, mais alta essa relaçáo, menor d a dose de n a
triente a c ó n s e l h d v e l . Situa que este fato explica, em grand.
parte porque na Europa convém adubar muito mais do que no
Brasil, visto que neste país os produtos agrícolas sao mais
baratos e os adubos mais caros do que naquele continente.