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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação Abordagem dinâmica e cinemática Dissertação apresentada com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências do Desporto, especialização na área de Treino de Alto Rendimento Desportivo, ao abrigo do Decreto-Lei 216/92 de 13 de Outubro. Orientador: Prof. Doutor João Paulo Vilas-Boas Catarina Teixeira Esteves Guimarães Porto Novembro 2006

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação

Abordagem dinâmica e cinemática

Dissertação apresentada com vista à

obtenção do grau de Mestre em Ciências

do Desporto, especialização na área de

Treino de Alto Rendimento Desportivo, ao

abrigo do Decreto-Lei 216/92 de 13 de

Outubro.

Orientador: Prof. Doutor João Paulo Vilas-Boas

Catarina Teixeira Esteves Guimarães

Porto

Novembro 2006

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Esteves, C. (2006). Análise Biomecânica de cinco técnicas de

partidas de estafetas – Análise dinâmica e cinemática. Dissertação

apresentada com vista à obtenção do grau de Mestre em Ciências

do Desporto, especialização na área de Treino de Alto Rendimento

Desportivo. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do

Porto.

Palavras-chave: Natação, partidas de estafetas, dinamometria.

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À minha mãe, meu pai, minhas irmãs e meus

avós…

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Agradecimentos

Agradeço muito sinceramente todos aqueles que ao longo de todo este

percurso, me motivaram e apoiaram, na realização deste trabalho. Não

podendo, no entanto, deixar de destacar:

• O Prof. Doutor João Paulo Vilas Boas, orientador deste trabalho, que

pela forma como me apoiou fez-me sempre buscar o rigor e a qualidade

na execução deste trabalho.

• Os Engenheiros, Prof. Doutor Leandro Machado e Doutor Pedro

Gonçalves, pela permanente disponibilidade para ajudar e colaborar no

decorrer da execução deste trabalho.

• Os nadadores que constituíram a nossa amostra, factor preponderante

para a execução deste trabalho, pela disponibilidade e empenho que

demonstraram na recolha de dados.

• Aos professores e colaboradores do gabinete de Natação e

Biomecânica, pela amizade e paciência que tiveram comigo nestes

longos dois anos.

• Ao Prof. Doutor Ricardo Fernandes e a Mestre Susana Soares, sempre

me ajudando na construção deste trabalho. Imensa admiração e carinho

por vocês.

• A Mestre Suzana Pereira que sempre esteve presente nos momentos de

alegria e me ajudando nos momentos de tristeza que acompanharam ao

longo deste mestrado.

• A Mestre Filipa pela constante ajuda em momentos decisivos da

conclusão do trabalho.

• Ao Prof. Doutor Rui Garganta pela grande ajuda, inesperada, na fase de

conclusão deste trabalho.

• A minha grande amiga e madrinha Lilia Braga Maia, especial

agradecimento pela constante ajuda e companheirismo ao longo desses

dois anos.

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• Os sinceros amigos Carmen, Aline, Luciano, Rita e Sónia.

• Aos amigos Marta Marinha e Costa, por terem disponibilizado seus fins-

de-semana, me ajudando na conclusão deste trabalho.

• Ao Mike e a toda equipa do Stressout pelas aulas de substituições de

natação que tiveram que ministrar, devido à minha ausência no trabalho.

• Ao meu sogro não só pela ajuda na impressão final do manuscrito, mas

pelo carinho pelo qual me acolhe.

• A minha sogra pela compreensão da minha indisponibilidade doméstica,

sempre me ajudando em todas as horas.

• A avó Lucinda pelo ânimo e coragem que sempre me transmitiu.

• Aos meus pais e irmãs que mesmo de tão longe sempre conseguiram

dar-me todo o apoio e carinho que necessitava.

A todos aqueles que, a minha memória me atraiçoa, e que de uma forma ou de

outra, me ajudaram a realizar este trabalho, o meu muito obrigada.

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I

Índice Geral

Índice Geral ........................................................................................................... I

Índice de figuras ...................................................................................................V

Índice de quadros................................................................................................XI

Resumo ............................................................................................................ XIX

Abstract ............................................................................................................ XIX

Abreviaturas e símbolos..................................................................................XXV

1. Introdução.........................................................................................................1

2. Revisão de literatura ........................................................................................5

2.1 História da Natação........................................................................................ 5

2.2 A Natação enquanto prática desportiva......................................................... 5

2.3 Importância da partida para provas de natação ............................................ 6

2.4 Partidas .......................................................................................................... 9

2.4.1 Tipos de Partidas para provas individuais ventrais ............................. 9

2.4.1.1 Partida convencional ................................................................... 10

2.4.1.2 Grab start (GS)............................................................................ 11

2.4.1.3 Track Start (TS)........................................................................... 14

2.4.2 Outras técnicas de partida individuais ventrais ................................. 16

2.4.2.1 Partida engrupada suspensa com as mãos a agarrar a parte

lateral do bloco ........................................................................................ 16

2.4.2.2 Partida mista engrupada com uma mão agarrada ao bloco....... 17

2.4.2.3 Variantes na fase de impulsão e fase de voo............................. 17

2.4.3 Tipos de partidas para provas de estafetas ...................................... 18

2.4.3.1 Tipos de partidas de estafetas exclusivas para o segundo,

terceiro e quarto percursos. .................................................................... 19

2.4.3.1.1 Partida tradicional de estafetas (PT)........................................ 19

2.4.3.1.2 Single Step Forward (SSF) ...................................................... 20

2.4.3.1.3 Single Step Track (SST) .......................................................... 21

2.4.3.1.4 Double Step (DS) ..................................................................... 21

2.4.4 Partida para provas de costas ........................................................... 22

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II

2.5 Estado actual do conhecimento acerca das diferentes técnicas de

partidas........................................................................................................ 24

2.5.1 Estudos realizados acerca das diferentes técnicas de partida para

provas individuais ventrais.......................................................................... 24

2.5.2 Estudos realizados acerca das diferentes técnicas de partida para

provas de estafetas..................................................................................... 29

3. Parte experimental .........................................................................................31

3.1 Objectivos e Hipóteses ................................................................................ 31

3.1.1 Hipóteses ........................................................................................... 31

3.2 Material e métodos....................................................................................... 32

3.2.1 Caracterização da amostra................................................................ 32

3.2.2 Procedimentos de recolha de dados ................................................. 33

3.2.3 Protocolo de avaliação....................................................................... 34

3.2.4 Parâmetros de avaliação Biomecânica ............................................. 35

3.2.4.1 Instrumentos de Medida.............................................................. 35

3.2.4.1.1 Dinamometria ........................................................................... 36

3.2.4.1.2 Cinemetria ................................................................................ 37

3.2.4.2 Sincronização entre plataforma e o vídeo .................................. 40

3.2.4.3 Análise das curvas ...................................................................... 40

3.3 Factores que determinam a avaliação da técnica de partida ...................... 42

3.4 Definição de variáveis .................................................................................. 43

3.4.1 Variáveis dependentes ...................................................................... 43

3.5 Tratamento Estatístico ................................................................................. 45

4. Apresentação dos resultados.........................................................................47

4.1 Análise Temporal ......................................................................................... 51

4.2 Variáveis cinemétricas ................................................................................. 65

5. Discussão dos resultados ..............................................................................73

5.1 Análise das curvas F(t) ................................................................................ 73

5.2 Fase de bloco............................................................................................... 74

5.3 Fase de Voo ................................................................................................. 78

5.4 Entrada na água........................................................................................... 80

6. Conclusão.......................................................................................................83

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III

7. Bibliografia......................................................................................................85

8. Anexos............................................................................................................93

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IV

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V

Índice de figuras

Figura 1. Tipos de técnicas de partida para provas de estafetas em

natação estudadas: A) Grab start (GS); B) Partida tradicional

(PT); C) Single step forward (SSF); D) Single step track

(SST); E) Double step (DS).

03

Figura 2. Partida tradicional (adaptado de McLean et al., 2000). 19

Figura 3. Single step forward (adaptado de McLean et al., 2000). 21

Figura 4. Single step track (adaptado de McLean et al., 2000). 21

Figura 5. Double step (adaptado de McLean et al., 2000). 22

Figura 6. Esquema da recolha de dados (1- sistema de aquisição de

dados; 2- bloco de partida instrumentado; 3- câmara digital

DCR-HC42E aos 10,7m; 4 - câmara digital DCR-HC42E aos

12,28m).

35

Figura 7: Bloco de partida instrumentado (Plataforma de forças Bertec

4060-15 com revestimento plásticos + suporte metálico com

10º de inclinação).

36

Figura 8. Curva média e desvios padrão das forças: médio-lateral,

antero-posterior, vertical e força total, da grab start, de um

nadador da amostra, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao

peso em função ao tempo normalizado.

47

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VI

Figura 9 Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral,

antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da

amostra, da partida grab start, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

48

Figura 10 Curvas médias e desvio padrão das forças: médio-lateral,

antero-posterior, vertical e força total, da partida tradicional,

dos 10 nadadores da amostra, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

48

Figura 11. Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral,

antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da

amostra, da partida single step forward, obtidas pelo

MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo

normalizado.

49

Figura 12. Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral,

antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da

amostra, da partida single step track, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

49

Figura 13. Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral,

antero-posterior, vertical e força total, dos 10 nadadores da

amostra, da partida double step, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

50

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VII

Figura 14. Curvas típicas das forças: médio-lateral, antero-posterior,

vertical e força total, dos 10 nadadores da amostra, das

partidas estudadas: (1) Grab start (GS); (2) Partida

tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4) Single

step track (SST); (5) Double step (DS), obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

50

Figura 15. Valores médios e desvios padrão do tempo de rendição,

para sexo feminino e masculino e amostra geral, nos cinco

tipos de técnicas de partida de estafetas: 1) Grab start (GS);

2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4)

Single step track (SST); 5) Double step (DS).

54

Figura 16. Valores médios do tempo de partida no sexo feminino e

masculino e amostra geral, nos cinco tipos de técnicas de

partida de estafetas: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step

track (SST); 5) Double step (DS).

54

Figura 17. Valores Médios de ImpY, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos

de técnicas de partidas, para o sexo feminino, para provas

de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step

track (SST); 5) Double step (DS).

57

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VIII

Figura 18. Valores Médios de ImpY, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos

de técnicas de partidas, para o sexo masculino, para provas

de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step

track (SST); 5) Double step (DS).

59

Figura 19. Valores médios e respectivos desvios padrão da potência

total para os cinco tipos de técnicas de rendição em

natação, para o género feminino e masculino e amostra

geral: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3)

Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS).

61

Figura 20. Valores médios e respectivos desvios padrão de Fx, Fz e

Ftotal para os cinco tipos de técnicas de rendição em

natação, para o sexo feminino: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step

track (SST); 5) Double step (DS).

63

Figura 21. Valores médios e respectivos desvios padrão de Fx, Fz e

Ftotal para os cinco tipos de técnicas de rendição em

natação, para o sexo masculino: 1) Grab start (GS); 2)

Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4)

Single step track (SST); 5) Double step (DS).

64

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IX

Figura 22. Valores médios e respectivos desvios padrão da velocidade

de saída para os cinco tipos de técnicas de rendição em

natação, para o género feminino e masculino e amostra

geral: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3)

Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS).

65

Figura 23. Valores médios e respectivos desvios padrão do alcance do

salto para os cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo

feminino e masculino e amostra geral, para provas de

estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step

track (SST); 5) Double step (DS).

67

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X

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XI

Índice de quadros

Quadro 1. Distribuição das fases que compõem a partida. 10

Quadro 2. Valores médios e desvios-padrão de algumas

características gerais caracterizadas dos sujeitos da

amostra.

32

Quadro 3. Tipo de partida preferencial dos sujeitos da amostra em

provas individuais e de estafetas.

33

Quadro 4. Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos

para as variáveis temporais dos cinco tipos de técnicas de

partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas em

natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3)

Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS). São também apresentados os resultados

da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o

respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2)

significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

52

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XII

Quadro 5. Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos

para as variáveis temporais dos cinco tipos de técnicas de

partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em

natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3)

Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS). São também apresentados os resultados

da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o

respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2)

significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

53

Quadro 6. Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos

para as variáveis temporais dos cinco tipos de técnicas de

partida, para a amostra geral, para provas de estafetas em

natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3)

Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS). São também apresentados os resultados

da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o

respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2)

significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

55

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XIII

Quadro 7. Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ e

ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo

feminino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start

(GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward

(SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS). São

também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de

p, segundo Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente

(p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

57

Quadro 8. Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ

e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida, para o

sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1)

Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step

forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step

(DS). São também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de

p, segundo Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente

(p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

58

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XIV

Quadro 9. Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ

e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida, para a

amostra geral, para provas de estafetas em natação: 1)

Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step

forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step

(DS). São também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de

p, segundo Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente

(p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

60

Quadro 10. Média e respectivos desvios padrão dos valores da potência

total obtidos dos cinco tipos de técnicas de partida, para o

sexo masculino e geral, para provas de estafetas em

natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3)

Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS). São também apresentados os resultados

da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o

respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2)

significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

61

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XV

Quadro 11. Média e respectivos desvios padrão das forcas – horizontal,

vertical e total – dos cinco tipos de técnicas de partida, para

o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: 1)

Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step

forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step

(DS). São também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de

p, segundo Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente

(p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

62

Quadro 12. Média e respectivos desvios padrão das forcas – horizontal,

vertical e total – dos cinco tipos de técnicas de partida, para

o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1)

Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step

forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step

(DS). São também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de

p, segundo Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente

(p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XVI

Quadro 13. Média e respectivos desvios padrão da velocidade de saída

dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino

e masculino e amostra geral, para provas de estafetas em

natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3)

Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS). São também apresentados os resultados

da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o

respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2)

significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

66

Quadro 14. Média e respectivos desvios padrão do alcance do salto dos

cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino,

para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2)

Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4)

Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também

apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o

valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo

Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05)

da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

67

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XVII

Figura 15. Média e respectivos desvios padrão do alcance do salto dos

cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino,

para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2)

Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4)

Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também

apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o

valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo

Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05)

da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4)

significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

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XVIII

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XIX

Resumo

Foi nosso objectivo com este trabalho realizar uma análise biomecânica

comparativa de cinco tipos de técnicas de partida utilizadas em provas de

estafetas em natação: (i) partida engrupada (grab start – GS); (ii) partida

engrupada com balanço de braços (partida tradicional – PT); (iii) partida

tradicional com adição de um passo (single step forward – SSF); (iv) partida

tradicional com adição de um passo e saída track (single step track – SST); (v)

partida tradicional com adição de dois passos (double step – DS). A amostra foi

constituída por dez nadadores (cinco do sexo feminino e cinco do sexo

masculino), da alta competição de Portugal, pertencentes às categorias juvenil,

júnior e sénior. Cada nadador realizou os cinco tipos de técnicas três vezes,

perfazendo um total de quinze partidas. Realizou-se uma análise cinemática

bidimensional, com o uso de uma câmara de vídeo (50Hz) e uma plataforma de

forças (500Hz). A PT foi a partida mais rápida no tempo de bloco para o

feminino e para o masculino foi a GS. A DS para o feminino e a PT para o

masculino foram as técnicas que permitiram ao nadador sair do bloco animado

de uma velocidade superior. A SSF apresentou menor tempo de rendição em

ambos os sexos. O tempo de voo foi maior na DS para o feminino e na SSF

para o masculino. O tempo de bloco foi menor na PT para o feminino e na GS

para o masculino. A PT no feminino e a DS para o masculino apresentaram

maiores médias de força horizontal. A PT no feminino e a SST no masculino

apresentaram maiores valores médios de força vertical. A PT apresentou

maiores valores de potência média e impulso horizontal para ambos os sexos.

A SST produziu maior impulso vertical em ambos os sexos. A SST para o

feminino e a PT para o masculino apresentaram um maior alcance de salto. A

SSF para o masculino e a PT para o sexo feminino são as partidas que

proporcionam maiores vantagens, uma vez que apresentam menor tempo de

partida.

Palavras-chave: NATAÇÃO, PARTIDAS DE ESTAFETAS, DINAMOMETRIA.

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XX

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XXI

Abstract

The aim of this work was to do a comparative biomechanical analysis of five

types of starting techniques in swimming relay races: (i) grab start (GS), (ii) grab

start with the balance of the arms (traditional start – TS), (iii) traditional start with

a single step forward (SSF), (iv) traditional start with a single step forward and

track start (SST), (v) traditional start with a double step (DS). The sample

comprised ten youth, junior and senior Portuguese swimmers (five females and

five males) of high competitive level. Each swimmer performed the five

technique types three times, performed a total of fifteen starts. It was done a bi

dimensional cinematic analysis, with the use of a video camera (50Hz) and a

strain gauge (500Hz). For female swimmers the TS was the fastest start in the

block time and for male swimmers it was the GS. The techniques that allowed

the swimmer to leave the block with a higher speed were the DS and the TS for

female and for male, respectively. The SSF presented lower relief time in both

genders. The fly time was superior in the DS for female and in the SSF for

male. The block time was lower in the TS for female and in the GS for male.

The TS for female and the DS for male presented higher mean values of

horizontal strength. The TS for female and the SST for male presented higher

mean values of vertical strength. The TS presented higher mean power values

and horizontal impulse values for both genders. The SST produced higher

vertical impulse in both genders. The SST for female and the TS for male

presented higher start range. The SSF for the male and the PT for the female

are the starts that provides to more advantages, a time that presents lower

starting time.

Key words: swimming, relay starts, dynamometry.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XXII

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XXIII

Résumé

Notre objectif, en réalisant ce travail a été de faire l’analyse biomécanique

comparative de cinq techniques utilisées après le premier parcours d’épreuves

de relais, en natation: (i) Départ groupé (DA); (ii) départ groupé avec

balancement de bras (départ traditionnel - DT); (iii) départ traditionnel avec un

pas (UPA - Un Pas Avant); (iv) départ traditionnel, un pas et sortie tracks (UPT -

Un Pas Track); (v) départ traditionnel avec deux pas (DP - Double Pas).

L’échantillon a été composé par dix nageurs (cinq du genre féminin et cinq du

genre masculin), de haute compétition au Portugal, appartenant aux classes

juvénile, junior et senior. Chaque nageur a performé les cinq formes de départ

trois fois ce qui totalise quinze essais. Une analyse cinématique

bidimensionnelle a été effectuée avec l’aide d’une caméra vidéo (50Hz) ainssi

qu’une analyse dynamométrique tridimensionnelle avec une plateforme de

forces (500Hz). Le DT a été celui le plus rapide dans le temps de plot pour le

genre féminin et le DA pour le masculin. Le DP pour le féminin et le DT pour le

masculin ont été les techniques qui ont permis au nageur sortir du plot animé

d’une vitesse supérieure. Le UPA a présenté le plus petit temps de reprise dans

les deux genres. Le temps d´ envol a été le plus grand pour le DP pour les

nageurs féminins et le UPA pour les masculins. Le temps de plot a été le plus

petit dans le DT en ce qui concerne aux nageurs féminins et dans le DA pour

les masculins. Le DT pour les nageurs féminins e le DP pour les masculins ont

présenté les plus grandes valeurs moyennes de force horizontale. Le DT au

féminin et le UPT au masculin ont présenté les plus grandes valeurs moyennes

de force verticale. Le DT a présenté les plus grandes valeurs de puissance

moyenne et élan horizontal pour les deux genres. Le UPT a produit le plus

grand élan vertical pour les deux genres. Le UPT pour les nageurs féminins et

le DT pour les masculins ont présenté le plus grand distance d’envol. Les SSF

pour le mâle et les PT pour la femelle sont les débuts qui fournit à plus

d'avantages, une période qui présente l'heure plus bas de départ.

Mots clé: natation, départs de relais, dynamométrique.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XXIV

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XXV

Abreviaturas e símbolos

AME Ângulo das mãos no momento em que o nadador toca na água

As Alcance do salto

CM Centro de gravidade

dp Desvio padrão

DS Double Step

Fx Pico da componente daforça médio-lateral normalizada ao peso

Fy Pico da componente da força antero-posterior normalizada ao

peso

Fz Pico da componente da força vertical normalizada ao peso

GS Grab Start

Imptotal Integral do somatório das três componentes forças

ImpX Integral da força médio-lateral realizada no bloco em ordem ao

tempo

ImpY Integral da força horizontal realizada no bloco em ordem ao

tempo

ImpZ Integral da força vertical realizada no bloco em ordem ao tempo

m Metros

m/s Metros por segundo

Méd. Média

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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XXVI

MI Membros inferiores

MS Membros superiores

NPD Natação Pura Desportiva

PT Partida tradicional

s Segundos

SSf Single step forward

SSt Single step track

T0 Tempo decorrido desde o instante do início do desequilíbrio do

nadador, até o momento que deixa a plataforma

T1 Tempo de voo

T2 Tempo decorrido desde o instante que o nadador deixa a

plataforma até a entrada na água pelas mãos

T3 Tempo decorrido desde o instante que o nadador toca na água

pelas mãos até os pés entrarem completamente na água

T4 Tempo decorrido desde o instante que o nadador é rendido até

o momento em que executa o mergulho completo

Timp Tempo decorrido desde o instante que o nadador inicia a

impulsão até o momento que deixa a plataforma

Tr Tempo decorrido desde o instante que é accionado o sincronizador

até o nadador perder o contacto com a plataforma

Vsaida Velocidade de saída

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1

1. Introdução

A Natação Pura Desportiva (NPD) chegou a um estágio de desenvolvimento no

qual a vitória ou a quebra de recordes depende de diferenças muito pequenas:

décimos a centésimos de segundo.

Actualmente, devido ao alto nível dos praticantes de natação e diante da

grande importância que uma boa partida pode apresentar, estudos buscam

respostas acerca de qual delas seria a mais proveitosa para os desportistas.

Apesar de ser uma acção que os nadadores executam num curto período de

tempo, a partida não deixa de ser de grande importância no desenrolar da

prova e, consequentemente, no resultado final, pois pode representar 10% para

provas de 50 metros e 5% em provas de 100 metros, ocasionando, na média,

uma melhora da técnica de partida que pode vir a reduzir os tempos das provas

em, pelo menos, 0,1s (Maglischo, 2003).

O objectivo da partida é impulsionar o nadador para a frente, a partir da

extremidade da piscina, o mais rapidamente possível. O voo deve ser por maior

tempo, pois imediatamente depois do nadador entrar na água as forças de

arrasto são enfrentadas e estas diminuem sua velocidade (Maglischo, 2003).

Para as prova de estafetas, a partida pode representar uma vantagem de 0,60

a 1,00 segundo. Consequentemente, três nadadores que apresentem uma boa

partida na estafeta, poderiam nadar, num momento, 2 a 3 segundos mais

rapidamente do que a soma de seus melhores tempos de provas individuais.

As boas partidas de estafetas são frequentemente, também, o factor decisivo

na disputa pela vitória (Maglischo, 2003). Desta maneira, seria prudente ao

nadador dedicar-se a prática das partidas durante parte do seu treinamento, ao

contrário do que se observa nos dias de hoje, onde os nadadores gastam

pouco tempo aperfeiçoando as técnicas de partidas.

Nas provas individuais para nado ventral, a grab start (GS) é o tipo de técnica

de partida mais utilizado pelos nadadores internacionais (Vilas-Boas et al.,

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2

2001). Breed and McElroy (2000) e Esteves et al. (2006), afirmam que a

conventional start (CS) é actualmente o tipo de partida mais utilizado em

provas de estafetas nos segundos, terceiros e quartos percursos. Entretanto,

três novos tipos de técnicas surgiram, são tipos de técnicas de partidas de

estafetas que consistem na adição de um passo - single step track (SST) e

single step forward (SSF) – e na adição de dois passos : double step (DS). A

partida aqui mencionada por CS, por nós foi referida como partida tradicional

de estafetas (PT).

Esteves et al. (2006), num estudo epidemiológico com base na análise das

imagens oficiais de vídeo da FINA das séries finais do Campeonato do Mundo

de 2005, Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e Campeonato do Mundo de

Barcelona 2003 realizaram um estudo cuja finalidade era verificar o tipo de

partida de estafetas mais utilizado pelos nadadores da elite mundial nos

segundos, terceiros e quartos percursos, para cada sexo, bem como verificar a

ocorrência dos tipos de partidas por classificação geral (Esteves et al. 2006).

Os tipos de técnicas de rendição foram classificados como: grab start (GS),

track start (TS), conventional start (CS), single step track (SST), single step

forward (SSF) e double step (DS). Foram analisadas um total de 219 partidas,

120 para o feminino e 99 para o masculino. De todas as partidas analisadas,

observou-se que a CS é utilizada por 51,1% dos nadadores. Observou-se

também que 39% dos nadadores que ocuparam os primeiros lugares, 1º, 2º e

3º, utilizaram os tipos de partida com adição de passos (SSF, SST e DS).

Contrastando com o grupo que classificou-se entre o 4º e 8º lugar, onde

apenas 11,3% optou pela partidas com passo(s).

O interesse por este tema de pesquisa surgiu a partir da intenção de analisar a

acção de adicionar passo(s) à PT, uma vez que pouco se sabe sobre os efeitos

desta acção sobre a performance de partida dos nadadores.

Neste trabalho, utilizando variáveis cinemétricas e dinamométricas, propomo-

nos analisar e comparar as cinco técnicas de rendição em natação: grab start

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3

(GS), partida tradicional (PT), single step track (SST), single step forward (SSF)

e double step (DS).

A Figura 1 ilustra os cinco tipos de partidas analisadas em nosso estudo:

A) B) C) D)

E)

Figura 1: Tipos de técnicas de partida para provas de estafetas em natação estudadas: A) Grab

start (GS); B) Partida tradicional (PT); C) Single step forward (SSF); D) Single step track (SST);

E) Double step (DS).

A) Partida engrupada com os pés paralelos (Grab Start – GS);

B) Partida engrupada com balanço de braços (Partida Tradicional – PT);

C) Partida tradicional com adição de um passo (Single Step Forward – SSF);

D) Partida tradicional com adição de um passo e saída track (Single Step Track

– SST);

E) Partida tradicional com adição de dois passos (Double Step – DS).

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4

Inicialmente, com a Revisão de literatura, tentaremos abordar a história da

natação, a natação enquanto prática desportiva, bem como referir a

importância e tipos de técnicas de partidas para provas individuais e de

estafetas na natação competitiva. Posteriormente iremos rever os estudos

realizados acerca das técnicas de partida.

No capítulo sobre a Parte experimental iremos caracterizar a amostra, e

descrever o protocolo experimental e os parâmetros de avaliação Biomecânica,

mencionar nossa variáveis dependentes, bem como o tratamento estatístico

dos dados.

De seguida, apresentaremos e discutiremos os resultados obtidos, analisando

todas as variáveis estudadas.

Terminaremos com as Conclusões finais do estudo, bem como algumas

recomendações para a prática, antes de enunciarmos as referências

bibliográficas de literatura utilizada.

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2. Revisão de literatura

2.1 História da Natação O acto de nadar pode ser considerado uma das habilidades motoras que

podem ter ajudado o homem na sua luta evolutiva.

Com uma forte capacidade adaptativa o homem pode ter aprendido através de

observação de outra espécie, ou por dificuldades expostas pelos fenómenos

naturais (Fossas, 1970). Acção de propulsão e auto-sustentação na água, que

o homem aprendeu por instinto ou observando os animais, a natação é um dos

exercícios físicos mais completos, a ponto de exercer o simples divertimento ou

a prática desportiva, pode ser utilizada como finalidade terapêutica na

recuperação de atrofias musculares, devido à redução do efeito gravitacional.

A natação é popular desde a Grécia e Roma antigas, onde fazia parte do

treinamento dos soldados do império. Platão (428-7 a.C. a 348-7 a.C.) afirmava

que quem não sabia nadar não era educado. Durante muitos séculos,

entretanto, a natação teve o seu desenvolvimento prejudicado pela ideia de

que ajudava a disseminar epidemias (Fossas, 1970).

A natação competitiva contemporânea fixou os quatro estilos, criou regras para

cada um, organizou-se campeonatos e torneios, sendo a mais importante, os

Jogos Olímpicos, de quatro em quatro anos.

2.2 A Natação enquanto prática desportiva A Federacion Internacional de Natacion Amateur – FINA – órgão máximo da

Natação mundial, foi fundada em 19 de julho de 1908, em Londres (FINA,

2005-2009). Cabe à FINA, dentre suas muitas atribuições, uniformizar as

regras para a realização de competições de Natação.

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A Natação Pura Desportiva (NPD), é uma modalidade onde o tempo delibera

tudo. É o cronómetro quem determina o resultado final, uma vez que cada

nadador tenta realizar a sua prova, cumprindo o regulamento, no menor

intervalo de tempo possível. Tudo é treinado, melhorado e desenvolvido com o

objectivo de diminuir o tempo necessário para percorrer uma determinada

distância. Este é o objectivo perseguido quer pelos nadadores e treinadores,

quer pelos investigadores, que procuram as condições necessárias para

conseguir este objectivo (Cruz, 2000).

Cada prova de NPD é constituída por quatro fases distintas: a partida, o nado

propriamente dito, a viragem e a chegada. As provas de 50m em piscinas de

50m são as únicas que não incluem as viragens. Quando se analisa o tempo

total das diferentes provas, a percentagem do tempo despendido em cada uma

das fases é alterada, principalmente, com a distância da prova. Qualquer

destes tempos é determinado por um conjunto complexo de factores

determinantes do rendimento do nadador, no quadro dos quais a técnica de

execução desempenha um papel de grande relevância (Fernandes et al., 2001)

Os tempos de partida, de chegada e de viragem, ocupam uma parcela inferior

relativamente ao tempo de nado propriamente dito. Todavia, devem ser

factores a ter em consideração, especialmente em provas mais curtas (Hay,

1986). Para este trabalho é de especial importância o tempo de partida, razão

pela qual não faremos uma análise detalhada das outras componentes.

2.3 Importância da partida para provas de natação Apesar de ser uma acção que os nadadores executam num espaço curto de

tempo, a partida não deixa de ser de grande importância no desenrolar da

prova e, consequentemente, no resultado final, pois pode representar 10%

tempo total de prova para provas de 50 metros e 5% em provas de 100 metros.

Portanto, uma boa partida na estafeta poderá ser, e frequentemente é, o factor

decisivo na disputa pela vitória (Maglischo, 2003). Segundo Hay (1986), a

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percentagem do tempo total utilizado na partida varia entre 11% para as

distancias de 50 jardas (45.72m), e menos de 0.5% para as distancias de 1000

jardas (914.4m).

O facto é que a partida pode ser a parte mais pequena de uma prova. No

entanto, é parte fundamental na determinação do resultado, que não pode ser

negligenciada. Treinadores, atletas e cientistas de desporto devem trabalhar

conjuntamente para descobrir a partida ideal, particularmente quando as

competições podem ser ganhas ou perdidas por fracções de segundos.

Todavia, verifica-se constantemente que preciosos décimos de segundo têm

sido perdidos devido à realização incorrecta da partida (Machado, 1995).

Tendo em vista esta afirmação, ao longo dos tempos diversos autores

(Zatsiorsky et al., 1979; Pearson et al., 1998; Arellano et al., 2000; Breed and

McElroy, 2000; Breed e Young, 2003) corrobam a ideia de que uma pequena

melhoria na duração da partida pode ser uma vantagem para muito nadadores

de elite, uma vez que centésimos de segundo podem estabelecer a diferença

entre dois nadadores numa prova, especialmente em curtas distâncias, onde

usualmente existem capacidades muito semelhantes. Uma óptima partida em

natação deve ser uma preocupação constante.

Deste modo, a técnica de partida deve ser treinada para ser melhorada. Mas, o

treino tem um efeito diferente em cada uma das partidas, uma vez que as

várias técnicas possuem mecanismos diferenciados de acção (Breed e Young,

2003).

Segundo Maglischo (2003), independente do tipo de partida, são requisitos

básicos para uma boa largada:

• Capacidade de reacção;

• Capacidade de gerar uma potência máxima;

• Conhecimento e apreciação da mecânica adequada do corpo,

juntamente com a capacidade de praticá-la;

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8

• Compreensão dos princípios gerais de hidrodinâmica relacionados aos

movimentos na água.

Neste cenário, Schnabel e Küchler (1998), indicam que é necessário realizar as

seguintes componentes com alto nível de modo a alcançar performances

elevadas durante a partida:

• Performance óptima de saída (aumento da componente horizontal na

velocidade de saída);

• Diminuição das forças de arrasto durante a entrada;

• Aumento da eficiência propulsiva durante a fase de transição

(movimentos subaquáticos).

A partida marca o início de todas as provas, podendo estas, de uma forma

geral, ser consideradas de dois tipos: para o nado ventral, iniciada desde a

superfície superior do bloco e para o nado dorsal, realizam-se já na água,

apoiando as mãos nas pegas dos blocos e os pés na parede testa da piscina.

Para além desta classificação, pode ainda subdividir-se as partidas para provas

de nado ventral em partidas para provas individuais e de primeiro percurso de

estafetas de estilo livre e em partidas para segundo, terceiro e quarto percurso

de estafetas. Esta última distinção justifica-se pela diferenciação do tipo de

estímulo de partida e da sua previsibilidade: no primeiro caso o estímulo de

partida é sonoro e não pode ser satisfatoriamente previsto pelo nadador,

enquanto que, no segundo caso, o estímulo é visual e o nadador pode prever,

com suficiente segurança, através da apreciação da velocidade de

aproximação do nadador que irá render, o momento em que pode partir

(Fernandes et al., 1999).

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9

2.4 Partidas 2.4.1 Tipos de Partidas para provas individuais ventrais Sobre os procedimentos de partida para as provas de nado Livre, as Regras da

FINA (2005-2009) actualmente estabelecem que: no apito longo do árbitro, os

competidores devem subir no bloco de partida, ali permanecendo. Ao comando

do juiz de partida “aos seus lugares”, eles devem imediatamente tomar posição

de partida com pelo menos um dos pés na parte dianteira do bloco de partida.

A posição das mãos não é relevante. Quando todos os competidores estiverem

imóveis, o juiz de partida deve dar o sinal de partida (SW 4.1).

As técnicas de partida diferem principalmente na forma como os nadadores

ocupam a posição inicial, como ocorre a impulsão do bloco de partida, a fase

de voo e a entrada do nadador na água, bem como o corpo se movimenta no

reinicio do nado. Desta forma podemos caracterizar tecnicamente as partidas

em quatro fases distintas: posição inicial, impulsão, fase aérea, fase

subaquática e reinicio de nado. No Quadro 1, podemos verificar a distribuição

das fases que compõem a partida, segundo diferentes autores.

Para o nosso trabalho optamos por caracterizar a fase de bloco, fase de voo

fase de entrada do nadador, tendo em consideração que abordaremos com

profundidade as técnicas de partidas de estafetas.

Ao longo dos anos, diversos estilos de partida têm sido desenvolvidos e

investigados de modo a avaliar a sua eficiência (Zatsiorsky et a.l, 1979).

Referiremos de seguida a execução técnica da partida convencional (PC), grab

start (GS), track start (TS) e de outras nomeadamente partida mista; engrupada

com uma mão agarrada ao bloco (One Handed Grab Start), partida engrupada

suspensa com as mãos a agarrar a parte lateral do bloco (Tuck start) e a

variante handle start, bem como variantes na técnica de impulsão (Volkov) e na

técnica de voo (Otto).

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QQuuaaddrroo 11.. Distribuição das fases que compõem a partida.

Autor Fases da partida HAY

(1986) NAVARRO

(1985)

Tempo no bloco Tempo de vôo Tempo de deslize

HALJAND (1998)

Reação e preflexão Impulso Vôo Entrada e deslize Batimento subaquático de MI Emersão Nado

MAGLISCHO (1999)

Posição preparatória Impulso no bloco Vôo Entrada Deslize Saída para o nado

SILVA et al (2005)

Fase de suporte/bloco Fase de Impulso Fase de trajectória aérea Fase de entrada e de deslize

2.4.1.1 Partida convencional

Segundo Navarro et al. (1990), até o final dos anos 60, a técnica de partida

utilizada pela generalidade dos nadadores era a que actualmente se designa

por partida convencional ou por partida tradicional.

Neste tipo de partida, na posição inicial, os pés estão paralelos apoiados na

extremidade anterior do bloco de partida e com distância aproximada à largura

dos ombros e os joelhos flectidos. Dedos dos pés flectidos, acompanhando o

bordo anterior do bloco. De início, os membros superiores (MS) ficavam

estendidos em flexão atrás, e uma leve flexão do tronco à frente. A cabeça é

colocada numa posição com o olhar dirigido para frente e para baixo. As mãos

ficam livres, não se apoiando no bloco de partida. No momento de partida, o

desequilíbrio é conseguido por um forte movimento de braços, onde o nadador

balança-os em extensão de trás para a frente. Desequilibrando o corpo numa

vigorosa extensão dos MI, ocorrendo a perda de contacto com o bloco e o

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início da fase de voo. O tronco desloca-se para a frente e o impulso

proporcionado pela extensão dos MI, para a frente e para cima é, nesta

técnica, reforçado por uma transferência de momento dos MS para a totalidade

do corpo quando o movimento de balanço dos membros inferiores é

bloqueado, introduzindo assim um impulso adicional à partida (Navarro et al.,

1990).

Como forma de tornar a PC mais rápida, os nadadores realizavam a partida

com os MS estendidos à frente, e no momento da partida realizavam um

movimento de retropulsão dos MS, seguindo uma trajectória semicircular dos

mesmos. Depois deste movimento atingir o seu limite, as restantes acções

realizadas durante a fase inicial são idênticas às descritas anteriormente. Outra

variante na acção desenvolvida pelo nadador durante a fase inicial da PC seria

um movimento circular dos MS. A posição inicial continuava a mesma, a única

mudança seria na introdução do movimento de circundunção dos MS, sendo

iniciado por uma antepulsão, na fase inicial da partida. Neste tipo de partida os

MS não participam significativamente na acção de desequilíbrio do corpo à

frente, contudo permitem uma previsível acentuação da transferencia de

momento dos MS para o corpo quando ocorre o bloqueio da circundunção à

frente devido ao mais elevado percurso de aceleração (Fernandes et al., 1999).

Em 1967, Hanauer introduziu uma nova técnica de partida, surgindo assim a

Grab start (Costil et al., 1994).

2.4.1.2 Grab start (GS)

Neste tipo de partida os pés estão paralelos apoiados na extremidade anterior

do bloco de partida, e com distância aproximada à largura dos ombros. Para

Maglischo (2003), esta posição dos MI permite um maior impulso do que seria

conseguido se os pés estivessem mais afastados ou mais juntos do que a

largura dos ombros.

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A diferença entre a GS e a PC será a acção dos membros superiores, onde na

PC não terão contacto com o bloco de partida, as mãos estarão suspensas e

na GS o nadador irá agarrar a borda do bloco de partida (pega lateral ou

frontal, e posicionadas ao lado ou entre os pés). Enquanto a pega interior

permite um maior afastamento entre os pés, proporcionando uma melhor

colocação segmentar para a extensão explosiva dos MI, a pega exterior

permite uma melhor colocação segmentar para a extensão explosiva dos MI, a

pega exterior permite uma acção desequilibradora inicial mais eficaz (Alves,

1986, citado em Cruz, 2000). Nenhuma posição se mostrou significativamente

superior à outra no cômputo geral da partida (Maglischo, 2003). Como qualquer

das pegas apresentou uma estabilidade e uma predisposição para os

movimentos seguintes semelhantes, a escolha tende a recair nas

características individuais de cada nadador, na sua sensibilidade e preferência

(Alves, 1986, citado em Cruz, 2000).

Na posição inicial, é caracterizada por: pés apoiados na extremidade anterior

do bloco de partida, afastados entre si aproximadamente à largura dos ombros;

dedos dos pés flectidos, acompanhando o bordo anterior do bloco; Mi

ligeiramente flectidos e grande flexão do tronco à frente; MS são colocados no

prolongamento do tronco com o antebraço ligeiramente flectido sobre o braço e

com as mãos apoiadas no bordo anterior do bloco e a cabeça entre os MS com

olhar dirigido para os pés (Fernandes et. al. 1999).

Dado o estímulo da saída, o nadador toma impulso sobre o bloco, primeiro por

uma flexão dos MS e, depois de uma vigorosa extensão dos MS e MI,

desequilibrando e projectando o corpo para à frente. Uma vez em desequilíbrio,

o nadador deverá levantar a cabeça e fixar o olhar na parede testa, lançando

os braços para frente em um movimento pendular, orientando-os para a área

onde se espera que entrem na água, com os dedos e as mãos sobrepostas.

Segundo Fernandes e Vilas-Boas (2001), as acções realizadas durante a fase

de suporte poderão permitir a obtenção de parábolas diferenciadas,

nomeadamente devido à variação da intensidade do impulso assim como do

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Ângulo de saída, que posteriormente se vão repercutir em tempos de voo e

ângulos de entrada distintos.

Na GS existem duas variantes distintas relativamente ao voo: voo plano e voo

em arco.

Para o tipo de partida em arco (whole dive), o ângulo de saída dos pés e da

anca em relação à horizontal, deve aproximar-se, segundo Maglischo (2003),

dos 35º a 40º. Neste tipo de técnica, o CM do nadador desloca-se no ar,

percorrendo uma trajectória parabólica, com o corpo estendido, flectindo pela

cintura no momento em que o corpo passa pelo ponto mais elevado da

trajectória aérea. Depois da flexão do tronco, os MI elevam-se para efectuar

uma entrada mais hidrodinâmica possível (Costill et al., 1994).

A maior vantagem da partida em arco segundo Maglischo (1993) é que os

nadadores provocam menos arrasto no momento em que entram na águaem

virtude de um maior ângulo de entrada e consequentemente conseguem ser

mais rápidos na fase subaquática.

Para o tipo de partida em voo plano (flat dive), os ângulos de saída e de

entrada apresentam-se mais fechados, ocasionando um maior arrasto

hidrodinâmico na entrada, pois o corpo do nadador contacta com a superfície

da água em vários pontos ao mesmo tempo. Tem como consequência uma

perda na velocidade durante o deslize bem como acarreta um percurso

subaquático mais curto e menos profundo.

Para qualquer uma das técnicas, a trajectória a percorrer pelo CM é

naturalmente definida no bloco. Depois que o nadador deixa o bloco, qualquer

acção segmentar não altera nem a velocidade horizontal, nem a distância, nem

a trajectória a percorrer pelo CM.

Logo em seguida a fase aérea acontece a entrada na água e preparação do inicio de nado, onde os nadadores tentam perder o menos possível da

velocidade horizontal que adquiriram com a fase de impulsão, bem como

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minimizar a intensidade da força de arrasto oposta ao deslocamento do

nadador. Os MS estão completamente estendidos e juntos, de preferência uma

mão sobreposta a outra. A cabeça é colocada entre os MS. Os MI estão

completamente estendidos e juntos. O ângulo de entrada em relação à

superfície da água é aproximadamente de 30º a 40º (Maglischo, 2003, citando

Beritzhoff, 1974).

Durante o deslize, os MS continuam estendidos com as mãos sobrepostas

umas às outras. A cabeça permanece orientada com a face para baixo entre os

MS. Os MI estão unidos e estendidos. Os nadadores mantêm esta posição até

se aproximarem da velocidade média de prova, iniciando de seguida o nado

propriamente dito (Costill et al., 1994).

Ainda durante a fase de deslize para provas individuais, excepto o nado de

bruços e antes de alcançarem a velocidade de nado, os nadadores iniciam o

batimento de pernas, mantendo a parte superior do corpo numa posição

hidrodinâmica.

2.4.1.3 Track Start (TS)

Com o tempo foram surgindo algumas variantes da grab start, sempre na

tentativa de tornar a partida mais rápida. Similar à GS surgiu a partida de

atletismo ou track start (TS), induzida pelas alterações na colocação das mãos

e dos pés (Ayalon et al., 1975; LaRue, 1985). Nesta técnica, o nadador, no

momento da partida, assume uma posição semelhante à do corredor em

provas de atletismo.

A TS foi um tipo de técnica de partida que atraiu o interesse por parte de

muitos nadadores e passou a ser rapidamente executada em competições

internacionais.

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Podem ser vistas, pelo menos, duas variantes da track start. Uma variante

apresenta a massa corporal o mais atrás possível, projectando-se o CM numa

posição recuada, relativamente ao bordo anterior do bloco (TST) e na outra

variante, a massa corporal é colocada o mais à frente possível, relativamente

ao bloco de partida e, logicamente, projectando assim o CM também numa

posição mais avançado (TSF).

Na posição inicial da TS, a cabeça está baixa e as mãos agarram o bloco tal

como na grab start. O nadador apoia-se de forma a que o peso reflicta sobre os

MI mais recuado (TST), ou naquele que esteja mais adiantado possível (TSF).

Para iniciar a fase de impulsão, a perna que está localizada na parte de trás

do bloco de partida será a de maior impulsão. O pé deverá estar ligeiramente

voltado para fora com apoio plantar. O pé anterior, é colocado com seus dedos

flexionados em torno do bordo do bloco a fim de garantir boa pegada. A perna

da frente estará estendia e a de trás semiflexionada.

Ao sinal de partida, o corpo desloca-se para a frente e para baixo juntamente

com a acção dos MS, que é idêntica à descrita para a GS. Nesse momento, o

nadador impulsiona-se, primeiro estendendo o MI de trás e, imediatamente

depois, o MI da frente. Simultaneamente, os MS estendem-se para a frente,

seguindo um trajecto semicircular orientando-os para a área onde se espera

que entrem na água, com os dedos e as mãos sobrepostas (Cruz, 2000). Os

braços servirão como parte fundamental para alcançar o equilíbrio no momento

de saída, juntamente com a perna de trás.

Inicia-se depois a fase de voo, onde o nadador se desloca numa trajectória

aérea, geralmente, com um voo plano, sendo praticamente inviável a entrada

na água por um só ponto. O nadador realiza uma ligeira flexão do tronco sobre

a coxa durante o voo para poder conseguir um melhor ângulo de entrada.

A entrada na água, deslize e reinicio da propulsão, são realizadas da

mesma maneira que à descrita para a GS. Para este tipo de partida, uma vez

que a entrada na água não é tão hidrodinâmica, pois o nadador não entra num

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só ponto, a velocidade que o nadador adquiriu após a fase de impulsão diminui

rapidamente, provocando um menor tempo de deslize.

Segundo Maglischo (2003), a TS apresenta duas vantagens em relação a GS.

Uma é que os nadadores podem entrar na água mais rapidamente com o

mesmo alcance de salto, uma vez que o CM se desloca quase imediatamente

para a frente, para além do bloco de partida, até atingir um ponto que inicia a

fase descendente. E outra vantagem seria que os MI do nadador podem

produzir um maior impulso para frente, uma vez que são produzidos dois

impulsos, ao invés de um só.

2.4.2 Outras técnicas de partida individuais ventrais

Além da PC, GS e TS, existem ainda outras técnicas de partida para provas de

nado ventral, as quais não serão objecto do nosso estudo, por quase não

serem utilizadas em competições oficiais: partida engrupada suspensa com as

mãos a agarrar a parte lateral do bloco, partida mista.

2.4.2.1 Partida engrupada suspensa com as mãos a agarrar a parte lateral do bloco

Também conhecida como Tuck start, esta partida caracteriza-se por o nadador

colocar o seu corpo o mais para a frente possível, ficando suspenso e apenas

suportado pelas mãos. Nesta técnica de partida, a linha de acção da gravidade

projecta-se fora da base de sustentação. Esta posição permite um rápido

desequilíbrio. No entanto, apresenta outros aspectos negativos: por um lado é

susceptível de produzir uma acentuada fadiga, por outro lado, a posição do CM

no impulso é demasiadamente baixa para promover um óptimo impulso

(Navarro et al., 1990).

Uma variante da Tuck start, a partida handle start, citada por Blanksby et al.

(2002), consiste na utilização das “orelhas” dos blocos 'Anti Wave Super Block',

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que estão situados acima da superfície plana do bloco. As “orelhas” do bloco

permitem ao nadador, assim como na Tuck start, projectar o centro de massa

(CM) mais para diante relativamente ao bordo anterior do bloco antes do sinal

de partida.

2.4.2.2 Partida mista engrupada com uma mão agarrada ao bloco Também designada por “one handed” grab start, esta técnica de partida

caracteriza-se por apresentar a posição dos MI idêntica à da PC. Diferem

apenas na colocação dos membros superiores, enquanto uma mão agarra o

bloco para o nadador se equilibrar, o outro membro superior coloca-se em

flexão posterior, atrás do tronco. Na saída, a mão que agarra o bloco é usada

para o desequilíbrio e a outra é balançada de trás para a frente, a fim de

introduzir um impulso adicional no salto (Navarro et al., 1990).

A “One handed” grab start, não despertou grande interesse, quer entre os

nadadores, quer entre os treinadores, quer ainda na comunidade científica. São

raros os autores que a ela se referem.

2.4.2.3 Variantes na fase de impulsão e fase de voo Sempre com o intuito de tornar a partida mais rápida, algumas técnicas, por

sua vez, foram alteradas nas fases de impulsão e aérea. Podem reconhecer-se

pelo menos uma variante na fase de impulsão (impulsão Volkov) e uma

variante na fase de voo (Otto).

Para a impulsão Volkov, a partida era realizada na posição inicial igual a vista

na GS, porém, durante a impulsão, os MS empurravam vigorosamente o bloco

de partida para atrás.

Para a fase aérea, apesar do que dissemos anteriormente, que após o nadador

deixa o bloco, qualquer acção segmentar não altera nem a velocidade

horizontal, nem a distância, nem a trajectória a percorrer do CM, surgiu a

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técnica Otto, que consistia em uma flexão e extensão dos MI no vértice da

parábola, na fase de voo. Tentou-se desta forma, reduzir o momento de inércia

com a hiperflexão do corpo.

2.4.3 Tipos de partidas para provas de estafetas

Quatro é o número de competidores por estafeta. Existem, em competições

oficiais, estafetas do tipo livre e do tipo estilos. Para as estafetas de estilo livre,

existem as provas oficiais de 4 x 50m, 4 x 100m e 4 x 200m. Para todas as

provas de estafetas do estilo livre, os quatro nadadores deverão fazer o

percurso no seu estilo mais veloz. Geralmente o estilo adoptado é o crol.

Para as estafetas estilos, existem as provas oficiais 4 x 50m e 4 x 100m. Terá

que ser obedecida a ordem oficial, onde o primeiro nadador fará o percurso no

estilo de costas, o segundo bruços, o terceiro mariposa e o quarto nadador o

estilo livre.

As partidas dos primeiros nadadores de uma equipa de estafetas, não

apresentam diferenças em relação às partidas para provas individuais. A

principal diferença encontra-se na partida dos nadadores do segundo, terceiro

e quarto percursos.

Para além de poder utilizar as técnicas de partida apresentadas para provas

individuais ventrais descritas anteriormente, a regra permite que, na prova de

estafetas, no segundo, no terceiro e no quarto percursos, o nadador possa

estar em movimento antes que o seu colega de equipa, que ainda está

nadando, tenha terminado seu segmento da prova. Entretanto, a equipa de um

nadador cujos pés perderem o contacto com o bloco de partida antes do

nadador a render tocar na parede, será desclassificada (SW 10.10).

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2.4.3.1 Tipos de partidas de estafetas exclusivas para o segundo, terceiro e quarto percursos. Uma vez que o estímulo das partidas de estafetas é visual, o nadador pode

prever com suficiente segurança, através da apreciação da velocidade de

aproximação do nadador que irá render, o momento em que vai partir,

realizando os movimentos que pretender com os MS (Silva, 2006). Neste

sentido, o tempo de bloco não é factor determinante na técnicas de partidas de

rendição. O tipo de partida actualmente preferida nas transições das estafetas

é a que consiste um balanço dos MS, acarretando num superior tempo de

bloco (Breed e McElroy, 2000). Num estudo epidemiológico sobre partidas de

estafetas, Esteves et al. (2006) afirmam que a conventional start (CS) é

utilizada por 51,1% dos nadadores.

2.4.3.1.1 Partida tradicional de estafetas (PT)

Este tipo de partida é similar à GS, com a exepção da posição dos MS, que

ficam livres no tempo de bloco. Assim sendo, os MS ficam posicionados

consoante as variantes técnicas: balanço dos MS à frente, balanço recto dos

MS atrás e à frente, e circundunção dos MS da frente para trás. Desta forma, é

possibilitado ao nadador uma maior velocidade de saída do bloco, devido ao

maior percurso de aceleração dos MS (Fernandes et al., 2001).

A posição inicial é semelhante à descrita na PC. Porém, devido à posição

adoptada pelos MS, o tronco estará flectido à frente num plano próximo da

horizontal, ficando paralelo à água (Bloom, 1978) (Figura 2).

Figura 2: Partida tradicional de estafetas (adaptado de McLean et al., 2000).

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É importante realçar que optamos por designar este tipo de partida como

partida tradicional de estafetas (PT), mas esta também pode ser designada por

partida convencional.

Há uma tendência na natação competitiva que é adicionar um ou dois curtos

passos à PT. Isto foi pensado com o intuito de aumentar a velocidade

horizontal do nadador antes de começar o movimento da PT, onde se usa

apenas o balanço dos braços. Com a adição dos passos, o momento total

aumentará, tal como o nadador conseguirá uma velocidade horizontal maior na

partida (McLean et al., 1996). Segundo Esteves et. Al (2006), observou-se que

39% dos nadadores que ocuparam os primeiros lugares (1º, 2º e 3º), nas séries

finais do Campeonato do Mundo de 2005, Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e

Campeonato do Mundo de Barcelona 2003, utilizaram os tipos de partida com

adição de passos (SSF, SST e DS), e contrastando com o grupo que se

classificou entre o 4º e 8º lugar, onde apenas 11,3% optou pela partidas com

passo(s).

Para as partidas de estafetas com adição de passos que iremos descrever a

seguir: um passo – Single Step Forward (SSF) e Single Step Track (SST) – e

dois passos – Double Step (DS), a posição dos MS, que ficam livres no tempo

de bloco, será escolhida consoante à preferência do nadador: balanço dos MS

à frente, balanço recto dos MS atrás e à frente, e circundunção dos MS da

frente para trás.

2.4.3.1.2 Single Step Forward (SSF)

Partindo da posição inicial, um pé sobre a borda dianteira e o outro na parte

traseira da plataforma, o nadador desloca-se com um passo para a frente da

borda dianteira da plataforma, enquanto realiza o movimento de balanço dos

MS. Consequentemente, ocupa a posição da PT, os MI, completa o balanço

dos MS e realiza assim o impulso final da partida (Figura 3).

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Figura 3: Single step forward (adaptado de McLean et al., 2000).

2.4.3.1.3 Single Step Track (SST)

Partindo da posição inicial com dois pés na parte traseira da plataforma, o

nadador desloca-se com um passo para a frente da borda dianteira da

plataforma, enquanto realiza o movimento de balanço dos MS.

Consequentemente os MI ocupam a posição da TS. O nadador completa então

o balanço dos MS e realiza assim o impulso final da partida (Figura 4).

Figura 4: Single step track (adaptado de McLean et al., 2000).

2.4.3.1.4 Double Step (DS) Partindo da posição inicial, com dois pés na parte traseira da plataforma, o

nadador desloca-se com dois passos para a frente da borda dianteira da

plataforma, enquanto realiza o movimento de balanço dos MS.

Consequentemente os MI ocupam a posição da PT. O nadador completa então

o balanço dos MS e realiza assim o impulso final da partida (Figura 5).

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Figura 5: Double step (adaptado de McLean et al., 2000).

2.4.4 Partida para provas de costas As Regras da FINA (2005-2009) sobre os procedimentos de partida para as

provas de nado costas, estabelecem que: as partidas nas provas de costas,

serão dadas dentro da piscina. Antes do sinal de partida, os competidores

devem alinhar-se na água, de frente para cabeceira de saída, com ambas as

mãos colocadas no suporte de agarre. Manter-se na calha ou dobrar os dedos

sobre a borda da calha é proibido (SW 6.1.) Dada a largada, o competidor

deverá manter seu corpo em posição dorsal do início ao fim da partida.

A descrição da técnica de partida para provas de nado dorsal pode ser

realizada à semelhança das técnicas anteriormente descritas. Três fases

compõem a partida: posição inicial; impulsão – e acções desenvolvidas pelo

nadador enquanto se encontra em contacto com o bloco e com a parede testa;

entrada na água e reinicio de nado.

Como já referimos anteriormente, antes do sinal da partida, os nadadores

deverão colocar-se em imersão parcial, com os braços suspensos nas pegas

dos blocos de partida e os pés na parede testa da piscina. Dada á voz de “aos

seus lugares”, com o propósito de assumir a posição inicial, o nadador adopta

uma posição engrupada através da flexão cervical e dos MS, bem como a

aproximação do tronco à coxa. Os pés poderão encontrar-se paralelos ou em

posição diagonal um em relação ao outro, em relação à superfície da água:

imersos, à superfície ou mesmo acima da água. Segundo Fernandes et al.

(1999) quando adotada, a variante da colocação dos pés na diagonal, parece

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trazer benefícios acrescidos no que concerne ao facto de traduzir um apoio

mais eficaz em paredes escorregadias.

Dada a largada, o nadador executa uma hiperextensão do tronco em

simultâneo com a extensão cervical e extensão dos MI. Impulsão: Este

movimento dirige o corpo para cima e para frente, devendo os MS ter um papel

activo, impulsionando-se das pegas do bloco de partida. Posteriormente, e em

simultâneo com a fase inicial da extensão dos MI, o nadador projecta os MS

para a frente segundo um trajecto semicircular, o qual poderá ser lateral ou

superior (Fernandes et al. 1999).

Para a fase de voo, o nadador deverá procurar realizá-la em arco e com todo o

corpo em emersão. Para tal, o ângulo de saída da parede deverá ser elevado

de forma a permitir que os MI não se arrastem pela superfície da água.

Na fase de entrada e preparação do início do nado, a entrada na água

deverá ser a mais hidrodinâmica possível, sendo esta com os MS sobrepostos

e em extensão superior e os segmentos tronco e MI devidamente alinhados.

Para a preparação do início do nado, o nadador pode optar por duas variantes:

uma seria manter a posição descendente da trajectória dos MS, com

profundidade, a fim de realizar o percurso subaquático com pernadas de

mariposa ou de costas, e a outra seria efectuar uma saída hidrodinâmica mais

na superfície da água, conseguida através da condição de inverter o

deslocamento do corpo para cima através da acção dos MS.

É importante salientar que o percurso subaquático da partida das provas do

nado de costas só é permitido até o limite dos 15m.

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2.5 Estado actual do conhecimento acerca das diferentes técnicas de partidas

2.5.1 Estudos realizados acerca das diferentes técnicas de partida para provas individuais ventrais Muitos estudos têm sido realizados no âmbito das técnicas de partida ventrais,

principalmente acerca da duração das fases da partida, da trajectória do centro

de gravidade, da velocidade horizontal e vertical dos segmentos corporais, da

força aplicada no bloco de partida e das acções propulsivas dentro de água

(Zatsiorsky et al., 1979; Lewis, 1980; Guimarães e Hay, 1985; Pearson et al.,

1998). No entanto, a maioria dos estudos compararam a PC e a GS (Ayalon et

al., 1975; Bowers e Cavanagh, 1975; Gibson e Holt, 1976; Bloom et al., 1978;

Zatsiorsky et al., 1979; LaRue, 1985; Lewis, 1980; Wilson e Marino, 1983;

Counsilman et al., 1988). Em geral, os autores concluíram que a GS era a

técnica mais rápida.

O estudo de Zatsiorsky et al. (1979) teve como objectivo comparar a eficácia de

quatro partidas de natação (PC com balanço dos MS para a frente, PC com

rotação completa dos MS, GS e TS) no tempo efectuado aos 5,5m e identificar

os factores chave que afectam a performance da partida. A análise dos dados

revelou que a GS e as PC são igualmente eficazes, enquanto a TS era

significamente mais lenta. Outros aspectos foram verificados, designadamente

que a magnitude da força de reacção no solo era menor na GS e a duração da

partida era maior nas tradicionais partidas de “balanço dos MS”. Neste estudo

concluiu-se que, idealmente, o tempo de suporte deve ser o mais curto

possível, enquanto que as condições de partida devem proporcionar uma

velocidade horizontal máxima e uma óptima velocidade vertical. Foi, ainda,

indicado que a eficácia da partida em natação depende significativamente da

capacidade de salto do nadador (medido pelo salto vertical), altura e peso

corporal.

Guimarães e Hay (1985) realizaram um estudo que teve como objectivo a

identificação das características mecânicas que contribuem para uma partida

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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mais rápida com a técnica GS. Os resultados sugerem que para se obter uma

partida mais rápida, os nadadores devem mover o CM rapidamente para a

frente. Enquanto os pés ainda estão em contacto com o bloco de partida,

maximizar a força exercida pelos pés na direcção oposta e maximizar a força

exercida pelas mãos contra o bloco de partida, para a frente e para cima.

Breed e McElroy (2000) compararam três tipos de técnicas de partida, GS,

swing start e TS em nadadores não-competitivos. Concluíram que as mãos

podem vir a contribuir no aumento do impulso vertical na TS (192.5±74.4 N.s) e

na GS (155.6±69.6 N.s). O aumento extra do impulso horizontal e vertical

realizado pelas mãos podem explicar, em parte, a superioridade da TS sobre a

GS e swing start em termos da velocidade de saída e distância de voo. Aqui a

partida referida por swing start, foi por nós designada por PT.

Segundo Fitzgerald (1973), a maioria dos estudos realizados até então sobre a

GS demonstraram que esta é mais rápida do que a PC. No entanto, não se

verificavam diferenças significativas na distância horizontal alcançada, uma vez

que o nadador utilizando a GS demorava menos tempo a sair do bloco e, por

sua vez, entrava mais rapidamente na água. No sentido de ultrapassar esta

lacuna, os nadadores passaram a lançar os MS mais alto, mantendo a cabeça

ligeiramente sobre a linha dos ombros até à entrada. O autor concluiu ainda

que, através do aumento da força vertical e mantendo a força horizontal

constante, o nadador é capaz de aumentar o alcance do salto sem diminuir a

velocidade.

Depois do surgimento da TS estudos compararam as variantes da técnica

(Ayalon et al.,1975; Zatsiorsky et al., 1979; LaRue, 1985; Counsilman et al.,

1988; Vilas Boas et al., 2002), onde uma delas consiste em projectar o CM

para a parte posterior do bloco (Ayalon et al., 1975; Vilas Boas et al.,2002).

Ayalon et al. (1975) denominaram bunch start a TS com uma projecção do CG

posterior. Nos resultados obtidos concluíram que a TS era significamente mais

rápida do que a PC e a GS relativamente ao tempo de bloco. Contudo, a bunch

start foi significamente mais lenta que as outras partidas estudadas no que se

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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refere ao tempo até aos 5m. Desta forma, foi sugerido que as diferenças

encontradas se devessem à ausência de habilidade dos MI para aplicar uma

força sobre o bloco. Estas conclusões não concordam com os resultados de

LaRue (1985), que sugeriram que a bunch start, comparativamente com a GS,

foi mais rápida no tempo total de partida (4m).

Neste âmbito surge também o estudo de Vilas Boas et al. (2002), que

comparou as duas variantes da TS, uma que consistia em projectar o CG para

a parte posterior do bloco (TST), e a outra variante onde o CM era projectado à

frente do bloco de partida (TSF). Embora a TST obtenha maiores impulsos

horizontais e assim maior velocidade horizontal que a TSF, esta vantagem foi

compensada por um aumento no tempo de bloco. Porém, os investigadores

observaram que qualquer vantagem na velocidade horizontal da entrada esteve

rapidamente perdida durante a imersão e o deslize.

No estudo de Issurin e Verbitsky (2003) concluiu-se da vantagem da TS, em

consideração ao tempo de reacção, na maioria dos eventos dos Jogos

Olímpicos de Sydney.

Segundo Shin e Groppel (1986), no estudo onde compararam os parâmetros

cinemáticos da GS e da TS em natação de competição, relativamente a

aspectos temporais e cinemáticos, concluíram que o tempo de saída na TS é

menor do que o verificado na GS. Contudo, esta partida cobre uma distância de

voo superior. Os tempos registados aos 11m foram idênticos nas duas partidas,

assegurando que ambos os tipos podem ser utilizados, dependendo apenas da

vontade do nadador e treinador. Em virtude destes resultados, Breed e McElroy

(2000) referiram que estas conclusões foram consistentes, na maioria dos

estudos efectuados neste âmbito, com as do estudo de Ayalon et al. (1975).

Em um dos poucos estudos de análise dinamométrica das partidas, Navarro et

al. (1989) procuraram relacionar a influência do impulso mecânico de diversos

tipos de saltos, em função da posição de apoio dos pés no solo. Relacionaram

também diversos parâmetros cinemétricos e dinamométricos dos tipos de

partidas (PC, CS, TS), quando executadas com dois tipos de entrada na água,

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voo plano e voo em arco. Verificou-se que não existe relação entre os saltos

horizontais com um pé adiantado e a performance das partidas.

Blanksby et al. (2002) conduziram um estudo de intervenção, com feedback,

para determinar qual das partidas (GS, TS ou handle start), em nadadores de

elite, obtém um tempo mais rápido aos 10m. Não existiram diferenças

significativas no tempo aos 10m entre os grupos antes ou após um período de

treino. Todavia, durante o período de treino, o tempo de reacção, de

movimento, de bloco, de vôo e aos 10m, foi melhorado independente da

técnica utilizada. A conclusão mais importante que os autores constataram foi a

de que, independentemente da técnica utilizada, a prática intensiva permite

aumentar a performance da partida. Os investigadores sublinham, ainda, o

facto do grupo da handle start melhorar mais sem a existência de prática

prévia.

Para Krüger et al. (2002), as condições físicas são condicionantes para a

qualidade das técnicas.

A capacidade dos nadadores produzirem a força necessária para uma boa

partida, apesar de alguns autores já terem destacado a sua importância, são

vistos em poucos estudos (cousilman et al. 1988).

Relativamente ao tempo de reacção counsilman, (1988) e maglisho (1993)

referem que quase não se altera com a prática, enquanto a técnica é

apreciavelmente melhorada durante as primeiras fases do treino de competição

(counsilman, 1988). No que concerne à força, é desenvolvida naturalmente

com o crescimento físico e com o treino, tendo um papel crucial na partida, pois

quanto maior é a sua produção, menor será o tempo gasto na partida

(counsilman, 1988). Portanto, a partida é um movimento complexo, pois é

necessário gerar força suficiente para produzir o máximo de velocidade inicial

num período de tempo muito curto (bloom et al., 1978).

Para pearson et al. (1998), a dificuldade na partida centra-se na estimulação e

na coordenação simultânea dos movimentos explosivos dos MI, dos MS e do

tronco. Esta ideia vai de encontro ao descrito por counsilman (1968) no que se

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refere às três qualidades necessárias para um nadador executar uma boa

partida: bom tempo de reacção, força e boa técnica. Por sua vez, maglisho

(1993) destaca o tempo de reacção, a força utilizada no salto e a resistência

durante a fase de deslize.

Segundo Schnabel e Küchler (1998) a principal razão para apenas se obter um

tempo médio na partida é a existência de uma baixa componente horizontal da

velocidade de saída. De entre as várias razões apontadas para tal, estes

autores enfatizam a insuficiente força utilizada no salto, como consequência de

uma capacidade muscular de extensão do joelho, anca e quadris deficiente.

Pipher (1976) sugere que a força dos MI poderá ser um requisito para as

partidas com êxito utilizando a GS. Contudo, parece que não ser um factor

determinante na PT. A primeira conclusão referida por Pipher (1976) também é

partilhada por Zatsiorsky et al. (1979). Isto é, estes autores também concluíram

que o tempo de voo e de deslize na GS depende principalmente da capacidade

de salto e das dimensões do nadador, destacando, ainda, que os detalhes da

técnica (posição do corpo e ângulo de entrada) são de menor importância e

que os tipos de partida estudados (GS, TS, PC) são igualmente eficazes.

Portanto, se as partidas são igualmente eficazes, as características

biomecânicas podem ser mais importantes que uma técnica específica.

Os resultados de Zatsiorsky et al. (1979) indicaram que o tempo total da partida

depende fundamentalmente do tempo de bloco e de deslize. Assim sendo, é

fundamental que o tempo de bloco seja o mais curto possível, enquanto as

condições da partida devem promover uma velocidade horizontal máxima e

uma óptima velocidade vertical. Finalmente, um dos factores para uma partida

eficaz é a capacidade de salto, segundo o mesmo autor.

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2.5.2 Estudos realizados acerca das diferentes técnicas de partida para provas de estafetas Ao contrário das partidas para provas ventrais, pouco tem sido investigado

acerca das partidas para provas de estafetas e, principalmente, acerca as

novas técnicas com adição de passos. McLean et al. (1996), McLean et al.

(2000) e Gambrel et al. (1991) realizaram análise e descrição técnica de uma

ou mais técnicas de partida com adição de passo(s). De uma forma geral,

concentraram-se na análise cinemática da partida.

Os estudos de McLean et al. (1996) e McLean et al. (2000) compreenderam a

CS e as três variantes das partidas de passo(s) (SSF, SST e DS). Verificou-se,

que no tempo aos 10m não existiram diferenças significativas entre as técnicas

de partidas de rendição. Contudo, em relação à CS, a DS aumentou a

velocidade horizontal de saída em 0.2m/s, enquanto que a SST diminui a

velocidade vertical de saída em 0.2m/s e aumentou a altura de saída em

0.16m. Assim sendo, McLean et al. (2000) sugeriram que as partidas com

passo oferecem algumas melhorias comparativamente com a partida sem

passo, mas esses aumentos não são comuns a todos os tipos e, por exemplo

no caso da DS, encontram-se dependentes da habilidade para realizar os dois

passos.

As características mecânicas na partida com um passo e na CS foram

investigadas por Grambrel (1991). Na medida em que não encontrou

diferenças estatisticamente significativas nos parâmetros estudados, o autor

concluiu que as duas técnicas de partidas de rendição em questão são

igualmente eficazes. No entanto, apesar das estatísticas não favorecerem

nenhuma das partidas, as partidas com passos foram as que obtiveram

maiores médias, esta técnica foi recomendada.

Com base na análise das imagens oficiais de vídeo da FINA das séries finais

do Campeonato do Mundo de 2005, Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e

Campeonato do Mundo de Barcelona 2003 realizamos um estudo cuja

finalidade era verificar o tipo de partida de estafetas mais utilizado pelos

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nadadores da elite mundial nos segundos, terceiros e quartos percursos, para

cada sexo, bem como verificar a ocorrência dos tipos de partidas por

classificação geral (Esteves et al. 2006). Os tipos de técnicas de rendição

foram classificados como: grab start (GS), track start (TS), conventional start

(CS), single step track (SST), single step forward (SSF) e double step (DS).

Foram analisadas um total de 219 partidas, 120 para o sexo feminino e 99 para

o sexo masculino.

De todas as partidas analisadas, observou-se que a CS é utilizada por 51,1%

dos nadadores. Observou-se também que 39% dos nadadores que ocuparam

os primeiros lugares (1º, 2º e 3º), utilizaram os tipos de partida com adição de

passos (SSF, SST e DS) e contrastando com o grupo que classificou-se entre o

4º e 8º lugar, onde apenas 11,3% optou pela partidas com passo(s).

O facto da CS ser a partida de maior sucesso entre os nadadores, pode estar,

em parte, devido à falta do estudo sistemático e científico das demais técnicas

de partida. O uso continuado da CS em provas de estafetas em competições

nacionais e internacionais de natação, evidencia que a eficácia destas técnicas

(SST, SSF e DS) ainda não foram bem elucidadas quer pelos cientistas quer

pelos treinadores (McLean et al., 2000), apesar de, como já foi citado

anteriormente, Esteves et. al (2006) terem verificado que as partidas com

adição de passos correspondem a 39% dos nadadores das séries finais do

Campeonato do Mundo de 2005, Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e

Campeonato do Mundo de Barcelona 2003 que ocupam os primeiros lugares,

(1º, 2º e 3º). A partida aqui tratada como CS, por nós foi referida como partida

tradicional de estafetas (PT).

Visto os poucos estudos científicos existentes e sabendo-se a importância que

uma boa partida pode representar no resultado final de uma disputa, seja em

equipa ou individual, e com o crescente número de nadadores a utilizar os

novos tipos de técnica de rendição com adição de passos Esteves et. al (2006),

surgiu a necessidade de analisar comparativamente as variáveis cinemétricas e

dinamométricas mais determinantes de sucesso na acção da partida.

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3. Parte experimental

3.1 Objectivos e Hipóteses Com este trabalho, propusemo-nos descrever e analisar comparativamente

cinco tipos de técnicas de rendição em provas de estafetas de natação,

usando variáveis cinemétricas e dinamométricas. Os cinco tipos em questão

foram: 1) grab start (GS), 2) partida tradicional de estafetas (PT), 3) single

step forward (SSF), 4) single step track (SST) e 5) double step (DS).

Os parâmentros de performance a serem considerados para os nossos

objectivos específicos, a fim de alcançarmos o objectivo geral proposto foram:

• Observar qual tipo de técnica é mais rápida no tempo de bloco;

• Conhecer qual tipo de técnica apresenta um menor tempo de reacção;

• Verificar qual técnica apresenta um menor tempo de impulsão;

• Observar qual tipo de técnica apresenta um maior tempo de voo;

• Verificar qual técnica apresenta maior velocidade de saída do bloco;

• Identificar qual tipo de técnica de partida produz maior força horizontal;

• Observar qual tipo de técnica produz maior força vertical;

• Verificar qual técnica apresenta maior potência média de saída do bloco;

• Verificar qual técnica apresenta maior impulso horizontal;

• Conhecer qual tipo de técnica apresenta um maior alcance de salto;

• Verificar qual tipo de técnica de partida apresenta menor tempo nos 10m.

3.1.1 Hipóteses

• A PT é a técnica de partida mais rápida a deixar o bloco;

• A PT é a técnica que apresenta um menor tempo de reacção;

• A PT é a técnica que apresenta um menor tempo de impulsão;

• O tempo de voo é superior na PT;

• A velocidade de saída de saída do bloco é superior na PT;

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• A força da componente horizontal é superior na PT;

• A força da componente vertical é superior na PT;

• A potência média é superior na PT;

• O impulso horizontal é superior na PT;

• O alcance do salto, relativamente a parede testa da piscina, quando o

nadador toca na água é superior na PT;

• O tempo total nos 10m é inferior na PT.

3.2 Material e métodos

3.2.1 Caracterização da amostra

A amostra foi constituída por 10 nadadores (cinco do género feminino e cinco

do género masculino) dos escalões juvenil, junior e sênior da alta competição

do norte de Portugal.

As médias e os respectivos desvios-padrão (méd±dp) de algumas

características gerais dos nadadores da amostra podem ser observados no

Quadro 2.

Quadro 2: Valores médios e desvios-padrão de algumas características gerais dos nadadores

constituintes da amostra.

Feminino Masculino Geral Amostra (N) 5 5 10 Idade (anos)

média±dp 20.2±3.8 16.8±3.0 18.5±3.7

Altura (cm)

média±dp 170.8±3.6 176.4±5 X

Massa (Kg)

média±dp 59.9±6.0 65.9±8.7 X

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3.2.2 Procedimentos de recolha de dados

Todos os nadadores submeteram-se voluntariamente ao estudo, tendo sido

previamente informados dos seus objectivos e procedimentos, através do

preenchimento de um questionário. As médias e os respectivos desvios-padrão

(méd±dp) relativamente ao tipo de partida preferencial dos sujeitos que

participaram no nosso estudo estão apresentadas no Quadro 3.

QQuuaaddrroo 33.. Tipo de partida preferencial dos sujeitos da amostra em provas individuais e de

estafetas.

Prova Prova Individual Estafetas

GS 9 7

TS 1 0

PT 0 3

As preferências acima indicadas, podem eventualmente, influenciar os

resultados obtidos, na medida que a melhor performance tende a ser

alcançada através da utilização da técnica em que o nadador tem mais prática.

Todas as sessões de recolha foram realizadas numa piscina coberta e

aquecida (25x10m), com 2m de profundidade, 6 pistas e com variação da

temperatura da água entre 26 e 27.5ºC.

A primeira fase foi constituída pelo preenchimento de uma ficha de identificação

pessoal (anexo I). Durante esse período, os nadadores também foram pesados

e medidos. Os instrumentos utilizadas foram balança comum e fita métrica.

Posteriormente, utilizámos fitas adesivas de cor preta como marcadores dos

pontos anatómicos dos nadadores, de maneira a que fossem reconhecidos

mais facilmente na digitalização das imagens. Foram marcados os seguintes

pontos tanto do lado direito quanto do lado esquerdo do corpo de referência

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anatómicos,: maléolo lateral, côndilo lateral, trocânter maior, centro articular do

úmero, epicôndilo lateral e centro articular do punho.

A seguir, os sujeitos passaram por um período de adaptação, onde foram

familiarizados com os instrumentos e os movimentos que iriam realizar nas

diferentes técnicas de partida em estudo.

3.2.3 Protocolo de avaliação

Todos os sujeitos realizaram três partidas em cada um dos cinco tipos de

técnica de rendição (GS, PT, SSF, SST e DS) totalizando 15 partidas por

nadador.

Um pesquisador experiente informava aos nadadores em cada partida, de

forma a corrigir eventuais erros de execução. Entretanto, caso o nadador

executasse incorrectamente a técnica de partida ou até mesmo a

antecipasse, este executaria uma nova partida.

Para a recolha de dados das partidas, os sujeitos seguiram as Regras da

FINA (2005-2009) para provas de estafetas (SW 10.10), a fim de tornar os

dados recolhidos mais próximos da realidade de competição.

A ordem das partidas, escolhida aleatoriamente, foi a mesma para todos os

nadadores: GS, PT, SSF, SST e DS.

A fim de mostrar os resultados mais perto da realidade de competição, os

nadadores realizaram o percurso de 12m à máxima velocidade. Através das

imagens da camara digital Sony DCR-HC42E, colocada a 10,7m da parede

testa, o tempo de cada partida foi cronometrado e registrado. Esta camara

estava sincronizada com a plataforma de forças que, logo que o nadador

deixava de ter contacto accionava um sinal luminoso. Assim foi computado o

tempo de nado desde a perda de contacto do nadador com a plataforma até a

distância de referência para a validação de performance. Tentou-se trazer

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aos nadadores à realidade de competição, fazendo com que executassem as

estafetas à velocidade de prova.

À medida que o nadador realizava a partida, e nadava até aos 12m, o próprio

nadador que a executou, na volta, era rendido pelo colega de amostra que se

lhe seguia.

3.2.4 Parâmetros de avaliação Biomecânica Optámos por utilizar a dinamometria e a cinemetria como métodos de

avaliação do nosso estudo, por serem as variáveis mais determinantes do

sucesso na acção da partida.

3.2.4.1 Instrumentos de Medida

Para avaliar as variáveis dinamométricas em estudo, utilizámos uma

plataforma de forças e para as variáveis cinemétricas, utilizamos câmaras de

registro de vídeo e sistemas de processamento informático de imagem. O

esquema da distribuição de câmaras, sistema de aquisição de dados e bloco

de partida instrumentado estão ilustrados na Figura 6.

Figura 6: Esquema da recolha de dados (1- sistema de aquisição de dados; 2- bloco de

partida instrumentado; 3- câmara digital Sony DCR-HC42E aos 10,7m; 4- câmara digital Sony

DCR-HC42E aos 1,28m).

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3.2.4.1.1 Dinamometria

O sistema utilizado para a aquisição dos dados dinamométricos, com a

finalidade de medir a força, a potência, a velocidade e o impulso que o

nadador exerceu no bloco de partida, foi composto por um bloco de partida

instrumentado (Plataforma de forças + suporte metálico) com 0,60x0,40 cm

de superfície por 0,40cm de altura e com inclinação de 10º. O bloco de

partida instrumentado com o suporte metálico está ilustrado pela Figura 7. O

suporte especialmente concebido para o efeito, colocado na parede testa da

piscina, a 7m da parede lateral onde foram montadas as câmaras de vídeo.

Os dados da plataforma foram recolhidos, amplificados e filtrados

analogicamente (passa-baixo) a 80Hz e digitalizados em 16 bites, a uma

frequência de 500 Hz. A plataforma é uma Bertec 4060-15, por células de

carga com não-linearidades, cross-talk e histeresse inferiores a 1%. O ADC,

Biopac, tem uma precisão de 0,00003% FSO.

Para efeito de protecção, uma vez que não pode ter contacto com a água, a

plataforma de forças foi isolada por revestimentos plásticos e fitas adesivas

impermeáveis, proporcionando uma superfície antiderrapante. Pode ser visto

na Figura 7, o revestimento de proteção da plataforma de forças.

Figura 7: Bloco de partida instrumentado (Plataforma de forças Bertec 4060-15 com

revestimento plásticos + suporte metálico com 10º de inclinação).

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3.2.4.1.2 Cinemetria

Para a aquisição das medidas das variáveis cinemétricas foi utilizado um

sistema de vídeo composto por duas câmaras digitais Sony DCR-HC42E (50

Hz).

As câmaras digitais ficaram localizadas externamente, perpendicularmente ao

movimento, sobre um tripé, com altura aproximada de 75 cm, uma a 0,25 m

da parede testa e a outra 10,7m. A primeira, responsável por captar as

imagens referentes ao movimento de partida dos nadadores, em cima do

bloco e uma segunda, responsável pela obtenção do tempo nadado, pelos

mesmos, em 10m.

Na fase inicial da captação das imagens, foi registrado durante um minuto um

objecto de calibração bidimensional de forma rectangular plana, constituída

por 4 pontos de calibração. O objecto de calibração foi colocado na trajectória

do movimento de partida, tendo como objectivo permitir a posterior calibração

e transformação das coordenadas do sistema informático, em coordenadas

reais.

A digitalização das imagens captadas, foi realizada através da utilização do

programa informático APAS (Ariel Dynamics Inc, USA).

O módulo de digitalização prevê a definição de um modelo espacial

antropométrico, representativo do corpo do nadador e de outros possíveis

pontos de referência, além dos definidos pelo próprio modelo. Este modelo

antropométrico, utilizado de massa e localizações relativas dos centros de

massa dos diferentes segmentos, permitiu o cálculo do ângulo de entrada na

água bem como o alcance do salto do nadador.

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Modelo anatómico

O modelo anatómico definido foi o de Zatsiorsky com as alterações

introduzidas por de Leva (1996), que se compõe de 20 pontos de referência:

1.Vértex;

2.Lobo da orelha esquerda;

3.Ombro esquerdo;

4.Ombro direito;

5.Cotovelo esquerdo;

6.Cotovelo direito;

7.Punho esquerdo;

8.Punho direito;

9.Ponta do dedo médio da mão esquerda;

10.Ponta do dedo médio da mão direita;

11.Anca esquerda;

12.Anca direita;

13.Joelho esquerdo;

14.Joelho direito;

15.Tornozelo esquerdo;

16.Tornozelo direito;

17.Calcanhar esquerdo;

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

39

18.Calcanhar direito;

19.Ponta do dedo hálux do pé esquerdo;

20.Ponta do dedo hálux do pé direito;

Estes pontos, numerados de 1 a 20, constituíram os seguintes segmentos

corporais:

Cabeça (1,2)

Braço (3,4)

Antebraço (5,6)

Mão (7,8,9,10)

Anca (11,12)

Coxa (13,14)

Perna (15,16)

Pé (17,18,19,20)

Após definido o modelo antropométrico, foi efectuada a digitalização,

propriamente dita, de todos os pontos referidos para a totalidade de

fotogramas correspondentes à seqüência de imagens definidas para o

tratamento.

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______________________________________________________________________

40

3.2.4.2 Sincronização entre plataforma e o vídeo Neste tipo combinado de análise cinemática e dinâmica foi necessário

implementar um sistema de sincronização das imagens de vídeo com da

plataforma de forças.

O instante da sincronização foi definido mediante o momento da chegada do

nadador que iria render um outro.

Para tanto utilizou-se um sincronizador de sinal composto de um led. O

sincronizador foi accionado por um interruptor manual emitindo,

simultaneamente, os sinais eléctricos para a plataforma e para um led. O led

forneceu às câmaras externas um sinal de luz no momento exacto da partida.

No mesmo momento em que foi accionado o interruptor manual, um sinal

eléctrico foi enviado para a plataforma de forças, sincronizando-a com as

imagens de vídeo.

3.2.4.3 Análise das curvas As fases das partidas, início do movimento, início da impulsão e fim do salto,

foram determinadas através do MatLab 7.0. A seguir iremos detalhar com se

efectuou esse processo de determinação.

O primeiro procedimento destina-se a filtragem das curvas a partir da

componente vertical da força, retirando-se o off-set. A seguir, determinámos o

início do movimento da partida, que aconteceu no instante que a componente

da força horizontal começassem visivelmente a crescer. Confrontamos essa

decisão com as imagens de vídeo e logo verificamos que esta seria a melhor

maneira de certificarmos que ali se tratara mesmo do início da partida. Devido

à peculiaridade de se tratar de partidas de estafetas, de os nadadores

estarem possivelmente em movimento, a identificação do exacto momento de

início de partida através de imagens de vídeo não seria tão precisa quanto

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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41

em análide dinamométrica. Quando a força antero-posterior está a crescer,

temos a certeza que o nadador está começando o desequilíbrio para a frente,

logo, dando início à partida.

Determinado o início da partida, o passo seguinte consistiu em verificar o

início da fase de impulsão, que foi determinada pela curva da componente

vertical, no pico do vale negativo.

Sabendo-se das fases de início de movimento, início de impulsão, faltava

definir o fim do movimento do salto. Este considerou-se ter ocorrido quando a

curva da componente antero-posterior atingiu o valor zero.

Concluída a etapa de determinação das fases da partida, passaremos a

analisar todas as curvas individualmente, para cada nadador. Obtemos, uma

curva média das três componentes das forças e a força total (3 saltos por

partida) em cada tipo de partida estudada. Cada nadador apresentará uma

curva típica por partida.

Após a etapa de análise das curvas por sujeito e por tipo de partida,

passámos a análise amostral, com base nos dez nadadores estudados, para

todos os tipos de partidas. Encontrarmos, assim, uma curva “típica geral” para

cada tipo de partida.

As curvas das três componentes da força obtidas pela plataforma de forças

Bertec 4060-15, foram tratadas através da utilização do programa MatLab.

Assim obtemos os resultados das forças: vertical, horizontal, médio-lateral

força total; potência média; impulsos: verticais, horizontal, médio-lateral;

tempo de rendição e velocidade de saída de todas as partidas efectuadas na

recolha, 150 no total.

Num estudo piloto não publicado, comparámos o resultado final da velocidade

de saída do centro de pressão obtidos pelo MatLab com a velocidade de

saída do CG, após a digitalização das imagens das partidas de quatro

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______________________________________________________________________

42

nadadores (60 partidas) pelo programa APAS. Encontramos resultados

similares, com uma diferença nunca superior a 3% entre os procedimentos.

3.3 Factores que determinam a avaliação da técnica de partida

Para melhor determinar qualquer tipo de técnica de partida, dividimo-la em

quatro fases distintas, contudo interligadas e influenciáveis nas acções que

podem vir a ocorrer na fase seguinte.

Fase de bloco: as acções realizadas nesta fase determinam o alcance de voo,

a velocidade e o ângulo de saída (não será tratado neste estudo);

Fase de voo: as acções realizadas nesta fase são responsáveis pela posição

corporal do nadador na entrada na água e o respectivo ângulo;

Fase de entrada: as acções realizadas nesta fase condicionam tudo que

ocorre na última fase, a fase do deslize (não será tratada neste estudo).

A fim de avaliarmos as fases de uma partida, será necessário atender a vários

factores: o tempo, a velocidade de saída, o alcance e a posição do corpo à

entrada na água.

• O tempo: em provas de natação, é factor determinante no resultado;

• Velocidade de saída: após a fase do salto, o nadador tem que percorrer

uma certa distância. Para tal, será importante que o início da fase de

nado, aconteça com a maior velocidade possível, minimizando o gasto

energético relativo ao início do nado;

• Alcance do salto: espaço percorrido no salto, nomeadamente na fase de

voo. Quanto maior for o alcance do salto, melhor será a técnica de

partida;

• Posição do corpo na entrada na água: quanto mais hidrodinâmica for a

posição do corpo do nadador na entrada na água, menor será a

resistência ao deslocamento, consequentemente menor será o efeito de

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

43

aceleração negativa associada à entrada na água (não trataremos em

nosso estudo).

3.4 Definição de variáveis

As variáveis a serem definidas, têm sua origem nos métodos de medição

utilizados neste estudo: a dinamometria e a cinemetria.

3.4.1 Variáveis dependentes

Análise temporal

• Tempo de bloco (T0) – tempo decorrido desde o instante do início do

desequilíbrio do nadador, quando valores da força antero-posterior

passam do negativo para o positivo, até o momento que deixa a

plataforma, quando a força antero-posterior = 0 (s). Valores obtidos

através da plataforma de forças.

• Tempo da impulsão (Timp) – tempo decorrido desde o momento que o

nadador inicia a impulsão até o momento que deixa a plataforma (s).

Valores obtidos através da plataforma de forças.

• Tempo da rendição (Tr) – tempo decorrido desde o instante que é

accionado o sincronizador até o nadador perder o contacto com a

plataforma (s). Valores obtidos através da plataforma de forças.

• Tempo de voo (T1) – tempo decorrido desde o instante que o nadador

deixa a plataforma até a entrada na água pelas mãos (s). Valores obtidos

através das imagens de vídeo.

• Tempo desde o desequilíbrio até o toque na água (T2) =T0 + T1 –

tempo decorrido desde o instante que o nadador inicia o movimento até o

momento em que o nadador toca com as mão na água (s). Valores

obtidos através das imagens de vídeo.

• Tempo desde o desequilíbrio até completar o mergulho (T3) – tempo

decorrido desde o instante que o nadador inicia o movimento até o

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

44

momento em que o nadador completa o mergulho, última visualização dos

pés do nadador (s). Valores obtidos através das imagens de vídeo.

• Tempo total de partida (T4) – tempo decorrido desde o instante que o

nadador é rendido até o momento em que a cabeça do nadador, alcança a

marca dos 10m (s). Valores obtidos através das imagens de vídeo.

Análise dinamométrica

• Impulso da componente vertical (ImpZ) – integral da força vertical

realizada no bloco em ordem ao tempo normalizada ao peso do nadador

(s). Valores obtidos através da plataforma de forças.

• Impulso da componente antero-posterior (ImpY) – integral da força

horizontal realizada no bloco em ordem ao tempo normalizada ao peso do

nadador (s). Valores obtidos através da plataforma de forças.

• Impulso da componente médio-lateral (ImpX) – integral da força médio-

lateral realizada no bloco em ordem ao tempo normalizada ao peso do

nadador (s). Valores obtidos através da plataforma de forças.

• Impulso total (Imptotal) – integral da força resultante de reacção do solo

(N). Valores obtidos através da plataforma de forças.

• Potência média da força resultante (Pt) – potência média da força

resultante (W). Valores obtidos através da plataforma de forças.

• Valor máximo da componente da força antero-posterior (Fy) – Pico

máximo da força antero-posterior, normalizado ao peso (N). Valores

obtidos através da plataforma de forças.

• Valor máximo da componente da força vertical (Fz) – Pico máximo da

força vertical normalizado ao peso (N). Valores obtidos através da

plataforma de forças.

• Valor máximo da força total (Ftotal) – Pico máximo da força total

normalizado ao peso (N). Valores obtidos através da plataforma de forças.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

45

Análise cinemétrica

Velocidade

• Velocidade de saída (Vsaída) – velocidade em que o nadador deixa a

plataforma (m/s); Valores obtidos através da plataforma de forças.

Ângulos

• Ângulo dos MS no momento em que o nadador toca na água (AME) –

ângulo formado entre o segmento de recta dos MS e a horizontal (º);

Valores obtidos através das imagens de vídeo.

Alcance

• Alcance do salto (AS) – medido desde a perda de contacto dos pés na

plataforma até o toque das mãos na água (m); Valores obtidos através das

imagens de vídeo.

3.5 Tratamento Estatístico

A totalidade dos dados da amostra do presente estudo, foi tratada

estatisticamente através do programa Microsoft Excel versão XP para

windows e do programa SPSS versão 13.0 para windows.

Verificando-se a normalidade das distribuições da amostra, através do teste

de Shapiro-Wilk/Kolmogorov-Smirnov, procedeu-se ao cálculo das médias e

desvios padrão dos resultados obtidos nas variáveis dependentes estudadas.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

46

A variação dos resultados entre as cinco diferentes técnicas de partida foi

estudada através da análise da variância (ANOVA) de medidas repetidas,

sendo fixado o nível de significância (p) em 0.05. Os testes post hoc utilizados

foram os LSD e Scheffe.

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______________________________________________________________________

47

4. Apresentação dos resultados

Neste capítulo iremos apresentar, primeiramente, as curvas típicas das

partidas analisadas. Posteriormente apresentaremos os resultados obtidos

em todas as variáveis por nós consideradas pertinentes para descrever e

analisar comparativamente os cinco tipos de técnicas de rendição em provas

de estafetas.

A Figura 8 mostra a curva média e desvios padrão das componentes da três

forças e da força total de três saltos de um nadador da amostra para a grab

start.

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5Obtidas com 3 saltos

tempo normalizado

forç

a m

édio

-late

ral /

pes

o

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a an

tero

pos

terio

r / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a ve

rtica

l / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a to

tal /

pes

o

Figura 8: Curvas médias e desvio padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical

e força total, da grab start, de um nadador da amostra, obtidas pelo MatLab, normalizadas ao

peso em função ao tempo normalizado.

A seguir, apresentaremos as curvas médias e respectivos desvios padrão de

todos os tipos de partidas de estafetas estudadas. Começaremos pela GS, e

a seguir a PT, SSF, SST e DS (Figuras 09, 10, 11, 12 e 13).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

48

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5Obtidas com 10 saltos

tempo normalizado

forç

a m

édio

-late

ral /

pes

o

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5GRAB

tempo normalizado

forç

a an

tero

pos

terio

r / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a ve

rtica

l / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizadofo

rça

tota

l / p

eso

Figura 9: Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical

e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida grab start, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5Obtidas com 10 saltos

tempo normalizado

forç

a m

édio

-late

ral /

pes

o

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5TRADICIONAL

tempo normalizado

forç

a an

tero

pos

terio

r / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a ve

rtica

l / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a to

tal /

pes

o

Figura 10: Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical

e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida tradicional, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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49

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5Obtidas com 10 saltos

tempo normalizado

forç

a m

édio

-late

ral /

pes

o

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5SSF

tempo normalizado

forç

a an

tero

pos

terio

r / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a ve

rtica

l / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizadofo

rça

tota

l / p

eso

Figura 11: Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical

e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida single step forward, obtidas pelo

MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5Obtidas com 10 saltos

tempo normalizado

forç

a m

édio

-late

ral /

pes

o

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5SST

tempo normalizado

forç

a an

tero

pos

terio

r / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a ve

rtica

l / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a to

tal /

pes

o

Figura 12: Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical

e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida single step track, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

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50

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5Obtidas com 10 saltos

tempo normalizado

forç

a m

édio

-late

ral /

pes

o

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5DS

tempo normalizado

forç

a an

tero

pos

terio

r / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a ve

rtica

l / p

eso

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizadofo

rça

tota

l / p

eso

Figura 13: Curvas típicas e desvios padrão das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical

e força total, dos 10 nadadores da amostra, da partida double step, obtidas pelo MatLab,

normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a m

édio

-late

ral /

pes

o

GRABTRADICIONALSSFSSTDS

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a an

tero

pos

terio

r / p

eso

GRABTRADICIONALSSFSSTDS

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a ve

rtica

l / p

eso

GRABTRADICIONALSSFSSTDS

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

tempo normalizado

forç

a to

tal /

pes

o

GRABTRADICIONALSSFSSTDS

Figura 14: Curvas típicas das forças: médio-lateral, antero-posterior, vertical e força total, dos

10 nadadores da amostra, das partidas estudadas: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional

(PT); (3) Single step forward (SSF); (4) Single step track (SST); (5) Double step (DS), obtidas

pelo MatLab, normalizadas ao peso em função ao tempo normalizado.

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51

4.1 Análise Temporal Sexo Feminino

Das partidas estudadas, a PT foi a técnica de partida que apresentou menor

tempo de bloco (T0), com diferenças estatisticamente significativas em

relação aos tipos de partidas SST, SSF e DS (excepto com a GS) (Quadro 4).

Quanto ao tempo de voo (T1), não houve diferenças estatisticamente

significativas entre todos os tipos de partidas estudadas. Apesar de não haver

diferenças estatisticamente significativas entre as partidas estudadas, a DS

apresentou maiores médias na duração do tempo de voo seguida dos tipos

de partidas: GS, PT, SSF e SST (Quadro 4).

O tipo de partida mais rápida no que concerne o tempo que o nadador leva

desde o desequilíbrio até o toque das mãos na água (T2) foi a PT

apresentando diferenças estatisticamente significativas para SSF e DS

(Quadro 4).

Quanto ao tempo que o nadador leva desde o inicio do desequilíbrio até o

mergulho completo do corpo, está totalmente imerso (T3), a GS foi a técnica

de partida mais rápida e apresentou diferenças estatisticamente significativas

para SSF, SST e DS (Quadro 4).

Para o tempo de rendição nenhuma das partidas apresentou diferenças

estatisticamente significativas. Apesar de não ter apresentado diferenças

estatisticamente significativas entre as partidas, a SSF apresentou menor

média de tempo de rendição (Quadro 4 e Figura 15).

O tempo de impulsão não apresentou diferenças estatisticamente

significativas entre os tipos de partidas estudados (Quadro 4).

O tempo de partida, tempo obtido nos 10m, foi menor na PT, apresentando

diferenças estatisticamente significativas para a SST (Quadro 4).

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52

Quadro 4: Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos para as variáveis temporais

dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas em

natação: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4)

Single step track (SST); (5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da

ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p<

0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da

SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Variáveis temporais (s) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

Tempo de bloco - T0 1.00±0.12(5) 0.92±0.12(3,4,5) 1.2±0.30(2) 1.18±0.21(2) 1.32±0.30(1,2) 7.56 0.00*

T de VOO - T1 0.27±0.02 0.27±0.02 0.26±0.04 0.26±0.03 0.31±0.17 0.95 0.44

T de desequilíbrio até as mãos tocarem na água – T2 1.27±0.11(5) 1.18±0.13(3,4,5) 1.46±0.29(2) 1.44±0.22(2) 1.63±0.29(1,2) 9.60 0.00*

T desde o desequilíbrio até a imersão – T3 1.60±0.11(3,5) 1.54±0.13(3,4,5) 1.83±0.28(1,2) 1.82±0.21(2) 1.99±0.28(1,2) 10.74 0.00*

T da Impulsão –Timp 0.37±0.08 0.39±0.79 0.41±0.07 0.45±0.05 0.43±0.08 1.6 0.19

T rendição – Tr 0.31±0.16 0.30±0.16 0.27±0.15 0.32±0.20 0.3±0.17 0.13 0.97

T de partida – T4 4.19±0.43 4.08±0.25(4) 4.25± 0.26 4.57±0.43(2) 4.36±0.22 4.80 0.00*

Sexo Masculino

Foi a GS que apresentou menor tempo de bloco (T0), com diferenças

estatisticamente significativas em relação aos tipos de partidas SST, SSF e

DS (excepto com a PT)(Quadro 5).

Quanto ao tempo de voo (T1), não houve diferenças estatisticamente

significativas entre todos os tipos de partidas estudadas. Apesar de não ter

apresentado diferenças estatisticamente significativas entre as partidas, a

SSF, apresentou maiores médias na duração do tempo de voo (Quadro 5).

A GS foi a técnica mais rápida com diferenças estatisticamente significativas

para SSF, SST e DS no que concerne o tempo que o nadador leva desde o

desequilíbrio até o toque das mãos na água (T2) (Quadro 5).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

53

Quanto ao tempo que o nadador leva desde o inicio do desequilíbrio até o

mergulho completo do corpo (T3), tanto para o feminino quanto para o

masculino, a GS foi a técnica de partida mais rápida e ambos os sexos

apresentaram diferenças estatisticamente significativas para SSF, SST e DS

(Quadro 5).

Quadro 5: Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos para as variáveis temporais

dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em

natação: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4)

Single step track (SST); (5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da

ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p<

0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da

SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Variáveis temporais (s) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

Tempo de bloco - T0 0.96±0.09(3,4,5) 1.08± 0.17(5) 1.16±0.25(1,5) 1.23±0.18(1) 1.35±0.16(1,2,3) 10.64 0.00*

T de VOO – T1 0.29±0.09 0.31±0.09 0.33±0.18 0.30±0.06 0.31±0.07 0.36 0.83

T de desequilíbrio até as mãos tocarem na água - T2 1.25±0.10(3,4,5) 1.39±0.16(5) 1.49±0.27(1) 1.53±0.20(1) 1.66± 0.18(1,2) 9.27 0.00*

T desde o desequilíbrio até a imersão - T3 1.59±0.7(4,5) 1.73±0.19(4,5) 1.86±0.25(1) 1.94±0.17(1,2) 2.04±0.15(1,2) 14.49 0.00*

T da Impulsão –Timp 0.34±0.07(2,3,4,5) 0.51±0.11(1) 0.45±0.11(1) 0.5±0.07(1) 0.47±0.9(1) 7.95 0.00*

T rendição – Tr 0.45±0.12 0.41±0.17 0.38±0.17 0.41±0.17 0.44±0.15 0.41 0.80

T de partida – T4 4.22±0.33 4.13±0.39 3.99±0.22 4.36±0.31 4.53±0.88 2.20 0.08

Para o tempo de rendição nenhuma das partidas apresentou diferenças

estatisticamente significativas. Apesar de não ter apresentado diferenças

estatisticamente significativas entre as partidas, a SSF apresentou menor

média de tempo de rendição (Quadro 5 e Figura 16), seguida pelas partidas:

PT, SSF, DS e GS.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

54

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0.60

0.70

GS PT SSF SST DS

(s) Tr feminino Tr masculino Tr geral

Figura 15: Valores médios e desvios padrão do tempo de rendição (Tr), para o sexo feminino,

masculino e geral, nos cinco tipos de técnicas de partida de estafetas: 1) Grab start (GS); 2)

Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double

step (DS).

A GS foi a partida que apresentou menor Timp, com diferenças

estatisticamente significativas para as demais partidas analisadas – SSF,

DS, SST e PT (Quadro 5).

0.00

1.00

2.00

3.00

4.00

5.00

6.00

GS PT SSF SST DS

(s)T partida feminino T partida masculino T partida amostra geral

**

*

Figura 16: Valores médios e desvios padrão do tempo de partida, para o sexo feminino, sexo

masculino e amostra geral, nos cinco tipos de técnicas de partida de estafetas: 1) Grab start

(GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5)

Double step (DS).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

55

Quanto ao tempo de partida, tempo obtido nos 10m, não houve diferenças

estatisticamente significativa entre as técnicas analisadas. Entretanto é

importante referir que a SST foi a técnica de partida mais rápida em T4

(Quadro 5).

Amostra Geral

A GS foi a partida que apresentou menor tempo de bloco (T0), com

diferenças estatisticamente significativas para a SSF, SST e DS. Quanto ao

tempo de voo (T1), não foram encontradas diferenças estatisticamente

significativas para as partidas (Quadro 6).

Quadro 6: Média e respectivos desvios padrão dos valores obtidos para as variáveis temporais

dos cinco tipos de técnicas de partida, para a amostra geral, para provas de estafetas em

natação: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT);(3) Single step forward (SSF); (4)

Single step track (SST); (5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da

ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p<

0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da

SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Variáveis temporais(s) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

Tempo de bloco - T0 0.98±0.10(3,4,5) 1.01± 0.18(3,4,5) 1.20±0.26(1,2) 1.21±0.20(1,2) 1.35±0.25(1,2) 16.64 0.00*

T de VOO – T1 0.28±0.06 0.29±0.07 0.30±0.14 0.30±0.05 0.31±0.13 0.47 0.77

T de desequilíbrio até as mãos tocarem na água - T2 1.22±0.25(3,4,5) 1.29±0.18(3,4,5) 1.46±0.26(1,2) 1.48±0.23(1,2) 1.64± 0.24(1,2,3) 15.13 0.00*

T desde o desequilíbrio até o mergulho completo - T3 1.55±0.31(3,4,5) 1.63±0.19(3,4,5) 1.83±0.25(1,2,5) 1.88±0.23(1,2) 2.01±0.22(1,2,3) 18.07 0.00*

T da Impulsão –Timp 0.37±0.08(2,4,5) 0.45±0.11(1) 0.43±0.09 0.47±0.07(1) 0.45±0.9(1) 6.34 0.00*

T rendição – Tr 0.38±0.16 0.36±0.17 0.33±0.17 0.36±0.19 0.37±0.17 0.37 0.83

T partida – T4 4.20±0.38 4.10±0.33(4) 4.13±0.27(4) 4.49±0.39(2,3) 4.42±0.55 5.22 0.00*

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

56

A GS apresentou menor tempo de impulsão, com diferenças estatisticamente

significativas para a PT, SST e DS (Quadro 6).

Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as

técnicas de partida estudadas para o tempo de rendição. Apesar de não

terem sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as

técnicas de partida, no tempo de rendição, a SSF, foi a técnica mais rápida,

seguindo-se a PT, SST, DS e GS (Quadro 6).

A PT foi a técnica de partida que obteve menores valores no tempo de 10m,

apresentando diferenças estatisticamente significativas para a SST (Quadro

6).

Análise dinâmica

Sexo Feminino

A PT e GS proporcionaram a produção de impulsos horizontais mais

intensos, porém, apenas a PT apresentou diferenças estatisticamente

significativas em relação à SST (Quadro 7 e Figura 17).

No impulso médio-lateral, a SSF foi a técnica que apresentou médias

inferiores seguida pelas partidas: PT, GS, DS e, por último, SST. A SSF

apresentou diferenças estatisticamente significativas para o tipo SST (Quadro

7 e Figura 17).

No impulso vertical, para o sexo feminino, nenhuma das técnicas de partida

apresentou diferenças estatisticamente significativas. Apesar de não

apresentar diferenças estatisticamente significativas entre as partidas para o

impulso vertical, a SST apresentou maiores médias, a seguir vieram as

partidas: DS, PT, SSF e GS (Quadro 7 e Figura 17).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

57

Quadro 7: Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ e ImpTotal dos cinco

tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: (1)

Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4) Single step track

(SST); (5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Impulso

(s) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

Imp Y 0.21±0.03 0.22±0.02(4) 0.20±0.01 0.18±0.02(2) 0.19±0.05 4.06 0.00*

Imp X -0.00±0.01 -0.00±0.01 -0.01±0.01(4) -0.01±0.01(3) -0.01±0.01 2.70 0.04*

ImpZ 0.44±0.09 0.47±0.08 0.46±0.06 0.48±0.05 0.47±0.12 0.40 0.80

Imp total 0.50±0.09 0.52±0.08 0.52±0.05 0.52±0.06 0.53±0.10 0.31 0.87

No impulso total, nenhum dos tipos de partidas analisados no feminino

apresentou diferenças estatisticamente significativas (Quadro 7 e Figura 17).

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0.60

0.70

ImpY ImpZ Imp Total

(s) GS PT SSF SST DS

*

Figura 17: Valores Médios de ImpY, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida,

para o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

58

Sexo Masculino

Assim como no feminino, a PT foi a técnica que proporcionou produção de

impulsos horizontais mais intensos com diferenças estatisticamente

significativas para GS e SST. Referidos os valores de produção de impulso

horizontal, depois da PT seguiram-se as seguintes técnicas partidas: SSF,

DS, GS e SST (Quadro 8 e Figura18).

Quanto ao impulso médio-lateral (ImpX), ao contrário do feminino, não

ocorreram diferenças estatisticamente significativas entre nenhuma das

técnicas de partidas de estafetas estudadas (Quadro 8).

Quadro 8: Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpX, ImpZ e ImpTotal dos cinco

tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: (1)

Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4) Single step track

(SST); (5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Impulso

(s) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

Imp Y 0.19±0.03(2) 0.23±0.04(1,4) 0.22±0.03(4) 0.18±0.03(2,3,5) 0.22±0.03(4) 6.58 0.00*

Imp X 0.00±0.01 -0.00±0.01 0.01±0.01 0.00±0.01 0.00±0.01 0.98 0.42

ImpZ 0.39±0.06(2,3,4,5) 0.57±0.15(1) 0.57±0.10(1) 0.58±0.08(1) 0.57±0.1(1) 8.87 0.00*

Imp total 0.44±0.62(2,3,4,5) 0.66±0.11(1) 0.61±0.11(1) 0.61±0.08(1) 0.63±0.1(1) 12.26 0.00*

A PT foi o tipo de partida que apresentou maiores médias referentes ao

ImpTotal, com diferenças estatisticamente significativas para GS. Todos os

tipos de partidas estudados também apresentaram diferenças

estatisticamente significativa para GS (Quadro 8 e Figura 18).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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59

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

Imp Y ImpZ Imp total

(N)

GS PT SSF SST DS

*

**

**

**

*

* **

*

Figura 18: Valores Médios de ImpY, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de técnicas de partida,

para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS).

Foi a SST que proporcionou valores superiores no impulso vertical. Contudo

os tipos de partidas SSF, DS e PT apresentaram médias muito próximas,

como também todas apresentaram diferenças estatisticamente significativas

para a GS (Quadro 8 e Figura18).

Amostra Geral

A PT foi a técnica que produziu maiores impulsos horizontais, seguiram-se as

partidas SSF, DS, GS e SST. A PT apresentou diferenças de valores médios

do impulso horizontal estatisticamente significativas para a GS (Quadro 9).

Para o impulso vertical a SST foi a técnica que produziu maiores impulsos, a

seguir vieram as partidas DS, PT, SST e GS. A SST apresentou diferenças

estatisticamente significativas para a GS (Quadro 9).

A partida que também apresentou valores médios do impulso total superiores

as demais técnicas de partida foi a PT, a seguir vieram as partidas: DS, SST,

SSF e a GS. A PT apresentou diferenças estatisticamente significativas apenas

para a GS (Quadro 9).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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60

Quadro 9: Média e respectivos desvios padrão para ImpY, ImpZ e ImpTotal dos cinco tipos de

técnicas de partida, para a amostrageral, para provas de estafetas em natação: (1) Grab start

(GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4) Single step track (SST); (5)

Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor

do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1) significativamente

diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3) significativamente

diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Impulso

(s) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

ImpY 0.20±0.03(2,3,4,5) 0.23±0.03(1) 0.21±0.03(1) 0.18±0.03(1) 0.20±0.04(1) 4.06 0.00*

ImpZ 0.42±0.08(2,3,4,5) 0.52±0.13(1) 0.51±0.1(1) 0.53±0.08(1) 0.52±0.12(1) 5.93 0.00*

Imp total 0.47 ±0.08(2,3,4,5) 0. 59±0. 12(1) 0.56±0.1(1) 0.57±0.08(1) 0.58±0.11(1) 6.95 0.00*

Potência

Sexo Feminino

Em relação a potência média resultante de partida, para o feminino não se

verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de partidas

analisados (Quadro 10 e Figura 19).

Sexo Masculino

No masculino, verificou-se diferenças estatisticamente significativas entre os

tipos de partidas analisados. A PT apresentou maiores valores de potência

resultante com diferenças estatisticamente significativas para a GS. A GS

apresentou diferenças estatisticamente significativas para os tipos de partida

analisados PT, SSF e DS (Quadro 10 e Figura 19).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

61

Quadro 10: Média e respectivos desvios padrão dos valores da potência resultante obtidos dos

cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em

natação: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4)

Single step track (SST); (5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da

ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p<

0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da

SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

0500

1000150020002500300035004000

GS PT SSF SST DS

(W) Pot Total feminino PotTotal masculino Pot Geral

* * *

**

Figura 19: Valores médios e respectivos desvios padrão dos valores da Potência média

resultante da partida obtidos para os cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino,

masculino e geral, para provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida

tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS).

Potência

Total GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P Pt (W)

Feminino

1826.31±336.75

1930.47±499.33

1902.60±269.90

1770.39±309.03

1897.78±490.17 0.41 0.80

Pt (W)

Masculino

1816.48±392.53(2,5)

2734.90±759.03(1)

2644.25±731.85(1)

2393.92±619.85

2622.39±668.09(1) 4.94 0.00*

Pt (w) Geral

1821.39± 357.98 (2,3)

2332.68± 629.18(1)

2273.43± 500.88(1)

2082.15± 464.44

2260.08± 579.13

3.28 0.01*

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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62

Amostra Geral

A PT foi a técnica que proporcionou valores médios superiores de potência

resultante, com diferenças estatisticamente significativas para a GS (Quadro

10 e Figura 19).

Força

Sexo Feminino

Em Fy, verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de

partidas analisados. A PT apresentou maiores valores, com diferenças

estatisticamente significativas para a SST (Quadro 11 e Figura 20).

Em Fz, não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre os

tipos de partidas de estafetas analisados (Quadro 11 e Figura 20).

Quadro 11: Média e respectivos desvios padrão dos picos das forças – horizontal, vertical e

total – dos cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas

em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4)

Single step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da

ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p<

0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da

PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da

SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Força

(N) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

Fy

1.02±0.12(4) 1.09±0.15(4) 1.02±0.16(4) 0.79±0.07(1,2,3,5) 1.01±0.15(4) 10.60 0.00*

Fz

1.66±0.21 1.87±0.17 1.74±0.18 1.75±0.12 1.77±0.25 2.22 0.08

Ftotal

1.83±0.23 2.05±0.26 1.92±0.26 1.85±0.13 1.96±0.30 1.96 0.11

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

63

Em Ftotal, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas

entre os tipos de partidas de estafetas analisados, entretanto a PT

apresentou maiores valores na Ftotal, bem como em Fz (Quadro 11 e Figura

20).

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

Fy Fz Ftotal

(N) GS PT SSF SST DS

****

Figura 20: Valores médios e respectivos desvios padrão de Fy, Fz e Ftotal para os cinco tipos

de técnicas de partida, para o sexo feminino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab

start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST);

5) Double step (DS).

Masculino

Em Fy, verificou-se diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de

partidas analisados, assim como no sexo feminino. A DS apresentou maiores

valores, com diferenças estatisticamente significativas para a SST. Todos os

tipos de partidas analisados apresentaram diferenças estatisticamente

significativas para o tipo SST (Quadro 12 e Figura 21).

Em Fz, não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre os

tipos de partidas de estafetas analisados. (Quadro 12 e Figura 21).

Em Ftotal, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas

entre os tipos de partidas de estafetas analisados, entretanto, a PT

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

64

apresentou maiores valores na Ftotal, assim como no feminino (Quadro 12 e

Figura 21).

Quadro 12: Média e respectivos desvios padrão das forças – horizontal, vertical e total – dos

cinco tipos de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em

natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single

step track (SST); 5) Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA

nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1)

significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3)

significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Força

(N) GS PT SSF SST DS

ANOVA

F P

Fy

1.01±0.14(4) 1.02±0.15(4) 1.03±0.10(4) 0.75±0.10(1,2,3,5) 1.04±0.075(4) 16.54 0.00*

Fz

1.67±0.225 1.86±0.17 1.80±0.30 1.93±0.24 1.84±0.24 2.08 0.09

Ftotal

1.86±0.25 2.07±0.27 2.02±0.26 2.05±0.25 2.01±0.24 1.53 0.20

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

Fy Fz Ftotal

(N) GS PT SSF SST DS

****

Figura 21: Valores médios e respectivos desvios padrão de Fx, Fz e Ftotal para os cinco tipos

de técnicas de partida, para o sexo masculino, para provas de estafetas em natação: 1) Grab

start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward (SSF); 4) Single step track (SST);

5) Double step (DS).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

______________________________________________________________________

65

4.2 Variáveis cinemétricas

Velocidade

Sexo Feminino

No que concerne a velocidade de saída do ponto de pressão não se

verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de

partidas analisados. Contudo, a DS apresentou valores superiores nas

médias, seguidas pelos tipos PT, SST, SSF e GS (Quadro 13 e Figura 22).

0

1

2

3

4

5

6

7

8

GS PT SSF SST DS

(m/s) Vsaída feminino Vsaída masculino Vsaida geral

**** *

**

*

Figura 22: Valores médios e respectivos desvios padrão da velocidade de saída obtidos para

os cinco tipos de técnicas de partida, para o género feminino e masculino e amostra geral, para

provas de estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step

forward (SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS).

Sexo Masculino

Verificou-se diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de

partidas analisados. A PT apresentou maiores valores de velocidade de saída

do ponto de pressão, com diferenças estatisticamente significativas para a

GS. A GS apresentou diferenças estatisticamente significativas para todos os

tipos de partida analisados (Quadro 13 e Figura 22).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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66

Amostra Geral

A PT foi técnica de partida que proporcionou maiores valores da velocidade de

saída do ponto de pressão, apresentando diferenças estatisticamente

significativas para a GS. Seguiram-se as partidas: DS, SST, SSF e GS (Quadro

13 e Figura 22).

Quadro 13: Média e respectivos desvios padrão da velocidade de saída dos cinco tipos de

técnicas de partida, para o sexo feminino e masculino e amostra geral, para provas de

estafetas em natação: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward

(SSF); (4) Single step track (SST); (5) Double step (DS). São também apresentados os

resultados da ANOVA nomeadamente o valor do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo

Fischer * p< 0.05; (1) significativamente diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente

(p< 0.05) da PT; (3) significativamente diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente

(p< 0.05) da SST; (5) significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Alcance do salto

Sexo Feminino

Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas para o alcance

do salto nos tipos de partida analisados. A SST foi o tipo de partida que

permitiu ao nadador alcançar uma maior distância no salto. Seguiram-se as

partidas DS, GS, PT e SSF (Quadro 14 e Figura 23).

Velocidade GS PT SSF SST DS ANOVA

F P

V saída (m/s) Sexo Feminino 4.89±0.91 5.16±0.83 5.08±0.55 5.13±0.57 5.19±1.04 0.32 0.86

V saída (m/s) Sexo Masculino 4.28±0.66(2,3,4,5) 6.38±1.12(1) 5.91±1.14(1) 5.92±0.89(1) 5.99±0.93(1) 10.77 0.00*

V saída (m/s) Amostra geral 4.57±0.83(2,3,4,5) 5.77±1.15(1) 5.50±0.98(1) 5.53±0.84(1) 5.59±1.06(1) 6.76 0.00*

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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67

Quadro 14: Média e respectivos desvios padrão do alcance do salto dos cinco tipos de

técnicas de partida, para o sexo feminino, masculino e amostra geral, para provas de estafetas

em natação: (1) Grab start (GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4)

Single step track (SST); (5) Double step (DS).

Alcance do salto (m) GS PT SSF SST DS

Sexo Feminino 2.23±0.15 2.21±0.13 2.10±0.19 2.25±0.39 2.23±0.25

Sexo Masculino 2.34±0.35 2.50±0.40 2.43±0.29 2.47±0.53 2.47±0.27

Amostra Geral 2.29±0.25 2.36±0.27 2.27±0.26 2.36±0.25 2.35±0.24

Masculino

Assim como no feminino, para o masculino também não se observaram

diferenças estatisticamente significativas entre o alcance do salto nas

diferentes técnicas de partida de rendição. Apesar de não ter apresentado

diferenças estatisticamente significativas, a PT foi a técnica que o género

masculino obteve maior alcance, seguida pelos tipos de partidas SST, DS,

SSF e GS (Quadro 14 e Figura 23).

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

GS PT SSF SST DS

(m) MASCULINO FEMININO Geral

Figura 23: Valores médios e respectivos desvios padrão do alcance do salto para os cinco

tipos de técnicas de partida, para o sexo feminino, masculino e amostra geral, para provas de

estafetas em natação: 1) Grab start (GS); 2) Partida tradicional (PT); 3) Single step forward

(SSF); 4) Single step track (SST); 5) Double step (DS).

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68

Amostra Geral

No geral, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre o

alcance do salto nas diferentes técnicas de partida de rendição (Quadro 14 e

Figura 23).

Ângulo de entrada na água

Sexo Feminino

Quanto ao ângulo formado pelo MS e a horizontal no momento em que o

nadador toca na água, não se verificam diferenças estatisticamente

significativas entre os tipos de partidas analisados (Quadro 15)

Quadro 15: Média e respectivos desvios padrão do ângulo das mãos na entrada da água, dos

cinco tipos de técnicas de partida geral, para provas de estafetas em natação: (1) Grab start

(GS); (2) Partida tradicional (PT); (3) Single step forward (SSF); (4) Single step track (SST); (5)

Double step (DS). São também apresentados os resultados da ANOVA nomeadamente o valor

do parâmetro e o respectivo valor de p, segundo Fischer * p< 0.05; (1) significativamente

diferente (p< 0.05) da GS; (2) significativamente diferente (p< 0.05) da PT; (3) significativamente

diferente (p< 0.05) da SSF; (4) significativamente diferente (p< 0.05) da SST; (5)

significativamente diferente (p< 0.05) da DS.

Ângulo (º) GS PT SSF SST DS ANOVA

F P Ângulo das mãos na entrada da água - sexo

Feminino 33.60±7.15 35.43±4.8 37.11±5.0 34.74±6.71 34.74±5.92 0.69 0.61

Ângulo das mãos na entrada da água - sexo Masculino

36.75±5.81 34.25±6.35 35.55±7.41 39.12±3.15 34.74±5.92 1.63 0.17

Ângulo das mãos na entrada da água - amostra Geral

35.23±6.57 34.84±5.55 36.33±6.24 36.92±5.61 34.74±5.82 0.79 0.54

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69

Sexo Masculino

Assim como no feminino, no masculino não se verificam diferenças

estatisticamente significativas entre os tipos de partidas analisados (Quadro

15).

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71

Amostra Geral

Não se verificam diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de

partidas analisados (Quadro 15).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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73

5. Discussão dos resultados

Este capítulo está dividido em quatro partes: análise das curvas (Ft), fase no

bloco, fases de voo e entrada na água.

5.1 Análise das curvas F(t) Optamos por realizar uma análise qualitativa das curvas típicas das três

componentes da força vertical, antero-posterior e médio-lateral e força total.

Observamos que as curvas típicas das três componentes das forças antero-

posterior, médio-lateral e vertical e força total, apresentam-se de forma muito

semelhante entre todos os tipos de técnicas de partidas de estafetas estudadas

(GS, PT, SSF, SSF e DS).

Observamos também que a curva típica da força médio-lateral não apresentou

grandes oscilações, em todos os tipos de partidas estudadas, em relação a

análise individual e em grupo. As partidas com adição de passos, como era

esperado, foram as que apresentaram maiores oscilações. Mais notável no tipo

de partida single step track.

Para a curva típica da componente da força antero-posterior, a grab start

apresentou uma pequena alteração na fase ascendente da curva, que ocorreu

devido a força contrária exercida pelas mãos na fase de impulsão da partida.

Para a curva típica da componente da força vertical, observou-se que há

grande variabilidade na fase de início da impulsão nas partidas GS, PT, SSF e

DS. No pico máximo de Fz também se observaram grande variabilidade em

todas as partidas analisadas. O pico de Fy das curvas típicas das partidas GS,

PT e SSF, apresentou-se mais arredondado do que as partidas SST e DS, que

apresentaram o pico da força vertical bem mais pronunciado das demais

técnicas de partidas.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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74

Para a força total, percebe-se que está muito associada à forma da força

vertical. Nas partidas GS, PT, SST e DS apresentaram grandes oscilações na

fase ascendente da curva, na fase de impulsão, no início e no fim do

movimento da partida. A SSF, em relação as demais partidas estudadas,

apresentou maior desvio padrão no pico da força total.

Percebemos que na Figura14 que representa a sobreposição das curvas de

todas as partidas, na força vertical, a PT é a partida que primeiro começa a

fase de impulsão e que primeiro chega ao pico da força vertical.

5.2 Fase de bloco Na análise das acções no bloco, iremos debruçar-nos sobre o tempo

dispendido no bloco, os impulsos e forças horizontais, verticais e total

produzidos nesse intervalo de tempo e a velocidade de saída do bloco, nas

cinco técnicas de partida estudadas. Devido a escassez de estudos que têm

como objectivo a problemática das técnicas de rendição em estafetas, poucos

serão os valores confrontados por nosso estudo. Excepto em algumas

variáveis, onde compararemos os resultados obtidos em nosso estudo, com

resultados obtidos em estudos sob a perspectiva de provas individuais ventrais.

Como obtivemos resultados diferentes em muitas variáveis entre ambos os

sexos, por defeito iremos discutir as variáveis por sexo.

Sempre que nos reportarmos a qualquer uma das variáveis relacionadas ao

tempo que o nadador permaneceu na superfície do bloco (T0,T2, T3), a partida

GS leva vantagem. Segundo Breed e McElroy (2000) o tempo de bloco não é

factor determinante nas técnicas de partidas de rendição. O tipo de partida

actualmente preferida nas transições das estafetas é a que abrange um

balanço dos MS, acarretando num tempo de bloco superior, segundo Breed e

McElroy (2000) e Esteves et al. (2006). Para além da acção dos braços, as

partidas SSF, SST e DS realizam-se através de adição de passo(s) à PT,

ocasionando ainda um maior tempo de execução da partida. No tempo de

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75

bloco, as partidas PT (0.92s±0.12s) para o feminino e a GS (0.96s±0.09s) para

o masculino, apresentaram menores valores. Confirmando o facto de ser a

partida mais rápida para o nadador deixar o bloco, a GS apresentou médias de

tempo de impulsão menores tanto no sexo feminino (0.37s±0.08s) quanto no

sexo masculino (0.34s±0.07s).

Para o tempo de rendição, as partidas não apresentaram diferenças

estatisticamente significativas entre si. Esperava-se que a GS (0.31s±0.16 =

feminino; 0.45s±0.12s = masculino); ou a PT (0.30s±0.16s = feminino;

0.41s±0.17 = masculino); seriam mais rápidas na rendição, uma vez que são os

tipos de partida utilizados pelos nadadores da amostra (quadro 2). Ao contrário

do esperado, a SSF apresentou menores valores em ambos os sexos: no sexo

feminino (0.27s±0.15s) e no sexo masculino (0.38s±0.17s). Para o sexo

feminino as partidas que apresentaram menor tempo de rendição a seguir a

SSF foram: PT (0.30s±0.16s), DS (0.3s±0.17s), GS (0.31s±0.16s) e por último

a SST (0.32s±0.20s).

Relativamente aos valores da impulsão, não foram encontrados na literatura

dados de referência, encontramos apenas estudos onde apresentavam os

valores brutos da impulsão, não normalizados pelo peso do nadador.

Entretanto, tendo por base os dados do peso do nadador e do impulso

adquirido pelo memo, calculamos um valor de impulso horizontal e vertical de

forma a podermos comparar com os resultados do presente estudo. Neste

contexto, podemos verificar que no estudo de Breed e McElroy (2000) com a

amostra do sexo feminino, os valores de ImpY (0.31s) para a PT, foram

superiores aos encontrados em nosso estudo (0.22s±0.02s). Para o sexo

masculino a PT (0.23s±0.04s) bem como no sexo feminino, produziu impulsos

mais intensos.

A SST foi a técnica que produziu maiores impulsos verticais tanto no sexo

feminino (0.48s±0.05s) quanto no sexo masculino (0.58s±0.08s). Vilas Boas et.

al. (2000) encontraram valores para a GS (0.79s) muito superiores aos

encontrados em nosso estudo GS (0.39s±0.06s).

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76

No impulso total, as partidas DS (0.53s±0.10s) para o feminino e a PT

(0.63s±0.1s) para o masculino, foram as partidas que produziram maiores

impulsos totais.

Para o nosso estudo o impulso médio-lateral só se observaram diferenças

estatisticamente significativas para o masculino, entre a SSF e SST, porém os

valores apresentaram-se muito baixos, sempre a volta do zero, portanto não

consideramos ser relevante analisar esta componente do impulso.

McLean et al. (2000) ao estudarem a acção da incorporação de passo(s) à PT

concluíram que os valores da velocidade horizontal de saída da PT

(4.2m/s±0.3m/s) e SST (4.2m/s±0.3m/s), era mais lenta do que a SSF

(4.3m/s±0.3m/s) e DS (4.4m/s±0.3m/s). Estes valores foram inferiores ao

obtidos em nosso estudo: PT (6.38m/s±1.12m/s), SSF (5.918m/s±1.14m/s),

SST (5.92m/s±0.89m/s) e DS (5. 99m/s±0.93m/s). Para o sexo feminino a

velocidade de saída PT (5.16m/s±0.83m/s), SSF (5.08m/s±0.55m/s), SST

(5.13m/s±0.57m/s) e DS (5.19m/s±1.04m/s). É importante referir que os

valores obtidos em nosso estudo, foram conseguidos através da plataforma

de forças com uma frequência de 500 Hz, bem como foram os valores da

velocidade do centro de pressão que foi obtida, ao contrário do estudo de

McLean et al. (2000) que obtiveram os valores desta mesma variável, mas

pelo CG, utilizando a cinemétrica (câmaras de vídeo de 60 Hz). Outro facto

instrumentalmente justificativo da discrepância de valores obtidos nos

resultados, pode ser devido ao facto da amostra do nosso estudo ser

composta por nadadores da alta competição de Portugal, e no estudo de

McLean et al. (2000) ser composta por alunos universitários. Breed and

McElroy (2000) também encontraram valores mais reduzidos nas velocidades

de saída tanto para a GS (3.14m/s±0.26m/s) quanto para PT

(3.17m/s±0.26m/s). Os valores da velocidade de saída da GS (4.05m/s)

obtidos Krüger et al. (2003) foram próximos ao encontrados em nosso estudo

(4.57m/s±0.83m). Esta discrepância de valores com o presente estudo pode

ser devido ao objecto de estudo utilizado. Em nosso estudo a realização das

partidas ocorreu sob a forma de rendição, sendo permitido ao nadador estar

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em movimento no momento que precede a partida, enquanto que o estudo

citado anteriormente, os nadadores tinham que se encontrar imóveis no

momento da partida. Estes dados vêm a reforçar a importância da realização

da partida em movimento, na medida em que, nestas circunstâncias, se

atingem velocidades de saída do bloco superiores. Como já mencionamos

anteriormente, num estudo piloto não publicado, comparámos o resultado

final da velocidade de saída do centro de pressão obtidos pela dinamometria

com a velocidade de saída do CG, após a digitalização das imagens das

partidas de quatro nadadores (60 partidas) pelo programa APAS.

Encontramos resultados similares, com uma diferença de no máximo 3%

entre os procedimentos.

Tendo como base os dados da velocidade e da massa dos nadadores do

estudo de McLean et. al (2000), calculámos um valor de potência média de

forma a podermos comparar com os resultados obtidos em nosso estudo.

Assim sendo, primeiro calculamos o valor do trabalho ( 22

1fmvw = ) e,

seguidamente, utilizando o intervalo de tempo do nosso estudo (Tr), a potência

média resultante: tWMedPmed ∆= . Obtivemos os seguintes valores: PT

(1783.36W), SSF (2016.87W), SST (1783.36W) e DS (1823.8W). Neste

contexto podemos verificar que no estudo de McLean et al. (2000) os valores

da potência média foram inferiores aos encontrados em nosso estudo. Foi a

SSF (2273.43w±500.88w) a técnica de partida que apresentou, em nosso

estudo, maiores valores de potência média. A GS (1821.39W±357.98W) foi a

técnica que apresentou valores da potência média mais reduzidos em nosso

estudo.

A PT, para o sexo feminino, apresentou médias da componente da força

horizontal (1.09N±0.15N) superiores aos demais tipos de partida e para o sexo

masculino foi a DS (1.04N±0.07N). Em relação à força vertical, para o sexo

feminino não se observaram diferenças estatisticamente significativas, e

novamente a PT (1.87N±0.17N) para o sexo feminino apresentou maiores

valores médios da força vertical e para o sexo masculino foi a partida SST

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78

(1.93N±0.24N) que apresentou médias superiores em relação às demais

partidas.

Podemos afirmar que os tipos de técnicas de partida GS (masculino) e PT

(feminino) são as técnicas mais rápidas no que concerne tempo de contacto

com o bloco. A GS, por sua vez, é a técnica que produz menores impulsos

total, potência média e força total, tanto no sexo feminino quanto no sexo

masculino, resultando numa menor velocidade de saída do bloco. Para o sexo

feminino, a PT foi a mais rápida e apresentou maiores valores de maior Imp Y,

entretanto apresentou velocidade de saída superior e Imp total na DS. Para o

sexo masculino a GS foi a mais rápida, entretanto foi PT a que apresentou

maiores valores de velocidade de saída, produziu maior impulso horizontal e

impulso total bem como maior potência média de saída.

5.3 Fase de Voo No tempo de voo, no sexo feminino, não se observaram diferenças

estatisticamente significativas entre as técnicas de rendição estudadas. A DS

(0.31s±0.17s) apresentou maiores valores de tempo de voo, seguida pelas

partidas: PT (0.27s±0.02s), GS (0.27s±0.02s), SST (0.26s±0.03s) e SSF

(0.26s±0.04s). Para o sexo masculino também não apresentaram diferenças

estatisticamente significativas entre as partidas estudadas e a SSF

(0.33s±0.18s) foi a partida que apresentou maiores valores de tempo de voo,

seguida pelas partidas PT (0.31s±0.09s), DS (0.31s±0.07s), SST (0.30s±0.06s)

e GS(0.29s±0.09s). Breed and McElroy (2000) encontraram valores para o

tempo de voo próximos aos encontrados em nosso estudo GS (0.25s±0.07s) e

T (0.26s±0.07s). Krüger et. al. (2000) encontraram valores para a GS

(0.33s±0.05s) superiores ao encontrados em nosso estudo e no estudo de

Breed and McElroy (2000).

No momento em que o nadador toca à água, o alcance horizontal das mãos,

relativamente à parede testa, foi superior na SST (2.25m±0.39m) para o

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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79

feminino seguida pelas partidas DS (2.23m±0.25m), GS (2.23m±0.15m), PT

(2.21m±0.13m) e SSF (2.10m±0.19m); e a PT (2.50m ± 0.40m) foi no

masculino a partida que apresentou maior alcance de salto, depois, as partidas

SST (2.47m±0.53m), DS (2.47m±0.27m), SSF (2.43m±0.29m) e GS

(2.34m±0.35m).

Segundo Fitzgerald (1973), através do aumento da força vertical e mantendo a

força horizontal constante, o nadador é capaz de aumentar a extensão do salto

sem diminuir a velocidade. Em nosso estudo a partida que mais força produziu

na componente vertical, no sexo feminino, foi a PT (1.87N±0.17N) não foi

aquela que obteve maior alcance de salto. No sexo masculino a partida que

mais força produziu na componente vertical foi a SST (1.93N±0.24N) não foi

aquela que obteve maior alcance de salto. Para o sexo feminino SST

(2.25m±0.39m) e no masculino PT (2.50m ± 0.40m) foram as partidas que

apresentaram maior alcance do salto. Com a afirmação de Fitzgerald (1973),

justifica-se o facto da GS (2.34m±0.35m) para o sexo masculino ter

apresentado menor alcance do salto, uma vez que foi o tipo de partida que

produziu menor força vertical (1.67N±0.23N).

Os valores encontrados em nosso estudo em relação ao alcance do salto foram

inferiores em relação aos valores encontrado no estudo de McLean et al.

(2000) para a PT (3.42m±0.16m), SSF (3.45m±0.19m), SST (3.45m±0.19) e a

DS (3.47m±0.19m). Também foram inferiores os valores encontrados em nosso

estudo em relação ao alcance do salto aos valores encontrados no estudo de

Cruz (2000), provas individuais ventrais, onde a GS (3.22m±0.25m),

apresentou valores mais altos do que encontramos em nosso estudo GS

(2.29m±0.25m). Esta discrepância dos resultados do alcance do salto pode ser

explicada devido a altura da amostra, McLean et al. (2000) e Cruz (2000),

(184.6cm±5.8cm e 179.9cm±0.07cm) respectivamente, e em nosso estudo

(170.8cm±3.6cm para o sexo feminino e 176.4cm±5.0cm para o sexo

masculino).

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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80

Quando analisamos a partida desde o instante em que o nadador começa o

movimento para a partida até o momento em que toca na água podemos, em

forma de balanço, retirar as seguintes afirmações:

• Para o tempo de voo, para o sexo feminino e sexo masculino, as

partidas não apresentaram diferenças estatisticamente

significativas para as demais partidas;

• A PT para o feminino e a GS para o masculino foram as técnicas

mais rápidas. No feminino com diferenças estatisticamente

significativas para a DS e no masculino apresentou diferenças

estatisticamente significativas para as partidas SSF, SST e DS;

• Para o alcance do salto, para o sexo feminino e para o sexo

masculino, as técnicas de partida não apresentaram diferenças

estatisticamente significativas para as demais partidas.

• A DS para o feminino e a PT para o masculino foram as técnicas

de partida que apresentaram maior velocidade de saída;

• A PT foi a técnica de partida que proporcionou maiores valores de

impulso horizontal.

5.4 Entrada na água Na fase de entrada na água, ou seja, desde o momento em que o nadador toca

na água até o primeiro momento em que o corpo do nadador está

completamente dentro da água, a PT foi a técnica mais rápida para o sexo

feminino (1.54s±0.13s) e a GS foi a técnica mais rápida para o sexo masculino

(1.59s±0.78s). No geral, a GS (1.55s±0.31s) foi a técnica mais rápida, com

diferenças estatisticamente significativas para a SSF (1.83s±0.25), SST

(1.88s±0.23s) e DS (2.01s±0.22s). A DS (1.99s±0.28s) no sexo feminino e para

o sexo masculino (2.04s±0.15s), foi a técnica que o nadador demorou mais

desde o desequilíbrio até o primeiro momento em que o corpo do nadador está

completamente dentro da água.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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O tempo total da partida (T4), foi a fase que compreendeu desde o instante da

rendição do nadador até este completar o percurso dos 10m. T4 foi menor na

PT (4.08s±0.43s) para o feminino e para o masculino foi a SSF (3.99s±0.22s).

McLean et. al. (2000) encontraram valores médios de tempo de 10m inferiores

aos encontrados em nosso estudo, para a PT (3.61s±0.28s), SSF (4.3s±0.3s),

SST (4.2s±0.3s) e DS (4.4s±0.3s). Considerado o facto de ambos estudos

serem constituídos de amostras do género masculino, o nosso género

masculino e feminino), os dois estudos obtiveram valores médios, para tempo

dos 10m, inferiores para o tipo de partida SSF. Grambel et. al. (1991)

encontraram também valores inferiores aos obtidos em nosso estudo, para

partidas com passo(s) (2.96s) e para partida tradicional (3.03s).

Relativamente ao ângulo formado pelo segmento de recta dos MS na entrada

na água, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre as

cinco técnicas (GS: 35.23º±6.57º; PT: 34.84º±5.55º; SSF: 36.33º±6.24º; SST:

36.92º±5.61º; DS: 34.74º±5.82º; F=0.79 e p= 0.54).

Quando se analisa a partida desde o momento que o nadador deixa o bloco até

o momento que este encontra-se completamente imerso, a PT para o sexo

feminino e a GS para o sexo masculino foram as técnicas mais rápidas. A SST

foi a técnica em que o ângulo formado pelo segmento de recta dos MS na

entrada da água foi estatisticamente mais abertos, do que nos demais tipos

partidas estudados. Isto pode dever-se à razão da SST ser a partida que

apresenta maior impulso vertical. Para o tempo de partida, tempo do percurso

da rendição até aos 10m a PT para o feminino e a SSF para o masculino foram

as técnicas de partidas mais rápidas.

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6. Conclusão

Dos resultados do presente estudo é possível concluir retirar as seguintes

conclusões:

• O tempo de bloco foi menor no sexo feminino na PT e no sexo

masculino foi na GS.

• O tempo que o nadador levou desde do desequilíbrio até o momento em

que tocou com as mãos à superfície da água no sexo feminino foi menor

na PT e no sexo masculino na GS.

• O tempo que o nadador levou desde do desequilíbrio até o momento em

que ficou imerso foi menor na PT no sexo feminino e no sexo masculino

a GS.

• O tempo de impulsão foi menor na GS para sexo masculino.

• Apesar de não ter apresentado diferenças estatisticamente significativas,

o tempo de rendição para ambos os sexos, foi menor na SSF.

• No impulso horizontal a PT promoveu a aplicação de impulsos maiores,

para o sexo masculino e para o sexo feminino.

• A SST foi a partida que produziu maior impulso vertical, para o sexo

masculino.

• A SSF foi a partida que produziu maior força médio-lateral para o sexo

feminino.

• A PT para o masculino foi a partida que produziu maiores valores de

impulso total.

• A PT para o masculino foi a técnica que permitiu que os nadadores

saíssem do bloco animados de uma velocidade superior.

• A PT foi a técnica que apresentou maiores valores de potência média

resultante de saída para o sexo masculino.

• A PT no feminino e a DS no masculino foram as partidas que

apresentaram maiores médias de força horizontal.

• A PT no feminino e a SST no masculino foram as partidas que

apresentaram maiores médias de força vertical.

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Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática

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• Apesar de não apresentarem diferenças estatisticamente significativas

entre as partidas estudadas, a SST, para o sexo feminino, e a PT, para o

sexo masculino, foram as técnicas de partida que apresentaram um

maior alcance de salto das cinco técnicas analisadas.

• O tempo de partida (T4) foi menor para a PT no sexo feminino e para a

SSF para o sexo masculino.

Concluímos em nosso estudo que para a nossa amostra, por apresentarem

menor tempo de partida no percurso de 10m a PT é a partida mais indicada

para o sexo feminino e a SSF para o sexo masculino.

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*referência indirecta

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8. Anexos

1) Questionário colocado aos nadadores na primeira fase da recolha:

NOME:

ANO DE NASCIMENTO:

ESCALÃO:

PESO:

ALTURA:

TIPO DE PARTIDA PREFERENCIAL:

PROVAS INDUVIDUAIS:

Grab ( )

Track ( )

ESTAFETAS:

Grab ( )

Track ( ) Tradicional( ) SSf ( ) SSt ( ) DS ( )

ESPECIALIDADE:

Crol ( ) Bruços ( ) Costas ( ) Mariposa ( ) Estilos ( )

MELHOR RESULTADO EM COMPETIÇÃO:

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* ImpY ImpX ImpZ ImpTotal Pottotal Fy Fz Ftotal ângulo das mãos na água1 6 1 0 0,22 -0,01 0,47 0,52 1546,3 0,83 1,56 1,68 34,111 6 2 0 0,22 -0,01 0,5 0,55 1654,8 0,84 1,56 1,65 37,61 6 3 0 0,21 -0,01 0,48 0,53 1589 0,84 1,5 1,61 43,91 7 1 0 0,24 0 0,52 0,58 2170,6 0,99 1,6 1,67 381 7 2 0 0,2 0 0,36 0,42 1500,9 1,03 1,43 1,73 381 7 3 0 0,2 0 0,39 0,45 1665,5 1,04 1,48 1,62 26,621 8 1 0 0,18 -0,02 0,35 0,4 1721,8 1,15 1,86 2,18 39,021 8 2 0 0,16 -0,01 0,36 0,41 1773,7 1,07 2 2,26 24,141 8 3 0 0,17 -0,01 0,34 0,39 1657,7 1,09 1,96 2,22 34,081 9 1 0 0,23 0 0,51 0,57 1960,3 0,94 1,71 1,78 22,531 9 2 0 0,23 0 0,46 0,52 2015,4 1,03 1,37 1,65 39,261 9 3 0 0,17 0 0,31 0,36 1407,9 1,01 1,49 1,72 39,531 10 2 0 0,25 0 0,56 0,62 2400 1,19 1,87 1,93 21,661 10 3 0 0,26 0 0,58 0,65 2504,4 1,18 1,83 1,9 322 6 1 0 0,22 -0,01 0,49 0,54 503,06 0,99 1,74 1,88 39,222 6 2 0 0,22 0 0,47 0,53 1672,9 0,94 1,77 1,87 39,142 6 3 0 0,22 -0,01 0,51 0,56 1720,6 0,83 1,76 1,84 43,432 7 1 0 0,22 0,01 0,58 0,63 2581,4 0,97 2,02 2,11 26,942 7 2 0 0,25 0 0,54 0,61 2437,6 1,12 1,69 1,73 37,362 7 3 0 0,23 0 0,63 0,69 2663,4 1,03 1,62 1,7 28,922 8 1 0 0,19 -0,01 0,35 0,41 1823,5 1,3 2 2,38 32,222 8 2 0 0,19 -0,01 0,35 0,41 1961,2 1,39 2,18 2,58 38,872 8 3 0 0,17 -0,01 0,37 0,41 1682,3 1,26 2,19 2,52 33,472 9 1 0 0,22 -0,01 0,47 0,53 2076,3 1,02 1,7 1,89 40,592 9 2 0 0,19 -0,01 0,36 0,42 1860,4 1,08 1,92 2,2 342 9 3 0 0,23 -0,01 0,46 0,52 2051,5 1,06 1,9 2,16 38,452 10 1 0 0,23 0 0,49 0,55 2009,4 1,21 1,77 1,87 32,572 10 2 0 0,23 0 0,46 0,53 1990,3 1,1 1,95 2,09 36,732 10 3 0 0,24 0 0,48 0,54 1923,2 1,09 1,8 1,95 29,583 6 1 0 0,19 0,01 0,47 0,51 1608,1 0,85 1,78 1,91 41,83 6 2 0 0,19 0,01 0,44 0,49 1223,1 0,72 1,48 1,55 35,723 6 3 0 0,19 -0,04 0,52 0,57 1717,5 0,77 1,74 1,85 48,453 7 1 0 0,21 0,01 0,49 0,54 2056,7 0,97 1,44 1,55 32,473 7 2 0 0,2 0,01 0,49 0,54 2085,1 1,04 1,47 1,62 31,873 7 3 0 0,2 0,02 0,49 0,54 2093 1,02 1,53 1,59 28,82

Page 128: Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de ... · Estudo biomecânico de cinco técnicas de partida de estafetas em natação – Abordagem dinâmica e cinemática Estudo

Tipo Nadador Tentativa Sexo* ImpY ImpX ImpZ ImpTotal Pottotal Fy Fz Ftotal ângulo das mãos na água3 8 1 0 0,21 -0,01 0,34 0,41 1837,7 1,31 1,9 2,24 39,843 8 2 0 0,2 -0,01 0,38 0,44 1933 1,23 1,98 2,33 38,533 8 3 0 0,19 -0,01 0,38 0,43 1895,3 1,12 1,94 2,19 33,923 9 1 0 0,22 -0,01 0,55 0,6 2335,1 1 1,75 1,94 39,843 9 2 0 0,21 -0,01 0,46 0,51 2030,7 1 1,66 1,81 39,513 9 3 0 0,19 -0,01 0,55 0,59 2229,9 0,92 1,89 2,09 40,043 10 1 0 0,21 0 0,48 0,53 1904,2 1,14 1,95 2,2 38,993 10 2 0 0,23 -0,01 0,45 0,51 1745,7 1,18 1,71 1,98 34,433 10 3 0 0,22 0,01 0,47 0,53 1843,9 1,07 1,82 2,02 32,44 6 1 0 0,19 -0,02 0,53 0,58 1639,2 0,77 1,6 1,71 43,674 6 2 0 0,19 -0,03 0,47 0,52 1453,7 0,79 1,69 1,81 39,954 6 3 0 0,19 -0,03 0,49 0,53 1596,4 0,76 1,76 1,84 39,184 7 1 0 0,17 -0,01 0,56 0,6 2262,7 0,78 1,67 1,73 24,284 7 2 0 0,19 -0,01 0,54 0,58 2067 0,84 1,75 1,8 23,254 7 3 0 0,19 0,01 0,51 0,56 2002,9 0,96 1,65 1,72 33,944 8 1 0 0,19 -0,01 0,45 0,49 1825,2 0,72 1,9 2,02 33,144 8 2 0 0,19 -0,01 0,46 0,5 1721,5 0,73 1,77 1,86 39,594 8 3 0 0,14 -0,01 0,46 0,48 1537,2 0,69 1,88 1,94 40,064 9 1 0 0,19 -0,03 0,52 0,56 2106,6 0,79 1,81 1,91 40,394 9 2 0 0,19 -0,03 0,53 0,57 2099,1 0,75 1,75 1,86 39,234 9 3 0 0,19 -0,03 0,51 0,56 2062,5 0,83 1,67 1,8 38,624 10 1 0 0,15 0,01 0,37 0,41 1305,9 0,84 2,04 2,19 25,894 10 2 0 0,17 -0,01 0,43 0,46 1468,2 0,8 1,6 1,72 32,684 10 3 0 0,18 0 0,39 0,43 1407,7 0,87 1,7 1,84 27,25 6 1 0 0,2 0 0,54 0,59 1732,3 0,84 1,59 1,75 24,755 6 2 0 0,21 -0,01 0,48 0,54 1751,3 1,03 1,83 1,99 40,775 6 3 0 0,22 0 0,54 0,59 1749,4 0,89 1,73 1,86 28,925 7 1 0 0,21 -0,01 0,56 0,61 2384 1,01 1,57 1,62 26,055 7 2 0 0,17 -0,01 0,61 0,65 2337,7 0,91 1,61 1,64 34,125 7 3 0 0,19 0 0,62 0,66 2326,7 0,82 1,68 1,75 38,475 8 1 0 0,18 0 0,3 0,36 1478,2 1,26 1,88 2,19 30,585 8 2 0 0,2 -0,02 0,41 0,47 1841,9 1,22 1,9 2,22 39,275 8 3 0 0,19 -0,01 0,39 0,45 2029,5 1,19 2,05 2,32 31,265 9 1 0 0,22 -0,02 0,5 0,56 2333,3 1,03 1,95 2,19 39,885 9 2 0 0,22 -0,01 0,49 0,54 2175,7 1,07 1,8 2,03 39,24

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* ImpY ImpX ImpZ ImpTotal Pottotal Fy Fz Ftotal ângulo das mãos na água5 9 3 0 0,2 -0,02 0,52 0,57 2319 1,02 2 2,21 38,785 10 1 0 0,2 -0,01 0,47 0,52 1811,8 0,99 1,97 2,2 33,755 10 2 0 0,03 0 0,14 0,27 485,08 0,75 1,06 1,29 44,745 10 3 0 0,2 -0,02 0,48 0,53 1710,8 1,1 1,92 2,22 30,571 1 1 1 0,23 0 0,36 0,43 1294,8 1,15 1,39 1,5 38,551 1 2 1 0,22 0,01 0,33 0,4 1215,4 1,14 1,3 1,47 42,441 1 3 1 0,21 0 0,3 0,38 1167,7 1,15 1,37 1,61 33,481 2 1 1 0,18 -0,01 0,39 0,43 2332,3 0,94 2,05 2,22 33,111 2 2 1 0,19 -0,01 0,38 0,43 2356,1 1 1,89 2,08 23,471 2 3 1 0,19 -0,01 0,37 0,42 2257 1,04 1,78 2,04 33,921 3 1 1 0,21 -0,01 0,41 0,47 1702,9 1,01 1,67 1,74 38,171 3 2 1 0,24 -0,01 0,54 0,61 2026,1 0,99 1,66 1,77 38,531 3 3 1 0,18 -0,01 0,5 0,54 1739,8 0,66 1,43 1,5 29,11 4 1 1 0,15 0,01 0,4 0,43 1704 0,87 1,9 2,07 36,11 4 2 1 0,17 0 0,39 0,43 1704,8 0,85 1,82 2,01 39,991 4 3 1 0,16 0 0,38 0,41 1623 0,93 1,82 2,05 35,591 5 1 1 0,19 0,01 0,43 0,47 2200,9 1,08 1,7 1,94 47,941 5 2 1 0,16 0,01 0,32 0,36 1826,2 1,11 1,73 2,04 39,61 5 3 1 0,19 0,02 0,38 0,43 2096,2 1,17 1,56 1,94 41,312 1 1 1 0,23 0 0,39 0,46 1503,6 1,12 1,45 1,61 32,612 1 2 1 0,26 -0,01 0,51 0,59 1676,2 1 1,43 1,6 34,22 1 3 1 0,24 0 0,65 0,71 2045,7 0,97 1,49 1,63 34,62 2 1 1 0,27 -0,01 0,66 0,72 3687,7 1,18 1,93 2,21 37,682 2 2 1 0,27 -0,01 0,61 0,67 3537,8 1,03 2,03 2,16 24,632 2 3 1 0,27 -0,01 0,62 0,68 3343,6 1,15 2,06 2,33 27,842 3 1 1 0,26 -0,02 0,52 0,59 2113,5 1,04 1,77 2,05 18,592 3 2 1 0,26 -0,01 0,51 0,58 2325 1,08 2,01 2,24 39,772 3 3 1 0,25 0,01 0,58 0,64 2521,8 0,98 1,92 2,15 38,112 4 1 1 0,16 0,01 0,49 0,51 2336,7 0,73 2,15 2,22 33,512 4 2 1 0,22 0 0,58 0,62 2668,7 0,88 2,18 2,33 39,362 4 3 1 0,23 0 0,63 0,68 2562,5 1,07 2,22 2,44 40,12 5 1 1 0,2 0,01 0,18 0,75 3243,7 0,74 2,11 2,24 33,562 5 2 1 0,26 0,02 0,78 0,83 3677,4 1,16 1,62 1,94 37,792 5 3 1 0,15 0 0,78 0,84 3779,6 1,24 1,53 1,97 41,443 1 1 1 0,23 0 0,45 0,52 1658,7 1,07 1,5 1,73 46518

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* ImpY ImpX ImpZ ImpTotal Pottotal Fy Fz Ftotal ângulo das mãos na água3 1 2 1 0,23 0,02 0,46 0,53 1792,2 1,09 1,61 1,85 42,33 1 3 1 0,22 0,01 0,54 0,59 2044,2 1,05 1,47 1,65 41,823 2 1 1 0,22 0 0,61 0,66 3224,8 0,96 1,71 1,93 36,323 2 2 1 0,24 0 0,57 0,62 3050,3 1,07 1,75 2 23,523 2 3 1 0,25 0 0,53 0,59 3012,9 1,08 1,95 2,19 28,223 3 1 1 0,26 0 0,51 0,58 2116,6 1,13 1,66 1,86 22,463 3 2 1 0,24 0 0,52 0,59 2127,7 1,09 1,71 1,91 38,813 3 3 1 0,25 0 0,55 0,62 2095,1 1,08 1,63 1,88 26,513 4 1 1 0,16 0,01 0,48 0,51 2430,7 0,85 2,17 2,27 39,623 4 2 1 0,16 0,01 0,46 0,49 2411,3 0,89 2,42 2,54 39,63 4 3 1 0,15 -0,01 0,46 0,48 2409,1 0,82 2,41 2,55 39,243 5 1 1 0,22 0,04 0,73 0,78 3729,9 1,1 1,7 2 32,593 5 2 1 0,23 0,01 0,8 0,85 3925,4 1,07 1,68 1,97 423 5 3 1 0,24 0,01 0,67 0,73 3634,9 1,17 1,6 1,96 33,734 1 1 1 0,13 -0,01 0,52 0,54 1621,9 0,62 1,8 1,86 40,414 1 2 1 0,21 0 0,55 0,6 1820,7 0,75 1,56 1,67 42,214 1 3 1 0,2 0 0,53 0,57 1717,5 0,74 1,57 1,67 40,24 2 1 1 0,21 0 0,69 0,73 3099,7 0,69 1,91 2 35,564 2 2 1 0,2 0,02 0,63 0,67 3099,9 0,77 1,87 1,97 40,074 2 3 1 0,14 0,01 0,61 0,63 2713 0,63 1,86 1,95 41,974 3 1 1 0,18 -0,01 0,47 0,51 1796,2 0,91 2 2,2 31,074 3 2 1 0,21 0 0,5 0,55 1912,7 0,83 1,62 1,75 38,954 3 3 1 0,19 -0,03 0,46 0,51 1749,7 0,96 2,02 2,24 37,874 4 1 1 0,15 0,01 0,5 0,52 2111,3 0,84 2,29 2,44 36,044 4 2 1 0,15 0,01 0,55 0,57 2324,9 0,71 2,37 2,45 43,484 4 3 1 0,14 0 0,62 0,64 2437,7 0,57 2,21 2,28 38,634 5 1 1 0,2 0,01 0,72 0,75 3219 0,74 2,11 2,23 38,684 5 2 1 0,22 0,02 0,65 0,69 3202,1 0,74 1,91 2,04 42,264 5 3 1 0,21 0,03 0,67 0,71 3082,5 0,77 1,92 2,02 39,45 1 1 1 0,24 0,02 0,65 0,72 2045,8 1,12 1,63 1,81 36,335 1 1 1 0,24 0,01 0,61 0,67 2038 1,04 1,53 1,65 44,045 1 1 1 0,23 0,01 0,59 0,64 2073,7 1,05 1,63 1,74 44,885 2 2 1 0,2 0,01 0,62 0,66 3181,2 0,89 1,68 1,84 32,045 2 2 1 0,25 -0,01 0,56 0,62 2976,4 1,05 1,76 1,89 18,025 2 2 1 0,25 0 0,57 0,63 3181,6 1,02 1,9 2,02 23,71

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* ImpY ImpX ImpZ ImpTotal Pottotal Fy Fz Ftotal ângulo das mãos na água5 3 3 1 0,19 -0,03 0,44 0,49 1845,9 0,94 1,73 1,9 38,125 3 3 1 0,22 0 0,45 0,51 1947,4 1,09 1,98 2,26 22,55 3 3 1 0,21 0 0,47 0,52 2097,2 1,08 1,96 2,17 18,935 4 4 1 0,15 -0,02 0,45 0,48 2183,8 1,02 2,37 2,58 26,95 4 4 1 0,28 -0,01 0,64 0,71 2976,4 1,05 1,76 1,89 32,045 4 4 1 0,17 -0,01 0,48 0,51 2119,1 0,92 2,31 2,31 39,565 5 5 1 0,22 0,01 0,67 0,72 3554 1,11 1,77 2,04 36,125 5 5 1 0,21 0,02 0,71 0,76 3577,9 1,09 1,88 2,1 36,45 5 5 1 0,23 0,02 0,72 0,77 3537,4 1,09 1,69 1,93 35,1

* 0 = Feminino * 1 = Masculino

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* TImp Vsaida Trendição T0 T1 T2 T3 T4 Alcance do salto1 6 1 0 0,44 5,13 0,37 1,11 0,25 1,36 1,72 0 2,021 6 2 0 0,45 5,36 0,2 1,04 0,26 1,3 1,66 0 2,211 6 3 0 0,44 5,19 0,33 1,06 0,26 1,32 1,7 0 2,091 7 1 0 0,48 5,75 0,37 1,13 0,27 1,4 1,74 4 2,101 7 2 0 0,35 4,11 0 0,8 0,28 1,08 1,4 3,7 2,101 7 3 0 0,37 4,41 0,29 0,84 0,28 1,09 1,42 4,1 2,321 8 1 0 0,29 3,95 0,46 0,84 0,28 1,12 1,48 3,9 2,431 8 2 0 0,29 4 0,46 0,89 0,29 1,18 1,56 4,14 2,431 8 3 0 0,28 3,81 0,58 1,08 0,26 1,34 1,7 4,2 2,411 9 1 0 0,51 5,55 0,34 1,02 0,26 1,28 1,58 4,74 2,261 9 2 0 0,42 5,13 0,03 1,08 0,28 1,36 1,72 5,2 2,361 9 3 0 0,29 3,53 0,46 1,17 0,23 1,4 1,54 4,14 2,141 10 2 0 0,43 6,1 0,19 0,99 0,27 1,26 1,6 3,86 1,971 10 3 0 0,45 6,37 0,26 0,96 0,28 1,24 1,56 4,1 2,232 6 1 0 0,42 5,33 0,54 1,03 0,29 1,32 1,66 4,4 2,222 6 2 0 0,42 5,21 0,56 1,12 0,24 1,36 1,78 4,42 2,142 6 3 0 0,46 5,49 0,28 0,93 0,27 1,2 1,62 4,16 2,132 7 1 0 0,47 6,23 0,2 0,99 0,31 1,3 1,68 3,92 2,182 7 2 0 0,46 5,99 0,25 0,95 0,27 1,22 1,56 3,94 2,232 7 3 0 0,55 6,79 0,26 0,93 0,29 1,22 1,54 3,9 2,442 8 1 0 0,28 3,98 0,48 0,64 0,26 0,9 1,28 3,98 2,232 8 2 0 0,27 4,07 0,38 1,07 0,29 1,36 1,52 3,98 2,352 8 3 0 0,31 4,06 0,49 0,96 0,3 1,26 1,6 3,9 2,462 9 1 0 0,42 5,18 0,25 0,78 0,26 1,04 1,4 4,22 2,172 9 2 0 0,3 4,13 0,29 0,85 0,23 1,08 1,44 4,5 2,182 9 3 0 0,42 5,15 0,3 0,89 0,25 1,14 1,46 4,26 2,332 10 1 0 0,39 5,37 0,23 0,8 0,24 1,04 1,42 3,94 2,082 10 2 0 0,37 5,17 0,05 0,94 0,24 1,18 1,56 3,54 2,042 10 3 0 0,4 5,3 0 0,91 0,25 1,16 1,5 4,1 2,023 6 1 0 0,4 5 0,44 1,15 0,25 1,4 1,86 4,56 1,873 6 2 0 0,49 4,8 0,25 1,14 0,18 1,32 1,66 4,56 1,663 6 3 0 0,47 5,57 0,26 1,14 0,26 1,4 1,82 4,56 1,923 7 1 0 0,44 5,38 0,24 1,22 0,28 1,5 1,82 4,56 2,143 7 2 0 0,44 5,38 0,12 1,09 0,27 1,36 1,7 3,8 2,153 7 3 0 0,43 5,36 0,28 1,26 0,24 1,5 1,86 4,06 2,113 8 1 0 0,28 4,04 0,25 1,6 0,22 1,82 2,16 3,9 2,223 8 2 0 0,31 4,33 0,58 1,94 0,28 2,22 2,56 4,36 2,473 8 3 0 0,3 4,2 0,57 1,53 0,29 1,82 2,16 3,96 2,363 9 1 0 0,49 5,93 0,33 0,86 0,28 1,14 1,46 4,12 2,15

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* TImp Vsaida Trendição T0 T1 T2 T3 T4 Alcance do salto3 9 2 0 0,4 5,02 0,27 1,13 0,27 1,4 1,76 4,36 2,143 9 3 0 0,5 5,83 0,21 1,01 0,37 1,38 1,72 4,36 2,103 10 1 0 0,39 5,18 0,02 0,89 0,25 1,14 1,58 4,08 2,033 10 2 0 0,4 5,01 0,12 1,07 0,23 1,3 1,72 4,16 2,043 10 3 0 0,4 5,18 0,19 0,91 0,27 1,18 1,56 4.42 2,164 6 1 0 0,51 5,65 0,19 1,29 0,27 1,56 1,98 4,26 1,204 6 2 0 0,46 5,08 0,7 1,12 0,26 1,38 1,8 5,52 1,924 6 3 0 0,44 5,2 0,53 1,26 0,26 1,52 1,96 5,52 1,924 7 1 0 0,49 5,93 0,11 1,07 0,19 1,26 1,72 4,04 2,104 7 2 0 0,5 5,74 0,32 1 0,24 1,24 1,6 4,42 2,134 7 3 0 0,48 5,55 0,14 1,11 0,23 1,34 1,72 4,4 2,014 8 1 0 0,41 4,85 0,6 1,71 0,27 1,98 2,34 4,44 2,284 8 2 0 0,45 4,93 0,49 1,56 0,26 1,82 2,16 4,28 2,244 8 3 0 0,46 4,7 0,41 1,27 0,25 1,52 1,88 4,5 1,864 9 1 0 0,47 5,52 0,42 1,13 0,27 1,4 1,72 4,66 2,054 9 2 0 0,49 5,6 0,34 1,17 0,29 1,46 1,82 4,56 2,194 9 3 0 0,47 5,46 0,23 1,1 0,28 1,38 1,72 4,32 2,194 10 1 0 0,34 4,01 0,2 0,98 0,3 1,28 1,64 4,76 3,004 10 2 0 0,39 4,55 0,05 1,02 0,26 1,28 1,66 4,58 2,904 10 3 0 0,35 4,24 0,03 0,93 0,27 1,2 1,58 4,22 2,995 6 1 0 0,51 5,82 0,13 1,71 0,27 1,98 2,3 4,9 2,205 6 2 0 0,41 5,26 0,21 0,87 0,93 1,8 2,28 4,26 1,835 6 3 0 0,51 5,83 0,21 1,51 0,25 1,76 2,14 4,84 2,225 7 1 0 0,48 6,04 0,3 1,36 0,28 1,64 1,96 4,3 2,245 7 2 0 0,56 6,42 0,28 0,9 0,26 1,16 1,52 4,26 3,025 7 3 0 0,58 6,57 0,35 1,13 0,25 1,38 1,74 4,28 2,005 8 1 0 0,27 3,52 0,69 1,23 0,21 1,44 1,76 4,36 2,235 8 2 0 0,36 4,58 0,51 1,7 0,24 1,94 2,3 4,36 2,435 8 3 0 0,31 4,41 0,55 1,21 0,27 1,48 1,86 4,34 2,345 9 1 0 0,42 5,46 0,19 1,35 0,31 1,66 1,96 4,1 2,325 9 2 0 0,42 5,33 0,28 1,81 0,29 2,1 2,42 4,2 2,345 9 3 0 0,44 5,58 0,36 1,67 0,31 1,98 2,32 4,34 2,405 10 1 0 0,4 5,11 0,03 1,17 0,27 1,44 1,82 4,14 2,005 10 2 0 0,41 2,68 0,26 1,06 0,24 1,3 1,68 4,4 1,925 10 3 0 0,43 5,18 0,15 1,09 0,27 1,36 1,76 4,3 2,031 1 1 1 0,35 3,9 0,5 1,06 0,18 1,24 1,6 4,30 1,991 1 2 1 0,32 3,6 0,37 1,07 0,19 1,26 1,56 4,34 1,961 1 3 1 0,3 3,39 0,41 1,02 0,18 1,2 1,54 4,70 1,991 2 1 1 0,28 4,2 0,29 1,1 0,42 1,52 1,74 4,76 2,97

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* TImp Vsaida Trendição T0 T1 T2 T3 T4 Alcance do salto1 2 2 1 0,28 4,22 0,18 0,83 0,39 1,22 1,5 3,9 3,121 2 3 1 0,28 4,13 0,32 0,92 0,38 1,3 1,54 4,12 2,781 3 1 1 0,38 4,61 0,61 1,01 0,23 1,24 1,62 0 2,111 3 2 1 0,53 5,94 0,6 0,94 0,22 1,16 1,56 0 2,151 3 3 1 0,49 5,3 0,57 0,88 0,26 1,14 1,52 0 2,111 4 1 1 0,34 4,23 0,41 0,84 0,38 1,22 1,52 0 2,371 4 2 1 0,33 4,18 0,52 0,97 0,35 1,32 1,64 0 2,411 4 3 1 0,32 4,01 0,44 1,01 0,39 1,4 1,68 0 2,461 5 1 1 0,36 4,65 0,44 0,94 0,24 1,18 1,64 3,86 2,231 5 2 1 0,27 3,6 0,52 0,86 0,26 1,12 1,56 3,96 2,291 5 3 1 0,32 4,22 0,57 1,01 0,27 1,28 1,7 4,08 2,192 1 1 1 0,34 4,13 0,38 0,86 0,22 1,08 1,4 4,16 2,062 1 2 1 0,5 5,31 0,31 1,02 0,2 1,22 1,66 4,44 1,942 1 3 1 0,6 6,39 0,38 1,11 0,25 1,36 1,76 4,26 2,172 2 1 1 0,5 7,03 0,22 1,03 0,39 1,42 1,66 4,08 2,942 2 2 1 0,46 6,62 0,36 0,77 0,41 1,18 1,46 4,34 3,282 2 3 1 0,5 6,69 0,31 1 0,38 1,38 1,64 3,9 3,092 3 1 1 0,49 5,8 0,87 1,2 0,2 1,4 1,78 4,2 2,252 3 2 1 0,43 5,73 0,61 0,97 0,23 1,2 1,62 4,38 2,282 3 3 1 0,48 6,31 0,42 1,2 0,28 1,48 1,88 3,98 2,442 4 1 1 0,35 5,04 0,38 1,09 0,43 1,52 1,82 4,6 2,452 4 2 1 0,45 6,1 0,4 0,95 0,43 1,38 1,62 4,86 2,922 4 3 1 0,55 6,62 0,35 1,05 0,41 1,46 1,68 3,84 2,752 5 1 1 0,64 7,45 0,61 1,39 0,27 1,66 2,1 4,02 2,312 5 2 1 0,69 8,24 0,27 1,22 0,28 1,5 1,86 3,48 2,382 5 3 1 0,69 8,23 0,26 1,31 0,31 1,62 2,04 3,36 2,323 1 1 1 0,39 4,66 0,11 0,99 0,19 1,18 1,6 4,2 1,913 1 2 1 0,38 4,79 0,38 1,06 0,2 1,26 1,7 0 1,903 1 3 1 0,42 5,34 0,37 0,96 0,22 1,18 1,62 0 2,163 2 1 1 0,47 6,43 0,32 0,89 0,93 1,82 2,18 3,84 2,803 2 2 1 0,45 6,12 0,22 1,56 0,32 1,88 2,28 3,9 2,683 2 3 1 0,42 5,83 0,19 1,8 0,32 2,12 2,46 4,04 2,763 3 1 1 0,47 5,7 0,63 1,1 0,2 1,3 1,7 4,02 2,293 3 2 1 0,48 5,79 0,69 1,11 0,19 1,3 1,72 4,5 2,203 3 3 1 0,54 6,07 0,43 1,04 0,22 1,26 1,66 4,14 2,433 4 1 1 0,33 5,02 0,43 1,05 0,41 1,46 1,76 4 2,533 4 2 1 0,31 4,83 0,26 1,04 0,42 1,46 1,78 3,94 2,803 4 3 1 0,3 4,75 0,37 1,01 0,43 1,44 1,78 3,98 2,573 5 1 1 0,6 7,75 0,64 1,18 0,32 1,5 1,86 3,9 2,50

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Tipo Nadador Tentativa Sexo* TImp Vsaida Trendição T0 T1 T2 T3 T4 Alcance do salto3 5 2 1 0,67 8,4 0,37 1,28 0,32 1,6 1,94 3,58 2,463 5 3 1 0,54 7,21 0,36 1,29 0,33 1,62 1,94 3,86 2,494 1 1 1 0,43 4,84 0,18 1,03 0,25 1,28 1,78 0 1,634 1 2 1 0,48 5,41 0,41 1 0,26 1,26 1,66 0 2,094 1 3 1 0,47 5,17 0,41 1,28 0,26 1,54 1,98 0 2,044 2 1 1 0,61 7,13 0,22 1,48 0,33 1,81 2,18 0 2,654 2 2 1 0,52 6,59 0,37 1,16 0,34 1,5 1,94 0 2,584 2 3 1 0,51 6,14 0,34 1,62 0,34 1,96 2,24 0 3,114 3 1 1 0,43 5,02 0,72 1,16 0,26 1,42 1,84 4,76 2,064 3 2 1 0,46 5,36 0,42 1,18 0,2 1,38 1,82 4,26 2,134 3 3 1 0,43 4,98 0,7 1,08 0,24 1,32 1,76 4,24 2,214 4 1 1 0,39 5,1 0,4 1,09 0,37 1,46 1,84 4,14 2,344 4 2 1 0,44 5,63 0,2 1,16 0,4 1,56 1,9 4,38 2,464 4 3 1 0,52 6,27 0,24 1,14 0,42 1,56 1,88 5 3,394 5 1 1 0,64 7,42 0,61 1,27 0,27 1,54 2,04 4,28 3,034 5 2 1 0,54 6,8 0,45 1,46 0,3 1,76 2,18 4,06 3,314 5 3 1 0,6 7,01 0,45 1,31 0,29 1,6 2,06 4,16 2,075 1 1 1 0,61 6,46 0,18 1,51 0,25 1,76 2,1 0 2,185 1 1 1 0,53 6,01 0,29 1,46 0,24 1,7 2,04 0 2,145 1 1 1 0,48 5,78 0,31 1,36 0,24 1,6 2,02 0 2,145 2 2 1 0,49 6,48 0,49 1,03 0,35 1,38 1,94 0 2,625 2 2 1 0,46 6,06 0,37 1,55 0,33 1,88 2,26 0 2,755 2 2 1 0,44 6,15 0,36 1,65 0,35 2 2,36 0 2,945 3 3 1 0,38 4,81 0,83 1,36 0,22 1,58 2,02 4,82 2,105 3 3 1 0,4 5,04 0,42 1,27 0,25 1,52 1,92 4,66 2,245 3 3 1 0,38 5,14 0,57 1,13 0,27 1,4 1,8 4,16 2,245 4 4 1 0,32 4,69 0,53 1,35 0,41 1,76 2,08 6 2,645 4 4 1 0,46 6,06 0,37 1,45 0,43 1,88 2,2 5,81 2,675 4 4 1 0,38 5,04 0,35 1,37 0,39 1,76 2,06 4,02 2,705 5 5 1 0,53 7,09 0,47 1,2 0,28 1,48 1,84 3,5 2,655 5 5 1 0,59 7,49 0,49 1,28 0,3 1,58 2,02 4 2,385 5 5 1 0,61 7,61 0,53 1,28 0,28 1,56 1,94 3,8 2,60

* 0 = Feminino * 1 = Masculino