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MARCIA REGINA MARTINS FERREIRA MARQUES ESTUDO COMPARATIVO DA IDADE ÓSSEA EM RADIOGRAFIAS CARPAIS E MATURAÇÃO DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS EM TELERRADIOGRAFIAS EM NORMA LATERAL MARÍLIA 2007

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MARCIA REGINA MARTINS FERREIRA MARQUES

ESTUDO COMPARATIVO DA IDADE ÓSSEA EM RADIOGRAFIAS CARPAIS E MATURAÇÃO

DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS EM TELERRADIOGRAFIAS EM NORMA LATERAL

MARÍLIA 2007

1

MARCIA REGINA MARTINS FERREIRA MARQUES

ESTUDO COMPARATIVO DA IDADE ÓSSEA EM RADIOGRAFIAS CARPAIS E MATURAÇÃO

DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS EM TELERRADIOGRAFIAS EM NORMA LATERAL

Dissertação apresentada à Universidade de Marília (UNIMAR), Faculdade de Ciências da Saúde, para obtenção do Título de Mestre em Clínica Odonto-lógica, Área de concentração em Ortodontia. Orientador: Prof. Dr. Acácio Fuziy

MARÍLIA 2007

2

DADOS PESSOAIS

Marcia Regina Martins Ferreira Marques

1983 - 1986 Graduação em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Lins

1999 - 2001 Curso de Especialização em Ortodontia e

Ortopedia Facial pela UNOESTE

2003 Especialização em Ortopedia pelo CRO

3

Universidade de Marília – UNIMAR

Reitor Dr. Márcio Mesquita Serva

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Pró-Reitora Profª. Drª. Suely Fadul Villibor Flory

Faculdade de Ciências da Saúde Diretor Prof. Dr. Armando Castello Branco Júnior

Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica

Área de Concentração em Ortodontia

Coordenador Prof. Dr. Roque Javier Mérida Delgado

Orientador׃ Prof. Dr. Acácio Fuziy

4

5

DEDICO ESTE TRABALHO

Aos meus pais, Maria José

e Antônio, pela confiança em mim

depositada, por compartilharem a

alegria de novas conquistas.

Foi graças aos seus

incentivos que alcancei o meu

objetivo.

6

Ao meu esposo Fernando,

uma pessoa especial que DEUS

colocou em meu caminho, trazendo

amor, carinho e companheirismo;

pelos momentos difíceis em que

abdicou da minha companhia e com

paciência, soube esperar por um

minuto de atenção.

Ao meu filho Luís Fernando,

força motriz que rege minha vida

dedico esse trabalho com muito

amor.

7

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao meu orientador Prof. Dr. Acácio Fuziy,

Agradeço pela honra do convívio acadêmico, pela dedicação

ao ensino, pela atenção e rigor na

orientação deste trabalho, pelo exemplo de luta e perseverança, e

acima de tudo, pela amizade.

A minha gratidão.

8

Ao Prof. Dr. Paulo César

Tukasan, pela sua disponibilidade,

conhecimentos transmitidos, apoio, paciência e amizade, durante o

desenvolver deste curso.

Meu sincero reconhecimento e

agradecimento.

9

AGRADECIMENTOS

A DEUS, presença contínua em minha vida, protegendo-me,

iluminando-me e guiando a minha trajetória, sempre alicerçada na

superioridade divina.

A UNIMAR, representada na pessoa da Profª. Drª. Suely Fadul

Villibor Flory.

Aos meus amigos do curso de mestrado, Vânia, Ana Cristina,

José Eugênio, Júlio, Ricardo e Ana Karina, pela proveitosa e animada

convivência durante esses dois anos. Agradeço a DEUS, por ter

convivido com vocês, e por ter me dado a capacidade de reconhecer, em

todos, os amigos que são e sua valiosa colaboração nessa jornada.

Ao Prof. Dr. Roque Javier Mérida Delgado, coordenador do

Curso de Pós-graduação em Clínica Odontológica, meu reconhecimento

e agradecimento pelo incentivo.

Ao Professor José Eduardo Corrente, responsável pelos dados

estatísticos.

À Professora Marie Oshiiwa, pelo carinho, compreensão e

apoio dispensados.

10

Aos amigos, Graciane e Sr. Adimir, que tive a felicidade de

conhecer durante esse período, obrigada pelo auxílio e por todos os

momentos de sua agradável companhia.

Às funcionárias da biblioteca, Roseni e Vanessa, pela

eficiência, simpatia e pelas orientações valiosas, para a execução deste

trabalho.

Às funcionárias da pós-graduação, Andréia e Regina, pela

dedicação, assistência e solicitude.

Às minhas funcionárias, Jaqueline e Angélica, pela eficiência e

dedicação com que me ajudaram.

À minha sogra Sra. Egeni, pelo apoio e confiança em mim

depositados.

A toda minha família pelo estímulo e carinho.

E a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a

realização deste trabalho.

Muito obrigada!

11

“Quem não vive de alguma

forma para os outros, não vive grande

coisa para si mesmo”

Michel Eyquem

12

RESUMO

Este estudo analisou a aplicabilidade da Fórmula de Regressão

Múltipla de Mito, Sato e Mitani (2002) na avaliação da maturidade esquelética

em 289 crianças brasileiras, naturais da cidade de Ourinhos, com a idade

cronológica variando de 7 a 15 anos, das quais 153 são do gênero feminino e

136 do masculino. Na seqüência comparou-se a idade esquelética verificada

na vértebra cervical com a identificada na radiografia carpal, empregando-se o

método computadorizado de Eklöf e Ringertz (1967), e o método comparativo

de Greulich e Pyle (1959). Na aplicação do teste T pareado e análise de

correlação, observou-se que: 1) para o gênero feminino, houve uma maior

correlação entre a idade ER e a idade GP; considerando-se a idade das

vértebras, a correlação foi significante, com GP; porém, no gênero masculino,

houve diferença entre a idade vertebral e as demais; 2) o resultado das

proporções mostrou-se semelhante ao de Mito, Sato e Mitani (2002), para o

gênero feminino; 3) a morfologia das vértebras apresentou maior correlação

com o metacarpo do segundo dedo; 4) a fórmula de regressão não foi aplicável

à amostra avaliada, devendo ser individualizada segundo a composição racial.

Unitermos: Ortodontia; Maturação; Vértebra Cervical; Crescimento.

13

ABSTRACT

This study carried out the analysis of the applicability of the Multiple

Regression Formula by Mito, Sato and Mitani (2002) to the assessment of

skeletal maturity in 289 Brazilian children native from Ourinhos, their ages

varying from 7 to 15 years old, 153 female and 136 male subjects. One

compared the skeletal age found in the cervical vertebra to the one identified in

carpal radiography by using the computerized method devised by Eklöf and

Ringertz (1967), and the comparative method devised by Greulich and Pyle

(1959). By applying the matched t-test and the correlation analysis, one

observed that: 1) for female children there was a higher correlation between the

ER and the GP ages; taking into consideration the age of the vertebrae, the

correlation was significant in relation to GP; but as far as male children are

concerned, there was a difference between the vertebral age and the other

ones; 2) The result of the propositions was similar to that achieved by Mito,

Sato and Mitani (2002) for female children; 3) the morphology of the vertebrae

presented a higher correlation to the metacarpus of the second finger; 4) the

regression formula was not applicable to the assessed sample, and it should be

individualized according to race composition.

Keywords: Orthodontics; Maturation; Cervical Vertebra; Growth.

14

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Manual para medição antropométrica 52

Figura 2 - Chassi com papel adesivo 53

Figura 3 - Posicionamento da mão 54

Figura 4 - Radiografia carpal 55

Figura 5 - Telerradiografia em norma lateral 55

Figura 6 - Vértebras C3 e C4 60

Figura 7 - Altura anterior da vértebra (AH); altura da vértebra (H);

altura posterior da vértebra (PH), distância anteroposterior

do meio da vértebra cervical (AP) 60

Figura 8 - Vértebras C3 e C4 delineadas 61

Figura 9 - Mensuração com paquímetro 61

Figura 10 - Paquímetro digital Mytutoyo 61

Figura 11 - Eklöf e Ringertz 62

Figura 12 - Eklöf e Ringertz computadorizado 63

Figura 13 - Greulich e Pyle 64

Figura 14 - Raio-x de indivíduo da amostra deste estudo 65

15

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH3,

H3, PH3, e AP3 para o gênero feminino 72

Gráfico 2 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH4,

H4, PH4 e AP4 para o gênero feminino 72

Gráfico 3 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH3,

H3, PH3 e AP3 para o gênero masculino 73

Gráfico 4 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH4,

H4, PH4 e AP4 para o gênero masculino 73

Gráfico 5 - Média e desvio-padrão (acima) para as relações

AH3/AP3, AH4/AP4, AH4/PH4 para o gênero feminino 75

Gráfico 6 - Média e desvio-padrão (acima) para as relações

AH3/AP3, AH4/AP4, AH4/PH4 para o gênero masculino 75

Gráfico 7 - Dispersão da idade vertebral versus idade cronológica

para o feminino 77

Gráfico 8 - Dispersão da idade vertebral versus idade cronológica

para o masculino 77

Gráfico 9 - Dispersão da idade vertebral versus idade GP para o

feminino 78

Gráfico 10 - Dispersão da idade vertebral versus idade GP para o

masculino 78

Gráfico 11 - Dispersão da idade vertebral versus idade ER para o

feminino 79

Gráfico 12 - Dispersão da idade vertebral versus idade ER para o

masculino 79

16

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cálculo da idade vertebral 59

Tabela 2 - Freqüência de idade para ambos os gêneros 69

Tabela 3 - Média e desvio-padrão para as faixas etárias por gênero 69

Tabela 4 - Média e desvio-padrão para as medidas consideradas,

levando-se em conta a faixa etária e o gênero feminino 71

Tabela 5 - Média e desvio-padrão para as medidas consideradas,

levando-se em conta a faixa etária e o gênero masculino 71

Tabela 6 - Média e desvio-padrão das relações AH3/AP3, AH4/AP4,

AH4/PH4 levando-se em conta a faixa etária e o gênero

feminino 74

Tabela 7 - Média e desvio-padrão das relações AH3/AP3, AH4/AP4,

AH4/PH4 levando-se em conta a faixa etária e o gênero

masculino 74

Tabela 8 - Correlações entre idades e respectivos p-valor para o

gênero feminino 76

Tabela 9 - Correlações entre as idades e respectivos p-valor para o

gênero masculino 76

Tabela 10 - Teste t pareado para a idade vertebral e as demais para

o gênero feminino 80

Tabela 11 - Teste t pareado para a idade vertebral e as demais para

o gênero masculino 80

Tabela 12 - Gênero feminino 81

Tabela 13 - Gênero masculino 81

Tabela 14 - Correlação realizada para o gênero feminino 82

Tabela 15 - Correlação realizada para o gênero masculino 82

17

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AH – Altura anterior da vértebra

AP – Largura anteroposterior da vértebra

C2 – Segunda vértebra cervical

C3 – Terceira vértebra cervical

C4 – Quarta vértebra cervical

CDO – Centro de Documentação Odontológica

CGPM – Conferência Geral de Pesos e Medidas

CNS – Conselho Nacional de Saúde

CRO – Conselho Regional de Odontologia

CVM – Método de Maturação Vertebral Cervical

ER – Método computadorizado de Eklöf e Ringertz

FMP – Previsão da Maturação de Fishman

GP – Método comparativo de Greulich e Pyle

H – Altura da vértebra

ICC – Coeficiente de Correlação Intra-espécie

IMES – Índice de Maturação Esquelética

IMVC – Índice de Maturação da Vértebra Cervical

PH – Altura posterior da vértebra

SI – Sistema Internacional

WHO – World Health Organization (Organização Mundial de Saúde)

18

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 20

2 REVISÃO DA LITERATURA 25

2.1 Método das Radiografias Carpais 26

2.2 Método das Telerradiografias em Norma Lateral 33

3 PROPOSIÇÃO 45

4 MATERIAL E MÉTODO 47

4.1 Aspectos Éticos 48

4.2 Termo de Consentimento 48

4.3 Obtenção da Amostra 49

4.4 Coleta de Dados Peso/Altura 49

4.5 Obtenção da Radiografia 52

4.6 Avaliação da Imagem Radiográfica 56

4.7 Métodos para Estimativa da Maturação Óssea Vertebral 58

4.8 Métodos para Estimativa da Maturação Óssea da Mão e do Punho 61 4.8.1 Método de avaliação de Eklöf e Ringertz (ER) 61

4.8.2 Método de avaliação de Greulich e Pyle (GP) 63

4.9 Retorno da Informação 66

5 RESULTADOS 67

5.1 Análise de Erro 68

5.2 Análise dos Resultados Estatísticos 68

5.2.1 Média e desvio-padrão para as variáveis AH3, H3,

PH3, AP3 e AH4, H4, PH4, AP4 70

5.2.2 Média e desvio-padrão para as relações AH3/AP3, AH4/AP4, AH4/PH4 para ambos os gêneros 74

5.2.3 Comparação da idade vertebral, com a idade cronológica, a idade ER, e a idade GP 76

19

5.2.4 Teste t pareado para verificar se existe diferença significativa entre a idade vertebral e as demais 80

5.2.5 Modelo de regressão múltipla pelo método “Stepwise” 81 5.2.6 Correlação entre as características morfológicas das

vértebras cervicais e o carpo 82

6 DISCUSSÃO 83

6.1 Considerações Finais 90

7 CONCLUSÃO 92

8 REFERÊNCIAS 94

ANEXOS 103

20

1 INTRODUÇÃO

21

1 INTRODUÇÃO

O conhecimento e a capacidade de redirecionar o crescimento e o

desenvolvimento craniofacial são cada vez mais utilizados pelos ortodontistas e

ortopedistas faciais, auxiliando na prevenção, diagnóstico, planejamento e

tratamento precoce das deformidades dentofaciais durante a fase de

crescimento do indivíduo. Especialmente porque o sucesso ou o fracasso da

abordagem de aproximadamente dois terços das más oclusões estão

diretamente relacionados ao crescimento e ao desenvolvimento esquelético

(GRABER; VANARSDALL JR., 1996; FERREIRA, 1996).

A compreensão dos eventos relacionados ao desenvolvimento físico

dos indivíduos é de suma importância, desse modo, o crescimento corporal e

sua relação com a aceleração do crescimento do complexo craniofacial é

assunto de grande interesse para o ortodontista e o ortopedista (MARTINS;

SAKIMA, 1977; MERCADANTE, 1998).

Os métodos freqüentemente utilizados para a avaliação do

crescimento geral, ou maturação de um indivíduo, consistem na determinação

das idades cronológica, dentária, esquelética, bem como na observação das

variações de peso e altura e da manifestação das características secundárias

dos gêneros, que acompanham a fase da pré-adolescência e da adolescência

propriamente dita (MORAES; MÉDICI FILHO; MORAES, 1998; GENEROSO,

2003; TERÇAROLI, 2005).

22

A idade cronológica, que vem a ser o índice mais conhecido, não é

considerada pela unanimidade dos autores como um parâmetro confiável na

determinação do estágio de desenvolvimento de um indivíduo. A idade

dentária, assim como a cronológica, também não é muito aceita para

determinar o estágio de maturação do indivíduo (BURSTONE, 1963; HAGG;

TARANGER, 1980).

As variações de peso e altura, bem como os caracteres secundários

dos gêneros, têm se mostrado pouco eficazes devido à variabilidade de

parâmetros, tais como: raça, predisposição genética, enfermidades, condições

climáticas e socioeconômicas; especialmente relacionadas aos aspectos

nutricionais (FISHMAN, 1982; URSI, 1999; MORAES; MÉDICI FILHO;

MORAES, 1998).

Já a avaliação da idade esquelética representa o meio mais fiel para

se determinar a idade biológica (TAVANO; FREITAS; LOPES, 1982; HAGG;

TARANGER, 1982; SANTOS; ALMEIDA, 1999), o que despertou o interesse

para a determinação dos diversos estágios de crescimento pela utilização da

radiografia carpal.

A possibilidade de se predizer o crescimento é importante não só

para o planejamento e a correta execução do tratamento, mas também para

avaliar o prognóstico do caso, após sua finalização, durante o período de

contenção e pós-contenção.

Alguns pesquisadores (BURSTONE, 1963; GRABER; VANARSDALL

JR., 1996; TAVANO; FREITAS; LOPES, 1982; MERCADANTE, 1998),

observaram que o crescimento, influenciado ou não pelo tratamento ortodôntico,

representa um papel fundamental nos resultados estéticos e oclusões finais.

Isso equivale a afirmar que a efetividade do tratamento depende do estágio de

desenvolvimento em que o paciente se encontra, uma vez que o tratamento

ortodôntico mostra-se mais efetivo quando as estruturas faciais apresentam

máxima predisposição para responder as suas influências (O’REILLY;

YANNIELLO, 1988).

23

A mão e o punho são as partes do esqueleto mais freqüentemente

usadas para avaliar a maturidade esquelética. Atualmente, tem aumentado a

tendência de se utilizar outras estruturas para avaliar a maturidade esquelética

como é o caso das vértebras cervicais (HUNTER, 1966; BERGENSEN, 1972;

LAMPARSKI, 1972; HASSEL; FARMAN, 1995; GARCIA-FERNANDEZ et al.,

1998).

A avaliação das alterações morfológicas das vértebras cervicais, por

meio das telerradiografias em norma lateral, que rotineiramente integram a

documentação ortodôntica, é um método alternativo e confiável para a

avaliação da idade esquelética do indivíduo, minimizando a exposição deste à

radiação ionizante, simplificando a obtenção da idade óssea, bem como

diminuindo o custo adicional.

Segundo Lamparski (1972), as mudanças no tamanho e na forma

das vértebras cervicais estão relacionadas ao crescimento do indivíduo, e

podem ser utilizadas com o mesmo valor clínico que a avaliação da região da

mão e do punho. O’Reilly e Yanniello (1988) mostraram que os estágios de

maturação da vértebra cervical estão sendo relacionados ao crescimento

mandibular durante a puberdade. Hassel e Farman (1995), Garcia-Fernandez

et al. (1998) e San Román et al. (2002) afirmaram que existe correlação

confiável quando se compara a maturidade esquelética determinada pelos

estágios da mão e do punho e a maturidade das vértebras cervicais na

determinação da maturidade óssea. Ortolani (2005) sugere que a partir do

método das vértebras cervicais é possível identificar quando o paciente

ortodôntico já está no surto de crescimento puberal.

Ao atentar para a necessidade de se obter o diagnóstico correto, o

plano de tratamento e o prognóstico para o caso, é de suma importância a

determinação do estágio de maturação esquelética para identificar a fase de

crescimento do paciente; por meio de um método capaz de esclarecer essas

questões de modo simplificado; independentemente de exames adicionais aos

já realizados para a avaliação do paciente.

24

À vista do exposto considera-se pertinente estudar e avaliar a

relação existente entre a maturidade da vértebra cervical e a idade óssea, em

brasileiros, por meio da fórmula de regressão múltipla proposta por Mito, Sato e

Mitani (2002), em decorrência da ausência de estudos em que o referido

método tenha sido aplicado.

25

2 REVISÃO DA LITERATURA

26

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Método das Radiografias Carpais

Greulich e Pyle (1959) idealizaram o primeiro atlas utilizando a idade

óssea como índice de desenvolvimento. Esse resultado de um estudo

longitudinal contém 60 imagens radiográficas de mão e punho, relativas à idade

óssea de indivíduos jovens norte-americanos, de zero a 20 anos. Sua utilização

se baseia em comparar determinadas fases de formação ou ossificação dos

ossos carpais da imagem radiográfica carpal do paciente, com as imagens

radiográficas impressas no atlas, por meio da observação visual, no intuito de

obter a idade esquelética do indivíduo, que pode ou não coincidir com a idade

cronológica.

Hunter (1966) apresentou um estudo no qual correlacionou o

crescimento facial com a altura corporal e a maturidade esquelética na

adolescência. O autor avaliou os registros de 25 homens e 34 mulheres,

obtidos do Conselho de Pesquisa Infantil de Denver, Colorado. As idades

cronológica e esquelética e a altura foram registradas no mês dos nascimentos,

e em intervalos de 6 em 6 meses por 7 anos durante a adolescência. A idade

esquelética foi obtida de radiografias de mão e punho conforme o Atlas de

Greulich e Pyle (1959). O autor observou que o início e a duração do período

de crescimento puberal tiveram uma grande variação em relação à idade

cronológica; já a duração média do período de crescimento puberal foi o

27

mesmo em ambos os gêneros. Na relação entre o crescimento facial máximo e

a altura corpórea também foi observado que 57% do máximo incremento

ocorreram ao mesmo tempo do máximo crescimento em altura; o crescimento

mandibular exibiu o mais consistente relacionamento com o crescimento em

altura durante a adolescência.

Eklöf e Ringertz (1967) propuseram um índice baseado em 10

medidas dos ossos do carpo e do metacarpo; largura da epífise distal do rádio,

comprimento e largura do capitato e do hamato, comprimento dos metacarpos

2, 3 e 4, e comprimento das falanges proximais 2 e 3. Cada medida foi

identificada em uma tabela, de acordo com a idade e o gênero do paciente.

Para cada uma das medidas havia uma coluna correspondente na tabela. O

resultado foi obtido somando-se as 10 idades esqueléticas obtidas e

calculando-se a média.

Björk (1972), discorrendo sobre a época ideal de intervenção

ortodôntica, afirmou que os estágios de maturação observados na radiografia

carpal constituem-se em um método de avaliação bastante útil na

determinação do estágio de crescimento em que o paciente se encontra,

quando correlacionados com a curva de crescimento, auxiliando também na

determinação do plano de tratamento dos pacientes de acordo com as

alterações esperadas para cada fase.

Bergensen (1972), na tentativa de prognosticar o crescimento a

partir dos eventos de crescimento geral do corpo, avaliou 23 jovens do gênero

masculino, desde o nascimento até os 24 anos. Nessa investigação o autor

comparou o crescimento esquelético geral avaliado pela estatura medida

anualmente, com as radiografias carpais, tomadas em intervalos de seis

meses, e com o crescimento facial, observado nas telerradiografias tomadas

anualmente. Concluiu que a idade esquelética mostrou-se um indicador mais

acurado da previsão do surto de crescimento em relação à idade cronológica e

ao osso sesamóide foi significantemente correlacionado com o surto de

crescimento estatural e facial.

28

Grave (1973) investigou as relações entre o período de ossificação

de quatro eventos carpais: ossificação inicial do osso piriforme; ossificação

inicial e avançada do gancho do osso hamato; ossificação inicial do osso

sesamóide; e o período do pico da velocidade de crescimento na altura

corporal (medidas da estatura) e em dez dimensões faciais, na telerradiografia

em norma lateral. Utilizou como material, no mínimo três radiografias em série

de mão e punho e quatro radiografias cefalométricas laterais em série de 52

meninos e 36 meninas aborígines, de 8 a 18 anos. Após análise da relação

entre os períodos, observou que a velocidade do crescimento das dimensões

faciais era alcançada aproximadamente na mesma idade do pico de velocidade

em altura; entretanto, todos os eventos de ossificação carpal ocorreram antes

do pico de crescimento puberal. Verificou também que a ossificação carpal

pareceu ser um indicador confiável de crescimento, e em particular, o osso

piriforme nas meninas e a fase 1 do hamato nos meninos pareceram estar

bastante relacionados ao pico da velocidade de crescimento. A fase 2 do

hamato e a ossificação do sesamóide indicaram que o pico da velocidade de

crescimento teria ocorrido ou estaria eminente.

Tavano (1976) realizou um estudo com a finalidade de determinar a

idade óssea utilizando os índices de Greulich e Pyle (1959), Tanner e

Whitehouse (1959), Schmid e Moll (1959) e Eklöf e Ringertz (1967). Utilizou

uma amostra com 590 adolescentes com idades entre 3 e 18 anos, sendo 295

para cada gênero. Os resultados permitiram concluir que houve significância

estatística para todas as correlações estudadas, demonstrando a existência de

uma alta correlação entre os índices empregados e a idade cronológica.

Martins e Sakima (1977) propuseram um gráfico relacionando os

estágios de maturação óssea com a idade cronológica e o crescimento

estatural. Nesse gráfico, encontram-se descritos os estágios de ossificação dos

ossos da mão e do punho, e soldadura das epífises, em relação às etapas de

crescimento. Deve-se determinar o estágio de ossificação radiográfica dos

ossos e, em seguida, comparar com os eventos apresentados

cronologicamente. O que permite a identificação das fases do surto e

crescimento puberal que o paciente se encontra. Segundo os autores, era

29

interessante identificar o estágio de desenvolvimento do indivíduo em relação

ao pico no paciente ortodôntico em fase de crescimento, ou seja, se este

apresenta os indicadores de grupo 1, que ocorriam antes do surto de

crescimento estatural; do grupo 2, correlacionados com o momento do pico de

velocidade de crescimento estatural e do grupo 3, que surgiam após o pico de

crescimento estatural. Ao todo são 15 eventos em sete locais que seriam

considerados para a obtenção da curva de crescimento.

Fishman (1979) apresentou um estudo no qual relacionou o

crescimento facial com registros da idade cronológica e esquelética, utilizando

telerradiografias em norma lateral, radiografias carpais e registros de

desenvolvimento estatural obtidos semestralmente de 60 meninos e 68

meninas, com idade variando entre 7 anos e meio e 15 anos. Observou que na

maioria dos casos não havia correlação entre a idade cronológica e a

esquelética, destacou, ainda, que embora a época do tratamento ortodôntico

seja determinada pela idade cronológica, esse índice não é suficiente para

estabelecer e estágio de desenvolvimento esquelético do paciente. Enfatizou a

importância e a necessidade da determinação da idade esquelética na prática

clínica.

Em 1982, Fishman desenvolveu um sistema utilizando quatro fases

de maturação esquelética, verificadas em seis locais anatômicos dos dedos

polegar, terceiro e quinto dedos e rádio. Nesses locais, 11 indicadores de

maturação esquelética de adolescentes foram encontrados representando o

período inteiro de desenvolvimento do adolescente. A seqüência dos quatro

estágios de ossificação progredia por intermédio do alargamento da epífise em

falanges selecionadas, a ossificação do osso sesamóide do dedo polegar, o

capeamento das epífises selecionadas sobre suas respectivas diáfises, e a

fusão das epífises e diáfises. A seqüência de ocorrência dos 11 indicadores era

estável.

Hagg e Taranger (1982) realizou um estudo longitudinal com 212

indivíduos (90 meninos e 122 meninas) suecos desde o nascimento até a idade

adulta. Cada indivíduo da amostra foi examinado anualmente e os exames

30

incluíam dados como altura, erupção dentária, desenvolvimento puberal e

radiografia carpal. O surto de crescimento foi observado por meio de gráficos

de incremento de altura, o desenvolvimento dentário foi avaliado por intermédio

dos estágios de erupção dentária, e o desenvolvimento esquelético foi

analisado por meio de radiografias carpais tomadas anualmente dos 6 aos 18

anos, segundo o método Tanner e Whitehouse. O desenvolvimento puberal foi

analisado dos 10 aos 18 anos pela determinação da menarca nas meninas e

pela mudança de voz nos meninos. Os resultados demonstraram que o surto

de crescimento puberal nas meninas foi dos 10 anos até os 14,8 anos e nos

meninos dos 12,1 até os 17,1 anos. Em ambos os gêneros, o pico de

velocidade de crescimento ocorreu 2 anos após o início do surto, ou seja, aos

12 anos nas meninas e aos 14,1 nos meninos. Houve diferenças de até 6 anos

para as idades na ocorrência dos eventos do crescimento puberal entre os

gêneros e entre indivíduos do mesmo gênero. O desenvolvimento dentário foi

mais adiantado nos meninos que nas meninas.

Haiter Neto e Tavano (1997) verificaram se o índice proposto por

Eklöf e Ringertz (1967) para estimativa da idade óssea por meio de radiografias

carpais poderia ser executado utilizando-se os recursos da informática. Para

isso foi desenvolvido um “software” para o cálculo da idade óssea. Nesse

estudo foi utilizada uma amostra de 190 indivíduos pré-escolares e escolares

brasileiros, residentes na cidade de Bauru, estado de São Paulo, dos gêneros

masculino e feminino, indivíduos em 19 faixas etárias. Os resultados obtidos

permitiram concluir que houve uma correlação significativa, tanto para o gênero

feminino (0,94) quanto para o masculino (0,93), entre a idade cronológica e a

idade óssea obtida. Foi observada também uma correlação significativa entre a

idade óssea obtida pelo método manual e a obtida pela utilização do “software”

(0,99), demonstrando sua confiabilidade.

Chaves (1999) verificou a influência racial no processo de maturação

esquelética. A amostra foi dividida em dois grupos: 30 crianças leucodermas e

30 crianças melanodermas, todas do gênero feminino que se encaixavam na

faixa etária de 11 anos. Foram obtidas, de cada indivíduo; duas tomadas

radiográficas da mão esquerda: uma da região carpal e outra da região do

31

polegar. Os pesquisadores concluíram que há uma tendência de maturação

precoce no grupo de meninas da raça negra.

Mito, Sato e Mitani (2002) com o objetivo de obter informações para

o planejamento e tratamento das deficiências mandibulares, estudaram e

compararam o erro previsto de vários métodos usando indicadores de

maturidade do esqueleto. A amostra estudada foi composta por dois grupos (A

e B) de 22 indivíduos do gênero feminino, japonesas; perfazendo um total de

190 séries de conjuntos de telerradiografias em norma lateral e radiografias

carpais. O grupo A (média de idade inicial de 8,3 anos e idade final de 18,4

anos) foi utilizado para construir a fórmula do prognóstico; o grupo B (média de

idade inicial de 10,8 anos e idade final de 18,6 anos) foi examinado para

comparar os valores previstos e os valores verdadeiros. A idade do osso

utilizada como parâmetro foi calculada pelo método TW2 e também pelo

método CASMAS (desenvolvido pelos autores). Concluíram que o comprimento

total da mandíbula (condilio-gnation) (superior inferior da mandíbula) no estágio

final de seu crescimento pode ser precisamente previsto por meio dos eventos

de ossificação da terceira falange média e do rádio; o método de potencial de

crescimento e o método de porcentagem de crescimento foram os prognósticos

mais úteis dos potenciais de crescimento mandibular.

Moraes et al. (2003) analisaram a fidelidade, confiabilidade e

praticidade de dois métodos de avaliação da idade óssea, Greulich e Pyle

(1959) e Eklöf e Ringertz (1967), avaliaram 244 crianças, sendo 114 do gênero

masculino e 130 do gênero feminino. Após análise dos resultados, verificaram

que existe grande variabilidade nos valores das idades ósseas calculadas.

Com relação à praticidade, destacaram que o método de Ekölf e Ringertz,

quando realizado por meio do computador, é mais fácil e rápido que o método

de Greulich e Pyle. Com relação à fidelidade, constataram que ambos os

métodos podem apresentar variações. Quanto à confiabilidade, encontraram

alta correlação positiva entre os dois métodos utilizados.

Corradi, Rino e Takahashi (2004) realizaram um estudo com o

propósito de: estabelecer uma seqüência de ossificação envolvendo os ossos

carpais e falanges; relacionar idade cronológica e seqüência de ossificação;

32

estabelecer a época e as características de ossificação durante os períodos de

aceleração, o pico e a desaceleração de crescimento; e observar o dimorfismo

sexual. Foram avaliadas radiografias de mão e punho de 302 crianças, 155 do

gênero feminino e 147 do gênero masculino, com idades entre 9 e 15 anos,

estudantes de Erechim - RS. A amostra foi dividida em 24 grupos, com no

mínimo 9 crianças em cada grupo. Os resultados referentes à seqüência de

ossificação em ambos os gêneros em cada grupo, foram realizados por análise

estatística descritiva.

Segundo Stroher, Freitas e Travano (2004), a ossificação do

sesamóide geralmente precedia o pico de crescimento puberal e, em alguns

casos, coincidia com este pico; nunca surgindo após; além disso, sua imagem

com contornos nítidos revela que o crescimento futuro será progressivamente

menor, pois o pico da velocidade de crescimento puberal já ocorrera.

Em uma revisão sistemática para avaliação da radiografia carpal

como método de estimativa da velocidade e época de crescimento facial,

Flores-Mir, Nebbe e Major (2004) analisaram 11 artigos selecionados das

bases de dados PubMed, Medline, Cochrane. Os autores obedeceram aos

seguintes critérios de seleção: uso da radiografia da mão e do punho na

determinação da maturação esquelética; crescimento facial por meio de

telerradiografia em norma lateral; e estudos de caráter longitudinal ou

transversal. Os resultados demonstraram que as radiografias da mão e do

punho possibilitam análises que se relacionam à velocidade de crescimento

vertical e horizontal facial, sendo que a velocidade de crescimento dos

maxilares se relaciona à maturidade esquelética, porém de forma mais sutil.

Grande parte dos artigos revisados não definiu adequadamente a relação entre

a velocidade de crescimento da base craniana e a maturidade esquelética,

desta forma, os autores comentaram que as análises de maturação esquelética

por meio de radiografias da mão e do punho na predição do crescimento facial

deveriam incluir os estágios ósseos, bem como os eventos de ossificação.

Moraes et al. (2005) avaliaram a semelhança e a praticidade entre

os métodos de Martins e Sakima (1996) e o de Fishman (1982). Examinaram

33

211 radiografias carpais, 102 pertencentes ao gênero masculino e 109 ao

feminino. Elaboraram uma terceira curva que conjugava os dois métodos a qual

denominaram curva de adaptação, em que verificaram o grau de concordância

entre os métodos. Constataram uma correlação positiva entre os dois métodos,

concluindo que o surto de crescimento puberal pode ser avaliado por ambos os

método sem diferenças estatísticas significantes.

2.2 Método das Telerradiografias em Norma Lateral

A coluna vertebral é constituída pelas vértebras cervicais, torácicas,

lombares e pelo osso sacro. As sete primeiras vértebras formam a coluna

cervical, sendo que existe uma grande semelhança entre as quatro últimas e as

alterações maturacionais que podem ser vistas do nascimento até a

maturidade. As duas primeiras vértebras cervicais possuem um formato atípico:

a Atlas – primeira delas – possui um corpo bastante delgado, que é

complementado por meio de sua articulação com o processo odontóide ou

dens, presente na segunda vértebra – Axis (WOLF-HEIDEGGER, 1974).

Em 1963, Bench descreveu que o crescimento das vértebras é

bastante rápido na infância e diminui na adolescência, relatou também que o

processo odontóide apresenta-se amplamente cartilaginoso ao nascimento, o

que explica as poucas áreas de calcificação dessa estrutura, quando

observadas radiograficamente.

Quem primeiro demonstrou a aplicabilidade do método de avaliação

da maturação esquelética por meio da radiografia em norma lateral foi

Lamparski (1972), que em seu estudo examinou o crescimento e a maturação

das vértebras cervicais a fim de verificar se as alterações encontradas nessa

área poderiam ser utilizadas na avaliação da idade óssea no lugar da

radiografia da mão e do punho. Seu método se baseou nos trabalhos de Bick e

34

Copel (1950), Toddpyle (1928); Eslberg e Duke (1934), Lanier (1939) e Hinck et

al. (1962). Lamparski estabeleceu um padrão para as vértebras cervicais,

utilizando para isso, as vértebras C2, C3, C4, C5 e C6. Essa padronização era

composta por seis estágios. As seguintes conclusões foram extraídas do seu

trabalho: as alterações maturacionais que ocorrem entre a segunda e a sexta

vértebra cervical podem ser utilizadas para avaliar a idade óssea de um

indivíduo; a avaliação da idade vertebral é estatisticamente válida e confiável.

Segundo esse autor, as mudanças observadas no tamanho e na forma das

vértebras e a comparação com as modificações ósseas das estruturas da mão

e do punho, avaliadas pelo método de Greulich e Pyle (1959), eram

estatisticamente sem significância, oferecendo como vantagem a redução da

exposição do paciente à radiação, pela não necessidade de radiografia

adicional, além das que fazem parte da documentação ortodôntica

convencional.

O’Reilly e Yanniello (1988) analisaram o relacionamento entre as

fases de maturação das vértebras cervicais e as mudanças no crescimento

mandibular, por meio da avaliação de radiografias cefalométricas laterais

anuais, de 13 meninas leucodermas, dos 9 aos 15 anos de idade e concluíram

que os estágios de maturação das vértebras poderiam ser utilizados para

avaliar o momento em que ocorrem as mudanças no crescimento mandibular

durante a adolescência. O comprimento mandibular aumentou significativa-

mente entre os estágios 1 e 2, 2 e 3, 3 e 4; o comprimento do corpo entre os

estágios 1 e 2, 2 e 3; e para a altura do ramo entre os estágios 1 e 2. Na

média, os estágios 1 a 3 ocorreram antes do pico de crescimento. Ficou claro

nesse estudo que os estágios de maturação das vértebras cervicais têm

relação com o crescimento mandibular e servem de instrumento para a

avaliação da época de ocorrência das mudanças mandibulares na fase da

adolescência.

Hellsing (1991), utilizando telerradiografias em norma lateral de 107

pacientes de ambos os gêneros e correlacionando as alterações de altura e

largura das vértebras cervicais com crescimento estatural puberal, declarou

que tanto a largura quanto a altura das vértebras cervicais poderiam ser

35

utilizadas como indicadores de crescimento esquelético. Além do mais, para a

autora, a principal vantagem de se utilizar o desenvolvimento vertebral como

alternativa para a avaliação da maturidade esquelética consistia da não

necessidade de mais uma radiografia, podendo ser utilizada a telerradiografia

lateral normalmente empregada para o diagnóstico.

Modificando o método proposto por Lamparski (1972), Hassel e

Farman (1995) comprovaram que existe uma alta correlação entre os

indicadores de maturação e as mudanças anatômicas das vértebras cervicais,

dando condições ao ortodontista para avaliar a maturação esquelética dos

pacientes e ter uma idéia de quanto crescimento seria esperado. Encontraram

uma alta correlação entre os indicadores de maturação vertebral, propostos por

Fishman (1982), para a mão e o punho. Em uma modificação do método

proposto por Lamparski (1972), apenas a segunda, a terceira e a quarta

vértebras cervicais foram avaliadas nesse estudo (C2-processo odontóide, C3,

C4, respectivamente). Os autores analisaram uma amostra de 220 indivíduos,

com idade entre 8 e 18 anos e propuseram a avaliação das imagens

correspondentes às vértebras C2, C3 e C4, pelo fato de não serem cobertas

pelo uso do protetor de tireóide durante a tomada radiográfica. Seis estágios

foram apresentados pelos autores, conhecidos como Índice de Maturação das

Vértebras Cervicais (IMVC) – iniciação, aceleração, maturação, transição,

desaceleração e finalização – cada uma dessas fases apresentaria

características próprias e representaria uma provável porcentagem de

crescimento esquelético geral. Comentaram sobre a grande ajuda que esse

método traria, pois a partir do momento em que se estima em qual período de

crescimento o paciente se encontra, tem-se idéia do quanto resta de

crescimento, o que auxiliaria no diagnóstico e no plano de tratamento.

Garcia-Fernandez et al. (1998) notaram que a avaliação da idade

esquelética por meio das vértebras cervicais não mostra diferenças raciais. Em

uma amostra composta por 113 jovens mexicanos (50 homens e 63 mulheres)

entre 9 e 18 anos, os autores avaliaram se a maturação das vértebras cervicais

apresentava correlação com a maturação indicada pela radiografia da mão e

do punho. As radiografias foram tiradas no mesmo dia, como no trabalho de

36

Hassel e Farman (1995). Os resultados mostraram que não há diferença

significativa entre as duas técnicas de avaliação da maturação esquelética no

grupo populacional mexicano. Sendo assim, as vértebras cervicais poderiam

ser usadas para esse tipo de avaliação.

Santos et al. (1998) observaram a aplicabilidade e a confiabilidade

da utilização das alterações morfológicas das vértebras cervicais como um

método de determinação do estágio de maturação esquelética. Em seu estudo

transversal utilizaram as teleradiografias em norma lateral de 77 jovens de

ambos os gêneros abrangendo a faixa etária de 8 a 16 anos. Para a avaliação

dos estágios de maturação esquelética empregaram o método proposto por

Hassel e Farman (1995). Analisaram as 77 radiografias e observaram que as

mudanças morfológicas que ocorriam nas vértebras cervicais, visualizadas nas

telerradiografias de perfil, se tratavam de um método aplicável para a avaliação

do estágio de maturação de um paciente na prática clínica.

A pesquisa de Santos e Almeida (1999) constituiu-se de um estudo

comparativo entre dois métodos de avaliação da idade esquelética, utilizando-

se telerradiografias em norma lateral e radiografias carpais. Os pesquisadores

visavam averiguar a confiabilidade da utilização das alterações morfológicas

das vértebras cervicais como um método de determinação do estágio de

maturação esquelética, comparando-o com os eventos de ossificação que

ocorrem na região da mão e do punho. Concluíram que: 1) nas duas técnicas

foi possível observar uma correlação positiva e estatisticamente significativa;

2) as alterações morfológicas das vértebras cervicais, observadas nas

telerradiografias laterais, poderiam contribuir para a determinação da idade

esquelética de um indivíduo.

Kucukkeles et al. (1999) analisaram a associação entre o IMVC

(Índices de Maturação da Vértebra Cervical) das vértebras C2, C3 e C4,

desenvolvido por Hassel e Farman (1995), e os IMES (Índices de Maturação

Esquelética) carpais de Fishman (1982), bem como a reprodutibilidade da

identificação desses exames radiográficos em 180 indivíduos, do gênero

masculino e feminino, com idades entre 8 e 18 anos. Os autores concluíram

37

que a utilização das vértebras cervicais na determinação do surto de

crescimento puberal tratava-se de um método seguro e confiável, salientaram,

também, que deveria ser um procedimento de rotina obter o cefalograma lateral

para analisar a morfologia esquelética e a direção do crescimento, sem gastos

extras com radiografias.

Franchi, Baccetti e McNamara Jr. (2000) relacionaram a maturação

das vértebras cervicais com o crescimento mandibular e a altura corporal, a fim

de examinarem a validade dos seis estágios de maturação das vértebras

cervicais. Em 24 indivíduos (15 mulheres e 9 homens) com idade entre 3 e 18

anos de idade e que não haviam se submetido a tratamento ortodôntico prévio.

O método detectou, em 95% dos indivíduos, um grande aumento mandibular e

crescimento craniofacial durante os intervalos 3 e 4 quando o pico em altura

também ocorreu. A reprodutibilidade do método foi de 98,6%, resultado esse

encontrado por meio de um teste interoperador. Os autores destacaram que a

precisão do método das vértebras cervicais fornecia indicadores úteis sobre o

momento ideal para o tratamento das deficiências mandibulares.

Armond, Castilho e Moraes (2001), em sua pesquisa, reforçam que

apesar dos indicadores de maturação das vértebras cervicais serem um

método útil e aplicável, não devem ser utilizados de forma absoluta como

parâmetro na determinação da idade esquelética. Estimaram o crescimento e o

desenvolvimento esquelético observando radiograficamente as alterações

morfológicas da segunda, terceira, e quarta vértebras cervicais, de acordo com

o método proposto por Hassel e Farman (1995) em pacientes que se

encontravam no surto de crescimento puberal. As vértebras foram visualizadas

por meio de telerradiografias laterais e o surto de crescimento puberal foi

identificado em eventos de ossificação da mão e do punho. A amostra constou

de 110 brasileiros leucodermas, de ambos os gêneros, entre 8 e 15 anos de

idade. Houve correlação estatisticamente significativa entre os indicadores de

maturação das vértebras cervicais em pacientes que se encontravam no surto

de crescimento puberal, quando também avaliados por meio da radiografia

carpal. Os resultados dessa pesquisa reforçam, também, que apesar dos

indicadores de maturação das vértebras cervicais serem um método útil e

38

aplicável, não deveriam ser utilizados de forma absoluta como parâmetro na

determinação da idade esquelética.

Chang (2001) desenvolveu um estudo para avaliar a confiabilidade

do método de obtenção da idade esquelética por meio da análise das vértebras

cervicais durante o período puberal. A maturação esquelética foi obtida

comparando radiografias carpais (método de FISHMAN, 1982) e

telerradiografias em norma lateral (método LAMPARSKI modificado por

HASSEL; FARMAN, 1995) de 503 indivíduos (244 meninos e 259 meninas),

com idades entre 8 e 18 anos. Os resultados demonstraram que o acesso à

informação da idade esquelética por meio das vértebras cervicais é confiável e

válido.

San Román et al. (2002), buscando determinar a validade das

radiografias das vértebras cervicais para avaliar a maturação esquelética

criaram um método simplificado para a avaliação da maturação da vértebra

cervical baseado nas mudanças que ocorriam na concavidade da borda

inferior, na altura e no formato do corpo vertebral, avaliados separadamente.

Os resultados sugeriram que a concavidade da borda inferior do corpo é o

parâmetro morfológico vertebral que melhor estima a maturação, podendo,

eventualmente, vir a substituir a radiografia da mão e do punho para a

avaliação dos estágios de maturação. A altura do corpo vertebral tem baixa

correlação, devido aos fatores externos tais como: padrão facial do paciente,

pressão, posição corporal ou doenças.

Baccetti, Franchi e McNamara Jr. (2002) desenvolveram um novo

método para avaliar o crescimento mandibular por meio da maturação das

vértebras cervicais: a detecção do pico de crescimento mandibular e a

identificação da melhor época para o tratamento, baseada na análise das

vértebras cervicais C2, C3, C4. O estudo de cada caso constituiu de dois

cefalogramas consecutivos, abrangendo o intervalo do máximo crescimento

mandibular, usando o fator Co-Gn (condilio-gnátio) de McNamara Jr.,

juntamente com dois cefalogramas sucessivos antigos e dois cefalogramas

consecutivos mais recentes. A análise foi baseada na avaliação visual e

39

cefalométrica das características morfológicas de três vértebras – C2, C3, C4.

Esse método (CVM) propõe cinco estágios de maturação das referidas

vértebras CVMS I, CVMS II, CVMS III, CVMS IV e CVMS V, e foi verificado que

o pico de crescimento mandibular ocorre entre os estágios CVMS II e CVMS III.

Os autores relataram que a vantagem da nova versão do método CVM, é que a

maturidade esquelética pode ser avaliada em um simples cefalograma e

analisar somente C2, C3, C4, que usualmente são visíveis mesmo quando um

colar de proteção de radiação está presente.

Armond, Castilho e Moraes (2002) realizaram um estudo baseado na

comparação da maturação das vértebras cervicais por observação dos índices

descritos por Lamparski (1972) e modificados por Hassel e Farman (1995),

com a idade cronológica de 380 indivíduos leucodermas brasileiros, de ambos

os gêneros, com idade variando de 6 a 16 anos. Os resultados mostraram uma

relação direta entre o aumento da idade cronológica e o aumento do índice de

maturação das vértebras cervicais, até a faixa etária de 12 anos para ambos os

gêneros. A partir dessa faixa houve maior aceleração da maturidade óssea nos

pacientes do gênero feminino. Concluíram que a utilização da idade

cronológica como parâmetro para determinar a idade óssea, pela análise das

vértebras cervicais, tem confiabilidade média.

Mito, Sato e Mitani (2002), com o intuito de estabelecer um novo

índice para a avaliação objetiva da maturação esquelética por meio das

telerradiografias em norma lateral, realizaram um estudo com 176 meninas

(oito grupos etários, com 22 meninas cada, entre 7 e 14,9 anos) cujos corpos

das vértebras cervicais C3, C4; foram traçados, medidos, e utilizados para

determinação da fórmula de regressão, para obtenção da idade do osso

vertebral cervical. Analisando as telerradiografias em norma lateral e as

radiografias da mão e do punho de 66 meninas (8 aos 13,9 anos),

determinaram a correlação entre a idade óssea obtida por meio das vértebras

cervicais e a idade óssea usando o método TW2. Verificaram que o coeficiente

de correlação entre a idade óssea vertebral cervical e carpal foi

significantemente mais alto que a correlação entre a idade óssea vertebral e a

idade cronológica. Esses resultados sugeriram que a idade óssea vertebral

40

cervical refletia a maturidade esquelética porque se aproximava da idade óssea

carpal, considerado o método mais confiável para se avaliar a maturação

esquelética.

Generoso (2003), com a finalidade de determinar a confiabilidade

dos IMVCs pela idade cronológica e determinar a variação dos seis índices e

seu comportamento de acordo com o sexo, realizou um estudo no qual

correlacionou a maturação das vértebras cervicais por meio dos índices de

Lamparski modificados por Hassel e Farman (1995), com idade cronológica. A

amostra foi constituída de 380 brasileiros leucodermas, do gênero masculino e

feminino, com idade entre 6 e 16 anos. Os resultados mostraram relação direta

entre o aumento da idade cronológica por gênero e o aumento gradativo da

média dos IMVCs, concluindo ser possível, porém, medialmente confiável,

utilizar a idade cronológica para determinar a fase da idade óssea do indivíduo.

Até os 12 anos não houve diferença estatística entre os gêneros, entretanto, a

partir desta idade, houve aceleração na maturação das vértebras cervicais no

gênero feminino. Quanto ao aspecto anatômico dos seis IMVCs, o autor

comentou que algumas vezes não se aplicavam aos aspectos observados em

algumas radiografias, gerando dúvidas na determinação do IMVC, havendo a

possibilidade da existência de estágios intermediários, desta forma sugeriu a

confirmação dessa hipótese por novas pesquisas. Chegou à conclusão de que

a idade cronológica apresenta uma relação direta com a maturação das

vértebras cervicais. À medida que a idade aumenta, também de maneira

similar, o índice de maturação das vértebras fica maior.

Grave e Townsend (2003) realizaram um estudo longitudinal em

crianças australianas indígenas para comparar os estágios de maturação das

vértebras cervicais (CVM), proposto por Bacetti, Franchi e McNamara Jr.

(2002), aos eventos de ossificação carpal descritos por Grave (1973),

relacionando-os aos eventos de pico de crescimento em estatura e mandibular.

Para a maioria dos indivíduos o pico de velocidade do crescimento mandibular

coincidiu com o pico de velocidade de crescimento em estatura e a combinação

dos eventos de ossificação na radiografia carpal e os de maturação cervical

ocorreram antes, durante e após o surto de crescimento puberal. Os autores

41

acreditam que o acesso do ortodontista à combinação maturação carpal e

vertebral possibilita o aumento da predição do surto de crescimento puberal do

paciente, tornando o acompanhamento dos casos de má oclusão de classe II

mais objetivo e confiável.

Canali, Brucker e Lima (2003) avaliaram as alterações morfológicas

das vértebras cervicais como método de determinação da maturação óssea,

comparando-o com a idade cronológica e o gênero do indivíduo. Para este

propósito utilizou 901 teleradiografias de indivíduos com faixa etária variando

dos 5 aos 25 anos, os quais foram divididos em grupos de acordo a idade e o

gênero. A avaliação foi realizada segundo o método de Hassel e Farman

(1995), e definiu seis estágios de maturação esquelética. Os autores

concluíram que a idade cronológica não servia como único parâmetro para uma

análise individual da maturação esquelética. Com relação às diferenças entre

os gêneros, os resultados mostraram uma tendência do gênero feminino em

alcançar o pico de crescimento puberal um ano antes do masculino, ou seja,

por volta dos 12 anos de idade, e ainda revelaram que o feminino atingiu a

maturidade esquelética antes do masculino. Quanto ao método, os autores

observaram que as alterações morfológicas das vértebras cervicais constituíam

um meio útil e confiável para determinação da maturação óssea.

Mito, Sato e Mitani (2003) analisaram a possibilidade de usar a idade

do osso vertebral cervical como prognosticador do potencial de crescimento

mandibular. Com esse objetivo utilizaram dois grupos com 20 indivíduos cada

um, do gênero feminino (japonesas). Um grupo serviu para se obter uma

fórmula a fim de prever o potencial de crescimento mandibular; o outro para

comparar valores previstos com valores verdadeiros. Por meio de uma análise

de regressão determinaram uma fórmula visando prever o potencial de

crescimento mandibular. Segundo os autores, a fórmula obtida a partir desse

estudo pode ser útil para o tratamento de pacientes ortodônticos em estágio de

crescimento.

Horliana (2004) avaliou a possível relação entre os estágios de

maturidade óssea analisados em radiografias da mão e do punho e das

42

vértebras cervicais em telerradiografias em norma lateral, em indivíduos com

idade média de 13,6 anos. A casuística foi composta por 209 conjuntos

radiográficos (radiografias da mão e do punho e teleradiografias em norma

lateral) tomados na mesma data para cada indivíduo. Dois avaliadores,

devidamente calibrados, classificaram por estágios de maturidade óssea todas

as radiografias, as da mão e do punho, segundo Helm et al. (1971), e a

avaliação das vértebras cervicais nas telerradiografias em norma lateral,

segundo O’Reilly e Yanniello (1988) e Baccetti, Franchi e McNamara Jr. (2002).

Considerando a classificação de Helm et al. (1971) como padrão áureo, o teste

de Spearman foi aplicado para verificar a relação entre os dois métodos que

avaliam as vértebras cervicais. Os resultados indicaram que houve forte

correlação entre os métodos de avaliação das vértebras cervicais e da mão e

do punho. A análise estatística descritiva indicou que houve maior número de

ocorrências concordantes na identificação do início e do pico máximo do surto.

Com base nesses resultados Horliana concluiu que a avaliação da maturidade

óssea pelas vértebras cervicais oferecia a confiabilidade para a identificação

dos estágios de crescimento puberal, mas não para a identificação dos

estágios na fase descendente, assim, a radiografia da mão e do punho ainda

se faz imprescindível quando é necessária a indicação de algum potencial de

crescimento restante.

De acordo com Santos et al. (2005), o método de determinação da

maturação esquelética por meio das vértebras cervicais mostrou-se

reproduzível na avaliação do estágio em que o indivíduo se encontra na curva

de crescimento. Os autores avaliaram a reprodutibilidade do método de Hassel

e Farman (1995), no intuito de divulgá-lo como elemento diagnóstico e auxiliar

no prognóstico dos tratamentos das más oclusões. Utilizaram, para isso, 100

radiografias cefalométricas laterais de indivíduos dos gêneros feminino e

masculino, com idade de 6 a 16 anos, classificadas em escores de 1 a 6 por

meio de três avaliadores calibrados. O teste de concordância para avaliação

intra e extra-examinador foi realizado, e mostrou-se reproduzível na avaliação

do estágio em que o indivíduo se encontrava na curva de crescimento.

43

Morihisa e Feres (2005) fizeram uma revisão dos dois métodos

existentes para avaliação da maturidade óssea: a radiografia carpal e a

radiografia cefalométrica lateral. Verificaram que na literatura ambos os

métodos apresentam concordância na avaliação da maturação esquelética;

entretanto, notaram que a observação das vértebras cervicais tem sido muito

aplicada, permitindo diagnósticos relevantes à prática ortodôntica.

O objetivo do estudo de Flores-Mir et al. (2006) foi avaliar a

correlação entre o método de previsão da maturação de Fishman (FMP) e o

método de maturação vertebral cervical (CVM) para a determinação do estágio

de maturação do esqueleto. Foram utilizados cefalogramas laterais e

radiografias da mão e do punho de 79 indivíduos (52 mulheres e 27 homens).

As radiografias carpais foram analisadas por meio do FMP para determinar o

nível de maturação do esqueleto (avançado, médio, ou atrasado) e o estágio

(posição relativa do indivíduo na curva de crescimento púbere). Os esboços

das vértebras cervicais (C2, C3, e C4) obtidas dos cefalogramas laterais foram

analisados a partir do CVM para determinar o estágio de maturação do

esqueleto. A confiabilidade, intra-examinadores (coeficiente de correlação intra-

espécie [ICC]), para ambos os métodos foi calculada a partir de 10

cefalogramas laterais e da mão e do punho, provenientes dos mesmos

pacientes. Um coeficiente ICC de 0.985 para FMP e um ICC de 0.889 para

CVM foram obtidos. Um valor de correlação Spearman de 0.72 (P < .001) foi

encontrado entre os estágios de maturação do esqueleto de ambos os

métodos. Quando a amostra foi subagrupada de acordo com o nível de

maturação do esqueleto, os seguintes valores de correlação foram

encontrados: 0.73 para adolescentes com desenvolvimento prematuro; 0.70

para adolescentes com desenvolvimento médio; e 0.87 para adolescentes com

desenvolvimento tardio. Todos esses valores de correlação foram estatisti-

camente diferentes de zero (P < .024). Os valores de correlação entre ambos

os métodos de maturação do esqueleto foram moderadamente altos. Podendo

ser altos o suficiente para se usar qualquer um dos métodos indistingui-

velmente para os propósitos da pesquisa, mas não para a avaliação de

pacientes individuais. O nível do esqueleto influencia nos valores de correlação

e, portanto, deveria ser considerado sempre que possível.

44

Uysal et al. (2006) investigaram a relação entre a idade cronológica

e a maturação da vértebra cervical e a idade óssea carpal. Examinaram

telerradiografias em norma lateral e radiografias carpais de 503 indivíduos (213

do gênero masculino e 290 do feminino), com idades entre 5 anos e 3 meses e

24 anos e 1 mês. A correlação foi observada separando-se os gêneros. A

maturação da vértebra cervical foi avaliada por meio do método proposto por

Hassel e Farman e a maturação carpal foi determinada pelo método de Björk e

Grave, e o sistema de Brown. Concluíram que, clinicamente, a vértebra cervical

é um indicador útil do crescimento puberal.

45

3 PROPOSIÇÃO

46

3 PROPOSIÇÃO

Este estudo objetivou:

• Verificar a concordância entre esta fórmula com a idade cronológica, o

método computadorizado de Eklöf e Ringertz (1967), e o método proposto

por Greulich e Pyle (1959).

• Verificar as proporções ,APAH ,

PHH ,

APPH

HAH e

PHAH

AH – altura anterior da vértebra

PH – altura posterior da vértebra

AP – largura anteroposterior da vértebra

H – altura da vértebra

• Analisar a existência ou não de correlação entre as características

morfológicas das vértebras cervicais e o carpo.

• Avaliar a aplicabilidade da fórmula de regressão múltipla empregada por

Mito, Sato e Mitani (2002), em uma amostra de ambos os gêneros, com

idade cronológica variando de 7 a 15 anos completos, na determinação da

maturação esquelética.

47

4 MATERIAL E MÉTODO

48

4 MATERIAL E MÉTODO

4.1 Aspectos Éticos

O projeto científico de pós-graduação foi aprovado em 20 de outubro

de 2006, pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Humanos e Animais da

Universidade de Marília, seguindo as normas do CNS (Conselho Nacional de

Saúde), contidas nas Resoluções números 196/96 e 251/97 (Anexo 1).

4.2 Termo de Consentimento

Os pacientes foram informados sobre a pesquisa. E, após

esclarecimentos de possíveis dúvidas relacionadas ao presente estudo,

concordaram em participar mediante a assinatura do responsável legal no

Termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2).

49

4.3 Obtenção da Amostra

Para esta pesquisa, de caráter descritivo transversal, a amostra foi

obtida pelo próprio pesquisador. A proposta inicial indicava que a amostra seria

constituída de indivíduos com idades de 8 a 16 anos, entretanto, durante o

desenvolvimento da pesquisa houve dificuldade em selecionar indivíduos com

16 anos, pelo fato de muitos cursarem o Ensino Médio e não estarem dispostos

a participar deste estudo. Desta forma, a amostra foi ajustada e foram

examinadas crianças com idades variando entre 7 e 15 anos, de quatro escolas

estaduais da cidade de Ourinhos, estado de São Paulo.

O fator socioeconômico, determinado pela própria escola por meio

do Projeto Político Pedagógico Municipal na sua pesquisa sobre a clientela

escolar que as classificou como de baixo nível, foi determinante para a escolha

das escolas indicadas pela Diretoria de Ensino de Ourinhos, com o consenso

das diretoras das respectivas escolas, após o envio de carta esclarecendo o

motivo da pesquisa (Anexos 3 e 4).

4.4 Coleta de Dados Peso/Altura

A coleta de dados foi realizada pelo próprio pesquisador durante o

período de aula, em sala própria, cedida pela direção de cada escola, num total

de sete dias em cada unidade de ensino. Foram examinadas 2.046 crianças,

940 do gênero masculino e 1.106 do gênero feminino, entre os meses de

março e novembro de 2006.

50

Do total de examinados, somente os estudantes que responderam a

um interrogatório simples, conduzido especialmente para informações sobre

cardiopatia, anemia e problemas broncopulmonares, e participaram da

avaliação do peso e da altura; foram selecionados; num total de 396 indivíduos,

distribuídos igualmente entre os gêneros feminino e masculino. Porém, 27% da

amostra se perdeu devido a: 1) recusa dos próprios alunos selecionados;

2) não permissão dos pais ou responsáveis; 3) não devolução da carta de

consentimento; 4) problemas com as radiografias. Assim, 289 indivíduos

participaram deste estudo.

A idade foi calculada em anos e em meses completos, mediante a

diferença entre a data de nascimento e a data da realização da radiografia.

As características antropométricas de peso e estatura foram

avaliadas em duplicata, adotando-se os procedimentos recomendados pela

OMS - Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995). As medidas foram

mensuradas e registradas em um primeiro momento e em seqüência, realizou-

se a segunda série de medições após a conclusão do grupo todo, evitando

repetir a tomada da mesma medida imediatamente. Em caso de diferenças

entre as mensurações de uma mesma criança, recomenda-se a média dos

valores observados (WHO, 1995).

Para a mensuração das medidas antropométricas foram utilizadas

as unidades básicas de grandeza rigidamente padronizadas e definidas por

meio do Sistema Internacional (SI), a unidade de massa foi o quilograma (kg) e

a unidade de comprimento foi o metro (m) (CGPM1, 1989).

A padronização de procedimentos para a obtenção das medidas

objetivou assegurar a confiabilidade dos dados antropométricos (BICAS, 2003).

1 CGPM, Conferência Geral de Pesos e Medidas 1@, 1989.

51

Para a medida do peso corporal foi utilizada uma balança do tipo

plataforma com capacidade para 150 kg com graduação em 100g marca Tanita

modelo TFB-521, as crianças trajaram roupas leves (avaliação foi realizada

durante as aulas de educação física), e ficaram descalças com os pés

paralelos e alinhados e a coluna estirada, braços livremente soltos ao longo do

tronco; não foram levadas em consideração a ingestão e a excreção de

alimentos pelos avaliados (GORDON; CHUMLED; ROCHE, 1988). Por meio de

um botão presente embaixo da balança, realizou-se a calibragem, com auxílio

de um peso de 1 kg, colocado sob sua plataforma após cada indivíduo ser

pesado.

A mensuração da estatura (Figura 1) foi executada, medindo-se a

distância entre a planta dos pés e o vértex (ponto mais alto da cabeça), com o

emprego de um estadiômetro vertical marca SECA modelo 206, fixado na

parede lisa sem rodapé. O avaliado permaneceu descalço, ou com meias finas.

Durante o procedimento a criança deveria ser posicionada com a massa

corporal distribuída em ambos os pés. A cabeça foi posicionada com o plano

horizontal de Frankfurt paralelo ao solo, os braços livremente soltos ao longo

do tronco, com as palmas voltadas para as coxas; os calcanhares unidos e

tocando a borda vertical do estadiômetro; e as bordas mediais dos pés de

modo a formar um ângulo de aproximadamente 60º. Solicitou-se ao avaliado

que realizasse uma inspiração profunda e que se mantivesse em posição

completamente ereta sem alternar a massa corporal sobre os calcanhares. O

cursor do aparelho foi colocado sobre o ponto mais alto da cabeça com

pressão suficiente para comprimir o cabelo (BRASIL, 1998).

52

Fonte: Folder do Ministério da Saúde

Figura 1 - Manual para medição antropométrica

4.5 Obtenção da Radiografia

Para a realização das radiografias carpais e telerradiografias em

norma lateral, os pacientes foram encaminhados ao Centro de Documentação

Odontológica (CDO) devidamente registrado no CRO e no ERSA Regional pela

legislação em vigilância sanitária SVS/MS.

Os exames foram realizados somente em pacientes que

apresentaram o Termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos

pais ou responsáveis legais.

53

Para a obtenção das radiografias carpais (Figura 4), a mão esquerda

foi escolhida seguindo os princípios antropométricos e de padronização, visto

que não há diferenças significativas entre as duas mãos (DREIZEN et al.,

1957).

Visando uma melhor qualidade na imagem radiográfica minimizando

as distorções, a radiografia foi obtida com o paciente sentado, o ombro em

abdução de 90 grau, o cotovelo com flexão de 90 grau, o antebraço na posição

neutra, incluindo 2 a 3 cm do antebraço distal, com o eixo do terceiro dedo na

mesma linha do eixo do ante-braço e a mão esquerda espalmada sobre o

chassi do filme com incidência póstero-anterior (HARDY et al., 1987).

No chassi foi colocado, estrategicamente, um desenho em papel

adesivo no formato de uma mão (Figuras 2 e 3), a fim de facilitar o

posicionamento, e um fio de aço inoxidável de comprimento equivalente a 4 cm

posicionado na região inferior direita, não interferindo na obtenção da imagem,

este procedimento foi utilizado como referência para calibrar a imagem obtida.

Figura 2 - Chassi com papel adesivo

54

fio de aço inoxidável

Figura 3 - Posicionamento da mão

A ampola de raios-X foi posicionada a distância de um metro em

relação ao filme e perpendicular ao chassi, o foco deveria ser centrado na

cabeça do terceiro metacarpo. Para a tomada radiográfica foi utilizado um

aparelho de raios-X periapical odontológico, marca Dabi Atlante, modelo

Spectro II de 50 kVp e 10 mA, e o tempo de exposição variou de 0,2 a 0,3

segundos.

As telerradiografias em norma lateral (Figura 5) foram tomadas por

um técnico, treinado para a padronização da técnica introduzida por Broadbent

(1931), permitindo que as radiografias apresentassem a mesma qualidade.

55

Figura 4 - Radiografia carpal Figura 5 - Telerradiografia em norma

lateral

Como fonte produtora de raios-X, utilizou-se um aparelho

odontológico marca INSTRUMENTARIUM, com braço do conjunto cefalostato;

fatores de exposição regulados para 80 KVp, 15mA, e tempo de 1,6 segundos

e um filtro de alumínio de 2mm de espessura, com a maior colimação possível.

A distância foco-filme usada foi de 1,52m.

O paciente permaneceu posicionado no cefalostato, mantendo o

plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal, e o plano de Frankfurt

paralelo ao plano horizontal, o feixe de raios-X foi direcionado com ângulo

vertical de 0 grau e ângulo horizontal de 90 graus, e a área de incidência foi na

região do trágus. O longo eixo do porta-filmes metálico foi colocado no

cefalostato paralelo ao plano horizontal. O fator de magnificação das imagens

não foi significante quando comparado à imagem real; isto foi comprovado no

durante o exame do valor da régua metálica colocada no chassi.

56

Para adquirir as melhores qualidades possíveis dos filmes, foram

utilizados os seguintes materiais: filme T-Mat TMG/RA da marca Kodak2 com

tamanho 20x25cm em associação com écrans intensificadores Lanex Regular

da marca Kodak.

Todos os pacientes foram protegidos com avental de borracha

plumbífera, equivalente a 2mm de chumbo, conforme as especificações da

Portaria Federal SUS/MS 453 com relação à radioproteção.

O processamento do filme foi realizado empregando-se reveladora

automática modelo Dürr XR 24. Foram utilizados líquido revelador e fixador

com reforçador da marca Kodak e todas as radiografias foram identificadas.

Após o processamento, as radiografias obtidas foram digitalizadas

por meio de um scanner com leitor de transparência marca HP com 100 dpi em

formato jpeg. Os arquivos foram nomeados conforme o número do prontuário

dos pacientes e foram armazenados em CD-ROM.

4.6 Avaliação da Imagem Radiográfica

A inspeção radiográfica para a aferição do estágio de maturação das

vértebras cervicais foi analisada por uma única observadora.

Os índices atribuídos às radiografias pela examinadora foram

anotados em planilhas contendo a numeração de 1 a 289, referentes ao

número do prontuário, tanto para as telerradiografias quanto para as

radiografias carpais; sendo especificado em cada planilha o método utilizado.

2 Kodak Brasileira Comércio e Indústria Ltda., São Paulo.

57

Todas as radiografias carpais e telerradiografias foram separadas e

cada uma recebeu uma tira de cartolina de cor preta de 4 x 9cm fixada com fita

adesiva, cobrindo a identificação das mesmas, e foram numeradas

aleatoriamente em cada prontuário, para evitar que a examinadora pudesse

identificar a idade cronológica ou o gênero do avaliado.

As radiografias foram analisadas por intermédio de um negatoscópio

e uma lupa com aumento de 10 vezes, em um ambiente apropriado para este

fim, com luminosidade reduzida. Uma máscara de papel escuro foi

confeccionada para que a luz excedente do negatoscópio não interferisse na

interpretação radiográfica. Todos os dados obtidos por meio das análises

radiográficas foram anotados em uma folha contendo numeração seqüencial

que deveria coincidir com o número conferido ao prontuário do paciente; e

digitados em planilhas do Excel para posterior cálculo da idade vertebral e

análise estatística.

As radiografias foram analisadas individualmente, em um momento

inicial, sendo designado 1 RC (radiografia carpal) para a primeira avaliação das

radiografias carpais pelo método de Greulich e Pyle; 1 RV (radiografia da

vértebra cervical) para a primeira avaliação das telerradiografias. Após um

período de quatro semanas, tempo suficiente para que a examinadora não se

recordasse das marcações realizadas na avaliação inicial. As radiografias

foram selecionadas mediante sorteio e em seguida reavaliadas, denominou-se

esse período de 2 RC e 2 RV.

As avaliações pelos métodos foram realizadas separadamente, sem

o conhecimento da idade cronológica, nem dos valores da avaliação do outro

método, para evitar resultados tendenciosos. Os valores decorrentes das

mensurações foram colocados em planilhas do Excel e encaminhados para

aplicação da análise estatística e exploratória.

58

4.7 Métodos para Estimativa da Maturação Óssea Vertebral

A seleção da terceira e quarta vértebras cervicais (C3 e C4) foi

sugerida por Mito, Sato e Mitani (2002), e fundamentada no seguinte: 1) a

primeira vértebra cervical (Atlas) não é bem evidenciada; 2) a segunda vértebra

cervical (Axis) apresenta uma alteração morfológica muito pequena e de difícil

mensuração; 3) a quinta vértebra cervical poderia não ser visualizada

claramente nas telerradiografias (Figura 6).

Nas telerradiografias, as áreas da terceira e quarta vértebras (C3 e

C4) foram delineadas com emprego de lapiseira com grafite de cor preta,

0,5mm P3, em acetato (Figura 7). Envolveram as seguintes distâncias: 1) AH 3,

4, altura anterior da vértebra; 2) H 3, 4, altura da vértebra; 3) PH 3, 4, altura

anteroposterior da vértebra; 4) AP 3,4; distância anteroposterior no meio da

vértebra cervical (Figura 8).

A mensuração foi realizada com paquímetro digital, marca Mitutoyo

Digimatic Caliper – cód. nº 500-144 B – Mitutoyo – Japan, com resolução de

0,01 mm/.0005 e exatidão de -+ 0,03mm/.0015 (Figuras 9 e 10).

Com as medidas anotadas em planilhas do Excel, foi calculada a

idade vertebral de acordo com a fórmula proposta por Mito, Sato e Mitani

(2002), conforme tabela a seguir:

59

Tabela 1 - Cálculo da idade vertebral

Indivíduo PH3 AH3 H3 AP3 PH4 AH4 H4 AP4AH3AP3

AH4 AP4

AH4 PH4

Cálculo da Idade Vertebral

(-0,20+6,20*AH3/ AP3+5,9*AH4/AP4+4,74*AH4/PH4)

12 6,2 4,4 5,3 13 6,3 5,0 5 12 0,3 0,4 0,8 8,1

17 8,6 7,7 8,9 13 8,7 7,7 8 12 0,6 0,7 0,9 11,6

20 5,0 4,4 5,0 11 5,9 4,7 6 11 0,4 0,4 0,8 8,6

32 7,9 5,7 6,1 13 7,8 5,6 7 13 0,4 0,4 0,7 8,3

2,0 7,1 5,3 7,3 12 6,5 5,5 7 11 0,5 0,5 0,8 9,5 (dados mensurados nas telerradiografias em norma lateral)

IDADE VERTEBRAL = (- 0,20 + 6,20 x AH3 + 5,9 x AH4 + 4,74 x AH4) (MITO; SATO; MITANI, 2002) AP3 AP4 PH4

(Indivíduo, 12) IDADE VERTEBRAL = (- 0,20 + 6,20 x 4,4 + 5,9 x 5 + 4,74 x 5 )

13 12 6,3

IDADE VERTEBRAL = (- 0,20 + 6,20 x 0,3+ 5,9 x 0,4+ 4,74 x 0,8)

IDADE VERTEBRAL = 8,1 (idade óssea)

(Indivíduo, 17) IDADE VERTEBRAL = (- 0,20 + 6,20 x 7,7 + 5,9 x 7,7 + 4,74 x 7,7) 13 12 8,7

IDADE VERTEBRAL = (- 0,20 + 6,20 x 0,6+ 5,9 x 0,7+ 4,74 x 0,9)

IDADE VERTEBRAL = 11,6 (idade óssea)

60

Figura 6 - Vértebras C3 e C4

AP

H PH

AH

AP

H PH

AH

Figura 7 - Altura anterior da vértebra (AH); altura da vértebra (H); altura posterior da

vértebra (PH), distância anteroposterior do meio da vértebra cervical (AP)

61

Figura 8 - Vértebras C3 e C4 delineadas Figura 9 - Mensuração com paquímetro

digital

Figura 10 - Paquímetro digital Mytutoyo

4.8 Métodos para Estimativa da Maturação Óssea da Mão e do Punho

4.8.1 Método de avaliação de Eklöf e Ringertz (ER)

A aplicação deste método3 foi executada empregando-se o

programa RADIOCEF. Foram utilizadas imagens digitalizadas que se

3 Para facilitar a referência aos métodos de avaliação optou-se por indicar “idade ER” para a

idade óssea computadorizada identificada pelo método de Eklöf e Ringertz, e “idade GP” para a idade óssea obtida pelo método de Greulich e Pyle.

62

encontravam arquivadas em CD. Com a imagem na tela do computador,

marcou-se os pontos selecionados pelo método (Figuras 11 e 12). O programa

forneceu um laudo com os dados do paciente, as medidas obtidas, os valores

individuais da idade óssea de cada osso, e por fim, a idade óssea média de

todos os ossos, a qual correspondia à idade óssea do indivíduo.

Figura 11 - Eklöf e Ringertz: 1) largura da epífise distal do rádio;

1

10

9

7

6

8

2

3 5

4

2) comprimento do capitato (grande osso); 3) largura do capitato; 4) comprimento do hamato (ganchoso); 5) largura do hamato; 6) comprimento do metacarpo II; 7) comprimento do metacarpo III; 8) comprimento do metacarpo IV; 9) comprimento da falange proximal do segundo dedo; 10) comprimento da falange proximal do terceiro dedo

63

O fator de magnificação das imagens foi devidamente corrigido com

a utilização do pino metálico que foi colocado no chassi como referência para

esse procedimento no momento da importação da imagem para a tela do

computador.

Figura 12 - Eklöf e Ringertz computadorizado

4.8.2 Método de avaliação de Greulich e Pyle (GP)

Este método baseia-se na comparação por inspeção visual dos 28

centros de ossificação presentes na radiografia da mão e do punho, com o

padrão mais semelhante ao da imagem radiográfica da amostra de Greulich e

Pyle (Figuras 13 e 14). Este atlas é composto por padrões de idade óssea

desde o nascimento até os 19 anos para os meninos e até os 18 para as

meninas.

64

É interessante salientar que nem sempre a fase em que a radiografia

se encontrava coincidia exatamente com as fases do atlas, ou seja, o padrão

anterior estava muito atrasado e o seguinte muito adiantado (GREULICH;

PYLE, 1959). Quando isso acontecia, foi selecionado aquele que mais se

aproximava da radiografia em análise; para um resultado mais seguro, foram

feitas duas vezes as avaliações de cada paciente, pelo mesmo observador em

dias diferentes (1RC e 2 RC).

1 2

3

4

30 20

8 5

7

15

22

17

12

13

18

21

23

11

14

106 9

19

27

26 25

29

28

2416

Figura 13 - Greulich e Pyle: 1) capitato (osso grande); 2) hamato (ganchoso);

3) epífise distal do rádio; 4) epífise da falange distal do terceiro dedo; 5) epífise da falange proximal do segundo dedo; 6) epífise da falange

65

proximal do quarto dedo; 7) epífise do segundo metacarpo; 8) epífise da falange distal do primeiro dedo; 9) epífise do terceiro metacarpo; 10) epífise do quarto metacarpo; 11) epífise da falange proximal do quinto dedo; 12) epífise da falange média do terceiro dedo; 13) epífise da falange média do quarto dedo; 14) epífise do quinto metacarpo; 15) epífise da falange média do segundo dedo, 16) triquetral; 17) epífise da falange distal do terceiro dedo; 18) epífise da falange distal do quarto dedo; 19) epífise do primeiro metacarpo; 20) epífise da falange proximal do primeiro dedo; 21) epífise da falange distal do quinto dedo; 22) epífise da falange distal do segundo dedo; 23) epífise da falange média do quinto dedo; 24) semilunar; 25) trapézio; 26) trapezóide; 27) escafóide; 28) epífise distal una; 30) sesamóide.

2

13

9

8 14

7

16

11

1

3

10

4 6

5

12

17

15

20

19

24

23

22

21

18

29

28

27

26 25

30

2 1

3

4

Figura 14 - Raio-x de indivíduo da amostra deste estudo

66

4.9 Retorno da Informação

Após o término da coleta dos dados, os valores das medidas

antropométricas, bem como a análise da idade óssea computadorizada foram

enviados aos pais, por carta. Não foram feitas recomendações aos pais dos

escolares cuja avaliação se encontrava fora da faixa de normalidade, a menos

que houvesse interesse explícito por parte dos responsáveis. Nestes casos os

mesmos foram orientados a buscar atendimento junto ao Serviço de Saúde

Pública do bairro.

67

5 RESULTADOS

68

5 RESULTADOS

5.1 Análise de Erro

O erro intra-operador foi determinado selecionando de modo

aleatório 25% da amostra que corresponde a 77 indivíduos para a realização

do teste t de Student para dados pareados e o teste de Dallberg, pois foram

utilizadas nesta avaliação medidas para a obtenção da idade; entretanto,

ambos os testes não apresentaram resultados estatisticamente significantes

(Anexo 5).

5.2 Análise dos Resultados Estatísticos

Para a amostra selecionada, os indivíduos foram organizados

segundo o gênero e a faixa etária.

Os dados apresentaram medições de variáveis em crianças na faixa

de 7 a 15 anos de idade. A idade foi categorizada em intervalos de 1 ano e a

freqüência de idades para ambos os gêneros encontra-se na Tabela 2.

69

Tabela 2 - Freqüência de idade para ambos os gêneros

Feminino Masculino Faixa etária

Freqüência Porcentagem Freqüência Porcentagem

7 a 8 anos 13 8,50 15 11,11

8 a 9 anos 14 9,15 15 11,11

9 a 10 anos 20 13,07 17 12,69

10 a 11 anos 19 12,42 17 12,69

11 a 12 anos 14 9,15 22 16,30

12 a 13 anos 17 11,11 14 10,37

13 a 14 anos 24 15,69 17 12,69

14 a 15 anos 26 16,99 9 6,67

Mais de 15 anos 6 3,92 9 6,67

A Tabela 3 apresenta a média e o desvio-padrão das idades por

faixa e gênero.

Tabela 3 - Média e desvio-padrão para as faixas etárias por gênero

Feminino Masculino Faixa Etária

Média±DP Média±DP 7 a 8 anos 7,30±0,39 7,30±0,32 8 a 9 anos 8,52±0,34 8,40±0,31 9 a 10 anos 9,33±0,32 9,29±0,32 10 a 11 anos 10,36±0,36 10,43±0,31 11 a 12 anos 11,44±0,34 11,38±0,30 12 a 13 anos 12,45±0,41 12,31±0,25 13 a 14 anos 13,40±0,33 13,28±0,29 14 a 15 anos 14,31±0,24 14,46±0,24 Mais de 15 anos 15,46±0,27 15,17±0,23

As medidas AH3, H3, PH3, AP3 e AH4, H4, PH4, AP4, foram

avaliadas duas vezes, e foi calculada a correlação entre as mesmas. Como as

70

correlações foram altas, utilizou-se para o modelo de regressão a segunda

medição. Nas demais análises, foram utilizadas as médias das duas medições.

Para um melhor entendimento dos procedimentos de análise, este item foi

subdividido em:

5.2.1 Média e desvio-padrão para as variáveis AH3, H3, PH3, AP3 e AH4, H4,

PH4, AP4.

5.2.2 Média e desvio-padrão para as relações ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4 para ambos

os gêneros.

5.2.3 Comparação da idade vertebral, com a idade cronológica, a idade ER, e

a idade GP.

5.2.4 Teste t pareado para verificar se existe diferença significativa entre a

idade vertebral e as demais.

5.2.5 Modelo de regressão múltipla pelo método “Stepwise”

5.2.6 Correlação entre as características morfológicas das vértebras cervicais

e o carpo.

5.2.1 Média e desvio-padrão para as variáveis AH3, H3, PH3, AP3 e AH4, H4, PH4, AP4

Cálculo das médias e dos desvios-padrão para as variáveis AH3, P3,

PH3, AP3, AH4, P4, PH4, AP4, cujos valores estão indicados nas Tabelas 4 e

5, levando-se em conta a faixa etária e o gênero.

71

Tabela 4 - Média e desvio-padrão para as medidas consideradas, levando-se em conta a faixa etária e o gênero feminino

Faixa etária AH3 H3 PH3 AP3 AH4 H4 PH4 AP4

7 a 8 anos 6,82±2,13 7,66±2,03 8,19±2,67 12,42±1,06 6,88±1,64 7,67±1,90 8,45±2,08 12,42±1,45

8 a 9 anos 6,49±1,06 7,35±1,25 7,91±1,28 12,47±1,81 6,61±1,18 7,25±1,13 8,08±1,24 12,29±1,44

9 a 10 anos 7,04±1,69 8,14±1,25 9,48±1,44 12,97±1,12 7,07±1,10 8,11±1,11 9,71±1,44 12,67±1,16

10 a 11 anos 7,96±1,41 9,03±1,31 10,36±1,49 13,05±0,85 7,68±1,28 8,91±1,15 10,40±1,30 12,38±1,44

11 a 12 anos 8,43±1,98 9,40±1,57 11,07±1,42 14,02±1,27 8,16±1,51 9,21±1,36 11,10±1,39 13,69±1,15

12 a 13 anos 9,77±2,24 10,48±1,44 12,51±1,77 14,36±1,42 9,45±1,78 10,35±1,23 12,30±1,29 14,44±1,35

13 a 14 anos 10,61±2,38 10,81±1,74 12,74±1,84 15,05±1,42 10,04±2,32 10,56±1,59 12,73±1,47 14,50±1,38

14 a 15 anos 11,93±2,09 12,15±1,85 14,14±2,09 14,51±1,33 11,78±1,76 11,86±1,67 13,92±1,71 14,08±1,51

Mais de 15 anos 8,56±2,38 8,58±1,88 9,08±2,45 12,36±1,34 7,54±2,19 7,77±1,73 9,95±1,93 12,78±1,31

Tabela 5 - Média e desvio-padrão para as medidas consideradas, levando-se em conta a faixa etária e o gênero masculino

Faixa etária AH3 H3 PH3 AP3 AH4 H4 PH4 AP4

7 a 8 anos 7,41±2,52 8,02±1,61 8,42±1,73 13,02±0,93 7,53±2,53 7,89±1,77 8,53±1,70 12,69±0,93

8 a 9 anos 6,26±1,00 7,43±0,99 8,21±1,62 12,63±1,32 6,05±0,88 7,24±0,98 8,06±1,39 12,21±1,31

9 a 10 anos 7,20±1,53 8,52±0,99 9,76±1,40 12,97±1,55 7,19±1,67 8,18±1,04 9,93±1,39 12,55±1,52

10 a 11 anos 7,68±1,80 9,01±1,52 10,44±1,99 13,90±1,34 7,78±1,20 9,09±1,15 10,82±1,75 13,04±1,69

11 a 12 anos 8,10±1,40 9,45±1,30 11,13±1,26 14,45±1,09 7,98±1,65 9,49±1,40 11,30±1,46 14,51±1,09

12 a 13 anos 9,56±2,72 10,09±2,32 12,14±2,12 13,85±1,22 9,36±2,05 10,16±2,01 11,92±2,01 13,52±1,20

13 a 14 anos 11,32±2,25 11,58±1,63 13,23±1,82 14,07±1,62 10,64±2,53 11,36±1,63 12,90±1,64 14,07±1,38

14 a 15 anos 11,96±2,06 11,91±1,84 13,82±2,51 14,83±1,56 11,27±1,87 11,58±1,47 13,45±1,78 14,68±1,12

Mais de 15 anos 10,29±2,72 10,20±2,25 12,67±1,33 14,21±1,53 9,95±2,15 10,66±2,12 12,83±1,85 14,52±1,71

A seguir, apresentam-se os gráficos correspondentes a essas

médias.

72

Feminino

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0

AH3 H3

PH3 AP3

1 2 3 4 5 6 7 8 9 107 8 9 10 11 12 13 14 15

Gráfico 1 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH3, H3, PH3, e AP3 para o gênero feminino

Feminino

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0

AH4H4PH4AP4

1 2 3 4 5 6 7 8 9 107 8 9 10 11 12 13 14 15

Gráfico 2 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH4, H4, PH4 e AP4 para o gênero feminino

73

Masculino

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

AH3H3PH3AP3

7 8 9 10 11 12 13 14 15

Gráfico 3 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH3, H3,

PH3 e AP3 para o gênero masculino

Masculino

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0

AH4H4PH4AP4

1 2 3 4 5 6 7 8 9 107 8 9 10 11 12 13 14 15

Gráfico 4 - Média e desvio-padrão (acima) para as variáveis AH4, H4,

PH4 e AP4 para o gênero masculino

74

5.2.2 Média e desvio-padrão para as relações ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4 para

ambos os gêneros

Das relações ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4 foram calculadas médias e

desvios-padrão presentes nas Tabelas 6 e 7; levando-se em conta a faixa

etária e o gênero.

Tabela 6 - Média e desvio-padrão das relações ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4 levando-se

em conta a faixa etária e o gênero feminino

Faixas AH3AP3 AH4AP4 AH4PH4 7 a 8 anos 0,54±0,13 0,55±0,10 0,82±0,12 8 a 9 anos 0,53±0,10 0,54±0,07 0,82±0,08 9 a 10 anos 0,55±0,15 0,56±0,10 0,73±0,07 10 a 11 anos 0,61±0,14 0,63±0,12 0,74±0,10 11 a 12 anos 0,60±0,14 0,60±0,10 0,74±0,12 12 a 13 anos 0,70±0,21 0,66±0,16 0,77±0,12 13 a 14 anos 0,71±0,16 0,70±0,16 0,78±0,12 14 a 15 anos 0,83±0,15 0,84±0,14 0,85±0,08 Mais de 15 anos 0,69±0,19 0,60±0,19 0,75±0,10

Tabela 7 - Média e desvio-padrão das relações ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4 levando-se

em conta a faixa etária e o gênero masculino

Faixas AH3AP3 AH4AP4 AH4PH4 7 a 8 anos 0,57±0,17 0,59±0,18 0,87±0,138 a 9 anos 0,50±0,12 0,50±0,06 0,76±0,129 a 10 anos 0,56±0,14 0,58±0,15 0,72±0,1210 a 11 anos 0,56±0,14 0,60±0,09 0,72±0,0611 a 12 anos 0,56±0,09 0,55±0,11 0,70±0,1012 a 13 anos 0,69±0,19 0,69±0,14 0,78±0,0813 a 14 anos 0,81±0,16 0,76±0,17 0,82±0,1414 a 15 anos 0,81±0,12 0,77±0,12 0,84±0,08Mais de 15 anos 0,72±0,17 0,69±0,13 0,77±0,09

75

Os gráficos correspondentes a essas médias estão representados a

seguir.

Feminino

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

0

AH3AP3AH4AP4AH4PH4

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Gráfico 5 - Média e desvio-padrão (acima) para as relações ,AP3AH3

,AP4AH4 ,

PH4AH4 para o gênero feminino

Masculino

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

0

AH3AP3AH4AP4AH4PH4

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Gráfico 6 - Média e desvio-padrão (acima) para as relações ,AP3AH3

,AP4AH4 ,

PH4AH4 para o gênero masculino

76

5.2.3 Comparação da idade vertebral, com a idade cronológica, a idade ER, e a idade GP

Considerando a idade vertebral, foi feita uma correlação com a idade

ER, a idade cronológica e a idade GP. Os valores obtidos encontram-se nas

Tabelas 8 e 9, levando-se em conta o gênero.

Tabela 8 - Correlações entre idades e respectivos p-valor para o gênero feminino

Idade vertebral Idade ER Idade

cronológica Idade GP

Idade vertebral

1.000 0.64458 (<.0001)

0.58861 (<.0001)

0.7660 (<.0001)

Idade ER 1.000 0.75753 (<.0001)

0.82995 (<.0001)

Idade cronológica 1.000 0.82677 (<.0001)

Idade GP 1.0000 Tabela 9 - Correlações entre as idades e respectivos p-valor para o gênero

masculino

Idade vertebral Idade ER Idade cronológica Idade GP

Idade vertebral 1.000 0,52957 (<.0001)

0,53106 (<.0001)

0,60281 (<.0001)

Idade ER 1.000 0.82328 (<.0001)

0.90306 (<.0001)

Idade cronológica 1.000 0.87857 (<.0001)

Idade GP 1.0000

Para o gênero feminino, notou-se que a maior correlação é entre a

idade ER e a idade GP. Com relação à idade vertebral, a correlação presente é

moderada. Quanto ao gênero masculino, não houve correlação. As dispersões

correspondentes a essas correlações são apresentadas nos gráficos a seguir.

77

Gráfico 7 - Dispersão da idade vertebral versus idade cronológica para o feminino

Gráfico 8 - Dispersão da idade vertebral versus idade cronológica para o masculino

78

Gráfico 9 - Dispersão da idade vertebral versus idade GP para o feminino

Gráfico 10 - Dispersão da idade vertebral versus idade GP para o masculino

79

Gráfico 11 - Dispersão da idade vertebral versus idade ER para o feminino

Gráfico 12 - Dispersão da idade vertebral versus idade ER para o masculino

80

5.2.4 Teste t pareado para verificar se existe diferença significativa entre a idade vertebral e as demais

Como as idades foram calculadas levando-se em conta as mesmas

medições para ambos os gêneros; utilizamos o teste t pareado para verificar se

existe diferença significativa entre a idade vertebral e as demais. Os resultados

obtidos encontram-se na Tabela 10.

Tabela 10 - Teste t pareado para a idade vertebral e as demais para o gênero feminino

Média DP t p-valor Idade vertebral 11,97 2,30 Idade cronológica 11,47 2,42 2,761 0,0066 Idade ER 11,11 1,87 6,789 <0,0001 Idade GP 11,98 2,67 -0,191 0,8486

Tabela 11 - Teste t pareado para a idade vertebral e as demais para o gênero masculino

Média DP t p-valor Idade vertebral 9,93 1,80 Idade cronológica 11,01 2,87 -6,018 <0,0001 Idade ER 10,78 2,85 -4,806 <0,0001 Idade GP 10,67 3,22 -3,361 0,0010

Notou-se que, para o gênero feminino, não existiu diferença

significativa para a idade vertebral e a idade GP, entretanto, para o masculino,

houve diferença.

81

5.2.5 Modelo de regressão múltipla pelo método “Stepwise”

Para verificar a possibilidade de explicar a idade vertebral em função

das relações ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4 foi utilizado um modelo de regressão múltipla,

ajustado por meio do método “Stepwise”, considerando a variável dependente

como a idade vertebral e as relações como explanatórias, levando-se em conta

os gêneros.

Os resultados do modelo encontram-se destacados nas Tabelas 12

e 13. Tabela 12 - Gênero feminino

Variável Estimativa Erro padrão F p-valor Intercepto -0.26758 0.07270 13.55 0.0003 AH3/AP3 6.22425 0.09551 4246.72 <.0001 AH4/AP4 6.04538 0.12462 2353.38 <.0001 AH4/PH4 4.58386 0.11216 1670.39 <.0001

Tabela 13 - Gênero masculino

Variável Estimativa Erro padrão F p-valor Intercepto -0.16434 0.20276 0.66 0.4191 AH3/AP3 6.06746 0.31118 380.18 <.0001 AH4/AP4 6.29053 0.43325 210.81 <.0001 AH4/PH4 4.45169 0.31485 199.91 <.0001

Em ambos os casos, notou-se que a variável mais influente, ou seja,

a que possui maior correlação com a variável dependente é a relação AP3AH3 . As

demais encaixam-se no modelo, entretanto a correlação parcial é baixa.

82

5.2.6 Correlação entre as características morfológicas das vértebras cervicais e o carpo

Observou-se a presença de correlação entre as características

morfológicas das vértebras cervicais e o carpo. A maior correlação foi

encontrada no comprimento do metacarpo do segundo dedo, conforme as

Tabelas 14 e 15.

Tabela 14 - Correlação realizada para o gênero feminino

Comp cap

Comp ham

Comp M II

Comp M III

Comp MIV

Comp F P II

Comp F P III

PH3 0,63 0,62 0,80 0,77 0,65 0,75 0,76 AH3 0,59 0,61 0,76 0,75 0,59 0,73 0,71 H3 0,55 0,59 0,72 0,69 0,56 0,67 0,69 PH4 0,64 0,65 0,81 0,78 0,67 0,73 0,75 AH4 0,60 0,64 0,78 0,75 0,60 0,74 0,74 H4 0,59 0,64 0,74 0,70 0,56 0,70 0,70

Tabela 15 - Correlação realizada para o gênero masculino

Comp cap

Comp ham

Comp M II

Comp M III

Comp MIV

Comp F P II

Comp F P III

PH3 0,74 0,72 0,83 0,82 0,82 0,74 0,81 AH3 0,66 0,69 0,77 0,76 0,76 0,69 0,75 H3 0,68 0,71 0,76 0,77 0,77 0,70 0,77 PH4 0,73 0,73 0,84 0,83 0,82 0,78 0,83 AH4 0,72 0,71 0,81 0,80 0,79 0,69 0,77 H4 0,70 0,70 0,80 0,80 0,79 0,73 0,80

83

6 DISCUSSÃO

84

6 DISCUSSÃO

Pelo fato da idade cronológica não ser considerada como um

prognosticador válido da maturidade esquelética (FISHMAN, 1979; HAGG,

TARANGER, 1982), convencionalmente, as radiografias da mão e do punho

têm sido usadas para determinar a maturação óssea. A eficácia da avaliação

da maturidade esquelética usando a radiografia da mão e do punho em relação

à altura perpendicular (velocidade de crescimento do esqueleto do corpo) tem

sido bem determinada para vários grupos raciais (FISHMAN, 1979). Apesar de

Moore (1997 apud FLORES-MIR, 2006) ter indicado que a maioria dos ossos

do corpo é pré-formada por cartilagem, e mais tarde, desenvolvida pela

ossificação endocondral, os ossos faciais são formados pela ossificação

intramembranosa sem antecessores cartilaginosos. Portanto, o crescimento da

face pode ser regulado por fatores, exceto por aqueles responsáveis pelo

crescimento dos ossos longos. Além disso, as estruturas craniofaciais incluem

várias regiões funcionais que podem ter diferentes reações de crescimento em

relação às condições ambientais locais e sistêmicas (FLORES-MIR et al.,

2006).

Analisar a maturidade óssea nos pacientes com más oclusões

dentárias se faz necessário no caso destas estarem associadas a deficiências

de crescimento mandibular, como acontece mais especificamente com grande

parte das más oclusões de Classe II (McNAMARA JR., 1981; BUSCHANG et

al., 1986; MITO; SATO; MITANI; 2002). Em razão disso, terapeuticamente,

pode-se favorecer a expressão da totalidade do crescimento e, desta forma,

corrigir a sua causa. Portanto, para tirar vantagem do crescimento durante esse

85

tipo de tratamento, deve ser identificado o momento em que o paciente entra

no surto de crescimento da adolescência, o momento em que está passando

pelo pico máximo e quanto tempo falta para terminar o surto de crescimento

(McNAMARA JR.; BOOKSTEIN; SHAUGHNESSY, 1985).

Devido a isso, o método que tem sido utilizado como referência

confiável ou padrão áureo para identificar esses diferentes estágios durante o

surto de crescimento é a radiografia da mão e do punho (GREULICH; PYLE,

1959; BJÖRK, 1972; GRAVE; BROWN, 1972, 1976; FISHMAN, 1979, 1982;

CORRADI; RINO; TAKAHASHI, 2004). Porém, recentemente, foi proposta a

avaliação das vértebras cervicais nas telerradiografias em norma lateral com a

mesma finalidade (LAMPARSKI, 1972; O’REILLY; YANNIELLO, 1988;

HELSSING, 1991; HASSEL; FARMAN, 1995; GARCIA-FERNANDEZ et al.,

1998; FRANCHI; BACCETTI; McNAMARA JR., 2000; MITO; SATO; MITANI,

2002) já que o acesso à informação da idade esquelética por meio das

vértebras cervicais é confiável e válido. Armond, Castilho e Moraes (2001) e

Armond (2000), acreditam que o uso da vértebra cervical como parâmetro para

determinar a idade óssea oferece confiabilidade média. Flores-Mir et al. (2006)

demonstraram que os valores de correlação entre ambos os métodos de

maturação esquelética foram altos o suficiente para usar qualquer um dos

métodos para pesquisa, mas não para avaliação de pacientes individuais, pois

o nível de maturação esquelética influencia nos valores de correlação. Durante

o fim da adolescência, os indivíduos em desenvolvimento avançado expressam

significativamente uma velocidade de crescimento e um crescimento

incremental menor quando comparados com indivíduo em desenvolvimento

médio, e especialmente atrasado, que continuam o crescimento por um período

mais longo, até a idade adulta. Durante os períodos de adolescência de

aceleração e alta velocidade, os adolescentes em desenvolvimento avançado

expressam significativamente taxas de crescimento mais altas e expressam um

maior crescimento durante os períodos de tempo mais curtos. Portanto,

destaca-se a importância de determinar a idade de maturação de um indivíduo

e prognosticar o crescimento restante.

86

A possibilidade de existir uma associação entre os métodos significa

que poderíamos prescindir das radiografias carpais e realizar a avaliação da

maturidade óssea diretamente em uma telerradiografia, que de qualquer forma

já estaria na documentação ortodôntica implicando em menor exposição à

radiação para o paciente, economia de tempo, dinheiro, e menos documentos

para arquivar (LAMPARSKI, 1972; HELLSING, 1991; KUCUKKELES et al.,

1999; HORLIANA, 2004; FLORES-MIR et al., 2006). O’Reilly e Yanniello (1988)

e Franchi, Baccetti e McNamara Jr. (2002) destacaram que a precisão do

método das vértebras cervicais fornecia indicadores úteis sobre o momento

ideal para o tratamento das deficiências mandibulares. Tetradis e Kantor (1999)

ressaltaram a importância da observação radiográfica da coluna cervical, e

avaliaram radiografias cefalométricas laterais e periapicais de 325 pacientes

ortodônticos saudáveis, e encontraram no crânio, na espinha cervical e no

complexo maxilo-facial, algumas anomalias não patológicas ou variações da

normalidade. Desses achados, 127 encontravam-se na espinha cervical, e

constituíam em anomalias vertebrais e calcificações ligamentosas. É

importante salientar que essas últimas poderiam interferir na qualidade de vida

do paciente, levando a uma instabilidade da coluna cervical ou, em caso de

traumas, predispunham a coluna a danos severos.

Embora existam na literatura vários sistemas de avaliação e

classificação da idade óssea, optou-se pelo método de avaliação das

radiografias da mão e do punho de Eklöf e Ringertz (1967), por se tratar de um

método de fácil entendimento, por apresentar significância estatística com o

método de Tanner e Whitehouse (TW2) (TAVANO, 1976), e por ser

computadorizado (HAITER NETO; TAVANO, 1997; MORAES et al., 2003), o

que permite uma avaliação rápida e precisa. Na seqüência, o método de

Greulich e Pyle (1959) foi escolhido pelo fato de ser considerado um dos

métodos mais conhecidos e difundidos na rotina clínica e radiológica.

Por levar em conta somente a forma das vértebras cervicais,

desconsiderando seu tamanho para avaliação das vértebras cervicais, o

método escolhido foi a fórmula de regressão múltipla, proposta por Mito, Sato e

Mitani (2002). Segundo esses autores, o uso de uma fórmula para avaliação da

87

idade óssea por meio das vértebras cervicais, seria um método simples,

objetivo e detalhado. Não havendo mais a necessidade de um atlas como

proposto por Lamparski (1972), usado por Hassel e Farman (1995), e por

Garcia-Fernandez et al. (1998) para avaliação; e na maioria das vezes

considerado superficial para análise das mudanças morfológicas dos troncos

vertebrais cervicais nas telerradiografias. Além disso, Garcia-Fernandez et al.

(1998) notaram que a avaliação da idade esquelética por meio das vértebras

cervicais não mostra diferenças raciais.

Apesar de a idade cronológica ser o índice mais conhecido, não é

considerada pela unanimidade dos autores como um parâmetro confiável na

determinação do estágio de desenvolvimento de um indivíduo (BURSTONE,

1963; HAGG; TARANGER, 1980). Porém, os autores Mito, Sato e Mitani

(2002), Armond, Castilho e Moraes (2002) e Generoso (2003) utilizaram a

idade cronológica como referência confiável para determinar a idade óssea por

meio das vértebras cervicais. Mito, Sato e Mitani (2002) justificaram tal

emprego baseados em duas razões: 1) a idade cronológica média correspondia

com a média da idade óssea quando não havia grande variação dentro dos

grupos; 2) a idade cronológica apresentava pouco erro de operador quando

comparada à idade do osso.

As proporções ,APAH ,

APH ,

APPH ,

HAH

PHH e ,

PHAH são usadas para

calcular a idade óssea, por considerar somente a forma das vértebras cervicais

desconsiderando seu tamanho (MITO; SATO; MITANI, 2002). A fórmula para

calcular a idade da vértebra cervical foi determinada pela análise de regressão

múltipla gradual, considerando-se a idade cronológica como variável

dependente e as proporções ,APAH ,

APH ,

APPH ,

HAH

PHH e ,

PHAH como variáveis

independentes.

Nossa amostra inicial se basearia em 396 indivíduos que foram

previamente selecionados. Porém, somente os indivíduos com o Termo de

responsabilidade assinado pelo responsável que compareceram no Centro de

88

Documentação foram radiografados. As radiografias que apresentaram

processamento insatisfatório, sobreposições de estruturas indesejadas ou

posicionamento incorreto foram eliminadas da amostra.

A amostra de 289 indivíduos pode ter seu tamanho considerado

representativo, por ser compatível com o estudo de Hassel e Farman (1995)

que utilizaram uma amostra de 220 indivíduos de ambos os gêneros com

idades variando de 8 a 19 anos. Entretanto, na literatura são encontradas

amostras menores como as de Hellsing (1991) que utilizou 107 indivíduos;

Garcia-Fernandez et al. (1998) que avaliaram 113 indivíduos com idades

cronológicas variando entre 9 e 18 anos; Flores-Mir et al. (2006) que basearam

seu trabalho em 79 indivíduos; Franchi, Baccetti e McNamara Jr. (2000) que

utilizaram uma amostra com 24 indivíduos com idades variando de 3 a 18 anos.

Também podem ser encontradas amostras maiores como as de Generoso

(2003) que examinou 380 indivíduos com idades cronológicas variando entre 6

e 16 anos, e Chang (2001) que realizou sua pesquisa com um total de 503

indivíduos com idades entre 8 e 18 anos.

Sendo assim, realizou-se este estudo sobre 289 conjuntos

radiográficos, contendo telerradiografias em norma lateral e radiografias da

mão e do punho as quais foram tiradas no mesmo dia, como nos trabalhos de

Hassel e Farman (1995), Hellsing (1991), Garcia-Fernandez et al. (1998) e

Horliana (2004).

Na avaliação dos índices pretendidos foram utilizados o peso e a

altura, pois há uma correlação significante entre a altura e a extensão dos

corpos vertebrais cervicais e a estatura do indivíduo (HELLSING, 1991;

MITANI; SATO, 1992), correlação existente também em relação ao peso

corporal (MITANI; SATO, 1992).

Os critérios básicos adotados na seleção da amostra foram: a raça,

a procedência, a saúde e a ascendência. A classificação em leucodermas

pautou-se em algumas características antropológicas principais como: formato

do nariz, tipo de cabelo e cor da pele (BASTOS DE ÁVILA, 1958).

89

Na seleção da casuística, dentre os conjuntos radiográficos que

preenchiam os critérios de seleção observou-se uma distribuição por gênero,

necessária por causa das diferenças nos padrões de crescimento e das

mudanças morfológicas nos troncos vertebrais cervicais; relatadas por

Lamparski (1972).

De acordo com o trabalho pesquisado, realizou-se uma análise de

regressão múltipla para as idades cronológicas e os dados revelaram medições

de várias variáveis em crianças na faixa de 7 a 15 anos de idade, o que pode

ter atrapalhado na média das idades cronológicas.

Foram calculados a média e o desvio-padrão para as variáveis AH3,

H3, PH3, AP3 e AH4, H4, PH4, AP4; para ambos os gêneros, considerando 1

desvio-padrão para cima, obteve-se uma alta correlação, por esse motivo

utilizou-se para o modelo de regressão a segunda medição e para as demais

análises considerou-se as médias das duas medições.

Os parâmetros medidos na terceira e quarta vértebras cervicais AH

3,4; H 3,4; PH 3,4; aumentaram de maneira acelerada dos 10 aos 14 anos em

ambos os gêneros. Resultado semelhante ao de Mito, Sato e Mitani (2002).

Na análise das proporções, ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4 foram encontradas

diferenças entre os gêneros. No feminino, ,AP3AH3 ,

AP4AH4 aumentaram de

maneira mais rápida por volta dos 12 anos de idade, e ,PH4AH4 continuaram a

aumentar até os 14 anos. Já no gênero masculino ,AP3AH3 ,

AP4AH4 ,

PH4AH4

aumentaram de maneira acelerada dos 11 anos aos 12 anos; e o aumento de

,AP3AH3 continuou acelerado até os 12 anos.

Para comparação da idade vertebral com a idade cronológica, a

idade ER, e a idade GP, foi feito um teste t pareado e uma análise de

correlação entre as variáveis e os diagramas de dispersão para ambos os

90

gêneros. Desta forma, obteve-se como resultado para o gênero feminino, uma

maior correlação entre a idade ER e a idade GP. Quanto à idade vertebral, a

correlação foi moderada. Com relação ao gênero masculino não houve

correlação.

No modelo ajustado de regressão múltipla pelo método “Stepwise”,

considerou-se como variável dependente a idade cronológica e como

explanatória as relações ,AP3AH3 ,

AP4AH4

PH4AH4 . Em ambos os gêneros, notou-se

que a variável que possui maior correlação com a variável dependente é a

relação AP3AH3 . As demais entraram no modelo, mas a correlação parcial é

baixa. O que difere do trabalho de Mito, Sato e Mitani (2002), no qual a

correlação é significante.

Ao correlacionar morfologicamente as vértebras C3 e C4 com o

comprimento do capitato (grande osso), o comprimento do hamato (ganchoso),

o comprimento do metacarpo II, o comprimento do metacarpo III, o

comprimento do metacarpo IV, o comprimento da falange proximal do segundo

dedo, e o comprimento da falange proximal do terceiro dedo; encontrou-se uma

maior correlação, para ambos os gêneros, com o comprimento do metacarpo

do segundo dedo.

6.1 Considerações Finais

Nossa amostra, apesar de conter um número considerável de

indivíduos, apresenta variação dentro dos grupos, o que provavelmente pode

ter atrapalhado na média das idades cronológicas, pois o nível de maturação é

significativamente importante (maturação avançada, média, ou atrasada),

sendo esta uma das impropriedades deste método, devido aos seus intervalos

91

longos que variam de 3 até 14 meses entre um e outro. De acordo com o

resultado obtido, na regressão múltipla da idade cronológica, junto com as

proporções ,APAH ,

APH ,

APPH ,

HAH

PHH e ,

PHAH encaixaram-se no modelo para

gênero feminino apenas AP3AH3 . As demais relações não são significantes e a

correlação é muito baixa. Para meninos, todas as variáveis entraram no

modelo, mas mesmo assim não é significativa.

O fato de a altura corporal estar relacionada com a altura da vértebra

(HELLSING, 1991; SATO et al., 1996; FRANCHI; BACCETTI; McNAMARA JR.,

2000), pode ter influência no resultado final. Observou-se que a altura anterior

(AH3) da terceira vértebra cervical provoca grandes variações no resultado final

da equação proposta.

As diferenças entre os resultados deste estudo e os estudos de

comparação informados podem ser esperadas pela razão do uso de eventos

de ossificação do indivíduo ser limitado no prognóstico do esforço de

crescimento púbere. Estudos futuros sobre a maturação do esqueleto devem

levar este fator em consideração.

92

7 CONCLUSÃO

93

7 CONCLUSÃO

Após a aplicação da metodologia adotada, concluiu-se que:

• A fórmula de regressão múltipla não foi aplicável à amostra avaliada,

devendo ser individualizada segundo a composição racial.

• Para o gênero feminino, não existiu diferença significativa entre a idade das

vértebras e a GP; e, no gênero masculino, houve diferença entre a idade

vertebral e as demais.

• O resultado das proporções ,APAH ,

PHH ,

APPH

HAH e ,

PHAH mostrou-se

semelhante ao resultado obtido por Mito, Sato e Mitani (2002), para o

gênero feminino; para o masculino não verificou-se parâmetro de

comparação.

• Das características morfológicas das vértebras cervicais com o carpo; foi

observada uma maior correlação entre a morfologia das vértebras com o

comprimento do metacarpo do segundo dedo.

94

REFERÊNCIAS

95

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WOLF-HEIDEGGER, G. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1974.

101

ANEXOS

102

ANEXO 1

103

ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado (a) Senhor (a)

O motivo do presente é esclarecer e solicitar o consentimento para que

seu filho participe de um estudo desenvolvido pelo curso de Pós-Graduação nível de Mestrado em Ortodontia, da UNIMAR Universidade de Marilia.

O estudo será realizado pela cirurgiã dentista, especialista e mestranda em Ortodontia Marcia Regina M. Ferreira Marques, CROSP- 33954 sob a orientação do Prof. Dr. Acácio Fuziy.

O objetivo do presente estudo é estabelecer através de radiografias em norma lateral, radiografias carpais e índice de massa corporal, um índice de maturação óssea individualizando para os padrões locais em um grupo de crianças com ambos os sexos e idade entre 8 e 16 anos.

Consinto que todas as informações obtidas neste estudo possam ser publicadas com finalidade cientifica, mantendo-se sigilo pessoal, ou seja, os nomes das pessoas envolvidas não serão divulgados a qualquer momento.

O estudo será feito através de tomada radiográfica em norma lateral que será realizada no CDO, Centro de Documentação Odontológica, situado na Rua: Rio de Janeiro, 935; na cidade de Ourinhos com o telefone: (xx14) 3322 1028, o qual não apresenta risco de qualquer natureza para os participantes; como também o estudo não trará ônus de qualquer espécie aos mesmos.

Os indivíduos receberão, após a avaliação do Rx executado, um estudo a respeito de sua idade óssea, bem como seu estágio na curva de crescimento e o IMC (Índice de Massa Corporal).

Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido pelo pesquisador, autorizo meu filho a participar do presente projeto em questão, por livre vontade sem que tenha sido submetido a qualquer tipo de pressão e que a participação é voluntária não havendo remuneração de qualquer natureza.

Nome do Responsável: ________________________________data________

RG. _______________Assinatura:___________________________________

Nome da Criança: ________________________________________________

Endereço: ______________________________________________________

Telefone: ___________Data nasc.__/__/_____Local de nasc._____________

Série:________Escola:____________________________________________ Filiação: Pai__________________________________

Mãe__________________________________

Origem Ancestral: Paterno: ________________Materno: _______________

104

ANEXO 3

105

ANEXO 4

ILUSTRÍSSIMA SENHORA MARIA REGINA PEREIRA DE ARAUJO

DD. DIRIGENTE REGIONAL DE ENSINO DE OURINHOS-SP.

MARCIA REGINA MARTINS FERREIRA

MARQUES, brasileira, casada, cirurgiã dentista, residente e domiciliada na Rua

Dr. Júlio Prestes, n º490, na cidade de Ibirarema, Estado de São Paulo, vem,

mui respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, expor e requerer o quanto

segue:

A requerente é aluna regularmente matriculada

no Programa de pós-graduação em Clínica Odontológica, área de concentração

em “ORTODONTIA”, em Nível de Mestrado na Universidade de Marília /

UNIMAR, conforme se comprova pelo anexo documento.

No referido curso a requerente terá que realizar

um estudo cujo objetivo é estabelecer através de radiografias em norma lateral,

radiografias carpais e medidas de peso e altura, um índice de maturação óssea

individualizando para os padrões locais.

106

Contudo, para que a mesma possa realizar o

estudo de Avaliação da idade óssea, estatura e peso, necessita da participação

de um grupo de crianças com ambos os sexos e idade entre 8 a 16 anos.

Ademais, cabe esclarecer que as crianças não

terão qualquer risco ou desconforto, bem como que todas as informações

obtidas neste estudo pó der ser publicadas com finalidade científica, mantendo-

se o sigilo pessoal, ou seja, os nomes das pessoas envolvidas não serão

divulgados a qualquer momento.

Além do que, as crianças que participarem

receberão, após a avaliação do RX executado, um estudo a respeito de sua

idade óssea, bem como seu estágio na curva de crescimento.

Face ao exposto, respeitosamente requer a

Vossa Senhoria, autorização para que alunos da Diretoria Regional de Ensino

de Ourinhos, mediante autorização dos pais ou responsáveis, participem do

referido estudo.

Termos em que, Pede Deferimento. Ibirarema, 01 de Março de 2006.

MARCIA REGINA MARTINS FERREIRA MARQUES

CROSP Nº 33945

107

ANEXO 5

Teste Dallberg

Medida Antes Depois p-valor

PH3 10,66 ± 2,32 10,97 ± 2,32 1,96248E-10 AH3 8,37 ± 2,51 8,58 ± 2,50 0,000143 H3 9,05±1,72 9,62±2,17 3.52E-O9 AP3 13,39 ± 1,41 13,54 ± 1,42 3,93E-06 PH4 10,57 ± 2,00 10,76 ± 2,08 7,11E-06 AH4 7,96 ± 1,84 8,31 ± 1,93 3,72E-11 H4 8,77 ± 1,56 9,24 ± 1,93 1,44E-08 AP4 13,27 ± 1,35 13,05 ± 1,90 0,103633

108

AUTORIZAÇÃO PARA REPRODUÇÃO

Eu Marcia Regina Martins Ferreira Marques, autora da Dissertação

intitulada "Estudo comparativo da idade óssea em radiografias carpais e maturação das vértebras cervicais em telerradiografias em norma lateral" apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em

Clínica Odontológica, em 26 de abril de 2007, autorizo a reprodução desta obra

a partir do prazo abaixo estabelecido, desde que seja citada a fonte.

(X) após 6 meses da defesa pública

( ) após 12 meses da defesa pública

Marília, ____ de _____________ de 2007

_____________________________________ assinatura