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Estudo da aplicabilidade do concreto poroso asfáltico: uma
revisão
Douglas Leonardo Rodrigues Terra
Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
(CEUNIH), [email protected]
Thalita Fernanda da Costa
Graduanda em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
(CEUNIH), [email protected]
Lucas Paglioni Pataro Faria
Doutor em Engenharia Mecânica (UFMG), docente do Centro Universitário Metodista Izabela
Hendrix (CEUNIH), [email protected]
Geraldo Magela Perdigão Diz Ramos
Mestre em Administração (FNH), docente do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
(CEUNIH), [email protected]
Resumo A impermeabilização do solo decorrente da ocupação urbana é um dos fatores que resultam
no aumento das enchentes. O método tradicional de drenagem urbana, visa drenar as águas de
precipitações com rapidez para jusante, aumentando assim sua velocidade e o risco de
catástrofe. Tendo em vista uma abordagem sustentável, o concreto poroso asfáltico pode ser
uma alternativa para retardar a velocidade do escoamento por meio da infiltração. Neste
contexto, os pavimentos permeáveis têm se tornado um elemento de papel fundamental por
reduzirem volumes de escoamento superficial. No presente estudo realizado por meio de
análise bibliográfica, apresentam-se os aspectos de permeabilidade e resistência mecânica das
misturas asfálticas CAP 50/60 + 2% Polímeros Eastman EE-2, CAP 20 + 15% de borracha
moída de pneus, CAP 50/60 + 0,3% Fibras de celulose e CAP 20 + 4% Polímeros SBS a fim
de buscar uma alternativa de mistura com maiores níveis desses aspectos onde se possa
utilizar essa mistura final em locais onde haja tráfego pesado. Viu-se que a mistura com
ligante modificado por fibras de celulose, pode ser a alternativa mais próxima do objetivo
deste trabalho. Porém, a mesma precisa ser novamente analisada em laboratório, testando
índices diferentes de quantidade de fibras, teor ótimo de ligantes e quantidade de agregados
para obter resultados de resistência mecânica satisfatórios.
Palavras chave: Concreto poroso asfáltico. Permeabilidade. Resistência mecânica. Drenagem
urbana.
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1 Introdução
O grande crescimento das cidades, a ocupação irregular das margens dos córregos e rios, a
impermeabilidade do pavimento convencional e eventos de um volume alto de precipitação
inesperado, contribuem significativamente para a incidência de enchentes nos centros urbanos
e arredores (BATEZINI, 2013).
Segundo Carvalho (2015), o concreto poroso asfáltico possui grande quantidade de vazios,
diferente dos comumente utilizados, assim permite a infiltração da água na sua superfície
colaborando para a diminuição do volume de escoamento superficial e a probabilidade de
ocorrência de enchentes.
Nos concretos asfálticos tradicionais, o projeto deve garantir a maior impermeabilidade
possível, pois, a infiltração de água gera patologias nas camadas do pavimento que podem
sofrer consequências como fissuração e trincas (SUZUKI et al., 2013).
Lorenzi et al. (2015) afirmam que a resistência mecânica do concreto poroso asfáltico, é
menor em relação ao concreto asfáltico convencional devido a sua alta porosidade (maior
número de vazios). Por essa razão, seu uso é muitas vezes limitado a áreas de tráfego leve ou
pouco intenso.
De forma geral, os pavimentos permeáveis, com seus respectivos dispositivos de infiltração,
possuem certas vantagens em relação aos demais sistemas de drenagem como por exemplo a
construção do dispositivo ser rápida, custo de manutenção em sua vida útil menor do que os
sistemas convencionais de drenagem, não havendo rede de drenagem a absorção possibilitada
pelo concreto poroso asfáltico ajuda no escoamento, entre outras (SUZUKI et al., 2013).
Ainda Suzuki et al. (2013), destaca também as desvantagens deste tipo de revestimento
asfáltico que podem restringir seu uso em situações como: regiões de clima frio, regiões
áridas, regiões com altas taxas de erosão, tráfego pesado e áreas de recarga de aquíferos
elevados.
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Em relação à drenagem de águas pluviais as soluções tradicionais, aplicadas atualmente, estão
voltadas para a canalização do escoamento. Os métodos mais utilizados consistem na
construção de galerias subterrâneas e intervenções como o revestimento de rios. As limitações
do uso dos sistemas tradicionais de drenagem de águas pluviais foram evidenciadas através do
crescimento acelerado da urbanização, observado em todo mundo. Estas soluções não são
sustentáveis e atuam apenas no sentido de encaminhar a cheia para jusante, sem a solução
definitiva para o problema de inundações, estudos práticos demonstraram estes fatos (SILVA,
2006).
Soluções alternativas vêm sendo desenvolvidas com o conceito oposto de evacuação rápida
das águas pluviais, sugerido pelas soluções tradicionais, ao invés disso, procuram equilibrar
as consequências da urbanização sobre o escoamento superficial, de maneira a recuperar as
condições de pré-urbanização. As soluções alternativas têm como características o
favorecimento a detenção superficial e a infiltração da água pluvial, combinada muitas vezes
com processos de armazenamento temporário. As práticas mais difundidas, dentre as soluções
alternativas, são as bacias de detenção, os dispositivos de infiltração e o uso de revestimentos
asfálticos permeáveis (SILVA, 2006).
Diante da necessidade da busca de alternativas para minimizar os efeitos das enchentes locais
onde as vias são impermeáveis, torna-se essencial o desenvolvimento de pesquisas que
envolvam novas tecnologias visando a pavimentação drenante. Além do benefício para a
drenagem urbana, pode-se destacar a necessidade do estudo da resistência mecânica do
concreto poroso asfáltico, que por ser baixa, atualmente é aplicado apenas em locais de pouco
tráfego como estacionamentos, calçadas, ciclovias entre outros. Portanto, considera-se este
estudo relevante para o campo da engenharia hidráulica a fim de buscar a aplicação do
concreto poroso asfáltico em vias onde o tráfego de veículos é constante e necessita de um
revestimento asfáltico de alta resistência, onde o objeto do estudo ainda não é compatível.
Baseado no histórico das constantes enchentes e má condição de permeabilidade das vias de
tráfego pretende-se avaliar por meio da revisão de literatura, a possibilidade da aplicabilidade
do concreto poroso asfáltico em locais onde haja tráfego constante de veículos.
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2 Referencial teórico
2.1 Revestimento asfáltico e pavimento
Segundo Alencar (2005), o asfalto é a camada que fica visível, é o revestimento do
pavimento, onde se dá a camada de desgaste no atrito do veículo com a mesma. Tal mistura,
empregada na pavimentação, é geralmente constituída de três principais componentes: o
agregado (areia, pedra, brita, escória); a carga (materiais finamente divididos, não plásticos
tais como: cimento, cal, calcário), e o CAP- Cimento Asfáltico de Petróleo, usado como
ligante dos agregados minerais, que é o resultado da destilação de tipos específicos de
petróleo, onde pequenas frações de gasolina, diesel e querosene, são retirados no refino.
A capa de rolamento, que consiste em uma camada, tanto quanto possível impermeável, que
recebe diretamente a ação do tráfego, é destinada a melhorar a superfície de rolamento quanto
às condições de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste (SENÇO, 1997).
De acordo com a NBR 7207- Terminologia e classificação de Pavimentação, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas, pavimento é a estrutura que resiste e distribui à camada de
subleito, as cargas produzidas pelo tráfego. Por meio de sua camada de rolamento promove
segurança e comodidade aos usuários e resiste também aos esforços horizontais que incidem
sobre a camada de rolamento (ABNT, 1982).
2.2 Tipos de pavimentos mais utilizados
2.2.1 Pavimento flexível
Segundo a NBR 7207 os pavimentos flexíveis são constituídos por camadas que não
trabalham à tração, exceção feita ao revestimento que pode ou não suportar esse tipo de
esforço. Normalmente são constituídos de revestimento betuminoso delgado sobre camadas
puramente granulares. A capacidade de suporte é função das características de distribuição de
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cargas por um sistema de camadas superpostas, onde as mais resistentes encontram-se na
parte superior da estrutura (ABNT, 1982).
Para o DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, pavimento flexível é
aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento
aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as
camadas. Ainda o DNIT, afirma que um exemplo típico é “um pavimento constituído por uma
base de brita (brita graduada ou macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso, revestida
por uma camada asfáltica. ” (DNIT, 2006).
2.2.2 Pavimento Rígido
DNIT (2006) classifica o pavimento rígido como:
Pavimento rígido é aquele em que o revestimento tem uma elevada rigidez em
relação às camadas inferiores, portanto, absorve praticamente todas as tensões
provenientes do carregamento aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por
lajes de concreto de Cimento Portland1.
O concreto é constituído por uma mistura relativamente rica de cimento Portland, areia,
agregado graúdo e água, distribuído numa camada devidamente adensada, essa camada
funciona ao mesmo tempo como revestimento e base do pavimento (DNIT, 2006).
A NBR 7583- Execução de pavimentos de concreto simples por meio mecânico classifica:
Pavimento de concreto de cimento Portland no qual as tensões solicitantes são
combatidas tão somente pelo próprio concreto, e que não contém nenhum tipo de
armadura distribuída, não se considerando como armadura netse caso, eventuais
sistemas de ligação ou de transmissão de carga entre as placas formadas pelas juntas
longitudinais e transversais (ABNT,1986).
1 Cimento Portland é a denominação convencionada mundialmente para o material usualmente conhecido na
construção civil como cimento. É chamado de Portland pois, em 1824, o construtor Joseph Aspdin na ilha de
Portland - Inglaterra, patenteou esse nome pelo resultado de sua invenção (ABCP, 2002).
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2.3 A água no pavimento
Conforme Suzuki et al. (2013), água no pavimento pode ser decorrente de infiltrações
superficiais devido às juntas, trincas, bordos dos acostamentos e outros tipos de defeitos na
superfície que podem facilitar o ingresso da água no interior de sua estrutura. A água pode
subir por percolação2 do nível freático elevado ou entrar lateralmente pelos bordos do
pavimento e valetas dos acostamentos.
Os pontos críticos de infiltração dos pavimentos flexíveis, ocorrem principalmente nas juntas
de construção da camada de revestimento e nas trincas que surgem ao longo da vida útil do
pavimento ocasionando como por exemplo, o trincamento excessivo. As trincas, as juntas
longitudinais e transversais, são os maiores responsáveis pela infiltração nas placas de
concreto do pavimento rígido. Pela ocorrência desta infiltração, a estrutura do pavimento é
danificada causando a diminuição da resistência dos materiais granulares e do subleito,
formação de degraus pela perda do suporte da fundação e formação de vazios nas camadas de
suporte do pavimento (SUZUKI et al. 2013).
2.4 Concreto asfáltico permeável - um breve histórico
2.4.1 Em outros países
Segundo Tetracon (2015), entre os anos 40 e 50 a França iniciou às primeiras experiências
com concreto asfáltico permeável, com a intenção de desenvolver técnicas que pudessem
devolver ao solo sua capacidade de infiltração. Porém, as primeiras aplicações não foram
bem-sucedidas pois, o betume utilizado não tinha uma trabalhabilidade adequada e não
sustentava as ligações da estrutura. O período pós-guerra ocasionou um grande crescimento
populacional nos centros urbanos, gerando o aumento das superfícies impermeáveis nas
cidades. Diante disso, ao final da década de 70, alguns países como os Estados Unidos, a
França, a Suécia e o Japão, voltaram a se interessar pelo concreto permeável. O pavimento
2 Capacidade do líquido de atravessar um determinado meio; fluir; passar um líquido lentamente, sob pressão,
através de um meio sólido para o filtrar ou para fazer a extração de substâncias desse meio. Disponível em
<http://www.sgrillo.net/sysdyn/bacia.htm>
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permeável em concreto destacou-se em 1978, no projeto de pesquisa desenvolvido na França
pelo “Ministère de l’Equipement” que teve por objetivo desenvolver novas soluções para a
redução dos problemas de inundações, devido à facilidade que este material apresentava para
a integração no ambiente das cidades. No final dos anos 80, o concreto asfáltico permeável
passou a ser produzido de forma industrial em alguns países. No final dos anos 1990 e início
dos anos 2000, o material se firmou como tecnologia construtiva para contribuir para a
drenagem nas grandes cidades, reduzindo o escoamento superficial e, portanto, o risco de
enchentes.
No Japão, o pavimento permeável é integrado a programas que incluem todas as técnicas de
infiltração. Tais técnicas são utilizadas principalmente nos quarteirões das grandes cidades,
em lugares disponíveis e que podem ser inundados, tais como quadras de esporte de
universidades, pátios de escolas. Mais recentemente, outros países têm adotado o controle na
fonte do escoamento superficial como meta para soluções de problemas em drenagem urbana.
Dentre eles a Austrália, que, desde 1996, tem pesquisado as formas de controle na fonte e
incorporado às técnicas de pavimentos permeáveis a diversos projetos de loteamentos
urbanos, áreas industriais e estacionamentos (COMUNITEXTO, 2014).
2.4.2 No Brasil
A utilização do concreto asfáltico permeável como solução para a pavimentação é recente no
Brasil, mas sua utilização vem crescendo ano a ano, já que contribui para que sejam atendidas
as legislações municipais relacionadas à infiltração e à permeabilidade dos terrenos. A
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) desenvolve, desde 2007, pesquisas com
concreto permeável para uso em pavimentação, como solução para os problemas relacionados
à impermeabilização dos solos nos grandes centros urbanos. No ano de 2009, foi
desenvolvido pela Universidade de São Paulo um projeto de pesquisa no qual um
estacionamento de aproximadamente 1600 m² foi pavimentado de um lado com concreto
asfáltico permeável, de outro com blocos intertravados de concreto poroso, demonstrando a
capacidade de absorção destes com relação ao primeiro, e contribuindo para o
desenvolvimento da tecnologia de concreto poroso (TETRACON, 2015).
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No ano de 2015 foi publicada a NBR 16416 - Pavimentos permeáveis de concreto, cujo
objetivo foi estabelecer os requisitos mínimos para projeto, execução e manutenção de
pavimentos de concreto permeável (ABNT, 2015).
2.5 O Concreto Poroso Asfáltico
O concreto poroso asfáltico permite que a água da chuva se infiltre e percole pelas camadas
inferiores, base e sub-base, até ser conduzida ao lençol freático por meio do subleito ou levada
ao sistema de drenagem sendo esta, a etapa final de um sistema de drenagem. No Brasil, tal
tecnologia ainda não está difundida e o material tem sido adotado por construtores para
atender as legislações municipais em relação à infiltração e permeabilidade na pavimentação
de locais com menor tráfego. Com a aplicação deste concreto poroso, é possível ter uma área
que absorva as precipitações, evitando enchentes e realimentando o lençol freático. No Brasil
as peças pré-moldadas de concreto poroso são as mais utilizadas por conta de sua
granulometria. Este material pode ser uma boa opção para obras municipais por ter as funções
de resistir a carga do tráfego e também auxiliar na drenagem urbana por isso, o custo de cada
projeto pode variar de acordo com o que se espera deste concreto (MAZZONETTO, 2011).
Dumke (2005), afirma ser essencial que os concretos asfálticos drenantes possuam a maior
percentagem de vazios comunicantes possível, para que a água possa percolar através da
mistura. Por outro lado, uma grande percentagem de vazios do concreto asfáltico impõe que a
curva granulométrica seja precisa. Com a aplicação de cimento asfáltico apropriado, reduzem-
se os riscos de desagregação e de deformação permanente pela ação da repetição das
solicitações nas trilhas-de-roda, permanecendo íntegro ao longo da vida de serviço.
3 Metodologia
Este trabalho foi executado como uma pesquisa aplicada e exploratória pois, teve a
necessidade de se produzir conhecimento para aplicação de seus resultados, buscando
contribuir para a solução do problema em questão.
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A pesquisa foi realizada com o objetivo de sugerir uma nova mistura asfáltica para que o
concreto poroso asfáltico aumente sua resistência mecânica, mantendo a alta permeabilidade e
possa ser aplicado em vias de tráfego constante assim como os revestimentos asfálticos não
permeáveis.
Para propor tal solução de um concreto poroso asfáltico que seja resistente para aplicação
nessas vias, fez-se necessário definir quais os tipos de concreto asfálticos porosos já existentes
seriam comparados entre si.
Foi realizada uma revisão de literatura utilizando-se de artigos científicos retirados de
repositórios e periódicos diretamente relacionados com a pavimentação datados de 2001 a
2016 onde tratavam com mais clareza deste assunto, normas brasileiras para projeto de
pavimentação, livros que tratavam sobre o dimensionamento de pavimentos e drenagem
urbana do ano de 1978 a 2016 para identificar se, com o passar dos anos os conceitos de
pavimentação foram muito alterados, manuais elaborados por órgãos públicos que mostraram
os conceitos e técnicas de pavimentação, adotando-se como palavras-chave: resistência
mecânica, permeabilidade, deformação, cargas, porosidade, camada de rolamento e tráfego
pesado. Os critérios de inclusão foram as camadas porosas de atrito mais estudadas que
obtiveram resultados consistentes no Brasil, o índice de permeabilidade e a resistência
mecânica de cada uma delas. Foi excluído da comparação, o concreto asfáltico convencional
pois, suas propriedades não podem ser comparadas às propriedades do concreto poroso
asfáltico, objeto de estudo desta pesquisa.
Os aspectos de permeabilidade, diâmetro máximo do agregado, índice de vazios, índice de
vazios comunicantes, teor ótimo de ligante, perdas no ensaio cántabro e tração indireta, de
cada concreto asfáltico poroso escolhido, foram relacionados em uma tabela para expor a
capacidade de cada um.
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Por meio da exposição destes valores, foram identificados os materiais que mais estiveram
relacionados com o aumento da resistência mecânica e da permeabilidade diferentes concretos
asfálticos porosos pesquisados.
Foram comparados os aspectos que garantem a resistência mecânica e a permeabilidade dos
tipos de concretos asfálticos porosos escolhidos. Ao final desta comparação, pôde-se obter
uma combinação dos melhores aspectos destacados nestas misturas asfálticas e a possível
formação de uma mistura asfáltica que tenha maior resistência mecânica mantendo uma boa
permeabilidade. O resultado foi apresentado na forma de gráficos e/ou tabelas.
A metodologia utilizada segue conforme figura 1 apresentada.
Figura 1 – Fluxograma de execução da metodologia.
Fonte: Elaborado pelos autores (2016).
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4 Resultados e discussão
No Brasil, ainda não é consolidado o pavimento drenante porém, é necessário melhorar as
condições de superfície das rodovias, especialmente em locais de pluviosidade elevada. A
aplicação desses pavimentos eleva a qualidade da via para os usuários. E se o Brasil tem
pretensão de se desenvolver, é melhor usar de alternativas que colaborem para o padrão de
qualidade de sua infraestrutura rodoviária, pois não há país desenvolvido que não tenha um
sistema rodoviário de qualidade (MEURER FILHO, 2001).
A DNER- ES 386/99 específica - Pavimentação - pré-misturado a quente com asfalto
polímero - camada porosa de atrito - mistura constituída de agregado, material de enchimento
(filer) e cimento asfáltico de petróleo modificado por polímero do tipo SBS, espalhada e
comprimida a quente. (DNER, 1999).
A seguir, tem-se as especificações para a camada porosa de atrito conforme o Quadro 1.
Quadro 1 - Especificações para camada porosa de atrito.
Fonte: DNER-ES (1999).
Diversos autores pesquisaram sobre o concreto poroso asfáltico, nos termos de seus
agregados, ligantes modificados, resistência mecânica e índices de permeabilidade que
julgaram, segundo as normas e estudos adotados por cada um deles, estarem dentro dos
resultados esperados. Resultados esses, que serviram de base para a pesquisa sobre a proposta
de uma nova mistura que tenha sua resistência elevada mantendo sua permeabilidade, o que
garante ser chamado de asfalto drenante ou poroso. Antes da apresentação dos resultados, fez-
se necessário a explicação dos aspectos de granulometria, ligantes asfálticos e ensaios quanto
a sua importância, para dar mais clareza ao trabalho.
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Sobre a granulometria para misturas asfálticas drenantes observa-se a Figura 2 a seguir.
Figura 2 - Aspectos dos tipos de vazios em seção de um revestimento drenante.
Fonte: Rushmoor B. Council (1998).
Os agregados devem ser de qualidade, pois, estão diretamente ligados à resistência, à
deformação permanente na mistura drenante e ao atrito interno do esqueleto mineral. Os
vazios comunicantes ou eficazes permitem a captação, a percolação e a evacuação da água
superficial para dispositivos de descarga, garantindo a permeabilidade da mistura, reduzindo
ou até eliminando a lâmina d’água sobre o pavimento, durante precipitações. Além dos vazios
comunicantes, existem os vazios semi eficazes que não contribuem para a passagem, mas
permitem o armazenamento da água e os vazios ineficazes que não contribuem para a
passagem nem armazenamento da água. Em estudos realizados por Meurer Filho (2001) e
Dumke (2005), os melhores resultados para o concreto asfáltico drenante foram obtidos com
diâmetro máximo do agregado de 12,5 mm.
Sobre os ligantes asfálticos modificados:
Cimento asfáltico de Petróleo ou CAP é um líquido viscoso, semi-sólido ou sólido, obtido
através de processos de destilação do petróleo. Os asfaltos modificados são uma classe
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especial de ligantes que receberam em sua composição compostos que alteram as suas
propriedades reológicas3. Esses modificadores podem ser minerais, compostos químicos, pó
de borracha ou ainda polímeros elastoméricos tais como o SBS, SBR, EVA entre outros. As
modificações dão aos asfaltos melhores índices de aumento de resistência, aumento de
flexibilidade, retarda o envelhecimento etc. (BETUNEL, 2010).
A resistência de uma mistura asfáltica depende não só do intertravamento e do arranjo dos
agregados mas também da capacidade de coesão do ligante asfáltico. A capacidade do ligante
em aderir à superfície do agregado, ou seja, a adesividade, pode ser melhorada com a
utilização dos melhoradores de adesividade. (MEURER FILHO, 2001).
Sobre os ensaios:
Ensaio de Permeabilidade: Feito por meio de permeâmetro de carga hidráulica variável.
Ensaio Cántabro: DNER-ME 383, apresenta o método pelo qual se determina o desgaste, por
abrasão, de uma mistura betuminosa com asfalto-polímero, com emprego da máquina Los
Angeles - Ensaio Cantabro. (DNER, 1999).
Ensaio de resistência à tração por compressão diametral ou tração indireta: DNER-ME 138,
para determinar a resistência à tração por compressão diametral de misturas betuminosas, de
utilidade para projeto de pavimentos flexíveis. (DNER, 1994)
Neste trabalho estão citadas as misturas asfálticas modificadas por polímeros SBS,
EASTMAN EE-2, fibra de celulose e borracha moída de pneus. Após análise dos dados
literários, obtiveram-se os aspectos das misturas com ligantes modificados. Sendo as três
primeiras, obtidas de Dumke (2005) e a quarta mistura por Meurer Filho (2001), especificados
na Tabela 1.
3 Relativo a reologia, ramo da mecânica dos fluidos que estuda propriedades físicas que influenciam o transporte
de quantidade de movimento num fluido. Disponível em <http://www.malvern.com/br/products/measurement-
type/rheology-viscosity/>
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Tabela 1 - Misturas asfálticas drenantes e suas características.
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Todos os dados relacionados aos ensaios foram retirados dos resultados dos ensaios realizados
em laboratório por Meurer Filho (2001) e Dumke (2005).
A determinação dos valores do teor ótimo de ligante para cada mistura foram adotados
seguindo os resultados dos ensaios que apresentaram menores perdas cántabro e altos índices
de vazios, vazios comunicantes e permeabilidade, para todas as misturas os melhores
resultados foram com o tamanho máximo do agregado de 12,5mm. (DUMKE,2005)
Todos os gráficos foram gerados a partir da relação do teor ótimo com os principais aspectos
relacionados à permeabilidade e resistência, segundo os ensaios realizados por Dumke (2005).
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Gráfico 1 - Vazios x teor ótimo de ligante.
Fonte: Elaborado pelos autores. (2017)
No Gráfico 1, os valores do índice de vazios das misturas asfálticas analisadas se mantiveram
dentro do que é determinado pela especificação do DNER-ES 386/99. Como visto nos estudos
realizados por Dumke (2005), a mistura asfáltica com o ligante modificado com borracha
moída de pneus, apresentou o menor índice de vazios. Isso se deve ao fato do teor de ligante
ser maior, no caso 5%, e assim ocupa um espaço maior entre os vazios. No caso dos menores
teores aplicados neste estudo, 4%, o espaço entre os vazios foi maior ocasionando maior
permeabilidade.
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Gráfico 2 - Vazios comunicantes x teor ótimo de ligante
Fonte: Elaborado pelos autores. (2017)
No Gráfico 2, nota-se também que há interferência da quantidade de ligante adicionado à
mistura. Essa maior adição de ligante, faz com que os espaços vazios entre os granulares
sejam ocupados, impedindo a passagem da água, consequentemente, diminuindo a
permeabilidade como é demonstrado no gráfico 3. A mistura com os ligantes modificados
pelos polímeros Eastman EE-2, apresentam vazios comunicantes numa situação intermediária
e a adição de fibras de celulose aumentou a porcentagem de vazios comunicantes.
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Gráfico 3 - Permeabilidade x teor ótimo de ligante
Fonte: Elaborado pelos autores. (2017)
Os valores de permeabilidade da mistura asfáltica drenante modificada com borracha moída
de pneu, notavelmente mais baixos, podem estar relacionados ao escorrimento do ligante para
a camada inferior, isso ocorreu pelo fato da permeabilidade ser medida na direção vertical.
Quando comparado as granulometrias com tamanho máximo do agregado de 9,50mm e
12,50mm, a granulometria de 12,50mm apresentou valores de permeabilidade maiores que a
granulometria de 9,50mm, isso devido ao aumento dos vazios intergranulares nas misturas,
com o aumento do tamanho máximo do agregado. Portanto, foi feita a escolha para este
estudo da granulometria de 12,50mm.
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Gráfico 4 - Perdas ensaio cantabro x teor ótimo de ligante
Fonte: Elaborado pelos autores. (2017)
Nos estudos realizados por Meurer Filho (2001) e Dumke (2005), observa-se que com o
aumento do teor de ligante asfáltico há uma tendência de diminuição das perdas no ensaio
Cántabro. Os autores afirmam que com o aumento do tamanho máximo dos agregados há uma
tendência das perdas no ensaio Cántabro aumentarem. Nota-se que entre as misturas asfálticas
drenantes analisadas, as únicas que se mantiveram abaixo dos 25%, que é exigido pelas
especificações do DNER 386/99 foram, CAP 50/60 + 0,3% Fibras de celulose e CAP 20 + 4%
Polímeros SBS.
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5 Conclusão e proposta
Verificou-se nesse artigo, a possibilidade de se sugerir uma nova mistura asfáltica porosa que
tenha seus níveis de resistência elevados. Os resultados dos estudos realizados por Meurer
Filho (2001) e Dumke (2005), demonstraram que os parâmetros referentes à permeabilidade;
resistência mecânica; índice de vazios; vazios comunicantes e perdas cántabro, estão
diretamente relacionados com o tipo de modificador, teor ótimo de ligante e granulometria
dos agregados utilizados nas misturas asfálticas drenantes. Após análise dos dados, percebeu-
se que nenhuma das quatro misturas asfálticas estudadas, atende em 100% os parâmetros
adotados na especificação DNER-ES 386/99. Para as misturas asfálticas porosas modificadas
por polímeros Eastman EE-2, borracha moída de pneus e fibras de celulose, todas elas tiveram
resultados acima de 10%, o máximo especificado, para a deformação permanente, em
contrapartida, a deformação permanente da mistura asfáltica porosa modificada por polímeros
SBS, atingiram valores menores, atendendo a especificação estabelecida pela norma AFNOR-
NF-P-98-253-1 (1993). Porém, algumas delas, apontam o caminho para a sugestão de uma
nova mistura asfáltica porosa que possa ter sua resistência mecânica aumentada, mantendo as
características drenantes.
Diante das características apresentadas de cada mistura, notou-se que a mistura CAP 50/60 +
0,3% de Fibras de celulose, apresentou melhores resultados em comparação com os
parâmetros estabelecidos na especificação DNER-ES 386/99. Com um teor ótimo de ligante
intermediário, conseguiu atingir bons níveis de permeabilidade, índice de vazios, vazios
comunicantes, ficando abaixo apenas no quesito tração indireta (resistência à tração por
compressão diametral a 25° C). Para a mistura CAP 20 + 4% de Polímeros SBS, não foi
encontrado o valor da resistência mecânica, mas a mesma indica que há uma boa relação de
permeabilidade e perdas no ensaio cántabro, para o teor de 4% deste polímero. Para a mistura
CAP 20 + 15% de borracha moída de pneus, nota-se que um pouco mais de ligante na
mistura, não é bom para a permeabilidade pois a mesma se incorpora ao agregado e ocupa
maior espaço entre eles.
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A concepção de uma nova mistura asfáltica porosa com resistência elevada para locais onde
haja tráfego constante de veículos, passa pela incessante busca pelo equilíbrio entre o teor
ótimo e qual tipo de modificador é o melhor e sua quantidade na mistura. Como já visto, o
agregado, em sua granulometria, também tem muita importância para encontrar o ponto ideal
para que a mistura atenda os parâmetros normativos. Neste estudo não foi possível sugerir
com clareza uma nova mistura asfáltica porosa que atenda todos os níveis exigidos pois para
cada mistura analisada, tem-se de forma muito particular, os teores de ligante na massa da
mistura.
Portanto, o que se pode propor para análise futura, é que a mistura com ligante modificado
por fibras de celulose seja avaliada mais a fundo em laboratório, analisando qual é o melhor
tamanho das fibras a se utilizar, qual a quantidade adequada dessas fibras, o valor ideal de
teor ótimo de ligante na mistura, para que assim, seja atendido o parâmetro da resistência
mecânica conforme a norma e daí surgirem novas propostas de um concreto poroso asfáltico
de maior resistência mecânica e boa permeabilidade.
Study of the applicability of asphalt porous concrete in urban centers: a review
Abstract
The waterproofing of the soil due to the urban occupation is one of the means that results in
the increase of the floods. The traditional means of urban drainage, aims to drain the water of
precipitations quickly downstream, thus increasing its speed and the risk of catastrophe. In
view of a sustainable approach, porous asphalt concrete may be an alternative to slow the
flow rate through infiltration. In this context, permeable floorings have become a key element
of paper by reducing volumes of surface runoff. In the present study, the permeability and
mechanical strength aspects of the asphalt mixtures CAP 50/60 + 2% are presented in the
present study. The materials are: Eastman EE-2 Polymers, CAP 20 + 15% 60 + 0.3%
Cellulose fibers and CAP 20 + 4% SBS polymers in order to seek a mixing alternative with
higher levels of these aspects where this final blend can be used in places where there is
heavy traffic. It has been seen that the blend with binder modified by cellulose fibers, may be
the closest alternative to the purpose of this work. However, it needs to be analyzed again in
the laboratory, testing different indexes of fiber quantity, optimal content of aggregate
binders to obtain satisfactory mechanical resistance results.
Keywords: Asphalt porous concrete. Permeability. Mechanical resistanc. Urban drainage.
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Recebido em: 04/06/2017 - Aprovado em: 11/12/2017 - Disponibilizado em: 19/12/2017