Estudo da UCoimbra sobre violencia domestica

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Campus ACTUALIDADE » MINHO TEM PATEN- TE DE SISTEMA INO- VADOR DE RAIOS-X ‘Matriz de Imagem de raios-X com guias de luz e sensores de pixel inteligentes’. Foi com esta técnica inovadora que a Uni- versidade do Minho aumentou o seu portfólio de tecnologias patenteadas, após um projecto de investigação liderado pelos professores Gerardo Rocha e Senentxu Lanceros-Méndez, dos Departamentos de Electrónica Industrial e Física, respectivamente. Patenteado a 8 de Janeiro, este sistema de raios-X digital, particularmente apropriado para radiografia dental, pro- porciona uma maior portabili- dade, alta resolução espacial, sensibilidade melhorada, significativa redução da dose de operação e redução dos custos de produção. A VIOLÊNCIA INFANTIL EM AMBIENTE FAMILIAR É PROPORCIONALMENTE MAIS FREQUENTE EM FAMÍLIAS RECONSTRUÍDAS DO QUE EM FAMÍLIAS NUCLEARES, O AGRESSOR TENDE A SER DO SEXO MASCULINO E A FORMA DE VIOLÊNCIA MAIS PRATICADA É A SEXUAL. SÃO AS CONCLUSÕES DO ESTUDO ‘CINDERELA: DO CONTO DE FADAS À REALIDADE. PERSPECTIVA SOBRE OS MAUS-TRATOS INFANTIS’, EFECTUADO PELA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. » Andreia Arenga [email protected] Coordenado pelo investi- gador Paulo Gama Mota, o estudo teve como objectivo fundamental testar os mo- delos evolutivos para explicar algumas características de situações de violência sobre as crianças em Portugal. A amostra incluiu 100 crianças e jovens vítimas de maus-tratos diagnosticadas no Instituto de Medicina Legal de Coimbra du- rante 2002 e 2003 com idades compreendidas entre os zero e os 16 anos. No entanto, não foi uma pesquisa fácil. «Ape- sar das vertentes psicológicas, sociológicas e económicas co- nhecidas, o fenómeno é difícil de caracterizar. A natureza confidencial dos processos e a burocracia no acesso aos dados, impediram a obten- ção de quaisquer dados junto das comissões de protecção de menores», lamenta Paulo Gama Mota. FAMÍLIAS RECONSTRUÍDAS SÃO AS MAIS ATINGIDAS É uma das conclusões do es- tudo. A violência sobre crian- ças é mais frequente em fa- mílias reconstruídas. Porquê? «A explicação mais plausível parece residir na ausência de vinculação biológica de um dos adultos. Isso não quer dizer que não se possa desenvolver afecto nestas condições, mas apenas que o risco é maior», justifica o investigador. RAPARIGAS SÃO AS MAIORES VÍTIMAS As raparigas são as mais atingidas por este fenómeno com uma taxa de 67 por cen- to contra 33 por cento dos rapazes. Quanto a idades, o estudo mostra que os maus- -tratos tendem a verificar-se em todas as idades, embora se registe um maior número de casos na faixa dos 10 aos 16 anos, seguindo-se as crian- ças entre os 6 e os 9 anos. O estudo revela que os abusos mais frequentes são de tipo 3, que inclui fracturas, queima- duras, abuso sexual, rejeição e abandono. ESTUDO. RISCO DE VIOLÊNCIA INFANTIL É MAIOR EM FAMÍLIAS RECONSTRUÍDAS » FENPROF PROPÕE REVOGAR PROVA DE INGRESSO NA CARREIRA A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) propôs ao Governo a eliminação da prova de ingresso na profissão, pre- vista no Estatuto da Carreira Docente, alegando que a mesma representa uma «desconfiança» na formação ministrada pelas universidades. Segundo a Fenprof, aquela prova constitui-se como um «mecanismo de selecção cuja legalidade é duvidosa», por não estar prevista na Lei de Bases do Sistema Educativo. » POLITÉCNICO DE LEIRIA ELEGE PRESIDENTE DO CONSELHO Jorge Carvalho Arroteia, Professor Catedrático da Universidade de Aveiro, aposentado, foi eleito presidente do Conselho Geral do Ins- tituto Politécnico de Leiria. Para além da docência e da investiga- ção, o professor tem participado em órgãos científicos e de gestão de diversas instituições de ensino superior universitário e politéc- nico. Também desempenhou funções de direcção no Ministério da Educação e Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Cinderela com final feliz é conto PUB

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FAMÍLIAS RECONSTRUÍDAS SÃO AS MAIS ATINGIDAS É uma das conclusões do es- 16 anos, seguindo-se as crian- ças entre os 6 e os 9 anos. O estudo revela que os abusos mais frequentes são de tipo 3, que inclui fracturas, queima- duras, abuso sexual, rejeição e abandono. to contra 33 por cento dos rapazes. Quanto a idades, o estudo mostra que os maus- -tratos tendem a verificar-se em todas as idades, embora se registe um maior número de casos na faixa dos 10 aos » Andreia Arenga PUB

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Campus ACTUALIDADE

» MINHO TEM PATEN-TE DE SISTEMA INO-VADOR DE RAIOS-X

‘Matriz de Imagem de raios-X com guias de luz e sensores de pixel inteligentes’. Foi com esta técnica inovadora que a Uni-versidade do Minho aumentou o seu portfólio de tecnologias patenteadas, após um projecto de investigação liderado pelos professores Gerardo Rocha e Senentxu Lanceros-Méndez, dos Departamentos de Electrónica Industrial e Física, respectivamente.Patenteado a 8 de Janeiro, este sistema de raios-X digital, particularmente apropriado para radiografi a dental, pro-porciona uma maior portabili-dade, alta resolução espacial, sensibilidade melhorada, signifi cativa redução da dose de operação e redução dos custos de produção.

A VIOLÊNCIA INFANTIL EM AMBIENTE FAMILIAR É PROPORCIONALMENTE MAIS FREQUENTE EM FAMÍLIAS RECONSTRUÍDAS DO QUE EM FAMÍLIAS NUCLEARES, O AGRESSOR TENDE A SER DO SEXO MASCULINO E A FORMA DE VIOLÊNCIA MAIS PRATICADA É A SEXUAL. SÃO AS CONCLUSÕES DO ESTUDO ‘CINDERELA: DO CONTO DE FADAS À REALIDADE. PERSPECTIVA SOBRE OS MAUS-TRATOS INFANTIS’, EFECTUADO PELA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA.

» Andreia Arenga

[email protected]

Coordenado pelo investi-gador Paulo Gama Mota, o estudo teve como objectivo fundamental testar os mo-delos evolutivos para explicar algumas características de situações de violência sobre as crianças em Portugal. A amostra incluiu 100 crianças e jovens vítimas de maus-tratos diagnosticadas no Instituto de Medicina Legal de Coimbra du-rante 2002 e 2003 com idades compreendidas entre os zero

e os 16 anos. No entanto, não foi uma pesquisa fácil. «Ape-sar das vertentes psicológicas, sociológicas e económicas co-nhecidas, o fenómeno é difícil de caracterizar. A natureza confi dencial dos processos e a burocracia no acesso aos dados, impediram a obten-ção de quaisquer dados junto das comissões de protecção de menores», lamenta Paulo Gama Mota.

FAMÍLIAS RECONSTRUÍDAS SÃO AS MAIS ATINGIDAS

É uma das conclusões do es-

tudo. A violência sobre crian-ças é mais frequente em fa-mílias reconstruídas. Porquê? «A explicação mais plausível parece residir na ausência de vinculação biológica de um dos adultos. Isso não quer dizer que não se possa desenvolver afecto nestas condições, mas apenas que o risco é maior», justifi ca o investigador.

RAPARIGAS SÃO AS MAIORES VÍTIMAS

As raparigas são as mais atingidas por este fenómeno com uma taxa de 67 por cen-

to contra 33 por cento dos rapazes. Quanto a idades, o estudo mostra que os maus--tratos tendem a verifi car-se em todas as idades, embora se registe um maior número de casos na faixa dos 10 aos

16 anos, seguindo-se as crian-ças entre os 6 e os 9 anos. O estudo revela que os abusos mais frequentes são de tipo 3, que inclui fracturas, queima-duras, abuso sexual, rejeição e abandono.

ESTUDO. RISCO DE VIOLÊNCIA INFANTIL É MAIOR EM FAMÍLIAS RECONSTRUÍDAS

» FENPROF PROPÕE REVOGAR PROVADE INGRESSO NA CARREIRAA Federação Nacional dos Professores (Fenprof) propôs ao Governo a eliminação da prova de ingresso na profi ssão, pre-vista no Estatuto da Carreira Docente, alegando que a mesma representa uma «desconfi ança» na formação ministrada pelas universidades. Segundo a Fenprof, aquela prova constitui-se como um «mecanismo de selecção cuja legalidade é duvidosa», por não estar prevista na Lei de Bases do Sistema Educativo.

» POLITÉCNICO DE LEIRIA ELEGE PRESIDENTE DO CONSELHOJorge Carvalho Arroteia, Professor Catedrático da Universidade de Aveiro, aposentado, foi eleito presidente do Conselho Geral do Ins-tituto Politécnico de Leiria. Para além da docência e da investiga-ção, o professor tem participado em órgãos científi cos e de gestão de diversas instituições de ensino superior universitário e politéc-nico. Também desempenhou funções de direcção no Ministério da Educação e Ministério da Ciência e do Ensino Superior.

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