ESTUDO DA VIABILIDADE DE UMA CÉLULA DE SOLDA MIG ROBOTIZADA
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Relatrio Estgio Curricular Supervisionado
ESTUDO DA VIABILIDADE DE UMA CLULA DE SOLDA
MIG ROBOTIZADA
Juliano Reis Pereira
Engenharia Mecnica
Horizontina RS 2008
-
JULIANO REIS PEREIRA
ESTUDO DA VIABILIDADE DE UMA CLULA DE SOLDA
MIG ROBOTIZADA
Orientador: Prof. Jos Antonio Sala, Me.
Horizontina RS 2008
-
FACULDADE HORIZONTINA FAHOR
ENGENHARIA MECNICA
A comisso examinadora, abaixo assinada,
aprova o relatrio de estgio supervisionado
ESTUDO DA VIABILIDADE DE UMA CLULA DE SOLDA
MIG ROBOTIZADA MIG
Juliano Reis Pereira
COMISSO EXAMINADORA:
Jos Antonio Sala, Me. Orientador / FAHOR
Valdir Blico Arajo,Dr. FAHOR
Vanderlei Eckhardt, Me.
FAHOR
Horizontina RS 2008
-
DEDICATRIA
Dedico a meus pais, esposa e filha que me
acompanharam durante a graduao,
auxiliando de todas as maneiras, dando total
apoio nas horas difceis, sacrificando muitas
coisas para que eu obtivesse sucesso.
-
AGRADECIMENTO
Durante minha graduao teria inmeras
pessoas a agradecer, mas agradeo
primeiramente a Deus que iluminou esta
caminhada, aos meus colegas da Metalrgica
Netz, que durante este perodo compartilharam
os seus conhecimentos, aos professores em
especial ao orientador Jos Antonio Sala e
Vanderlei Eckhardt que me auxiliaram durante
o estgio.
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RESUMO
Este relatrio apresenta a proposta de robotizao de uma clula de
soldagem empresa Metalrgica Netz Ltda, onde ser estudada a viabilidade de
implantao desta clula, para o conjunto soldado suporte de trao e seus
subconjuntos. Ser analisado o processo atual, pela anlise do layout, tempos de
produo atravs da cronoanlise, com a utilizao fluxograma do processo e
grfico de pareto. Numa segunda etapa, aps a verificao da possibilidade de
robotizao do processo, ento se inicia a escolha do rob de solda e seu perifrico
adequados para o processo de soldagem, levantamento da estimativa de tempo de
produo e a comparao entre o processo de soldagem manual com o robotizado.
Os resultados verificaram a possibilidade de aumento da capacidade
produtiva sem aumento da rea fabril e quadro de funcionrios.
Palavras-chave:
Robotizao- clula de solda mig robotizada automao industrial
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9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Foto area da Metalrgica Netz .............................................................. 14
Figura 2: Principais personagens da era da administrao cientfica. .............. 16
Figura 3: Simbologia de fluxogramas utilizados para processos industriais. .. 17
Figura 4: Diagrama de fluxo de processo para processamento de despesas na
Intel........... ................................................................................................................. 18
Figura 5: Eficincia do operador em porcentagem. ............................................. 20
Figura 6: Tolerncia de trabalho. ........................................................................... 21
Figura 7: Tabela de coeficientes. ........................................................................... 23
Figura 8: Tipos de automao. ............................................................................... 25
Figura 9: Comparao entre formas de acionamento. ......................................... 30
Figura 10: Tipos de juntas. ..................................................................................... 31
Figura 11: Tipos de juntas empregados em robs. .............................................. 31
Figura 12: Exemplo de graus de liberdade necessrios para certas tarefas. .... 32
Figura 13: Conceito bsico de um rob. ............................................................... 33
Figura 14: Graus de liberdade do brao humano. ................................................ 33
Figura 15: Definies dos angulos de orientao RPY. ...................................... 34
Figura 16: Tipo de garras. ....................................................................................... 35
Figura 18 rea de trabalho do rob cartesiano. ................................................ 36
Figura 19: Eixo de um rob cilndrico (RPP). ........................................................ 37
Figura 20: rea de trabalho do rob cartesiano. .................................................. 37
Figura 21: Eixo de um rob esfrico (RRP). .......................................................... 38
Figura 22: rea de trabalho do rob cartesiano. .................................................. 38
Figura 23: Eixo de um rob SCARA (RRP). ........................................................... 39
Figura 24: rea de trabalho do rob cartesiano. .................................................. 39
-
9
Figura 25: Eixo de um rob SCARA (RRP). ........................................................... 40
Figura 26: rea de trabalho do rob cartesiano. .................................................. 40
Figura 27: Robs industriais e suas representaes volumtricas e equao. 42
Figura 28: Classificao geral das aplicaes industriais dos robs. ............... 43
Figura 29- Rob industrial. ..................................................................................... 44
Figura 30 - Estrutura bsica de um rob. .............................................................. 45
Figura 32 Estrutura do produto ........................................................................... 50
Figura 34: Subconjunto 2 ........................................................................................ 51
Figura 36: Subconjunto 4 ........................................................................................ 52
Figura 37: Fluxograma em blocos conjunto suporte de trao .......................... 53
Figura 38- Fluxo de processo do subconjunto 1 e 2. ........................................... 54
Figura 39: Fluxo de processo de subconjunto 3. ................................................. 55
Figura 40: Fluxo de processo de subconjunto 4. ................................................. 56
Figura 41: Balanceamento de produo dos subconjuntos ............................... 56
Figura 42: Fluxo de processo do conjunto suporte de trao. ........................... 57
Figura 43: Tempo total de produo para o conjunto suporte de trao .......... 58
Figura 44: custo de produo por item. ................................................................ 58
Figura 45: Anlise do fluxo de processo do conjunto 1 e 2. ............................... 59
Figura 47: Anlise do fluxo de processo do conjunto 3. ..................................... 61
Figura 49: Anlise do fluxo de processo do conjunto 4. ..................................... 62
Figura 50: Anlise do fluxo de processo do conjunto 4. ..................................... 62
Figura 51: Anlise do fluxo de processo do conjunto suporte de trao. ......... 63
Figura 53: Anlise do fluxo de processo completo. ............................................. 64
Figura 54: Anlise do fluxo de processo completo. ............................................. 64
Figura 11: Foto clula de soldagem manual. ........................................................ 65
Figura 56: Comparao entre Robs ............................ Erro! Indicador no definido.
Figura 57: Vista isomtrica da clula de solda robotizada. ................................. 69
Figura 58: Anlise do processo de soldagem robotizada. .................................. 70
Figura 59: Comparao entre processo de soldagem. ........................................ 71
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9
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
FAHOR Faculdade de Horizontina
Abreviaturas utilizadas:
EF
FT
GL
T
Eficincia do operador em porcentagem.
Fator de tolerncia.
Grau de liberdade
Tolerncia
TC
TN
Tempo cronometrado (tempo verificado no
cronometro).
Tempo normal.
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10
SUMRIO
INTRODUO ..........................................................................................................12 1 APRESENTAO DA EMPRESA CONCEDENTE ............................... 14
2 HISTRICO DO ESTUDO DO TRABALHO ........................................... 15
2.1 FLUXOGRAMA DE PROCESSO ............................................................ 17
2.2 DETERMINAO DO TEMPO ............................................................... 18
2.2.1 Frmulas ................................................................................................. 20
2.2.2 Determinao do nmero de ciclos a serem cronometrados ........... 22
3 AUTOMAO INDUSTRIAL .................................................................. 24
3.1 ROBTICA .............................................................................................. 26
3.1.1 Histrico ................................................................................................. 26
3.1.2 Robs industriais ................................................................................... 28
3.1.3 Tipos de robs ....................................................................................... 29
3.1.4 Tipos de juntas ....................................................................................... 30
3.1.5 Grau de liberdade .................................................................................. 32
3.1.6 Elemento de trabalho ............................................................................ 33
3.1.7 Classificao dos robs industriais .................................................... 35
3.1.7.1 Geometria do rob ................................................................................. 36
3.1.7.1.1 Rob cartesiano ..................................................................................... 36
3.1.7.1.2 Rob cilndrico ....................................................................................... 37
3.1.7.1.3 Rob esfrico ou polar .......................................................................... 38
3.1.7.1.4 Rob SCARA .......................................................................................... 39
3.1.7.1.5 Rob articulado ou revoluto ................................................................. 40
3.1.8 Aplicaes para robs .......................................................................... 43
3.1.8.1 Arranjo bsico de um rob ................................................................... 43
-
11 3.2 Elementos principais de uma clula robotizada ................................. 44
3.3 COMO SELECIONAR O ROB ............................................................. 46
4 PROCESSO DE SOLDAGEM MANUAL ................................................ 48
4.1 LEVANTAMENTO DE DADOS ............................................................... 48
4.2 FLUXO DE PROCESSO ......................................................................... 53
4.3 ANLISE DOS PROCESSOS ................................................................ 59
5 PROPOSTA DE UM NOVO PROCESSO PRODUTIVO ......................... 66
5.1 SELEO DO ROB ............................................................................. 66
6 COMPARAO DO PROCESSO DE SOLDAGEM MANUAL COM
PROCESSO ROBOTIZADO ..................................................................................... 70
7 COMPROVAO .................................................................................... 72
CONCLUSO ............................................................................................................ 73
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................... 75
APNDICES .............................................................................................................. 76
APNDICE A Fluxo de processo Subconjunto1 e 2 .......................................... 76
APNDICE B Fluxo de processo Subconjunto3 ................................................ 77
APNDICE C Fluxo de processo Subconjunto 4 ............................................... 78
APNDICE D Fluxo de processo conjunto suporte de trao ......................... 79
APNDICE E Site de robs industriais ............................................................... 80
APNDICE F Plano do Estgio ............................................................................ 81
ANEXOS 83
ANEXO A Layout da clula robotizada ............................................................... 84
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12
INTRODUO
Nos dias atuais a competitividade entre as empresas cada vez mais
acirrada, todos querem se manter no mercado, o consumidor passou a exigir preos
competitivos e qualidade nos produtos oferecidos. Isto obrigou constantes
alteraes nos processos produtivos, devido a evoluo tecnolgica dos ltimos 50
anos, principalmente na rea de informtica e comunicao. A velocidade com que
isto aconteceu, causou grande impacto nas empresas e na sociedade em geral visto
a introduo de mquinas de comando numrico computadorizado conhecido como
CNC. As empresas deram um salto na produtividade, conseguindo produzir mais
com uma uniformidade e qualidade superior as mquinas convencionais, obrigando
a constante especializao dos operadores.
Atravs das contnuas melhorias, as empresas obtm condio para atender
a novos clientes e manter os j existentes. Com as mudanas, as fornecedoras de
servios ou produtos tm que se adequar ao movimento tecnolgico moderno e a
Metalrgica Netz Ltda no poderia ser diferente, pois tem como objetivo principal ser
referencial da regio noroeste at 2015, pois tem no seu histrico o pioneirismo na
implantao da ISO 9001 e na aquisio de mquinas operatrizes, tais como a
mquina de corte laser e dobradeira CNC.
A partir disto a sua equipe de colaboradores sempre est aperfeioando-se,
na busca de novas tecnologias para que as mesmas sejam aplicadas na empresa.
Como o ramo metal mecnico esta migrando para a automao dos seus processos
produtivos, a Metalrgica Netz se mostrou interessada na utilizao de um rob de
solda para otimizar o processo de soldagem em um de seus setores.
O presente trabalho foi desenvolvido no setor de solda pesada, onde foi feito
o levantamento dos dados, analisando-se todo o processo de soldagem: A partir do
-
13
layout e do fluxo do processo necessrio para a confeco do conjunto
suporte de trao e seus subconjuntos, seguiu-se para a viabilidade da implantao
de uma clula de soldagem mig robotizada para este conjunto.
O principal objetivo deste trabalho propor uma clula de solda robotizada
efetuando a seleo do rob a ser utilizado, desenvolver junto ao fornecedor
dispositivo posicionador, e fazer levantamento de estimativa do tempo de produo.
O relatrio est dividido em oito captulos, nos quatros primeiros captulos temos a
fundamentao terica para as atividades subseqentes. A partir do quinto captulo
apresentado o estudo do processo de soldagem manual, no sexto captulo est a
proposta de um novo processo de soldagem e a seleo de um rob, j no stimo
captulo est a comparao entre os dois processo de produo e no oitavo a
comprovao da viabilidade do processo de soldagem robotizado.
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14 1 APRESENTAO DA EMPRESA CONCEDENTE
A Metalrgica Netz foi fundada em 01 de novembro de 1993, quando a
Iochpe Maxion S.A., hoje AGCO do Brasil, decidiu terceirizar componentes de suas
automotrizes, onde cederam mquinas operatrizes em regime de comodato,
iniciando suas atividades com uma mquina oxi-corte e uma lixadeira e somente um
funcionrio, em prdio alugado de 250 m2 localizado na sada para Guarani das
Misses, em Santa Rosa.
Com o aquecimento das vendas, em maio de 1994, a empresa adquiriu
prdio prprio de 360m2 onde continuou a crescer e aumentar o fornecimento de
novos itens.
Em junho de 1998 a Empresa adquiriu da AGCO do Brasil, um terreno de
15.000 m2 onde em agosto de 2002 comeou a construo de sua nova planta
industrial para poder atender o aumento de demanda.
Em maio de 2003 a Metalrgica Netz mudou-se para RS 344 ao lado da
AGCO do Brasil em uma fabrica com uma rea construda de aproximadamente
6000m2 e 145 colaboradores, onde conta com varias mquinas modernas como
corte laser, centro de usinagem, etc. Tendo como principal objetivo ser um
referencial tecnolgico na regio, sempre visando o lucro e o menor custo de
produo. Conta com uma linha de produtos prprios focada no pequeno e mdio
produtor, onde produz arados, plataformas, ensiladeira entre outros, tambm
fornecedora de servio na rea metal mecnica se destacando em conjuntos
soldados, porm presta servios como corte e dobra entre outros.
Figura 1: Foto area da Metalrgica Netz
Fonte: Metalrgica Netz
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15 2 HISTRICO DO ESTUDO DO TRABALHO
Desde a pr-histria o ser humano desenvolvia atividades produtivas. Na era
da pedra lascada como desenvolvimento de ferramentas atravs de trabalhos
realizado em pedras, com o passar dos anos estas pessoas comearam a adquirir
habilidade e se tornaram arteses, os quais comearam a realizar servios atravs
de especificaes de outras pessoas assim dando origem as primeiras organizaes
e o inicio da prestao de servio. Com o surgimento das mquinas a vapor
inventada por James Watt em 1764, a revoluo industrial deu-se incio e as fbricas
comeam a utilizar mquinas a vapor para impulsionar seu equipamentos
fabris.Conforme Martins et al. (1999, p2 ), a revoluo industrial alterou e trouxe
novas exigncias, com:
- Padronizao dos produtos;
- Padronizao dos processos produtivos;
- Qualificao da mo de obra atravs de treinamentos;
- Criao de uma hierarquia no trabalho, gerencia e
supervisores;
- Desenvolvimento de tcnicas de planejamento e controle da
produo;
- Desenvolvimento de tcnicas de planejamento e controle
financeiro;
- Desenvolvimento de tcnicas de vendas.
Com o aumento das organizaes industriais deu oportunidade ao
desenvolvimento de uma administrao cientfica. Ento, iniciam-se os primeiros
estudos do trabalho. A figura 2 apresenta os principais personagens da
administrao cientifica.
-
16
ADMINISTRAO CIENTFICA: OS ATORES E SEUS PAPIS
Contribuinte Tempo de Durao
Contribuies
Frederick Winslow Taylor 1856-1915
Principio da administrao cientfica, Princpio da exceo,
estudo do tempo, anlise de mtodo, padres, planejamento,
controle
Frank B.Gilbreth 1868-1934 Estudo dos movimentos, mtodo,
therbligs, contratos de construo, consultoria
Lillian M. Gilbreth 1878-1973 Estudo da fadiga, ergonomia,
seleo e treinamento de empregados
Henry L. Gantt 1861-1919
Grfico de Gantt, sistema de pagamento por incentivo,
abordagem humanstica ao trabalho, treinamento
Carl G. Barth 1860-1939
Anlise matemtica, rgua de clculo, estudos de suprimentos e
velocidade, consultoria para a indstria automobilstica
Harrington Emerson 1885-1931 Princpios de eficincia, economia
de milhes de dlares em ferrovias, mtodo de controle
Morris L. Cooke 1872-1960 Aplicao da administrao
cientfica educao e ao governo Figura 2: Principais personagens da era da administrao cientfica.
Fonte: GAITHER et. al., 2001, p.9.
Taylor comumente chamado de o pai da administrao cientfica e os
outros citados anteriormente na figura 2 desenvolveram conceitos e filosofias que
at os dias atuais so utilizados trazendo grandes benefcios s organizaes,
transformando a administrao cientifica uma poderosa ferramenta para auxiliar no
gerenciamento de empresas.
-
17 2.1 FLUXOGRAMA DE PROCESSO
Para facilitar a anlise de um processo produtivo, so utilizados
graficamente smbolos, para determinao, passo a passo, do trabalho realizado. Na
figura 3 esto relacionados os smbolos e as aes que cada um representa. Um
fluxograma um recurso visual que se utiliza para analisar sistemas produtivos,
buscando identificar oportunidades de melhorar a eficincia dos processos, exemplo
de diagrama de fluxo representado na figura 4.
Simbologia Descrio ExemploOperao Ocorre quando se modifica
intencionalmente um objeto emqualquer de suas caractersticas fsicas ou qumicas, ou tambm quando se monta ou desmonta
componentes e partes.
Martelar um prego, colocar um parafuso, rebitar, dobrar, digitar,
preencher um formulrio, escrever, misturar, ligar e operar
mquina etc.
Transporte Ocorre quando um objeto ou matria prima transferido de um
lugar para o outro, de uma seo para outra, de um prdio para outro. Obs.: apenas o manuseio no representa
atividade de transporte.
Transportar manualmente ou com um carrinho, por meio de uma esteira, levar a carga de caminho, levar documento
de um setor a outro etc.
Estocagem Ocorre quando um objeto ou matria-prima mantido em rea protegida
especfica na forma de estoque.
Manter matria-prima no almoxarifado, produto acabado
no estoque, documentos arquivados, arquivos em
computador etc.Demanda Ocorre quando um objeto ou matria
prima colocado intencionalmente numa posio
esttica. O material permaneceaguardando processamento ou
encaminhamento
Esperar pelo transporte, estoques em processo aguardando material ou processamento, papis
aguardando assinatura etc.
Inspeo ocorre quando um objetoou matria-prima examinado para
sua identificao, quantidade ou condio de qualidade.
Medir dimenses do produto, verificar presso ou torque de
parafusadeira, conferir quantidade de material, conferir
carga etc.
Simbologia de fluxogramas utilizados para processos industriais
Figura 3: Simbologia de fluxogramas utilizados para processos industriais.
Fonte: Adaptado de SLACK et. al. , 2002, p.152.
-
18
Figura 4: Diagrama de fluxo de processo para processamento de despesas na Intel. Fonte: SLACK et. al.,2002, p. 287.
2.2 DETERMINAO DO TEMPO
Este captulo servir de embasamento terico, nele ser tratado o estudo de
tempos, onde tem como papel principal a determinao o tempo que se leva para
fazer determinada operao. Com o passar das dcadas alguns conceitos
continuam a ser utilizados como a diviso de tarefas e a cronometragem, tambm
conhecida como cronoanlise. Seus precursores foram Frederick W. Taylor e o casal
Frank e Llian Gilbreth. O mtodo tem como objetivo de medir e avaliar o
desempenho do trabalho cronometrando-o. Embora seja um conceito antigo,
eficiente para realizarmos anlises e comparaes de um processo produtivo,
atravs da quantificao. O estudo de tempo tem como principal objetivo eliminar
Atividade
2 DDDD 5
1
2 2
3 5
42
5 DDDD
6 2
78 DDDD
9 5
10
11 2
12
13
14
15 2
Totais 5 5 2 2 1Cheques so emitidos
Espera para formar lote
Anexa-se o comprovante de pagamento ao relatrio
Juntam-se os relatrios no lote
O lote vai para o guich de auditriaEspera por processamento
Checam-se os totais dos relatrios e comprovantes
Os relatrios vo para o controle dos lotes
Nmero de controle dado ao lote
Cpia dos relatrios vo para o preenchimento
Relatrios so preenchidos
Cpia dos comprovantes de pagamentos vo para o arquivo
Descrio do elemento
Reltorio carimbado e datado
Relatrio chega ao guich de pagamento
Checam-se as despesas do relatrio
Processando reltorio de despesas Localizao:Departamento de contabilidade
-
19 qualquer elemento desnecessrio operao para a determinao do mtodo mais
eficiente. Este mtodo para a determinao de um tempo padro, que servir de
referencia. So inmeras as tcnicas para a determinao, segundo Barnes (1997,
p.1), a medida de tempo determinar o tempo-padro para executar uma tarefa
especifica, mas para Rocha (1987, p.273) o estudo dos tempos tem como objetivo
conhecer o tempo que se leva para fazer determinada operao mas levando em
considerao a experincia do operador. Segundo Martin et. al.(1990, p.140),
as principais finalidades da medida do trabalho a determinao de padres para a
produo, levantamento de custos padres, facilitando a estimativa do custo de
produo de um novo item, fornecer dados para o balanceamento de estruturas de
produo.
Para a utilizao deste mtodo primeiramente deve-se analisar o processo
a ser cronometrado, da seguinte forma:
Separar o trabalho em partes, sendo que se deve tomar cuidado para no se
dividir excessivamente, de forma que o perodo seja longo o suficiente para medir
com o cronometro, algumas literaturas especializadas indicam operaes com tempo
superior a 5 segundo.
As aes do operador devem ser medidas separadamente.
Estas informaes so utilizadas para a confeco de uma folha de
processo. A partir desta folha de processo ser realizada a verificao dos tempos,
podendo se utilizar uma planinha e um cronmetro.
Para a determinao do tempo normal, utiliza se artifcios para que este
tempo seja o mais real possvel. Velocidade acima do normal, o operador que est
sendo avaliado pode estar trabalhando acima da velocidade normal, isto pode
acontecer por vrios motivos:
- No inicio do expediente;
- Operador com habilidade superior aos demais ou condio
fsica ou intelectual mais adequada para a atividade, algo
que os demais no consigam repetir.
J para velocidade abaixo do normal, o operador pode estar
realizando a tarefa que est sendo cronometrada em velocidade lenta, por inmeros
motivos:
- Operador no capacitado ou devidamente treinado para
realizar a atividade;
-
20
- Pelo motivo de se sentir inibido quando cronometrado;
- Fadiga.
Sendo que o cronoanlista deve observar e determinar o ritmo de trabalho
do operador conforme figura 5.
Eficincia do operador Porcentagem Excelente 120% Acima de bom 115% Bom 110% Acima da normal 105% Normal 100% Abaixo da normal 95% Regular 90% Abaixo de regular 85% Sofrvel 80% Figura 5: Eficincia do operador em porcentagem.
2.2.1 Frmulas
Para a determinao do tempo padro necessrio a utilizao de clculos
prvios como tempo normal e fator de tolerncia.
Tempo normal o tempo que o operador leva para realizar uma tarefa em
uma eficincia mdia. Para o calculo do tempo normal se utiliza a equao 1 .
tc =tempo cronometrado (tempo verificado no cronmetro);
tn =tempo normal;
ef=eficincia do operador em porcentagem, ver figura 1.5;]
Equao 1. Fator de tolerncia e uma forma de se considerar a fadiga do operador, as
necessidades fisiolgicas, ambiente de trabalho, o fator de tolerncia sempre parte
de 100% onde acrescidas as demais perda estas perdas so representadas em
tabelas de livros especficos como na figura 6.
-
21
Tolerncias de trabalho Descrio %
Descrio % A. Tolerncias invariveis: 4. Iluminao deficiente:
1. Tolerncias para necessidades pessoais 5%
a. ligeiramente abaixo do recomendado 0%
2. Tolerncias bsicas para fadiga 4%
b. bem abaixo do recomendado 2%
B. Tolerncias variveis: c. muito inadequada 5% 1. Tolerncia para ficar em p 2% 5. Condies atmosfricas 0%-10%
2. Tolerncia quanto postura
(calor e umidade) variveis
a. ligeiramente desajeitada 0% 6. Ateno cuidadosa
b. desajeitada (recurvada) 2% a. trabalho razoavelmente fino 0%
c. muito desajeitada (deitada, esticada) 7%
b. trabalho fino ou de preciso 2%
3. Uso de fora ou energia muscular
c. trabalho fino ou de grande preciso 5%
(erguer, puxar ou levantar) 7. Nvel de rudo: Peso levantado em quilos a. contnuo 0%
2,5 0% b. intermitente volume alto 2%
5 2% c. intermitente volume muito alto 5%
7,5 2% d. timbre elevado volume alto 5%
10 3% 8. Estresse mental
12,5 4% processo razoavelmente complexo 1%
15 5% b. processo complexo, ateno abrangente 4%
17 7% c. processo muito complexo 8%
20 9% 9. Monotonia: 22,5 11% a. baixa 0% 25 13% b. mdia 1% 27,5 17% c. elevada 4% 30 22% 10. Grau de tdio a. um tanto tedioso 0% b. tedioso 2% c. muito tedioso 5%
Figura 6: Tolerncia de trabalho.
-
22
Fonte: STEVENSON, 2001, p. 247.
A tolerncia o somatrio das porcentagens como demonstra a
equao 2.
T= Tolerncia
Equao 2. O fator de tolerncia (equao 3) parte da 100%+ somatrio das
tolerncias.
Ft =fator de tolerncia
Equao 3 Exemplo operao que tenha fadiga bsica (acrscimo 4%),trabalho
em p (acrscimo 2%).
T=4+2=6%
FT=100+6=106%
FT=100+T
Aps o levantamento de dados e o calculo do tempo normal e o fator
de tolerncia possvel se obter o tempo padro que obtido pela equao 4.
TPTPTPTP=tempo padro. TPTNXFTTPTNXFTTPTNXFTTPTNXFT Equao 4.
2.2.2 Determinao do nmero de ciclos a serem cronometrados
Para que se tenha um resultado preciso, ou seja, o mais prximo da
realidade somente uma tomada de tempo no necessria, mas sim de vrias, para
se obter uma mdia aritmtica destes tempos. Mas quantas so as medidas
necessrias para se obter um resultado aceitvel? Para determinarmos os nmeros
de ciclos a serem cronometrados segundo Moreira (2004, p.299), so necessrios
trs fatores: a variabilidade dos tempos, a preciso desejada e o nvel de confiana
sobre a medida tomada. Pode-se tomar como regra:
Pela prtica e o bom senso: o analista vai fazendo medidas dos ciclos
conforme eles acontecem, para e para quando sente confiana nos resultados
obtidos.
Pela estatstica, que permite a determinao matemtica do nmero de
-
23 ciclos a cronometra.
Neste caso necessrio utilizar um clculo estatstico de determinao do
nmero de observaes, dado na Equao 5.
Equao 5
NNNN=numero de ciclos a serem cronometrados; ZZZZ=Coeficiente de distribuio normal para uma probabilidade determinada; RRRR= Amplitude da amostra; ErErErEr=erro relativo da medida; d2d2d2d2=Coeficiente em funo ao numero de cronometragem realizadas
preliminares;
xxxx=Mdia dos valores das observaes.
Tabelas de coeficientes
Coeficiente de distribuio normal Probabilidade 90% 91% 92% 93% 94% 95% 96% 97% 98% 99%
Z 1,65 1,70 1,75 1,81 1,88 1,96 2,05 2,17 2,33 2,58
Coeficiente d2 para nmero de cronometragens iniciais
N 2 3 4 5 6 7 8 9 10
d2 1,1 1,7 2,1 2,3 2,7 2,8 2,8 3 3,1 Figura 7: Tabela de coeficientes.
Fonte: PEINADO & GRAEML, 2007, p. 98
-
24 3 AUTOMAO INDUSTRIAL
Com o aumento da competio entre as empresas criou-se a necessidade
de busca por processos produtivos mais eficientes, evidenciando-se trabalhos
insalubres ou de alto risco, que podem prejudicar o ser humano, foram
desenvolvidas mquinas que podem auxiliar ou at mesmo substituir o contato direto
do homem com alguns processos produtivos.
Para Gaither e Frazier (2001,Ed p.143), o propsito da automao industrial
mudou:
No passado, automao significava a substituio de esforo humano por
esforo de mquina, mas a tecnologia de produo h muito superou esse antigo
conceito, o uso do termo automao significa atualmente integrar uma ampla
variedade de avanadas descobertas de informao e engenharia de produo para
fins estratgicos.
Com os avanos tecnolgicos principalmente na rea de
microcomputadores, alcanaram as indstrias no s em seus escritrios, mas
principalmente no dito cho de fbrica, com o surgimento das primeiras mquinas
NC numerically controlled machines ou mquinas de controle numrico por volta
dos anos 1950 1980, a quais utilizavam fitas perfuradas para fazer os seu
programas, que evoluram para as mquinas CNC ou comando numrico
computadorizados.Com o passar do tempo e a evoluo na informtica surgiram os
DNC mquinas de controle numrico direto, que so diversas mquinas sob o
controle de um s computador.
Conforme Gaither e Frazier (2001,Ed p.145), na figura 8 a automao se
divide nos seguintes tipos:
-
25
Tipos de Automao
Tipos de Mquinas Descrio Exemplos Anexos de mquina
Mquinas que substituem o esforo humano por esforo de mquinas e tipicamente executam de algumas e muitas operaes. Despejam cargas de produtos
Anexo para avano de magazine, dispositivos para a centralizao e fixao rpida para tornos,alimentadores em tiras para mquinas de estampar, tremonhas vibratrias com balanas que qumicos e contineres receptores.
Mquinas de controle numrico (NC)
Mquinas com sistemas de controle que lem instrues e as convertem para operaes de mquina.
Tornos, tornos mecnicos verticais, mquinas de fabricao de pneus, mquinas de cura, mquinas de tecelagem.
Robs Manipuladores de uso geral, reprogramveis, de mltiplas funes, que possuem algumas caractersticas semelhantes s humanas.
Mquinas que soldam, pintam, montam, inspecionam a qualidade, pegam, transportam e armazenam.
Inspeo automatizada do controle da qualidade
Mquinas automatizadas que executam parte ou todo o processo de inspeo.
Verificao de circuitos eletrnicos, verificaes de funes ativadas por computador, rob de pesagem, sistema de inspeo flexvel.
Sistemas automticos de identificao (AIS)
Tecnologia usadas em aquisio automtica de dados de produto para entrada num computador.
Sistema de cdigo de barras, contabilidade de estoque, entrada de dados para controle de cho de fabrica, sistemas para ajustar e configuraes de mquinas de programao.
Controle automatizados de processo
Sistemas de computador que recebem dados sobre o processo de produo e enviam ajustes para as configuraes do processo.
Sistemas de controle para laminadores na manufatura de pneus, calandras no processamento de filme plstico, unidades de destilao fracionada (craqueamento) em refinarias de petrleo.
Figura 8: Tipos de automao. Fonte: GAITHER & FRAZIER, 2001, p.145.
-
26 3.1 ROBTICA
A Metalrgica Netz Ltda como uma empresa que deseja se manter no
mercado sempre est a procura de novas tecnologias. A mesma j utiliza alguns dos
tipos de automao em sua planta e agora tende a utilizar a robtica como recurso
vivel dentro do processo de evoluo tecnolgica.
O rob industrial um exemplo disto, tendo seu funcionamento semelhante
a uma mquina CNC as quais tornam o processo produtivo com uma repetibilidade
superior aos processos convencionais. Lembrando que a implantao da robtica
nas empresas tem o poder de incrementar a produtividade e ainda assim melhora a
qualidade de seus produtos ou servios, desde que se faam ajustes para que o
investimento alcance o resultado esperado. Este captulo serve de embasamento
terico para a definio de qual rob o mais adequado para a empresa.
3.1.1 Histrico
Historicamente os robs fascinam o homem. Desenvolver uma mquina a
qual pudesse realizar movimentos semelhantes aos seus, como a inteligncia
artificial muito explorada em filmes, por exemplo O exterminador do futuro e Eu
robo, no qual a mquina teria a capacidade de aprender e ter sentimentos como o
homem. Os robs industriais esto longe disto, pois so previamente programados
para realizar determinada operao.
Os primeiros passos da robtica foram dados por volta do sculo IV a.C na
Grcia onde Aristteles relata sobre instrumentos dedicados ao trabalho no conceito
mestre escravo, a partir de ento se inicia uma longa caminhada.
No final do sculo XVIII a revoluo industrial e a utilizao de modelos
industriais mecanistas de Taylor e Fayol, proporcionaram inmeras mudanas nas
organizaes, levando a utilizao das mquinas na indstria. Inicia se a produo
em larga escala e a utilizao de novas formas de energia.
J no sculo XIX inicia-se o desenvolvimento da mquina, comea a
introduo do motor eltrico na indstria onde algumas mquinas substituam o
trabalho humano. De 1914 1918 a Primeira guerra mundial apesar de trazer
-
27 avanos tecnolgicos tambm demonstrou o poder destrutivo que a mquina
poderia ter.
Em 1921 o famoso dramaturgo Karel Capek usa pela primeira vez o termo
robot na pea teatral Rossums Universal robots, em 1928 um rob mecnico abre
a exposio em Londres,em 1936, Charles Chaplin satiriza o processo de
mecanizao atravs do filme tempos modernos.Em 1940 so estabelecidas as
quatro leis da robtica pelo escritor Issac Asimov, considerado o pai da robtica,
popularizou o termo rob atravs de seu livro I Robot.As leis criadas so as
seguintes:
Um rob jamais deve causar dano a um ser humano nem, atravs de
omisso, permitir que isto acontea.
Um rob deve sempre obedecer ao ser humano, a menos que isto entre em
conflito com a primeira lei.
Um rob deve proteger-se de danos, a menos que isto entre em conflito
com a primeira ou a segunda lei.
Um rob no pode causar mal a humanidade e nem permitir que ela faa
isto, esta lei foi criada em 1984.
Aps a inveno do transistor em 1948 os robs comearam a ser
controlados por computadores, em 1954 George Devol fez a primeira patente para
um rob industrial controlado por computador. Mais tarde em medos de 1959 Devol
e Joseph F. Engelberger fundaram Unimation, onde desenvolveram o primeiro rob
industrial que era capaz de realizar inmeras tarefas automaticamente, ele se
diferencio dos demais pois podia ser reprogramado e remodelado para fazer outra
tarefa.
Segundo Rosrio 2005 em 1961 foi instalado o primeiro rob da Unimation
na linha de montagem da General Motors.D-se inicio a era da automao
industrial.Em 1968 H.A Ernest inicia ao desenvolvimento de um computador capaz
de controlar um brao mecnico dotado de sensores tteis (MH- ). O mesmo
consegue mover cubos empilhando os.Tomovic e Boni desenvolveram um prottipo
equipados sensores de presso que, aps pegar o objeto transmite para o
computador informaes sobre as dimenses do cubo, ento o computador
mandava um sinal para o motor, que inicia uma ao diferente a do molde. Em 1963
a Amrica Machine & Company (AMF) lana no mercado a rob comercial
Versatran. So desenvolvidos diversos braos para a manipulao. Em 1968
-
28 McCarthy e outros, no Laboratrio de inteligncia artificial de Stanford, desenvolveu
um computador com mo, olhos, pernas e ouvidos (sensores como microfones,
cmera de vdeo e manipuladores).O mesmo demonstrava capacidade de
identificar, reconhecer e manipular blocos sobre uma mesa, perante a mensagens
de voz decodificada.
Em 1969 o homem pisa na lua pela primeira vez, nesta poca j se utiliza
manipuladores para recolher amostra e realizar atividades em comando as atravs
de controle remoto. Em 1970 a robtica comea a realizar pesquisa em sensores
para facilitar operaes manuais, j em 1971 Kahn e Roth analisam a dinmica e o
controle de braos flexveis usando controladores do tipo baque-bangue (near
minimun time) , 1974 a Cincinati Milacron, introduz o primeiro rob industrial
controlado por computador, denominado T3 (The Tomorrow Tool, o a ferramenta
do futuro ) que movimenta a objetos de uma linha de montagem. Inoue, no
laboratrio de inteligncia artificial aprofunda estudos sobre sensores de peso
fora, enquento em Nevis, no Draper laboratory, investiga diferentes tcnicas de
sensoriamento.1975 Will e Grossman desenvolvem na IBM um manipulador,
controlado por computador com sensores tteis e de peso, para montagem de 20
partes de uma maquina de escrever. Em 1980 a General Motors, em Detroit, nos
Estados Unidos, introduz um rob industrial com inteligncia eletrnica, capaz de
reconhecer diferentes componentes numa tela transportadora e de escolher aquele
que necessita.
3.1.2 Robs industriais
Os robs industriais de uma forma geral passam pelo seguimento da
mecatrnica onde o trabalham com a mecnica e a eletrnica simultaneamente,
processamento de dados e informaes ocasionando uma ao, um rob um
manipulador automtico programvel, o qual pode ter vrios graus de liberdade,
podendo manipular dispositivos que auxiliam o desenvolvimento de determinadas
atividades.
Atualmente no mercado h vrios tipos de robs, os quais tm movimentos
retilneos ou radiais ou uma combinao dos mesmos, o rob pode ser considerado
uma automao programvel por serem adaptveis, podendo se fazer uma grande
-
29 variedade de processos somente se alternando o programa ou at mesmo um
pequeno perifrico, exemplo disto so robs que posicionam peas fazem a troca
do seu perifrico, no caso uma garra por uma tocha de solda e aps esta troca solda
as peas que ele mesmo posicionou na operao anterior . Como para Gaither et al.
(2001, p,144): Um rob industrial um manipulador reprogramavel, multifuncional,
para movimentar materiais,peas, ferramentas ou dispositivos especializados por
meio de movimentos programados variveis para o desempenho de uma variedade
de tarefas. Usategui et al. (1997,p.23) e Rosrio (2005, p,154) tambm o define da
mesma forma.
3.1.3 Tipos de robs
Podemos encontrar tipos distintos de robs, os eltricos, pneumticos,
hidrulicos, sendo que cada um tem sua vantagem, os hidrulicos so ideais para
operaes pesadas ou onde e necessrio suavidade e preciso, como o caso da
pintura que alm de serem timos para locais onde no podem haver fascas pelo
risco de exploso, so os que tem custo mais elevados de implantao ,j os
pneumticos so baratos em relao aos demais e ideais onde so necessrios
movimentos simples como posicionamento de dispositivos, porem tem suas
limitaes tem um numero pequeno de posies so os que tem menor mobilidade.
J os eltricos so os mais precisos e com maior versatilidade, podem ser utilizados
em tarefas como posicionadores, soldadores entre outros, podem ter maior grau de
liberdade que os demais, porm tem preo mais elevado comparado com os
pneumticos. Comparao entre acionamentos conforme figura 9.
-
30
Comparativo entre forma de acionamento Caracterstica Pneumtico Eltrico Hidrulico
Preciso Ruim, exceto a posies fixas
Bom Bom
Ambiente Poluio sonora por fuga de ar, e
compressores Risco de fascas
Risco de vazamento de
leos
Controle Difcil devido
compressibilidade do ar
Fcil Mais fcil hoje,
com a existncia de eletro-vlvula
Custo de implantao
Baixo Mdio Alto
Figura 1: Comparao entre formas de acionamento. Fonte: Adaptao (SANTOS, 2001, p.2)
3.1.4 Tipos de juntas
Para que os braos rob sejam capazes de se movimentar em varias
direes, o mesmo deve ter juntas, articulaes mecnicas ou eixos, os quais
permitem que o manipulador tenha movimentos rotacionais ou lineares ou at
mesmo simultaneamente rotacional e linear.
Os manipuladores podem ter juntas da seguinte forma:
- Juntas deslizantes, tambm conhecidas como prismticas
so juntas que tem movimento linearmente, geralmente uma
pea desliza sobre a outra.
- Juntas rotativas uma espcie de dobradia onde
realizado um movimento rotacional em relao a um eixo
que une duas partes.
- Juntas tipo bola - e - encaixe, e uma juno que combina o
movimento de trs eixos rotacional, so pouco utilizadas em
robs pela dificuldade de acionamento.As juntas citadas
anteriormente esto representadas na figura 10.
-
31
Rotacional Prismtica Esfrica Figura 10: Tipos de juntas.
Fonte: SANTOS, 2001, p. 14
- A junta cilndrica a combinao de uma junta rotacional e
uma prismtica;
- A junta planar composto por duas juntas prismticas,
realiza movimentos em duas direes;
- A junta parafuso ou tambm conhecidas como fusos
constituda de um parafuso que contm uma porca ao qual
executa um movimento semelhante ao da junta prismtica,
porm, com movimento no eixo central (movimento do
parafuso).
Rotativa (1GL) Cilndrica (2 GL) Prismtica (1 GL)
Esfrica (3 GL) Fuso (1 GL) Plana (2 GL)
Figura 11: Tipos de juntas empregados em robs.
Fonte: CARRARA, 2008, p.16.
GL= grau de liberdade
-
32 3.1.5 Grau de liberdade
O grau de liberdade do rob est diretamente relacionado com o numero de
junes e o grau de liberdade que as mesmas tm. O grau de liberdade de um rob
o somatrio da liberdade de suas junes. O grau de liberdade define o movimento
que o rob faz em um espao bidimensional ou tridimensional.
Para mudar esta pea e
rod-la so necessrios 4 graus de
liberdade apenas, porem o
manipulador ilustrado poder no ter
a possibilidade de o fazer para certas
orientaes.
Para colocarmos esta pea
no encaixe (que pode ter uma
orientao arbitrria) so necessrio 6
graus de liberdade: 3 para as posies
xyz e 3 para as 3 orientaes do
encaixe. (o manipulador ilustrado no
o permite).
Fonte: SANTOS, 2001, p.14.
Os robs industriais podem ser comparados a um membro do corpo humano,
o brao tem que do ombro ao pulso tem sete graus de liberdade, abaixo as figuras
13 e 14 representam uma comparao de um brao humano ao rob.
Figura 12: Exemplo de graus de liberdade necessrios para certas tarefas.
-
33
Figura 13: Conceito bsico de um rob. Fonte: ROSRIO, 2005, p.148
Figura 14: Graus de liberdade do brao humano.
Fonte: SANTOS, 2001, p.15
3.1.6 Elemento de trabalho
Para auxiliar nas atividades a serem realizados pelo rob, os elementos
terminais tambm conhecidos como punho ou munheca, so os elementos que
esto dispostos nas partes mais extremas do rob, so eles, pulverizadores de tinta,
garras, pistola de solda entre outros. Estes rgos terminais so responsveis pela
manipulao de diversos tipos de material, dependo da aplicao, alguns tem a
necessidade de utilizar sensores de presso, fora, coliso entre outros, para
garantir sua funo.Segundo Rosrio (2005, p.162) o rob fica habilitado a executar
os seguintes movimento:
Roll (R) ou rolamento: movimento de rotao no sentido horrio
e anti-horrio;
Pitch (P) ou arfagem:movimento para cima e para baixo;
-
34
Yaw (Y) ou guinada:movimento para a esquerda e para direita.
A forma mais utilizada para representar a orientao fazer o uso
de trs ngulos de giro ao redor de trs eixos de um eixo cartesiano. Tomando como
referncia os movimentos de um barco ou um avio como representado na figura 15.
Figura 15: Definies dos angulos de orientao RPY.
Fonte: ROSRIO, 2005, p.162
H uma grande variedade de garras no mercado sendo que cada
tipo tem sua aplicao, como por exemplo:
a)Garras:
- Garra de dois dedos;
- Garra para objetos cilndricos;
- Garra articulada;
- Com sensores entre outras.
b)Ferramentas especiais:
- Solda por arco;
- Solda ponto;
- Corte laser;
- Pistolas pulverizadoras para pintura;
- Dispositivos de furao etc.
-
35
As garras podem ser comparadas as mos humanas porem no so
dotados de tantos graus de liberdade, segundo Rosrio (2005, p.170) ,estas garras
podem ser classificadas em garras de dois dedos, garras de trs dedos, garras para
objetos cilndricos, garras para objetos frgeis, garras articuladas, garra a vcuo e
eletromagnticas e adaptadores automatizado de garras, estes modelos podem ser
vistos na figura 16.
Figura 16: Tipo de garras. Fonte :ROSRIO, 2005, p. 171, 172, 173.
3.1.7 Classificao dos robs industriais
Os robos industriais podem ser classificados de divesas maneiras pelos tipo
de controle, tipo de acionamento , nmero de juntas sendo que geralmente pelas
trs juntas mais prximas da base do rob.Tambm podem ser classificados pelos
seus graus de liberdade, espao de trabalho.
-
36 3.1.7.1 Geometria do rob
Um brao mecnico ou rob formado pela base, brao e punho. O rob
pode estar ligado a uma base no cho ou a parede ou teto, a aplicao que este
rob podem estar fixos a carros pontes rolantes. Geometricamente falando podemos
classificar robs da seguinte forma:
3.1.7.1.1 Rob cartesiano
Este rob possui uma configurao mais simples, tendo trs juntas
deslizantes na configurao PPP (prismtico- prismtico- prismtico), o rob se
movimenta em linha reta, em deslocamento horizontal e vertical, este rob apresenta
uma grande rigidez e exatido no posicionamento, porm tem uma pequena rea de
trabalho, operando dentro de uma rea cbica como na figura 17, o rob cartesiano
representado na figura 18.
Figura 17 Eixo de um rob cartesiano (PPP).
Fonte: ROSRIO, 2005,p.157.
Descrio de movimentos Projeo no plano Representao no espao
Figura 18 rea de trabalho do rob cartesiano. Fonte: ROSRIO, 2005, p.161.
-
37 3.1.7.1.2 Rob cilndrico
Este rob possui uma rea de atuao maior do que a de um rob
cartesiano, ele composto por uma articulao que se une a base de rotao e as
demais so prismticas na configurao RPP (rotativo-prismtico-prismtico). Ele
combina movimentos lineares com movimentos rotacionais, possuem uma rigidez
menor do que os robs prismticos, seu controle mais complexo, pois a
combinao do movimento de rotao com lineares. O rob esta representado na
figura 19 e sua rea de trabalho na figura 20.
Figura 19: Eixo de um rob cilndrico (RPP).
Fonte : ROSRIO, 2005, p.158.
Descrio de movimentos Projeo no plano Representao no espao
Figura 20: rea de trabalho do rob cartesiano. Fonte: ROSRIO, 2005, p.161.
-
38 3.1.7.1.3 Rob esfrico ou polar
Este rob tem uma configurao com duas articulaes giratrias e uma
terceira prismtica com estrutura RRP (rotativo-rotativo-prismtico) como na figura
21, sua rea de trabalho maior do que os robs cilndrico, porm tem menor rigidez
e uma comando mais complexo ainda, devido o movimento de rotao.
A primeira junta move o brao ao redor de um eixo vertical, enquanto que a
segunda junta gira o conjunto ao redor de um eixo horizontal. O volume de trabalho
e um setor esfrico,como demonstrado na figura 22.
Figura 21: Eixo de um rob esfrico (RRP).
Fonte: ROSRIO, 2005, p.159.
Descrio de movimentos Projeo no plano Representao no espao
Figura 22: rea de trabalho do rob cartesiano. Fonte: ROSRIO, 2005, p.161.
-
39 3.1.7.1.4 Rob SCARA
Este tipo de rob possui duas juntas rotativas e uma deslizante com
estrutura RRP (rotativo-rotativo-prismtico), sendo que segundo Usategui et al.
(1997, p.2005, p.31), ele no realiza um posicionamento no espao e sim plano.Sua
rea de trabalho menor que os robs esfricos, porm mais rgidos para cargas
verticais e com baixa rigidez para cargas horizontais .O rob scara utilizado em
operaes de montagem, a figura 23 representa o rob e na figura 24. esta
demonstrando sua rea de trabalho.
Figura 23: Eixo de um rob SCARA (RRP).
Fonte: ROSRIO, 2005, p.160.
Descrio de movimentos Projeo no plano Representao no espao
Figura 24: rea de trabalho do rob cartesiano.
Fonte: ROSRIO, 2005, p.161.
-
40
3.1.7.1.5 Rob articulado ou revoluto
Este tipo de rob possui trs juntas de revoluo como mostra a figura 25
especificado como RRR (rotativo- rotativo- rotativo), o rob que possui maior rea
de atuao comparado com os outros robs como demonstra a figura 26, tambm
a configurao que mais semelhante ao brao humano, (brao, antebrao e pulso).
Porem tambm o que menor rigidez apresenta, pois pelas trs juntas serem de
revoluo e o que apresenta maior variao em seus momentos de carga e no de
inrcia, o seu controle pode ser considerado o mais complicado de todos.
Figura 25: Eixo de um rob SCARA (RRP).
Fonte: ROSRIO, 2005, p.159.
Descrio de movimentos Projeo no plano Representao no espao
Figura 26: rea de trabalho do rob cartesiano. Fonte: ROSRIO, 2005, p.161.
Nas figuras 27 esto representados os robs e suas representaes
volumtricas, demonstrando suas equaes.
-
41
Manipulador cilndrico (RPP)
Manipulador esfrico (RRP)
Manipulador cartesiano (PPP)
-
42
Manipulador Scara (RRP)
Manipulador articulado vertical (RRR)
Figura 27: Robs industriais e suas representaes volumtricas e equao.
Fonte: SANTOS, 2001, p.15, 16.
-
43 3.1.8 Aplicaes para robs
Nos dias atuais, a robtica esta presente em vrios setores, desde os
setores alimentcios aos de bens de consumo.
3.1.8.1 Arranjo bsico de um rob
Alguns autores como Usategui agrupam os robs industriais por processo
como demonstra a figura 28.
Figura 28: Classificao geral das aplicaes industriais dos robs.
Fonte : USATEGUI et al.,1997, p.93.
Aplicaes industriais dos robs
Manipulao
Fabricao
Ajuste
Inspeo e Medio
Cargas e descargas de mquinas
Empilhar e embalar outros
tipos de manipuladores
Fundio de peas a presso Fundio de plsticos Alimentao de prensas Mquinas-ferramenta Tratamentos de alta temperatura Vidro e cermica
Soldagem
Tratamento de Superfcies
Por pontos (ou resistncia) Por arco
Corte a laser Fundio por recobrimento Forjamento rebarbado Forjamento polido Perfurao
Recobrimento Esmaltagem Pintura
Mecnico Eletrnicos
-
44 3.2 ELEMENTOS PRINCIPAIS DE UMA CLULA ROBOTIZADA
Atualmente as empresas oferecem equipamentos de alta tecnologia em
todos os processos citados na figura 29, e como o foco deste trabalho um rob de
solda,visando tornar o processo de soldagem rpido e produtivo com uma alta
repetibilidade e qualidade, na figura 30 temos a estrutura bsica de uma rob.
Figura 29- Rob industrial.
Fonte: Folder Kuka.
-
45
Codificao Item Descrio1 Rob2 Controlador3 Painel de controle4 Fonte de solda5 Pacote de mangueiras6 Alimentador de arame7 Pacote de mangueiras8 Tocha9 Dispositivo anticoliso
10 Estao de limpeza11 Calibrador e corte do arame12 Suporte de bobina
Cor azulCor amarela
Para iniciar a robotizao em qualquer aplicao estes itens so indispensveis
Estes itens so especficos para implantao de um rob de solda por arco.
Equipamento obrigatrio para qualquer robotizaoEquipamento especifico para solda arco eltrico
Legenda
Figura 30 - Estrutura bsica de um rob.
necessrio que os equipamentos que sero utilizados com o rob, sejam
compatveis entre si para que o software possa controlar toda a automao. No caso
da solda por arco eltrico a tocha acoplada ao rob e o arame tracionado pelo
alimentador e conduzido por mangueiras at a tocha. De acordo com Franchin
(2005) O processo de solda em arco necessita do uso de robs de alta qualidade
com softwares sofisticados, capazes de realizar as seguintes operaes:
rpido movimento para a rea de contato a ser soldada;
transmisso de sinais para causar a disperso do gs e aplicao de
tenso ao eletrodo;
movimento preciso ao longo do caminho de solda enquanto mantm um
constante vo de ar;
preservar constante a orientao do eletrodo em relao superfcie a
ser soldada;
manter a pistola de solda se movendo a uma velocidade constante;
habilidade para realizar movimentos de "tecelagem", para se atingir uma
boa juno entre os dois corpos de metal e garantir a qualidade da
solda.
Para se encontrar os requisitos acima, o processo de solda em arco
necessita de robs com as seguintes caractersticas:
-
46
1. Cinco a seis graus de liberdade;
2. Controle de trajetria contnua, para mover-se exatamente ao
longo da trajetria de solda e regulagem de velocidade.
3. Alta repetibilidade.
Se todas as caractersticas forem atendidas possvel obter resultados
vantajosos:
- Reduo do custo de produo;
- Uniformidade no processo de soldagem;
- Trabalho contnuo, sem necessidade de pausas para
descanso;
- Pode estar em local insalubre ou imprprio para o homem;
- Menor consumo de consumveis entre outras;
Vimos que a robotizao tambm tem seus pontos negativos:
- Alto custo de implantao;
- Movimentos limitados comparados aos movimentos que
podem ser realizados pelo homem.
3.3 COMO SELECIONAR O ROB
Quando se tem a inteno de propor uma clula robotizada, devem-se ter
alguns cuidados, principalmente se for uma tecnologia nova a ser implantada, na
empresa deve-se observar:
- Primeiramente fazer uma anlise em que processo pode se
utilizar o rob;
- Preferencialmente entrar em contado com empresas que j
utilizam o processo, para que se tenha um parmetro de
partida;
- Se isto no for possvel, entrar em contato com vrios
fornecedores que vendam rob de preferncia consultar
diversas marcas que esto a venda no mercado, para que
cada uma apresente sua soluo, tendo-se cuidado para que
este processo seja transparente, e seja solicitada
-
47
configuraes parecidas, pois na tomada de deciso as
comparaes devem ser coerentes.
Segundo Usategui et al. (1997, p.127) deve se seguir uma seqncia para a
sua implantao:
- Requisitos prvios;
- Estudo das aplicaes potenciais;
- Anlise econmica;
- Avaliao das aplicaes;
- Seleo da tarefa ou aplicao;
- Seleo do rob;
- Desenho e preparao da instalao;
- Colocao em funcionamento.
-
48 4 PROCESSO DE SOLDAGEM MANUAL
Neste capitulo ser feita a anlise do processo atual de soldagem do
conjunto suporte de trao e seu subconjunto. Todas as informaes foram
coletadas no setor de solda pesada, onde foram realizadas medies com
cronometro nas prticas do setor.
O ponto de partida foi realizar a anlise do processo atravs do layout.
4.1 LEVANTAMENTO DE DADOS
Os captulos anteriores serviro como embasamento terico para a coleta de
informaes da clula de solda manual objeto de nosso estudo. Esta clula foi
escolhida por ter um item com grande volume de produo, sendo que a empresa
tem por objetivo, fornecer ao cliente outro item que tem a mesma estrutura soldada
porm, com o processo posterior diferente, hoje, o volume de produo deste item
de aproximadamente mil seiscentos e cinqenta peas ms.
Os dados foram analisados da seguinte forma:
- Verificao do layout atual;
- Levantamento das atividades necessrias para fabricao do
conjunto suporte de trao;
- Desenvolvimento da folha de processo;
- Coleta dos tempos de fabricao do conjunto suporte de
trao;
- Analise dos tempos de fabricao do conjunto suporte de
trao, atravs de grfico de pareto;
- Levantamento das atividades necessrias, mas que no
agregam valor ao produto, como deslocamento, setup, entre
outros;
- Levantamento de solues que podero melhorar o
processo.
-
49
Neste captulo ser demonstrado o local onde ser analisada, a clula de
soldagem do conjunto de trao, esta clula conta com dois aparelhos de solda mig
com as seguintes caractersticas, alimentao 380 volts como a freqncia de 60 Hz,
ciclo de trabalho a 60% de 400A e a 100% de 310A, utilizam-se arame de solda
1mm e gs inerte co2 96% , esto dispostos no layout como representa a figura 31.
Figura 31 Layout solda Conjunto suporte de trao
Para a realizao da prxima etapa, foi observada, a forma que o processo
de soldagem realizado, primeiramente se verificou a seqncia de soldagem, com
isso foi visto que para a fabricao do conjunto era necessrio pr-montagens que
tambm so soldadas na mesma clula, este conjuntos esto demonstrado na figura
32 a estrutura do conjunto suporte de trao ou seja as peas que so utilizadas
para formar o conjunto final sem a representao de seus subconjuntos .
-
50
Figura 32 Estrutura do produto
Para dar prosseguimento, o conjunto suporte de trao foi separado como
eles so soldados, em subconjuntos que esto demonstradas a seguir:
- Subconjunto 1 conforme figura 33= P4+P5
- Subconjunto 2 conforme figura 34= P4+P5
- Subconjunto 3 conforme figura 35= P3+P7
- Subconjunto 4 conforme figura 36= P3+P6
Estrutura do produto "Conjunto suporte de trao"
Peso: 20,5 KG Cdigo Descrio Qt.
P1 Brao trao 1 P2 Chapa suporte 1 P3 Chapa reforo 2 P4 Chapa de fixao 2 P5 Chapa lateral 2 P6 Suporte 1 P7 Chapa suporte 1 P8 Brao da barra de trao 1 P9 Argola 1
-
51
Figura 33: Subconjunto 1
Figura 34: Subconjunto 2
-
52
Figura 35: Subconjunto 3
Figura 36: Subconjunto 4
-
53
Para a montagem do conjunto final necessrio que estes
subconjuntos j estejam soldados como representa o fluxo de montagem do
conjunto suporte trao, que est representada no fluxograma de blocos conforme
figura 37, estas montagens no so realizadas ao mesmo tempo, so determinados
lotes de produo pelo PCP atravs de ordens de produo, do conjunto final,
porm, no gerada ordem de produo para cada subconjunto, pois eles esto na
estrutura do produto, e para orientar os operadores, a empresa utiliza no desenho
do conjunto final e na seqncias de operao a seqncia de soldagem.
Figura 37: Fluxograma em blocos conjunto suporte de trao
4.2 FLUXO DE PROCESSO
O conjunto 1 e o conjunto 2 so semelhantes pois utilizam em sua
estrutura os mesmos componentes e so soldados no mesmo dispositivo de
soldagem, porm um o inverso do outro, somente so invertidos um dos
componentes e os tempos verificados foram semelhantes por isto esto
representados em um nico fluxograma de processo conforme figura 38.Nesta figura
esta representado dados referentes aos subconjuntos 1 ou 2 como, peso tolerncias
no processo tempo cronometrado, tempo normal e tempo padro. Os clculo
realizados esto conforme aos captulos 1 e 2 que foram utilizados como
Incio
Soldar conjunto
1
Soldar conjunto
2
Soldar conjunto
3
Soldar conjunto
4
Soldar conjunto Suporte de trao
Fim
Incio Incio Incio
-
54 embasamento terico, sendo que o nmero de cronometragens foi aplicada a
metodologia prtica, a qual o cronoanlista realiza o nmero de cronometragens
que achar necessrio, at que a medida seja confivel, utilizando o bom senso.
Tolerncia invarivel Peso TotalNecessidades bsicas 5,1 kg
5% 2% 9%
EF 100%
Seq. Operao Descrio Distncia
(m)Mdia (s) TC TN TP
1
Transportar dispositivo at a mesa de solda
1 3,00 0,05 0,05 0,05
2
Transportar peas p 04 e p 05 at a mesa de solda
2 6,50 0,11 0,11 0,12
3 Montar peas p 01 e p 05
no dispositivo0 23,95 0,40 0,40 0,44
4 Soldar sub conjunto 0 38,80 0,65 0,65 0,70
5 Tirar pea do dispositivo e
acomoda a mesma0 13,63 0,23 0,23 0,25
6
Transportar as peas at a prateleira e organizar
2 8,00 0,13 0,13 0,15
7 D Tempo de espera 0 0,00 0,00 0,00 0,00Total 1,56 1,56 1,71
Fluxo de processo valido para o subconjunto 1 ou subconjunto 2
Posio de trabalhoEm p
2%
FT100%+Soma de T
109%
Tempos em minutos
Dados DescrioTolerncia
Figura 38- Fluxo de processo do subconjunto 1 e 2.
Como podemos analisar tanto o conjunto 1 e o conjunto 2 com o
operador trabalhando normalmente, foram utilizadas as tolerncia da figura 1.5, com
eficincia normal, informao est retirada da figura 5 ou seja com eficincia de
100% possvel fazer um subconjunto a cada 1,71 minutos ou seja 1 minuto e 43
segundos. Em anexo est representado, a tabela com os tempos verificados. Foi
realizado o mesmo procedimento para realizao do fluxo de processo para o
subconjunto 3 que est representado na figura 39 e para o subconjunto 4
representado na figura 40.
-
55
Tolerncia invarivel Peso TotalNecessidades bsicas 1,3Kg
5% 0% 7%
EF 100%
Seq. Operao Descrio Distncia
(m)Mdia
(s) TC TN TP
1
Transportar dispositivo at a mesa de solda
1 3,00 0,05 0,05 0,05
2
Transportar peas PC 03 e p 07 at a mesa
de solda2 4,50 0,08 0,08 0,08
3
Montar peas p 03 e p 07 no dispositivo
0 22,13 0,37 0,37 0,40
4
Soldar sub conjunto 0 24,08 0,40 0,40 0,44
5
Tirar pea do dispositivo e acomoda a mesma
0 11,90 0,20 0,20 0,22
6
Transportar as peas at a prateleira e
organizar2 6,00 0,10 0,10 0,11
7 D Tempo de espera 0 0,00 0,00 0,00 0,00Total 1,19 1,19 1,30
Tempos em minutos
Dados Posio de trabalho FTDescrio Em p 100%+Soma de TTolerncia 2% 107%
Fluxo de processo do subconjunto 3
Figura 39: Fluxo de processo de subconjunto 3.
J no subconjunto 3 com o operador trabalhando com eficincia
100% e tolerncias que esto representadas na figura 4.8 , possvel fazer um
subconjunto 3 a cada 1,19 minutos ou seja 1 minuto e 12 segundos.
-
56
Tolerncia invarivel Peso TotalNecessidades bsicas 5kg
5% 2% 9%EF 100%
Seq.Operao Descrio Distncia
(m)Mdia
(s) TC TN TP
1 Transportar dispositivo
at a mesa de solda1
3,50 0,06 0,06 0,06
2
Transportar peas p 03 e p 06 at a mesa de
solda2
7,00 0,12 0,12 0,13
3 Montar peas p 03 e p
06 no dispositivo 22,63 0,38 0,38 0,414 Soldar sub conjunto 16,20 0,27 0,27 0,29
5 Tirar pea do dispositivo
e acomoda a mesma14,90 0,25 0,25 0,27
6
Transportar as peas at a prateleira e
organizar2
9,00 0,15 0,15 0,167 D Tempo de espera 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 1,22 1,22 1,33
Dados Posio de trabalho FTDescrio Em p 100%+Soma de TTolerncia 2% 109%
Fluxo de processo do subconjunto 4
Tempos em minutos
Figura 40: Fluxo de processo de subconjunto 4.
No subconjunto 4 como as mesmas eficincias e tolerncias citadas
anteriormente, possvel produzir um subconjunto 4 a cada 1,33 minutos ou seja 1
minuto e 20 segundos.Estes pr-conjuntos so soldados no segundo turno da
empresa, o qual disponibiliza de 7 horas e 40 minutos ou seja 460 minutos, os
tempos que o operador de solda utiliza para soldar estes subconjuntos, a
distribuio de produo destes subconjuntos est representada na figura 41.
Figura 41: Balanceamento de produo dos subconjuntos
O fluxo de processo do conjunto suporte de trao est
representado na figura 42, os procedimentos realizados foram os mesmos que os
Minutos
460Peas
produzidas por Tempo
1,71 76 129,61,71 76 129,61,30 76 98,91,33 76 101,1
459,2Tempo total utilizado
Subconjunto x Distribuio da produoDescrio
Soldador
Sub conjunto 1Sub conjunto 2Sub conjunto 3Sub conjunto 4
-
57 utilizados nos fluxos de processo dos subconjuntos.
Tolerncia invarivel Peso Total
Necessidades bsicas 21,5kg5% 9% 16%
EF 100%
Seq.Operao Descrio Distncia
(m)Mdia
(s) TC TN TP
1 Dispositivo fixo 0,00 0,00 0,00 0,00
2
Transportar peas p 01,02,08 e 09 at a
mesa de solda2 12,00 0,20 0,20 0,22
3
Montar sub conjunto 1,2,3 e a pea 2 no
dispositivo77,03 1,28 1,28 1,40
4 Soldar 67,75 1,13 1,13 1,23
5 Montar peas 1 e 8 no
dispositivo13,98 0,23 0,23 0,25
6 Girar dispositivo 45
sentido horrio10,20 0,17 0,17 0,19
7 Soldar 88,45 1,47 1,47 1,61
8 Girar dispositivo30
sentido horrio11,27 0,19 0,19 0,20
9 Soldar 84,90 1,42 1,42 1,54
10 Girar dispositivo120 sentido anti horrio
11,42 0,19 0,19 0,21
11 Soldar 49,66 0,83 0,83 0,90
12 Girar dispositivo 30 sentido anti horrio
8,85 0,15 0,15 0,16
13 Soldar 32,18 0,54 0,54 0,58
14
Tirar pea do dispositivo e acomoda
a mesma45,61 0,76 0,76 0,83
15 Levar at a mesa de
solda1 15,33 0,26 0,26 0,28
16 Soldar parte inferior 266,08 4,43 4,43 4,8317 Calibra 28,65 0,48 0,48 0,52
18 Transportar at a pilha 3 13,18 0,22 0,22 0,24
19 D Tempo de espera 0,00 0,00 0,00 0,00Total 13,94 13,94 15,20
Dados FTPosio de
trabalho
Descrio 100%+Soma de TTolerncia 116%
Fluxo de processo do conjunto suporte de trao
Tempos em minutos
Em p2%
Figura 42: Fluxo de processo do conjunto suporte de trao.
-
58
Para a soldagem do conjunto final a empresa dispe de dois
soldadores e trabalham 8 horas cada, os quais somados dispem de 960 minutos
para a soldagem do conjunto final, sendo que o trabalho de solda do conjunto final
leva 15,2 minutos ou seja os dois soldadores conseguem produzir durante seu
expediente normal 63 peas do conjunto suporte de trao, porm necessrio uma
produo de 75 peas dia para que no final de 22 dias teis obtendo-se a produo
de 1650 peas, que a demanda do cliente para que esta produo seja possvel,
so realizadas 1hora e 30 minutos de hora extra por soldador aproximadamente 182
minutos, assim conseguindo fabricar as 12 peas a mais por dia.Para representar os
tempos totais necessrio para a soldagem do conjunto suporte de trao mais o
tempo de soldagem dos subconjuntos, esto representados na figura 43.
Tempo total de soldagem do conjunto suporte de trao Descrio Tempo (min) % correspondente
Sub conjunto 1 1,71 8% Sub conjunto 2 1,71 8% Sub conjunto 3 1,30 6% Sub conjunto 4 1,33 6%
Conjunto Suporte de trao 15,20 72% Total 21,24 100%
Figura 43: Tempo total de produo para o conjunto suporte de trao
Conforme a figura 43 para se ter um parmetro de produo
teoricamente a cada 21,24 minutos possvel produzir uma pea totalmente pronta.
Conforme a figura 44 o custo de produo do item, lembrando o custo de produo
por hora foi apresentado pela empresa.
21,24R$ 50,00R$ 0,83
R$ 17,70
Custo de produo para o conjunto suporte de trao
Custo do item
Tempo em minCusto /h
Custo/min
Figura 44: custo de produo por item.
-
59 4.3 ANLISE DOS PROCESSOS
O prximo passo a ser realizado a anlise crtica no mtodo de
produo atual, a qual ser feita da seguinte maneira: como podemos observar nos
fluxo de processo para a fabricao de um item necessrio varias operaes,
neste processo ser juntado processo equivalentes e fazendo a soma de seus
tempos, ento aps a juno de todos os dados ser demonstrado pelo diagrama de
pareto, assim podemos ter uma visualizao grfica, facilitando a anlise onde ser
verificado quais as operaes que no agregam valor ao conjunto, e o quanto cada
operao representa no tempo total de fabricao.
Analisando o fluxograma de processo do conjunto 1 e 2, foram
juntadas todas as operao iguais como representa a figura 45 e aps isto
representado na figura 46.
DescrioDistancia
(m)Tempo (min)
%
Soldar 0,70 41%Montar no dispositivo 0,44 26%
Transporte 5 0,32 19%Tirar a pea e acomodar 0,25 15%
Totais 1,71 100%5 100%
4 41%3 67%
1,2,6 85%
Anlise do fluxo de processo do conjunto 1 e 2
Seqncia % acumulado
Figura 45: Anlise do fluxo de processo do conjunto 1 e 2.
-
60
0,70 0,44 0,32 0,25
41,3%
25,5%
18,6%14,5%
66,8%
85,5%
100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Soldar Montar no
dispositivo
Transporte Tirar a pea e
acomodar
Po
rce
nta
ge
m
Te
mp
o (
min
)
Operaes
Anlise do fluxo de processo do conjunto 1 e 2
Tempo (min)
%
% acumulado
Figura 46: Grfico analise do fluxo de processo do subconjunto 1 ou 2.
Como podemos verificar, o processo de soldagem do subconjunto 1
e 2 s representa 41,3%, as demais atividades que no agregam valor, mas
necessrias esto disposta da seguinte forma: em segundo lugar o processo de
montagem no dispositivo com 25,5% , terceiro colocado o transporte com 18,6% e
o processo de tirar a pea do dispositivo e acomodar a mesma com 14,5%, este
processo que no agregam valor soma 58,6% do tempo ou seja neste subconjunto
que leva 1,71 minutos para ficar pronto 1,01 minutos so s de operaes que no
agregam valor.
O subconjunto 3 est representado na figura 47 esta representado
graficamente na figura 48, o processo de anlise o mesmo realizado
anteriormente.
-
61
DescrioDistancia
(m)Tempo (min)
%
Soldar 0,44 34%Montar no dispositivo 0,40 31%
Transporte 5 0,25 19%Tirar a pea e acomodar 0,22 17%
Totais 1,30 100%
1,2,6 83%5 100%
Anlise do fluxo de processo do conjunto 3
Seqncia % acumulado
4 34%3 65%
Figura 47: Anlise do fluxo de processo do conjunto 3.
Figura 48: Anlise do fluxo de processo do subconjunto3.
No subconjunto 3 foi verificado que o tempo de soldagem
corresponde somente 33,6% do tempo total de produo, em segundo lugar, fica a
operao montar no dispositivo com 30,9% e, em terceiro lugar, o transporte com
18,9% e a operao de tira a pea do dispositivo leva 16,6% do tempo ou seja os
processo produtivos que no agregam valor e de 66,4% somando um tempo total de
0,87 minutos, lembrando que o tempo total de 1,31 minutos. A anlise realizada no
subconjunto 4 est representado na figura 49 e graficamente representado na figura
50.
0,44 0,40 0,25 0,22
33,6%30,9%
18,9% 16,6%
33,6%
64,5%
83,4%
99,9%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
Soldar Montar no
dispositivo
Transporte Tirar a pea e
acomodar
Po
rce
nta
ge
m
Te
mp
o (
min
)
Operaes
Anlise do fluxo de processo do conjunto 3
Tempo (min)
%
% acumulado
-
62
DescrioDistancia
(m)Tempo (min)
%
Montar no dispositivo 0,41 31%Transporte 5 0,35 27%
Soldar 0,29 22%Tirar a pea e acomodar 0,27 20%
1,33 100%
3 31%1,2,6 58%
4 80%
Anlise do fluxo de processo do conjunto 4
Seqncia % acumulado
5 100%Totais
Figura 49: Anlise do fluxo de processo do conjunto 4.
Figura 50: Anlise do fluxo de processo do conjunto 4.
O subconjunto 4, neste caso as atividades que no agregam valor
somados so de 77,8% do total do tempo ou seja de 1,31 minutos 1,03 so destas
atividades, em primeiro lugar est a tarefa de montar no dispositivo com 30,9% do
tempo, em segundo, o transporte toma 26,6% do tempo, em quarto lugar tirar a
pea do dispositivo com 20,3% em terceiro lugar a nica atividade que agrega valor
que a operao de soldar com 22,1%, ou seja 0,29minutos.
Como uma prvia podemos observar que a maior parte do tempo
est ligada diretamente com atividades que no agregam valor, porm so
necessrias. Na figura 51 est representada a anlise do conjunto final e na figura
0,41 0,35 0,29 0,27
26,6% 22,1% 20,3%30,9%
57,5%
79,7%
100,0%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
Montar no dispositivo
Transporte Soldar Tirar a pea e acomodarPorcentagem
Tem
po
(m
in)
Operaes
Anlise do fluxo de processo do conjunto 4
Tempo (min)%% acumulado
-
63 52 est representado graficamente.
DescrioDistanci
a (m)Tempo (min)
%
Soldar 10,70 70%Montar no dispositivo 1,65 11%
Tirar a pea e acomodar 0,83 5%
Girar 0,76 5%Transporte 6 0,74 5%
calibrar 0,52 3%15,20 100,00%
Seqncia % acumulado
4,7,9,11,13,16 70%3,5 81%
Anlise do fluxo de processo do conjunto suporte de trao
17 100%Totais
14 87%6,8,10,12, 92%
2,15,18 97%
Figura 51: Anlise do fluxo de processo do conjunto suporte de trao.
Figura 52: Anlise do fluxo de processo do conjunto suporte de trao.
Podemos observar que no conjunto suporte de trao conseguimos
chegar prximo ao ideal, pois 70,4 % do tempo usado para atividade de soldar que
uma atividade que agrega valor ao item, as atividades que no agregam soma
29,6% do tempo total onde representa 3,76 minutos do tempo total para a produo
do conjunto suporte de trao, que de 15,2 minutos, para realizar o processo como
10,70
1,65
0,83 0,76
0,74
0,52
70,4%
10,9%5,5% 5,0% 4,8%
3,4%
81,3%86,7%
91,7%96,6%
100,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0
2
4
6
8
10
12
Soldar Montar no
dispositivo
Tirar a pea
e acomodar
Girar Transporte calibrar
Porcentagem
Tempo (min)
Operao
Anlise fluxo de processo do conjunto suporte de trao
Tempo (min)
%
% acumulado
-
64 um todo forma juntados todos os tempos inclusive os tempos dos subconjuntos. Na
figura 53 e graficamente na figura 54.
DescrioDistanci
a (m)Tempo (min)
%
Soldar 12,96 61%Montar no dispositivo 3,34 16%
Transporte 26 1,97 9%Tirar a pea e acomodar 1,81 8%
Girar 0,76 4%calibrar 0,52 2%
21,36 100,00%Totais
Operaoes realizadas em
todos os conjuntos
61%76%86%94%98%
100%
Anlise do fluxo de processo completo
Seqncia % acumulado
Figura 53: Anlise do fluxo de processo completo.
Figura 54: Anlise do fluxo de processo completo.
Na anlise completa do processo produtivo verificamos que as
atividades que agregam valor correspondem a 60,7% do tempo total, ou seja, 13
minutos tempo gasto no processo de soldar, o restante somado corresponde 39,3%
ou 8,4 minutos, a operao de montar no dispositivo que corresponde 3,3 minutos,
seguido pela operao de transporte com 2 minutos, a operao de tirar a pea e
13,0
3,3
2,0
1,8
0,8 0,5
60,7%
15,6%
9,2% 8,5%
3,6% 2,4%
76,3%
85,5%
94,0%97,6% 100,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0
2
4
6
8
10
12
14
Soldar Montar no dispositivo
Transporte Tirar a pea e
acomodar
Girar calibrar
Porcentagem
Tempo (min)
Operao
Anlise fluxo de processo do conjunto suporte de trao
Tempo (min)%% acumulado
-
65 acomodar corresponde 1,8 minutos, e a operao de girar leva 0,8 minutos e a
operao de calibrar 0,5 minutos. Como podemos observar todas as operaes
podem ser otimizadas, foi decidido pela juno de todos os processos em uma
anlise final, pois a proposta de um novo processo de soldagem pode ser realizada
em um nico dispositivo de solda sem a necessidade de subconjuntos.
Figura 2: Foto clula de soldagem manual.
Fonte: Metalrgica Netz.
-
66 5 PROPOSTA DE UM NOVO PROCESSO PRODUTIVO
Com base nos captulos anteriores ser desenvolvido um novo
processo produtivo, como definido anteriormente, o objetivo deste trabalho propor
uma clula de solda robotizada. Como objetivo principal esta clula de soldagem mig
deve soldar o conjunto suporte de trao. O procedimento ser realizado da
seguinte forma:
- Seleo do rob;
- Verificao da necessidade e seleo de um dispositivo de
posicionamento;
- Novo layout do processo produtivo.
5.1 SELEO DO ROB
Neste processo ser feita a comparao entre os robs
selecionados, ser tomado como base o capitulo 4.3. Para dar incio a este processo
foram contatados fornecedores de robs e dispositivos para a clula de solda
robotizada, como os captulos anteriores sugerem que se apresente aos
fornecedores, o processo que a empresa quer robotizar, foram apresentado as
seguintes informaes iniciais:
- Volume mensal;
- Tempo de soldagem atual
- Horas trabalhadas
- Arame utilizado
- Gs inerte gs de proteo
- Desenhos do item;
Estas informaes serviro para dar inicio ao processo de seleo,
como a empresa tem por objetivo utilizar esta clula robotizada em outros itens alem
do inicialmente verificada. Na figura 56 esta representada a comparao entre robs.
-
67
-
Figura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre RobsFigura 56: Comparao entre Robs
6868
-
69
Aps comparao entre robs, a kawasaki obteve maior pontuao,
porm importante ressaltar que todos os fornecedores foram envolvidos em todo o
processo, pois as informaes fornecidas e asolicitao a todos foram as mesmas,
visto que a empresa no tem experincias na rea de robotizao. Para melhor
visualizar a figura 57 representa a soluo oferecida.
Figura 57: Vista isomtrica da clula de solda robotizada. Fonte:Tiesse robot.
-
70 6 COMPARAO DO PROCESSO DE SOLDAGEM MANUAL COM PROCESSO
ROBOTIZADO
Para ter maior ganho no processo de soldagem robotizado a
empresa optou por um sistema de setup rpido com posicionador, a clula dotada
de 2 estaes, que permite ao operador realizar carga e descarga em uma estao
enquanto o rob realiza a soldagem na outra estao. O processo de soldagem do
conjunto suporte de trao ser realizado sem a necessidade de pr-montagens, e
pela clula de soldagem ter objetivo soldar outros conjuntos, ser desenvolvido
carros kits onde estaro acondicionadas as pea necessrias para a montagem do
conjunto suporte de trao e o estoque ser mantido intermediariamente. O
posicionador dotado de encoders absolutos para que no perca as referencias,
pois os dispositivos tero sistema de encaixe onde s permite a montagem em uma
nica posio, para que reduza setup inicial caso seja soldado outros itens nesta
clula. Assim possibilitando padronizao nos encaixes de todos os gabaritos, onde
no ser necessrio fazer novos programas a cada troca. A figura 58 representa o
processo de soldagem robotizada, onde constam as informaes fornecidas pelo
fornecedor, coerente ressaltar que os tempos informados estaro no contrato de
compra onde o fornecedor garante que a pea estudada levara para ser produzida.
Soldagem com rob
N Operao Descrio Dimenso Qt Total Velocidade (mm/min)
Tempo (s)
Tempo (min)
1 solda 5x70 70 4 280 600 28 0,47 2 solda 5x70 70 4 280 600 28 0,47 3 solda 5x70 70 4 280 600 28 0,47 4 solda 5x120 120 2 240 600 24 0,40 5 solda 5x200 200 4 800 600 80 1,33 6 solda 5x120 120 2 240 600 24 0,40 7 soda 5x350 350 2 700 600 70 1,17 8 solda 5x60 60 4 240 600 24 0,40 9 solda 5x50 50 4 200 600 20 0,33
10 Deslocamento
+ limpeza - 1000 900 66,67 1,11
11 Giro do
dispositivo 6 0,10
Total (100%) 398,667 6,64
Total (85%) 469,02 7,82 Figura 58: Anlise do processo de soldagem robotizada.
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Como podemos perceber, o rob tem grandes ganhos de tempo no
quando est com arco aberto, mas sim o tempo de um cordo ao outro, o fabricante
afirma que a reduo do tempo de arco aberto fica em torno de 10%, porm o tempo
de deslocamento at a prxima operao fica em torno de 50% do tempo que a
soldagem manual, ou seja, quanto maior o nmero de cordes maior ser o ganho.
Podemos perceber que ouve uma reduo de 63% do tempo gasto para soldar o
conjunto suporte de trao. A figura 59 apresenta o comparativo entre os processos
de soldagem, sendo que no processo manual possvel soldar 1 pea em 21,6
minutos e no processo robotizado em em 23,45 minutos estima-se a possibilidade de
soldar 3 conjuntos completos.
Se a empresa utilizar a clula de solda robotizada, durante 2 turnos
um de 8 horas e outro de 7 horas e 40 minutos ou seja 940 minutos possvel
soldar 120 conjuntos por dia, ao final de 14 dias a produo de 1650 peas
demanda necessrias para o atendimento ao cliente, ou seja estaria disponvel em
torno de 125 horas por ms para soldar outros itens.
Como a clula de solda ro