ESTUDO DAS PARASITOSES GASTROINTESTINAIS EM...
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Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 [email protected] [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE
Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional S.A.
Kelly Christina L. E. Fonseca Liliam V. De Paiva C. Silveira
Professor Orientador: Ms. Ricardo Carvalho Silva
Curso: Biomedicina
FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS
Trabalho apresentado no XXI Congresso Brasileiro de Parasitologia e II Encontro de Parasitologia do Mercosul - 2009.
Trabalho apresentado no 9º Congresso Nacional de Iniciação Científica - CONIC.
Trabalho premiado com o 1° lugar na área de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde no 3° Prêmio Anhanguera de Mérito Científico e Intelectual - 2009.
Trabalho apresentado no Evento Interno de Iniciação Científica - 2009.
ESTUDO DAS PARASITOSES GASTROINTESTINAIS EM CRIANÇAS DE 0 A 12 ANOS ATENDIDAS PELO LABORATÓRIO CENTRAL DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. XII, Nº. 14, Ano 2009
RESUMO
As doenças parasitárias ainda hoje são consideradas de alta prevalência, principalmente em países com níveis de desenvolvimento e condições de vida precária. Neste contexto, verifica-se uma grande quantidade de crianças que são acometidas principalmente pelas enfermidades gastrointestinais. Este trabalho investiga a incidência de parasitos em crianças moradoras da cidade de Anápolis, Goiás, bem como os tipos mais frequentes na região. O estudo foi realizado através dos resultados de exames parasitológicos feitos pelo Laboratório Central do Município. Avaliaram-se os dados sócio-econômicos e as condições de saneamento básico dos pacientes selecionados. O trabalho objetivou observar a relação saúde-doença e os fatores ambientais envolvidos. Foram examinadas 170 crianças, dos exames coprológicos 96 (56,5%) foram positivos sendo que destes 49% apresentaram poliparasitismo. Os parasitos mais fequentes nas amostras analisadas foram: Giardia lamblia (41%) e Endolimax nana (25%). O resultado da pesquisa sugere uma investigação mais profunda das causas destas infecções, justificando assim a importância desse estudo, uma vez que este oferece dados que podem subsidiar programas voltados à informação e profilaxia deste tipo de doença.
Palavras-Chave: parasitos gastrointestinais; crianças; exames coproparasitológicos; exame de fezes; Anápolis.
77 Publicação: 10 de maio de 2010
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1. INTRODUÇÃO
As parasitoses intestinais ainda hoje ocupam altos índices de prevalência mundial e
representam sérios problemas de saúde pública, principalmente nos países em
desenvolvimento. Nota-se também que as pessoas de menor poder aquisitivo são mais
acometidas, isto, quase sempre verificado pelas precárias condições sanitárias que as
mesmas vivem (MACEDO, 2005).
Os órgãos de saúde mundial sempre se esforçaram para controlar este tipo de
doença, mas, mesmo assim, não existe uma redução nestes índices e as famílias de baixo
poder aquisitivo, condições precárias de vida, e consequentemente hábitos de higiene e
alimentação deficientes, acabam contribuindo para a disseminação deste tipo de doença
(QUADROS et al., 2004).
É estimado que mais de 100 tipos de parasitos sejam capazes de infectar o ser
humano e as parasitoses infantis são causas importantes de morbidade e mortalidade em
todo o mundo (FERREIRA, 2006).
A história da saúde mundial mostra que nos últimos 50 anos houve um grande
avanço tecnológico e médico, mas em contradição, nota-se pouca redução na prevalência
das doenças parasitárias (MACEDO, 2005). Desta forma, mesmo com melhorias
tecnológicas na área da saúde, observa-se que, no fim do milênio, parasitoses intestinais
são causas de um grande problema de saúde pública, principalmente nos países em
desenvolvimento (MACEDO; REY, 2000).
As infecções causadas por parasitos podem ser apontadas como indicadores do
desenvolvimento sócio-econômico de um país, e sua alta freqüência desencadeia além de
transtornos gastrintestinais, um rendimento corporal diminuído, e isto, consequentemente
uma baixa da energia de produção dos trabalhadores de um país. A população que é mais
atingida por estas doenças são as crianças, o acometimento das mesmas leva a um déficit
nutricional, um atraso no desenvolvimento escolar e um retardo no desenvolvimento
físico (PINHEIRO et al., 2007).
Sabe-se que na idade infantil existe uma incidência bem maior de parasitoses
intestinais, principalmente no período que estas estão na escola, e o acometimento deste
tipo de infecção acaba sendo um agravante da subnutrição, podendo ocasionar à
desnutrição, gerando na maioria das vezes diarréias prolongadas e esses fatores irão
influenciar diretamente no aproveitamento e rendimento escolar, promovendo um déficit
no desenvolvimento físico e intelectual (MACEDO, 2005).
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As parasitoses intestinais estão entre as doenças mais comuns encontradas nos
indivíduos, porém, este tipo de doença ainda é muito negligenciada, não ocupando lugar
de destaque, nem mesmo sendo assunto de interesse de políticas públicas. Sendo assim,
essa classe de doença atinge mais de 30% da população mundial (UNICEF, 1998 apud
FERREIRA et al., 2006).
Os fatores envolvidos na relação parasito-hospedeiro são importantes para a
compreensão da história natural da doença e para a construção de níveis de atenção
básica de saúde. Assim, entender os aspectos ambientais onde as pessoas vivem como,
saneamento básico, passa ser de fundamental importância para a dedução crítica da
forma em que as parasitoses surgem numa comunidade. Muitas parasitoses que são
transmitidas ao homem são originadas de animais, e essa transmissão se dá de modo
direto ou indireto, por isso é necessário o conhecimento sobre zoonoses parasitárias,
tornando-se essencial sob o ponto de vista de saúde pública (AMENDOEIRA et al., 2003;
QUADROS et al., 2003b; CARVALHO et al., 2003 apud TOME et al., 2005).
A avaliação epidemiológica de uma dada sociedade ou grupo de pessoas pode
auxiliar na prevenção de vários problemas de saúde que acometem o homem, mas,
também é importante serem analisados outros fatores que irão interferir na incidência ou
não de doenças causadas por parasitos, tais como: o modo de vida das pessoas, o seu grau
de cultura, seu nível sócio-econômico, suas práticas e atitudes dentro da comunidade
(MACEDO, 2005).
Constatou-se que existe forte relação entre as condições de vida destas crianças
que na maioria das vezes é precária, com a incidência de parasitose intestinal e o seu
desenvolvimento que não é satisfatório (SILVA, 1997 apud FERREIRA et al., 2006).
Em Guarapuava-PR, 22 crianças com faixa etária entre 4 e 6 anos foram
estudadas e 31,7% destas apresentavam parasitos intestinais (FERREIRA, 2006).
Na cidade de Lages-SC, o estudo foi realizado com 200 crianças em idade escolar
e a prevalência geral entre helmintos e protozoários foi de 70,5% (QUADROS et al., 2004).
Em crianças de uma escola em um assentamento de sem-terras em Campo
Florido, MG, os exames coproparasitológicos foram realizados com 72 indivíduos, destes,
59,7% foram positivos (FERREIRA et al., 2003).
Em Anápolis, Goiás, onde o estudo está sendo realizado, não se têm dados que
mostrem a freqüência das parasitoses intestinais infantis. Desta forma, as gastroenterites
parasitárias, estão sendo avaliadas em crianças de 0 a 12 anos, atendidas pelo Laboratório
Central do Município de Anápolis (LACEMA).
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80 Estudo das parasitoses gastrointestinais em crianças de 0 a 12 anos atendidas pelo Laboratório Central do Município de Anápolis
Os resultados obtidos com o estudo estão sendo confrontados com questionários
aplicados aos responsáveis pelas crianças, para avaliação sócio-econômica, hábitos de
higiene e a existência de saneamento básico.
Assim, o presente trabalho objetiva evidenciar a epidemiologia dessas doenças
parasitárias para que o mesmo sirva de indicador e ferramenta para o redirecionamento
das ações municipais no âmbito da saúde, permitindo, o desenvolvimento de programas
de saúde pública e o fornecimento de índices que possibilitem corrigir as deficiências
sociais, aumentam a qualidade de vida dos habitantes do município.
2. OBJETIVO
Determinar a prevalência das parasitoses gastrointestinais em crianças da cidade de
Anápolis, Goiás, atendidas pelo Laboratório Central do Município de Anápolis -
LACEMA.
Identificar os principais parasitos gastrointestinais presentes nas crianças de 0 a
12 anos atendidas pelo LACEMA.
Verificar a existência de poli infecções.
Analisar a situação sócio-econômica das crianças.
Avaliar a relação infecção com o sexo e idade das crianças.
3. METODOLOGIA
O trabalho está sendo realizado na cidade de Anápolis, Goiás, e tem como alvo de estudo
crianças de 0 a 12 anos de idade, moradoras da cidade, que foram atendidas pelo
Laboratório Central do Município de Anápolis (LACEMA).
Os pais ou responsáveis pelas crianças são informados sobre a pesquisa e podem
optar em autorizar a utilização dos resultados dos exames. Os responsáveis que
concordam com a pesquisa, são entrevistados pelas autoras do trabalho com o objetivo de
coletar informações de âmbito sócio-econômico.
Neste questionário os pais/responsáveis pelas crianças responderam a perguntas
tais como, se a família utiliza água tratada, rede de esgoto, serviço de coleta de lixo, se
existe contato da criança com animais domésticos, se frequentam creche e/ou escola, se
possui hábitos como lavagem das mãos antes de alimentar e depois de utilizar o banheiro,
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se bebem água filtrada, como é feita a lavagem das verduras (folhas), se estavam com
diarréia ou dor abdominal, qual a renda da família e escolaridade dos pais.
A coleta de dados foi feita mediante os laudos dos exames parasitológicos, sendo
relevantes para o trabalho os resultados positivos e negativos, os parasitos encontrados, o
poliparasitismo, a idade da criança, dentre outros fatores.
Os resultados obtidos para a realização da pesquisa foram coletados dos laudos
dos exames de fezes das crianças com idade entre 0 e 12 anos feitos pelo LACEMA entre
os meses de maio e julho de 2009.
Foram excluídas do estudo todas as crianças que procuraram o LACEMA neste
período que não eram moradoras da cidade de Anápolis, aquelas que estavam fora da
faixa etária da pesquisa, 0 a 12 anos e aquelas que os pais não permitiram o uso dos
resultados para a realização do trabalho.
Após a captação destes resultados parciais, os mesmos foram analisados para
serem qualificados e quantificados, na tentativa de estabelecer relações dos resultados
encontrados com as respostas dos questionários respondidos pelos responsáveis dos
menores, foi utilizado nesta etapa o software SPSS versão 17 e banco de dados, gráficos e
tabelas do Microsoft Office Excel 2007.
A realização dos exames foi feita pelos funcionários do LACEMA, através da
técnica de Lutz ou de Hoffman, Pons e Janer (Sedimentação Espontânea), que tem por
objetivo a pesquisa de cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos (DE CARLI,
2007), sendo a liberação dos laudos e seus resultados de inteira responsabilidade do
laboratório e seus profissionais.
Após o exame realizado os resultados foram consultados via sistema do
laboratório, sendo assim quantificados e qualificados de acordo com o laudo emitido.
Mediante esses resultados, foram construídos gráficos e tabelas referentes aos
mesmos, no intuito de relacioná-los com as respostas comportamentais, sociais e de
higiene das crianças participantes da pesquisa.
Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Anhanguera Educacional de acordo com as exigências da Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde. Os responsáveis pelas crianças autorizaram a pesquisa através de um
termo de consentimento livre e esclarecido.
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4. DESENVOLVIMENTO
As enfermidades provocadas por parasitos intestinais constituem um dos maiores e mais
importantes grupos para a saúde pública, pois possui prevalência elevada e uma
distribuição por todo o mundo, representando efeitos significativos para o estado
nutricional dos indivíduos acometidos pela doença, tal como seu comprometimento
imunológico (CUTOLO; ROCHA, 2000).
A falta de saneamento básico e as condições de higiene inadequadas interferem
diretamente nas condições de saúde das pessoas, desencadeando com isso enfermidades
gastrointestinais provocadas por parasitos e, são as crianças as mais susceptíveis e
acometidas por este tipo de enfermidade (LIBRANDI et al. 2007).
O estudo foi realizado no Laboratório Central do Município de Anápolis, Goiás,
onde o objetivo da pesquisa se concentrou na identificação de crianças acometidas por
doenças gastrointestinais causadas por parasitos e a incidência destes.
Os exames foram realizados através do método de Hoffman, Pons e Janer
(Sedimentação Espontânea) (DE CARLI, 2007), que teve por objetivo a pesquisa de cistos
de protozoários, ovos e larvas de helmintos.
O método consistiu em analisar uma alíquota da amostra de aproximadamente
2g de fezes, e colocou-se em um recipiente plástico e adicionou-se cerca de 5 mL de água,
triturou-se bem com bastão de vidro ou “palito de picolé”. Acrescentou-se mais 20 mL de
água e filtrou-se a suspensão em um cálice cônico de 200 mL de capacidade, através de
uma tela metálica ou gaze cirúrgica dobrada em quatro; os detritos retirados foram
lavados com mais 20 mL de água, agitou-se constantemente com um bastão de vidro, e o
líquido que foi obtido através da lavagem foi recolhido no mesmo cálice onde se
completou com água (DE CARLI, 2007).
A suspensão repousou cerca de duas a 24 horas, homogeneizou-se o sedimento e
colheu-se uma gota, colocou-a em uma lâmina fazendo um esfregaço, usando lamínula.
Examinou-se no microscópio com objetivas de 10x e/ou 40x. Para a identificação de cistos
de protozoários e larvas de helmintos, corou-se com lugol (DE CARLI, 2007).
Todas as crianças participantes da pesquisa foram autorizadas por seus pais e/ou
responsáveis através de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e os mesmos
responderam a um questionário com perguntas de cunho socioeconômico, hábitos de
higiene e condições de moradia.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre as 170 amostras analisadas, 56,5% foram positivas (Gráfico 1), resultado que pode
ser comparado com estudo realizado em crianças de uma escola localizada em um
assentamento de sem-terras em Campo Florido, Minas Gerais, Brasil, onde 72 indivíduos
foram estudados e em 59,7% houve resultado positivo para protozoários e helmintos
(FERREIRA, 2003).
Gráfico 1 – Distribuição das amostras positivas e negativas das crianças de 0 a 12 anos
atendidas pelo LACEMA, Anápolis-GO.
Resultados semelhantes foram encontrados em pesquisa realizada com 635
crianças pertencentes a sete comunidades escolares do município de Guarapuava-PR,
onde 475 (75,27%) das amostras se mostraram positivas com um índice de poliparasitismo
de 26,73% (BUSCHINI et al., 2007).
Em crianças usuárias de creches da cidade de Botucatu, São Paulo, avaliou-se
que, em 2002, de 379 pacientes estudados, houve prevalência de 76,74% para as
enteroparasitoses (MASCARINI; DONALISIO, 2006).
Quando observada a faixa etária das 170 crianças estudadas, observou-se que 77
possuem de 0 a 5 anos e 93 estavam entre 6 e 12 anos, observou-se que a faixa etária entre
0 e 5 anos apresentou maior incidência de infecção por Giardia lamblia e no grupo de 6 a 12
anos, houve maiores índices de acometimento de todos os tipos parasitos, com exceção da
Giardia lamblia (Gráfico 2).
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Gráfico 2 – Distribuição dos casos positivos por faixa etária.
Nas crianças do sexo feminino, notou-se que foram maiores os níveis de infecção
por Giardia lamblia, representado 23 casos do total de amostras positivas (Gráfico 3).
Parasitos
Parasitos
Parasitos
Gráfico 3 – Distribuição dos casos positivos por sexo.
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Das 96 amostras positivas, verificou-se que em 51% (n=49) houve
monoparasitismo seguido de 49% (n=47) de poliparasitismo (Gráfico 4), com isso notou-se
que grande parte das crianças possuíam dois ou mais parasitos instalados em seu
organismo, podendo assim estabelecer caráter espoliativo e de prejuízo principalmente
nutricional a essas crianças.
Gráfico 4 – Resultado das amostras positivas com incidência de monoparasitismo e poliparasitismo.
No Gráfico 5, são demonstrados os parasitos e/ou comensais encontrados, citam-
se: Giardia lamblia (41%), Endolimax nana (25%), Entamoeba coli (16%) e Entamoeba
histolytica/dispar (15%), Ascaris lumbricoides (2%), Ancylostomideo (1%).
41%
25%
16%
15%2% 1%
Giardia lamblia
Endolimax nana
Entamoeba coli
E. histolytica/dispar
Ascaris lumbricoides
Ancylostomideo
Gráfico 5 – Distribuição percentual dos parasitos e/ou comensais encontrados nas amostras positivas das crianças de 0 a 12 anos.
Dentre os parasitos e/ou comensais encontrados entre as crianças estudadas o
mais frequente foi a Giardia lamblia (41%). A giardíase em muitos países é a infecção mais
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frequente no ser humano e sua incidência mundial pode ser estimada em 500.000 casos
por ano (REY, 2008).
A infecção por Giardia lamblia encontra-se amplamente distribuída, podendo ser
considerada causadora de diarréias tanto aguda como crônicas, nesse caso contribuindo
para deficiências na absorção de nutrientes, ou assintomática. Observa-se este tipo de
doença intimamente relacionada a surtos de doenças diarréicas associada à qualidade da
água potável (BOTERO-GARCÉS et al., 2009).
A giardíase acomete principalmente crianças entre oito meses a 12 anos e sua alta
prevalência pode ser pela falta de hábitos de higiene nessa faixa etária. São nas regiões
tropicais e subtropicais e entre as pessoas que possuem baixo nível econômico que são
mais prevalentes (NEVES, 2005).
Neste estudo foram analisadas algumas variáveis tais como idade, sexo,
saneamento básico, contato com animais domésticos, creches e/ou escolas, hábitos de
higiene, episódios de diarréia e dores abdominais, ingestão de água filtrada, modo de
lavagem de verduras em especial as folhagens, escolaridade dos pais e renda da família,
que representam fatores de risco aos indivíduos, com isso avaliou-se os parasitos de
maneira associada da mesma forma que estes foram apresentados nos laudos dos
pacientes, para que fossem avaliados os impactos dessas práticas com o acometimento das
crianças pelos parasitos.
Dentre os fatores de risco citados acima, avaliou-se as condições de moradia e a
utilização de água tratada e do total de entrevistados 73,5% afirmaram serem beneficiados
com o serviço e em somente 34,7% das casas existe rede de esgoto, já o serviço de coleta
pública de lixo foi observado em 94,1% das residências.
Quando estabelecida relação entre água tratada e as contaminações por parasitos,
45 pessoas responderam não possuir o serviço público e dentre estas 23 (48,9%)
apresentaram infecção por algum tipo de parasito. No Gráfico 6 observou –se que, mesmo
entre aqueles que disseram possuir o serviço, houve 73 casos positivos, ou seja, 58,4%
destes adquiriram parasitoses por outros meios de contaminação.
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Gráfico 6 – Distribuição dos casos negativos e positivos entre os que possuem ou não água tratada.
Analisou-se também a relação entre os que possuem rede de esgoto e algum tipo
de infecção, percebendo assim que mesmo tendo rede de esgoto 35 casos se apresentaram
positivos e dentre os que não possuiam o serviço 61 (55%) se encontravam parasitados,
demonstrando a importância do saneamento básico (Gráfico 7).
Gráfico 7 – Distribuição dos casos negativos e positivos entre os que possuem ou não rede de esgoto.
O fato de casas estarem localizadas em bairros onde não há uma totalidade de
serviço de água tratada e rede de esgoto pode influenciar na qualidade de vida dessas
crianças. Em estudo realizado em uma creche pública do município de Vespasiano, Minas
Gerais, verificou-se que em 34,1% das residências não possuía rede de esgoto, neste caso,
pode-se atribuir a ocorrência de enteroparasitoses às condições precárias de saneamento
básico (BARÇANTE, 2008).
As infecções por parasitos indicam as condições de saneamento de uma dada
população, e as crianças são as que refletem melhor o nível de contaminação de uma
região, pelo fato delas terem pouca capacidade de se locomoverem e mais
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susceptibilidade às doenças, reproduzindo as condições sociais desta comunidade
(FERREIRA et al., 2006).
Quando perguntados pelo tipo de água ingerida, 77,6% afirmaram sempre beber
água filtrada, levando-se em consideração que, o uso incorreto dos filtros de água, isto é, a
não observância quanto à troca das velas dos filtros de seis em seis meses, ou dos carvões
de filtragem dos purificadores de água conforme instruções do fabricante podem
ocasionar ingestão de água contaminada pelos seus usuários e algumas mães
mencionaram o uso de água da torneira para se fazer sucos e gelo para a família, e isto
gera riscos aos consumidores destes. Com isso, nota-se no gráfico 8 a presença de
infestação por parasitos mesmo os responsáveis pelas crianças afirmando sempre oferecer
água filtrada às suas crianças.
A qualidade da água utilizada para beber, deve ser avaliada, pois pode ser
responsável por vários tipos de contaminação do trato gastrointestinal (NEVES, 2005).
Parasitos
27
16
9 8
4 32 1 1 1
Gráfico 8 – Distribuição dos casos positivos entre os que afirmaram sempre beber água filtrada.
Os pais de 62,4% das crianças afirmaram que elas tinham contato com animais
domésticos, e nestes encontrou-se 37,1% de positividade, já que estes possuem um grande
potencial zoonótico.
Em relação aos hábitos de higiene pessoal de todas as 170 crianças participantes
da pesquisa foi detectado que 30 destas lavavam as mãos antes de manipular algum tipo
de alimento e mostraram-se infectadas por Giardia lamblia e outros parasitos (Gráfico 9),
sabe-se que a lavagem das mãos não constitui única medida profilática. Dentre as 33
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crianças que lavam as mãos às vezes e aquelas que nunca lavam antes de se alimentar, 23
(69,7%) estavam parasitadas.
Parasitos
30
14 12
6 4
3 2 11
Gráfico 9 – Distribuição dos casos positivos entre os que afirmaram sempre lavar as mãos antes de manipular alimentos.
O resultado das 126 crianças que sempre lavam as mãos após a utilização do
banheiro também mostrou infecção por Giardia lamblia em 29 casos (Gráfico 10), o hábito
de lavar as mãos nesse caso se mostra importante, já que pode haver auto-infecção por
meio de ingestão de ovos e cistos provenientes de fezes dos indivíduos já infectados,
observou-se que dos 44 que não possuíam esse hábito, 22 (50%) apresentavam algum tipo
de parasito.
Parasitos
29
1412
7
43 21 1
Gráfico 10 – Distribuição dos casos positivos entre os que afirmaram lavar as mãos após a utilização do banheiro.
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Sobre o hábito de andarem descalço, 81 das 170 crianças possuíam essa prática,
sendo que destas, 43 (53,1%) estavam contaminadas por algum parasito conforme
demonstra o gráfico 11. Das amostras positivas houve 14 casos de infecção por Giardia
lamblia, 8 casos de Giardia lamblia associado a Endolimax nana, observou-se infecção de 1
criança por Ancylostomideo, este tipo de parasito possui uma das vias de transmissão por
penetração de larvas L3 na pele (NEVES,2005), essa prática pode favorecer a
contaminação da criança devido à presença de parasitos no solo (Gráfico 11).
Parasitos
14
8 7
3 3 3 2
1 1 1
Gráfico 11 – Distribuição dos casos positivos entre as crianças que afirmaram andar descalço.
Foi abordado na pesquisa o modo de lavagem de verduras, em especial as folhas
que são consumidas pela família e quando perguntados, 97 (57,1%) dos 170 responsáveis
pelas crianças responderam que estas são lavadas somente com água, dentre estas 56
(57,7%) se encontravam parasitadas, sugerindo a ineficiência da lavagem somente com
água de torneira. O restante estava distribuído entre aqueles que lavam de outras formas,
porém inadequadas totalizando 30% e os que higienizam corretamente as verduras com
solução de Hipoclorito de Sódio, representando 15,9% do total de amostras.
Outro fator avaliado foi a escolaridade dos pais e este mostrou que, tanto os pais
quanto as mães não possuíam alto grau de escolaridade, sendo observado que
48,2%(n=82) (mães) e 55,3% (n=94) (pais) possuíam apenas o Ensino Fundamental
completo ou incompleto.
Das amostras positivas os maiores índices de infecções foram detectados nos
grupos que possuíam o ensino fundamental incompleto (pais) e ensino médio completo
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(mães) (Gráfico 12), neste último grupo observou-se que, das 37 crianças filhas de mães
que possuem o ensino médico completo, 27 (73%) frequentam creche ou escola, nota-se
portanto a terceirização do cuidado às crianças.
De acordo com Martins e colaboradores (2004), o grau de escolaridade materna
interfere diretamente na qualidade de vida de seus filhos, isto porque a mesma possui
maiores condições de cuidar de seus filhos. Supõe-se que estas mães tiveram mais acesso
a informações necessárias para proporcionar uma maior educação sanitária e promover
melhores condições físicas e emocionais para que seus filhos se desenvolvam de maneira
saudável e feliz.
Existe atualmente uma necessidade muito grande das mães voltarem a trabalhar
mais cedo e de estar de forma competitiva no mercado de trabalho, desta forma buscam
por atendimento em creches públicas ou privadas. Estudos mostram que estes ambientes
tem se tornado um fator de risco, já que as crianças têm uma exposição à transmissão de
agentes causadores de doenças dentre estas as parasitoses intestinais (BERG et al., 1991;
FUCHS et al., 1996 apud BARÇANTE, 2008), nesta pesquisa, 67,6% das crianças tem
contato com creches e/ou escolas, confirmando assim esse risco.
Parasitos
Gráfico 12 – Distribuição das amostras positivas conforme o nível escolar das mães.
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92 Estudo das parasitoses gastrointestinais em crianças de 0 a 12 anos atendidas pelo Laboratório Central do Município de Anápolis
Analisando-se o grau de escolaridade dos pais, observou-se que os maiores
níveis de infecção estavam entre as crianças filhas de pais com ensino fundamental
incompleto (Gráfico 13), sendo assim o baixo nível de instrução acaba comprometendo as
condições de cuidado e orientação dessas crianças, sabe-se que atualmente os pais são
parte integrante no processo educacional de seus filhos e participam conjuntamente de
seus cuidados com as mães.
Parasitos
Gráfico 13 – Distribuição das amostras positivas conforme o nível escolar dos pais.
Tanto no Gráfico 12 quanto no Gráfico 13, observa-se que na medida em que há
um aumento dos níveis de escolaridade dos pais, diminuem os níveis de incidência de
parasitoses gastrointestinais.
Analisou-se a renda das famílias e observou-se que, a maior incidência ficou
entre os que possuíam renda entre um a dois salários mínimos (Gráfico 14), 39 casos
positivos estavam no grupo entre um e dois salários e 25 casos no grupo com renda até
um salário. As categorias de renda familiar foram expressas com base na renda familiar
per capita em unidades de salários mínimos por média mensal, que é composta pela soma
de todos os salários dos integrantes da família por mês.
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Gráfico 14 – Distribuição das amostras positivas por renda familiar per capita em salários mínimos.
Parasitos
Após análise dos hábitos e condições sócio-econômicas que podem interferir na
qualidade de vida das crianças estudadas, percebeu-se a necessidade de planejamento e
desenvolvimento de trabalhos específicos de profilaxia para as doenças parasitárias, já
que podem ser evitadas com medidas simples de higiene e saneamento.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo das parasitoses gastrointestinais em Anápolis, principalmente em crianças de 0 a
12 anos se fez importante, uma vez que a cidade não dispõe de estudos de tal natureza.
Quando se faz um estudo epidemiológico dos parasitos intestinais, pretende-se
identificar quais os agentes etiológicos causam doenças e verificar suas conseqüências
desencadeadas por este processo.
O estudo da prevalência e os fatores que podem estar associados a estes cenários
podem diagnosticar, e servir para consequente tratamento dos indivíduos doentes e
promoção da saúde através de programas de controle das doenças parasitárias.
Neste estudo o índice de positividade de 56,5% pode ser considerado alto, mas
quando comparado com outros estudos já citados neste trabalho, pode-se encontrar
valores semelhantes, indicando assim um problema de saúde pública.
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94 Estudo das parasitoses gastrointestinais em crianças de 0 a 12 anos atendidas pelo Laboratório Central do Município de Anápolis
Dentre os parasitos mais encontrados, a Giardia lamblia foi o mais freqüente, e este
é um tipo de parasito que pode ser um importante indicador das condições sócio-
sanitárias e da contaminação fecal a que os indivíduos estão expostos, sugerindo também
comportamentos relacionados com a falta de higiene, tais como, lavagem das mãos de
forma inadequada, e a existência de água e alimentos contaminados (MACEDO, 2005).
Com este estudo verificou-se relevante importância em conhecer os hábitos
higiênicos e as condições de vida destas pessoas, para que sejam estabelecidas relações
para a indicação de possíveis causas dessas infecções em análises futuras.
Políticas sanitárias eficientes são necessárias para o controle de parasitos
intestinais, juntamente com a melhoria das condições de saúde da população nas zonas
mais pobres, elevando as condições de saneamento básico e promovendo reformas
educativas, com o objetivo de melhorar a saúde das crianças moradoras destas regiões.
A quebra do processo saúde/doença só é possível com a participação da
população e esta deve ser conscientizada e sensibilizada a ponto de ser capaz de praticar
corretamente as medidas profiláticas, para que em conjunto com ações de saneamento
básico possam obter sucesso e evitar doenças.
Trabalhos futuros poderão ser feitos no sentido de investigar as causas de
infecção, sendo importante um trabalho em conjunto com a Secretaria Municipal de saúde
para que programas educativos sejam desenvolvidos tanto com as crianças quanto com
seus familiares, podendo assim contribuir para diminuição e até mesmo erradicação das
parasitoses no município, promovendo saúde e prevenindo doenças.
PARECER DE APROVAÇÃO DE COMITÊ
Pesquisa autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Anhanguera Educacional S/A –
em 12/05/2009 por meio do parecer: 005/2009.
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