Estudo de caso enfermagem

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Estudo de Caso Clínico Infecção Puerperal ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER MATERNIDADE DA ALVORADA – CAMI I Profª. Orientadora: Heide Maria de Oliveira Souza Discente: Adriano Cardoso Marques

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Estudo de Caso Clnico Infeco PuerperalESTGIO SUPERVISIONADO EM ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR DA SADE DA MULHERMATERNIDADE DA ALVORADA CAMI IProf. Orientadora: Heide Maria de Oliveira SouzaDiscente: Adriano Cardoso Marques

INTRODUOO estgio supervisionado inicial uma atividade curricular obrigatria, nesse nterim, a elaborao de um estudo de caso clnico necessria para compreender a problematizao inserida no estagio supervisionado.O estudo de caso um dos mais antigos mtodos utilizados no ensino de enfermagem e pode ser utilizado em educao continuadaEm vista disso, este material apresentara um Estudo de Caso Clnico no mbito do processo de cuidar da sade da mulher na Maternidade da Alvorada, integrando conhecimentos, assistindo a paciente dentro de uma perspectiva ampla e integral, no intuito de encontrar respostas para a Infeco Puerperal, devido sua colocao nos ndices internacionais de mortalidade como uma das principais causas de morbimortalidade no perodo ps-parto.Dada sua importncia significativa, este Estudo de Caso Clnico tem como finalidade no s levantar dados de identificao, mas de prevenir e alertar sobre os fatores desencadeantes das infeces puerperais.FISIOPATOLOGIA:INFECO PUERPURALDEFINIO: aquela que se origina do aparelho genital aps parto recente. O conceito de infeco puerperal deve ser complementado com o de morbidade febril puerperal pela dificuldade de caracterizar a infeco que ocorre logo aps o parto.MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL: a presena de temperatura de, no mnimo, 38C durante dois dias consecutivos, dentre os primeiros dez dias ps-parto, em pelo menos quatro tomadas dirias por via oral (excludas as 24 horas iniciais).INCIDNCIA:Varia de 1% a 15%. Juntamente com estados hipertensivos e hemorrgicos, forma a trade letal do ciclo gravdico-puerperal.

FATORES PREDISPONENTES:

Amniorrexe e/ou trabalho de parto prolongados Anemia Manipulao vaginal excessiva (toques) Baixo nvel socioeconmico Monitorao interna Hemorragia anteparto, intraparto, e ps-parto. Cerclagem Placenta Baixa Ms condies de assepsia Reteno de restos ovularesFISIOPATOLOGIA:INFECO PUERPURALDiagnstico:CLNICO:Formas Clnicas : Localizada, Propagada, Generalizada

Localizada:Vulvoperineal, vaginite, cervicite e endometrite.Propagada:Miofasciites, endomiometrites, salpingites, anexite, parametrite, pelviperitonite e tromboflebite plvica.Generalizada:Peritonite generalizada, septicemia e choque sptico

LABORATORIAL Hemograma completo Hemoculturas Cultura de material endocervical e endometrial Ultrasonografia fundamental para o diagnstico de reteno de produtos da concepo, abscessos intracavitrios e de parede abdominal.

FISIOPATOLOGIA:INFECO PUERPURALTRATAMENTO CLNICO:

fundamentado na antibioticoterapia e tratamento das complicaes, incluindo abscessos, tromboflebite plvica sptica, embolia sptica, distrbio hidroeletroltico, obstruo intestinal, insuficincia renal, insuficincia heptica, insuficincia respiratria e distrbios da coagulao. ESTUDO DE CASO CLNICOIDENTIFICAO DO PACIENTENome: J.P.SSexo: Feminino. Estado Civil: Unio EstvelIdade: 19 anos.Profisso: Dona de casa. Religio: CatlicaGrau de Instruo: Ensino Mdio Completo.Naturalidade: Manaus-AmInternao: 25/03/2015N de partos: PrimrioModalidade de Parto: CesreaQUEIXA PRINCIPALFebril aps parto cesrio. Secreo purulenta em inciso cirrgica, dor no local e febre, aps dois dias de alta hospitalar de parto normal. RN encontra-se aos cuidados do pai. Histria da Doena AtualConsulta: 25/03/15 Cliente J.P. S internada desde o dia 25.03.2015 s 22:00 hrs, com 30 dia de internao hospitalar na Maternidade Alvorada com diagnstico mdico de Infeco puerperal e est no 1 dia de ps-cirrgico de resutura em inciso cirrgica na regio plvica. Realizada entrevista podem-se obter os seguintes dados que incluiam a negativa de tabagismo, no uso de etilismo, alrgica a dipirona, mora na casa da sua me, com boas condies de moradia, renda mensal cerca de 900 R$. Possuindo relacionamento social satisfatrio. Informa no ter histria familiar de doenas como, por exemplo; Diabetes e Hipertenso Arterial. Relata que foi sua primeira gestao, realizou todas as consultas de pr-natal, no tem problemas hormonais e psicolgicos.Alega ter dor no local da inciso cirrgica e febre, aps dois dias de alta hospitalar de parto normal. No praticante de atividades fsicas regularmente, ao processo de higienizao toma banho diariamente, lava os cabelos 1 a 2 vezes por semana, realiza higiene oral todos os dias aps as refeies.EXAMES/DIAGNSTICOForam realizados os seguintes exames:

EXAMES LABORATORIAIS: Hemograma; Ultrassonografia, Fator RH: O +; Soro No Reagente.

EXAMES FSICOS: Inspeo localiza abdominal, do trax, presso arterial, pulso, temperatura, padro respiratrio de 2/2 horas.EXAMES/DIAGNSTICORESULTADOS/Diagnstico:Diagnstico Laboratorial:HEMOGRAMA: Os valores de Hemoglobina e Hematcrito abaixo do normal relacionado com o quadro de anemia.

ULTRASSONOGRAFIA: sem evidncia de abscesso cervicalFATOR Rh: O +VDRL: Soro no reagente

EXAMES/DIAGNSTICODiagnstico Fsico:Inspeo localizada abdominal: inciso cirrgica de resutura, detectado vermelhido, dor, e secreo, possvel quadro de infeco puerperal de stio cirrgico.Inspeo do trax e padro respiratrio: Expansibilidade simtrica do trax; aspirao das vias areas normais; sons auscultatrios dentro do padro de normalidade (DPNE).Indicadores temperatura, pulso radial, frequncia respiratria, presso arterial sistlica e presso arterial diastlica apresentando desvio moderado em relao aos parmetros esperados - SSVV, PA: 110x80 mmhg, T: 36,5 C; P: 70 bpm; R; 20 rpm.

TRATAMENTO/FARMACOLOGIAEstimular a ingesto de protenas, vitamina C e ferro para ajudar a corrigir a anemia.Orientar as formas para prevenir infeco, orientando-a quanto aos sinais e sintomas de infecoRepouso;Hidratao e suporte/dieta calrica adequada;Curativos oclusivo com SF 0,9% - 3 vezes por diaANTIBIOTICOTERAPIA: CEFALOTINA (CEFALEXINA): 1g endovenoso de 6/6 horas. Implementado a partir do dia 25 de Maro.ANALGSICO E ANTITRMICO:DIPIRONA SDICA (METAMIZOL): em caso de dor, 2 comprimidos de 500mg 2 vezes ao dia.

EVOLUO DA ENFERMAGEMPaciente encontra-se acordada, orientada sem queixa no momento. Aps aplicaes das prescries de enfermagem, no apresenta dor no local na inciso de resutura, em regio plvica, sem sinais flogisticos, sendo realizado curativo oclusivo com SF 0,9%, gaze e luva estril com duas vezes o dia. FF+, sem alteraes, com boa aceitao da dieta. Com alta hospitalar programada. SSVV: PA 110X70 mmHg, P 70, R 20, T 36. CONCLUSOAtravs deste estudo de caso, foi possvel associar os fundamentos entre teoria e prtica. Assistir e acompanhar a purpera em toda sua internao no s uma maneira de haver seu histrico, seus exame fsico, mas poder realizar interpretaes dos seus dados socioeconmicos e de sade, podendo assim elaborar a sistematizao de enfermagem no atendimento a paciente internada.Observa-se ainda a necessidade de uma linguagem prpria ao entendimento da paciente, mas ao mesmo tempo tcnica e simples, com o objetivo de prestar a uma assistncia mais humanizada.A utilizao da Sistematizao de Assistncia de Enfermagem (SAE) incrementou grande xito na construo do conhecimento e estratgias de atuao sobre a fisiopatologia, tornando-se uma fonte organizada para traar uma assistncia de qualidade.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICASVILA, Carlos. Dicionrio de Administrao de Medicamentos na Enfermagem. 4.e.d. EPUB. Rio de Janeiro, 2004.

BARROS, S. Enfermagem no Ciclo Gravdico Puerperal. 27 ed. Barueri, Manole, 2006.

BARROS, SMO. MARIN, H F, Abro. ACFV- Enfermagem obsttrica e ginecolgica: guia para a prtica assistencial. 2002. Captulo 16, pgina 292.

BRASIL. Ministrio da Sade (BR). Parto, aborto e puerprio: assistncia humanizada a mulher. Braslia (DF): Ministrio da Sade: Febrasgo/Abenfo. 2001.