Estudo de Caso - Ruido

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  • INCAR PS-GRADUAO

    Av. Tocantins, 679 Manoel Cardoso

    77818-630 Araguana/TO

    63 3415 2184 [email protected]

    PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE GOIS - PUCGOIS INSTITUTO CARLOS CHAGAS - INCAR

    COORDENAO DE PS-GRADUAO LATO SENSU CURSO DE ESPECIALIZAO EM ENGENHARIA DE SEGURANA DO

    TRABALHO

    PAIRO - UM ESTUDO CASO COM MOTORISTA DE

    VEICULO MDIO

    Evan Alves de Sousa

    MARAB - PAR

    2014

  • INCAR PS-GRADUAO

    Av. Tocantins, 679 Manoel Cardoso

    77818-630 Araguana/TO

    63 3415 2184 [email protected]

    PAIRO - UM ESTUDO CASO COM MOTORISTA DE VEUCULO MDIO

    TCC, em forma de artigo, apresentado Coordenao do Curso de Ps-Graduao da PUC Gois/INCAR, como requisito parcial para a obteno do titulo de especialista em Engenharia de Segurana do Trabalho, sob a orientao do Prof. Cledison Paixo Ramos

    MARAB - PAR

    2014

  • INCAR PS-GRADUAO

    Av. Tocantins, 679 Manoel Cardoso

    77818-630 Araguana/TO

    63 3415 2184 [email protected]

    AVALIAO

    ______________________________________________

    Cledison Paixo Ramos

    Resultado: _______________________

    Data: __________________________

  • INCAR PS-GRADUAO

    Av. Tocantins, 679 Manoel Cardoso

    77818-630 Araguana/TO

    63 3415 2184 [email protected]

    PAIRO - UM ESTUDO CASO COM MOTORISTA DE VEUCULO MDIO

    Resumo: Higiene ocupacional a cincia responsvel por avaliar e analisar os riscos ocupacionais, assim como promover medidas corretivas e preventivas relacionadas ao ambiente de trabalho. O ambiente de trabalho adequado constitui-se em um dos fatores mais importantes que devem ser investigados nas empresas. A relao entre as aes empresariais deve visar uma melhoria no ambiente laboral e o desempenho dos trabalhadores. Um dos riscos ambientais que mais aparecem como eminentes nas indstrias o rudo. O presente estudo identifica alguns aspectos do rudo industrial e seus efeitos no homem que trabalha, bem como os principais modos de preveno. Os mtodos usados no presente artigo na elaborado, foi feita atravs de pesquisas bibliogrficas e orientaes de profissionais na rea de sade de segurana do trabalho.

    Palavras-chave: PAIRO, DOENAS E LESO.

    Abstract: Occupational Hygiene is the Science responsible for evaluate and analyse

    the occupational risks, as wellas promote corrective and preventive sterps related to

    the work environment. The suitable work environmente constitutes one of the most

    important factors which must be investigated in the companies. The link among the

    business actions must aim an improvement in the laboral environment and the

    performance of the workers. One of the environment risks that more appear as

    eminent in the industries is the noise. The present study identify some aspects of the

    industrial noise and theis effects on man who works, as well as the main ways of

    prevention. The methods used on the present article, was been through bibliographic

    researches and advices of professionals on the healthy area of security work.

    key-works: Pairo, disease and injury.

  • 3

    1 INTRODUO

    A diversidade dos processos de produo, os mais variados agentes

    presentes nos ambientes laborais e os diferentes tipos de equipamentos, levam aos

    riscos ambientais/ocupacionais que diferem entre si em caractersticas assim como

    intensidade.

    A exposio aos riscos ocupacionais pode trazer perda de qualidade

    desempenho no trabalho do empregado, que resulta, no comprometimento da sua

    qualidade de vida e sade, ocasionado pelas doenas ocupacional mais acidentes

    de trabalho.

    Vrias so as situaes em que o trabalhador no percebe a evoluo de sua

    doena relacionada ao trabalho, vindo a perder a eficincia no rendimento laboral,

    com casos em que ocorrem os aumentos sintomticos de absentesmo e, at

    mesmo, ausncias temporrios, chegando ao extremo de afastamentos por invalidez

    em pessoas relativamente jovens. Esse um nus caro, que pode ser evitado com o

    monitoramento da sade do empregado, atravs do conhecimento dos riscos

    ambientais locais e buscando-se aes de bloqueio para (os) riscos cujas

    ocorrncias forem comprovadamente acima do limite permitido que 85db.

    Segundo Trentini e Paim (1999), a reviso bibliogrfica definida como uma

    fonte de informao para as pesquisas bibliogrficas. Estas pesquisas incluem

    estudos que propem a construo de teorias e marco conceitual pelo mtodo

    dedutivo, estudos conduzidos para traar uma imagem do saber produzido, ou os

    vazios em determinados fenmenos.

    A pesquisa bibliogrfica, ou de fontes secundrias, abrange toda bibliografia

    j tornada pblica em relao ao tema de estudo, desde publicaes avulsas,

    boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartogrfico,

    etc., com a finalidade de colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi

    escrito e dito sobre determinado assunto, (LAKATOS E MARCONI, 2005).

    Busca destacar as informaes a partir do levantamento bibliogrfico

    realizado sobre a Perda Auditiva alterada pelo Rudo - PAIR, ter em vista contribuir

    com o desenvolvimento do trabalho da equipe de enfermagem e para a qualificao

    da assistncia prestada para tal atividade profissional.

  • 4

    1.1 OBJETIVO

    O presente estudo prope ento realizar uma reviso sistemtica da literatura

    a respeito deste risco ocupacional PAIRO, muito comum em ambientes

    diversificados de trabalho, identificando-se alguns aspectos do rudo no ambiente da

    suas atividades laborais, seus efeitos sobre os trabalhadores, incluindo-se as

    principais conseqncias para sua sade fsica e psicolgica, bem como os mtodos

    de controle existentes, este estudo de caso foi realizado com o motorista no projeto

    Serra Sul S11D-Carajs.

    1.2 MATERIAIS E MTODOS

    O estudo busca a anlise e interpretao de dados com base na fundamentao

    terica com objetivo de compreender e explicar os problemas relacionados aos

    rudos. Os altos ndices de doenas ocupacionais e acidentes nesta indstria

    motivaram a busca pelas causas.

    Estudo analtico das condies de trabalho

    Pesquisas na internet

    Pesquisas em livros

    Artigos cientficos

    Ltcat-EMPRESA TOPGEO TOPOGRAFIA SERVIOS LTDA

    A carncia de estudos para avaliao da exposio humana ao rudo industrial

    laboral com uma abordagem abrangente, relacionando o impacto sade humana e

    os custos envolvidos, se constitui em um dos obstculos para uma anlise

    sistematizada do dificuldade. Na reviso bibliogrfica foram abordados os aspectos

    do rudo industrial, suas causas, seus efeitos malficos e como atenu-los na linha

    de produo, alm da abordagem de conceitos fundamentais da propagao sonora

    em ambientes fechados, e das normas e equipamentos para avaliao do nvel de

    rudo.

    A avaliao da exposio do rudo ocupacional dever ser uma atividade levada

    a cabo conjuntamente por trabalhadores, ou seus representantes, especialistas em

    Segurana e Sade do Trabalho. Dentro deste contexto, a execuo dos estudos de

  • 5

    caso foi realizada levando em conta os parmetros especificados nas normas e

    legislaes.

    1.3 Pairo perda auditiva

    Todo trabalhador exposto a rudo deve ser submetido a um processo de

    rastreamento da PAIRO, sendo que, um indivduo s ser considerado exposto ao

    risco de adquirir um dano auditivo devido a rudo quando o tempo de exposio

    dirio ultrapassar o limite proposto para cada nvel de presso sonora. Para que este

    rastreamento seja realizado, todo trabalhador deve ser submetido, num primeiro

    momento, a uma audiometria realizada em condies tcnicas ideais, que tem como

    finalidade expressar de maneira fiel a real situao dos limiares auditivos tonais

    2.1 CONCEITO DO PAIR: PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUDO PAIR

    Para Gonalves (2004), o ser humano um ser social, portanto

    comunicativo, sempre em relao dialtica com seu meio, e sua integrao/excluso

    na sociedade depende de sua habilidade comunicativa, comprometida no portador

    de PAIR.

    Entende-se por perda auditiva induzida por rudo (PAIR) as alteraes dos

    limiares auditivos do tipo neurossensorial, decorrentes da exposio ocupacional

    sistemtica a nveis de presso sonora elevados, e com caractersticas principais a

    irreversibilidade e a progresso gradual. Inicialmente, o acometimento dos limiares

    auditivos apresentam-se nas faixas de freqncias de 3.000 a 6.000 Hz. As demais

    freqncias podero levar mais tempo para ser afetadas. Uma vez cessada a

    exposio, no haver progresso da reduo auditiva (BRASIL, 1998).

    A PAIR a mudana permanente do limiar decorrente de um trauma acstico

    crnico e se caracteriza por ser do tipo sensrio-neural, geralmente bilateral e

    simtrica, irreversvel, de grau leve nas freqncias baixas e severo nas freqncias

    altas, com configurao audiomtrica tpica (entalhe em forma de V) na faixa de

    freqncias de 6000, 4000 e/ou 3000 Hz, que progride lentamente nas freqncias

    de 8000, 2000, 1000, 500 e 250 Hz e atinge seu nvel mximo, nas freqncias mais

    altas, nos primeiros 10 a 15 anos de exposio estvel a nvel de presso sonora

    (NPS) elevados e que interrompe sua progresso uma vez cessada a exposio.

  • 6

    H tambm a Perda Auditiva Induzida por Rudo (PAIR), que pode apenas ser

    prevenida eliminando-se ou diminuindo-se os nveis de exposio sonora. Esta

    considerada uma das mais comuns das doenas ocupacionais e a segunda leso

    ocupacional auto-referida mais comum. Este problema permanente e irreversvel e

    inexiste tratamento efetivo quando resultante de exposio excessiva.

    Mas o rudo no a nica causa de perdas auditivas no ambiente de trabalho.

    Outros fatores tambm podem influenciar sua ocorrncia, tais como: vibraes,

    exposio a agentes ototxicos e temperaturas extremas (MORATA e

    LEMASTERS,1995).

    Htu e Phaneuf (1990) afirmam que, entre todas as deficincias auditivas, a

    PAIR a patologia prevnvel mais comum. A exposio concomitante ao rudo,

    produtos qumicos e vibraes, podem agravar a perda auditiva induzida por nveis

    de presso sonora elevados. Porm, os nveis permitidos de exposio ao rudo,

    foram atribudas exclusivamente ao rudo, e outros agentes fsicos e qumicos foram

    e ainda tm sido ignorados.

    A deficincia auditiva provocada pela exposio continuada a rudo pode

    provocar diversas limitaes auditivas funcionais, as quais referem- se, alm da

    alterao da sensibilidade auditiva, s alteraes de seletividade de freqncia, das

    resolues temporais e espaciais, do recrutamento e do zumbido (SAMELLI, 2004).

    A alterao da seletividade de freqncia provoca dificuldades na

    discriminao auditiva. Essa leso provoca a resoluo temporal, ou seja, o tempo

    mnimo requerido para resolver um evento sonoro, e que, associado com a

    reverberao dos ambientes de trabalho, provoca limitao da capacidade do

    portador de PAIR em reconhecer sons (BAMFORD E SAUNDERS, 1991).

    Quando o indivduo portador de uma PAIR, com caracterstica

    neurossensorial, ocorre uma reduo na faixa dinmica entre o limiares auditivo e de

    desconforto, provocando um aumento na ocorrncia de recrutamento (fenmeno de

    decrescimento rpido e anormal da sensao de intensidade sonora) e, portanto, um

    aumento da sensao deste desconforto, comum nos ambientes com elevados

    nveis de presso sonora.

    Caso a exposio ao rudo acontea de forma sbita e muito intensa, pode

    ocorrer o trauma acstico, lesando, temporria ou definitivamente, diversas

    estruturas do ouvido, (BRASIL,2006).

  • 7

    Ainda segundo Brasil (2006), outro tipo de alterao auditiva provocado pela

    exposio ao rudo intenso a mudana transitria de limiar, que se caracteriza por

    uma diminuio da acuidade auditiva que pode retornar ao normal, aps um perodo

    de afastamento do rudo.

    O Ministrio da Sade define como principais sintomas da PAIR: perda

    auditiva; dificuldade de compreenso de fala; zumbido; intolerncia a sons intensos;

    dificuldade de sono; cefalia, tontura, irritabilidade, e at problemas digestivos. E

    ainda, como consequncia em relao percepo ambiental: dificuldades para

    ouvir sons de alarme, sons domsticos, compreender a fala em grandes salas

    (igrejas, festas), necessidade de alto volume de televiso e rdio, problemas de

    comunicao em grupos, lugares ruidosos, carro, nibus, telefone.

    Tambm so percebidos grande esforo e fadiga, devido a uma maior

    necessidade de ateno e concentrao nas realizaes de tarefas que impliquem a

    audio, bem como a ansiedade, irritao e aborrecimentos causados pelo zumbido,

    intolerncia a lugares ruidosos e a interaes sociais, dificuldades nas relaes

    familiares, irritabilidade pela incompreenso familiar, confuses pelas dificuldades de

    comunicao, e conseqente isolamento causada pela auto-imagem negativa, pois

    se v como surdo, velho ou incapaz.

    De acordo com BRASIL (2006), so considerados como sinnimos, a perda

    auditiva por exposio ao rudo no trabalho, surdez profissional, discausia

    ocupacional, perda auditiva induzida por nveis elevados de presso sonora, perda

    auditiva induzida por rudo ocupacional, perda auditiva neurossensorial por

    exposio continuada a nveis elevados de presso sonora de origem ocupacional.

    Assim, para minimizar ou eliminar prejuzos, as organizaes desenvolvem e

    implementam sistemas de gesto voltados para a segurana e sade ocupacional,

    onde os controles implementados devem ser robustos, de forma a identificar e

    avaliar as causas associadas aos acidentes e incidentes, pois estas informaes

    fornecem dados que, se devidamente tratados atravs de uma viso sistmica,

    podem fornecer subsdios importantes para a preveno de possveis acidentes e

    assim alcanar os resultados desejados. ARAUJO (2006)

    Para Araujo (2006), as organizaes devem estar livres de riscos e danos nos

    ambientes de trabalho, garantindo o bem estar fsico, mental e social dos

    trabalhadores e partes interessadas, neste sentido, situaes que podem culminar

    em perdas, injrias, danos propriedade produtos e servios de uma organizao,

  • 8

    so problemas que podem acarretar prejuzos de vrias formas econmicas, sociais,

    ambientais e de sade e segurana ocupacional, pelo fato do processo, produto ou

    servio oferecer tais riscos aos trabalhadores e sociedade.

    Os acidentes do trabalho so o maior agravo sade dos trabalhadores

    brasileiros, constituindo em um grande problema de sade pblica no apenas em

    pases em desenvolvimento, como tambm nos j desenvolvidos. Diferente do que o

    nome sugere, eles no so eventos fortuitos ou acidentais, mas sim fenmenos

    socialmente determinados e na maioria dos casos, prevenveis, onde podemos

    destacar que a Perda Auditiva Induzida por Rudo PAIR, uma doena

    ocupacional de alta prevalncia nos pases industrializados, (CORDEIRO et

    al,2005).

    De acordo com Harger e Branco (2004), a PAIR possui uma pior

    consequncia que a de tratar- se de uma doena irreversvel, onde acomete com

    mais freqncia o setor metalrgico, mecnico, grfico, txtil, qumico, petroqumico,

    transporte, indstria de alimento e bebida, atingindo, inicialmente, a freqncia de

    6000 Hz.

    A presena do rudo em um ambiente de trabalho pode lesionar o sistema

    auditivo e causar perda da audio, quando os nveis so excessivos. No incio o

    dano prejudica a audio nas freqncias mais altas, em torno de 4.000 Hz, e

    depois afeta progressivamente as freqncias mais baixas. Tais perdas s so

    percebidas, quando j irrecuperveis, onde as freqncias da conversao so

    afetadas, o que prejudica sua relao entre as pessoas, (HARGER e

    BRANCO,2004).

    Estabelece-se luta inglria do mdico e enfermeiro do trabalho contra a

    empresa, para a melhoria do ambiente de trabalho e para que o trabalhador use

    proteo. Esta pequena histria repete-se com freqncia, causando grande

    frustrao aos profissionais engajados na funo de prevenir. (LEME, 2001).

    Fernandes e Morata (2002), afirmam que agentes fsicos como o rudo que

    uma espcie de estressor ambiental, aliado aos estressores organizacionais como,

    por exemplo, turnos, ritmo e outros, alteram o funcionamento de todo o organismo.

    Combinados, esses estressores podem ter uma srie de efeitos sobre a sade e

    bem estar dos trabalhadores.

  • 9

    2.1 RUDO OCUPACIONAL

    As alteraes com relao s exigncias jurdicas e tcnicas, principalmente a

    respeito das avaliaes do rudo ocupacional, vem sofrendo mudanas constantes

    nos ltimos anos no Brasil.

    Novas Leis, instrues normativas e ordens de servios referentes ao assunto

    vm aproximando os dois Ministrios que regulamentam a matria: Ministrio do

    Trabalho e Emprego (MTE) e Ministrio da Previdncia e Assistncia Social (MPAS-

    INSS).

    As Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho - NR, relativas

    segurana e medicina do trabalho, so de observncia obrigatria pelas empresas

    privadas e pblicas e pelos rgos pblicos da administrao direta e indireta, bem

    como pelos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, que possuam empregados

    regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho CLT (Lei 6.514 regulamentada

    pela portaria 3.214).

    A Previdncia Social responsabilidade do MPAS. o seguro social para a

    pessoa que contribui, tendo como objetivo: reconhecer e conceder direitos aos seus

    segurados. A renda transferida pela Previdncia Social utilizada para substituir a

    renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja

    pela doena, invalidez, idade avanada, morte e desemprego involuntrio, ou

    mesmo a maternidade e a recluso.

    De acordo com o Art. 202, inciso II da Constituio Federal de 1988 o

    benefcio por tempo de servio em atividade especial deveria ser concedido ao

    trabalhador que exercia atividade perigosa, penosa ou insalubre. A partir de maro

    de 1995, atravs da Lei 9.032 que modificou o Art. 57 da Lei 8.213/91, foi institudo

    um novo conceito para aposentadoria especial corrigindo algumas interpretaes

    inadequadas do texto constitucional. O enquadramento como atividade especial, a

    partir 1995, passou a reger apenas as atividades ou operaes que expem os

    colaboradores a agentes insalubres, aumentando a presena da fiscalizao nas

    empresas para comprovao dos fatos e dados fornecidos ao INSS.

    As atividades ou operaes insalubres passaram a ser definida de acordo

    com os LT ou a presena no ambiente de trabalho de determinados agentes fsicos,

    qumicos ou biolgicos. Portanto, para se concluir que determinada atividade

    insalubre ou no, deve-se em primeiro momento estabelecer o que est se querendo

  • 10

    atender: aos requisitos do MTE ou ao do MPAS, pois o que insalubre para o MTE

    no , necessariamente, considerado insalubre para o MPAS e, vice-versa.

    O INSS atravs do MPAS, com relao ao agente rudo, alterou nos dez

    ltimos anos trs vezes os limites considerados insalubres para a jornada diria de

    trabalho: de 80 dB(A) at 1997, passando para 90 dB(A) e, atualmente, baixou para

    85 dB(A), atravs da Instruo Normativa 99 do INSS de incio de 2004.

    A partir de 1999 do Decreto 3.048/99, o INSS alm de arrecadar ao SAT

    (Seguro de Acidente de Trabalho) a alquota de 1%, 2% a 3% de acordo com o grau

    de risco da empresa, passou a arrecadar atravs do documento chamado GFIP, a

    alquota aplicada entre 6%, 9% e 12%, tendo como base de clculo o salrio dos

    empregados expostos a agentes insalubres.

    A partir destas ltimas modificaes o agente rudo passou a ser o foco de

    ateno do INSS, ressaltando-se os procedimentos e os parmetros que devem ser

    empregados nas medies, indicando a metodologia necessria anlise da

    exposio do trabalhador e as medidas de controle empregadas.

    2.2 EFEITOS DA EXPOSIO AO RUDO SOBRE O TRABALHADOR

    Alteraes provocadas pelo rudo

    A exposio ao rudo pode provocar diferentes respostas nos trabalhadores

    de ordem auditiva e extra-auditiva a depender das caractersticas do risco, da

    exposio e do indivduo exposto. So efeitos auditivos reconhecidos: o zumbido de

    pitch agudo, a mudana temporria do limiar (MTL) e a mudana permanente do

    limiar (MPL) (trauma acstico agudo e crnico) e so efeitos extra-auditivos:

    distrbios no crebro e nos sistemas nervoso, circulatrio, digestrio, endcrino,

    imunolgico, vestibular, muscular, nas funes sexuais e reprodutivas, no psiquismo,

    no sono, na comunicao e no desempenho de tarefas fsicas e mentais.

    A exposio ao rudo pode ocasionar efeitos sade como estresse,

    irritabilidade, hipertenso arterial e pode estar associado a outras situaes de risco.

    A pessoa pode tambm perder o apetite, ser vtima de aerofagia (deglutio de ar),

    de insnia, de distrbios circulatrios ou respiratrios e pode emagrecer.

    A hiperacusia pode impedir ou dificultar a utilizao plena das habilidades

    auditivas, prejudicando no s o trabalho, mas tambm a qualidade da vida social

    dos trabalhadores. caracterizada pelo constante incmodo a sons de intensidade

  • 11

    fraca ou moderada, independente da situao ou ambiente. H uma amplificao

    anormal da atividade neural evocada por um som na via auditiva, que sofre uma

    ativao secundria do sistema lmbico. Existem parmetros tais como a anamnese

    detalhada e a realizao do teste do limiar de desconforto (Loudness Discomfort

    Level LDL), para a identificao deste problema.

    Trabalhadores expostos aos nveis elevados de presso sonora podem ter, ao

    longo dos anos, uma perda auditiva neurossensorial irreversvel (perda auditiva por

    exposio a nveis elevados de presso sonora). Inicialmente, podem ocorrer

    alteraes temporrias do limiar auditivo (TTS Temporary Threshold Shift), isto , um

    efeito de curto prazo da reduo da sensibilidade auditiva, que retorna gradualmente

    ao normal depois de cessada a exposio.

    A prevalncia de PAIR de origem ocupacional em industririos de um mesmo

    setor da atividade econmica extremamente varivel tanto em estudos

    internacionais quanto em nacionais devido a fatores relacionados ao risco,

    exposio e aos trabalhadores das populaes estudadas. No Brasil, alm dos

    precrios sistemas de informao e de fiscalizao, temos ainda a questo da sub-

    notificao, fato que dificulta a determinao da magnitude do problema.

    Segundo Wachowicz (2007, p.112) o rudo um dos itens mais importantes

    da sade ocupacional, estando, quando inadequado, relacionado s leses do

    aparelho auditivo, fadiga auditiva e, provavelmente aos efeitos psicofisiolgicos

    negativos associados ao estresse psquico. O rudo (sendo este alto ou no) pode

    ser a causa de estresse no trabalho, uma das consequncias dos acidentes de

    trabalho.

    Segundo Bensoussan e Albieri (1999) um dos agressivos mais comum o

    rudo e, deve ser observado que alm da gerao de rudo e intensidade da

    propagao do rudo, a sensibilidade do organismo deve ser considerada.

    O grau da leso produzida pelo rudo est relacionado com diversos fatores. Um dos principais fatores a intensidade. Rudos superiores a 80 dB podero levar a um trauma auditivo. O tipo do rudo tambm importante. O rudo intermitente, ou de impacto, parece produzir danos maiores. O perodo de exposio tambm deve ser levado em considerao, assim como a durao do trabalho, uma vez que o efeito acumulativo. (...) A surdez por exposio ao rudo decorre de uma exposio crnica, em que traumatismos sucessivos levam a um deslocamento assimtrico da membrana basilar. Os sintomas so causados devido cronicidade da evoluo do quadro, como zumbido noturno ou em locais silenciosos. (...) Alm da perda auditiva caracterstica, o rudo pode ser o fator causador de outras doenas. Essas patologias podem afetar o trabalhador psicologicamente, causando depresso, estresse, entre

  • 12

    outras doenas, chegando a gerar dano inclusive no sistema cardiovascular, podendo ser fator causador de hipertenso arterial e taquicardia. (MACEDO, 2008, p. 12).

    A leso que o rudo produz no aparelho auditivo est ligada a diversos

    fatores, varia do grau de intensidade, tempo de exposio e frequncia. So

    diversas as causas malficas do rudo, atingem o trabalhador aos poucos, pois

    possui efeito cumulativo, com o decorrer do tempo percebe-se as alteraes, e o

    trabalhador comea a sentir zumbidos nos ouvidos. Pode atingir o trabalhador

    psicologicamente, lev-lo a se sentir irritado, gerar estresse e desencadear vrios

    problemas decorrentes deste. Por ser um agravante a longo prazo, muitas vezes

    nem empresa, nem trabalhadores preocupam-se em se proteger dos danos que

    causam a exposio continuada ao rudo.

    H alguns que considerem a perda auditiva como nica consequncia

    malfica do rudo. No entanto, esta apenas uma de suas consequncias, aquela

    que perceptvel mais diretamente. Esta condio exige ser analisada pois,

    dependendo dos nveis de rudos e o tempo de exposio do trabalhador pode

    comprometer irreversivelmente sua audio.

    A estimulao forte e repetitiva por um som intenso pode gerar a perda auditiva, que apenas temporria no incio, mas depois de ensurdecer, repetidamente, pode gerar um dano permanente. Isto denominado perda auditiva induzida por rudo (PAIR), que geralmente ocorre pela degenerao lenta, mas progressiva, das clulas sensveis ao som do ouvido interno. Quanto mais intenso e repetitivo o rudo, quanto maior o dano para a audio. O rudo que consiste predominantemente de altas frequncias mais danoso que os de baixa frequncia. A rea que responde pela sade industrial, pela higiene e medicina do trabalho relativamente aos empregados da empresa, atuando tanto na rea de preveno, quando na de correo, em estudos e aes constantes que envolvam acidentes no trabalho e sade do Trabalhador. (MARRAS, 2000, p. 199).

    Aps um rudo intenso geralmente percebe-se uma perda temporria da

    audio que, aps algum tempo retorna ao seu normal. O trabalhador exposto a um

    rudo permanente e intenso, depois de certo perodo de tempo ter perda auditiva

    definitiva. De incio no ser possvel constatar, mas com o decorrer do tempo

    comeam a aparecer os sintomas.

    Segundo Fisher e Gomes (1989, p. 163) a exposio a nveis de presso

    sonora muito elevados pode ocasionar ruptura da membrana do tmpano e at

    mesmo a desarticulao da cadeia ossicular com surdez imediata. Este tipo de

    ocorrncia considerado como acidente do trabalho.

  • 13

    3 PROTEO CONTRA RUDO

    Atualmente, engenheiros esto preocupados com os rudos produzidos por

    mquinas, escritrios at fbricas com grande nmero de equipamentos e

    capacidade de produo. escritrios at fbricas com grande nmero de

    equipamentos e capacidade de produo. At determinada poca na produo

    destes equipamentos, no havia uma preocupao especial com a questo do rudo.

    Este poderia ser apenas avaliado como uma consequncia de funcionamento de um

    motor ou qualquer operao. Desta forma, muitas empresas possuem mquinas em

    operao que produzem rudos elevados, a maioria destes esto em perfeito estado

    de conservao, com capacidade de operar por um tempo significativo, tornando-se

    inviveis economicamente sua substituio, considerando o processo produtivo das

    mesmas.

    Conforme Kroemer (2005) os rudos podem ser minimizados planejando uma

    condio sem rudo, reduzindo o rudo na fonte, interferindo na propagao ou

    utilizando proteo individual. Sendo que, a maneira mais efetiva de prevenir o rudo

    combat-lo na fonte. fundamental a eliminao de todos os sons

    desnecessrios. Segundo Saliba e Corra (2002, p. 34) O rudo pode ser

    controlado de trs formas: na fonte, na trajetria (medidas no ambiente) e no

    homem. necessrio utilizar de todas as formas possveis para reduo de rudos.

    A utilizao de protetores individuais somente recomendada quando no for mais

    possvel a reduo por outros meios.

    Segundo Fisher e Gomes (1989, p. 172) a utilizao de anteparos

    absorventes do som pode reduzir vrios dB na rea operacional do trabalhador.

    Manuteno correta tambm uma forma de reduzir o rudo, reduo esta que pode

    chegar a 10 dB. H determinados trabalhos e locais de operao que so ruidosos

    em funo da natureza de seu fazer produtivo. As empresas madeireiras so

    exemplos de locais que geram muito rudo, pois, exigem equipamentos de alta

    resistncia potncia para o beneficiamento da madeira. Nestes casos os rudos

    podem ser minimizados com substituio por peas e anteparos que geram menos

    atrito e utilizao de materiais mais macios como, borracha ou feltro.

    Quanto ao uso de EPI, segundo Fisher e Gomes (1989, p.174) a atenuao

    proporcionada pelo EPI 10 dB, inferior indicada pelo fabricante. A eficcia do EPI

    depende tambm de uma indicao correta e tima adaptao. Alm de fornecer o

  • 14

    equipamento ao trabalhador, necessrio escolher um modelo que se adapte a ele.

    comum trabalhadores deixarem de usar equipamentos por serem incmodos, ou

    de alguma forma insuficientes na proteo. Somente fornecer o equipamento no

    garante a eficcia na segurana, necessrio ter um planejamento para que todos

    os trabalhadores estejam utilizando o equipamento que lhe oferea proteo

    satisfatria.

    Conforme a tabela 1 anexos, analisa-se que, se um trabalhador usar um

    protetor com fator de proteo igual a 20 dB (A) ter proteo quando usar em 100%

    do tempo, caso for utilizado em penas 50% do tempo da jornada, a proteo se

    reduzir para apenas 5 dB (A). O trabalhador deve utilizar o protetor auricular

    durante todo o tempo de jornada no trabalho, seus efeitos se reduzem a medida que

    so retirados, a tabela a seguir demonstra a reduo de proteo com relao ao

    tempo de uso durante a exposio ao rudo.

    4 MEDIO DO RUDO

    A avaliao do rudo ambiente realizada com base em indicadores de rudo.

    A determinao desses indicadores pode efetuar-se, atravs da realizao de

    mtodos de medio de rudo (preferencialmente), por mtodos de previso ou

    modelao calibrados e validados, ou ainda pela combinao dos valores obtidos

    por medio com os valores calculados pelos modelos de previso. As medies de

    rudo devem ser realizadas de acordo com os procedimentos descritos na legislao

    em vigor, e fornecem resultados mais representativos da situao real, enquanto os

    mtodos de modelao so mais imprecisos e implicam que, simultaneamente, se

    realizem medies em determinados pontos por forma a validar os resultados

    simulados (Antunes, et al., 2008).

    Os resultados obtidos atravs das medies dos nveis de presso sonora

    dependem da fonte sonora em questo, e tm, por vezes, de ser combinados com

    mtodos de previso, uma vez que existem situaes em que, por exemplo, se

    pretende converter os resultados obtidos nas medies de rudo de trfego

    rodovirio pontuais, em valores representativos do fluxo de trfego anual. Nesta

    situao de extrema importncia o registo das caractersticas do trfego que se

    verificam durante as medies. Existem tambm situaes em que de acordo com a

    distncia do recetor fonte, necessrio ter em conta a influncia das condies

  • 15

    meteorolgicas. Neste caso, as medies efetuadas devem ser acompanhadas do

    registo das condies meteorolgicas que ocorreram durante a sua realizao.

    5 FONTES DE RUDO

    As fontes sonoras que se pretendem avaliar aquando da medio de rudo

    ambiente, podem possuir origens e funcionamentos diversos, podem ser isoladas ou

    surgirem de vrias combinaes, o que conduz realizao de diferentes tipos de

    anlise. Segundo o RGR, fonte de rudo a ao, atividade permanente ou

    temporria, equipamento, estrutura ou infraestrutura que produza rudo nocivo ou

    incomodativo para quem habite ou permanea em locais onde se faa sentir o seu

    efeito. Desta definio pode retirar-se que existem fontes de rudo permanentes e

    temporrias, sendo que todas esto associadas ao incmodo que provocam.

    Para que os nveis sonoros obtidos durante uma avaliao de rudo ambiente

    sejam confiveis e representativos da situao real, o intervalo de tempo de medio

    deve englobar um nmero mnimo de acontecimentos acsticos caractersticos da

    respetiva fonte em anlise. Assim, as condies de funcionamento de qualquer tipo

    de fonte de rudo devem ser estatisticamente representativas do rudo ambiente em

    considerao.

    A variabilidade dos nveis de presso sonora obtidos durante as medies

    significativamente influenciada pelas condies meteorolgicas (Heimann, 2003)

    (NP ISO 1996-2011). Esta influncia deve-se principalmente refrao das ondas

    sonoras por influncia de fatores meteorolgicos, nomeadamente, fatores trmicos,

    aerodinmicos e ainda devido absoro e turbulncia atmosfrica (Heimann,

    2003).

    Os fatores trmicos, associados s trocas trmicas entre o solo e a atmosfera,

    ocorrem preferencialmente quando se verifica forte insolao durante o perodo

    diurno. Estes fatores fazem com que exista uma variao de temperatura do ar em

    funo da altura, que conduz a uma variao na velocidade de propagao do som.

    Os fatores aerodinmicos associados ao atrito existente entre as massas de vento

    mveis e a superfcie da terra, causam variaes da velocidade do vento, que

    aumenta com a altitude, o que faz com que a velocidade da propagao sonora

    varie tambm com a altura (Besnard e Duc, 2009).

  • 16

    A presena destes fatores influenciam o gradiente vertical da velocidade de

    propagao sonora, e conduzem formao das designadas zonas de sombra,

    zonas em que no entram raios diretos do som e que tornam os nveis de presso

    sonora obtidos pouco representativos da situao real (Roso, 2001).

    Na nossa revoluo trabalhista temos ferramentas que ajuda tanto as

    empresas quanto os trabalhadores para preveno de doenas ocupacionais tais

    se encontra nas NRS:

    6 SESMT- CIPA- O SESMT nas empresas, sendo formado por uma equipe de

    profissionais multidisciplinares, visando a reduo de acidentes e doenas

    ocupacionais no ambiente de trabalho. Sendo formada por mdico do trabalho,

    engenheiro de segurana no trabalho, tcnico de segurana no trabalho auxiliar de

    enfermagem. Sendo que a CIPA tem como seu objetivo prevenir acidentes e

    doenas decorrentes da exposio ao trabalho. Fazendo com que seja sempre

    compatvel um trabalho com qualidade e a promoo da sade do trabalhador.

    7 LTCAT-TOPGEO TOPOGRAFIA E SERVIOA LTDA

    7.1 OBJETIVO

    O objetivo do presente trabalho avaliar os postos de trabalho da TOPGEO

    TOPOGRAFIA E SERVIOA LTDA, na fabricao de equipamentos

    hidrulicos e pneumticos, peas e acessrios, exceto vlvula para caracterizar se

    essas atividades so ou no insalubres em relao do agente RUDO.

    7.2 CRITERIOS TCNICOS E LEGAIS

    O presente trabalho para atender ao seu objetivo fundamenta-se na legislao

    brasileira, especificamente na CLT em seus artigos 189 e 191, bem como no Anexo

    1 da Norma Regulamentadora N 15 (NR 15) Atividades e Operaes Insalubre da

    Portaria n 3214 de 08/06/78.

    7.3 AVALIAO DE RUDO

  • 17

    Medidores integradores de uso pessoal (Audiodosimetro)

    Especificao mnima: caractersticas tcnicas que atendem as normas IEC 61672 e

    651 ou suas futuras revises, classificao Tipo 2, ajustados de forma a atender aos

    parmetros especificados na norma NHO-01 da FUNDACENTRO e NR-15 do MTE e

    caractersticas de segurana intrnseca para acesso em reas classificadas com

    risco de exploso.

    Na realizao das avaliaes de Rudo foram utilizados os seguintes

    aparelhos de medio:

    Calibradores Acsticos

    Especificao mnima: caractersticas tcnicas que atendem s especificaes da

    Norma ANSI S1.40-1984 ou IEC 942-1988.

    MARCA MODELO ESPECIFICAO DO MODELO CERTIFICADOS N

    3M QC-10 CALIBRADOR ACSTICO QIL 120048

    7.4 Funes Analisadas e Descrio das Atividades.

    Motorista-Dirige e manobra veculos e veculos e transporta pessoas, cargas ou

    valores. Realiza verificaes e manutenes bsicas de veculos e utiliza

    equipamentos e dispositivos especiais tais como sinalizadores sonora e luminosa e

    outros.

    7.5 AVALIAO DOS RISCOS

    Para realizar a avaliao dos riscos provenientes do agente em estudo

    tomamos por base o resultado das avaliaes ambientais, o ambiente de trabalho e

    as atividades desenvolvidas, alm das medidas de controle existentes.

    MARCA MODELO ESPECIFICAO DO MODELO CERTIFICADOS N

    3M EDGE 5 AUDIODOSMETRO ESM010017

  • 18

    7.6 Dados Levantados

    A seguir esto apresentados os dados levantados por cada funo de acordo

    com os relatrios emitidos que se encontram em anexo.

    7.7 Traumas Acsticos

    O Trauma Acstico uma perda auditiva imediata, severa e permanente quando

    ocorre a leso provocada pelos sons de curta durao e alta intensidade tais como:

    exploses, estampidos de arma de fogo, detonaes, etc.

    8 MEDIDAS DE CONTROLE ADOTADAS

    As medidas de controle do rudo devem ser basicamente consideradas de

    trs maneiras distintas: na fonte, na trajetria e no homem. As medidas na fonte e na

    trajetria devero ser prioritrias quando viveis tecnicamente.

    8.1 Controle do Rudo na Fonte

    o mtodo mais recomendado quando h viabilidade tcnica. Na fase de

    planejamento das instalaes o momento mais apropriado para adoo desta

    medida, pois podemos escolher equipamentos que produzem menores nveis de

    rudo e organizar o layout. Porm existem inmeras alternativas para o controle do

    rudo na fonte, tais como: substituir o equipamento; balancear e equilibrar partes

    mveis, lubrificar eficazmente rolamentos, mancais, etc.; reduzir impactos, alterar o

    processo (substituir sistema pneumtico por hidrulico); programar as operaes de

    forma que o menor nmero de mquinas permanea funcionando simultaneamente;

    regular os motores; reapertar as estruturas; substituir engrenagens metlicas por

    outras de plstico; instalar abafador nos equipamentos.

    8.2 Controle do Rudo na Trajetria

    FUNO GHE DOSE (%) LAVG

    dB(A)

    FUNO: MOTORISTA 01 2,05 % 56,96 dB

  • 19

    No sendo possvel o controle na fonte, o segundo passo a verificao de

    possveis medidas aplicadas na trajetria. Essas medidas consistem em:

    Evitar a propagao por meio de isolamento;

    Conseguir um mximo de perdas energticas por absoro (tratamento

    acstico)

    8.3 Controles do Rudo no Homem

    Essa forma o ltimo recurso a ser adotado quando as anteriores no forem

    possveis ou no forem eficazes. Como medidas de controle do rudo no homem,

    temos:

    Limitar o tempo de exposio do trabalhador ao rudo, ver Anexo I da NR-15;

    Realizar semestralmente ou anualmente, para cada funcionrio, teste

    audiomtricos nas frequncias de 500 a 4000 Hz (Hertz) acompanhados

    atravs de grficos;

    Tornar obrigatrio o uso do Protetor Auricular tipo concha atravs de Normas

    Internas;

    Treinar o trabalhador quanto ao uso adequado e higienizao do Protetor

    Auricular;

    Realizar campanhas educativas visando conscientizar o trabalhador quanto

    necessidade do uso do Protetor Auricular;

    Quando for constatado qualquer dano auditivo, o empregado dever ser

    afastado imediatamente do setor, sendo transferido para outro setor onde no

    existam nveis de rudo nocivos.

    Desenvolver e programar no mbito da empresa o Programa de Controle

    Auditivo-PCA.

    9 CONCLUSO

    O estudo bibliogrfico realizado revelou que no ambiente de trabalho

    precisamos ter mais ateno aos rudos do ambientais presentes no local de

    trabalho. Por um lado, devido aos impactes considerveis sobre a sade humana, e

  • 20

    por outro relativo s tcnicas e procedimentos adotados pelas pessoas responsveis

    pelo monitoramento. Assim, de extrema importncia a existncia de uma

    legislao aplicvel de procedimentos, padronizando a monitorizao do rudo

    ambiente.

    Fica evidente a necessidade de todo o envolvimento da rea operacional no

    levantamento das informaes, e a grande importncia de seu ponto de vista como

    embasamento para a busca de evidncias cientficas aprimorando assim o

    conhecimento gerado e melhorar a assistncia sade. Deve ficar claro, que investir

    na melhoria contnua do ambiente de trabalho, como muitos teimam em acreditar e

    que os resultados so alcanados no s na produtividade dos trabalhadores, mas

    indiretamente na melhoria do clima organizacional.

    A presena de rudo no ambiente de trabalho dever ser encarada como um

    problema a solucionar. importante para as empresas, atravs do seu SESMT

    sensibilidade para os riscos que a exposio ao rudo pode trazer para os seus

    funcionrios tais como: mau estar, doenas ocupacional e acidentes do trabalho, e

    na sua vida social em famlia podendo gerar conflitos familiares.

    Espera-se que este artigo bibliogrfico possa ser utilizado, para incentivar o

    planejamento e executar aes que busquem a melhoria do ambiente de trabalho,

    bem como aos tcnicos de enfermagem e de segurana do trabalho o

    reconhecimento da imensa importncia de seu papel e que a produtividade de seus

    empregados, seja consequncia de uma cultura prevencionista implantada, com

    todos sentindo a responsabilidade pela preservao da boa condio laboral.

    9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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