ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA.docx
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REFERÊNCIAS DO PROJETO
Título
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
ClientePrefeitura Municipal de Londrina
Local do projetoFundo de Vale Córrego dos Tucanos , Londrina - PR
Identificação do Empreendedor e Responsável
CHRONOS Consultoria e Acessoria Ambiental Ltda.
CNPJ: 96.785.432/0011-66*
Rua da Salvação, 666 - Jardim Elíseos*
Londrina/PR - CEP: 96203-230*
Fone: (+5543) 3678-5432*
E-mail: [email protected]*
www.chronosambiental.com.br*
Identificação dos Responsáveis pelo Relatório
Andressa Vitória Duarte de Souza
E-mail: [email protected]*
Título Profissional: Engenheira Ambiental
CREA PR: 6786887879*
ART nº 89277676739892878*
Caroline Hatada
E-mail: [email protected]
Título Profissional: Engenheira Ambiental
CREA PR: 6762345678*
CHRONOS Consultoria e Acessoria Ambiental Ltda. Rua da Salvação, 666 - Jardim Elíseos,
Londrina, Paraná. Fone: (+5543) 3678-5432
ART nº 77617381728819289*
Edson Massi
E-mail: [email protected]
Título Profissional: Engenheiro Ambiental
CREA PR: 6661834567*
ART nº 12232966832676271*
Fernanda Guelere da Viega
E-mail: [email protected]
Título Profissional: Engenheira Ambiental
CREA PR: 867234567*
ART nº 78272876832676271*
Isadora Guizilini
E-mail: [email protected]
Título Profissional: Engenheira Ambiental
CREA PR: 905234562*
ART nº 68579876932676270*
Vinicius Yugi Higashi
E-mail: [email protected]
Título Profissional: Engenheiro Ambiental
CREA PR: 9154534562*
ART nº 88509569032676219*
*dados meramente fictícios para fins didáticos
APRESENTAÇÃO
A CHRONOS Soluções Ambientais Ltda foi contratada pela
Prefeitura do Município de Londrina, Paraná para realizar o Estudo de Impacto de
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Vizinhança - EIV para o reflorestamento da Área de
Preservação Permanente - APP, Fundo de Vale Córrego dos Tucanos que se
encontra no município de Londrina - PR.
INTRODUÇÃO
O Estudo de Impacto Ambiental -EIV é um dos vários instrumentos
da Política Nacional do Meio Ambiente utilizado para regulamentação através de
uma lei específica, (Lei nº 6.938/1981), regulamentado pela Resolução CONAMA
nº 001/86 nos seguintes termos: "Considera-se impacto ambiental qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-
estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos naturais”. E,
sendo necessário para o licenciamento de atividades com caráter potencialmente
poluidor e com significativo impacto ambiental.
No o município de Londrina - PR, este também é regulamentado
pela Lei 11471-2012 ( do código ambiental do Plano diretor), Resolução nº 01, de
05 de novembro de 2013 em quem Regulamenta o trâmite de processos
referentes a Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) e Relatório de Impacto
de Vizinhança (RIV) no âmbito do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano
de Londrina – IPPUL.
E através deste estudo, pode-ser viabilizar e como impossibilitar o
projeto em questão caso este traga malefícios ao meio ambiente urbano. E
ressaltando que o código ambiental municipal (Lei 11471-2012 Art. 13.) permite
que: "Todas as pessoas, físicas e jurídicas, devem promover e exigir medidas que
garantam a qualidade do ambiente, da vida e da diversidade biológica no
desenvolvimento de sua atividade, assim como corrigir ou fazer corrigir, às suas
expensas, os efeitos da atividade degradadora ou poluidora por ela desenvolvida".
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INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PROJETO
Localização
O córrego Tucanos integra à bacia hidrográfica do ribeirão Cambé, a
qual possui aproximadamente 27,2km de extensão. Sendo a nasceste do córrego em
área urbana, no fundo de vale do Jardim Burle Marx, junto à PR-445, em frente ao
Instituto Agronômico do Paraná - IAP, região Sul de Londrina (UTM: 483523,31 x
7417333,89; altitude média: 555m), percorrendo os Jardins Esperança, São Paulo,
São Vicente, Vilas Boas, Jurumenha e Igapó, pela margem direita e os Jardins,
Itatiaia I e II, Tucanos e Mediterrâneo, pela margem esquerda. Percorre desde a
nascente até a sua foz no ribeirão Cambé, Jardim Igapó, cerca de 2300m (UTM:
484520,69 x 7418881,55; altitude média: 524m), e aproximadamente 150m da
barragem do Lago Igapó I. (PREFEITURA DE LONDRINA, 2012).
Figura 1. Área do Fundo de Vale Córrego dos Tucanos, Londrina-PR
Fonte: Google Earth, 2014
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Atividade
Reflorestamento do Fundo Vale dos Córrego tucanos pra
readequação da local como área preservação permanente conforme o código
florestal brasileiro vigente (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, 1 oriunda do
Projeto de Lei nº 1.876/99 2).
Data prevista para início das atividades.
A previsão de conclusão do projeto é para setembro de 2014.
Justificativa
Tratando-se de uma área de preservação permanente, entende-se
como necessidade do município para a recuperação, preservação e conservação
de Fundo de Vale Córrego dos Tucanos que se encontra ambientalmente
degradados, readequando-o conforme as leis que vigoram do âmbito federal até o
municipal com o intuito de manter o bem estar da população e do
microecossistema formado pelo fundo de vale em questão.
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA
Situada entre as coordenadas 23º08’47” e 23º55’46” de latitude Sul e
entre 50º52’23” e 51º19’11” Oeste, o município de Londrina tem uma altitude
média de 610 metros acima do nível do mar.
Com uma população estimada para o ano passado (2013) de
537.566, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Londrina figura na posição número 4 dentre as maiores da Região Sul do Brasil, e
número 2 dentro de seu próprio estado, quando levado em conta apenas o
número total de habitantes. Esta determinada população estimada distribui-se
sobre uma área de 1.653.075 quilômetros quadrados (1% da área estadual),
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gerando uma densidade populacional de 325,19 habitantes por
quilômetro quadrado.
A divisão populacional pode ser classificada conforme segue
apresentado na Tabela 1 do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico
e Social (IPARDES), em 2012:
Tabela 1: Divisão étnica da população de Londrina.
Etnia Porcentagem
Branca 70,4 %
Parda 21,8 %
Negra 4,3 %
Amarela 3,4 %
Indígena 0,1 %
A população economicamente ativa (PEA) de Londrina soma
231.144 habitantes (51,70% do total), que no ano de 2011 gerou um PIB total
bruto para a cidade de Londrina de R$ 10.773.163.140,00, o que a confere a
quarta posição dentro do estado do Paraná e a 55º posição no ranking nacional.
Já quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), este pode
variar bastante dentro do município, atingindo um valor médio e oficial de 0,824,
classificado como bem desenvolvido pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO
Método de Amostragem da Vegetação
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A realização da amostragem da vegetação feita no
local, foi realizado com a escolha de 4 pontos aleatórios para a identificação da
espécies vegetais presentes no Córrego dos Tucanos. Abaixo está o mapa com
os pontos de estudo.
(fonte: Google Earth)
Foi encontrada uma grande variedade de espécies, formando a
associação vegetação do Córrego dos Tucanos, sendo estas apresentadas na
tabela a baixo:
Tabela 2. Espécies da associação vegetal do córrego dos TucanosNome comum Nome Científico
Abacateiro Parsea Americana L.
Açoita Cavalo Luehea divaricata Mart.
Alecrim de Campinas Holocalyx balansae
Amora Branca Maclura tinctoria
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Angico - Branco Anadenanthera colubrina
Arnica Arnica Montana L
Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolius
Bananeira Musa sp
Caroba Sparattosperma Leucanthum
Catinguá Trichilia clausseni D. DC.
Chapéu de Sol Terminalia catappa
Crindiúva Trema micrantha
Embauba - Branca Cecropia pachystachya
Embauba Branca Cecropia pachystachya
Flamboyant Delonix regia
Fumo Bravo Solanum mauritianum
Goiabera Psidium guajava
Grandiúva Trema micrantha
Guanandi Calophyllum brasiliensis
Ingá-do-brejo Ingá affinis
Ipê Amarelo Tabebuia crysotricha
Ipê Branco Tabebuia róseo-alba
Ipê de Jardim Tecoma stans
Ipê Roxo Handroanthus avellanedae
Jangadeiro Heliocarpus americanus
Leiteiro Peschiera fuchsiaefolia
Leucena Leucaena leucocephala
Mangueira Mangifera indica
Maricá Candida Neomarica candida
Monjoleiro Senegalia polyphylla
Nespera Eriobotrya japonica
Palmeira Jerivá Syagrus romanzoffiana
Pata de Vaca Bauhinia forficata
Pitanga Eugenia uniflora
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Sangrá d'água Croton urucurana
Tapiá Alchornea sp
Trichilia Trichilia pallida
Consideramos espécie fiéis, como aquelas que estavam presentes
em pelo menos três dos quatro pontos. São eles: Angico, Aroeira Pimenteira e
Fumo Bravo.
No que concernem as espécies dominantes elucidamos as que se
seguem:
Tabela 3. Plantas dominantesEspécie Quantidad
eAçoita Cavalo 8
Angico 16
Aroeira Pimenteira
11
Bananeira 8
Fumo Braco 18
Para a cobertura de copas, utilizamos a literatura do Bellotto
(Bellotto, 2009) para obtenção dos cálculos para o grau de cobertura do
dossel/copa. Aqui foi utilizado cálculo para os dois primeiros pontos. Os
resultados foram:
Tabela 4. Pontos de Cobertura de copaPontos
Média
1 114,09
33
2 78,693
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33
No ponto 1, A estrutura da associação das espécies são bem
distribuídas e com cobertura de copas boa, fornecendo sombreamento. Observa-
se a presença de espécies nascendo na mata, o que é um bom indicativo de que
a mata ciliar esta cumprindo seu papel restaurador.
No ponto 2, as espécies não são tão bem distribuídas, mas observa-
se a chegada de novas espécies. Nas áreas em que não há sombreamento,
pode-se notar o surgimento de capim, que é um problema, já que ele compete
com as espécies que tentam se fixar no local.
Fauna
Foi observada a presença de pássaros no local, o que é um
importante indicador de dispersão de sementes, nos dizendo que algumas
espécies arbóreas já estão produzindo frutos, propiciando a resiliência. Foi
constatada também a presença de fezes de capivara, o que é um indicativo de
que esses mamíferos estão utilizando o Córrego como corredor ecológico.
Clima
Quanto aos aspectos climáticos, o Município de Londrina apresenta
a temperatura média anual de 21,1°C e precipitação pluviométrica média de
1610mm. Segundo a classificação climática de Köppen, Londrina apresenta o tipo
climático “Cfa”, caracterizado como subtropical, com temperatura média no mês
mais frio inferior a 18°C (mesotérmico) e temperatura média no mês mais quente
acima de 22°C, com verões quentes, geadas pouco frequentes e tendência de
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concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem
estação seca definida (Cartas climáticas do Paraná - IAPAR, 2000).
HIDROGEOLOGIA
Esconde-se sob a superfície do solo, uma das principais fontes de
toda a água utilizável pelo homem: os aqüíferos, que contém cerca de 30% da
água doce. Estes são denominados como águas que se infiltram lentamente
através do solo e se acomodam a diferentes profundidades, e em camadas
rochosas, onde ficam armazenadas.
Segundo os seguintes autores Ferreira, Luiz, Oyama, Silva, Spoladore, Alvarenga, 2008. O estudo dos fenômenos e leis que condicionam
e regulam a ocorrência, distribuição e movimento destas águas e os seus efeitos
para a vida e para os interesses humanos é denominado Hidrogeologia.
Na região onde se encontra o córrego avaliado, a água subterrânea
está inserida em dois sistemas aquíferos principais: o aquífero freático ou
superficial e o aquífero profundo, do tipo sedimentar e fraturado.
O aquífero superficial se encontra na zona saturada do solo, abaixo
da superfície do nível freático. Por se tratar de aquíferos livres, estes apresentam
elevado grau de vulnerabilidade, pois materiais contaminantes despejados no
córrego são facilmente carreados para o seu interior devido à maior concentração
e proximidade da superfície. O nível de água neste tipo de aquífero é variável ao
longo do ano, já que está intimamente correlacionado ao período de chuvas. Os
aquíferos mais profundos estão associados aos arenitos da Formação Botucatu e
aos basaltos da Província Magmática do Paraná, sendo que estas águas tendem
a ser mais mineralizadas, uma vez que a água fica confinada por um maior
espaço de tempo neste sistema.
A atuação da pressão estática confere um padrão hidráulico distinto
e desta forma o protege este tipo de aquífero de contaminações provenientes da
superfície ou mesmo do nível freático. Ao contrário dos sistemas aquíferos
sedimentares, os quais possuem certa homogeneidade física, o sistema Serra
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Geral, pelas suas características litológicas de rochas
cristalinas, se compõe em meio aquífero de condições hidrogeológicas
heterogêneas e anisotrópicas.
O atrelamento entre os aquíferos pode ocorrer (apesar de não ser
comum), desde que estes estejam interligados ao aquífero superior. Avalia-se e
espera se que a água freática deva assumir o mesmo sentido de escoamento,
das águas superficiais. Portanto, o fluxo da água do Córrego dos Tucanos é para
sul, no sentido do traço de drenagem do Ribeirão Cambé (Lago I).
PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL METODOLOGIA E MANUTENÇÃO
Atividades de reflorestamento se tornaram mais freqüentes a partir
de 2000 e de acordo com Rodrigues, Brancalion, Isernhagen, (2009) passaram a
compor programas de órgãos ambientais e de secretarias municipais, visando à
restauração das matas ciliares.
A Sociedade Internacional para Restauração Ecológica define um
ecossistema como recuperado ou restaurado “quando este conta com recursos
bióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento sem mais assistência ou
subsídio”, capaz de sustentar-se sozinho estrutural e funcionalmente e sugere a
redução ou eliminação de espécies exóticas em projetos de restauração
priorizando as espécies mais ameaçadoras e invasivas.
Diferentes modelos propostos por (Rodrigues, Brancalion,
Isernhagen, 2009, Martins, 2001, Kageyama, Gandarra, 2000) para o
reflorestamento de florestas tropicais devem ser adequados à realidade de cada
região, respeitando suas particularidades ecológicas e econômicas. No entanto,
como diz Metzger, (2003) devem ser pensados, considerando a ecologia da
paisagem.
A invasão de áreas abertas por gramíneas (capins) é um dos
principais fatores de perturbação tanto de áreas naturais, em especial unidades
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de conservação (Moraes, Pereira, 2003), quanto de áreas
reflorestadas (Rodrigues, Brancalion, Isernhagen, 2009).
No fundo de vale do córrego dos Tucanos, antes de iniciar o plantio
das mudas, foi feito a retirada de entulhos resultantes da demolição das moradias
irregulares desocupadas, limpeza da área e cobertura do solo com terra. Sendo
que foi feito a restauração de 124.494,74m² de área do fundo de vale do córrego.
Depois de feita a retirada dos entulhos, foi iniciado a realização do
plantio de mudas arbóreas nativas em toda a Área de Preservação
Permanente (APP) e mata ciliar, seguindo as recomendações de estudos já
realizados sobre mata ciliar no espaçamento de 3,0m entre linhas de plantio e
3,0m entre mudas na linha, sendo que as linhas deverão ser intercalares
entre si. As mudas apresentam entre 0,40 a 0,50m de altura, produzidas pelo
sistema de tubetes. Realizado o plantio diferenciado de espécies nativas
pioneiras, correspondendo a 50% do número total de mudas, sendo que a
regeneração natural da área do córrego é dificultada pela erosão hídrica, pela
reduzida dispersão natural e via zoocórica/ornitocórica de sementes, bem como
pela forte pressão antrópica do entorno.
Nas palavras de Massi et al (2013) com o uso de pioneiras que
ofertam recursos (frutos e sementes) à fauna, espera-se promover a chegada de
novos propágulos, promovendo a regeneração natural e o desenvolvimento
do ecossistema. No entanto, dentre os modelos propostos para os plantios, deve-
se pensar na possibilidade de enriquecimento de espécies, utilizando aquelas que
crescem melhor em ambiente já parcialmente sombreado, visando recuperar
tanto a fisionomia da floresta ciliar, quanto sua estrutura e funcionamento.
O modelo a ser implantado consistirá de uma linha de espécies
pioneiras alternada com uma linha de espécies não-pioneiras, correspondente a
Secundárias Iniciais (SI), Secundárias Tardias (ST) e Climáceas (C).
A intercalação das espécies reside na ideia de que, as pioneiras
crescem mais rápido, propiciando sombra e evitando o crescimento de gramíneas
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e outras espécies arbustivas que competiriam com as não
pioneiras, estas crescem mais lentamente a sombra das pioneiras, por
conseguinte as pioneiras tem um tempo de vida mais curto, assim que elas
morrerem as outras não pioneiras já estarão com altura suficiente propiciando
sombra e compondo a maior parte do dossel e com idade de produzir frutos para
sua dispersão, assim cumprindo seu papel que é de resiliência.
A aplicação de calcário deverá anteceder o plantio, feito a aplicação
em cobertura de 200g de calcário dolomítico ou magnesiano ao redor da cova, em
um raio de 0,25cm.
A aplicação de adubo químico deverá ser feito em cada cova. A
aplicação deverá ser feita 30 dias após o plantio, em um raio de 0,25m ao redor
da muda. A muda deverá ser irrigada logo após o plantio, não havendo previsão
de chuva no período subseqüente. Toda a muda deverá ser estaqueada com
ripão de madeira e coroada, formando uma área de contenção da água pluvial e
proteção contra ervas daninhas. A limpeza das covas deverá ocorrer
regularmente a cada 2 meses, conforme cronograma, com reposição de mudas
se necessário.
Em torno ao córrego, mais precisamente próximo as calçadas, as
mudas de árvores para a restauração do entorno, deverão apresentar altura igual
ou superior a 2,50m, a partir do colo da muda até a última bifurcação. A aplicação
do calcário e do adubo segue as mesmas recomendações para as mudas no
plantio da mata ciliar.
A manutenção do córrego dos Tucanos deverá ser realizada
periodicamente pelos próximos 21 (vinte e um) meses. Todas as operações
previstas de manutenção deste fundo de vale deverão ser supervisionadas por
um técnico da Secretaria Municipal do Ambiente – SEMA.
CHRONOS Consultoria e Acessoria Ambiental Ltda. Rua da Salvação, 666 - Jardim Elíseos, Londrina, Paraná. Fone: (+5543) 3678-5432
REFERÊNCIA
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disponível em: www.efraim.com.br/SER_Primer3_em_portugues.pdf Acesso em
22 de fevereiro 2014.
Society for Ecological Restoration International Science & Policy Working Group
(2004). Fundamentos da restauração ecológica. Tradução: Rodrigues, E.
CHRONOS Consultoria e Acessoria Ambiental Ltda. Rua da Salvação, 666 - Jardim Elíseos, Londrina, Paraná. Fone: (+5543) 3678-5432
disponível em:
www.efraim.com.br/SER_Primer3_em_portugues.pdf Acesso em 18 de junho
2012.
Anexos
CHRONOS Consultoria e Acessoria Ambiental Ltda. Rua da Salvação, 666 - Jardim Elíseos, Londrina, Paraná. Fone: (+5543) 3678-5432