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Estudo de Oportunidades de Negócios para
Empresas de Micro e Pequeno Porte Impactos Sócio-econômicos decorrentes da implantação do
Hospital da Chapada no Município de Seabra-BA.
Estudo de Oportunidades de Negócios para Empresas de Micro e Pequeno Porte - Âncora: Hospital de Seabra-BA
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OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE ESTE DOCUMENTO
Esta ação integra o Plano de Trabalho do Convênio firmado entre o Governo do Estado da
Bahia, através da Secretaria da Indústria Comércio e Mineração e o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia – SEBRAE para fomentar as micro e
pequenas empresas à partir do mapeamento de oportunidades negócios em torno de
investimentos estratégicos.
O presente relatório técnico objetiva apresentar os resultados da análise realizada sobre os
prováveis impactos econômico-sociais e no campo da saúde a serem provocados pela
implantação do Hospital Regional da Chapada, em Seabra.
As informações referentes ao Projeto Executivo do Hospital de Seabra estão sujeitas a
alterações pela equipe técnica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.
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APRESENTAÇÃO
O relatório ora apresentado discute os resultados referentes aos prováveis impactos a
serem observados no município de Seabra e microrregião decorrentes da implantação do
Hospital Regional da Chapada. Apresenta um conjunto de informações, que se forem
utilizadas poderão contribuir de forma significativa para ampliar os efeitos positivos a serem
causados pelo empreendimento bem como subsidiar planos de negócios de novos
empreendimentos.
Antes de mais nada é preciso ressaltar, que se trata de um estudo analítico, realizado com
base em algumas suposições, tomando como principal referência o que aconteceu no
município de Irecê a partir de 2008, com a ampliação do hospital regional local tendo como
principal suposto o fato de que ao alterar as condições de oferta do serviço público de saúde
em termos de hospitalização na região, tal mudança desencadeará uma serie de
modificações afetando inclusive o segmento de saúde privado produzindo efeitos
econômico-sociais no campo dos negócios, que poderão contribuir para firmar um novo
conceito de saúde no município. Tais possibilidades na medida em que se concretizem,
permitirão visualizar a unidade hospitalar como um agente de desenvolvimento regional.
Feitas essas considerações se acredita, que os resultados apresentados poderão contribuir
para a formulação de um programa de trabalho voltado para potencializar os efeitos
positivos a serem desencadeados a partir da implantação do hospital regional.
Importa destacar na elaboração deste relatório, as contribuições recebidas de empresários e
dirigentes públicos e privados, inclusive do campo da saúde dos dois municípios, Irecê e
Seabra, sem as quais não teria sido possível a conclusão deste trabalho.
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RESUMO
Este relatório apresenta os resultados da análise realizada sobre os prováveis impactos
econômico-sociais e no campo da saúde a serem provocados pela implantação do Hospital
Regional da Chapada, em Seabra. Trata-se de uma análise realizada com o propósito de
produzir informações a fim de subsidiar órgãos do governo estadual e o Sebrae/Ba, na
formulação de programa de ação local voltado para potencializar os prováveis impactos
decorrentes da implantação da unidade hospitalar. Dadas às características deste estudo,
foram utilizados como fonte de referência as informações fornecidas pelo Hospital Regional
de Irecê, cujo resultados obtidos reforçam o entendimento de que o empreendimento pode
ser utilizado como importante alicerce ao desenvolvimento regional.
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE POSSÍVEIS RESULTADOS DECORRENTES DA
IMPLANTAÇÃO DE UM HOSPITAL PÚBLICO NUMA MICRORREGIÃO. ANÁLISE DOS
SIGNIFICADOS E LIMITAÇÕES ...................................................................................... 11
3. COMO FOI REALIZADO O TRABALHO. ESBOÇO DA METODOLOGIA ADOTADA .................. 21
4. RESULTADOS A DESTACAR NO TERRITÓRIO DE ANÁLISE DE IRECÊ ............................... 24
4.1 CARACTERISTICAS ECONÔMICOS-SOCIAIS DO TERRITÓRIO....................................... 24
4.2 INDICADORES DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E DE ATENDIMENTO ................................. 27
5. RESULTADOS A DESTACAR NO TERRITÓRIO DE SEABRA .............................................. 32
5.1 CARACTERISTICAS ECONÔMICAS-SOCIAIS DO TERRITÓRIO ....................................... 33
5.2 INDICADORES DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E DE ATENDIMENTO ................................. 36
5.3 PARAMETROS UTILIZADOS PARA JUSTIFICAR OS PROVAVÉIS IMPACTOS DECORRENTES
DA IMPLANTAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL ................................................................... 39
6. CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS ............................................................................... 54
7. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 56
8. MAPEAMENTO DE OPORTUNIDADES EM SEABRA ......................................................... 57
9. APÊNDICES ............................................................................................................. 63
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1. INTRODUÇÃO
A inauguração do Hospital Regional da Chapada prevista para dezembro/2014, no
município de Seabra1, constitui-se em um marco da política de saúde do Governo do Estado
na região2.
Trata-se de uma unidade hospitalar programada para 101 leitos, cobrindo as
principais áreas de atendimento: i) 254 destinados à clínica médica; ii) 30 destinados à
clínica cirúrgica geral; iii) 12 destinados a pediatria;; iv) 120 destinados a clínica cirúrgica
ortopédica; v) 12 destinados a cuidados prolongados, além de 10 leitos, que serão
utilizados para implantação da Unidade de Terapia Intensiva/UTI, deste leitos 03 são
destinados a isolamento. A unidade hospitalar contará também com centros cirúrgicos,
centro de materiais esterilizados, farmácia, nutrição, laboratórios e outros equipamentos
necessários para operacionalizar um hospital com essas características3. Esta unidade se
constitui em importante contribuição para a atenção à saúde na região, tanto pelo aumento
na oferta de leitos, como pela ampliação na capacidade de diagnóstico, considerando que
será disponibilizado para a população da região serviço de patologia clínica, radiologia,
tomografia, ultrassonografia, ressonância magnética, endoscopia, eletrocardiograma,
ecocardiograma, ergometria, eletroencefalograma4.
Considerando a ampliação em todo país dos agravos resultantes de causas externas,
este hospital disponibilizará para a região uma unidade de Urgência e Emergência de Alta
Complexidade, com 17 leitos, sendo 03 na sala vermelha (emergência com alto risco
imediato), 05 sala de observação masculina, 05 sala de observação feminina, 04 sala de
observação pediátrica5,
1 Na organização política do campo da saúde no Estado, Seabra integra a Macrorregião Centro-Leste, sendo sede da 27ª Diretoria Regional de Saúde, atuando em termos de planejamento e acompanhamento na Microrregião de Saúde, composta por 11 municípios, ver listagem apresentada na 5ª seção.
2 Esta prevista inicialmente como unidade de pronto atendimento tipo II, operando como unidade de emergências contando inclusive com leitos de observação para até 24 horas.
3 Informações obtidas juntos aos profissionais que estão participando do Projeto. As informações do projeto estão sujeitas a alterações pela SESAB.
4 Memorial Descritivo de Projeto Hospital da Chapada, Seabra-BA, Arquiteta Karenina Costa de 03.11.2010 5 Nota Técnica da Diretoria de Obras e Projetos em Saúde (DIOPS) de 28.06.2013
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A área total prevista para a implantação do Hospital da Chapada é de 7.702,98 m² e
o investimento previsto é de R$ 22.995.496,15 (vinte dois milhões, novecentos e noventa e
cinco mil, quatrocentos e noventa e seis reais e quinze centavos)6, na perspectiva de
atender a uma população estimada no Território Identidade composto por 11 municípios de
177.236 habitantes7, além dos municípios integrantes do Território da Chapada
Diamantina8. A implantação de uma unidade hospitalar deste porte provoca uma série de
consequências na região seja na saúde da população, fruto da ampliação e diversificação da
oferta dos serviços com implicações na melhoria de qualidade e nas condições gerais de
vida dos beneficiários, bem como no campo econômico-social, em que os efeitos
decorrentes do investimento afetam diferentes segmentos no espaço onde será instalado,
Dentre os aspectos a serem considerados, pode se destacar aqueles associados ao emprego
(aumento de renda) e geração de oportunidades para novos negócios. Contudo, identificar
as principais consequências e os impactos a serem provocados no território, fruto da
implantação do hospital regional, não se constitui uma tarefa fácil. Inicialmente porque é
preciso levar em conta a dimensão temporal para efeito de materialização dos resultados, e
principalmente, devido parte significativa dos efeitos provocados não serem claramente
identificáveis e perceptíveis por estar diluídos no seio de outras informações e virem a ser
de difícil associação ao evento original. Se a identificação dos resultados gerais é fruto de
iniciativas da gestão, quanto aos impactos e efeitos, é preciso dispor de instrumental
técnico metodológico adequado, para torná-los evidentes no território.
Neste sentido, o principal desafio enfrentado na realização deste estudo técnico, foi
trabalhar as condições mais adequadas para identificar as possíveis consequências
econômico-sociais decorrentes da implantação da unidade hospitalar no município/território
e de como estes resultados poderão ser transformados em oportunidades de negócios a
serem aproveitados pelo segmento empresarial. Acredita-se, que é possível associar ao
investimento governamental uma serie de possibilidades identificando-as como meio
transformador da realidade do território.
Como objetivo geral se buscou identificar os prováveis impactos de natureza
socioeconômicos e de saúde, decorrentes da implantação e operacionalização do Hospital
Regional da Chapada, no município de Seabra, tomando como referência a situação
observada em outro município com características semelhantes.
6 Nota Técnica da Diretoria de Obras e Projetos em Saúde (DIOPS) de 28.06.2013
7 Plano Diretor de Regionalização (PDR) consulta no endereço: http://www1.saude.ba.gov.br/mapa_bahia/result_REGIAO_SAUDE.asp?REGIAO_SAUDE=Seabra em 02.07.2013
8 Informações obtidas juntos aos profissionais que estão participando do Projeto.
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Quanto aos objetivos específicos, foram destacados como principais propósitos:
• Identificar as expectativas de segmentos da sociedade de Seabra com relação à
implantação do hospital regional;
• Visualizar oportunidades potenciais de negócios associadas com a implantação
direta-indiretamente da unidade de saúde;
• Articular essas oportunidades na formulação de um programa de ação voltado para
apoiar e estimular os pequenos negócios do Território;
• Conhecer a experiência de implantação e/ou ampliação do hospital regional em Irecê
e identificar principais aspectos críticos;
• Identificar prováveis barreiras, que venham a dificultar a viabilização das
oportunidades;
• Caracterizar a estruturação de serviços de saúde existentes no município e identificar
prováveis pontos críticos a serem trabalhados;
• Mapear oportunidades potenciais de implantação de novos empreendimentos na área
de saúde no município;
• Delinear mapa de oportunidades para os pequenos negócios, no município, em
decorrência da implantação da unidade hospitalar.
Vale ressaltar, contudo, que este relatório trabalha com suposições potenciais
construídas a partir de entrevistas realizadas junto a empresários e dirigentes públicos
governamentais nos municípios de Seabra e Irecê, atuantes nas áreas de desenvolvimento
local e saúde, além de informações obtidas em documentos técnicos relacionados ao objeto
de trabalho. Neste sentido, utiliza resultados identificados em Irecê, tomando como
referência a reinauguração do hospital regional em 2008, para discutir sobre prováveis
consequências a serem concretizadas quando da inauguração do hospital em Seabra.
A partir dos resultados, um conjunto de informações que fluem desde aquelas,
referentes às condições gerais dos serviços de saúde nos municípios e as possíveis
associações estabelecidas com diferentes segmentos da economia, como meios
sinalizadores indicando diferentes possibilidades potenciais de negócios a serem
aproveitadas no município. No caso de Seabra, além de tomar como base os prováveis
resultados e efeitos potenciais identificados, a partir dos investimentos governamentais
realizados na área de saúde, foram também identificadas uma série de carências e
limitações no município, que precisam ser trabalhadas com o propósito de potencializar as
possibilidades.
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A realização deste estudo técnico justificou-se em função das necessidades de se
aprofundar o conhecimento sobre a realidade do município de Seabra, particularmente no
que diz respeito às relações existentes entre o campo da saúde e os aspectos econômico-
sociais, visando incrementá-las, bem como aproveitar os efeitos decorrentes da implantação
do novo hospital regional.
O relatório está dividido em seis seções incluindo esta seção introdutória, a
segunda que discute alguns aspectos sobre as possibilidades e limitações da análise
realizadas em termos de resultados e impactos, inclusive distinguindo os significados destes
dois conceitos, a terceira que explica como foi realizado o trabalho, destacando a
importância do conceito de território de análise apresentado, a quarta que lista alguns
resultados e efeitos identificados no território de Irecê decorrentes da ampliação e
reestruturação do hospital regional no município, a quinta que trabalha a identificação e
análise dos principais efeitos potenciais a serem observados em Seabra, sinalizando como
esses resultados poderão viabilizar um programa de ação no território, no mapeamento das
oportunidades de negócios, e também identifica uma serie de barreiras e limitações
identificadas e por fim a sexta que lista as conclusões e recomendações.
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE POSSÍVEIS RESULTADOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DE UM HOSPITAL PÚBLICO NUMA MICRORREGIÃO. ANÁLISE DOS SIGNIFICADOS E LIMITAÇÕES
Esta seção trabalhou inicialmente a idéia de que a implantação de um hospital
regional público num dado espaço deve ser visto como expressão de uma política pública no
campo da saúde, apresentando um programa voltado para promover melhorias nas
condições gerais da oferta dos serviços de saúde, contribuindo para aperfeiçoar os
instrumentos de ação num dado território. Num segundo momento, identificou em que
condições os resultados da ação pública foram considerados como indicadores de impactos
e efeitos provenientes da implantação da unidade hospitalar.
Tratando um instrumento operacionalizador de política pública, conceber e formular
um programa num primeiro momento pressupõe articulação política, estratégia de ação,
mobilização de recursos, necessidades de pessoas etc., e produz num dado lapso de tempo
resultados decorrentes da implantação e atuação. Contudo, nem sempre os resultados
apresentados num primeiro momento são suficientes para qualificar o programa,
identificando-o como um instrumento de ação efetiva, consequente. Nesse sentido, uma das
exigências críticas no campo das políticas públicas é a de que toda ação pública precisa ser
avaliada com o propósito de identificar quais foram às efetivas contribuições provocadas por
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esse instrumento. Porém, nem todos os resultados produzidos pela ação da política pública
são facilmente identificados e qualificados. Há alguns resultados associados diretamente
com a implantação do programa, que são facilmente identificados e registrados. Em outros
casos, esses resultados além de demandarem certo tempo para maturação, estão de tal
forma associados a outros eventos, que dificilmente se consegue identificá-los como
decorrentes da ação do programa. Não há como estabelecer relação de causalidade entre
eles. Em outras situações são resultados com expressões tão tênues, que passam
despercebidos.
Na tentativa de melhor explicitar esses resultados e trabalhar de forma mais crítica
os avaliadores costumam diferenciá-los distinguindo os resultados gerais, associados mais
diretamente com os objetivos do programa, daqueles resultados menos explícitos,
identificados como impactos e efeitos. Em geral esses resultados estão associados a
relações de causalidade e vão requerer como evidência a adoção de procedimentos técnico-
metodológicos de forma mais especifica9.
O primeiro desafio proposto, até mesmo antecipando a discussão sobre o
mapeamento das consequências do programa, diz respeito à necessária caracterização do
que entendemos como resultados obtidos no processo da política pública, distinguindo-os
em relação aos resultados do processo avaliativo, fonte de informação para a discussão
sobre o objeto trabalhado.
O que se entende como resultados da política pública são os resultados da ação do
programa, identificados preliminarmente conforme os objetivos e metas da política. São de
natureza quanti-qualitativa, classificados e registrados por meio dos procedimentos
estabelecidos no monitoramento do programa, estabelecem conceitos e critérios de registro,
instrumentos, forma de coleta e armazenamento, responsabilidades pela coleta, registro,
análise etc. A identificação e o registro decorrem de iniciativas de natureza gerencial. Frutos
de procedimentos de natureza administrativa, não são exigidas iniciativas de natureza
técnico-metodológica para obtenção, sendo coletados diretamente em função da ação da
política. São produtos concretos decorrentes do programa.
Há resultados da ação política, que são necessários para viabilizar a
operacionalização do programa e constituem a base de implementação. Há resultados, que
9 Segundo Rutty, (2007, p.19), a distinção entre os diferentes conceitos de resultados tem significados bastante diferenciados na medida em que
refletem níveis distintos de mudanças provocadas pela ação pública. Pode-se utilizar o conceito de produto para qualificar resultados concretos e diretos decorrentes da ação da política/programa. Pode se falar de efeitos na medida em que se utilizam os produtos oriundos dos programas e estes produzem resultados. Impactos são consequências dos efeitos e tem como principal característica o fato de possibilitar mudanças mais duradoras e efetivas.
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estão associados diretamente aos objetivos gerais e específicos do programa. Apesar de
distintos estão em geral articulados e integrados plenamente. Contudo, os resultados da
política pública, resultados da ação, em geral, não são facilmente identificáveis na
totalidade, quer quantitativamente ou qualitativamente, por várias razões, uma das quais
está na impossibilidade de controlar todos os efeitos e consequências decorrentes da ação
pública. É possível definir conceitualmente todo um conjunto de inter-relações, de causas e
efeitos, mas é pouco provável a identificação de todas as consequências possíveis. Além do
mais, programa implementado não significa necessariamente ação realizada e problema
solucionado. É preciso buscar os resultados efetivos da ação pública.
Pode ser afirmado como fruto da ação da política pública, após certo tempo, que a
materialização de resultados se apresenta por meio de diferentes formatos. Há uma parte
visível, mas há também resultados que se colocam de forma invisível, não sendo percebidos
objetivamente. Identificam-se resultados quantitativos e qualitativos, exigindo
procedimentos diferenciados ao serem trabalhados. È possível, que parte dos resultados
tenha uma consequência permanente e outros apenas um efeito temporário.
Algumas políticas apresentam resultados que são de difícil percepção enquanto
outros constituem uma explosão de sucesso junto à opinião pública. Há, em alguns casos,
resultados que nunca serão identificados enquanto outros, dificilmente associados a uma
determinada ação pública. Existem também situações em que não se consegue identificar
os resultados da política.
É importante ressaltar que, mesmo diante de políticas bem formuladas, é possível
enfrentar algumas dificuldades com o propósito de conseguir identificar todos os resultados.
Neste sentido, gestores e administradores de políticas públicas precisam tomar algumas
iniciativas para tornar evidentes os resultados efetivos, da ação pública, quer seja pela
realização de processos avaliativos ou via pesquisa científica, análise de políticas, auditorias
técnicas, monitoramento de políticas, e uma série de outras atividades, todas firmadas no
propósito da produção de informações sobre os efeitos da política, utilizando procedimentos
metodológicos diferenciados.
A opção por uma ou outra atividade vai ser fruto das expectativas visualizadas
pelos administradores levando em conta o tipo de informação que necessitam o tempo
disponível, o compromisso político a ser atendido e o instrumental metodológico a ser
utilizado. Neste caso, independentemente de outras considerações, o foco foi centrado na
discussão de processos avaliativos na relação com políticas públicas.
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Os resultados da avaliação são produzidos com base em metodologia própria
tomando como referência elementos do programa e os resultados da política, confrontados
com informações produzidas por fontes primárias e secundárias, relacionadas ao objeto
avaliado, a partir de critérios pré-estabelecidos.
Trata-se assim de resultados construídos, fruto da reflexão do avaliador, firmados
com base nos critérios de julgamento estabelecidos, tendo como referência informações
oriundas de diferentes fontes. Os resultados da avaliação compreendem, portanto, uma
diversidade de informações envolvendo, além daquelas referentes à política, outras
produzidas com o propósito de subsidiar o processo avaliativo, e ainda outras, produzidas
pelo avaliador com base em critérios pré-estabelecidos relacionados ao objeto.
Tem-se de um conjunto de informações enriquecidas e processadas que poderão
sinalizar, de forma mais clara, as consequências efetivas da ação pública, indicando,
inclusive, outros efeitos, positivos ou negativos, que não foram previstos originariamente.
Além do mais, a atividade avaliativa não acontece apenas a partir da materialização dos
resultados da política publica.
À medida que a avaliação se coloca plenamente integrada ao processo da política
pública, entende-se que deva contribuir efetivamente para o aperfeiçoamento da política,
em todas as suas etapas, desde a concepção e formulação, passando pela implementação,
em que se destaca a avaliação formativa, até o momento em que se materializam os
resultados e impactos, visíveis e invisíveis, avaliação somativa. Conclui-se, portanto, que a
avaliação atua em diferentes momentos da política, contribuindo, a cada instante, com
informações produzidas de forma criteriosa para o aperfeiçoamento do processo.
Essa ressalva, distinguindo resultados da política versus resultados da avaliação, é
de grande valia, não só porque são informações diferentes produzidas a partir de
procedimentos diferenciados, como também por ser importante saber o que fazer com os
resultados de processos avaliativos, ter clareza com relação ao uso que será dado a esses
resultados. Assim sendo, é preciso deixar claro quais são as evidências apresentadas pelos
diferentes processos em curso. Nesse sentido, torna-se oportuno distinguir e justificar as
diferenças observadas no trabalho com os dois conceitos utilizados, conforme indicado a
seguir:
• Antes de mais nada, essa diferenciação constitui um requisito preliminar de trabalho,
em função do próprio objeto de estudos;
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• Nem sempre os objetivos da política estão claramente delineados e tal situação cria
dificuldades no estabelecimento dos objetivos da avaliação;
• É importante identificar claramente as razões pelas quais administradores e gestores
resolvem avaliar uma determinada política, buscando assim indicar, da forma mais
objetiva, o que pretendem fazer com os resultados;
• A forma como são sinalizadas as intenções e interesses, ao se deflagrar o
planejamento do processo avaliativo, é decisiva no sentido de se construir um
entendimento com relação ao que poderá ser feito com os resultados do processo
avaliativo;
• Trata-se de uma distinção importante, no sentido de construir as evidências em
avaliação, inclusive para efeito de discussão de usos e as diferentes possibilidades;
• Geralmente, administradores e gestores adotam critérios diferenciados com relação à
divulgação de resultados de políticas e de processos avaliativos. No caso destes
últimos, observam-se maiores resistências quanto à divulgação de resultados. Além
do mais, os resultados avaliativos são mais propensos a questionamentos em função
das características da metodologia adotada. Assim sendo, pode se supor, que em
função da diferenciação a divulgação seja feita de forma mais restrita o que dificulta
a estruturação de evidências na discussão sobre uso dos resultados da avaliação,
elemento-chave na fundamentação da tese.
Ressaltadas as diferenças com relação aos dois tipos de resultados, política e
avaliação, importa haver algumas considerações sobre a questão principal do objeto de
trabalho, relacionada à discussão de resultados de processos avaliativos e o conceito de
usos, distinguindo-os com relação à idéia de utilidade, ou seja, à percepção do que seja útil.
Os resultados da avaliação concretizam-se com base nos fundamentos da política e
nas informações produzidas a partir da metodologia avaliativa. Independentemente da
qualidade do processo avaliativo às vezes, estão repletos de surpresas e abrem espaço para
descobertas, que podem até mesmo assustar os parceiros o que constitui fonte de
adversidades e de implicações nas relações entre os interessados nos resultados do
processo.
As descobertas podem ser positivas, reforçando a imagem de ação do Programa,
mas, também negativas. Trabalhar resultados de processos avaliativos, que reflitam efeitos
negativos de um Programa não é uma tarefa fácil.
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Às vezes, na discussão inicial entre administradores e avaliadores sobre a
metodologia avaliativa a ser adotada, em função de resultados apresentados pelo
Programa, são criadas determinadas expectativas em relação aos resultados da avaliação,
que podem ser frustrantes na conclusão do processo. Nem sempre os resultados obtidos
são aqueles esperados e a questão complica-se de forma mais delicada, quando se avalia
que esses resultados impactaram negativamente o Programa. Obviamente, também é
possível imaginar, após o processo avaliativo, o evidenciamento de resultados não
esperados, que exerçam um efeito positivo sobre o Programa.
A polêmica sobre resultados esperados e percebidos é muito bem exemplificada
através da imagem de um iceberg, dadas às dimensões do visível e do invisível, em que a
metodologia avaliativa pode ser utilizada no propósito de fazer emergir a parte submersa e
apresentar uma série de surpresas com relação ao processo avaliativo. Há uma discussão
bastante interessante, proposta por Fernandez-Ballesteros (2001, p. 82-83), sobre essa
imagem do iceberg, ressaltando as possibilidades potenciais de descobertas associadas à
utilização da metodologia avaliativa.
Colocadas essas questões, distinguindo os efeitos decorrentes dos resultados
apresentados por programas e processos avaliativos, se observa que não se trata de algo
tão tranquilo e que, seguramente, apresentará uma série de repercussões junto aos
interessados nos resultados.
Feita as considerações gerais sobre resultados das políticas/programas, em termos
dos diferentes conceitos apresentados e os papéis desempenhados pela avaliação no
propósito de evidenciá-los de forma mais categórica, passemos então a identificar algumas
das principais consequências possíveis de concretização.
Num primeiro momento10, acredita-se que os efeitos iniciais decorrentes da
implantação da unidade hospitalar, serão no sentido de dinamizar e reordenar o próprio
segmento de saúde nas diferentes vertentes, tanto no que diz respeito ao município, quanto
também do Território da Chapada, incluindo nesse particular os municípios integrantes da
27ª DIRES11 e da Microrregião12.
10 Ha também outros efeitos a serem observados nesse primeiro momento, associados com a realização das obras civis, contratação de pessoal, serviços e compra de materiais locais, investimentos na infraestrutura e aqueles decorrentes da valorização de imóveis e terrenos, situados no entorno do hospital.
11 DIRES - Diretoria Regional de Saúde, constitui-se em uma instância administrativa da Secretaria de Saúde do Estado.
12 Microrregião, concebida enquanto base territorial de planejamento da atenção à saúde, não necessariamente coincidente com a divisão administrativa do estado, a ser definida pela Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com as especificidades e estratégias de regionalização da
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Supõe-se, que a estrutura do segmento de saúde existente hoje em operação no
Território, em termos da oferta de serviços e capacidade de atendimento, não é suficiente
para atender a demanda existente, o que pressupõe, que parte das necessidades regionais
são atendidas em outras áreas do Estado. A implantação do Hospital Regional, além de
contribuir para reduzir o déficit existente, em função do aumento na escala de
atendimentos, amplia e diversifica as possibilidades, na medida em que agrega uma série
de novos serviços a serem oferecidos, de natureza clínica e ambulatorial, como também as
internações em decorrência da ampliação da escala de atendimentos em termos cirúrgicos,
dentre outras possibilidades.
Acredita-se, que em função das características da nova unidade a ser implantada e
das mudanças a serem observadas no perfil de oferta dos serviços de saúde, tais condições
estimularão uma série de modificações na estrutura dos serviços de saúde na região como
um todo, assim como nos resultados referentes aos atendimentos realizados13.
Visualiza-se assim a unidade hospitalar como um empreendimento dinamizador das
condições de oferta dos serviços de saúde na região, e ao mesmo tempo funcionando como
elemento atrativo a nível local, estabelecendo novas condições de operacionalidade para o
segmento de saúde.
Nesse sentido, é visto uma série de efeitos dinâmicos na região, inclusive com
possibilidades de atrair profissionais de diferentes qualificações e especialidades para o
território e município em função das novas implementações, além das transformações a
serem observadas na estrutura de serviços existente.
Levando em conta essas mudanças no segmento de saúde decorrentes da
implantação da unidade hospitalar, outras possibilidades de impactos em termos
econômicos e sociais a serem identificados no Território são destacados, particularmente no
Município. Algumas dessas consequências estão relacionadas diretamente a implantação do
hospital, enquanto outras de forma indireta.
saúde em cada estado, considerando as características demográficas, socioeconômicos, geográficas, sanitárias, epidemiológicas, oferta de serviços, relações entre os municípios, dentre outros aspectos.
13 Nos anos pós- implantação do hospital regional, esses resultados irão refletir nos indicadores de saúde da região, inclusive afetando os elementos de demanda, mortalidade e morbidade.
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Dentre as possibilidades visualizadas de forma mais direta, identificam-se:
• O hospital enquanto unidade complexa de saúde exerce certo poder dinamizador
sobre as atividades desse campo, quer seja em termos regionais e/ou locais,
podendo em decorrência das características funcionais, operar como elemento de
atratividade redirecionando outras atividades do campo da saúde para o município,
principalmente quando entrar em operações;
• Essa atratividade pode ser concretizada através de uma série de serviços e
profissionais de saúde, que se deslocam para a região/município, com o propósito de
atuar diretamente em conjunto ou de forma complementar, e também através de
novos investimentos a serem realizados pelos empreendimentos do município na
perspectiva de não perderem espaço de atuação;
• A existência da unidade hospitalar estimula a implantação de novos serviços e
ampliação dos existentes. É possível visualizar a atração de profissionais da saúde
para o Município, inclusive com a implantação de serviços de saúde complementar,
serviços de logística, manutenção, treinamento e capacitação, dentre outros serviços
de atendimento, ampliando o leque de serviços do Município;
• Dadas às características operacionais e a estrutura de serviços, o hospital regional
desencadeia uma série de efeitos afetando positivamente as condições de
funcionamento do segmento de saúde da região como um todo;
• Trata-se de um complexo de saúde, que precisa ser abastecido e mantido. Nesse
sentido é preciso identificar quais as necessidades de produtos e serviços, que um
estabelecimento deste porte requer para operar e mapear aqueles que podem ser
viabilizados regionalmente, através de empresas e profissionais existentes na região;
• Como se trata de um complexo, que vai atender as necessidades da população do
território, existe toda uma demanda potencial de serviços e produtos, que precisam
ser viabilizados localmente, associados à hospedagem, alimentação, transportes,
lazer, dentre outros aspectos, relacionados aos pacientes e acompanhantes.
• Além dos efeitos diretos, provocados pela implantação do hospital, é possível
também identificar outras consequências indiretas, que tenham ligações com a
implantação do empreendimento de saúde, apesar das dificuldades naturais de
associação. Destacam-se em particular as seguintes possibilidades:
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• O surgimento de novos negócios no município, em função da capacidade atrativa
exercida pelo novo segmento de saúde, inclusive com a ampliação e dinamização do
potencial de serviços do Município;
• Atratividade e a fixação no município/região de uma série de profissionais de
diferentes ramos de atividades, que consomem bens e serviços e possuem
necessidades a serem satisfeitas localmente. Nesse sentido a chegada de
profissionais no município, implica no aumento da demanda por imóveis, viabilizando
talvez novas construções e loteamentos, reformas, vagas nos hotéis e pousadas,
inclusive com perspectivas de oportunidades para novos equipamentos, etc., como
também, enquanto consumidores irão aumentar a demanda por serviços e produtos
junto ao comercio local, dentre outras possibilidades;
• Naturalmente, como consequência direta, a valorização no preço dos terrenos e
imóveis localizados no entorno do hospital e no município como um todo poderá
crescer, inclusive dinamizando a construção civil;
• Essas consequências, apesar das dificuldades de serem percebidas num primeiro
momento, não são impossíveis de serem identificadas14. Contudo, há que se
considerar as limitações decorrentes da dimensão de tempo, além de ser preciso
armar-se de instrumental técnico-metodológico adequado que possa ajudar a revelar
esses resultados.
• Inicialmente, foi preciso conhecer a realidade local, analisá-la, identificando as
principais características, trabalhando as possibilidades potenciais como
consequência da implantação da unidade hospitalar, quer sejam direta e/ou
indiretamente. Destaca-se nesse esforço preliminar o mapeamento realizado
identificado como abaixo:
• Carências e necessidades observadas no segmento de saúde e nas principais
atividades econômico-sociais envolvidas nesse contexto;
• Potencial de expansão dos segmentos econômico-sociais existentes no município e
região, observando em particular os segmentos locais com maior possibilidade de
trabalhar positivamente as necessidades decorrentes da implantação do novo
estabelecimento de saúde;
14 Nos anos pós- implantação do hospital regional, esses resultados irão refletir nos indicadores de saúde da região, inclusive afetando os elementos de demanda, mortalidade e morbidade.
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• As sinalizações indicando necessidades potenciais e oportunidades de novos negócios
em decorrência da implantação do hospital.
Nos dias atuais se identifica em Seabra viabilizando a política de saúde, alguns
empreendimentos que se destacariam como estrutura hospitalar de âmbito regional: dois
estabelecimentos privados cuja operação no atendimento público tem por base convênios
com o SUS; unidades de atendimento municipal, inclusive de natureza ambulatorial; postos
de saúde; além das clinicas médicas e odontológicas privadas, especializadas ou não;
laboratórios de análise e de apoio aos diagnósticos médicos profissionais autônomos;
serviços de enfermarias etc., aos quais se associam outros recursos e atividades
diferenciadas. Num primeiro momento, torna-se importante conhecer de forma mais
sistemática, como está estruturada a organização desses serviços no território; quem são
os agentes participantes, como participam, como os atendimentos ocorrem, o que é
beneficiado, (quem, de onde, principais resultados, etc., não faz sentido essa continuidade).
A existência dessas informações, particularmente o perfil dos beneficiados, origens,
natureza do atendimento etc., são importantes para sinalizar de forma mais consistente
sobre as condições atuais de atendimento, como condição para trabalhar os efeitos
potenciais a serem identificados fruto da implantação da unidade hospitalar, além de traçar
outras considerações sobre os impactos a serem gerados.
Também foi importante conhecer os parâmetros e indicadores técnicos relacionados
com o empreendimento a ser implantado, na medida em que essas informações
constituem-se em elementos de referencia para ajudar no mapeamento das possibilidades
reais.
O conjunto dessas informações e os resultados foram utilizados para subsidiar a
estruturação de programa de ação voltado para sinalizar sobre as oportunidades de
negócios geradas, estimulando assim os empresários do território a pensar sobre essas
possibilidades.
Além dos aspectos já considerados, a implantação de um equipamento de saúde do
porte de um hospital regional gera não só impactos benéficos ao desenvolvimento local,
mas também impactos indesejados e que necessitam ser equacionados e trabalhados nas
questões ambientais, acessibilidade, adensamento das vias, valorização imobiliária,
frutificação da informalidade, dentre outros aspectos. Dentre essas consequências, aquelas
associadas a resíduos sólidos, esgotamento sanitário, se constituem também em
oportunidades empresariais.
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3. COMO FOI REALIZADO O TRABALHO - ESBOÇO DA METODOLOGIA ADOTADA
Na estruturação dos passos a serem observados para efeito de realização do
trabalho e se, tratando de um estudo de natureza analítico, o primeiro questionamento
formulado indagou sobre a possibilidade de se identificar as prováveis consequências
decorrentes da implantação do hospital regional na microrregião. Tal questionamento tinha
toda razão de ser, na medida em que: i) não tratava de um estudo teórico; ii) os resultados
concretos só se materializariam a partir de 2013; iii) a demanda pelo estudo foi pensada no
propósito de subsidiar os agentes de desenvolvimento e comunidade empresarial da região
com informações voltadas para potencializar os efeitos decorrentes da implantação do
hospital regional.
Avançada a formulação do conceito, território de análise, a partir do qual foram
visualizadas as possibilidades de trabalhar informações decorrentes da implantação de um
hospital regional e a utilização para discutir sobre as prováveis conseqüências a serem
observadas em Seabra. Para tornar essa alternativa algo viável, foi preciso estabelecer
alguns critérios:
• O município/região a ser considerado como território de análise, deveria ter
características econômico-sociais e culturais semelhantes a Seabra;
• Possuir hospital regional com porte e serviços semelhantes ao que será implantado
em Seabra;
• O hospital regional do território de análise já deveria ter sido implantado e/ou
reformulado há alguns anos, não ultrapassando mais de dez anos.
Estabelecidas essas condições foram visualizados alguns municípios no Estado, que
atendiam aos critérios, tendo optado pelo município de Irecê, pois apesar de contar com
quase 10 anos de existência, inaugurado em 2003, sofreu a pouco mais de cinco anos uma
grande reforma, que o transformou num hospital regional15.
Definido esse parâmetro referencial, os passos a seguir foram no sentido de
trabalhar os seguintes procedimentos:
• Identificação das fontes de informações e referencias bibliográficas sobre o Território
da Chapada/município de Seabra, no campo da saúde e aspectos econômico-sociais;
15 Foram também considerados outros municípios, sede de hospitais regionais, tais como Juazeiro e Santo Antônio de Jesus, preteridos em função das características de Irecê.
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• Idem com relação ao território de análise destacando-se em particular as
características das unidades hospitalares;
• Análise da documentação técnica obtida;
• Estruturação do plano de análise;
• Realização do levantamento bibliográfico complementar, mapeando outras fontes de
informações nas áreas de saúde e aspectos sócio-econômicos;
• Planejamento do trabalho de campo e realização de entrevistas qualitativas junto aos
informantes relacionados com o objeto do trabalho;
• Sistematização e análise das informações obtidas.
Tais procedimentos visam garantir de forma mais consistente o estabelecimento de
condições adequadas para trabalhar na identificação das potenciais consequências
decorrentes da implantação da unidade hospitalar. Ponto de partida para a realização desse
estudo, foi estabelecido com base na identificação de fontes de informações e referencias
bibliográficas sobre o Território da Chapada e o município de Seabra, inclusive resultados de
planos de desenvolvimentos elaborados mais recentemente16.
Dentre as informações obtidas necessárias para caracterizar a realidade atual do
Território e o município de Seabra, destacaria em particular aquelas relacionadas com a
área da saúde, as condições de oferta e os principais aspectos condicionantes da demanda,
destacando as informações referentes aos atendimentos do SUS na Região, inclusive os
agentes envolvidos, identificados com base nos bancos de dados do DATASUS e do
CNES/Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
Além das informações identificadas, foi trabalhado também outras fontes de
informações, obtidas junto ao IBGE e a SEI/SEPLAN, que ajudaram a estabelecer as
condições de funcionamento e dinâmica da economia do território e principalmente o papel
do município de Seabra no processo.
Complementando as informações de fontes secundárias, foram realizadas
entrevistas em profundidade, nos municípios de Seabra e Irece, no total de 16, junto a
personalidades dos municípios, agentes empresariais e públicos, atuantes no campo da
saúde e do desenvolvimento local (vide Apêndice A com a listagem dos informantes
16 Destacando-se inclusive aquelas que possibilitem identificar outros investimentos públicos e privados a serem realizados no território.
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selecionados). Definidos os critérios para a seleção, coube ao SEBRAE/Ba, fazer os convites
e agendamento das entrevistas17.
Um aspecto importante a ser considerado diz respeito à definição do marco de
referência a ser adotado no processo das entrevistas, dadas as condições em que o trabalho
foi concebido. No caso de Irecê, se trabalha levando em conta a existência do hospital
regional, o marco de referência foi estabelecido em 2007/2008, quando o hospital foi
municipalizado e passou por uma reforma que estabeleceu as condições atuais de
operações. No caso de Seabra, dada a inexistência do hospital regional, trabalha-se
expectativas e perspectivas decorrentes da implantação do hospital.
As entrevistas foram realizadas18, utilizando roteiro semi estruturado, ver o
Apêndice B, destacando como principais propósitos19:
• Como está estruturado o sistema de saúde do município, caracterização das
condições gerais dos serviços de saúde no município e identificação dos pontos
críticos;
• Expectativas criadas junto à sociedade local com relação à implantação do hospital
regional;
• Percepções com relação aos prováveis impactos decorrentes da implantação do
hospital regional no campo da saúde;
• Percepção de outros impactos de natureza socioeconômica decorrentes da
implantação do hospital regional;
• Possibilidades de realização de investimentos na economia em decorrência da
implantação do hospital regional;
• Como avaliam a atuação do Hospital Regional de Irecê;
• O que fariam no propósito de melhorar as condições de atendimento no campo da
saúde;
17 Para preservar os informantes, que participaram das entrevistas as opiniões emitidas e utilizadas para enriquecer e ilustrar o trabalho foram destacadas na forma de citações, dispostas no texto com recuo da margem esquerda e tamanho menor da fonte.
18 As entrevistas foram realizadas em Irecê nos dias 13 e 14/06/2012 e em Seabra, nos dias 27 e 28/06/12.
19 Dadas as condições em que o trabalho foi realizado em Seabra, as entrevistas realizadas quando indagavam sobre as possibilidades de impactos do hospital, sinalizavam quanto ao fato de que se tratava de perspectivas.
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• Quais são os principais desafios a serem enfrentados no município no que diz
respeito à implantação do hospital regional;
• O que é preciso fazer visando fortalecer as condições econômicas e culturais do
município no propósito de melhorar a atratividade;
• Perspectivas.
Tendo apresentado os principais elementos que orientaram a realização do
trabalho, discute-se a seguir os principais resultados.
4. RESULTADOS A DESTACAR NO TERRITÓRIO DE ANÁLISE DE IRECÊ
Nesta seção foram trabalhadas as informações referentes ao território de análise,
conceito formulado no propósito de ajudar a identificar os prováveis impactos de natureza
econômica social e no campo da saúde, decorrentes da implantação de um hospital num
determinado território.
Na caracterização desse território, foi trabalhado: i) informações de natureza geo-
demografica; ii) indicadores do comportamento econômico-social; iii) indicadores das
condições de oferta e demanda dos serviços de saúde.
A essas informações foram agregados os resultados das entrevistas realizadas em
Irecê, junto a dirigentes públicos e privados atuantes nos campos da saúde e do
desenvolvimento local com o propósito de mapear as possíveis conseqüências econômico-
sociais decorrentes da reforma/ampliação e municipalização do Hospital Regional Dr. Mario
Salgado Sobrinho, ocorrido em 2008.
Conforme o desenho metodológico adotado, o conjunto desses resultados foram
utilizados para subsidiar a discussão e mapeamento das prováveis consequências a serem
observadas a partir da implantação do hospital regional de Seabra.
4.1 CARACTERISTICAS ECONÔMICOS-SOCIAIS DO TERRITÓRIO
Posicionado na região central do Estado, entre o vale do São Francisco e a Chapada
Diamantina, o Território de Identidade de Irecê, é integrado por 20 municípios, distribuídos
numa área de 26.730,87 Km², abrigando em torno de 403.070 habitantes, ver a tabela 01,
no Apêndice C.
Trata-se de uma região localizada no semi-árido baiano, fundada economicamente
na agricultura, possuindo características bastante singulares em que se destacam a
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predominância de municípios de pequeno porte em termos populacionais, menos de vinte e
cinco mil habitantes, distribuídos de forma muito próxima uns dos outros, tendo boa
cobertura rodoviária, localizados num altiplano em que a maioria das sedes municipais se
posicionam em termos de altitude acima de 600 m do nível do mar.
Apesar da predominância de municípios pequenos e da caracterização agrícola da
economia regional, aproximadamente 61,4% da população reside em áreas urbanas.
Destaca-se em especial no cenário desse território, o município de Irecê, contando
com uma população em torno 66.404 habitantes, representando algo em torno de 16,9%
do total da região, tendo como principais características geo-demográficas, o fato de
92,2% da população residir em áreas urbanas e a densidade demográfica ser de quase 15
vezes superior a media observada no território.
Irecê se constitui no principal pólo econômico e cultural da região com estrutura
comercial e de serviços que atende a todo Território, além de municípios situados em outras
regiões20, os quais nada deixam a desejar em relação a outros centros urbanos do Estado.
Prova desse vigor pode ser aquilatada tomando por base alguns indicadores de natureza
econômica os quais refletem as condições gerais de participação do município de Irecê em
relação ao território. Foi utilizado como elementos referenciais21: i) o valor anual do PIB
municipal; ii) o consumo de energia em KWh; iii) a arrecadação tributária municipal,
calculada com base na arrecadação do ISS e o IPTU; iv) número de agências bancárias.
Analisando a participação de Irecê no total do território, ver a tabela 02 do
Apêndice C, pode-se aferir o peso e a importância do município no espaço territorial.
• No que se refere ao PIB em 2008, o produto interno bruto de Irecê, calculado em R$
362,01 milhões, correspondeu a 25,0% do produto total do território. O município
colocado na segunda posição, Xique-Xique, alcançou 10,3% do total;
• Observando o consumo total de energia no território, em KWh, 2009, Irecê vai ser
responsável por algo em torno de 21,6% do total consumido;
20 Quando da realização das entrevistas em Irecê, houve a oportunidade de diálogo com diferentes empresários e todos foram unânimes em ressaltar a força dos negócios comerciais e de serviços na economia, inclusive na área de saúde, que indicou a presença de uma população flutuante estimada em torno de 20.000 a 25.000 pessoas/dia, oriundas de outros municípios da região, que vao a Irecê para trabalhar, fazer compras, tratar de negócios, estudar, cuidar da saúde, contatar fornecedores, demandar serviços públicos, resolver problemas pessoais etc. Viabiliza essa dinâmica as condições da estrutura comercial e de serviços, a existência de uma ampla rede de transportes interligando os municípios e a proximidade entre eles. Trata-se de algo em torno de 5,0% a 6,0% da população total do território, contudo, não foi possível obter outras informações sinalizadoras desse quadro.
21 Informações levantadas a partir da publicação SEI, Estatísticas dos Municípios Baianos-2011. Território da Identidade de Irecê. Volume 20. Salvador: SEI, 2011.
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• Trabalhando com o conceito da arrecadação tributária municipal, firmado com base
na arrecadação do IPTU e o ISS, surge o esforço do município no sentido de obter
recursos através de tributos. Foi observado que os municípios do território em 2009,
arrecadaram o equivalente a R$ 11,714 milhões e Irecê conseguiu arrecadar 35,1%
desse total;
• O último indicador identificou em 2009, a existência de 19 agências bancárias no
território, sendo que 05 unidades estavam instaladas em Irecê, correspondendo a
26,3% do total.
Além desses indicadores gerais sobre o peso de Irecê na economia do território,
vale a pena destacar mais dois aspectos relacionados a essa dinâmica: i) crescimento no
consumo de energia elétrica no município; ii) número de empresas constituídas.
No Apêndice C, a tabela 03, apresenta a evolução do número de consumidores e do
consumo de energia no município no período de 2007 a 2010. Além do destaque observado
em termos da evolução do número de consumidores nas diferentes categorias, percebe-se
que o consumo de energia em KWh, no período 2007/2010, cresceu a uma taxa acumulada
da ordem de 32,0%22.
Destaque também, diz respeito ao número de empresas criadas e registradas no
município, como reflexo da dinâmica da economia regional, ver a tabela 04. Dados da
JUCEB, indicam, que no período de janeiro a junho daquele ano foram criadas em Irecê,
174 unidades empresariais, cujo total corresponde a 1,1% do total de unidades criadas no
Estado no mesmo período. Comparando esse resultado com o de municípios próximos na
região, Senhor do Bonfim, Itaberaba, Juazeiro, Jacobina, Seabra etc., observa-se que são
resultados significativos.
Alcançando essa expressão em termos da economia, pode-se imaginar o quanto
esta posição tem também implicações sobre o segmento da saúde.
O município de Irecê também sedia a 21ª DIRES, órgão estadual de política e
planejamento das atividades de saúde na região, articulando as ações desse campo num
território composto de 19 municípios, com uma população em torno de 393.780 habitantes,
segundo dados da SEI, (2011), identificados como a Microrregião de Irecê23. Além da
22 Obtido na publicação da SEI, Estatísticas dos Municípios Baianos, 2011, vol. 20, Território da Identidade Irecê.
23 Do conjunto de municípios integrantes do Território da Identidade de Irecê, 20 unidades, apenas um, Ipupiara, não está vinculado a 21ª DIRES, Microrregião de Irecê.
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atuação marcante no campo econômico, Irecê também representa a principal referência em
termos de saúde na região, seja pela diversidade, como também pela amplitude dos
serviços prestados, público e privado, e principalmente pelo papel destacado que assume o
hospital regional.
4.2 INDICADORES DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E DE ATENDIMENTO
Na caracterização da estrutura de saúde e das condições de atendimento no
município em relação ao número e perfil dos estabelecimentos, ver tabela nº01, no
Apêndice D, observa-se a existência de um conjunto diversificado de unidades, com
presença marcante de serviços com a cobertura do SUS.
Dados disponibilizados na base do DATASUS, obtidos a partir do CNES/Cadastro
Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, acesso realizado em junho de 2012, indicavam a
existência de 101 estabelecimentos em diferentes funcionalidades, dessas unidades de
pronto atendimento, ambulatoriais, internação, consultórios médicos diversos, laboratórios,
unidades de gestão e planejamento, dentre outros, destacando-se:
• Sete unidades hospitalares, inclusive um público regional e um hospital/dia;
• Sete postos de saúde;
• Dezessete centros de saúde/unidade básica;
• Quatorze clinicas especializadas/ambulatórios de especialidade;
• Sete policlínicas;
• Quatorze unidades de apoio diagnose e terapia;
• Vinte e cinco consultórios isolados.
Além desses estabelecimentos, destacam-se ainda a existência de duas unidades
móveis terrestres, um centro de regulação de serviços de saúde, um centro de atenção
hemoterapico, um centro de atenção psicossocial, duas unidades públicas de farmácia,
dentre outros.
Dada a estrutura operacional, identifica-se no município a existência de 189 leitos,
sendo 139 disponibilizados para o SUS, 73,5% do total. Desse conjunto, 57 leitos são
destinados para cirurgias em geral, 33 para uso clínico, 41 para uso obstétrico, 26 para uso
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pediátrico, 29 para uso complementar . Informações obtidas com base no site do
DATASUS24, ver a tabela 02 no Apêndice D.
A oferta de leitos no município é viabilizada com base numa estrutura decorrente
da existência de cinco unidades hospitalares de atuação geral, em que pontuam leitos para
atendimento cirúrgico e clínico, principalmente nas áreas de cirurgia geral, clínica geral,
obstetrícia, pediatria, oftalmologia. Dentre outras especialidades estão:
• Hospital Regional Dr. Mario Dourado Sobrinho, estabelecimento público recém-
estadualizado, mantido pelas três esferas de governo, oferecendo em torno de 121
leitos;
• Centro Médico Urológico de Irecê/CMU, particular, com 07 leitos;
• Hospital Geral São Paulo, particular, com 12 leitos, sendo 06 conveniados com o
SUS;
• Hospital Geral Santa Luzia, particular, com 10 leitos, todos conveniados com o SUS;
• Atendimento Médico de Irecê/AMI, particular com 19 leitos.
Além dessas unidades, se identifica também em Irecê, a existência de alguns
estabelecimentos hospitalares especializados, com atuação no campo cirúrgico e clínico,
destacando-se: i) Clínica de Senhoras de Irecê/CLISEI, particular, com 18 leitos; ii) Centro
de Especialidades Odonto Médicas Ltda/CEOM, particular, com 02 leitos, conveniados com o
SUS; iii) Clinica Dr. Antônio, particular, unidade mista, com 05 leitos.
Dentre os estabelecimentos de saúde existentes em Irecê, um destaca-se em
especial em função do seu porte e do papel, que desempenha em termos da ação pública na
região o Hospital Regional.
Inaugurado em 2003 com 30 leitos pelo Governo do Estado, o Hospital Regional
Mario Dourado Sobrinho veio atender a um grande anseio da população da região, que
enfrentava sérias dificuldades para ter acesso a serviços mais adequados.
Logo após a inauguração, o Governo da época terceirizou a administração do
hospital, entregando-o a uma organização social, a PROMIR/Instituto de Promoção da
24 Disponível em:< www.cnes.datasus.gov.br/>. Acesso em: 05 jul. de 2012.
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Saúde e Desenvolvimento Social da Microrregião de Irecê. Foi a primeira experiência do
Estado nesse campo.
Nos anos seguintes o hospital ampliou a capacidade de atendimento passando a
dispor de 70 leitos. A experiência com a PROMIR foi encerrada em 2007, com a
municipalização do hospital, passando a concentrar todo atendimento hospitalar na região.
Visando se adequar à nova realidade, atender às necessidades da região, foi objeto de
investimentos voltados para ampliar a capacidade de atendimento, adquiriu novos
equipamentos, inovou nos processos e viabilizou a estruturação de novas especialidades,
passando a dispor de 121 leitos, sendo 20 leitos de UTI, 10 para neonatal e 10 para
adultos. Foi reinaugurado em 30/09/2009.
Atualmente o Hospital Regional conta com um quadro de funcionários, entre
permanentes e temporários de quase 500 pessoas, merecendo destacar a equipe técnica -
cientifica composta por 355 profissionais em diferentes categorias. Na distribuição desse
quadro em Irecê, destacam-se as seguintes categorias25:
• Médicos, com 89 integrantes, São profissionais em diferentes especialidades e
distintas condições contratuais, inclusive carga horária, alguns trabalhando oito
horas/dia regularmente, outros com plantões de seis horas na semana
correspondendo a 25,1% do total;
• 41 enfermeiros, nível superior,11,5%;
• 187 técnicos de enfermagem, pessoal nível médio, 52,7%;
• 11 farmacêuticos, sendo 07 farmacêuticos bioquímico e 04 boticários, 3,1%;
• 09 técnicos em radiologia e aparelhos assemelhados, 2,5%;
• 05 fisioterapeutas, 1,4%;
• 04 técnicos em patologia clinica e analistas de laboratório, 1,1%;
• 09 profissionais em outras áreas, tipo nutricionista, psicólogo hospitalar, assistente
social, dentre outros, equivalendo a 2,5%.
25 Nesse levantamento não foi possível identificar os quantitativos do pessoal administrativo do quadro. Também não foi mapeado o pessoal terceirizado referente a limpeza, segurança, portaria, etc.
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No caso especifico do corpo médico, em termos das condições contratuais, apenas
10 são estatutários, do quadro permanente, 11,2%, sendo que 79 são autônomos, 88,8%,
contratados de forma terceirizada por empresas26.
Em função dos contratos existentes, os médicos disponíveis para trabalhar no
Hospital Geral, (89 profissionais), correspondem em horas médicas, a 2.078 horas na
semana, sendo 1.120 horas alocadas na área hospitalar, 53,9% do total, enquanto que 953
horas, são utilizadas no atendimento ambulatorial, 45,9% e 0,2% alocadas em outras
atividades/gestão. São profissionais polivalentes atuando em diferentes áreas dos quais,
19,6%, atuam em três áreas distintas;, 30,4% atuam em duas áreas, 8,7% atuam em mais
de três áreas, estando mais concentrados na área clinica, 35,5%, equivalentes a 49
profissionais, 13,8% em ginecologia/obstetrícia, 9,4% em medicina intensiva e 8,7% em
cirurgia geral.
Quanto a distribuição dos contratos, conforme a carga horária semanal, foi
encontrado:
• 38 contratados, com contratos na faixa de 19 a 24 horas semana, correspondendo a
42,7%,;
• 16 médicos, com contratos na faixa 07 a 12 horas semanais, correspondendo a
18,0%;
• 11 profissionais, com contratos na faixa de 13 a 18 horas semanais, correspondendo
a 12,4%;
• 21 médicos com contratos acima de 24 horas, correspondendo a 23,6%;
• 3 profissionais tem contratos com menos de 06 horas semanais, equivalendo a
3,4% do total
Mais recentemente, em função do papel assumido pelo hospital Regional na política
de saúde na região, ampliaram-se sobremaneira as dificuldades de manutenção da unidade
sob a responsabilidade do município, ensejando as condições para uma nova mudança em
termos da estadualização da gestão.
No esforço para caracterizar as condições gerais de saúde observáveis na
microrregião de Irecê, foram levantadas algumas informações referentes a esse quadro, 26 Informações indicadas a seguir referentes ao corpo medico do Hospital Geral de Irecê foram obtidas com base na fonte: http://cnes.datasus.gov.br/
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apresentando além de resultados de atendimentos, alguns indicadores que foram obtidos no
último ano disponível, ver as tabelas apresentadas no Apêndice D27:
• Em termos dos resultados de internações realizadas em Irecê, tabela 04, referente
ao ano 2009, foram identificadas 6.105 internações, sendo 42,2% obstétricas;
21,7% clínicas médicas; 18,7% clínicas cirúrgicas; 17,5% pediátricas, dentre outras.
Essas internações custaram algo em torno de R$ 2, 94 milhões. Em relação ao total
de internações, observou-se algo em torno de 314 óbitos, sendo 223 associados com
as internações em clínica médica;
• Quanto aos procedimentos médicos aprovados e apresentados, tabela 05, foi
identificado em Irecê no ano de 2009, algo em torno de 2.490.243 procedimentos
aprovados e apresentados, perfazendo em termos de valor um total de R$ 5,3
milhões. Quanto à tipologia, 63,9% foram procedimentos clínicos, 19,8% ações de
promoção e prevenção em saúde, 10,9% procedimentos com finalidade diagnóstica,
dentre os mais importantes.
Além dos já citados, há outros indicadores de resultados também relevantes para
ajudar na composição de uma visão mais adequada sobre as condições de saúde em Irecê e
microrregião, ver as tabelas no Apêndice D, observa-se a título informativo:
• No que diz respeito a nascimentos, realizados no município de Irecê, foram
registrados, segundo dados disponibilizados nas estatísticas de Registro Civil, IBGE-
Censo 2010, base @Cidades, a indicação de um total de 1.093 nascidos vivos no
município, sendo que 1.026 nasceram na rede hospitalar, pública e privada,
correspondendo a 93,9%;
• Em termos dos indicadores de mortalidade, ainda com base nos dados
disponibilizados pelo IBGE, ocorreram em 2010, 479 óbitos no município, sendo que
377 aconteceram em unidades hospitalares equivalendo a 78,7%;
• Observando a distribuição etária desses óbitos, percebe-se concentração expressiva
nas idades acima de 50 anos, algo em torno de 59,6% dos falecimentos; 15 a 49
anos, responderam por 28,3% do total; 5 a 14, com 0,8%; 1 a 4 anos, com 2,1% e
menos de 01 ano, correspondendo a 9,2%.
27 Há, contudo que se ressaltar, que nem todos os resultados apresentados dizem respeito ao município de Irecê. Em boa parte dos casos, as informações apresentadas se referem à microrregião de Irecê, inclui todos os municípios integrantes da 21ª DIRES, pois além de sediar a unidade regional de saúde é também onde está instalado o hospital público regional.
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Um das informações mais oportunas para o estudo foi obtida com base no quadro
de morbidade hospitalar com óbitos. Nessa indicação, há pacientes que foram hospitalizados
e que vieram a falecer, identificando-se a causa mortis. A tabela 06 do Apêndice D,
compara os resultados observados em Irecê e Seabra, no ano de 2010, tomando como
referência os dados disponíveis no IBGE, Cidades@, Ministério da Saúde, Departamento de
Informações do SUS, identificando como causas mais expressivas dos óbitos, em Irecê,
doenças originadas conforme a seguir:
• Aparelho circulatório, correspondendo a 33,7% das observações;
• Aparelho respiratório, 18,9%;
• Doenças originadas no período perinatal, 13,4%
• Oriundas do aparelho digestivo, 11,4%.
Na distribuição por sexo, foram identificados 45,1% do sexo masculino e 54,9% do
sexo feminino.
Apresentadas essas indicações gerais sobre as condições de atendimentos e
resultados dos serviços de saúde em Irecê, vamos avançar na próxima seção, analisando os
resultados das entrevistas realizadas junto aos dirigentes públicos e empresariais, no campo
da saúde e do desenvolvimento local, ouvindo-os com relação às condições de saúde
existentes no município, o papel desempenhado pelo Hospital Geral neste cenário28 e suas
contribuições no desenvolvimento econômico-social e dos negócios em Irecê.
5. RESULTADOS A DESTACAR NO TERRITÓRIO DE SEABRA
Nesta seção foram trabalhadas as informações referentes ao município de Seabra e
as inter-relações com o território da Chapada. Na caracterização desse território, se
trabalhou: i) informações de natureza geo-demograficas; ii) indicadores do comportamento
econômico-social; iii) indicadores das condições de oferta e demanda dos serviços de saúde.
Às informações de fontes secundárias, agregou-se os resultados das entrevistas
realizadas em Seabra, junto a dirigentes públicos e privados atuantes nos campos da saúde
e do desenvolvimento local, com o propósito de mapear as expectativas referentes a
implantação do hospital regional ora em curso e o mapeamento dos prováveis impactos a
nível local.
28 Importante ressaltar que há um aspecto bastante critico presente no decorrer destas entrevistas, fruto do processo de estadualização que o hospital experimentou no decorrer do semestre.
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Além dessas considerações, trabalhou-se uma quarta seção onde foram
apresentados os critérios utilizados para identificar e discutir os prováveis impactos
decorrentes da implantação do hospital regional e as principais repercussões na economia
do município.
5.1 CARACTERISTICAS ECONÔMICAS-SOCIAIS DO TERRITÓRIO
O município de Seabra, localizado no ponto mais central do Estado, pertence ao
Território de Identidade da Chapada Diamantina. Compõem esse território 23 municípios,
distribuídos numa área de 30.458,89 Km², abrigando algo em torno de 359.939 habitantes,
ver a tabela 05, no Apêndice C, com as principais informações sobre o território. Observe o
mapa localizador.
Trata-se de uma região localizada no semi-árido baiano, em que os municípios
integrantes, na maior parte estão posicionados numa altitude média acima de 600 m do
nível do mar, além de se caracterizarem por ter densidade demográfica muito baixa, menos
de 15 hab por Km². Percebe-se também, que se trata de municípios relativamente
pequenos em termos populacionais, destacando-se que aproximadamente 61,0% dos
municípios possuem menos de 15.000 hab., em termos de população total, e 82,6%
possuem menos de 20.000 hab.
Vivendo de uma agricultura e pecuária tecnologicamente pouco evoluída, típica do
semi árido, centrada em pequenas propriedade, tem como principal potencial econômico o
turismo, na medida em que se localiza integralmente na Chapada Diamantina. Destaque
maior deve ser dado ao fato de que em alguns municípios as sedes se localizam a mais de
1000 m. de altitude, o que tem possibilitado o aproveitamento de uma série de
oportunidades nesse campo.
Além da predominância de municípios de pequeno porte, observa-se que a
proporção de população urbana é uma das mais baixas no Estado, trata-se de municípios
essencialmente rurais, o que reflete também em termos da dinamicidade potencial da
atividade econômica em que o turismo desponta como a mais expressiva, vindo num
segundo plano o extrativismo mineral.
No conjunto dos municípios do território, há alguns que se destacam em particular.
Há aqueles conhecidos internacionalmente em função do patrimônio histórico arquitetônico
e dos recursos naturais, como é o caso de Lençóis, Piatã, Palmeiras, Rio de Contas, Andaraí,
Mucugê, dentre outros. Há aqueles que se projetam em função da economia, possuem
comercio e serviços estruturados para atender às necessidades da região, como se colocam
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Seabra e Morro do Chapéu29, destacando-se em relação aos outros municípios da região.
Ver o mapa do território como um sinalizador indicando a distribuição e localização das
unidades municipais.
Dadas as características e a extensão da Chapada Diamantina, região de altiplanos,
bastante acidentada, as distâncias observadas entre as sedes municipais são muito mais
acentuadas do que as observadas na região de Irecê, o que contribui para valorizar os
papeis desempenhados por Seabra e outros municípios na região.
O município de Seabra possui destaque especial , pois além das qualidades
econômicas e culturais desponta com uma população da ordem de 41.815 habitantes,
correspondendo a algo em torno de 11,6% do total da região, tendo quase metade da
população na área urbana.
Cortada pela BR-242, principal via de ligação em direção ao centro-oeste do país,
localizada no ponto mais central da Bahia, Seabra representa o principal centro comercial e
de serviços da Chapada Diamantina, ver a tabela 06 do Apêndice C.
Prova desse vigor e dinamicidade pode ser observado tomando por base alguns
indicadores de natureza econômica, tais como: i) peso do PIB municipal no do território; ii)
consumo de energia; iii) arrecadação tributária municipal; iv) nº de unidades bancárias
existentes.
• No que se refere ao produto interno bruto municipal, em 2008, o PIB de Seabra
alcançou o valor de R$ 196,37 milhões, representando algo em torno de 11,3% do
produto interno bruto total do território. Diferentemente do que foi observado em
Irece, em que foi percebido a participação mais elevada do município, no caso da
Chapada, o peso de Seabra é menor e é possível identificar a existência de outros
município com participações semelhantes e até mesmo maiores, como se observa
nos casos de Ibicoara e Mucugê;
• Quanto ao indicador referente ao consumo anual de energia e a participação no
consumo total do território, em KWh, 2009, os resultados apresentados por Seabra
também são bem acompanhados pelos outros municípios. Seabra consumiu 10,1%
da energia consumida no território, enquanto Ibicoara, alcançou o teto
correspondendo a 12,4% do total, e Mucugê chegou a 10,6% do total consumido na
região; 29Há também aqueles que se destacam em função da qualidade do aguardente produzido como é o caso de Abaíra, Rio de Contas, Piatã, dentre outros.
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• Outro indicador utilizado com base no conceito da arrecadação tributária municipal e
que representou no total do território, foi firmado a partir da arrecadação do IPTU e
o ISS. Nesse item, observou-se que a posição de Seabra, foi a mais destacada,
correspondendo a 11,3% do total do território. Os outros municípios já destacados,
obtiveram resultados mais discretos, colocando-se inclusive, numa posição mais
distante;
• O quarto e último indicador trabalhado identificou para o ano de 2009, a quantidade
de agências bancárias existentes no território e a distribuição pelos municípios.
Foram listadas 17 agências, sendo que Seabra e Morro do Chapéu, possuíam 03
unidades cada, o que correspondia a aproximadamente pouco mais de um terço do
total de agências do território ou seja 35,2%.
Além desses indicadores gerais, também pode se entender essa dinamicidade
levando em conta outros aspectos, tais como: i) crescimento no consumo de energia
elétrica no município; ii) número de empresas constituídas no ultimo período.
No Apêndice C, a tabela 07, apresenta a evolução do número de consumidores e do
consumo de energia no município no período de 2009 a 2007. Além do destaque observado
em termos da evolução do número de consumidores nas diferentes categorias, percebe-se
que o consumo de energia em KWh, no período 2009/2008, cresceu a uma taxa anual da
ordem de 11,6%30.
Destaque também a ser evidenciado diz respeito ao número de empresas criadas e
registradas no município, como reflexo da dinâmica da economia regional, ver a tabela 03
no mesmo Apêndice. Dados da JUCEB, indicam que no período de janeiro a junho daquele
ano foram criadas em Seabra, 96 unidades empresariais, cujo total corresponde a 0,6% do
total de unidades criadas no Estado no mesmo período. Comparando o resultado com o de
municípios próximos, Ibotirama, Itaberaba, dentre outros, tem-se uma idéia da
dinamicidade do município.
Feitas essas ponderações, observa-se, que apesar do peso e da importância que
Seabra representa para o Território da Chapada, a representatividade no conjunto está de
certa forma dividida com outros municípios do território, distinguindo-se das condições
observadas no caso de Irecê. Todavia, apesar das características diferenciadas, Seabra
possui uma série de condições potenciais, que podem ser utilizadas como meio dinamizador
do desenvolvimento regional, e nesse caso em particular, o campo da saúde e a
30 Obtido na publicação da SEI, Estatísticas dos Municípios Baianos, 2011, vol. 15, Território da Chapada Diamantina.
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implantação do hospital regional constituem-se numa das principais oportunidades no
propósito de aprofundar esse desenvolvimento.
Além de colocar-se como um dos principais pólos econômicos e culturais da região,
possuindo estrutura comercial e de serviços que atende a todo Território, Seabra também
sedia a 27ª DIRES, coordenando as ações no campo da saúde da da microrregião.
Na tabela 08 do Apêndice C, identificam-se os municípios integrantes da
Microrregião, no total de 11 unidades, agrupando um conjunto populacional da ordem de
175.841 habitantes, numa área de 14.435,08 Km².
Seabra, ao sediar a 27ª DIRES, unidade estadual de política e planejamento das
atividades no campo da saúde na região, também representa a principal referência em
termos de política pública nesse campo e ao mesmo tempo desponta como pólo mais
importante do ponto de vista privado.
5.2 INDICADORES DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E DE ATENDIMENTO
No que diz respeito à caracterização da estrutura de saúde no município de Seabra
em termos do número e perfil dos estabelecimentos, ver tabela nº01, no Apêndice D,
observa-se a existência de um conjunto pouco diversificado de unidades.
Dados disponibilizados na base do DATASUS, obtidos a partir do CNES/Cadastro
Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, acesso realizado em julho desse ano, indicavam a
existência de 40 estabelecimentos em diferentes funcionalidades, desde unidades de pronto
atendimento, ambulatoriais, internação, consultórios médicos diversos, laboratórios,
unidades de gestão e planejamento, dentre outros, destacando-se:
• Nove clinicas especializadas/ambulatórios de especialidade;
• Oito postos de saúde;
• Oito centros de saúde/unidade básica;
• Cinco consultórios isolados.
• Duas unidades hospitalares, classificadas como hospital geral;
• Duas policlínicas;
• Duas unidades de apoio diagnose e terapia;
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• Um hospital/dia-isolado.
Complementando a organização da saúde no município, identificam-se ainda as
unidades de gestão e supervisão da atividade de saúde na região.
Comparando as estruturas apresentadas entre Irecê e Seabra, ver a tabela 01, no
Apêndice D, percebe-se o quão significativa são as diferenças existentes, tanto no que diz
respeito ao número e perfil das unidades integrantes, quanto ao grau de participação da
esfera pública na composição do segmento.
No caso especifico de Seabra, a estrutura operativa em termos hospitalar, ver a
tabela 02, disponibiliza no município a existência de 94 leitos, sendo 84 oferecidos pelo SUS
em convênio com unidades hospitalares existentes no município, correspondendo a 89,3%
do total. Desse conjunto, 15 leitos são destinados para cirurgias em geral, 49 para uso
clínico, 15 para uso obstétrico e 15 para uso pediátrico, dados obtidos com base no site do
DATASUS31, ver a tabela 02 no Apêndice D.
Diferentemente do que acontece em Irecê, a presença de estabelecimentos públicos
na oferta de leitos em Seabra é praticamente nula. Observa-se, que a oferta de leitos no
município é viabilizada com base numa estrutura em que se destacam dois hospitais
privados conveniados com o SUS, mas que possuem uma série de limitações em termos das
condições materiais, instalações, equipamentos e disponibilidade de recursos humanos.
• Hospital Frei Justo Venture, estabelecimento privado, ex-filantrópico, cadastrado no
CNES desde maio/2003, contando com 61 leitos, sendo todos disponibilizados para o
SUS. Os leitos estão distribuídos nas seguintes especialidades: 14 na cirurgia geral,
23,0%; 21 na clinica geral, 34,4%; 11 na obstetrícia, 18,0%; 15 na pediatria clínica,
24,6%. Possuem 43 funcionários, sendo 07 médicos, 04 enfermeiros, 21 auxiliares
de enfermagem, dentre outros profissionais;
• Clinica Santa Barbara, classificada como hospital geral, oferece 26 leitos, sendo 23
disponibilizados para atendimento ao SUS, 88,5%. Todos os leitos estão alocados no
campo da clínica geral. Possuem 23 funcionários, sendo 08 médicos.
Além das unidades acima, destaca-se em Seabra no atendimento privado: i) o
hospital/dia-isolado, Ultramed Day Hospital; ii) as policlínicas: CLER e a Clinica Bastos; iii)
as clinicas especializadas: Clinica Médica de Cardiologia, Clinica Médica Dr. Luis Carlos B.
31 Disponível em:< www.cnes.datasus.gov.br/>. Visualizado em: 05 de jul. de 2012.
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Alencar, CLIRES, Clinica Santana, ODONTOCLINICA, dentre outras; iv) unidades de apoio
diagnose e terapia: LACSAUDE Laboratórios e LAF Laboratórios Antunes Farias.
No atendimento público, o esforço principal é viabilizado pelo governo municipal,
através de 08 postos de saúde, 07 centros de saúde, uma unidade do CAPS e a Unidade de
Pronto Atendimento, recém inaugurada.
No que se refere aos resultados de atendimentos, merecem ser destacado os
valores observados em Seabra nos últimos anos, ver tabela 07 no Apêndice D, refletindo de
certa forma as condições efetivas de atendimento, que possui atualmente. fruto
provavelmente da reestruturação na organização e ampliação da capacidade do
atendimento hospitalar verificada na região, ver as tabelas referentes:
• Em termos dos resultados de internações, referentes ao ano 2009, fonte SIH/SUS,
foram realizadas 4.402 internações, sendo 66,9% clínica médica; 15,4% clinica
cirúrgica; 17,5% pediátricas e apenas 0,2% obstétricas. Essas internações custaram
algo em torno de R$ 2, 32 milhões. Em relação ao total de internações, observou-se
algo em torno de 101 óbitos, sendo 84 associados com as internações em clínica
médica;
• No que diz respeito a nascimentos registrou-se, segundo dados disponibilizados na
fonte SINASC para o ano de 2008, 703 nascimentos vivos sendo que a taxa bruta de
natalidade situou-se em 16,8%;
• Em termos dos indicadores de mortalidade, tomando como referência as informações
da SESAB/SUVIS/DIS, MS/SIM, ocorreram em 2008, 145 óbitos no município.
Observando a distribuição etária desses óbitos, percebeu-se concentração expressiva
nas idades acima de 50 anos, algo em torno de 62,1% dos falecimentos; 15 a 49
anos, respondeu por 22,8% do total; menos de 01 ano, correspondeu com 10,3%;
• Quanto à mortalidade em 2008, por grupos de causas, ver com base nos dados do
MS/SIM, Seabra, 29,1% foram decorrentes de doenças do aparelho circulatório;
11,3% do aparelho digestivo; 12,1% de causas externas de morbidade e
mortalidade; 10,6% de neoplasias e tumores; 7,8% afecções originadas no período
perinatal; 7,1% doenças do aparelho respiratório, dentre as mais expressivas.
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Quanto aos indicadores de morbidade hospitalar com óbitos, caracterizado pela
morte dos pacientes ocorridas nos estabelecimentos hospitalares identificadas em Seabra,
ver fonte SIH/SUS, 2009, na tabela 06, Apêndice D, foram identificadas como causas
mortis mais expressivas, as doenças originadas:
• Do aparelho respiratório, 22,2%
• De gravidez, parto e puerpério, 23,4%
• De natureza infecciosas e parasitárias, 21,7%
• Do aparelho circulatório, correspondendo a 9,9%
Os indicadores e resultados gerais apresentados sobre as condições de
atendimentos dos serviços de saúde em Seabra, oferecem uma visão bastante objetiva
sobre as condições da saúde no município.
Na sequência vamos apresentar os resultados das entrevistas realizadas junto aos
dirigentes públicos e empresariais, no campo da saúde e do desenvolvimento local do
município.
5.3 PARAMETROS UTILIZADOS PARA JUSTIFICAR OS PROVAVÉIS IMPACTOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL
Com base nas opiniões dos entrevistados com relação aos prováveis efeitos a
serem provocados em Seabra decorrentes da implantação do hospital regional, nesta
subseção serão trabalhados a identificação das principais conseqüências a serem
consideradas como fruto da unidade hospitalar, listando os critérios utilizados para justificar
esses prováveis resultados.
Parte das conseqüências indicadas são difíceis de serem visualizadas num primeiro
momento, apesar de apresentarem alguns elementos possíveis de identificação. Outras,
porém, são percebidas mais facilmente e podem inclusive ter alguns dos parâmetros
quantificados . Como se trata de um estudo analítico onde o trabalho é feito com
suposições, que podem materializar-se ou não, neste sentido são indicações que podem ser
questionadas. Alerta-se também quanto ao fato de que na realização desse estudo, não
foram utilizados procedimentos de natureza quantitativa para dimensionar os principais
impactos, o que pode de certa forma fragilizar alguns resultados aqui apresentados.
Contudo, vale ressaltar, que são sinalizações qualitativas indicando possibilidades que
possuem condições concretas de serem implementadas dado as dimensões do investimento
público governamental a ser realizado.
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O que é importante ressaltar é que a implantação do hospital desencadeará uma
série de conseqüências positivas no território, tanto no campo da saúde, quanto também
nos aspectos econômico-sociais, o que impõe a necessidade de serem mobilizadas as forças
políticas, sociais e econômicas do município/microrregião no propósito de aproveitarem as
oportunidades.
Na estruturação do referencial utilizado para discutir os prováveis impactos foram
utilizadas quatro fontes de informações:
• Informações e parâmetros técnicos referentes ao hospital regional Dr. Mario Dourado
Sobrinho, Irecê, obtidos a partir das fontes do CNES-DATASUS;
• Informações referentes ao hospital da Chapada, Seabra, obtidas a partir de
documento produzido pela Secretaria Estadual da Saúde32;
• Dados e informações econômico-sociais e da saúde sobre os municípios obtidos de
fontes secundárias;
• Resultados das entrevistas realizadas em Irecê e Seabra.
No que diz respeito à análise voltada para identificar os prováveis impactos a
serem desencadeados a partir da implantação do hospital regional, a estruturação
foi delineada levando em conta os seguintes aspectos:
• O primeiro aspecto a ser considerado, efeitos do primeiro momento, levou em conta
uma série de consequências que aconteceram no município, principalmente no
campo imobiliário com a valorização de imóveis e terrenos, aluguéis, na construção
civil, no campo da saúde, dentre outros segmentos, a partir do anuncio oficial de
construção do hospital e que se estende até a época da inauguração. Nas entrevistas
realizadas são identificadas uma série de indicações sobre esses efeitos, porém não
foram quantificados;
• O segundo aspecto a ser considerado está relacionado diretamente com a
implantação da unidade hospitalar em termos das mudanças a serem observadas
nas condições de oferta dos serviços de saúde do município, em que se destacam a
constituição de uma equipe técnica - cientifica, a disponibilização de 32 As informações referentes ao hospital da Chapada, foram obtidas a partir de documento técnico intitulado “Hospital da Chapada-Microrregião
de Seabra,” produzido pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, fotocopiado, s/d.
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máquinas/equipamentos, processos e novas tecnologias de trabalho e a capacidade
de atendimentos, em termos ambulatoriais, emergênciais e de internamentos;
• Implantado o hospital, consolidada a equipe de trabalho, surgem diferentes
oportunidades que irão afetar o campo da saúde no município e região, em termos
da ampliação e viabilização de novas clínicas, oferta de novos serviços por parte de
organizações públicas e privadas, além dos impactos a serem provocados em
diferentes segmentos da economia, principalmente nas áreas de hotelaria,
alimentação, lazer, farmacêutico, transportes, educação, imobiliário, dentre outros;
• Outras conseqüências a serem visualizadas numa etapa posterior à consolidação do
hospital regional diz respeito a ampliação dos efeitos, inclusive a demanda de
serviços especializados por parte da unidade hospitalar.
Quanto aos resultados associados ao primeiro aspecto, alguns efeitos podem ser
identificados a partir das informações contidas nas entrevistas.
Parte expressiva das prováveis consequências decorrentes do hospital regional,
para efeito de concretização e analise, foram identificados a partir de duas
considerações referenciais:
• Hospital implantado muda as condições de oferta, capacidade de atendimentos, a
qualidade dos serviços de saúde na microrregião como um todo e os resultados
inclusive em termos de indicadores, afetando diretamente o segmento privado em
diferentes aspectos;
• Hospital implantado em função do volume de recursos que movimenta, financeiros,
humanos, compras, materiais, serviços, dentre outros, afeta as condições
econômico-sociais do emprego, renda e negócios no município.
Como já foi ressaltado, parte significativa das informações utilizadas para ilustrar
as prováveis conseqüências da unidade hospitalar em Seabra, foram obtidas a partir das
características técnicas identificadas no Hospital de Irecê, principalmente as informações
referentes ao quadro técnico operacional e a estrutura operativa. Tomando por base essas
informações, foram trabalhados alguns aspectos com o propósito de indicar os prováveis
impactos:
• Decorrentes da operacionalização do hospital regional em termos da utilização de
recursos humanos e gastos no município;
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• Mapeamento da demanda provável de recursos e serviços locais;
• Outras possibilidades de impactos.
As informações referentes aos parâmetros técnicos do Hospital da Chapada foram
utilizadas para identificar o volume provável de atendimentos da unidade33.
Mudança nas condições de oferta:
Há certo consenso no entendimento dos profissionais do campo da saúde quanto
aos primeiros impactos provocados pela implantação de uma unidade hospitalar no sentido
de melhoria das condições de oferta, atendimentos e a qualidade dos serviços prestados.
As condições de oferta dizem respeito aos principais aspectos utilizados para
caracterizar como os serviços são oferecidos num dado território, destacando-se em
particular: i) caracterização da rede de atendimento e estrutura de operações; ii)
disponibilidade e perfil dos profissionais de saúde e sua distribuição; iii) disponibilidade de
equipamentos. Essas condições são identificadas com base nos seguintes elementos.
• Rede de assistência e disponibilidade de leitos, levando-se em conta: i) nº de
estabelecimentos conforme a natureza e tipo do prestador de serviços; ii) nº de
leitos de internação por tipo de prestador e segundo a especialidade.
• Perfil dos profissionais de saúde, considerando a tipologia dos recursos humanos
disponíveis no território por categoria e vínculo com o SUS.
• Disponibilidade de equipamentos. tomando por base a tipologia dos equipamentos
existentes em uso e disponíveis para uso pelo SUS, conforme os conjuntos de
equipamentos.
Identificados os elementos que definem e qualificam as condições de oferta, o
primeiro impacto a ser provocado no município/microrregião, diz respeito ao aumento na
capacidade de atendimento decorrente da existência de mais leitos. Há outros aspectos
também a serem considerados, relacionados a parâmetros inovativos e de tecnologia, em
função das especialidades oferecidas, qualificação do corpo técnico e dos equipamentos
disponibilizados.
33 Ver documento técnico hospital da Chapada-Microrregião de Seabra, Governo do Estado-Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, fotocopiado,
s/d.
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A unidade hospitalar de Seabra, além de internamentos, também oferecerá
atendimento ambulatorial e urgência/emergência. Já na Iª etapa, a ser inaugurada em
dezembro próximo, funcionará como uma UPA, tipo II, atuando na urgência/emergência.
No que diz respeito ao atendimento em termos de internamento, o hospital da
Chapada quando concluído disponibilizará para atendimento 101 leitos, assim indicados:
• Unidade de Tratamento Intensivo: 10 leitos
• Internação adulta: 79 leitos;
• Internação pediátrica: 12 leitos;
• Isolamento: 03 leitos
Os leitos serão disponibilizados nas seguintes clínicas: i) cirurgia geral; ii) clinica
cirurgica ortopédica; iii) pediatria; iv) clínica médica; v) cuidados prolongados; Unidade de
Tratamento Intensivo
Destaca-se ainda na unidade hospitalar, a previsão da UTI para adultos com 10
leitos, sendo 01 para isolamento, totalizando capacidade de atendimento da ordem de 101
leitos.
O hospital também oferecerá atendimento ambulatorial nas seguintes
especialidades: cardiologia, cirurgia geral, gastroenterologia, pneumologia e urologia. São
08 salas para atendimento ambulatorial. No que diz respeito ao apoio diagnóstico e
terapêutico, serão oferecidos serviços nas seguintes áreas: i) laboratório de análises
clínicas; ii) anatomopatologia; iii) radiologia convencional; iv) ultrassonografia; v)
endoscopia; vi) eletrocardiograma.
Oito salas operando de 07:00h às 17:00h, 10 horas/dia, segunda à sábado, media
30 minutos em cada atendimento ambulatorial, 20 atendimentos/dia em cada sala, 160
atendimentos/dia no total.
No que diz respeito aos atendimentos de urgência e emergência, o serviço será
conduzido pela Unidade de Urgência e Emergência de Alta Complexidade, funcionando 24
horas/dia. Prevê-se 17 leitos de observação. Estima-se 156 pacientes/dia atendidos, quando
o serviço estiver plenamente implantado34.
34
Informação disponibilizada no documento técnico hospital da Chapada-microrregião de Seabra.
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Observa-se abaixo o mapa síntese com a qualificação da capacidade de
atendimento/dia do hospital da Chapada, segundo os tipos de atendimentos.
Quadro 01. Tipos de atendimento e possibilidades de atendimento/dia no hospital da Chapada.
Tipos de Atendimento
Capacidade / dia de atendimento
Pacientes/ dia atendidos
Internação 102 102
Ambulatorial 160 160
Urgência /Emergência 156 156
Total 418 418
Fonte: Hospital da Chapada-microrregião de Seabra. Secretaria Estadual da Saúde, s/d
Identifica-se com base na capacidade instalada de atendimentos, possibilidades de
serem atendidas 418 pessoas/dia a partir da implantação do hospital regional35.
O primeiro impacto a ser considerado está associado a capacidade de atendimento
indicada. Os pacientes atendidos são oriundos de Seabra, outros municípios da microrregião
e de outras regiões próximas.
Quando os pacientes são oriundos de outros municípios, demandando serviços de
internação e atendimento ambulatorial na unidade hospitalar de Seabra, em geral
deslocam-se com acompanhantes.
Pacientes e acompanhantes provocam uma série de consequências na economia
local demandando bens e serviços para atenderem necessidades, tais como: i) vagas em
hotéis, hospedarias e pensões; ii) serviços de alimentação; iii) serviços de transporte e
abastecimento; iv) compra de medicamentos; v) realização de exames e outros serviços de
apoio ao diagnóstico; vi) demandam outros serviços e produtos no município, dentre outras
possibilidades. Esses quantitativos ampliam-se a depender do número de dias do
atendimento e da quantidade de acompanhantes.
No documento técnico sobre o hospital da Chapada, destacam-se algumas
informações referentes ao fluxo de pacientes internados em Seabra, em 2008, oriundos de
35 As informações do projeto estão sujeitas a alterações pela SESAB.
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municípios da região36. Os números apresentados indicam que foram internados naquele
ano 3.426 pacientes, sendo: i) 2.404, oriundos de Seabra, correspondendo a 70,0%; ii)
615, vieram de municípios localizados na microrregião, exceto Seabra, correspondendo a
18,0%; iii) 407, vieram de municípios de outras microrregiões, correspondendo a 11,9%37.
Considerando o número de leitos para internação igual a 101, supõe-se que metade
dos pacientes são de Seabra e que cada paciente de fora, traz pelo menos 01
acompanhante, pode-se imaginar em média a existência aproximada de 51 pessoas/dia no
município, demandando produtos e serviços, originários de outros locais. Contudo, nada nos
garante que só há um acompanhante para cada paciente e até mesmo que a metade dos
pacientes residam realmente em Seabra.
Considerando as outras possibilidades de atendimentos, tomando por base a
capacidade prevista de atendimento/dia, em que se identificou 418 pacientes que poderão
ser atendidos diariamente no hospital, a depender da origem do paciente, pode-se estimar
uma presença variável de acompanhantes em Seabra bastante significativa.
Caso se considere 01 acompanhante para cada paciente e que metade dos
pacientes são de Seabra, pode-se estimar algo em torno de 209 não residentes locais,
demandando uma série de produtos e serviços no município diariamente. No limite superior,
considerando que todos os pacientes não residam em Seabra, tem-se, então, a
possibilidade de 418 acompanhantes/dia consumindo. Se acrescentarmos os pacientes não
internados, esses números tornam-se significativos considerando as condições atuais de
oferta de serviços no município.
Estão sendo consideradas como referência para este cálculo as condições de
atendimento estabelecidas com base na oferta de serviços do hospital regional. Levando-se
em conta a capacidade de atendimento das clínicas e laboratórios do segmento privado, em
algumas unidades foi estimoado o atendimento médio diário em torno de 200 pacientes,
referente a atendimentos de convênio e particular o que se supõe algo próximo de 1000
atendimentos/dia.
Identificados esses quantitativos, pode-se estimar como crescerá a demanda de
uma série de bens e serviços no município, sinalizando as oportunidades para diferentes
negócios. Alguns parecem ter maior probabilidade de se concretizar, tais como:
36 A fonte identificada foi DATASUS/TABWIN, 2009.
37 Levando-se em conta a distribuição da população dos municípios na microrregião, pode-se supor, que o peso apresentado na composição dos pacientes para Seabra em termos das origens esteja superestimado.
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• Serviços de hospedagem e alimentação;
• Compra de medicamentos;
• Serviços de transportes;
• Serviços de suporte ao diagnóstico médico;
• Compras no comercio local.
Contudo, esses efeitos podem ser ampliados em decorrência de uma série de
outras consequências associadas direta e indiretamente com a implantação do hospital, em
que se destaca: i) redução da mobilidade de pacientes da região para outros centros; ii)
possibilidades de uma sobre demanda em Seabra.
O aumento na oferta de leitos da unidade hospitalar, ampliação do atendimento
ambulatorial e mais o atendimento de urgência/emergência, também reduzem as
possibilidades de encaminhamento do paciente para tratamento em centros de maior porte.
Criadas as condições para ampliar os atendimentos em Seabra, naturalmente se reduz a
transferência de pacientes da microrregião para realizar tratamento fora do domicilio, o que
se constitui num ganho bastante significativo em termos da política de saúde local. Quando
das entrevistas em Seabra, o relato da Secretária Municipal de Saúde, sobre os
quantitativos de pacientes que são encaminhados diariamente para tratamento em
Salvador, particularmente a situação dos pacientes renais crônicos, sinalizou sobre a
dimensão desse problema.
Pode-se supor como decorrência do aumento das condições de oferta e
diversificação dos serviços de saúde, que essa melhoria na qualidade, provoque uma sobre
demanda nos serviços em Seabra. Esta sobre demanda será alimentada, principalmente,
por pacientes de outras microrregiões, o que pode provocar num primeiro momento até
mesmo perdas de qualidade nos serviços oferecidos. Provavelmente, também se observará
queda na demanda por internações através do SUS nos outros hospitais da região. Num
momento seguinte a demanda se ajustará.
Diante dessas expectativas, torna-se oportuno reforçar os atendimentos na atenção
básica, assim como no ambulatorial, em todos os municípios da região, como forma para
administrar os efeitos da sobre demanda.
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Outros efeitos possíveis decorrentes da implantação da unidade hospitalar.
Os efeitos decorrentes da implantação do hospital regional, em termos das
mudanças nas condições de oferta e a sobre demanda provocada não ficarão restritos ao
atendimento público, também afetarão o segmento privado de saúde e o ambiente dos
negócios da economia de várias maneiras.
Merece ser salientado o fato de que o hospital geral público ao ser implantado
demanda uma série de serviços, materiais, produtos e recursos humanos, numa escala tal,
que esses meios também afetarão o segmento privado e até mesmo poderão beneficiar-
lhes, inclusive a capacidade de atendimento.
Primeiro deve-se destacar o choque de qualidade a ser provocado nos
atendimentos da região, em função da estrutura hospitalar implantada, capacidade de
atendimento e procedimentos inovadores, qualidade e diversidade dos recursos humanos
incorporados e dos novos equipamentos utilizados. Seguramente que esses efeitos se
estendem por todo segmento de saúde, quer seja público, quer seja privado.
O novo hospital vai demandar um contingente expressivo de profissionais em
diferentes áreas no campo da saúde38, tendo distintas especialidades e experiências, o que
viabiliza uma série de oportunidades e possibilidades em termos de novos serviços a serem
oferecidos no município. Serão incorporados em diferentes condições contratuais, podendo
dedicar-se plenamente ao hospital público ou trabalhando em diferentes jornadas, algumas,
inclusive, podendo dividi-las com outras organizações e até mesmo com negócios próprios.
Em função do hospital, alguns profissionais vão fixar residência no município,
outros passarão a frequentá-lo periodicamente, quer seja semanalmente, quinzenalmente,
mensalmente, ou em outras possibilidades. Poderão ficar só um dia ou vários dias.
O fato do hospital viabilizar a vinda de um contingente expressivo de profissionais39
para Seabra, em diferentes categorias, cria também as condições para que outros
estabelecimentos no campo da saúde (clínicas, laboratórios), privados ou não possam
também ampliar os serviços localmente e até mesmo viabilizar a implantação de uma série
de novos negócios utilizando parte desses recursos. Além do mais, esses profissionais são
38 Não foi possível identificar preliminarmente qual será o tamanho do quadro de pessoal técnico - científico do hospital da Chapada com base
nas informações obtidas. Para estabelecimento de uma idéia aproximada foram utilizada as informações referentes ao hospital regional de Irecê,
acessadas com base CNES/DATASUS.
39 O hospital de Irecê só na categoria médicos conta com 89 profissionais, conforme dados levantados no CNES/DATASUS.
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também consumidores e precisam encontrar condições adequadas no município para
poderem atender às suas necessidades de bens e serviços.
Primeiro passo a ser dado no propósito de identificar quais serão os prováveis
impactos decorrentes dessa situação, deve ser buscada a partir da identificação quantitativa
e qualitativa do quadro geral de pessoal a ser utilizado pelo hospital para viabilizar a
capacidade de atendimento proposto. Particularmente relevante deve ser a identificação do
contingente de profissionais técnicos-cientificos necessários para operar o hospital em
Seabra. Quantos devem ser incorporados nas diferentes categorias profissionais40?
O quadro técnico - cientifico do hospital de Irecê, conforme dados disponíveis na
base do CNES/DATASUS, agrega atualmente algo em torno de 355 profissionais,
responsáveis pela gestão de 121 leitos, sendo 29 complementares, identificados como
unidades nas UTIs, de isolamento e unidades intermediárias neonatal.
No Quadro 02, a seguir foi apresentado a distribuição comparativa de leitos por clínica,
observados entre Irecê e Seabra. A previsão de 114 unidades de leitos do hospital da
Chapada, se aproxima dos números apresentados para Irecê41.
Distribuição dos leitos por clinicas
Hospital Irecê Hospital Chapada
Cirúrgica Geral 21 20
Cirúrgica Ortopédica 2 10
Clinica Médica 25 26
Pediátrica 22 12
Obstétrica 22 12
Cuidados Prolongados 9 11
Sub-Total leitos 101 91
UTI’s 20 10
Total 121 101
Urgência/Emergência -- 17
Total Geral 121 118
Fontes: Hospital da Chapada/Secretaria Estadual de Saúde; CNES/DATASUS.
40 Será utilizar como referencia para responder a essa questão as informações existentes sobre o hospital regional de Irecê. 41 As informações do projeto estão sujeitas a alterações pela SESAB.
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Na distribuição do quadro de 355 profissionais em Irecê, , destacam-se as
seguintes categorias: i) Médicos42, com 89 integrantes, correspondendo a 25,1% do total;
ii) 41 enfermeiros, nível superior, correspondendo a 11,5%; iii) 187 técnicos de
enfermagem, nível médio, 52,7%; iv) 11 farmacêuticos, sendo 07 farmacêuticos bioquímico
e 04 boticários, correspondendo a 3,1%, ; v) 09 técnicos em radiologia e aparelhos
assemelhados, correspondendo a 2,5%; vi) 05 fisioterapeutas, correspondendo a 1,4%;
vii) 04 técnicos em patologia clínica e analistas de laboratório, correspondendo a 1,1%;
viii) 09 profissionais em outras áreas, tipo nutricionista, psicólogo hospitalar, assistente
social, dentre outros, equivalendo a 2,5%.
Trabalhando com as informações sobre leitos e nº de profissionais identificados em
Irecê, pode-se tentar estabelecer relações entre essas informações, na suposição de que o
conjunto de leitos existentes requer esse quantitativo de profissionais, de diferentes
categorias.
Assim sendo, pode-se apresentar que a relação identificada em Irecê associando
número de profissionais do quadro técnico - cientifico e leitos, no geral, foi da ordem de
2,93 profissionais por leitos. Contudo, trata-se de uma relação geral que não explicita as
demandas por categorias.
Quadro 03. Comparativo da distribuição de pessoal entre os hospitais de Irecê e
da Chapada e os indicadores leitos por categoria profissional43.
Categorias Profissionais
Profissionais existentes no
Hospital Irecê e o coeficiente técnico
Demanda suposta de profissionais no
Hospital da Chapada
Médicos 89 – 1,36 84
Enfermeiros 41 – 2,95 38
Técnicos em Enfermagem 187 – 0,65 175
Técnicos em radiologia/imagem 09 – 13,4 8
42
Conforme salientado a presença de 89 médicos integrando a equipe técnica - cientifica do hospital não quer dizer que todos atuem
integralmente na unidade. São profissionais que possuem contratos com carga horária diferenciada, atuando em diferentes especialidades, nas
áreas hospitalar e ambulatorial.
43 As informações do projeto estão sujeitas a alterações pela SESAB.
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Farmacêuticos Bioquímico 07 – 17,29 7
Fisioterapeuta 05 – 24,20 5
Técnico em patologia clínica/analista de laboratório 04 – 30,25 4
Farmacêutico Boticário 04 – 30,25 3
Nutricionista 03 – 40,33 3
Outros profissionais 06 – 20,17 6
Total geral 355 334
Fontes: Hospital da Chapada/Secretaria Estadual de Saúde; CNES/DATASUS.
Se considerado essa relação a partir de algumas categorias profissionais, vide o
caso dos enfermeiros, pode-se dizer que a relação estabelecida é aproximadamente da
ordem de 3,0 leitos por enfermeiro. Se considerado esse coeficiente como parâmetro para
estimar as necessidades de enfermeiros no hospital de Seabra, pode-se afirmar que um
hospital com 114 leitos, deveria contar no mínimo com 38 enfermeiros.
Os coeficientes obtidos em Irecê para cada categoria profissional, vide quadro 03,
associando leitos com o número de profissionais do quadro técnico – científico, foram então
utilizados para se estimar quais seriam as necessidades de pessoal no hospital de Seabra,
nas diferentes categorias profissionais, levando-se em conta o número de leitos indicados
para Seabra.
Feitos os cálculos para cada categoria, vide os valores estimados para Seabra no
Quadro 03, identificou-se qual será o número aproximado de profissionais necessários para
o hospital da Chapada, obtendo-se um total de 334 profissionais. Esta relação pode ser feita
em termos mais específicos quando detalhado em função das especialidades de cada
categoria e principalmente em relação ao corpo médico dada a função da diversidade e
condições dos contratos existentes44.
Tomando por base os resultados obtidos em termos das categorias profissionais em
Irecê, pode-se adotar o mesmo coeficiente para identificar quantos profissionais serão
necessários contratar em Seabra, segundo as diferentes categorias, conforme indicado a
seguir:
44
Obviamente, que essas considerações são apenas suposições feitas para exemplificar sobre as possibilidades e facilitar o trabalho de análise.
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• 84 médicos, em diferentes especialidades, com diferentes situações contratuais;
• 38 enfermeiras de nível superior;
• 176 técnicos de enfermagem;
• 08 técnicos em radiologia e imagem;
• 28 profissionais nas categorias de farmacêutico, nutricionista, fisioterapeuta, técnico
em patologia/analista de laboratório, dentre outros.
Considerando esse contingente de profissionais na suposição de que parte
significativa poderá residir em Seabra, levando-se em conta a remuneração média por
categoria, hábitos de consumo, dentre outros aspectos, pode-se visualizar toda uma série
de implicações no campo econômico social do município, principalmente, em termos de : i)
aluguéis/valorização imobiliária; ii) demanda por vagas em hotéis e hospedarias; iii)
consumo de alimentos em restaurantes; iv) supermercados; v) demanda de serviços
educacionais; vi) consumo de combustíveis; vii) outros consumos de bens e serviços, dentre
outros.
Se observa-se, que parte destacada dos impactos a serem provocados em Seabra,
pensando em termos da economia local e no campo dos negócios, serão decorrentes da
alocação de profissionais que trabalharão na unidade hospitalar.
A esses impactos podem ser somadas outros no que diz respeito a contratação do
pessoal administrativo, a terceirização nas áreas de limpeza, segurança, portaria, dentre
outros, por parte do hospital, com implicações em termos do emprego, consumo e gastos
locais.
Há também que ser consideradas as possibilidades de contratação de serviços
técnicos especializados, pessoas e equipamentos, inclusive serviços de manutenção, de
forma terceirizada, por parte da unidade hospitalar, para atender a uma série de
necessidades e da segurança operativa.
Outra alternativa a ser considerada em termos de impactos, diz respeito as
possibilidades que profissionais de natureza técnica – cientifica, principalmente médicos,
enfermeiros, dentre outros, estejam dispostos a utilizar parte das horas de trabalho em
outros empreendimentos, quer seja trabalhando em outras organizações em Seabra, ou
mesmo aproveitando as oportunidades e viabilizando novos negócios no campo da saúde.
No caso dos médicos, tais possibilidades são possíveis de concretização na medida em que
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as condições contratuais de trabalho são bastante flexíveis. Nesse sentido, seguramente
que uma série de oportunidades em termos de novos negócios no campo da saúde poderão
ser viabilizados no município, as clínicas poderão ampliar a capacidade de atendimento,
incorporando novas especialidades médicas, além de que o próprio hospital público vai
também demandar uma série de serviços de profissionais especializados, que
provavelmente serão terceirizados.
Percebe-se assim uma série de possibilidades em que parte dos efeitos também
afetarão o segmento privado no território, tanto no campo da saúde, como também de
outras atividades.
Por fim há uma outro aspecto a ser considerado, na medida em que o hospital é
também um grande comprador de produtos e serviços: Compra alimentos, medicamentos,
materiais de limpeza, roupa de cama e banho, uniformes de trabalho, utensílios e outros
materiais, sendo que parte dessas compras pode ser feita junto a fornecedores locais e da
região.
Tome como exemplo a compra regular de alimentos por parte do hospital. Para se
ter uma idéia aproximada sobre o consumo de alimentos/dia no hospital, considere os
seguintes parâmetros:
• Pacientes internados no hospital, fazendo três refeições/dia mais três lanches
intermediários, consome aproximadamente, no mínimo, um quilo de alimento. São
114 pacientes internados, excluindo urgência/emergência e as UTI’s, sendo que
92foram identificados como pacientes em condições de consumo normal, o que
totaliza 92 quilos/dia;
• Há aproximadamente 450 funcionários trabalhando no hospital e quase todos fazem
as refeições na unidade. Supondo que façam pelo menos duas refeições, consumindo
algo em torno de um quilo/dia, da um total de 450 quilos de alimentos consumidos;
• Considerando as duas indicações acima, se observa um consumo médio diário de
550 quilos de alimentos/dia, o que perfaz na semana um total de 4,4 toneladas,
aproximadamente 20,0 toneladas/mês.
Aproximadamente 20,0 toneladas de alimentos sendo consumidos mensalmente,
oferecem uma idéia aproximada sobre o potencial de compras desse item por parte do
hospital. Parte dessa demanda pode ser viabilizada localmente.
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Em síntese, inicialmente os impactos serão decorrentes das mudanças nas
condições de oferta dos serviços de saúde, com implicações no número de atendimentos a
serem observados. Pacientes a serem atendidos deslocam-se com acompanhantes e juntos
demandam bens e serviços. Em função da ampliação das condições de oferta, podem ser
ampliados os atendimentos, melhorados a qualidade dos serviços e reduzidos uma serie de
despesas.
A implantação da unidade hospitalar pressupõe a formação de uma equipe de
trabalho, em que parte expressiva desse contingente vai residir no município. Esses
profissionais demandam bens e serviços e parcela significativa será demandada localmente.
Aqueles que não se fixarem em Seabra, passarão a visitá-la regularmente e tal condição
implica no aumento da demanda de bens e serviços no município. Essas possibilidades
representam oportunidades para a implantação/ampliação de diferentes negócios em
Seabra em que se destacam: hotéis, pousadas, bares/restaurantes, escolinhas, boutiques,
farmácias, bancas de revistas, clínicas de suporte ao diagnóstico médico, academias, dentre
outras alternativas.
Além do mais o hospital é um grande comprador de bens e serviços e parte dessa
demanda poderá ser atendida localmente. Numa outra perspectiva pode-se visualizar o
hospital como viabilizador de diferentes oportunidades que podem ser aproveitadas pelo
segmento empresarial, tais como a destinação do lixo hospitalar, capacidade de
atendimento instalada e a disponibilidade de equipamentos de ponta, dentre outras
sinalizações.
Numa terceira onda, tais impactos criarão uma série de oportunidades a serem
aproveitadas através da ampliação e implantação de novas clínicas, alcançando novas
especialidades, inclusive de apoio á diagnose e terapias, mas também reforçadas em
decorrência da percepção por parte dos pacientes, principalmente de outras regiões, de que
aumentou a oferta, seguramente melhorou a qualidade dos serviços médicos oferecidos em
Seabra, o que amplia a demanda. A percepção desse novo quadro poderá em termos de
consequências, possibilitar a construção de uma imagem de qualidade com relação ao
campo da saúde no município, o que reforça e amplia as condições de atratividade.
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6. CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS
Em termos de produto final, o relatório técnico apresentado, além de subsidiar as
entidades parceiras com relação à indicação de resultados prováveis, também se constitui
num meio informativo para balizar a equipe da Agência Sebrae em termos da elaboração de
um programa de ação voltado para o território, visando criar as condições para melhor
aproveitar o potencial de efeitos a serem viabilizados em função da unidade hospitalar.
Neste sentido listam-se algumas sugestões que parecem oportunas para pensar em
termos da estruturação do programa de trabalho na região que potencialize o papel do
hospital regional como um instrumento efetivo de desenvolvimento regional.
Temos, contudo, alguns problemas mapeados e é preciso saber como enfrentá-los.
Dentre as várias questões que foram levantadas no decorrer das entrevistas,
associadas direta e/ou diretamente com a implantação do hospital regional, algumas foram
mais destacadas e mereceram atenção especial.
A sinalização mais destacada por parte dos entrevistados em Seabra, diz respeito a
falta de informações atualizadas no município no que se refere à implantação do hospital
regional. Colabora com esse quadro, segundo alguns, a recente iniciativa do governo
municipal inaugurando uma UPA, tipo I, em conjunto com a perspectiva de que o hospital
será implantado por etapas, com previsão para ser concluído só em 2014.
Outras ponderações foram apresentadas, sendo que uma delas questiona acerca da
capacidade de Seabra em atrair profissionais, conseguindo acolher e acomodar de forma
atrativa a quantidade de profissionais de saúde estimados para operar a unidade hospitalar.
Como atrair e fixar em Seabra 30 a 40 profissionais da saúde, que possam inclusive
dedicar-se a outros negócios no município ?
Colocadas essas questões, acredita-se, a titulo de sugestão, ser oportuno promover
a realização de um evento no município45, envolvendo a sociedade local, prefeitura, estado,
SEBRAE, empresários no propósito de esclarecer sobre essas dúvidas e apresentar
sinalizações mais efetivas sobre as reais consequências da implantação do hospital no
município e região. Nesse sentido, o evento teria como principais propósitos:
45
Quanto a proposta de realização de evento em Seabra para discutir sobre as consequências da implantação do hospital regional, é preciso
avaliá-lo quanto ao período na medida em que a realização no IIº semestre pode ficar comprometida em função do processo eleitoral. Uma
alternativa a ser considerada poderia ser a de realizá-lo após as eleições em fins de novembro.
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• Sinalizar sobre a estratégia de implantação adotada e prazos;
• Apresentar as principais consequências visualizadas com a implantação do hospital e
as oportunidades associadas;
• O que fazer para tornar Seabra uma realidade mais atrativa;
• O que representa a existência de um hospital regional na vida de uma comunidade.
Exemplificando com a experiência de Irecê;
• Outras iniciativas podem ser pensadas inclusive em termos da estruturação de
programa de trabalho a ser conduzido pelo Sebrae. Destaca-se entre as iniciativas:
• Delineamento de programa voltado para avaliar a qualidade dos serviços em
diferentes segmentos da economia local, particularmente naqueles segmentos com
maior potencial de influencia, tais como bares e restaurantes, hotelaria, serviços
educacionais, serviços de saúde, cultura e lazer, dentre outros;
• Reforçar a imagem da saúde de Seabra, num segmento referencial na Região;
• Trabalho setorial a ser desenvolvido com diferentes segmentos empresariais,
particularmente hotelaria, bares e restaurantes, farmácia, dentre outros;
• Oportunidades de investimentos para fortalecer o campo da saúde local,
diversificando-os;
• Identificação de potenciais fornecedores de serviços e produtos no município em
condições de qualificar-se para atender as demandas do hospital regional;
• Oportunidades de negócios imobiliários no município;
• Mapeamento dos vazios empresariais no município em função dos negócios
existentes e da qualidade dos serviços.
Por fim deve-se salientar a necessidade de que o SEBRAE desenvolva um
instrumento no sentido de viabilizar o monitoramento do comportamento empresarial e dos
negócios no município, buscando identificar quais são as transformações que vão
acontecendo, particularmente destacando o que for em decorrência da ação e investimentos
feitos pelo hospital regional, analisando as conseqüências dessas novas iniciativas e de
como essas mudanças afetam o ambiente dos pequenos negócios. Podem surgir
interessantes oportunidades no decorrer desse processo.
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7. REFERÊNCIAS
• BAÑON MARTINEZ, Rafael. La evaluación de la acción y de las políticas
públicas. Madrid: Diaz de Santos, 2003.
• COHEN, Ernesto; FRANCO, Rolando. Avaliação de projetos sociais. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1993.
• COSTA, Frederico Lustosa; CASTANHAR, José Cezar. Avaliação de programas
públicos: desafios conceituais e metodológicos. Revista de Administração
Pública, Rio de Janeiro, v. 37, n. 5, p. 969-992, set./out. 2003.
• FERNÁNDEZ-BALLESTEROS, Rocio. Evaluación de programas: una guia práctica en
âmbitos sociales, educativos y de salud. Madrid: Síntesis, 2001.
• Hospital da Chapada-Microrregião de Seabra. Texto fotocopiado, sem data.
Secretaria Estadual da Saúde.
• RUTTY, Maria Gabriela. Evaluación de impacto em La capacitación de recursos
humanos. 2007. 214f. Tese (Doctorado en Administración) - Programa de Doctorado
en Administración, Faculdad de Ciencias Economicas, Universidad de Buenos Aires,
Buenos Aires, 2007.
• Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. Estatística dos
municípios baianos. Território de Identidade da Chapada Diamantina. Salvador:
SEI, 2011.v. 15; 434 p.: il.
• Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. Estatística dos
municípios baianos. Território de Identidade Irecê. Salvador: SEI, 2011.v. 20; 382
p.: il.
• TIANA FERRER, Alejandro. Tratamiento y usos de la información em evaluación.
Organización de Estados Iberoamericanos para la Educacion, la Ciência y la
Cultura/OEI. U.N.E.D. Espana. 1997. Disponível em:
<www.oei.org.ar/noticias/tratamiento.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2010.
• WORTHEN, Blaine R.; SANDERS, James R.; FITZPATRICK, Jody L. Avaliação de
programas: concepções e práticas. Tradução de Dinah de Abreu Azevedo. São
Paulo: Edusp: Gente, 2004.
• Sites trabalhados: www.ibge.gov.br - www.sei.ba.gov.br -
http://cnes.datasus.gov.br - www.saude.ba.gov.br
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8. MAPEAMENTO DE OPORTUNIDADES EM SEABRA
Identifica-se que os prováveis efeitos decorrentes da implantação da unidade hospitalar,
ocorrerão num dado lapso de tempo, afetando os municípios do Território da Chapada, com
especial destaque para Seabra.
Num primeiro momento, visualiza-se alguns efeitos a serem observados, associados com a
realização das obras civis, contratação de pessoal, serviços e compra de materiais locais,
investimentos na infraestrutura e aqueles decorrentes da valorização de imóveis e terrenos,
situados no entorno do hospital. Provavelmente o anuncio de construção da unidade
hospitalar também afetará os negócios no campo da saúde, abrindo oportunidades para
novos investimentos na Região.
Acredita-se, que em função das características da nova unidade a ser implantada e das
mudanças a serem observadas no perfil de oferta dos serviços de saúde, tais condições
estimularão uma série de modificações na estrutura dos serviços de saúde na região como
um todo, como também nos resultados referentes aos atendimentos realizados.
Visualiza-se assim a unidade hospitalar como um empreendimento dinamizador das
condições de oferta dos serviços de saúde na região, e ao mesmo tempo funcionando como
elemento atrativo a nível local, estabelecendo novas condições de operacionalidade para o
segmento de saúde.
Nesse sentido, é visto uma série de efeitos dinâmicos na região, inclusive com
possibilidades de atrair profissionais de diferentes qualificações e especialidades para o
território, além das transformações a serem observadas na estrutura de serviços existente.
Levando em conta essas mudanças no segmento de saúde decorrentes da implantação da
unidade hospitalar, outras possibilidades de impactos em termos econômicos e sociais a
identificados no Território são destacados, particularmente no Município. Algumas dessas
consequências estão relacionadas diretamente a implantação do hospital, enquanto outras
são de forma indireta.
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Prováveis Impactos:
i) Evidenciados no campo da saúde;
ii) Oportunidades criadas em outras áreas.
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REPERCUSSÕES NO CAMPO DA SAÚDE
OUTRAS OPORTUNIDADES
PREVISÃO DE ALGUNS IMPACTOS
• Criação de aproximadamente 450 empregos na unidade hospitalar, sendo 334
profissionais técnicos-científicos;
• Consumo aproximado de 20t. de alimentos no hospital;
• Aproximadamente 500 pessoas por dia, residentes em outros municípios,
demandando serviços de saúde, hospedagem, alimentação, transportes, compra de
medicamente e outros bens e serviços em Seabra;
• Parcela expressiva dos profissionais técnicos-científico vão residir no Municípios,
aproximadamente 50,0%;
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9. APÊNDICES
APÊNDICE B - LISTA DOS ENTREVISTADOS CONVIDADOS
APÊNDICE B-I. LISTA DOS CONVIDADOS PARA AS ENTREVISTAS EM IRECÊ
CONVIDADO CARGO/FUNÇÃO ORGANIZAÇÃO CONTATO
Sr. Adalvo Martins. Presidente CDL Irecê e da Casa
do Comercio -
Sr. Adriano Lopes Presidente Associação Comercial de Irecê
-
Sra. Ana Cácia Secretária Municipal
Secretaria Municipal de Saúde de Irecê
-
Sr. Antônio Galiza, - Empresário
- Vice Presidente
- Farmácia Boa Vista.
- Farmácias de Irecê
-
Sra. Auridete Barreto Empresário Clínica de
Atendimentos Médicos - AMI
-
Sr. Jair Ferreira de Souza Santos¹ Empresário Clínica Odontológica (74) 3641-3011
Sra. Kátia Scarlett Dourado
Empresáaria Clínica de
Atendimentos Médicos- AMI
-
Sr. Roberto de Oliveira Barreto. Empresário
Clínica Imagem e Diagnóstico -
Sr. Saulo Amorim Ramos²
Secretário Municipal
Secretaria de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável..
-
Sr. Severiano Abreu Diretor Hospital Regional de
Irecê -
Sra. Vivian Dourado² Diretora Geral 21ª DIRES -
¹ Viajando no período da visita à Irecê. ² Entrevistas não realizadas em decorrência de problemas na agenda.
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APÊNDICE B-II. LISTA DOS CONVIDADOS PARA AS ENTREVISTAS EM SEABRA
CONVIDADO CARGO/FUNÇÃO ORGANIZAÇÃO CONTATO
Sra. Ana Emilia Alves Empresária Clínica ULTRAMED -
Sr. Braulino S. Peixoto Diretor Geral 27ª DIRES/Seabra (075)3331-1623
Sra. Danúbia Raquel Dourado
Secretária Municipal
Secretaria Municipal e de Desenvolvimento e
Meio Ambiente. -
Sra. Gleides Laia Empresária Empresa M & M Motos
-
Sr. João Almeida¹.
- Diretor
- Presidente
- Hospital Frei Justo Freire.
- SOASE-Sociedade Assistencial de
Seabra.
(075) 9992-2248
Sr. Jussileno José Duarte
Empresário e Presidente
ACISE-Associação Comercial e Industrial
de Seabra. -
Sra Noeze Ferreira dos Santos. Empresária Farmácia IDALFARMA -
Sra. Mônica Luz. Secretária Municipal
Secretária Municipal de Saúde.
-
Sr. Sergio Leite Carneiro.
Empresário Laboratório LAC Saúde
-
¹ Entrevistas não realizadas em decorrência de problemas na agenda
APÊNDICE C - ROTEIRO DE ENTREVISTAS
SERVIÇO DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DA BAHIA / SECRETARIA ESTADUAL DA INDÚSTRIA, COMERCIO E MINERAÇÃO / SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE
Projeto Impactos Hospital. Roteiro de entrevistas junto a dirigentes governamentais e empresariais nas áreas de saúde e de desenvolvimento local no território de Irecê. Maio/2012.
1. Abertura
� Apresentação do pesquisador/objetivos da entrevista. Justificativa da escolha;
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� Apresentação do entrevistado: nome, idade, cargo/função atual, formação
profissional, experiências a destacar;
� Sobre a experiência do entrevistado no campo da saúde/desenvolvimento
local/experiências empresariais, etc., em função das atividades desempenhadas.
Busca-se com esta pesquisa, identificar os possíveis impactos gerados e/ou a serem
provocados num determinado território/município, de natureza econômico-social e na área
de saúde, decorrentes da implantação do hospital regional46.
2. Como o senhor (a) caracterizaria as condições de atendimento na
área de saúde na microrregião/município, antes da implantação do hospital
regional47?
• Identifique em que condições os atendimentos eram realizados? Caracterize a
estrutura de atendimento na época;
• Caracterize os principais problemas enfrentados pela população nessa época;
• Destaque o que poderia ser considerado como os aspectos mais críticos;
• Identifique os principais centros de atendimentos no município, inclusive
clínicas particulares, na época.
3. A partir do momento em que se divulgou a decisão de implantar o
hospital regional foi possível perceber algumas mudanças no campo da saúde no
território/município.
• Em caso afirmativo, identifique quais foram os primeiros impactos observados
no campo da saúde, no município/território, num primeiro momento48, provocados em
decorrência da divulgação sobre a implantação do hospital regional?
• Identifique e comente sobre os efeitos mais importantes, aqueles que
provocaram maiores repercussões na vida do município/território?
• No campo da saúde foi possível identificar a implantação de novas clínicas e
serviços de saúde? Em que áreas?
46 As entrevistas realizadas em SEABRA, serão sempre em termos de perspectivas na medida em que o hospital regional ainda está em fase de construção.
47 O Hospital Regional de Irecê foi inaugurado em 2003.
48 Entende-se como efeitos do primeiro momento, aqueles que ocorreram a partir do anuncio oficial de construção do hospital e que se estenderam até a época da inauguração.
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• Aumentou o quadro de médicos no município? Poderia identificar pelo menos
um desses profissionais?
4. Além desses primeiros impactos observados no campo da saúde em
decorrência do anúncio de implantação do hospital regional, foi possível identificar
outros impactos no território/município, principalmente de natureza econômica
social? Essas mudanças podem está associadas ao mercado imobiliário, mercado
de trabalho, surgimento de novas oportunidades, abertura de novos negócios na
economia, etc.
• Em caso afirmativo, identifique os mais expressivos e comente.
5. Inaugurado o hospital pode se supor, que aconteceram uma série de
mudanças, transformações e efeitos na área da saúde, do município/território.
Surgiram novas clínicas, as antigas remoçaram, novos profissionais se fixaram,
novos serviços foram implantados, etc.
• Identifique quais foram às mudanças mais importantes e comente sobre as
principais consequências;
• Quais as principais implicações com relação às condições de atendimento na
área de saúde? Melhoraram? Por quê?
• Há aspectos negativos associados com a implantação do hospital a serem
destacados?
6. Além dos efeitos na área de saúde, a implantação do hospital também
provocou uma serie de outros efeitos de natureza econômica-social no
território/município. Essas mudanças podem está associadas ao mercado
imobiliário, mercado de trabalho, surgimento de novas oportunidades, abertura de
novos negócios na economia, etc.
• Identifique quais foram as mais expressivas. Comente sobre suas
consequências;
• Tem alguma informação sobre a previsão de novos negócios no município.
7. Como avalia a existência do Hospital Regional hoje? Tem atendido às
expectativas? Comente sobre os principais aspectos positivos decorrentes da
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implantação. Quais são as suas expectativas para os próximos anos? Há também
aspectos negativos decorrentes da implantação a serem considerados?
8. Agradecimentos
� Agradecer a participação;
� Autoriza a identificação de que foi entrevistado;
� Solicitar a identificação de outras personagens vinculadas à área, no
território/município, que poderiam contribuir com mais informações sobre esse tema e que
deveriam ser entrevistadas.
APÊNDICE D - DADOS ECONÔMICOS
TABELA 01 - CARACTERIZAÇÃO GEO-DEMOGRÁFICA DOS MUNICIPIOS DO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE IRECÊ
MUNICIPIOS POPULAÇÃO
RESIDENTE TOTAL EM 2010
ÁREA DO MUNICIP
IO
EM KM²
TAXA DE URBANIZAÇ
ÃO
EM %
DENSIDADE DEMOGRÁFICA EM 2010
DISTÂNCIA
RODOVIÁRIA DE
IRECÊ EM KM
AMERICA DOURADA
15.952 743,89 68,0 21,44 46
BARRA DO MENDES
13.997 1.252,09 44,7 11,18 71
BARRO ALTO 13.626 425,75 49,4 32,00 64
CAFARNAUM 17.212 927,49 61,3 18,56 85
CANARANA 24.055 617,99 47,7 38,92 46
CENTRAL 17.027 607,00 48,0 28,05 41
GENTIO DO OURO
10.720 3.671,24 50,4 2,92 81
IBIPEBA 17.021 1.417,14 59,1 12,01 50
IBITITÁ 17.832 564,92 46,8 31,57 39
IPUPIARA 9.290 1.179,54 64,4 7,88 124
IRECÊ 66.404 313,70 92,2 211,68 -----
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ITAGUAÇU DA BAHIA
13.209 4.396,34 19,7 3,0 80
JOÃO DOURADO
22.359 984,02 60,7 22,72 19
JUSSARA 15.053 886,02 66,8 16,99 33
LAPÃO 25.651 638,32 39,2 40,19 09
MULUNGU DO MORRO
12.270 517,60 48,4 23,71 124
PRESIDENTE DUTRA
13.756 243,92 65,8 56,40 38
SÃO GABRIEL 18.149 1.156,80 56,9 15,92 11
UIBAÍ 13.655 515,66 61,0 26,48 51
XIQUE-XIQUE 45.562 5.671,44 71,4 8,03 120
TOTAL GERAL DA
MICRORREGIÃO
403.070 26.730,87 61,4 15,07 ----
TOTAL GERAL DO ESTADO
14.016.906 564.830,60
72,1 24,82 ----
PARTICIPAÇÃO DA
MICRORREGIÃO NO ESTADO,
%.
2,9 4,7 ----- ---- -----
Fonte: Estatísticas dos Municípios Baianos-2011. Território da Identidade de Irecê. Volume 20. Salvador: SEI, 2011.
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TABELA 02 - INDICADORES DO PESO ECONÔMICO DO MUNICIPIO DE IRECÊ NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE IRECÊ
MUNICIPIOS VALOR DO PIB
MUNICIPAL 2008
CONSUMO DE
ENERGIA ELETRICA EM KWh
2010
ARRECADAÇÃO
TRIBUTÁRIA MUNICIPAL¹
2009
AGENCIAS BANCÁRIAS
R$106
% KWh
% R$ % Nº %
AMERICA DOURADA
64,86 4,7
11.967.817 4,6
261.237,94 2,2
-- ---
BARRA DO MENDES
44,27 3,0
5.807.632 2,2
350.655,57 3,0
01 5,3
BARRO ALTO 35,28 2,4
6.134.791 2,4
218.300,89 1,9
-- ---
CAFARNAUM 70,72 4,9
8.002.293 3,1
280.215,68 2,4
01 5,3
CANARANA 69,12 4,8
13.461.563 5,2
293.392,78 2,5
-- ---
CENTRAL 47,66 3,3
5.684.320 2,2
303.391,13 2,6
01 5,3
GENTIO DO OURO
29,81 2,1
3.447.332 1,3
195.031,74 1,7
-- --
IBIPEBA 50,57 3,5
30.559.683 11,8
323.790,95 2,8
01 5,3
IBITITÁ 54,35 3,8
18.168.484 7,0
237.002,44 2,0
01 5,3
IPUPIARA 28,85 2,0
4.222.615 1,6
235.183,36 2,0
02 10,6
IRECÊ 362,01 25,0
56.263.178 21,6
4.107.648,32 35,1
05 26,3
ITAGUAÇU DA BAHIA
37,04 2,6
4.471.706 1,7
223.330,52 1,9
-- ---
JOÃO DOURADO 86,39 6,0
18.079.569 7,0
477.293,23 4,1
01 --
JUSSARA 38,26 2,6
5.047.087 1,9
289.232,88 2,5
-- --
Estudo de Oportunidades de Negócios para Empresas de Micro e Pequeno Porte - Âncora: Hospital de Seabra-BA
Convênio 002/2011 (SICM/SEBRAE)
Versão 10.0
Gestor do documento: SICM/SCS/DS - Sebrae / Unidade de Comércio e Serviço 70/81
LAPÃO 93,47 6,4
21.256.752 8,2
430.911,65 3,7
01 5,3
MULUNGU DO MORRO
40,94 2,8
4.547.164 1,7
197.940,78 1,7
-- --
PRESIDENTE DUTRA
42.34 2,9
8.041.070 3,1
313.100,35 2,7
01 5,3
SÃO GABRIEL 67,06 4,6
7.546.580 2,9
314.271,46 2,7
-- --
UIBAÍ 37,32 2,6
5.483.575 2,1
161434,87 1,4
01 5,3
XIQUE-XIQUE 148,91 10,3
21.187.898 8,1
2.500.946,40 21,3
03 15,8
TOTAL GERAL DA MICRORREGIÃO
1.499,23 100,0
259.980.968 100,0
11.714.312,84 100,0
19 100,0
Fonte: Estatísticas dos Municípios Baianos-2011. Território da Identidade de Irecê. Volume 20. Salvador: SEI, 2011. ¹ Receita de tributos arrecadada diretamente pelo município referentes ao ISS e ao IPTU.
TABELA 03 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONSUMIDORES E DO CONSUMO DE ENERGIA NO MUNICIPIO DE IRECÊ 2007-2010. VARIAÇÕES %
ANO/
TIPO
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONSUMIDORES
EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA EM KWh
2007 2010 ∆ % 2007 2010 ∆ %
RESIDENCIAL
18.906 21.403 13,2 17.711.775 23.485.437 32,6
INDUSTRIAL 95 107 12,6 3.509.487 7.144.630 103,6
COMERCIAL 1.882 1.983 5,4 8.407680 10.606.436 26,2
RURAL 369 467 26,6 4.780.548 5.597.930 17,1
OUTROS¹ 207 250 20,8 8.564.240 9.428.745 10,1
TOTAL 21.459 24.210 12,8 42.613.730 56.263.178 32,0
Fonte: Estatísticas dos Municípios Baianos-2011. Território da Identidade de Irecê. Volume 20. Salvador: SEI, 2011. ¹Refere-se ao consumo público e o consumo próprio da Coelba.
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TABELA 04 - CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS EM ALGUMAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO ESTADO. 2011 E 2012/JUN
PERIODOS/
REGIÕES ADMINISTRATIVAS
2011 ATÉ JUN./2012
Nº % Nº %
REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR
14.923
41,70
6.468
40,84
JUAZEIRO 914 2,55 344 2,17
JACOBINA 559 1,56 314 1,98
IRECÊ 555 1,55 174 1,10
SENHOR DO BONFIM 437 1,22 166 1.05
ITABERABA 257 0,72 97 0,61
SEABRA 225 0,63 96 0,61
IBOTIRAMA 147 0,41 75 0,47
TOTAL ESTADO 35.787 100,00 15.836 100,00
Fonte: Dados obtido em www.juceb.ba.gov.br/informacoes/estatistica/rad11.asp
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TABELA 05 - CARACTERIZAÇÃO GEO-DEMOGRÁFICA DOS MUNICIPIOS INTEGRANTES DO TERRITÓRIO DA CHAPADA DIAMANTINA
MUNICIPIOS
POPULAÇÃO RESIDENTE TOTAL EM
2010
ÁREA DO MUNICIPIO
EM KM²
TAXA DE URBANIZAÇÃ
O EM %
DENSIDADE DEMOGRÁF
ICA EM 2010
DISTÂNCIA RODOVIÁRIA DE IRECÊ
EM KM
Abaira¹ 8.324 578,36 45,0 14,39 126
Andaraí 13.948 1.895,16 55,3 7,36 150
Barra da Estiva
21.190 1.401,98 49,1 15,11 220
Boninal¹ 13.695 847,91 33,6 16,15 52
Bonito 14.851 641,23 42,1 23,16 165
Ibicoara 17.301 977,12 63,5 17,71 204
Ibitiara¹ 15.519 1.748,85 22,1 8,87 89
Iraquara¹ 22.607 800,33 29,9 28,25 51
Itaeté 14.932 1.194,49 41,6 12,50 203
Jussiape 7.972 523,40 38,4 12,53 214
Lençóis¹ 10.368 1.240,36 77,5 8,36 83
Marcionilio Souza
10.508 1.162,14 50,6 9,04 260
Morro do Chapéu
35.207 5.531,85 57,6 6,36 216
Mucugê¹ 10.548 2.482,20 39,7 4,25 174
Nova Redençã
o
8.034 510,92 65,2 15,72 143
Novo Horizont
e¹
10.673 612,45 32,8 17,43 105
Palmeiras¹
8.408 695,72 62,3 12,09 29
Piatã¹ 17.985 1.508,04 42,3 11,93 108
Rio de 12.979 1.052,30 48,5 12,33 159
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Contas
Seabra¹ 41.815 2.825,02 48,5 14,80 ---
Souto Soares¹
15.899 1.095,85 38,0 14,51 68
Utinga 18.193 717,34 70,4 25,36 164
Wagner 8.983 415,82 72,2 21,60 112
TOTAL TERRITÓ
RIO
359.939 30.458,89 -- 11,82 ----
TOTAL GERAL
ESTADO
14.016.906 564.830,60 72,1 24,82 ----
PARTICIPAÇÃO
TERRITÓRIO NO
ESTADO, %.
2,6 5,4 -- -- -----
Fonte: Estatísticas dos Municípios Baianos-2011. Território da Identidade da Chapada Diamantina 2011, vol. 15. Salvador: SEI, 2011. 1 Municípios integrantes da 27ª DIRES/Seabra.
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TABELA 06 - INDICADORES DO PESO ECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE SEABRA NO TERRITÓRIO DA CHAPADA DIAMANTINA
MUNICIPIOS VALOR DO PIB
MUNICIPAL 2008
CONSUMO DE ENERGIA
ELÉTRICA EM KWh
2009
ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL¹
2008
AGENCIAS BANCÁRIAS
R$106 % KWh % R$ % Nº %
Abaira² 20,27 1,7
3.324.948 1,8
106.796,97 1,7
--- --
Andaraí 41,60 2,4
6.031.366 3,3
186.585,40³ 3,0
01 5,9
Barra da Estiva 104,24 6,0
8.372.164 4,6
376.323,50 6,0
01 5,9
Boninal² 36,95 2,1
4.488.561 2,4
120.215,39 1,9
--- --
Bonito 119,39 6,8
8.218.090 4,5
216.518,96³ 3,5
-- --
Ibicoara 241,97 13,9
22.673.354 12,4
273.947,58 4,4
01 5,9
Ibitiara² 42,46 2,4
4.821.907 2,6
139.501,10 2,2
-- --
Iraquara² 100,66 5,8
10.175.679 5,6
300.387,16 4,8
01 5,9
Itaeté 49,72 2,8
6.723.343 3,7
285.545,46 4,6
-- --
Jussiape 24,83 1,4
3.195.601 1,7
179.993,82 2,8
-- --
Lençóis² 43,50 2,5
5.520.671 3,0
408.775,69 6,5
01 5,9
Marcionilio Souza 33,62 1,9
3.580.531 2,0
238.737,93³ 3,8
-- --
Morro do Chapéu 118,99 6,8
14.335.871 7,8
462.050,99 7,4
03 17,6
Mucugê² 204,19 11,7
19.428.641 10,6
308.571,81 4,9
01 5,9
Nova Redenção 27,38 3.890.298 134.208,83 --
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1,6 2,1 --
Novo Horizonte² 31,74 1 8
4.642.137 2,5
139.272,07 2,2
-- --
Palmeiras² 32,74 1,9
4.847.664 2,6
152.391,86 2,4
-- --
Piatã² 56,21 3,2
5.984.880 3,3
387.986,26 6,2
01 5,9
Rio de Contas 51,11 2,9
5.912.184 3,2
279.756,07 4,5
01 5,9
Seabra² 196,37 11,3
18.580.593 10,1
704.396,29³ 11,3
03 17,6
Souto Soares² 55,53 3,2
5.585.261 3,0
289.478,05 4,6
01 5,9
Utinga 72,29 4,1
8.180.613 4,5
400.126,42 6,4
01 5,9
Wagner 36,27 2,1
4.755,536 2,6
155.120,55 2,5
01 5,9
TOTAL TERRITÓRIO 1.742,03 100,0
183.269.884 100,0
6.246.689,20 100,0
17 100,0
Fonte: Estatísticas dos Municípios Baianos-2011. Território da Identidade da Chapada Diamantina 2011, vol. 15. Salvador: SEI, 2011. ¹ Receita de tributos arrecadada diretamente pelo município referentes ao ISS e ao IPTU. ² Municípios integrantes das 27ª DIRES/Seabra. ³ Dados referentes a 2007
TABELA 08 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONSUMIDORES E DO CONSUMO DE ENERGIA NO MUNICIPIO DE SEABRA 2006-2009. VARIAÇÕES %
ANO/
TIPO
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONSUMIDORES
EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA EM KWh.
2006 2009 ∆ % 2006 2009 ∆ %
RESIDENCIAL
9.792 12.298 25,6 7.151.354 9.840.953
37,6
INDUSTRIAL 61 69 13,1 158.053 276.473 74,9
COMERCIAL 878 939 6,9 2.558.517 3.407.522
33,2
RURAL 913 853 (6,6) 767.136 810.582 5,7
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OUTROS¹ 265 344 29,8 3.574.699 4.245.063
18,8
TOTAL 11.909 14.503 21,8 14.209.759 18.580.593
30,8
Fonte: Estatísticas dos Municípios Baianos-2011. Território de Identidade Chapada Diamantina, vol. 15. Salvador: SEI, 2011. . ¹Refere-se ao consumo público e o consumo próprio da Coelba
TABELA 07 - CARACTERIZAÇÃO GEO-DEMOGRÁFICA DOS MUNICIPIOS DA MICRORREGIÃO DE SEABRA/ÁREA DA 27ª DIRES
MUNICIPIOS
POPULAÇÃO RESIDENTE TOTAL EM
2010
ÁREA DO MUNICIPI
O
EM KM²
TAXA DE URBANIZA
ÇÃO
EM %.
DENSIDADE
DEMOGRÁFICA EM
2010
DISTÂNCIA RODOVIÁRI
A DE SEABRA EM
KM
ABAÍRA 8.324 578,36 45,0 14,39 126
BONINAL 13.695 847,90 33,6 16,15 52
IBITIARA 15.519 1.748,85 22,1 8,87 89
IRAQUARA 22.607 800,33 29,9 28,25 51
LENÇÓIS 10.368 1.240,36 77,5 8,36 83
MUCUGÊ 10.548 2.482,20 39,7 4,25 174
NOVO HORIZONTE
10.673 612,45 32,8 17,43 105
PALMEIRAS 8.408 695,72 62,3 12,09 29
PIATÃ 17.985 1.508,04 42,3 11,93 108
SEABRA 41.815 2.825,02 48,5 14,80 ----
SOUTO SOARES.
15.899 1.095,85 38,0 14,51 68
TOTAL GERAL DA
MICRORREGIÃO
175.841 14.435,08 --- 12,18 -----
TOTAL GERAL DO ESTADO
14.016.906 564.830,60 72,1 24,82 ----
PARTICIPAÇÃO DA
1,2 2,6 ----- ----- ----
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MICRORREGIÃO NO
ESTADO, %.
Fonte: Estatísticas dos Municípios Baianos, 2011
APÊNDICE E - DADOS SOBRE A SAÚDE
TABELA 01 - TIPOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE NOS MUNICIPIOS DE IRECÊ E SEABRA. JUN./2012
TIPOS DE ESTABELECIMENTOS IRECÊ SEABRA
Nº % Nº %
Postos de saúde 07 6,9 08 20,0
Centro de saúde/unidade básica 17 16,8 08 20,0
Policlínica 07 6,9 02 5,0
Hospital geral 05 5,0 02 5,0
Hospital especializado 01 1,0 -- --
Pronto socorro geral 01 1,0 --- --
Consultório isolado 25 24,8 05 12,5
Clinica especializada/ambulatório de especialidade
14 13,9 09 22,5
Unidade de apoio diagnose e terapia.
(SADT Isolado)
14 13,9 02 5,0
Unidade de vigilância em saúde --- --- 01 2,5
Unidade móvel terrestre 02 2,0 --- ----
Farmácia 02 2,0 --- ----
Hospital/dia – isolado 01 1,0 01 2,5
Centro de regulação de serviços de saúde
01 1,0 --- ----
Secretaria de saúde² 02 2,0 02 5,0
Centro de atenção hemoterapia 01 1,0 ---- ---
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e/ou hematológica
Centro de atenção psicossocial 01 1,0 ---- ---
Total de unidades 101 100,00 40 100,00
Fonte: http://cnes.datasus.gov.br/ ¹ Unidades de distribuição de medicamentos integrantes de programas públicos. ²Unidades administrativas e de planejamento.
TABELA 02 - DISTRIBUIÇÃO DE LEITOS NOS MUNICIPIOS DE IRECÊ E SEABRA. JUN./2012
TIPOS DE LEITOS IRECÊ SEABRA
Total SUS Total SUS
CIRÚRGICO
• Cirurgia Geral
• Ginecologia
• Oftalmologia
• Ortopedia
• traumatologia
• Outros
57
23
16
13
02
03
37
15
10
07
02
03
15
15
---
---
---
---
14
14
---
---
---
---
CLÍNICO.
• Clínica Geral
• Outros.
33
31
02
25
23
02
49
49
---
44
44
---
COMPLEMENTAR 29 29 --- ---
OBSTETRICO
• Cirúrgica
• Clinica
41
28
13
23
12
11
15
06
09
11
04
07
Estudo de Oportunidades de Negócios para Empresas de Micro e Pequeno Porte - Âncora: Hospital de Seabra-BA
Convênio 002/2011 (SICM/SEBRAE)
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PEDIATRICO
• Clínica
• Cirúrgica
26
24
02
22
20
02
15
15
---
15
15
---
OUTROS 01 01 --- ----
HOSPITAL/DIA. 02 02 --- ---
TOTAL GERAL 189 139 94 84
TOTAL CLINICA /CIRÚRGICA
90 62 64 58
Fonte: http://cnes.datasus.gov.br/
TABELA 03 - PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS POR CATEGORIA NO MUNICIPIO DE IRECÊ. 2009. VALOR E QUANTIDADES APROVADAS/ APRESENTADAS
SITUAÇÕES QUANTIDADES APROVADAS E
APRESENTADAS
VALOR EM R$
CATEGORIAS DE PROCEDIMENTOS
Nº % R$ %
Ações de promoção e prevenção em saúde.
493.586 19,8 1.420,00 0,0
Procedimentos com finalidades diagnósticas
272.536 10,9 1.745.079,00
32,9
Procedimentos clínicos 1.592.165 63,9 2.345.916,00
44,1
Procedimentos cirúrgicos 34.232 1,4 659.666,00
12,4
Transplantes de órgãos, tecidos e células
--- --- --- --
Medicamentos --- -- --- --
Orteses, próteses e materiais especiais.
515 0,0 17.904,00 0,3
Ações complementares 97.209 3,9 542.901,0 10,2
Estudo de Oportunidades de Negócios para Empresas de Micro e Pequeno Porte - Âncora: Hospital de Seabra-BA
Convênio 002/2011 (SICM/SEBRAE)
Versão 10.0
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da atenção à saúde 0
Total de procedimentos. 2.490.243 100,0 5. 310.886,9
9
100,0
Fonte: SIA/SUS. Situação da base de Banco de Dados Nacional em 30/04/2010
TABELA 04 - TOTAL DE INTERNAÇÕES, VALOR TOTAL E ÓBITOS POR TIPO DE ESPECIALIDADE NO MUNICIPIO DE IRECÊ, 2009
INDICAÇÕES DE RESULTADOS POR
TOTAL DE INTERNAÇÕES
VALOR TOTAL EM R$
ÓBITOS
ESPECIALIDADES Nº % R$ % Nº %
Clínica cirúrgica 1.125 18,7 632.387,42 21,6 15 4,8
Obstetrícia 2.536 42,1 1.119.905,95
38,2 01 0,3
Clínica médica 1.303 21,7 644.798,49 22,0 223 71,0
Cuidados prolongados
--- -- -- -- -- --
Psiquiatria --- -- -- -- -- --
Pneumologia Sanitária/tisiologia
01 0,0 572,22 0,0 -- --
Pediatria 1.050 17,5 536.472,66 18,3 75 23,9
Reabilitação -- -- --- -- -- --
Clinica Cirúrgica/hospital dia
-- -- --- -- -- --
Total 6.105 100,0 2.934.141,74
100,0 314 100,0
Fonte: SIH/SUS. Situação da Base de Banco de Dados Nacional em 03/maio/2010
TABELA 05 - COMPARATIVO DAS INTERNAÇÕES POR GRUPOS DE CAUSAS NOS MUNICIPIOS DE IRECÊ E SEABRA. PARTICIPAÇÕES
GRUPOS DE CAUSAS % IRECÊ % SEABRA
Gravidez, parto e puerpério 34,7 23,4
Doenças do aparelho respiratório 13,7 22,2
Doenças do aparelho digestivo 10,9 5,3
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Convênio 002/2011 (SICM/SEBRAE)
Versão 10.0
Gestor do documento: SICM/SCS/DS - Sebrae / Unidade de Comércio e Serviço 81/81
Doenças do aparelho circulatório 8,4 9,9
Doenças infecciosas e parasitárias 7,5 21,7
Doenças do aparelho geniturinário 6,5 3,1
Neoplasias e tumores 4,9 3,1
Outras causas 13,4 11,3
Total 100,0 100,0
Fonte: SIA/SUS. Situação da base de Banco de Dados Nacional em 30/04/2010
TABELA 06 - COMPARATIVO DO QUADRO DE MORBIDADE HOSPITALAR COM ÓBITOS NOS MUNICIPIOS DE IRECÊ E SEABRA. 2010
CAUSAS DOS ÓBITOS IRECÊ SEABRA
Nº % Nº %
Doenças do aparelho circulatório
121 33,7 47 50,0
Doenças do aparelho respiratório
68 18,9 16 17,0
Doenças do aparelho digestivo
41 11,4 10 10,6
Doenças infecciosas e parasitárias
35 9,7 08 8,5
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
09 2,5 06 6,4
Neoplasias e tumores 07 1,9 -- --
Originadas no período perinatal
48 13,4 02 2,1
Lesões, envenenamentos e causas externas
10 2,8 01 1,1
Outras causas 20 5,6 04 4,2
Total de observações 359 100,00 94 100,00
Fonte: IBGE Cidades@. Ministério da Saúde. Departamento de Informações do SUS
Estudo de Oportunidades de Negócios para Empresas de Micro e Pequeno Porte - Âncora: Hospital de Seabra-BA
Convênio 002/2011 (SICM/SEBRAE)
Versão 10.0
Gestor do documento: SICM/SCS/DS - Sebrae / Unidade de Comércio e Serviço 82/81
TABELA 07 - TOTAL DE INTERNAÇÕES, VALOR TOTAL E ÓBITOS POR TIPO DE ESPECIALIDADE NO MUNICIPIO DE SEABRA, 2009
INDICAÇÕES DE RESULTADOS POR
TOTAL DE INTERNAÇÕES
VALOR TOTAL EM R$ 1.000,00
ÓBITOS
ESPECIALIDADES Nº % R$ 1.000,00
% Nº %
Clinica cirúrgica 678 15,4 430,13 18,5 09 8,9
Obstetrícia 07 0,6 4,26 0,2 -- --
Clinica médica 2.946 66,9 1.523,19 65,6 84 83,2
Cuidados prolongados -- -- -- -- -- --
Psiquiatria -- -- -- -- -- --
Pneumologia Sanitária/tisiologia
-- -- -- -- -- --
Pediatria 771 17,5 363,28 15,7 08 7,9
Reabilitação -- -- -- -- -- --
Clinica Cirúrgica/hospital dia
-- -- -- -- -- --
Total 4.402 100,0 2.320,86 100,0 101 100,0
Fonte: SIH/SUS. Situação da Base de Banco de Dados Nacional em 03/maio/2010