Estudo-Dirigido-HISTORIA-9º-ANO-REC.-PARALELA

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Estudo Dirigido/História/Rec. Paralela/9ºEF/2012 1 NOME: DATA: _____/____/2012 SÉRIE: 9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL TURMA: ______ DISCIPLINA: HISTÓRIA PROFESSOR: FABIANO RECUPERAÇÃO PARALELA Belle Epóque Entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia a euforia da chamada Belle Epóque (Bela Época). Do ponto de vista da burguesia dos grandes países industrializados, o planeta experimentava um tempo de progresso econômico e tecnológico. Confiantes de que a civilização atingira o ápice de suas potenci- alidades, os países ricos viviam a simples expectativa de disseminar seus paradigmas às nações me- nos desenvolvidas. Entretanto, todo esse otimismo encobria um sério conjunto de tensões. Com o passar do tempo, a relação entre os maiores países industrializados se transformou em uma relação marcada pelo signo da disputa e da tensão. Nações como Itália, Alemanha e Japão, pro- moveram a modernização de suas economias. Com isso, a concorrência pelos territórios imperialistas acabava se acirrando a cada dia. Orientados pela lógica do lucro capitalista, as potências industriais disputavam cada palmo das matérias-primas e dos mercados consumidores mundiais. Um dos primeiros sinais dessa vindoura crise se deu por meio de uma intensa corrida armamen- tista. Preocupados em manter e conquistar territórios, os países europeus investiam em uma pesada tecnologia de guerra e empreendia meios para engrossar as fileiras de seus exércitos. Nesse último aspecto, vale lembrar que a ideologia nacionalista alimentava um sentimento utópico de superioridade que abalava o bom entendimento entre as nações. Outra importante experiência ligada a esse clima de rivalidade pôde ser observada com o desen- volvimento da chamada “política de alianças”. Através da assinatura de acordos político-militares, os países europeus se dividiram nos futuros blocos políticos que conduziriam a Primeira Guerra Mundial. Por fim, o Velho Mundo estava dividido entre a Tríplice Aliança formada por Alemanha, Império Aus- tro-Húngaro e Itália e a Tríplice Entente composta por Rússia, França e Inglaterra. ESTUDO DIRIGIDO

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Estudo Dirigido/História/Rec. Paralela/9ºEF/2012 1

NOME: DATA: _____/____/2012

SÉRIE: 9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL TURMA: ______

DISCIPLINA: HISTÓRIA

PROFESSOR: FABIANO RECUPERAÇÃO PARALELA

Belle Epóque

Entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia a euforia da chamada Belle Epóque (Bela Época).

Do ponto de vista da burguesia dos grandes países industrializados, o planeta experimentava um tempo

de progresso econômico e tecnológico. Confiantes de que a civilização atingira o ápice de suas potenci-

alidades, os países ricos viviam a simples expectativa de disseminar seus paradigmas às nações me-

nos desenvolvidas. Entretanto, todo esse otimismo encobria um sério conjunto de tensões.

Com o passar do tempo, a relação entre os maiores países industrializados se transformou em

uma relação marcada pelo signo da disputa e da tensão. Nações como Itália, Alemanha e Japão, pro-

moveram a modernização de suas economias. Com isso, a concorrência pelos territórios imperialistas

acabava se acirrando a cada dia. Orientados pela lógica do lucro capitalista, as potências industriais

disputavam cada palmo das matérias-primas e dos mercados consumidores mundiais.

Um dos primeiros sinais dessa vindoura crise se deu por meio de uma intensa corrida armamen-

tista. Preocupados em manter e conquistar territórios, os países europeus investiam em uma pesada

tecnologia de guerra e empreendia meios para engrossar as fileiras de seus exércitos. Nesse último

aspecto, vale lembrar que a ideologia nacionalista alimentava um sentimento utópico de superioridade

que abalava o bom entendimento entre as nações.

Outra importante experiência ligada a esse clima de rivalidade pôde ser observada com o desen-

volvimento da chamada “política de alianças”. Através da assinatura de acordos político-militares, os

países europeus se dividiram nos futuros blocos políticos que conduziriam a Primeira Guerra Mundial.

Por fim, o Velho Mundo estava dividido entre a Tríplice Aliança – formada por Alemanha, Império Aus-

tro-Húngaro e Itália – e a Tríplice Entente – composta por Rússia, França e Inglaterra.

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A Tríplice Aliança (Alemão: Dreibund, Italiano: Triplice Alleanza) o acordo militar entre

a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Itália, estabelecido formalmente em 20 de Maio de 1882, em que

cada uma garantia apoio às demais no caso de algum ataque de duas ou mais potências sobre uma

das partes. A Alemanha e a Itália ainda garantiam apoio entre si no caso de um ataque vindo da França.

A Itália, no entanto, especificava que seu apoio não se estenderia contra o Reino Unido.

A situação da Itália neste acordo, no entanto, era instável na medida em que sua população era

desfavorável ao estabelecimento de um acordo com o Império Austro-Húngaro, antigo inimigo de sua

unificação.

Quando estourou a Primeira Guerra Mundial e a Áustria-Hungria e a Alemanha se viram em guer-

ra com a Tríplice Entente (Rússia, França e, mais tarde, o Reino Unido), a Itália tendo prometido apoio

às duas primeiras entrou para o lado da Tríplice Entente contra a Áustria-Hungria em maio de 1915 e a

Alemanha em agosto de 1916. A justificativa da Itália era de que a Tríplice Aliança era um acordo de

defesa enquanto que na ocasião foram os impérios germânicos os ofensores.

A Tríplice Entente foi uma aliança militar entre o Império Britânico, a França e o Império Russo.

Na prática, consolidou os acordos bilaterais anteriores: a Entente Anglo-Russa, (1907), a Aliança Fran-

co-Russa (1871) e a Entente Cordiale, entre a França e o Império Britânico (1903).

A nova política mundial iniciada por Guilherme II da Alemanha em 1890, fez com que as três po-

tências, França, Império Russo e Império Britânico, que apresentavam diferenças significativas entre si,

se aproximassem e, finalmente, se coligassem. Tal aliança foi um dissuasor eficaz para a Tríplice Alian-

ça e também veio ao encontro dos planos franceses de barrar a Alemanha, o pangermanismo e as ex-

pansões alemãs e austro-húngaras pela Europa.

A aliança das três potências, completada por diversos acordos com Portugal, Japão, Estados Uni-

dos, Brasil e Espanha, constituiu um poderoso contrapeso à Tríplice Aliança formada pela Alema-

nha, Áustria-Hungria e Itália, sendo que esta última havia celebrado um acordo secreto adicional com a

França, neutralizando os seus compromissos de aliança.

PRINCIPAIS CAUSAS QUE DESENCADEARAM A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL:

- A partilha das terras da África e Ásia, na segunda me-

tade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as

nações europeias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com

grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alema-

nha e Itália tiveram que se contentar com poucos territórios de

baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permane-

ceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra,

pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e

aumentar seus recursos.

- No final do século XIX e começo do XX, as nações eu-

ropeias passaram a investir fortemente na fabricação de arma-

mentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares

aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região;

- A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumido-

res e matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados

países ou empresas (com apoio do governo);

- A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalida-

des (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pangermanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era

o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-

eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem

eslava.

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O INÍCIO DA GRANDE GUERRA

O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-

húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso,

um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria

na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com rela-

ção ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

DESENVOLVIMENTO

As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes,

centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e

as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de

novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens luta-

vam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

FIM DO CONFLITO

Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no

conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, princi-

palmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança

a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha

a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica

controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lore-

na, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve

repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrí-

colas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação

da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder

soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União So-

viética, que durou até 1991.

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultu-

ra, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

RÚSSIA CZARISTA

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para man-

ter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja,

concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores

urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o

governo do czar.

No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido

Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado

Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança

de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da mo-

narquia.

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A REVOLUÇÃO COMPREENDEU DUAS FASES DISTINTAS:

A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário ociden-

tal), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar

a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho

liberal.

A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ociden-

tal), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o

governo provisório e impôs o governo socialista soviético.

O GOVERNO PROVISÓRIO E O SOVIETE DE PETROGRADO

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas libe-

ralizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição

por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais

estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e ou-

tras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, re-

gistraria como „duplo poder‟: o Governo Provisório e os Sovietes.

Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques

quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a

Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de

novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade

com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolu-

ção eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria

rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.

Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os

bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse

pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacio-

nal, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski

buscava fortalecer a moral das tropas.

No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão cen-

tral para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Pe-

trogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.

O AUMENTO DO PODER DOS BOLCHEVIQUES

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu

para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública,

que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o gene-

ral Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.

Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que

o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a

solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria

coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria decla-

rado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.

Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o

Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar.

No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.

1º presidente do Partido Bolchevi-que e líder da União Soviéti-

ca Vladmir Ilitch Ulianov Lênin

Czar da Rússia Nicolau II

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O NOVO GOVERNO

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes

de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos

Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a con-

vocação de uma Assembléia Constituinte. Lênin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era co-

missário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.

Josef Stalin foi o dirigente máximo da União das Repúblicas So-

cialistas Soviéticas (URSS) de 1929 a 1953. Governou por meio do

terror, embora também tenha convertido a URSS em uma das princi-

pais potências mundiais.

A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do

Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia.

Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue

aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo

governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora con-

vocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Con-

gresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declara-

ção dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à

Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa

Socialista da Rússia (RSFSR).

A GUERRA CIVIL

O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I Guerra Mundial, através do acordo de Paz

de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que

terminariam em 1920, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército

Branco antibolchevique.

Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos

bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficial-

mente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios

étnicos do antigo Império russo.

SIGNIFICADO DA PALAVRA CZAR

A palavra czar, que se pronuncia-se “tzar”, tem suas origens no título de césar que era concedido

aos imperadores romanos, na Idade Antiga.

Na Idade Média, o título de czar era ostentado também por soberanos búlgaros e sérvios.

TROTSKY X STALIN

Após sofrer dois acidentes vasculares cerebrais, Lenin acreditava que estava na hora de decidir

sobre um novo líder para o país. Ele acreditava mais na possibilidade deste Líder ser Trotsky do que

Stalin.

Trotsky era um intelectual e Stalim um politico com ambições de estar ao poder a qualquer preço

e esta era a diferença de perfis entre os dois líderes, outrossim Trotsky defendia que a revolução soci-

alista deveria ser levada a onde o capitalismo estava em crise e Stalim divergia no seguinte aspecto de

acreditar que a revolução socialista deveria ser consolidada internamente na União das repúblicas soci-

alistas soviéticas, pois o país estava internacionalmente isolado pelo fracasso de tentativas revolucioná-

rias em outros países e pela hostilidade do mundo capitalista. “Fica bem claro que era uma disputa para

se saber quem seria o predecessor de Lenin”.

Líder da União Soviética Josef

Stalin

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Com a morte de Lênin, em 21 de janeiro de 1924, começou a corrida pela sucessão. No Comitê

Central do Partido Bolchevique, iniciou-se o processo de calúnia e difamação de Trotsky promovido por

Stalin e seus principais aliados de ocasião, Kamenev e Zinoviev. Em 1925 Trotsky foi proibido de falar

em público e em 1929 foi banido da União Soviética.

Ficou no exílio na Turquia até 1933, na França até 1935 e depois na Noruega até 1937. Finalmen-

te, foi para o México, no dia 9 de janeiro de 1937. Nunca deixou de lado o ativismo político, propondo

políticas revolucionárias que se opunham às desenvolvidas pelos partidos comunistas que gravitavam

em torno da União Soviética em todo o mundo.

Stalin, porém, considerava a militância de Trotsky mesmo que no exílio, uma ameaça real a sua

hegemonia sob o movimento comunista internacional e sendo assim arquitetou um plano, neste plano

outra pessoa entra para a História e esta pessoa é Ramón Mercade que em outubro de 1939, entrou no

México com um passaporte falso, identificando-se como “Jacques Mornard”, um homem de negócios,

seu objetivo era encontrar Trotsky, mas por quê? Isto poderemos verificar adiante.

Em 1940, em sua residência na Cidade do México, o revolucionário bolchevista Leon Trotsky en-

controu a morte através das mãos de um agente soviético Ramón Mercade, com frieza e sem ser per-

cebido, se aproximou de Trotsky o máximo que pôde e empunhando uma picareta desferiu um golpe

fulminante em sua cabeça.

Segundo alguns relatos, os seguranças de Trotsky irromperam e já iam matar Mercader, mas

Trotsky poupou-lhe a vida gritando “Não o matem! Este homem tem uma história a contar.”

A hipótese de que o assassinato resultou da consumação de uma vingança pessoal do seu arqui-

inimigo, o todo-poderoso ditador Josef Stalin, não é surpreendente, se levarmos em conta que o man-

dante do assassino stalinista, Ramón Mercade infiltrado no círculo de Trotsky pela NKVD, (a polícia

política soviética) já tinha demonstrado sua falta de escrúpulo com relação à vida alheia e que estas

características doentio-vingativas de Stalin já tinham inclusive sido apontadas no ensaio biográfico que

lhe consagrara o próprio Trotsky (segundo este, Stalin não procurava “atingir as idéias dos seus adver-

sários, mas sim o seu cérebro”)

O velório de Trotsky na cidade do México durou cinco dias. 300 mil pessoas foram se despedir pe-

la última vez do revolucionário

EXERCÍCIOS

01. Quais países ou continentes fizeram parte da Segunda Revolução Industrial?

a) Inglaterra, Estados Unidos, Itália e URSS.

b) Inglaterra, Estados Unidos, URSS e Ásia.

c) Estados Unidos, Japão e Europa.

d) Itália, Estados Unidos, Japão e Ásia.

02. O que é capitalismo monopolista?

a) Imenso número de empresas disputam o mercado.

b) Grupo restrito de grandes empresas dominam praticamente sozinhas o mercado.

c) O mercado é dominado pelas multinacionais

d) Grupo restrito de transnacionais dominam o mercado

03. A Segunda Revolução Industrial foi simbolizada pelo:

a) Ferro, carvão e energia a vapor.

b) Ferro, carvão e eletricidade.

c) Aço e novas fontes de energia (carvão e energia a vapor).

d) Aço e novas fontes de energia (eletricidade e petróleo).

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04. O que é Imperialismo?

a) Política de ocupação territorial e econômica praticada pelas potências capitalistas do Ocidente.

b) Política de dominação econômica desenvolvida a partir da exploração da mão de obra dos países

periféricos.

c) Política de dominação econômica a partir da exploração da mão de obra e da matéria-prima.

d) Política de ocupação territorial e econômica praticada pela Alemanha durante a Segunda Guerra

Mundial.

05. Quais necessidades determinaram o Imperialismo?

a) Fornecimento estável e barato de matéria-prima e produtores independentes.

b) Fornecimento estável e barato de matéria-prima, mercados consumidores para o escoamento da

produção, energia para a produção e criação de um parque industrial em antigas colônias.

c) Fornecimento estável e barato de matéria-prima, mercados consumidores para o escoamento da

produção e mercados receptores de investimentos.

d) Fornecimento estável e barato de matéria-prima e mercado receptor de investimentos privado euro-

peu.

06. São medidas protecionistas:

a) Criação de novos mercados coloniais.

b) Elevação das taxas alfandegárias e restrições às importações.

c) Criação de novos mercados coloniais e livre importação de matéria-prima.

d) Elevação das taxas alfandegárias e liberação das importações

07. O sucesso de um país na concorrência capitalista por mercados dependia dos seguintes fatores:

a) Posição geográfica, nível cultural e poderio militar.

b) Nível de industrialização, nível cultural e poderio militar.

c) Nível tecnológico, nível cultural e poderio militar.

d) Nível tecnológico, disponibilidade de capital e poderio militar.

08. Como começou a Iª Guerra Mundial?

a) O não cumprimento do Tratado de Versalhes pela Alemanha.

b) Assassinato do primeiro-ministro francês General De Gaulle.

c) Assassinato do príncipe herdeiro do trono austríaco Francisco Ferdinando.

d) A Revolução Socialista em 1917 na URSS.

09. Quais blocos e países participaram da Iª Guerra Mundial?

a) Inglaterra e Estados Unidos contra Alemanha e Áustria.

b) Inglaterra, França, Rússia e Estados Unidos contra Alemanha e Áustria.

c) Inglaterra, França, Rússia e Estados Unidos contra Alemanha.

d) Inglaterra, França, Rússia e Estados Unidos contra Alemanha, Japão e Áustria.

10. Por que a Rússia saiu da Primeira Guerra Mundial?

a) Porque a Rússia passava por uma revolução socialista.

b) Porque o Czar Nicolau II morre.

c) Porque a Rússia foi derrotada pelos alemães.

d) Porque a Rússia rompe com os aliados Inglaterra e Áustria.

11. Quem substituiu a Rússia na guerra?

a) Japão. c) Itália.

b) França. d) Estados Unidos.

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12. Qual é a função da Liga das Nações?

a) Garantir a independência e a integridade territorial dos pequenos e grandes Estados (paz e seguran-

ça).

b) Garantir a independência e a integridade territorial dos países vencedores da Primeira Guerra Mun-

dial (paz e segurança).

c) Garantir a independência e a integridade territorial dos grandes Estados (paz e segurança).

d) Garantir o cumprimento do Tratado Versalhes pela Alemanha.

13. Quais foram as exigências impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes?

a) Culpabilidade pela guerra, reparação dos danos da guerra, perda das possessões na Polônia (Sude-

tos), redução do exército - 100 mil voluntários, e proibição de fabricar aviões e submarinos.

b) Culpabilidade pela guerra, reparação dos danos da guerra, perda das possessões na Polônia (Sude-

tos), redução do arsenal atômico e proibição de fabricar mísseis.

c) Culpabilidade pela guerra, reparação dos danos da guerra, proibição de manter as Forças Armadas e

de fabricar aviões e submarinos.

d) Culpabilidade pela guerra, reparação dos danos da guerra, perda das possessões coloniais (África e

Ásia), redução do exército - 100 mil voluntários, e proibição de fabricar aviões e submarinos.

14. A Primeira Guerra Mundial durou de:

a) 1910-1919. b) 1914-1918. c) 1914-1919. d) 1910-1915.

15. Considerando a influência do Imperialismo no contexto da Primeira Guerra (1914-1918), podemos

apontar que são fatores que o justificam, EXCETO:

a) a necessidade de controlar regiões produtoras de matérias-primas essenciais à indústria capitalista.

b) a ideologia da superioridade racial dos povos europeus que levariam aos “povos atrasados” os bene-

fícios da civilização superior.

c) a conquista de pontos estratégicos para defesa de colônias existentes ou da própria metrópole.

d) a necessidade de exportar capitais para áreas pobres do mundo, no sentido de ajudá-las a superar

seu atraso econômico.

e) a retração dos mercados europeus, após a crise que impulsionou a Europa e EUA a buscar merca-

dos consumidores.

16. Através de acordos as principais nações européias reconheceram a autonomia do Marrocos. Em

abril de 1914, a França e a Inglaterra estabelecem bilateralmente a chamada “Entente Cordiale”, atra-

vés da qual a Grã-Bretanha teria total liberdade de ação no Egito, enquanto à França era entregue o

Marrocos. Pelo exposto, é CORRETO afirmar que, no período em questão:

a) habitualmente os interesses dos povos dominados representavam um fator de peso nas decisões

tomadas pelas nações imperialistas.

b) apesar dos dispositivos de caráter internacional, a ação política das potências antes da Primeira

Guerra era norteada pela força e pelo arbítrio.

c) era comum que os atritos entre os países europeus fossem superados através de uma arbitragem

imparcial e inquestionável.

d) tornou-se fundamental garantir a ordem internacional, deslocando-se o poder para os Estados Uni-

dos, país alheio aos problemas europeus.

e) a existência de um organismo supranacional possibilitou que os princípios do direito internacional

fossem efetivamente respeitados.

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17. O Imperialismo, ocorrido no séc. XIX, tinha como objetivos, EXCETO:

a) desenvolver o capitalismo industrial.

b) garantir mercado consumidor.

c) buscar matérias-primas básicas na África e Ásia.

d) não exercer o domínio político e econômico na África e na Ásia.

18. A expansão neocolonial do final do século XIX pode ser associada a:

a) busca de novas oportunidades de investimentos lucrativos para o capital excedente nos países in-dustriais.

b) atração pelo entesouramento permitido pela conquista de regiões com jazidas de metais preciosos.

c) necessidade de expansão da influência da Igreja Católica frente ao aumento dos seguidores da Re-forma.

d) divisão internacional do trabalho entre produtores de matérias primas e consumidores de produtos industrializados.

19. Qual é o objetivo das Alianças Militares formadas no contexto da “Paz Armada”?

a) garantir mercados consumidores e fornecedores de matéria prima.

b) era garantir maior poder bélico e político, para contra atacar países rivais e também para defender países aliados.

c) exercitar o poder político e econômico na África e Ásia.

d) apaziguar os atritos entre os países europeus através de uma arbitragem imparcial e justa.

e) criar uma série de determinações, visando enfraquecer o poder das potencias imperialista na Europa.

20. Assinale o fato que serviu de estopim para deflagrar a Primeira Guerra Mundial.

a) A assinatura do Tratado de Versalhes que tinha por base culpar os alemães pela corrida armamentis-ta.

b) O revanchismo francês que não conseguiu superar a perda de territórios da Alsácia e Lorene para a Alemanha.

c) A deposição do czar da Rússia em virtude da Revolução Russa provocou revolta e reação dos de-mais paises europeus.

d) Em 28/6/1914, o arquiduque Francisco Ferdinando foi assassinado por um grupo de terroristas intitu-lado “Mão Negra”.

e) O forte temor dos Estados Unidos em perder seus investimentos na Europa devido a ascensão da Alemanha.

21. A 1ª Guerra Mundial abalou as estruturas do mundo no inicio do século. O conflito era pressentido

nos anos que o antecederam. Quais fatos indicavam que a guerra era inevitável?

a) A política de alianças, o socialismo a disputa por mercados consumidores.

b) O assassinato de Francisco Ferdinando, a política de alianças, a crise do capitalismo em 1929.

c) A corrida armamentista, a política colonial e a disputa por mercados consumidores.

d) A corrida armamentista, o nacionalismo e a crise do capitalismo em 1929.

e) A corrida armamentista, a política de alianças, o revanchismo entre as nações e a disputa por mer-cados consumidores.

22. Quais os dois acontecimentos que definiram o desfecho da guerra a partir de 1917?

a) A saída da Rússia e entrada dos Estados Unidos no conflito.

b) A propagação do conflito as demais nações do globo e entrada dos Estados Unidos no conflito.

c) A saída da Rússia e a entrada da Itália no conflito.

d) A propagação dos ideais republicanos na França e a entrada dos Estados Unidos na guerra.

e) Os Estados Unidos retiram-se do conflito devido ao processo revolucionário que acontecia na Rússia e a guerra Fria.

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Estudo Dirigido/História/Rec. Paralela/9ºEF/2012 10

23. Ao final da Guerra podemos afirmar que:

a) Os EUA consolida-se como grande potencia mundial e o enfraquecimento das antigas potencias eu-

ropeias.

b) A Rússia consolida-se como superpotência europeia devido a Revolução Russa e rivaliza com os

EUA o poderio militar mundial.

c) A Alemanha apesar de ter perdido a guerra ainda matem sua condição de império e a Inglaterra per-

de suas colônias na África.

d) O mapa político da Europa é pouco modificado em virtude da manutenção da antiga ordem colonial.

e) O Tratado de Versalhes representou um justo acordo entre vencidos e vencedores.

QUESTÕES ABERTAS

01. No final do século XIX e início do século XX, por detrás de uma aparente tranquilidade do cenário

político europeu, escondia-se um clima de instabilidade e tensão que acabaria por mergulhar a Europa

na Primeira Grande Guerra. Destaque e comente dois dos fatores que contribuíram para essa instabili-

dade.

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02. Explique a Paz Armada, que antecedeu a Primeira Guerra Mundial.

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03. Quais foram as alianças políticas e militares na Europa que antecederam a Primeira Guerra Mundi-

al?

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04. De acordo com as informações contidas na tabela, indique o fato histórico que motivou a alteração

radical na posição econômica dos Estados Unidos e explique a conseqüência econômica resultante

dessa alteração.

(Fonte: Historical Statistics of the United States, 1789-1945.)

(Adaptado de NIVEAU, Maurice. "História dos fatos econômi-

cos contemporâneos." São Paulo: Difel, 1969.)

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05. A Primeira Guerra Mundial, (1914-1918), foi o primeiro conjunto de acontecimentos que abalou seri-

amente o domínio colonial e a existência de impérios europeus no século XX. Tendo por base o texto,

explique:

A associação entre o colonialismo europeu e a Primeira Guerra.

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