Estudo do Meio.pdf

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  • PLURES - HUMANIDADES, RIBEIRO PRETO V.4, N. 1, 2003

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    UMA REFLEXO SOBRE ESTUDOS DO MEIOA REFLEXION ON FIELD STUDIES

    Sandra Jlia Gonalves ALBERGARIA

    Resumo

    O texto uma reflexo de uma professora de Geografia e procurainterpretar estudo do meio realizado em Campinas-SP sob a luz de certasexperincias ocorridas no ensino oficial do Estado de So Paulo. Revela-se que, para resolver certas dificuldades encontradas no desenvolvimentode contedos, atividades e abordagens interdisciplinares dependem demudanas no funcionamento das escolas. Em termos expositivos, faz-sebreve retrospectiva da experincia dos Ginsios Estaduais Vocacionais(1961-1968) e do trabalho realizado no ano 2000, ao final comparam-setais experincias.

    Unitermos: Tendncias Pedaggicas, Ensino Democrtico, Mtodode Ensino, Interdisciplinaridade, Propostas Curriculares.

    Abstract

    This article is a reflexion of a Geography teacher. It shows a technicof practice of field standy realized in Campinas-SP based in certainexperiencies late occurred in the public schools of the State of So Paulo.The article shows that to solve problems concerning curricular contains,practice on teaching and interdisciplinary goals, all that, depends ofchanging school routine. In the beginning the article exposes the experienceof a group of public schools, Ginsios Estaduais Vocacionais (1961-1968),and compare their practice with a experience realize in 2000 in a privateschool.

    Key words: Pedagogical Tendencies; Democratical Teaching;Teaching Method; Interdiciplinarity; Curricular Proposals.

    Mestranda do Departamento de Ps Graduao de Geocincias Aplicadas ao Ensino - UNICAMP/SP - Bolsista do CNPq. E-mail: [email protected]

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    Alguns autores definem os Estudos do Meio como tcnica de ensinoque abarca outras tcnicas. Outros apontam a Geografia e a Histria comodisciplinas que utilizam os Estudos do Meio como prtica pedaggicapara conscientizar o educando da realidade na qual vive. Podemos contarcom autores que entendem os Estudos do Meio como um mtodo de ensi-no e concordam com a necessidade de integrao entre as disciplinas paraa realizao de um Estudo do Meio; alguns autores defendem ainterdisciplinaridade, outros a transversalidade como prtica pedaggica.Assim, quando optamos por trabalhar com os Estudos do Meio so neces-srias reflexes sobre novas propostas pedaggicas.

    O Estudo do Meio e sua histria nos meios educacionais

    Iniciar a investigao sobre locais e pocas em que o Estudo do Meiofoi uma atividade educacional importante, notamos que houve intenso usodessa maneira de ensinar durante a existncia dos chamados GinsiosVocacionais do Estado de So Paulo (1961 a 1968).

    O Ginsio Vocacional, na dcada de 1960, foi uma experincia inova-dora na Educao Oficial do Estado de So Paulo e marcante para os quedela participaram. Segundo Tamberlini (2001), em 1961, o Secretrio daEducao do Estado de So Paulo Luciano Vasconcellos de Carvalho reto-mou a discusso sobre a renovao das Escolas Oficiais do ensino secun-drio durante o governo de Carvalho Pinto. Planejou a reforma do EnsinoIndustrial com base no desenvolvimento de classes experimentais e deuorigem ao Ensino Vocacional. Uma comisso coordenada pelo ProfessorOswaldo de Barros Santos passou a definir pedagogicamente o novo tipode Ensino Mdio (na poca correspondendo s atuais 5a. 8a. sries donvel fundamental) e a redigir o texto do decreto 38.643, publicado em 27de junho de 1961, que regulamentava a Lei 6052 (p.55), Cabe dizer quea criao legal dos ginsios vocacionais foi viabilizada a partir de um ges-to habilidoso do Secretrio Estadual de Educao, Luciano V. de Carva-lho, que aproveitou uma brechada Lei do Ensino Industrial para possibi-litar a existncia legal deste novo tipo de escola. (TAMBERLINI, 2001:56).Dessa forma, foi criado o Servio de Ensino Vocacional, coordenado pelaProfessora Maria Nilde Mascellani, que passou a exercer suas funes emdezembro de 1961, ou seja, os Ginsios Vocacionais passaram a se funda-

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    mentar no artigo 104, da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) promulgadanaquele mesmo ano (p.57).

    Cinco escolas foram instaladas dentro desse projeto. Em maro de1962, trs Ginsios Vocacionais: Oswaldo Aranha, no Brooklin, Capi-tal; Joo XXIII, em Americana, e Cndido Portinari, em Batatais; emmaro do ano seguinte mais dois: Chanceler Raul Fernandes, em RioClaro; Embaixador Macedo Soares, em Barretos. Posteriormente, em1968, foram instalados cursos noturnos e de 2 ciclo do ensino secundrio(atual nvel mdio) junto ao Ginsio Vocacional Oswaldo Aranha e umnovo Ginsio Vocacional, em So Caetano do Sul. Este, diferentementedos outros, funcionava em meio perodo, visando baratear custos da expe-rincia e viabilizar sua ampliao para outros estabelecimentos da RedeEstadual (TAMBERLINI, 2001:58).

    Os Ginsios Estaduais Vocacionais estavam subordinados ao ServioEstadual Vocacional (SEV), diretamente subordinado ao Gabinete do Se-cretario de Educao.

    O Projeto Poltico-Pedaggico dos Vocacionais tinha como objetivos:educar o aluno para a democracia e para o compromisso social ligado idia do engajamento.

    Essa dimenso poltica caracterizava o eixo central da proposta doEnsino Vocacional (tal como o seu projeto pedaggico), era essencialmen-te ligada ao processo histrico da poca. Segundo Tamberlini (2001), nes-te contexto, o Estudo do Meio era considerado na poca uma tcnica peda-ggica. Consistia em um dos principais pilares do Projeto Vocacional poispermitia o contato com a realidade a partir da qual elaboravam-se infor-maes, reflexes e o conhecimento desse meio, objetivava a formaohumanstica e intelectual do educando comprometido com a transforma-o de seu meio, sua sociedade e a construo da cultura; o currculo e oestudo de conceitos eram desenvolvidos por meio de Unidades Pedaggi-cas que projetavam os temas geradores, abordados pela rea de EstudosSociais que reunia as disciplinas Histria e Geografia, constituindo-seeixo integrador de todas as disciplinas do currculo.

    Mascellani (1999) afirma que nos Ginsios Vocacionais os Estudos doMeio eram parte integrante do processo de abordagem conceitual; tinhama funo investigadora de situaes-problema e que todos os professoresparticipavam dessa tcnica. As caractersticas dos estudos variavam con-

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    forme sua necessidade, eram gerados a partir de situaes-problema pro-vindas de uma Unidade Pedaggica. O Estudo do Meio era considerado aalavanca para o conhecimento.

    O estudo do meio foi uma das tcnicas pedaggicas demais largo emprego nos Ginsios Vocacionais (...) criamsituaes capazes de dar ao aluno um grande nmero deoportunidades de sair do espao escolar, entrando em con-tato direto com a realidade, atravs de uma experinciavivida e no livresca. Contudo, os estudos do meio nopodem ser confundidos com passeios ou excurses. Tam-bm no so realizados ao acaso, nem se encontramdissociados do processo educativo proposto para os Gin-sios Vocacionais (MASCELLANI, 1999:112)

    Vrios autores (Ribeiro,1980; Mascellani,1999; Pontuschka, 1994;Tamaio, 2000; Sansolo, 1996; Nidelcoff, 1979, e outros) so unnimes aoindicar a utilidade didtico-pedaggica da prtica dos Estudos do Meio e aimportncia para a formao da cidadania nos educandos.

    Segundo Balzan (1969), o Estudo do Meio um verdadeiro patrimnioda Escola Renovada e muito difundido no meio escolar. Porm, o autorpercebe que muitos dos Estudos do Meio, realizados em algumas escolas,fracassam com freqncia, tornando essa prtica um problema. O Autorexplica que a opo pelo Estudo do Meio, justifica-se a partir doquestionamento O que pretendemos com a Educao?. Respondendo essapergunta possvel encontrar a finalidade de um Estudo do Meio,

    (...) a simples incluso de Estudo do Meio numa escolaonde o grupo de professores no tenha bem claramentedefinido o que pretende com educao, onde no se temproposies claras a traar, no significa renovao. umatcnica a mais, algo bonito, talvez, que levar a viagens,excurses, etc, mas que estar longe de se constituir numverdadeiro estudo do meio. (BALZAN,1969:99).

    O Autor explica, ainda, que a prpria seqncia do Estudo do Meio,

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    desde o planejamento inicial, a execuo, a explorao de seus resultadose sua avaliao, constitui uma proposta cientfica de trabalho. Ou melhor:um mtodo de trabalho (p.100). A escolha dessa maneira de apresentar ossaberes envolve a negao da compartimentalizao dos conhecimentos.

    (...) a incluso do Estudo do Meio, significa a aceitao daunidade da natureza e da unidade da cultura, as quaisfreqentemente fragmentamos devido nossa incapacida-de de apreend-las em conjunto. Portanto, incluir ou no oEstudo do Meio entre as atividades de uma escola, depen-de do que se pretende com essa escola. Desde que se pre-tenda de fato desenvolver plenamente a personalidade doeducando, o Estudo do Meio passar a se constituir comouma atividade de excepcional importncia na vida da es-cola. Ser uma atividade extraclasse, mas, jamais extra-curricular, porque parte integrante de todo o processoeducativo desencadeado pela escola. (BALZAN,1969:100).

    Nos Ginsios Vocacionais o planejamento e a sistematizao doEstudo do Meio eram feitos a partir de um trabalho prvio de Educadores,Coordenadores, Professores e alunos. A rea que integrava todas as outrasera a dos Estudos Sociais. Balzan et al. (1969), explicam como era a orga-nizao de um Estudo do Meio. Mencionam trs partes essenciais que com-punham um procedimento cientfico: planejamento, execuo e relatrio/comunicao.

    O Planejamento envolve relacionamento do Estudo do Meio com aUnidade Pedaggica em desenvolvimento, (...) ou seja, de problemas ouquestes de real interesse e atualidade, em torno dos quais se organizavatoda a experincia educacional (TAMBERLINI, 2001:71). Portanto,

    o ESTUDO DO MEIO deve enriquecer o contedo da Unidade atra-vs da complementao e aquisio de novos dados. Um ESTUDO DOMEIO perfeitamente planejado pode por si s preencher todo o contedoproposto para a Unidade Pedaggica. Na maioria dos casos, importanteque os ESTUDOS DO MEIO sejam planejados em conjunto por todos osprofessores, que levantem juntos os objetivos e conceitos a atingir.

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    (BALZAN et al.,1969:74). Os custos dos projetos desenvolvidos nos Ginsios Vocacionais eram

    compartilhados com a comunidade. Segundo Tamberlini (2001), as Socie-dades dos Pais e Amigos dos Ginsios Vocacionais possuam autonomiafinanceira e no eram atreladas ao Estado: Eram sociedades civis quearrecadavam fundos para a escola quando o poder pblico fornecia verbasinsuficientes (2001:127). Dessa maneira, a comunidade se responsabili-zava pelo financiamento dos Estudos do Meio quando os recursos oficiaiseram insuficientes.

    Por outro lado, do ponto de vista pedaggico, os professores passavampor um processo de formao e aperfeioamento constante. Havia treina-mento, anterior ao incio do trabalho, em que se procurava fornecer umaviso geral do projeto de ensino. E o professor ia interando-se e se prepa-rando por meio do trabalho. Tamberlini assinala:

    Todos os professores eram contratados por quarenta ho-ras semanais, independentemente do nmero de aulas queministravam: o tempo envolvia outras atividadesestabelecidas pela escola, horrios destinados ao atendi-mento dos pais, orientao de pesquisas e discusses comalunos, elaborao de relatrios e outros trabalhos, almda participao nas atividades da comunidade,consubstanciada nos projetos de ao comunitriapriorizando a integrao da escola com a famlia e a co-munidade. O regime de quarenta horas semanais exigia,na prtica, dedicao exclusiva comunidade escolar(TAMBERLINI, 2001:79).

    Apesar da conscincia poltica da maioria dos professores, que identi-ficava que seu trabalho no era neutro, segundo Tamberlini (2001), haviaproblemas internos no Sistema Vocacional. Os professores que no se adap-tassem filosofia que norteava o projeto e que aps um ano letivo nomodificassem suas prticas no eram recontratados. Alguns desses profes-sores do interior de So Paulo, inconformados com a dispensa, denunci-aram a experincia como sendo subversiva e comunizante, delatando seuscolegas e a equipe do SEV ao 5 Comando Militar da Regio de Campinas,

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    o 5 G-CAN (Tamberlini.2001:142). A Ditadura Militar, no final daqueladcada, passou a tratar a educao como problema policial. Alguns livrosutilizados nos Ginsios Vocacionais foram considerados subversivos, a auto-avaliao, largamente utilizada nessas unidades educacionais, foi compara-da ao processo de autocrtica do comunismo internacional e mais,

    A adoo do Estudo do Meio era considerada altamentesubversiva (...) O Estudo do Meio incomodava sobrema-neira os militares, uma vez que desnudava o Brasil realdiante dos olhos do educando. Havia uma preocupao todesmesurada em relao ao Estudo do Meio que em 1970,o ento coronel do Exrcito, Rubens Resstel, escreveu epublicou um documento sobre o assunto, intitulado Infil-trao comunista nos meios educacionais. O documentoem questo pretendia identificar a presena comunista nombito de educao por meio do exame dos procedimen-tos pedaggicos adotados, sobretudo, no Colgio de Apli-cao e nos Ginsios Vocacionais (idem, 2001:147)

    Segundo a Autora, a experincia foi descaracterizada e destruda em1969 (aps o Ato Institucional no 5). Militares de Campinas e agentes daPolcia Federal invadiram escolas, houve o afastamento da Profa. MariaNilde Mascellani (Coordenadora do SEV) e da Profa. urea Sigrist. Em5/6/1970, por meio do Decreto n 52.460 oficializou-se a extino dos cur-sos Ginsios Vocacionais, que passaram a integrar a rede comum de ensi-no (os alunos j matriculados poderiam concluir o curso em regime didti-co especial) (TAMBERLINI, 2001:149). A partir do Decreto, esses Gi-nsios foram subordinados a dois departamentos: pedagogicamente, Diviso de Estudos Pedaggicos, sob a direo da interventora Profa.Terezinha Fram; administrativamente, ao Departamento Regional de Edu-cao da Grande So Paulo.

    O Estudo do Meio em minha experincia.

    Os Estudos do Meio sempre foram em minha experincia profissionalum questionamento. Leciono Geografia e minha responsabilidade me con-

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    duz preocupao com a forma com que o aluno adquire conhecimentos.Motivada e trabalhando numa escola particular da Cidade de Campi-

    nas, muito prxima do centro da Cidade, pude participar e contribuir comalgumas idias e projetos de Estudos do Meio. importante assinalar que,na poca, desconhecia a experincia dos Vocacionais.

    A Escola possua classes de no mximo vinte e cinco alunos. Ofereciaensino desde o Jardim da Infncia (crianas, a partir de 4 anos) at o Ensi-no Mdio Profissionalizante.

    Algumas preocupaes caracterizavam essa Escola: a formaohumanstica baseada em princpios religioso; a necessidade de inovaopedaggica para oferecer um ensino adaptado s novas tendncias educa-cionais; e reunies semanais dos professores especializados, Coordena-o e Direo. Nesse ambiente surgiu a possibilidade de fazer algumasexperincias: conciliar a necessidade do cumprimento dos contedos im-postos pelos materiais didticos (livros- 1 a 4 sries e apostilas- 5 a 8sries) e oferecer uma reflexo sobre a realidade vivida pelos alunos.

    Lecionava Geografia para o nvel fundamental de 5 a 8 sries. Emprolongada substituio de uma colega, lecionei tambm Histria para asmesmas sries. Percebi a possibilidade de organizar e integrar as duas dis-ciplinas. A pedido da Escola, tornei-me responsvel pela organizao eexecuo de Estudos do Meio. Elaborei projeto de trabalho, contendo pro-posta aos colegas de outras reas.

    A idia inicial era possibilitar e viabilizar o Estudo do Meio, comouma forma de aula que pudesse ser usada pela a maioria dos professores,ao mesmo tempo. Os alunos vivenciariam os conceitos de cada disciplina.A utilizao de meios pedaggicos e didticos tradicionais estava sendodiscutida por todos os colegas e pela administrao da Escola. Neste ambi-ente foi possvel idealizar uma forma de conciliar a necessidade do cum-primento dos contedos das apostilas, manter metodologias especficas decada disciplina e oferecer uma reflexo sobre a realidade vivida pelosalunos. Pareceu ser essa a melhor alternativa do momento.

    A Escola e o corpo docente acreditaram que o Estudo do Meio propi-ciasse a integrao das reas e dos objetivos das disciplinas. Esse desejode interdisciplinaridade foi incorporado ao planejamento anual.

    No incio do ano de 2000, houve uma reunio com todos os professo-res, coordenadores e diretores, dando incio ao planejamento anual da Es-

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    cola. Apresentei texto para sistematizar as sadas de cada classe. O objeti-vo principal era aproximar as diferentes reas de contedo. O texto suge-ria a utilizao de Estudos do Meio como mtodo de ensino e aprendiza-gem. Professores e alunos visitariam locais onde houvesse a possibilidadede vivenciar e observar contedos, finalizando com reflexes e avaliaesde todas essas etapas; reunies para apresentao do Projeto aos alunos epais; planejamento oramentrio; a confeco de um Dirio de Bordono qual os prprios alunos elaborariam regras de conduta e forneceriam osdados das pesquisas para a complementao desse caderno.

    Aps o planejamento, houve reunies com os pais e alunos para expli-car o Projeto. A comunidade escolar apoiou as novas idias, recebeu comentusiasmo as novas formas de estudo.

    Organizado sob o Tema Principal Terra: um Planeta Navegante, oProjeto continha dois sub-temas norteadores: Os Recursos Ambientais eOs Recursos Humanos, estes que foram problematizados para cada s-rie. Dessa forma foi possvel, contemplar Objetivos Gerais de cada sriepara o Projeto, Objetivos Especficos de cada disciplina com contedosintegrados. Os locais de visitas e os professores envolvidos foram selecio-nados.

    Para cada srie, foi escolhido um local a ser visitado e estudado.Na tentativa de conciliar os objetivos especficos, contedos integra-

    dos e criar objetivos gerais para o Projeto, foi necessrio fazer uma refle-xo sobre o que queramos para os alunos. Aps vrias discusses, foiaceito que no seria possvel integrar todo o contedo anual de cada disci-plina mas, haveria a possibilidade de escolher um tpico de estudo de cadadisciplina que seria de fundamental importncia para cada srie. Foi pen-sado, tambm, de que maneira poderiam ser trabalhados esses tpicos deestudo, aproximando e preservando as metodologias especficas de cadadisciplina.

    Para dar continuidade ao programa anual de contedos, foi necessrioretomar situaes vividas em cada Estudo do Meio e fazer ganchos comos contedos novos.

    Todo processo dependeu da criatividade de cada profissional envolvi-do e de muita discusso...

    Outra reflexo que caracterizou essa experincia, foi a de idealizarum aluno com o qual todos os professores gostariam de conviver e apre-

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    sentar para a comunidade, e a principal caracterstica que os professoresapontaram foi a de alunos responsveis pelos seus atos junto s pessoas e natureza. Essa reflexo facilitou as discusses posteriores.

    Foi possvel perceber que alguns limites estabelecidos pelo costumede trabalhar de forma compartimentada, foram quebrados. Partimos doprincpio de que, ao estudar os problemas ambientais por meio dos Estu-dos do Meio, traramos tona situaes-problemas que envolveriam ainterao do homem e do meio, no qual a realidade no estcompartimentada, pois ela um todo e teramos que discuti-la e apreend-la da forma como ela se apresenta aos nossos olhos.

    Com a ajuda das especificidades de cada disciplina, o ambiente esta-ria sendo revelado aos nossos alunos de uma forma cientfica. Portanto,um olhar direcionado conscientizao dos problemas ambientais seria defundamental importncia. Assim, os Objetivos Gerais do Projeto atende-ram a esse fim.

    O tema principal,Terra: um Planeta Navegante, foi explorado comos alunos durante o ano 2000 em todos os nveis de ensino oferecidos pelaEscola (do jardim ao ensino mdio). Por meio dos sub-temas, os alunosforam estimulados a verificar, pesquisar e refletir. O Estudo do Meio tor-nou-se um laboratrio para compreender o aprendizado.

    Os exemplos das 2, 6 e 7 sries do ensino fundamental possibilitama compreenso de relaes de temas e objetivos.

    Para a 2 Srie do Ensino Fundamental, foram elaborados textos sobrePlantas ornamentais, comestveis e medicinais, para serem trabalhados comos alunos a situao-problema: Planeta Terra: Planeta Verde! Como utili-zar o verde do nosso planeta? Como preserv-lo?, que foi ligada ao sub-tema Recursos Ambientais, dando especial ateno ao reflorestamento.Sendo os objetivos especficos das disciplinas; Redao; Portugus; Mate-mtica; Cincias; Geografia; Histria; Artes; tica Crist; Ingls, que oaluno reconhea o valor e a importncia das plantas ornamentais, a neces-sidade dos vegetais como parte da nossa alimentao, reconhecer que asplantas tambm tm poderes curativos e ser capaz de aplicar no cotidiano,o conhecimento recebido, de forma coerente e inteligente. Os alunos deve-riam por meio do estudo, ser capazes de reconhecerem o meio em quevivem, e estar aptos para resolverem situaes-problema, com maior orga-nizao e conhecimento.

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    O trabalho, que seria desenvolvido, foi elaborado pelas professorasem etapas:

    Preparao dos alunos por meio de textos, pesquisas epalestras com Agrnomos, Jardineiros. Confeco deum terrrio com 3 canteiros sendo que cada um, res-pectivamente, conteria plantas ornamentais, comest-veis e medicinais.

    Elaborao junto ao aluno de uma apostila, na qualconstaria todos os conceitos que deveria adquirir noEstudo do Meio, na forma de questes, quadros, rela-trios, Um Dirio de Bordo e um Livro de receitas edicas.

    Viagem dos alunos, e coleta de material junto ao Ins-tituto Agronmico de Campinas: relatrios, fotos,vdeos, objetos. Todos esses momentos seriammonitorados pelos professores envolvidos no projeto

    Divulgao do material coletado junto aos outros alu-nos da escola, por meio de murais de fotos, distribui-o de sementes, exposio de objetos e apresentaode um vdeo sobre a viagem.

    Os contedos sugeridos no Projeto foram adequados s disciplinasda Srie por meio de textos.1 Bimestre: plantas tambm tm poderescurativos; 2 Bimestre: Tipos de vegetais comestveis; 3 Bimestre: Ti-pos de vegetais medicinais; 4 Bimestre: reflexo e conscientizao dapreservao do reino vegetal como fonte de alimentos, cura de doenas edecorao.

    A 6 srie explorou a situao-problema Rio Tiet: ainda tem vida?,cujo objetivo geral era mostrar a importncia da preservao da vida deanimais aquticos como recurso de alimentos, a utilizao das guas doRio como fonte de energia e transporte. Essa questo fez parte do sub-temaRecursos Ambientais. O Estudo do Meio seria feito mediante viagem danascente do Rio Tiet a Barragem Barra Bonita.

    A disposio dos contedos e objetivos propostos de cada disciplinaforam:

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    Narrao; texto cientfico; entrevista; texto argumentativo;gramtica e interpretao de texto, nas lnguas: Portugu-s, Ingls e Espanhol; o Objetivo Especfico, que englo-bara as trs disciplinas, foi o de possibilitar ao aluno aproduo de um dirio de viajem sobre o Estudo do Meio.

    Em Histria e Geografia, os contedos propostos foram:Bandeirantismo; Mones; Viagens expedicionrias. Rios- Fontes de riquezas; desequilbrio ecolgico causado pelapoluio; impactos ambientais causados pela interfern-cia humana a partir de construes de barragens e UsinasHidreltricas; os Objetivos Especficos, que englobavamas duas disciplinas, foram os de capacitar o aluno a obser-var e aprender, sistematicamente causas e conseqnciasque criam e justificam realidades sociais; possibilitar aoaluno reflexes sobre problemas ambientais.

    Em Artes, Informtica e Cincias, os Objetivos Especfi-cos para o projeto foram: possibilitar ao aluno a interpre-tao artstica dos animais aquticos e despertar no alunoa curiosidade e o interesse pela natureza. Os contedospropostos foram: Ilustrao e origami (Artes); Microsoftpower point 97 e introduo informtica; Seres Vivos,biodiversidade e biosfera (Cincias).

    Estatstica; grficos; porcentagens; simetria e tringulosforam os contedos propostos pela s disciplinas de Mate-mtica e Geometria com os Objetivos de possibilitar aanlise e coleta de dados do Estudo do Meio, para cons-truir uma maquete.

    Para dimensionar os Objetivos Especficos das Disciplinas para o pro-jeto e os contedos relacionados ao sub-tema Recursos Humanos, fo-ram exemplificados com a situao-problema: Como se constitui a ado-lescncia indgena na Tribo Silveira? elaborado para a 7 srie do EnsinoFundamental:

    Os objetivos das disciplinas Ingls, Espanhol e Portugusforam: propiciar ao aluno o reconhecimento das vriaspalavras indgenas na nossa lngua e estudar a cultura in-dgena; possibilitar a elaborao de um Dirio relatando a

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    visita a Tribo. Os contedos trabalhados foram: variaolingstica, acentuao, classificao gramatical, interpre-tao de texto, textos publicitrios, poesia, dirios, cartas.

    Em Geografia, Artes, Histria, Matemtica, Informtica eDesenho Geomtrico, os contedos a serem trabalhadosforam: Expanso Martima Portuguesa; administrao daColnia; Matrizes tnicas (Histria); Confeco de obje-tos artsticos e artesanais, utilizando-se de tcnicas ind-genas (Artes); impactos ambientais; Amrica do Sul (Ge-ografia); Estatstica; dados numricos; grficos (Matem-tica); Lugares Geomtricos (Desenho Geomtrico);Microsoft Front Page 2000 e Microsoft Excel 97(Informtica). Os objetivos especficos das disciplinas parao Projeto foram: que aluno estabelea a relao do pre-sente e do passado; possibilitar ao aluno a observao cr-tica das condies de sobrevivncia do indgena no Bra-sil, a observao da paisagem que contm objetos que car-regam contedos de diferentes tempos. Promover a refle-xo sobre a significao que a paisagem ganha a partir daidentidade que estabelecemos com ela.

    Os Objetivos Especficos das disciplinas Cincias, Edu-cao Fsica e tica Crist, foram: levar aluno a analisara sociedade em que vivemos; instruir aluno para que sai-ba se preparar para uma atividade fsica de longa ou curtadurao, prevenindo acidentes e respeitando seus limites;refletir a relao sade e meio ambiente a partir da visita aTribo Indgena. Os contedos selecionados foram: Ado-lescncia; famlia; crenas; sexualidade (tica Crist).Condicionamento fsico e jogos esportivos (Educao F-sica). Conservao da Sade; Corpo Humano (Cincias).

    Na Escola, havia reunies semanais separadas por ciclos (Jardim, Pr,Ensino Fundamental 1 a 4 Srie, Ensino Fundamental 5 a 8 Srie, Ensi-no Mdio e Profissionalizante) e todos os professores encontravam-semensalmente.

    O Projeto avanou muito, junto aos professores do Jardim, Pr e Ensi-no Fundamental de 1 a 4 Srie, por causa da facilidade de comunicao

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    entre professores, por trabalharem como polivalentes (um professor po-deria ministrar aulas de uma ou mais disciplinas e ou ter outras atribuiesque propiciavam certa vivncia interdisciplinar no cotidiano); por seremmensalistas seu tempo de permanncia na Escola era maior (muitos traba-lhavam em perodo integral com horrios fora da sala de aula para prepa-rar material didtico). Tudo isso propiciou uma realizao de acordo como planejamento.

    No Ensino Fundamental de 5 a 8 Srie, Ensino Mdio eProfissionalizante a realidade do professor horista logo se tornou um obs-tculo para realizar o Estudo do Meio. Alguns professores comunicavam-se somente nos momentos de reunies semanais, as disponibilidades eramrestritas ao esquema de horrios de aulas, muitos professores trabalhavamem vrias escolas o que impossibilitava as conversas sobre detalhes doProjeto. Nas reunies semanais, as discusses voltavam-se para indisciplinade alunos, avaliaes e a organizao dos temas das apostilas. O Projetotornou-se algo parte da realidade do professor. O que a princpio pareciafcil e prazeroso, no dia-a-dia transformou-se em uma tarefa extra, dentremuitas outras tarefas a fazer.

    Tornou-se evidente que, para o Projeto prosseguir, o professor do EnsinoFundamental de 5 a 8 Srie, do Ensino Mdio e Profissionalizante carecia deoutro sistema de horrios para discutir, amadurecer e se entrosar de acordocom os arranjos exigidos de cada disciplina. Um outro fator, que contribuiupara aumentar as dificuldades, foi a falta de previso de recursos da Escolapara pagamento de horas extras trabalhadas pelos professores horistas.

    Dessa forma, as visitas aos locais para o planejamento no acontece-ram, conforme programadas, de 5 a 8 sries e no nvel mdio. AlgunsEstudos do Meio foram realizados com muito sacrifcio e boa vontadedos participantes. Os alunos, por sua vez, tambm no se viram estimula-dos a pesquisar dados para as visitas; os momentos para as reflexes sobreas regras de conduta no foram previstos nos horrios pelas OrientadorasPedaggicas e, portanto, foram feitos pelos professores de Educao Fsi-ca (que se sentiram prejudicados no cumprimento de seus programas). Aospoucos, os Estudos do Meio, que chegaram acontecer, foram consideradospor professores como um passeio e no um instrumento de conhecimen-to. Os Dirios de Bordo que serviriam de base de futuras pesquisas eavaliaes no foram preenchidos.

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    Consideraes finais Num primeiro momento, vimos a historicidade dos Estudos do Meio

    no Ensino Oficial do Estado de So Paulo, utilizados nos GinsiosVocacionais como tcnica de ensino, segundo a qual a integrao das dis-ciplinas fazia parte da realidade escolar, era parte integrante do processode abordagem conceitual. Tinha a funo investigadora de situaes-pro-blema e todos os professores participavam (Mascellani, 1999). No incioda dcada de 1970, os Estudos do Meio foram considerados prtica sub-versiva pela truculncia do Regime Militar (TAMBERLINI, 2001:147).

    Num segundo momento, a Escola de Campinas tenta empregar Estu-dos do Meio para propiciar certo aprendizado, vinculado reflexo deproblemas ambientais, e por aproxim-lo do que seriam as novas tendnci-as pedaggicas. Alguns aspectos metodolgicos, que existiram nos Gin-sios Vocacionais, tambm estiveram presentes nessa Escola: seleo deTema Principal, sub-temas norteadores e situaes-problema. SegundoMoreira (2000), na dcada de 90, as propostas curriculares do municpiode So Paulo sugeriram selecionar temas geradores para compreender eintervir criticamente na realidade. Nesse meio, o educador teria como fun-o selecionar contedos para contribuir para os estudos desses temas; aproposta baseava-se no dilogo que pressuponha uma metodologia cole-tiva de trabalho (p.120). Trs eixos nortearam a proposta:interdisciplinaridade, avaliao emancipatria e educao popular (p.121).

    O Projeto, elaborado pelos professores da Escola de Campinas, traz tona a preocupao em construir um sujeito tico, solidrio, crtico e trans-formador; caractersticas das propostas curriculares da dcada de 1990,segundo Moreira (2000). Mas houve muitas dificuldades enfrentadas pe-los professores no seu desenvolvimento. Nesse sentido, so vlidas as pa-lavras de Moreira (2000):

    (...) h de se ressaltar a sensvel dificuldade de se implan-tar em um sistema escolar uma proposta que de fato confi-gure um rompimento com as limitaes disciplinares. Afamiliaridade dos professores com as disciplinas, adquiri-da na prtica que desenvolvem, nos livros didticos comque trabalham tambm eles organizados segundo as dis-ciplinas, bem como na formao recebida nos cursos fre-

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    qentados, acaba por promover a internalizao dos princpi-os da disciplinaridade e por criar um habitus difcil de sersuperado. Nesse contexto, experincias de ensino por eixos,temas ou projetos raramente promovem algo alm de ruptu-ras eventuais e passageiras. Experincias em que se transcen-dam os saberes disciplinares so, ento, ainda menos pass-veis de aceitao e de sucesso. (MOREIRA, 2000:128)

    Isso porque, a internalizao dos princpios disciplinares, como men-cionou Moreira (2000), alm de acomodar o professor numa rotina, afas-tando-o de pesquisas metodolgicas de ensino, tambm responde gratamenteao macrosistema educacional, o qual se corresponde com intenes talvezpoltico-econmicas na produo de materiais didticos.

    A letargia vivenciada pelo professor quanto a motivao pesquisaem parte revelada no texto quando, na tentativa de trabalhar o Estudo doMeio como mtodo de ensino, os professores da Escola de Campinas tri-lharam certos caminhos que j foram trilhados com sucesso pelos GinsiosVocacionais na dcada de 60. A repetio de alguns passos aponta doiscaminhos de anlise: por um lado, a coerncia e a seriedade com que osprofessores de Campinas tentaram trabalhar o Estudo do Meio como mto-do de ensino aproximavam essa experincia do Ensino Renovado dos Gi-nsios Vocacionais; por outro o desconhecimento dos professores da Es-cola de Campinas sobre as prticas educacionais dos Ginsios Vocacionais,particularmente sobre os Estudos do Meio, demonstra a falta de dilogoentre pocas, apontando a lacuna histrica provocada pela vivncia doRegime Militar, responsvel pela disperso e destruio de boa parte dosdocumentos do Ensino Renovado no Estado de So Paulo.

    Este dado leva-nos a crer que a amnsia social, citada por Jacoby(1977), mantida at os nossos dias, alimentada pela necessidade de ino-var. Isso no garantiu a esses professores o novo, mas sim uma experin-cia truncada.

    Talvez a experincia de Campinas j estivesse fadada ao insucesso,desde a sua criao, mas sempre haver a dvida pelo fato de que em ne-nhum momento, foi levantada a possibilidade de uma pesquisametodolgica, buscando no passado respostas ou exemplos que pudessemgarantir anlises e reflexes sobre o momento vivenciado.

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    Alguns estudos ligados preservao e memria de experincias edu-cacionais alertam para esse problema, mas um certo descuido com o passa-do continua sendo reproduzido em todos os nveis de escolaridade. Muitasexperincias educacionais que foram documentadas, hoje, encontram-sedescaracterizadas em cantos de bibliotecas escolares, aguardando que otempo d conta delas.

    Por fim, refletindo e comparando as duas experincias, reporto-me esfera administrativa educacional na qual planos educacionais so criadose recriados. Atualmente os Parmetros Curriculares Nacionais apontampara experincias por meio de temas transversais, ligados formao doaluno e incentivam a interdisciplinaridade. Em partem sugerem algumasprticas vivenciadas pelo Ensino Renovado da dcada de 60m confirman-do o vanguardismo dessa experincia.

    No que tange experincia, a Escola de Campinas certamente contri-buiu positivamente para os profissionais que dela participaram.

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