Estudo Prático de caracterização de Infraestrutura Verde no Bairro ...
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Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola Politécnica
Departamento de Construção Civil
Estudo Prático de caracterização de Infraestrutura
Verde no Bairro do Humaitá, Rio de Janeiro, Brasil
Guilherme Magalhães Valente de Figueiredo
II
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escola Politécnica
Departamento de Construção Civil
Estudo Prático de caracterização de Infraestrutura
Verde no Bairro do Humaitá, Rio de Janeiro, Brasil
Guilherme Magalhães Valente de Figueiredo
Projeto de Graduação apresentado ao
Curso de Engenharia Civil da Escola
Politécnica, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheiro.
Orientadora: Elaine Garrido Vazquez
III
Estudo Prático de caracterização de
Infraestrutura Verde no Bairro do Humaitá,
Rio de Janeiro, Brasil
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A
OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.
Examinado por:
Prof. Elaine Garrido Vazquez (orientadora)
Prof. Eduardo dos Santos Qualharini
Prof. Paulo Renato Diniz Junqueira Barbosa
IV
Figueiredo, Guilherme Magalhães Valente
Estudo Prático de caracterização de Infraestrutura
Verde no Bairro do Humaitá, Rio de Janeiro, Brasil /
Guilherme Magalhães Valente de Figueiredo – Rio de
Janeiro: UFRJ / Escola Politécnica, 2016.
XIII, 85 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Elaine Garrido Vazquez
Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica / Curso
de Engenharia Civil, 2016.
Referências Bibliográficas: p. 52-54.
1. Introdução 2. Revisão Bibliográfica 3. Estudo Prático 4. Considerações Finais
I. Vazquez, Elaine Garrido. II. Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil.
III. Engenheiro Civil
V
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, professora Elaine Garrido Vazquez. Ao arquiteto e amigo, Fernando Acylino. Aos professores da UFRJ que me ajudaram ao longo do meu percurso. À minha família. À minha namorada. Aos meus amigos. A todos que me apoiaram.
VI
RESUMO
O presente trabalho apresenta um estudo sobre um método de pesquisa de campo
aplicado ao contexto de Infraestrutura Verde. Analisa os reflexos da vegetação no ambiente
urbano sob o ponto de vista da adaptação e adequação das espécies, mais especificamente no
bairro do Humaitá na cidade do Rio de Janeiro.
O estudo prático exibe um inventário botânico da Rua David Campista, perfis
característicos de vegetação, fotos de espécies arbóreas e ainda uma análise qualitativa das
mesmas com o objetivo de classificá-las em função do seu grau de adaptação e adequação ao
ambiente urbano estudado.
Através de uma revisão bibliográfica sobre infraestrutura verde e de uma proposta de
estudo prático, objetiva-se criar relações entre a aplicação de infraestrutura verde em ambiente
urbano e seus impactos nos confortos térmico e ambiental.
Como principal resultado, espera-se apresentar um modelo de caracterização da rede
de Infraestrutura Verde em estudo e validar um modelo novo de avaliação de espécies
arbóreas quanto a sua adequação e adaptação ao meio urbano.
VII
ABSTRACT
This paper presents a study on a field research method applied to the Green Infrastructure
context. Analyzes the effects of the vegetation in the urban environment from the point of view
of adaptation of species, specifically in Humaitá neighborhood in the city of Rio de Janeiro.
The case study shows a botanical inventory of David Campista Street, characteristic
vegetation profiles, photos of tree species and also a qualitative analysis of the same in order
to classify them according to their degree of adaptation and adjustment to the studied urban
environment.
Through a literature review of green infrastructure and a proposal for practical study, the
objective is to create relationships between the application of green infrastructure in urban
environment and its impact on thermal and environmental comfort.
The main result is expected to present a model to characterize the Green Infrastructure
Network study and validate a new model of evaluation of tree species for adequacy and
adaptation to the urban environment.
VIII
SUMÁRIO
Capítulo 1. Introdução ................................................................................................... 1
1.1 Referencial Teórico ................................................................................................. 1
1.2 Objetivo ................................................................................................................... 6
1.3 Justificativa .............................................................................................................. 6
1.4 Metodologia.............................................................................................................. 7
1.5 Descrição dos capítulos .......................................................................................... 8
Capítulo 2. Infraestrutura Verde..................................................................................... 9
2.1 Referências Históricas e Origem do Conceito de infraestrutura Verde.................... 9
2.2 Definição do Conceito de Infraestrutura Verde....................................................... 16
2.3 Vegetação Urbana e Parâmetros Climáticos.......................................................... 17
2.4 Metodologia do Estudo Prático............................................................................... 22
2.4.1 Seleção da Área de Estudo................................................................................. 22
2.4.2 Caracterização das Espécies da Rede de Infraestrutura Verde.......................... 23
2.4.2.1 Inventário Botânico .......................................................................................... 23
2.4.2.2 Perfis Longitudinais e Fotos das Espécies ...................................................... 25
2.4.2.3 Indicadores Qualitativos.................................................................................. 26
2.4.3 Método de Medição de Fatores Climáticos......................................................... 28
Capítulo 3. Estudo Prático: Bairro do Humaitá, Rua David Campista, Rio de Janeiro. 33
3.1 Seleção da Área de Estudo .................................................................................. 33
3.1.1 Caracterização do Bairro do Humaitá.................................................................. 33
3.1.2 Setorização da Área de Estudo .......................................................................... 33
3.1.3 Planejamento e Marcação das Estações da Rua David Campista..................... 34
3.2 Inventário Botânico da Rua David Campista.......................................................... 38
3.3 Valoração das Árvores: Parâmetros Qualitativos.................................................. 43
Capítulo 4. Considerações Finais................................................................................ 51
Capítulo 5. Referências................................................................................................ 52
Apêndice..........................................................................................................................55
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 REFERENCIAL TEÓRICO
O meio ambiente age continuamente sobre os seres vivos e os elementos inanimados.
Os seres vivos, por terem ações próprias oriundas das necessidades da vida, também agem,
por sua vez, sobre o ambiente. Os elementos inanimados atuam sobre o ambiente pelas leis
físicas (uma rocha absorve calor do sol durante o dia e devolve este calor durante a noite).
Este processo dinâmico tem como resultante a alteração global do ambiente. No planeta
Terra, efeitos dessa resultante só podiam ser sentidos se considerados períodos muito
longos, da ordem de milênios. O ser humano tem, entretanto, aumentado sua atuação sobre o
Meio Ambiente, em especial após a revolução industrial e, acentuadamente, nas últimas
décadas. Dentre estas atuações, vêm de maneira tanto direta com indireta os efeitos devidos
às transformações por meio de ações na mudança física do ambiente natural. (MICHALKA,
2003)
Entendendo-se, então, como Ambiente Construído "o espaço e o ambiente que o
homem cria artificialmente para desenvolver uma atividade determinada", relaciona-se, muitas
vezes, ambiente construído aos edifícios. Entretanto, para o funcionamento do edifício é
necessário haver uma infraestrutura, o que se compreende por "obras necessárias para
permitir a realização e o desfrute racional dos espaços construídos".
Esta unicidade nos permite dizer que Ambiente Construído é a realização de qualquer
intervenção do homem no Ambiente Natural. (MICHALKA, 2003)
As relações entre o ambiente natural e o ambiente construído são analisadas,
geralmente, tendo em vista o impacto do segundo sobre o primeiro. No entanto, considerando
uma perspectiva onde a atividade antrópica é parte do ambiente, cabe analisar também a
influência dos fatores naturais, como clima e tempo, sobre as edificações, já que estes afetam
direta e indiretamente a forma como as interferências antrópicas impactam o ambiente
natural, em uma relação cíclica. Segundo Sousa Júnior (2006), as discussões envolvendo as
mudanças climáticas e a economia separam aqueles que defendem que as primeiras têm sido
2
aceleradas pelo "modus operandi" humano na Terra daqueles que acreditam que tais
mudanças são parte de um movimento cíclico natural do planeta e sua atmosfera.
Os grandes centros urbanos vêm enfrentando alterações em seu clima devido, em
parte, ao crescimento acelerado das construções. Há remoção da vegetação, imposição de
impermeabilização, redirecionamento de ventos e influência na insolação. Estas alterações
podem ser observadas tanto em áreas centrais quanto em bairros periféricos, incluindo
aqueles caracterizados pela autoconstrução. A escassez da vegetação contribui para a
alteração do clima. A percepção das modificações climáticas, proporcionadas pelo meio
urbano, se dá através do desconforto térmico, da má qualidade do ar e de grandes
precipitações, com seus decorrentes prejuízos à vida da população urbana.
Além disso, a movimentação de terra gerada pelo desmatamento de áreas verdes muda
o sistema de drenagem natural da água, a impermeabilização do solo provoca inundações, o
descarte de resíduos sólidos contamina a água e o solo, e as emissões gasosas contribuem
para a poluição do ar, o aquecimento global e a destruição da camada de ozônio.
Desta forma, o que se pode afirmar é que o aumento das construções provoca
mudanças no ambiente, como por exemplo os fenômenos de Ilhas de Calor (figura 1 ) em
grandes áreas urbanas, e por outro lado as mudanças no clima local e no microclima catalisam
a ocorrência de patologias em edificações.
3
Figura 1: Gráfico de Temperatura: Fenômeno da Ilha de Calor
Fonte: (http://escolaeducacao.com.br, 2016)
Abreu (2008) afirma que a partir de um estudo na capital paulista e, através das
imagens de satélite na faixa do infravermelho, verificou-se que a ilha de calor formada se
localizava em regiões de alta concentração de edifícios e com pouca vegetação. Também
constatou que as diferenças de temperatura entre a zona rural e a central chegam a ser
superiores a 10ºC.
A falta de um sistema de transporte público eficiente e a mobilidade baseada no modo
rodoviário são fatores que contribuem para a poluição do ar, a poluição sonora e os
congestionamentos.
O ambiente construído sofre ação deletéria de agentes agressivos presentes no meio
ambiente, tais como temperatura, umidade relativa, chuva, insolação, vento, etc.
A ação conjunta destes diferentes agentes, que incidem na construção, aumenta a
complexidade dos estudos de degradação do ambiente construído, pois aumenta as
dificuldades de modelagem dos processos de degradação, ensaios de envelhecimento natural
e outros. Uma vez que a sinergia entre vários agentes provoca, em geral, ação deletéria
4
superior a ação isolada de cada um dos agentes em separado, seja na forma ou na
intensidade. A ação destrutiva pode ser acelerada e/ou agravada pelas condições do entorno
da edificação, como outros prédios, relevo, vegetação, etc. (SILVA & GIRALT, 1995).
O conceito de sustentabilidade é definido por ações e atividades humanas que atendam
às necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas
gerações, ou seja, está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e material
sem agredir o meio ambiente, no qual os recursos naturais são utilizados de forma inteligente,
garantindo a sua manutenção no futuro. (SHAN, 2015).
Existem muitas definições para o desenvolvimento sustentável, mas todas elas apontam
para o fato de que o desenvolvimento promovido nos últimos 250 anos pela humanidade, que
permitiu enormes ganhos em termos de qualidade e expectativa de vida para os seres
humanos, vem alterando significativamente o equilíbrio do planeta e ameaça a sobrevivência
da nossa espécie. Por isso, torna-se necessária uma mudança dos nossos hábitos de
consumo e das nossas formas de produzir. (ZAPPA, 2013)
O desenvolvimento urbano sustentável engloba três aspectos principais: social,
econômico e ambiental. O aspecto social visa promover o desenvolvimento da sociedade,
baseado em princípios de justiça social, igualdade de oportunidades, coesão social,
solidariedade internacional e proteção do capital humano. O aspecto econômico tem como
objetivo promover o desenvolvimento econômico por meio do equilíbrio entre produção e
consumo, geração de empregos e estabilidade do sistema econômico e do comércio
internacional. O aspecto ambiental visa promover o desenvolvimento ambiental através do
uso equilibrado dos recursos naturais e do equilíbrio entre o uso urbano e agrícola das terras.
Visto que o processo de industrialização contribuiu fortemente para o crescimento
populacional urbano e, consequentemente, para a ocupação urbana desordenada, gerando
uma série de impactos para o ambiente urbano e para a população, se torna relevante o
momento em que arquitetos e urbanistas aderem a essa linha de pensamento mais
sustentável que veio crescendo durante anos e revelam o conceito de urbanismo sustentável.
(BRANDÃO; CRESPO, 2016)
5
Farr (2013) define urbanismo sustentável como “aquele com um bom sistema de
transporte público e com a possibilidade de deslocamento a pé integrado com edificações e
infraestrutura de alto desempenho”(p. 28). O autor afirma que os valores centrais do
urbanismo sustentável são a densidade e a biofilia (acesso humano à natureza).
A biofilia, como já mencionada antes, é a necessidade do homem de se conectar com a
natureza. “Para os seres humanos, os benefícios passivos da luz natural do dia e do ar fresco
dentro de ambientes fechados são praticamente desprezíveis quando comparados à
realização de estratégias para uma vida ativa na rua”. (FARR, 2013, p. 37)
Tanto as preocupações com o meio ambiente quanto com os seres humanos
impulsionaram a formulação do conceito da infraestrutura verde. A atenção para a inter-relação
cidade-natureza foi aumentando e alterando o seu foco de atuação, na medida em que a
percepção ambiental e os conhecimentos dela decorrentes foram evoluindo. Assim, a
infraestrutura verde vem como instrumento para guiar o desenvolvimento das cidades e a
conservação da natureza de forma simultânea. (BENEDICT; MCMAHON, 2006)
Admite-se que as áreas verdes possuem numerosos usos e funções no ambiente
urbano. O uso arquitetônico e estético da vegetação nas paisagens ou estruturas urbanas é
óbvio mesmo para observadores casuais. Miller (1988) afirmou que essas áreas têm a
capacidade, em quantidade substancial, de modificar microclimas urbanos e afetar o conforto
humano.
A presença da vegetação contribui para a conservação da umidade no solo e no
microclima. Segundo Llandert (1982), a evaporação embaixo da copa das árvores pode ser até
dez vezes menor que em campo aberto. Através da regulação higrométrica – emissão de vapor
da água através das superfícies foliares – a vegetação é capaz de combater a aridez do clima
urbano. Outro aspecto positivo da vegetação são os benefícios da cobertura vegetal na
temperatura do ar e na economia do consumo de energia. Segundo Akbari & Taha (1992) “as
medidas em campo constatam que as proteções vegetais, árvores e trepadeiras, plantadas
estrategicamente ao lado dos edifícios, podem reduzir os gastos com condicionamento de ar no
verão entre 20 e 35%”. (ABREU, 2008)
6
1.2 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é apresentar um método de pesquisa de campo aplicado ao
conceito de Infraestrutura Verde. A partir de uma caracterização das espécies arbóreas
presentes na área de estudo, analisa seus reflexos no ambiente urbano sob o ponto de vista da
adaptação e adequação, mais especificamente no bairro do Humaitá na cidade do Rio de
Janeiro.
Além disso, o trabalho introduz um método de medição de fatores climáticos com o
objetivo de relacionar a vegetação a mudanças climáticas e conforto térmico.
1.3 JUSTIFICATIVA
O crescimento desordenado das cidades traz diversos malefícios aos ecossistemas
urbanos. Cada vez mais há um aumento na demanda por serviços e estruturas que tragam
conforto físico, mental e espiritual aos seus habitantes.
A infraestrutura verde proporciona, através de seus elementos, condições de
transformação de áreas urbanizadas e pouco verdes, em áreas com uma cobertura vegetal
maior, que garantem uma série de condições favoráveis de ordem ambiental, social e
econômica.
O planejamento e a elaboração de uma rede de infraestrutura verde são tarefas
multidisciplinares que devem envolver profissionais de diversas áreas. Profissionais engajados
com a questão ambiental, como, por exemplo, o engenheiro civil, devem estar aptos a planejar
e projetar estruturas e a mitigar os impactos socioambientais urbanos nos locais que irão
contemplar a rede de infraestrutura verde. O que se espera desta rede ecológica é a
reestruturação da paisagem tornando os ambientes urbanos mais sustentáveis e resilientes,
em uma relação na qual tanto o ser humano como o meio ambiente podem desfrutar
igualmente dos benefícios gerados.
7
1.4 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para desenvolver este trabalho baseou-se em uma pesquisa
bibliográfica sobre infraestrutura verde com enfoque em termos e palavras-chave como:
infraestrutura verde, mudanças climáticas, sustentabilidade, inventário botânico, ecologia,
valoração de espécies, entre outros.
Através de uma revisão bibliográfica sobre infraestrutura verde e de uma proposta de
estudo prático, objetiva-se criar relações entre a aplicação de infraestrutura verde em ambiente
urbano e seus impactos nos confortos térmico e ambiental.
A primeira etapa do estudo prático se constitui na realização de um inventário botânico
da Rua David Campista, bem como o planejamento e a marcação de diversas estações para
que sejam realizadas medições periódicas de fatores climáticos sempre nos mesmos locais e
mesmos horários (ou horários bem próximos). As informações contidas no inventário botânico
são: rua, número da árvore ou arbusto, espécie, nome popular, família, altura aproximada,
perímetro do tronco, inclinação, diâmetro da copa, idade aproximada e condições físicas da
árvore em questão.
A segunda etapa contempla um método de avaliação dos exemplares arbóreos
presentes no inventário botânico sob os pontos de vista de adaptação e adequação de árvores
no meio urbano. A partir das informações individuais de cada árvore coletadas para inventário,
criou-se um modelo de pontuação com parâmetros previamente estabelecidos. Por final foram
feitas análises quanto à adaptação e adequação da vegetação presente na área de estudo.
8
1.5 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS
O trabalho está estruturado em quatro capítulos, desde a apresentação do tema em um
referencial teórico, até as sugestões para pesquisas futuras, apresentadas no último capítulo.
Além destes, há ainda a parte das referências bibliográficas e referências eletrônicas.
No primeiro capítulo apresenta-se o tema da pesquisa, relacionando-o com os conceitos
de ambiente natural e ambiente construído, além do conceito de sustentabilidade urbana. Em
seguida, apresenta-se o objetivo que se pretende alcançar, a justificativa que leva ao
desenvolvimento do trabalho, a metodologia aplicada e a descrição dos capítulos.
O segundo capítulo discorre sobre a infraestrutura verde, define seu conceito, apresenta
um histórico mais detalhado de sua aplicação, relaciona vegetação e parâmetros climáticos,
apresenta o método de estudo prático no qual foram realizados um inventário botânico e uma
avaliação qualitativa das espécies vegetais. Além disso, apresenta equipamentos utilizados
para aferição de parâmetros climáticos e suas respectivas variáveis.
O estudo prático, que está no terceiro capítulo, exibe o inventário botânico da Rua
David Campista, os perfis característicos da vegetação, fotos das espécies e ainda uma análise
qualitativa das mesmas com o objetivo de classificá-las em função do seu grau de adaptação
ao ambiente urbano.
No quarto capítulo estão as considerações finais e sugestões para futuras pesquisas
utilizando o tema deste trabalho, que é a aplicação do conceito de Infraestrutura Verde visando
o equilíbrio dos ecossistemas no ambiente urbano.
Adicionalmente, a monografia é complementada por um apêndice e referências
bibliográficas e eletrônicas.
9
2. INFRAESTRUTURA VERDE
2.1 REFERÊNCIAS HISTÓRICAS E ORIGEM DO CONCEITO DE INFRAESTRUTURA
VERDE
Os primeiros registros de edificações com coberturas vegetais datam de 2500 anos
antes da era cristã com os antigos templos na antiga Mesopotâmia, atual Iraque, conhecidos
como Zigurates (ilustrado na figura 2), que em formato escalonado possibilitavam a aplicação
de vegetação em diferentes níveis (OSMUNDSON, 1999; DUNNET & KINGBURY, 2004 apud
ROLA, 2008).
Figura 2: Torre Zigurate
Fonte: ( http://conradopaisagismo.com.br, 2016)
Os Romanos e os Vikings são outros exemplos de civilizações antigas que viviam em
contato com a natureza. Há registros, na história destas civilizações, de mimetizações de
estruturas da natureza dentro do ambiente construído, como por exemplo, coberturas verdes.
(PARIZZOTO, 2010) Com a finalidade de proteger suas casas das chuvas e ventos, os vikings
plantavam camadas de gramado na cobertura das construções. (ALMEIDA, 2008).
Considerados entre as sete maravilhas do mundo antigo, os Jardins Suspensos da
Babilônia (figura 3) são o exemplo mais espetacular e difundido historicamente (ROLA, 2008).
10
Os jardins, provavelmente construídos durante a reconstrução da Babilônia, por volta de 500
a.C., foram presumidamente erguidos por ordem do rei Nabucodonosor II para agradar e
consolar a rainha Amytis, que se encontrava acometida pela saudade das paisagens
montanhosas e verdejantes de sua terra natal, a Média (antiga Pérsia) (OSMUNDSON, 1999 e
KRYSTEK, 1998 apud ROLA, 2008).
Figura 3: Jardins Suspensos da Bailônia
Fonte: (http://conradopaisagismo.com.br, 2016)
Eram compostos por cerca de seis terraços construídos como andares, dando a ideia
de serem elevadiços – ou suspensos, como o próprio nome sugere. Os andares tinham cerca
de 120 m², apoiados por gigantes colunas que chegavam a medir até 100 metros.
Cada superfície era adornada com jardins botânicos que continham inúmeras árvores
frutíferas, esculturas dos deuses cultuados pelos acádios e cascatas, situadas em uma planície
retangular.
11
Para preservar a beleza dos Jardins Suspensos, escravos mantinham o sistema de
roldanas e baldes para encher as cascatas e piscinas, distribuindo toda a irrigação para as
superfícies do local.
As áreas ajardinadas urbanas na Europa só reapareceram com a expansão da
dominação árabe, particularmente no sul da península ibérica. Os jardins de Alhambra (figura
4) em Granada e do palácio do Califa (figura 4) em Sevilha, ambos na Espanha, ainda
conservados como monumentos, são excelentes exemplares de áreas verdes construídas
nesta época.
(a) (b)
Figura 4: Jardins de Alhambra (a) e do Palácio Califa (b)
Fonte: ( http://conradopaisagismo.com.br, 2016)
Paralelamente à Ásia e Europa, as civilizações pré-colombianas da América também
criaram áreas ajardinadas. As civilizações Asteca e Inca deixaram excelentes exemplos dessas
práticas. Machu Picchu, localizada nos Andes peruanos apresenta um terreno trabalhado em
terraços em patamares sucessivos plantados.
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A partir da segunda metade do século XIX, surgiram as primeiras ideias sobre a inter-
relação cidade-natureza, as quais eram voltadas para preservação da natureza frente ao
desenvolvimento das cidades.
Um marco destas primeiras ideias foi a criação do primeiro parque nacional do mundo
nos Estados Unidos, em 1872, o Yellowstone (figura 5).
Figura 5: Parque Yellowstone
Fonte: (http://conradopaisagismo.com.br, 2016)
Frederick Law Olmsted foi o primeiro arquiteto-paisagista a lançar bases para o
planejamento ecológico da paisagem. Responsável pelo plano Emerald Necklace (figura 6), de
Boston, tinha uma visão sistêmica das complexas funções e processos naturais que ocorrem
na paisagem urbana. Olmsted considerava que, para as pessoas serem saudáveis física e
mentalmente, elas precisavam desfrutar da natureza diariamente. Ele foi o responsável por
projetos pioneiros de parques que tinham o objetivo de conservar áreas naturais e recuperar a
qualidade de vida urbana. O seu mais conhecido projeto, é o Central Park (figura 7), com 3,5
milhões de metros quadrados, com inúmeros ambientes paisagísticos, localizado no coração
de Manhattan, Nova Iorque. O sucesso deste parque é tão grande que as pessoas acreditam
13
se tratar de uma paisagem natural, quando na verdade foi inteiramente projetado (HERZOG,
2013)
Figura 6: Emerald Necklace Park, Boston
Fonte: (http://love2fly.iberia.com, 2016)
Figura 7: Central Park, Nova Iorque
Fonte: (http://fodors.com, 2016)
O termo “infraestrutura verde” foi usado pela primeira vez, em 1994, na Flórida, em um
relatório dirigido ao governo americano sobre estratégias de conservação do meio ambiente,
14
cuja intenção era refletir a noção de que os sistemas naturais são tão ou mais importantes que
os componentes da infraestrutura convencional (cinza) ao funcionamento e desenvolvimento de
uma comunidade. Da mesma forma como se faz necessário o planejamento da infraestrutura
cinza, a ideia de também se planejar para conservar ou restaurar os recursos naturais (planejar
uma infraestrutura verde), dá visibilidade à sua importância no desenvolvimento das cidades.
(FIREHOCK, 2010)
A introdução da natureza nas cidades e pelos seus respectivos planos foi se dando de
forma diferenciada ao longo do tempo. Os planos urbanos do final do século XIX até a década
de 1970, como o Plano de Abercrombie para a Grande Londres (1943), o Copenhagen Finger
Plan (1947) e o Plano Regional de Estocolmo (1967), já traziam o espaço verde como elemento
estruturador do espaço urbano, seja na forma de “cinturões verdes”, “dedos verdes” ou
parkways. Contudo, a preocupação dos planos girava apenas em torno da introdução da
natureza na cidade como meio de oferecê-la para o desfrute coletivo e para atender aos
objetivos de embelezamento. (TARDIN,2008)
Somente na década de 1970, com os problemas decorrentes do rápido crescimento das
cidades, como perda da qualidade de vida, degradação dos espaços livres e a dispersão
urbana pelo território, foi que começou a se introduzir a preocupação de cunho ecológico aos
planos urbanos. A partir de então, a cidade deixa de ser apenas uma questão social e passa a
incorporar a questão ambiental. A sociedade deixa de ser objeto central da ação e passa a
estar inserida na caracterização da natureza, em um sistema global. Um marco na introdução
da preocupação com a ecologia no planejamento urbano é a publicação do urbanista e
paisagista Ian McHarg “Design With Nature”, em 1969, na qual defende a análise dos aspectos
abióticos, bióticos e culturais como a base do planejamento urbano. (TARDIN, 2008; HERZOG,
2009)
No Brasil, um grande exemplo de recuperação ambiental do século XIX é o que hoje
chamam de Floresta da Tijuca, protegida pelo Parque Nacional da Tijuca, localizada no
município do Rio de Janeiro. As florestas do maciço da Tijuca tinham sido quase totalmente
eliminadas para o cultivo de café. Com o objetivo de combater as secas severas que
ocorreriam na época, o imperador D. Pedro II determinou que replantassem a mata para
restaurar as fontes de água, regular o clima e oferecer lazer aos moradores da cidade
(HERZOG, 2013).
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Na década de 1920 foi contratado um Plano Urbanístico para a cidade do Rio de
Janeiro, realizado pelo urbanista francês Alfred Agache e sua equipe. Foi inovador na sua
proposta de organização e distribuição de espaços livres. Considerava a configuração natural
da cidade favorável à criação de jardins públicos, avenidas arborizadas e parques, e propunha
a incorporação das matas e reservas arborizadas, conservadas no seu estado natural, dentro
deste sistema. (Oliveira, 2009). O Plano, proposto para ser implantado em longo prazo, foi
abandonado gradativamente, e não resultou em práticas objetivas para a arborização urbana.
A inauguração do Parque do Flamengo (figura 8) em 1965, com projeto paisagístico de
Roberto Burle Marx, reafirmou a sua maneira inovadora de criar paisagens nos espaços
públicos, pelas modernas formas abstratas e pela utilização de vegetação diversificada, com
muitas espécies nativas até então nunca utilizadas no paisagismo e que foram trazidas de
diversas regiões do Brasil. Somente no Parque do Flamengo foram plantadas
aproximadamente 228 espécies de árvores e palmeiras (Mello Filho et al., 1993)
Figura 8: Parque do Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro
Fonte: (http:// congressointernacionaldegestaltterapia.com, 2016)
O crescimento da cidade se intensificou rapidamente, estimulada pela vitalidade
econômica e progressista das décadas de 1960 e 1970. O solo foi sendo paulatinamente
16
impermeabilizado pelo crescimento desordenado das construções, de moradias, vias, avenidas
e viadutos, e a ocupação das encostas. A implantação da infraestrutura urbana e a construção
de loteamentos suprimiram expressiva vegetação existente, tanto nas áreas públicas quanto
nas privadas, nos terrenos baldios, quintais e jardins. A presença do automóvel foi crescente,
ocupando rapidamente cada vez mais espaços da cidade para estacionamento e na ampliação
e abertura de ruas e avenidas.
No Rio de Janeiro, nos anos 1990, foi realizado o Projeto Rio Cidade com o objetivo de
resgatar a integração do cidadão com o espaço de sua cidade. O Projeto visava restabelecer
os padrões de conforto, segurança e disciplina dos usuários através da renovação e ordenação
do mobiliário urbano, adaptação das calçadas aos portadores de necessidades especiais,
reformulação do sistema de iluminação e sinalização públicas, arborização, além de soluções
para os problemas de drenagem das águas pluviais e conversão das redes aéreas da Light e
da Telerj em subterrâneas (Oliveira, 2008). Foi implantado em vários bairros, nos seus
principais eixos viários, onde a arborização teve papel relevante, com plantio de mais de
12.000 árvores.
No final da década de 1990 outras intervenções urbanas foram realizadas na cidade,
como a implantação da Linha Amarela, via expressa que liga a zona norte e zona oeste da
cidade. Neste projeto foi previsto o plantio de 25 mil árvores.
No período atual outras vias estão em implantação, com destaque para a Transoeste e
Transcarioca1, ambas também com plantios de árvores inseridos no contexto das obras.
2.2 DEFINIÇÃO DO CONCEITO DE INFRAESTRUTURA VERDE
Para Benedict e McMahon (2006), a infraestrutura verde é uma rede de espaços verdes
interligados, a qual conserva os valores e funções dos ecossistemas naturais e, ao mesmo
tempo, oferece benefícios para os seres humanos. Os autores a definem ainda como uma
estrutura ecológica necessária para a sustentabilidade ambiental, social e econômica, sendo a
17
infraestrutura verde um sistema de sustentação da vida natural, que contribui para a saúde e
qualidade de vida das pessoas. Segundo eles, os elementos de uma rede de infraestrutura
verde devem ser protegidos em longo prazo e para isso é necessário planejamento, gestão e
compromisso contínuos.
A infraestrutura verde pode ser definida como uma rede interconectada
estrategicamente planejada e gerida de áreas naturais, paisagens rurais e outras áreas livres
que conserva os valores e funções dos ecossistemas naturais, mantêm o ar e a água limpos, e
proporciona um grande leque de benefícios para o homem e a vida silvestre. (BENEDICT;
MCMAHON, 2006; www.greeninfrastructure.net)
Herzog (2013) fundamenta o conceito através de uma visão holística e sistêmica: “A
infraestrutura verde é uma rede ecológica urbana que reestrutura a paisagem, mimetiza os
processos naturais de modo a manter ou restaurar as funções do ecossistema urbano,
oferecendo serviços ecossistêmicos no local. [...] Este tipo de infraestrutura tem como meta
tornar os ambientes urbanos mais sustentáveis e resilientes por meio da interação cotidiana
das pessoas com a natureza em espaços onde ambas tenham total prioridade” (HERZOG,
2013, p.111)
2.3 VEGETAÇÃO URBANA E PARÂMETROS CLIMÁTICOS
Dentro do contexto urbano, o destino de uso das áreas verdes está diretamente
relacionado as funções que elas cumprem, se ecológicas, científicas, econômicas, sociais ou
políticas. Portanto, no planejamento de áreas verdes a primeira etapa é a definição de objetivos
e metas que orientem as ações a ser implantadas, esclarecendo as funções e destino de tais
áreas (SOUZA, 1990; CAVALHEIRO, 1995 apud MORERO, 1996).
Segundo Kowaltowski (1989), essas áreas devem cumprir funções básicas como:
controlar as densidades urbanas através da reserva adequada de áreas verdes, atender a
demanda de atividades de lazer, contribuir para a estética urbana, melhorar a estética do
sistema viário, atender necessidades psicológicas, melhorar o clima local, diminuir os níveis
prejudiciais da poluição do ar, diminuir partículas de pó em suspensão, diminuir ruídos urbanos,
proteger encostas e margens de rios, melhorar a absorção das águas pluviais e proteger os
mananciais. (MORERO, 1996)
18
O processo de implantação da infraestrutura verde ajuda a identificar e a priorizar as
oportunidades de conservação e a planejar o desenvolvimento de forma a otimizar o uso da
terra, buscando atender as necessidades das pessoas e da natureza. “Um plano de
infraestrutura verde pode identificar previamente terras importantes para ações futuras de
conservação e restauração além de ajudar a direcionar e localizar áreas para
desenvolvimento.” (BENEDICT; MCMAHON, 2006)
A infraestrutura verde contribui para a adaptação às alterações climáticas e reduz a
vulnerabilidade da ocorrência de catástrofes naturais. Coloca a conservação da biodiversidade
num contexto político mais vasto, integrando ambiente natural e ambiente construído. Os
objetivos primários da conservação da natureza são alcançados em estreita harmonia com
outros objetivos de uso do solo relacionados, por exemplo, com a agricultura, a silvicultura, o
lazer e recreio e a adaptação às alterações climáticas.
A vegetação, em escala urbana, contribui de forma significativa ao estabelecimento dos
microclimas. O próprio processo de fotossíntese auxilia na umidificação do ar através do vapor
d’água que libera. Em geral, a vegetação tende a estabilizar os efeitos do clima sobre seus
arredores imediatos, reduzindo os extremos ambientais. (ROMERO, 2000)
As árvores contribuem significativamente para mitigar o efeito estufa, para conservar a
energia e podem fornecer proteção solar às casas individuais, enquanto a evapotranspiração
pode reduzir as temperaturas urbanas. Da mesma forma, absorvem o som e absorvem a água
das chuvas, filtram poluentes, reduzem a velocidade do ar e estabilizam o solo ao impedir
erosão. (ABREU, 2008)
Um espaço plantado pode absorver maior quantidade de radiação solar e, por sua vez,
irradiar uma quantidade menor de calor que qualquer superfície construída, uma vez que
grande parte da energia absorvida pelas folhas é utilizada para seu processo metabólico,
enquanto em outros materiais toda a energia absorvida é transformada em calor. (ROMERO,
2000)
lzard e Guyot (1980) falam do efeito produzido pela folhagem de uma árvore sob a
superfície que se encontra imediatamente debaixo dela. Esta folhagem “cria uma espécie de
19
céu’ e sua temperatura radiante é mais elevada que a abóbada celeste, o que permite uma
diminuição da emissão de radiação infravermelha da superfície terrestre” (Figura 9).
Figura 9: Efeito regulador da Vegetação em radiações de grande comprimento de onda
Fonte: (ROMERO, 2000)
O sol, como se viu, ilumina de forma desigual as várias partes da superfície da terra.
Esse fato, associado aos diferentes coeficientes de absorção da radiação solar dos diferentes
tipos de solos e águas da superfície da terra, ocasiona uma desigual distribuição da energia
solar, cujos efeitos são o aparecimento dos movimentos de massa de ar e de águas (correntes
marinhas) e as trocas de matéria e energia entre o ar, o mar e a terra (por exemplo, a
evaporação da água dos mares, as chuvas, etc).
A evapotranspiração é definida como a perda de água para atmosfera através da
evaporação e da transpiração. Este é o mecanismo mais eficiente, através do qual a vegetação
contribui para redução das temperaturas urbanas. O valor da redução da temperatura está
relacionado ao equilíbrio de energia total da área, caracterizado pelo fluxo de calor sensível e
20
fluxo de calor latente. A transferência de energia por calor latente é muito alta, o que permite
que as mesmas colaborem com redução de temperatura em seu entorno. (SANTAMOURIS,
2001)
O aumento da umidade é relatado em diversos estudos (FONTES e DELBIN, 2011;
LIMA e ROMERO, 2005; TORRES, PASSOS e BARBIRATO, 2005) que comparam áreas não
vegetadas com áreas que utilizam vegetação.
A umidade absoluta varia enormemente de acordo com o lugar e está sujeita às
mudanças das estações, sendo maiores no verão que no inverno.
A umidade relativa varia nas diferentes horas do dia e épocas do ano, mesmo quando a
pressão de vapor permanece constante. Isto ocorre devido às mudanças diurnas e anuais na
temperatura do ar, que determinam a capacidade potencial do ar em conter determinada
quantidade de vapor d’água.
Nas regiões em que são grandes as variações diárias de temperatura (regiões secas e
semi-secas), encontram-se também grandes variações na umidade relativa e valores muito
baixos no inicio da tarde, quando a temperatura está alta, e valores mais altos à noite, podendo
o ar ficar saturado, mesmo quando a pressão de vapor for baixa, especialmente quando a
temperatura do ar cai muito.
Em função das estações, a umidade absoluta do ar (quantidade de vapor de
água/volume) diminui, em geral, na estação fria e aumenta na estação quente.
Recentes estudos vêm comparando a temperatura do ar na camada intraurbana com a
influência dos parâmetros urbanísticos, tais como a vegetação, com o cálculo do fator de
extensão do céu para identificar a dimensão dos sombreamentos (FARIA et al., 2004).
Cunha et al. (2005) avaliam o desempenho do paisagismo, com ênfase no
sombreamento arbóreo dos espaços do estacionamento do Campus da UFRN (Universidade
Federal do Rio Grande do Norte), baseado em simulação computacional. Nesse estudo, o
programa desenvolveu máscaras de sombra em quatro pontos do estacionamento e pode-se
21
verificar o lugar mais beneficiado com a sombra do agrupamento de três espécies arbóreas.
(ABREU, 2008)
Vasconcellos & Reis-Alves (2005) e Vasconcellos & Corobella (2007) destacam a
importância da vegetação no bioclimatismo através de uma análise bioclimática em praças do
Rio de Janeiro, destacando a radiação solar e o fator visão do céu do entorno. Foi constatado
que a qualidade dos espaços aumenta em relação à área sombreada, pois protege os usuários
dos efeitos negativos do clima e reduz a sua exposição à radiação solar direta, a temperatura
do ambiente e o ofuscamento causado pelas superfícies dos materiais de revestimento.
(ABREU, 2008)
Giridharan et al. (2006) realizaram uma pesquisa sobre a influência da vegetação na
temperatura do ar em 8 locais públicos e 9 locais privados na região costeira de Hong Kong
sob influência da vegetação. Os pesquisadores compararam a intensidade das ilhas de calor
com altura da vegetação presente num raio entre 15m a 17,5m em dias nublados e claros
durante o verão. Através de fotos com lente Eye-fish (olho de peixe), foram obtidos o fator de
visão do céu, a porcentagem de vegetação, acima de 1m e abaixo de 1m, e a altura dos
edifícios presente em cada ponto de medição. Essa pesquisa mostra que em locais abertos, a
vegetação acima de 1m tem maior capacidade de redução da temperatura, cerca 1ºC a 0,5ºC,
amenizando o efeito das ilhas de calor em dias ensolarados no verão, mas em locais com mais
edifícios, esse fenômeno não ocorre da mesma forma. Nesse caso, a inserção da vegetação
em bairros de alta densidade deve ser cuidadosa para um melhor aproveitamento dos
benefícios da vegetação. Nesse caso, a redução da temperatura dependerá de variáveis locais,
tais como a altitude do local e fator de visão do céu (IAF). (ABREU, 2008)
22
2.4 METODOLOGIA DO ESTUDO PRÁTICO
2.4.1 SELEÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Para realização de um bom levantamento, o primeiro passo é definir a área a ser
estudada, de modo que esta seja representativa e permita atender aos objetivos propostos por
cada estudo. Definida a área, torna-se necessário estabelecer a época e o horário em que
serão feitas as expedições de campo, que dependerá por sua vez da fisionomia da vegetação.
Evitar períodos de chuvas, optar por trabalhos de coletas e medições no período da manhã, e
por coletar em estações como primavera-verão, apesar de na maioria das vezes ser necessário
o monitoramento de alguns indivíduos ao longo do ano, para obter material representativo.
Para Rossi (2010) na estrutura espacial ou paisagem urbana, a morfologia deve ser
vista sob três escalas: de cidade, bairro e rua.
Zhao (2010) considera que ao analisarmos o espaço na escala do bairro temos
conjuntos de características comuns, tanto naturais como relevo e espécies arbóreas, quanto
construtivas, como tamanho de edificações e parâmetros construtivos estabelecidos por
normas.
A escala do bairro estabelece um contexto imediato para aqueles que moram na cidade.
Um contexto de bairro forte, muitas vezes evidenciado pelas particularidades da quadra e da
rua, inclui e expressa a grande complexidade da vida cotidiana. (WALL e WATERMAN, 2012,
p.50).
O método de pesquisa faz análises paralelas em escala de bairro, onde os elementos
morfológicos constituintes são: ruas, praça, quarteirões, eventuais jardins, etc, bem como na
escala de rua, onde os elementos analisados são: árvores, edifícios, traçados e estruturas
verdes.
Um método recorrente de aferição de fatores climáticos é a marcação de estações no
interior da área de estudo. A fim de obter resultados distintos entres os pontos, recomenda-se
um espaçamento de aproximadamente 50 m de distância entre estações consecutivas.
23
2.4.2 CARACTERIZAÇÃO DAS ESPÉCIES DA REDE DE INFRAESTRUTURA VERDE
2.4.2.1 INVENTÁRIO BOTÂNICO
O inventário botânico consiste em um fichamento individual (figura 10) das espécies
existentes na área predeterminada, considerando a sua identificação, locação, aspectos da
fitopatologia de cada indivíduo arbóreo, além da avaliação dos seus aspectos físicos,
ecológicos, de trato cultural e comportamental.
Figura 10: Exemplo de ficha individual de espécie de árvore de um inventário botânico Fonte: (fernandoacylino.arq.br, 2016)
Adicionalmente identificam-se as espécies existentes na região pesquisada por meio
de registro fotográfico específico (figuras 11 e 12).
24
Figura 11: Foto de árvore de Araçá Fonte: (http://fernandoacylino.arq.br, 2016)
Figura 12: Foto de árvore de Cássia Amarela Fonte: (http://fernandoacylino.arq.br, 2016)
25
2.2.4.2 PERFIS ESQUEMÁTICOS E FOTOS DAS ESPÉCIES
Além do fichamento, a caracterização das espécies da rede contempla representações
esquemáticas em formas de perfis longitudinais (figura 13) e transversais (figura 14) do local,
com representação das árvores.
Figura 13: Representação esquemática de Perfil Longitudinal de Inventário Botânico Fonte: Notas de aula do Professor Agostinho Lopes de Souza, DEF/UFV
Figura 14: Representação esquemática de Perfil Transversal de Inventário Botânico Fonte: autor (2016)
26
2.4.2.3 INDICADORES QUALITATIVOS
Na década de 60 iniciaram os primeiros estudos para quantificar e valorar as árvores
urbanas, principalmente no sentido de quantificar os benefícios advindos desse sistema
ambiental, o que levou ao desenvolvimento dos modelos americanos, sendo o primeiro modelo
estruturado a partir do Projeto Climático da Floresta Urbana de Chicago em 1994, que visou
apoiar as entidades responsáveis pelo planejamento e gestão do patrimônio arbóreo da cidade
a aumentarem as verbas destinadas para a floresta urbana. (SILVA FILHO; TOSETTI, 2011)
A valoração das árvores é mais uma ferramenta para auxiliar nas estratégias de
conservação e manejo dos indivíduos arbóreos localizados em áreas públicas, uma vez que
esse valor é calculado a partir dos dados qualitativos e quantitativos dos próprios indivíduos.
De forma análoga ao trabalho desenvolvido por Silva Filho e Tosetti (2011), tendo por base o
Parque do Ibirapuera em São Paulo, o presente estudo aborda e separa parâmetros
qualitativos da vegetação encontrada na área analisada em 3 categorias: Identidade,
Comportamento e Fitopatologia.
A categoria de Identidade contempla os itens: Altura, Perímetro do Tronco, Origem,
Ocorrência e Idade da Planta. Os itens desta categoria estão descritos e possuem faixas de
valor avaliativo devidamente especificadas no quadro 1.
Quadro 1
Fonte: autor (2016)
27
A categoria de Comportamento contempla os itens: Prumo, Gola e Raízes, Equilíbrio da
Copa e Conflitos. Os itens desta categoria estão descritos e possuem faixas de valor avaliativo
devidamente especificadas no quadro 2.
Quadro 2
(Fonte: autor, 2016)
A categoria de Fitopatologia contempla os itens: Pragas e Parasitas, Presença de
Ramos Mortos, Condição da Casca do Tronco e Presença de Feridas e Podas. Os itens desta
categoria estão descritos e possuem faixas de valor avaliativo devidamente especificadas no
quadro 3.
Quadro 3
(Fonte: autor, 2016)
A determinação da faixa de notas baseia-se na importância de cada quesito dentro de
sua categoria e na quantidade de padrões característicos diferentes que foram encontrados
28
para cada um deles. Como exemplo: na pesquisa de campo foram consideradas 4 faixas de
Idade (25% da vida estimada da árvore, 50%,75% e 100%, respectivamente). Uma
preocupação adicional foi manter os pesos das categorias (maiores somas possíveis de nota
atribuíveis à Identidade, Comportamento e Fitopatologia) com valores próximos entre si, a fim
de equilibrar a importância das mesmas.
Vale ressaltar que na categoria Identidade não há a possibilidade de nota zero para
nenhum quesito (com exceção da Origem), uma vez que os aspectos avaliados são
características existenciais de cada árvore. No caso da Origem, optou-se pelo método de
avaliação total ou zerada por ser um quesito no qual só há duas possibilidades de resultado
(Exótica ou Autóctone). Além disso, a origem é considerada pelo grupo a característica mais
importante da categoria e, por este motivo, tem o maior peso de nota (7,0).
As categorias de Comportamento e de Fitopatologia apresentam quesitos com
possibilidade de nota zerada, uma vez que foram encontrados padrões característicos
extremamente críticos, como por exemplo: alto grau de interferência dos ramos das árvores na
rede elétrica local. Estas duas categorias ilustram um pouco da ambientação de cada árvore e
seus impactos sofridos e causados no ambiente em questão.
2.4.3 MÉTODO DE MEDIÇÃO DE FATORES CLIMÁTICOS
A medição dos fatores climáticos leva em consideração as temperaturas do ar, do ponto
de orvalho e do bulbo úmido, além da aferição da umidade relativa do ar, da oscilação da
radiação solar e da luminância nos logradouros. Os equipamentos utilizados para realizar as
medições são ilustrados e explicados nos quadros 4, 5 e 6 respectivamente.
29
Quadro 4: Termo-Higrômetro
Fonte: autor (2016)
A utilização do Termo-Higrômetro para medições não necessita equipamentos de apoio.
As únicas precauções necessárias para que se obtenha boas amostras são: manter o aparelho
imóvel e esperar estabilização da medida a ser tirada.
30
Quadro 5: Luxímetro
Fonte: autor (2016)
O Luxímetro deve estar nivelado e imóvel para que a medida tirada seja representativa.
Para isso necessita-se de uma superfície plana para apoiar o aparelho, além de um
instrumento nivelador (Nível de Bolha é indicado) para garantir que os raios de sol incidam da
mesma forma em todas as medições.
31
Quadro 6: Radiômetro
Fonte: autor (2016)
Assim como o Luxímetro, o Radiômetro necessita estar imóvel e nivelado para que as
amostras sejam representativas. Portanto, um nível e uma superfície plana de apoio devem ser
utilizados nas medições.
As medidas devem ser tiradas de forma simultânea com todos os equipamentos, a fim
de coletar dados fiéis às localidades e aos horários em questão. O ideal é que pelo menos uma
pessoa opere um aparelho e uma pessoa que não esteja responsável por aparelhos faça as
anotações nas fichas e controle os horários (relógio é um equipamento de apoio fundamental).
Portanto, considera-se como número mínimo de integrantes para este tipo de pesquisa: 4
pessoas.
32
A ficha de medição de fatores climáticos (Figura 14) possui campos de preenchimento
para as seguintes informações: nome da rua, data, horário de aferição das medidas e espaços
vazios para os valores encontrados nas diferentes unidades.
Figura 14 - Exemplo de ficha de medição de fatores climáticos
Fonte: Autor (2016)
33
3. ESTUDO PRÁTICO: BAIRRO DO HUMAITÁ, RUA DAVID CAMPISTA, RIO DE JANEIRO
3.1 SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
3.1.1 CARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO DO HUMAITÁ
Humaitá é um bairro nobre localizado na cidade do Rio de Janeiro, capital do estado do
Rio de Janeiro, no Brasil. A caracterização do bairro do Humaitá foi feita com base nas
Estatísticas Municipais do Instituto Pereira Passos, disponíveis em:
<http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/>, acessadas em 08/2016 e no site
<http://www.portalgeo.rio.rj.gov.br/ >, acessado no mesmo período.
A morfologia do bairro é branda, com 13.285 moradores distribuídos em 6.827
domicílios segundo o Censo de 2010, em uma área de cerca de 105 ha. A paisagem construída
constitui-se basicamente por prédios de 8 a 10 andares (em média) e um bom número de
casas tradicionais, sendo algumas tombadas pelo patrimônio histórico. Os imóveis não
residenciais totalizam 351, distribuídos em sua maioria em lojas e salas.
A paisagem natural é constituída por uma parcela da Floresta da Tijuca (Mata Atlântica)
e o bairro faz fronteira com Botafogo, Lagoa, Jardim Botânico, Santa Teresa, Copacabana e
Alto da Boa Vista, além de ser delimitado pelos morros do Corcovado e da Saudade.
A distribuição das ruas é quase que na totalidade transversal à rua principal do bairro: a
Rua Humaitá. A partir desta nascem diversas ruas secundárias e em alguns casos aparecem
outras ruas menores derivando das segundas.
3.1.2 SETORIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo foi dividida em 6 setores: Largo dos Leões, parte da Rua Humaitá
(iniciando no Largo dos Leões e terminando na Rua Viúva Lacerda), Rua David Campista, Rua
Cesário Alvim, Rua João Afonso e Rua Viúva Lacerda. Esta divisão possibilitou uma dinâmica
de medição mais eficiente, afim de otimizar o processo de análise de dados. Foram criadas
fichas independentes para cada setor. A figura 17 ilustra a área de estudo mostrando um mapa
com os setores marcados em amarelo, e pontos verdes determinando as árvores e a Rua
David Campista em destaque.
34
Figura 17: Mapa da área de estudo
Fonte: Autor (2016)
3.1.3 PLANEJAMENTO E MARCAÇÃO DAS ESTAÇÕES DA RUA DAVID CAMPISTA
As estações da Rua David Campista foram determinadas partindo do início da
numeração da rua e distando de aproximadamente 50 m entre estações consecutivas. Foi
utilizada tinta Jet vermelha para marcá-las, sempre no meio fio da calçada ou junto à gola das
árvores. Um mapa representativo (figura 18) ilustra a Rua David Campista, mostrando as
árvores numeradas com números ímpares do lado esquerdo da rua e com números pares do
lado direito, além das estações marcadas com pontos vermelhos.
35
Figura 18 - Mapa da Rua David Campista com as estações marcadas e árvores representadas. Fonte: Autor (2016)
Além do parâmetro de distância entre estações, a configuração arbórea foi determinante
para escolher os pontos exatos de cada estação. A distância de 50 m é uma medida
aproximada e, como espera-se encontrar resultados que mostrem que a vegetação influencia
nos confortos térmico e ambiental, fez-se a opção por perfis de vegetação variados no âmbito
de porte e espécie arbórea. A construção de perfis transversais de cada estação ilustra esta
diferença.
As estações 1 e 5 apresentam maior quantidade de vegetação do que as estações 2 e
3, que por sua vez contam com maior presença de vegetação que a estação 4. Os perfis
transversais das estações podem ser visualizados em ilustrações.
(a) (b)
Figura 18: Estação 1 Fonte: Autor (2016
36
(a) (b)
Figura 19: Estação 2 Fonte: Autor (2016)
(a) (b) Figura 20: Estação 3 Fonte: Autor (2016)
37
(a) (b) Figura 21: Estação 4 Fonte: Autor (2016)
(a) (b)
Figura 22: Estação 5 Fonte: Autor (2016)
38
3.2 INVENTÁRIO BOTÂNICO DA RUA DAVID CAMPISTA
Inicialmente as árvores foram identificadas visualmente pelo grupo com auxílio de um
livro-catálogo de árvores e de um profissional especializado em botânica: o arquiteto paisagista
Fernando Acylino.
Com o intuito de caracterizar apenas as espécies presentes, foi desenvolvido um
fichário individual por espécie contendo as principais informações de identificação das mesmas.
A espécie, o nome popular, a família e a origem foram determinados através do livro-catálogo
"Árvores Brasileiras - Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil"
(LORENZI, 2002), de consulta à internet e de consulta ao especialista. As fichas de
identificação de espécie do inventário botânico encontram-se em sua totalidade no apêndice
deste trabalho. Pode-se ver um exemplo destas fichas na figura 23, onde é caracterizada a
espécie de nome vulgar Resedá.
Figura 23: Exemplo de ficha de espécie do inventário botânico Fonte: Autor (2016)
Existem 14 espécies distintas de árvore na Rua David Campista. Uma análise de
frequência (figura 24) ilustra o número de exemplares de cada espécie presente na rua .
39
Figura 24: Gráfico de frequência de espécies (nome vulgar) da Rua David Campista
Fonte: autor (2016)
A numeração das árvores foi estabelecida de acordo com o crescimento da numeração
das casas da rua e do sentido dos carros. Seguindo essa linha, na calçada ao lado leste do
sentido dos carros: árvores pares e, ao lado oeste do sentido dos carros, árvores ímpares.
As alturas quando menores do que 3,0 m foram medidas com trena e, acima deste
valor, realizadas por estimativa visual e comparativa com edificações e outras árvores.
A representação das árvores da Rua David Campista está ilustrada em forma de perfis
longitudinais (leste e oeste) de ambos os lados da rua, consoante figura 25.
40
Figura 25: Perfis longitudinais da rua David Campista
Fonte: autor (2016)
A lista completa de todos os exemplares da Rua David Campista pode ser vista na
tabela 1:
41
Tabela 1: Lista completa das árvores da Rua David Campista
LISTA DE EXEMPLARES VEGETAIS - RUA DAVID CAMPISTA
NOME VULGAR ESPÉCIE ALTURA FAMÍLIA
1-Resedá Largestroemia indica 2,5 m Lythraceae
2-Areca-bambú Dypsis lutescens 1,6 m Arecaceae (Palmae)
3-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima 6 m Fabaceae - Caesalpinioideae
4-Areca-bambú Dypsis lutescens 1,5 m Arecaceae (Palmae)
5-Quaresmeira Tibouchina granulosa 8 m Melastomaceae
6-Cássia amarela Senna siamea – (Lam.) H. S. Irwin & Barneby 15 - 20 m Fabaceae
7-Quaresmeira Tibouchina granulosa 7 - 9 m Melastomaceae
8-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 1,5 m Fabaceae - Caesalpinioideae
9-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 4 - 5 m Fabaceae - Caesalpinioideae
10-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 5 m Fabaceae - Caesalpinioideae
11-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 7 m Fabaceae - Caesalpinioideae
12-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 3 - 4 m Fabaceae - Caesalpinioideae
13-Quaresmeira Tibouchina granulosa 7 - 8 m Melastomaceae
14-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 3 - 4 m Fabaceae - Caesalpinioideae
15-Quaresmeira Tibouchina granulosa 7 - 8 m Melastomaceae
16-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 6 m Fabaceae - Caesalpinioideae
17-Espirradeira Nerium oleander (L.) 2,1 m Apocinaceae
18-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) SW. 4 -6 m Fabaceae - Caesalpinioideae
19-Quaresmeira Tibouchina sp 3,5 m Melastomaceae
20 A-Lima da Pérsia Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle 4 m Angiospermae - Rutaceae
20 B-Jasmim-Manga Plumeria rubra L. 3 m Apocinaceae
21-Quaresmeira Tibouchina granulosa 3,5 m Melastomaceae
22 A-Quaresmeira Tibouchina granulosa 4,5 m Melastomaceae
22 B-Palmeira-Latânica Livistona chinensis (jacq.) R. Br.
10 - 12 m Arecaceae (Palmae)
23-Areca -bambu Dypsis lutescens (H. wendl.) 4 - 5 m Arecaceae (Palmae)
24-Areca -bambu Dypsis lutescens (H. wendl.) 5 - 6 m Arecaceae (Palmae)
26-Areca -bambu Dypsis lutescens (H. wendl.) 4,5 m Arecaceae (Palmae)
28-Resedá Lagerstroemia indica L. 9 m Lythraceae
30-Flamboianzinho Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. 6 - 8 m Fabaceae - Caesalpinioideae
32-Palmeira Real Roystonea oleracea (jacq.) O.F.Cook 15 - 18 m Arecaceae
34-Pata de Vaca Bauhinia purpurea L. 13 - 15 m Fabaceae - Caesalpinioideae
36-Resedá Lagerstroemia indica L. 5 m Lythraceae
38-Pata de Vaca Lilás
Bauhinia variegata L. var. candida Roxb. 7 - 8 m Caesalpinioideae
40-Babosa Branca Cordia superba Cham. 2,5 m Boraginaceae
42-Ficus-Benjamina Ficus Benjamina L. 20 - 25 m Moraceae
Fonte: autor (2016)
42
O perímetro do tronco de cada árvore foi medido com trena a uma altura de
aproximadamente 1,5 m do nível do solo. A inclinação das árvores bem como o quadrante do
tronco foram determinados por meio do aplicativo de celular " Bubble Level " a uma faixa de
altura aproximada de 1,0 a 1,5 m do nível do solo. Os diâmetros das copas foram medidos com
passos dos alunos do grupo e convertidos em distância, considerando um passo médio de 70
cm. As idades aproximadas das árvores foram determinadas por estimativas feitas pelo
especialista, levando em consideração a espessura do tronco, a altura da árvore, a espécie e
as condições físicas. As fotos foram tiradas por membros do grupo com os próprios celulares e
visaram: folhas, tronco, presença de patologias. As condições físicas das árvores foram
tomadas pelos alunos do grupo sob a supervisão e coordenação do especialista. O foco das
condições foi: saúde da árvore, presença ou não de parasitas (epífitas em geral) ou outras
espécies vegetais, copa equilibrada ou não, presença ou não de injúrias mecânicas ou ataques
de insetos, condições da gola e do canteiro, direção da inclinação do tronco (quando existente),
condição das raízes, interferência da árvore em estruturas vizinhas e necessidade de
manutenção.
As informações coletadas foram transferidas para as fichas individuais de cada árvore.
Além disso, houve coleta de material (folhas, flores e frutos).
As fichas de cada árvore possuem campos para serem preenchidos com as seguintes
informações: espécie, nome popular, família, altura, perímetro do tronco, inclinação e
quadrante do tronco, diâmetro da copa, idade aproximada e condições físicas da árvore.
Todos os parâmetros listados anteriormente podem ser vistos no exemplo de
reprodução de ficha de campo (figura 19) e as fichas se encontram na sua totalidade no
apêndice deste trabalho.
43
Figura 26: Exemplo de ficha individual de árvore do inventário botânico
Fonte: Autor (2016)
3.3 VALORAÇÃO DE ÁRVORES: PARÂMETROS QUALITATIVOS A partir dos parâmetros escolhidos para valorar as árvores, fez-se uma avaliação de
quesitos através de notas, conforme explicado anteriormente.
A avaliação dos quesitos possibilitou a realização de um somatório e a separação das
notas resultantes de cada árvore em cada uma das 3 categorias. Este processo serve para
analisar a performance de cada árvore dos pontos de vista de adaptação e adequação, ao
ambiente urbano em questão. Quanto mais alta a nota, melhor avaliada foi a árvore no quesito
(mesmo quando este representar algo negativo, como "Conflitos", por exemplo).
As notas atribuídas à categoria Identidade podem ser vistas na tabela 2.
44
Tabela 2: Avaliação dos quesitos da Categoria de Identidade
IDENTIDADE (1 - 4) (1 - 3) (0 / 7) (1 - 3) (1 - 4) (21)
Altura Perímetro Origem Ocorrência Idade TOTAL
1-Resedá 1.5 1 0 3 1 6.5
2-Areca-bambú 1 1 0 3 1 6
3-Flamboianzinho 4 3 0 3 4 14
4-Areca-bambú 1 1 0 3 1 6
5-Quaresmeira 3 3 7 3 4 20
6-Cássia amarela 4 3 0 3 4 14
7-Quaresmeira 4 2.5 7 3 4 20.5
8-Flamboianzinho 1 1 0 3 1 6
9-Flamboianzinho 2 2.5 0 2 3 9.5
10-Flamboianzinho 4 3 0 3 4 14
11-Flamboianzinho 4 3 0 3 4 14
12-Flamboianzinho 3 3 0 3 4 13
13-Quaresmeira 4 3 7 3 4 21
14-Flamboianzinho 2 1 0 3 3 9
15-Quaresmeira 4 3 7 3 4 21
16-Flamboianzinho 4 3 0 3 4 14
17-Espirradeira 1 3 0 1 4 9
18-Flamboianzinho 2 3 0 3 4 12
19-Quaresmeira 3 2 7 3 4 19
20 A-Lima da Pérsia 3 2 0 3 2 10
20 B-Jasmim- Manga 2 2 0 3 2 9
21-Quaresmeira 2 3 7 3 4 19
22 A-Quaresemeira 4 3 7 3 4 21
22 B-Palmeira-Latânica 4 3 0 2 4 13
23-Areca -Bambu 2.5 3 0 3 2 10.5
24-Areca -Bambu 3 3 0 3 3 12
26-Areca -Bambu 3 3 0 3 3 12
28-Resedá 4 3 0 3 4 14
30-Flamboianzinho 4 3 0 3 4 14
32-Palmeira Real 2 2 0 3 2 9
34-Pata de Vaca 4 3 0 2 4 13
36-Resedá 2.5 1 0 3 1.5 8
38-Unha de Vaca Lilás 2 2 0 2 2 8
40-Babosa Branca 1 1 7 3 1 13
42-Ficus-Benjamina 4 3 0 3 4 14 Fonte: autor (2016)
45
Para a Categoria de Identidade, o quesito considerado mais importante é a Origem.
Através de um gráfico (figura 39) pode-se perceber que aproximadamente apenas 1/4 das
árvores da Rua David Campista são autóctones, ou seja, nativas do Brasil.
Figura 40: gráfico de origem das espécies
Fonte: autor (2016)
O quesito Origem deve ser analisado como uma das prioridades ao selecionar uma
árvore para plantio. No caso da Rua David Campista, grande parte das árvores foi plantada por
moradores. Estes, em sua maioria, não possuem conhecimento algum sobre adaptação de
espécies arbóreas. Caso a população local fosse melhor instruída, não teria plantado a árvore
de número 17 (Nerium Oleander), de nome vulgar Espirradeira, que é uma espécie exótica e
venenosa.
As notas de Comportamento podem ser vistas na Tabela 3.
46
Tabela 3: Avaliação dos quesitos da Categoria de Comportamento
COMPORTAMENTO (0 - 5) (0 - 5) (0 -5) (0 - 5) (20)
Prumo Gola / Raízes
Copa / Equilíbrio
Conflitos (Redes / Edific.) TOTAL
1-Resedá 4 5 4 4 17
2-Areca-bambú 5 5 5 5 20
3-Flamboianzinho 5 4 5 1.5 15.5
4-Areca-bambú 5 5 5 5 20
5-Quaresmeira 4 4 2.5 0 10.5
6-Cássia amarela 1 0 1 3 5
7-Quaresmeira 1 5 1 1 8
8-Flamboianzinho 4 5 5 3 17
9-Flamboianzinho 5 5 4 2.5 16.5
10-Flamboianzinho 3 5 1 2 11
11-Flamboianzinho 5 5 4 1 15
12-Flamboianzinho 3 5 3 2 13
13-Quaresmeira 2 5 4 1 12
14-Flamboianzinho 4 5 5 3 17
15-Quaresmeira 1 0 5 0 6
16-Flamboianzinho 4 5 5 2 16
17-Espirradeira 5 5 5 2 17
18-Flamboianzinho 1 4 1 3 9
19-Quaresmeira 3 3 5 3 14
20 A-Lima da Pérsia 5 5 5 3 18
20 B-Jasmim- Manga 4 5 4 3.5 16.5
21-Quaresmeira 2.5 5 2.5 3 13
22 A-Quaresemeira 3 5 5 3 16
22 B-Palmeira-Latânica 3 5 5 5 18
23-Areca -Bambu 5 5 5 2 17
24-Areca -Bambu 5 5 5 5 20
26-Areca -Bambu 5 5 5 5 20
28-Resedá 5 3 5 5 18
30-Flamboianzinho 1 5 4 1 11
32-Palmeira Real 5 0 5 3 13
34-Pata de Vaca 2.5 5 1 2 10.5
36-Resedá 5 5 5 4 19
38-Unha de Vaca Lilás 2 5 1 3 11
40-Babosa Branca 5 5 5 5 20
42-Ficus-Benjamina 5 0 5 0 10 Fonte: autor (2016)
47
Na Categoria de Comportamento, o quesito mais relevante e importante é o referente a
conflitos, na medida em que reflete as interferências negativas reais e potenciais das árvores
no ambiente urbano, expondo os riscos a que estão submetidos os moradores por causa da
falta de planejamento e manutenção da implantação da vegetação. Apenas 7 árvores na rua
inteira apresentam nota máxima (5) em conflitos. Além disso, 3 árvores foram avaliadas com
nota zero e as outras 25 árvores apresentaram notas entre 1 e 4, demonstrando algum tipo de
conflito (figura 27).
Figura 27: gráfico representativo das notas de Conflitos
Um fator determinante para diminuir as notas das árvores de número ímpar em relação
às árvores de número par é a presença da rede aérea de instalações no lado oeste da rua
(figura 28).
48
Figura 28: exemplo de conflito de árvore com rede aérea de instalação Fonte: autor (2016)
No caso da Rua David Campista, o plantio de árvores no lado oeste da rua é
inadequado e extremamente perigoso. Além de conflitos reais, como o da figura 28, foram
pontuados conflitos potenciais, como pode-se ver na figura 29. No caso, os espinhos do tronco
do Flamboianzinho representam um potencial risco para seres humanos e animais.
Figura 29: exemplo de conflito potencial (espinhos)
Fonte: autor (2016)
Por fim, as notas de Fitopatologia foram registradas na Tabela 4.
49
Tabela 4: Avaliação dos quesitos da Categoria de Fitopatologia
FITOPATOLOGIA (0 - 5) (0 -5) (0 -5) (0 -3) (0 -5) (23)
Nutrição Parasitas Ramos
(mortos) Condições da casca Feridas /
Podas TOTAL
1-Resedá 2.5 4 5 3 3 17.5
2-Areca-bambú 3 5 5 3 5 21
3-Flamboianzinho 1.5 4 1 1.5 1 9
4-Areca-bambú 3 5 5 3 5 21
5-Quaresmeira 3 5 2 2.5 4 16.5
6-Cássia amarela 2 2.5 4 2 3 13.5
7-Quaresmeira 3 5 2 2.5 1 13.5
8-Flamboianzinho 3 5 5 2 2 17
9-Flamboianzinho 3 1 1 1 1 7
10-Flamboianzinho 2 5 2 2 1 12
11-Flamboianzinho 2.5 1 1 1 1 6.5
12-Flamboianzinho 2 5 3 2 2.5 14.5
13-Quaresmeira 2 1 2.5 1 2 8.5
14-Flamboianzinho 3 5 4 3 4 19
15-Quaresmeira 2.5 3.5 3 2 2.5 13.5
16-Flamboianzinho 2 5 2 3 1.5 13.5
17-Espirradeira 3 1 2.5 1.5 1 9
18-Flamboianzinho 1 2 1 1 1 6
19-Quaresmeira 2 2 2 1 1 8
20 A-Lima da Pérsia 3 2 5 3 5 18
20 B-Jasmim- Manga 3 3 5 3 4 18
21-Quaresmeira 3 1 1 1 1 7
22 A-Quaresemeira 2 5 1 1 1 10
22 B-Palmeira-Latânica 3 5 5 3 5 21
23-Areca -Bambu 3 5 5 3 2 18
24-Areca -Bambu 3 5 5 3 5 21
26-Areca -Bambu 3 5 5 3 4 20
28-Resedá 2 2 3 2 3 12
30-Flamboianzinho 1.5 4 1 1 1 8.5
32-Palmeira Real 3 5 5 3 5 21
34-Pata de Vaca 1.5 3 3.5 2 2 12
36-Resedá 1 5 4 2 4 16
38-Unha de Vaca Lilás 1.5 4 3 2 2.5 13
40-Babosa Branca 1.5 5 5 3 4 18.5
42-Ficus-Benjamina 2 5 3.5 3 3.5 17 Fonte: autor (2016)
50
Na categoria de Fitopatologia, um dos quesitos preponderantes sobre os demais é o de
Feridas e Podas. Em um gráfico (figura 30) podemos analisar a proporção entre árvores
desprovidas de lesões e corretamente tratadas e aquelas que apresentam algum tipo de ferida
ou poda mal realizada.
Figura 30: gráfico de feridas e podas
Fonte: autor (2016)
Esta desproporção pode ser relacionada com as inadequações anteriormente descritas
relativas às categorias de Identidade e Comportamento, uma vez que árvores mal adaptadas
tendem a necessitar de mais cuidados do que árvores adaptadas dentro do ecossistema.
Entretanto o que se verifica é a realização de podas desordenadas e uma desarmonia funcional
entre ser humano e vegetação.
51
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabe-se que o processo de utilização de áreas verdes em ambiente urbano data de
épocas muitos antigas. Apesar disto, as funcionalidades proporcionadas pelas mesmas só
começaram a ser exploradas no final do século XIX. Após este período o grau de degradação
ambiental aumentou de tal maneira que os impactos deixaram de ser locais e passaram a ser
globais. Sendo assim, houve o surgimento de uma grande corrente de estudo e pesquisa
acerca do tema: Infraestrutura Verde.
Neste contexto, gerou-se uma reflexão importante, ao longo do Capítulo 2, sobre
conceito de Infraestrutura Verde, sobre como se dão as relações entre cidade, vegetação e
clima, e como avaliar aspectos de vegetação aplicados às necessidades do ser humano.
O capítulo 3 aborda caracterizações morfológicas e ecológicas da área de estudo e traz
resultados baseados em parâmetros qualitativos de cada indivíduo arbóreo da Rua David
Campista, no Bairro do Humaitá, Rio de Janeiro, os quais esclarecem sobre a adaptação e a
interação das árvores estudadas com o meio ambiente urbano.
O estudo prático está em andamento e esta primeira análise contou com poucos dados
para que fosse feita uma análise mais aprofundada sobre o tema.
Sugere-se em trabalhos futuros a aplicação do método apresentado para analisar a
relação da vegetação com os confortos térmico e ambiental no ambiente urbano. O modelo de
avaliação da vegetação criado bem como os parâmetros nele contidos se aplicam tanto a
ambientes construídos como ambientes a serem construídos.
O principal resultado desta monografia é a validação de um método de pesquisa de
campo e uma nova abordagem na área de estudos sobre Infraestrutura Verde.
52
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, LOYDE VIEIRA. 2008. Avaliaçâo da escala de influência da vegetação no microclima por diferentes espécies arbóreas. 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil, Unicamp). BENEDICT, M. A.; MCMAHON, E. T. Green Infrastructure – Linking Landscapes and
Communities. Washington, D.C.: Island Press, 2006.
BRANDÃO; CRESPO. Diretrizes relacionadas à implantação da infraestrutura verde para
aumentar a resiliência urbana às mudanças climáticas. 2016. Monografia (Graduação em
Engenharia Civil) – Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
FARR, D. Urbanismo Sustentável: desenho urbano com a natureza. 1 ed. Porto Alegre,
Bookman, 2013.
FIREHOCK, Karen. A Short History of the Term Green Infrastructure and
Selected.Jan.2010.Literature.Disponívelem: <http://www.gicinc.org/PDFs/GI%20History.pdf>.
Acesso em: 08/2016
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área de expansão urbana na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ / FAU, 2009.
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IZARD, J-L, GUYOT. A. Tecnologia y Arquitectura – Arquitetura bioclimática. Mexico, D.F.:
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MICHALKA JR, CAMILO. Ambiente Construído: Reflexões sobre desenvolvimento urbano
sustentável. Rio de Janeiro, 2003. Vol.2
MORERO, ANDREA. Planejamento ambiental de áreas verdes estudo de caso: distrito
sede do município de Campinas- SP. São Paulo, SP, 1996. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Civil, Unicamp).
ROLA, Sylvia M.; MACHADO, Luis F. C.; BARROSO-KRAUSE, Claudia; ROSA, Luiz Pinguelli.
Naturação, água e o futuro das cidades no contexto das mudanças ambientais globais.
2003. Artigo publicado no Congresso Brasileiro de Arquitetos.
53
ROMERO
SANTAMOURIS, M. Energy and climate in the urban built environment. London: James &
James, 2001. 402p .
SHAN, VIVIANE LI XIAO. Naturação em jardins terapêuticos no contexto socioambiental
de unidades hospitalares. 2015. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Escola
Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
SILVA, F. DEMÓSTENES; TOSETTI, LARISSA. Valoração das árvores no parque
ibirapuera – sp: importância da infraestrutura verde urbana. UNESP/FCAV.
SILVA, G. J. A. da.Cidades Sustentáveis: uma nova condição urbana. Estudo de Caso:
Cuiabá - MT. Brasília, DF, 2011. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de
Pós Graduação, Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
SILVA, G. J. A., ROMERO, M. A. B.. “Novos paradigmas do urbanismo sustentável no Brasil: a
revisão de conceitos urbanos para o século XXI”. Pluris 2010 – 4º Congresso Luso-Brasileiro
para o planejamento urbano, regional, integrado e sustentável. Universidade de Algarve,
Faro, Portugal. Outubro, 2010.
SILVA, G. J. A., ROMERO, M. A. B.. O urbanismo sustentável no Brasil: a revisão de
conceitos urbanos para o século XXI (parte 01). Arquitextos, São Paulo, 128.03, Vitruvius,
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Acesso em: 08/2016.
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Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Escola Politécnica da Universidade Federal do
Rio de Janeiro.
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54
http://noctula.pt/infraestruturas-verdes/
https://inverde.wordpress.com/infraestrutura-verde/
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0913870_2011_cap.2.pdf
http://ec.europa.eu/environment/pubs/pdf/factsheets/green_infra/pt.pdf
http://base.repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/123900/000831443.pdf?sequence=1&is
Allowed=y
http://www.bibliotekevirtual.org/index.php/2013-02-07-03-02-35/simposios/211-978-85-89478-
40-3/ac-elecs2013/1169-978-85-89478-40-3-a071.html
http://ciclovivo.com.br/noticia/mexico-transforma-colunas-de-viadutos-em-jardins-verticais/
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=23&Cod=1614
http://www.infoescola.com/historia/jardins-suspensos-da-babilonia/
https://ecotelhado.com/ecotelhados-podem-ser-obrigatorios-em-predios-em-beirute/
http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1441
http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/
http://www.portalgeo.rio.rj.gov.br/
62
APÊNDICE 2: FICHAS INDIVIDUAIS DE CADA ÁRVORE
Rua David Campista
Árvore No.
1
Espécie:
Largestroemia indica L.
Nome Popular:
Resedá, Escumilho,
Extremosa
Família:
Lythraceae
Altura:
2,5 m
Perímetro do Tronco:
0,17m
Inclinação e Quadrante
do Tronco:
3o - O
Diâmetro da
Copa:
1,9m
Idade
Aproximada:
7-10 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. A copa está com conformação praticamente equilibrada, conforme a arquitetura da espécie, com
inclinação do tronco predominante para o lado oeste.
Gola de calçada com tamanho adequado.
Presença de outras espécies arbustivas no canteiro.
Rua David Campista
Árvore No.
2
Espécie:
Dypsis lutescens (H. Wendl.)
Beentje&J.Dransf.
Nome Popular:
Areca-bambú
Família:
Arecaceae (Palmae)’
Altura:
1,6 m
Perímetro do Tronco:
0,74m
Inclinação e Quadrante
do Tronco:
No prumo
Diâmetro da
Copa:
1.70m
Idade
Aproximada:
5 - 7 anos
63
Condições da árvore:
Palmeira com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. A touceira de fustes está com conformação equilibrada, conforme a arquitetura da espécie.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Rua David Campista
Árvore No.
3
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) SW.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho, flor de
pavão, flor-do-paraíso
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
6 m
Perímetro do Tronco:
0,97m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º - No prumo
Diâmetro da
Copa:
5,5m
Idade
Aproximada:
8-12 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem muitos vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena necessidade de manutenção. A copa está com conformação desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com ramificação
predominante para o lado norte.
Gola de calçada com tamanho adequado, mas com rachaduras. O concreto para revestimento do
passeio foi parcialmente “rachado” pelas raízes e tronco do indivíduo.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
64
Rua David Campista
Árvore No.
4
Espécie:
Dypsis lutescens (H.
wendl.)
Nome Popular:
Areca -bambu
Família:
Arecaceae (Palmae)’
Altura:
1,5 m
Perímetro do Tronco:
Touceira
0,8m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
No prumo
Diâmetro da
Copa:
1,70m
Idade
Aproximada:
3- 5 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Não existem vestígios de injúrias mecânicas por podas; nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta está no prumo.
A copa está com conformação desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com ramificação
predominante para o lado norte.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem presença de rachaduras e fuga de raízes.
Rua David Campista
Árvore No.
5
Espécie:
Tibouchina granulosa
(Desr. ) Cogn
Nome Popular:
Quaresmeira,
quaresmeira roxa
Família:
Melastomaceae
Altura:
8m
Perímetro do Tronco:
0,13m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
5º -SE
Diâmetro da
Copa:
1,5m
Idade
Aproximada:
10-15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Norte em função da sua proximidade com edificação adjacente.
65
A copa está com conformação desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com ramificação
predominante para o lado sudeste.
Gola de calçada com tamanho adequado, mas com rachaduras. O concreto para revestimento do
passeio foi parcialmente “rachado” pelas raízes e tronco do indivíduo.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Rua David Campista
Árvore No.
6
Espécie:
Senna siamea – (Lam.) H.
S. Irwin & Barneby
Nome Popular:
Cássia amarela,
Cássia de Sião
Família:
Fabaceae
Altura:
15-20 m
Perímetro do Tronco:
1,81m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
15º No
Diâmetro da
Copa:
13 -15m
Idade
Aproximada:
30- 35 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Norte em função da sua proximidade com edificação adjacente.
A copa está com conformação desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com ramificação
predominante para o lado norte.
Gola de calçada com tamanho adequado, mas com rachaduras e fuga de raízes. O concreto para
revestimento do passeio foi parcialmente “rachado” pelas raízes e tronco do indivíduo.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
66
Rua David Campista
Árvore No.
7
Espécie:
Tibouchina granulosa
(Desr. ) Cogn
Nome Popular:
Quaresmeira,
quaresmeira roxa
Família:
Melastomaceae
Altura:
7-9 m
Perímetro do Tronco:
1,23 m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
15º - No
Diâmetro da
Copa:
8-9m
Idade
Aproximada:
12- 15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. A copa está com conformação desequilibrada, com ramificação predominante para o lado noroeste e
os ramos atingem a rede aérea de instalações.
Gola de calçada com tamanho adequado e sem presença de rachaduras ou fuga de raízes.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Rua David Campista
Árvore No.
8
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim, flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
1,5 m
Perímetro do Tronco:
11cm
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
No prumo
Diâmetro da
Copa:
0,90m
Idade
Aproximada:
1-3 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Não existem vestígios de injúrias mecânicas por podas; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco está no prumo.
67
A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado.
Rua David Campista
Árvore No.
9
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim,
flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
4-5 m
Perímetro do Tronco:
1,65m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
Prumo
Diâmetro da
Copa:
3,00m
Idade
Aproximada:
5- 10 anos
Condições da árvore:
Árvore sem vigor, com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; Ramos atingem a rede aérea de instalações. A copa está com conformação levemente desequilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Rua David Campista
Árvore No.
10
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim, flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
1,5 m
Perímetro do Tronco:
Touceira
0,8m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
8º - S
Diâmetro da
Copa:
1,70m
Idade
Aproximada:
3- 5 anos
68
Condições da árvore:
Árvore sem vigor e sadia, com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Sul.
A copa está com conformação desequilibrada, com ramificação predominante para o lado sul.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Apresenta conflitos reais com as edificações e potenciais com seres humanos.
Rua David Campista
Árvore No.
11
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim, flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
7,00m
Perímetro do Tronco:
1,30m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
No prumo
Diâmetro da
Copa:
3-4m
Idade
Aproximada:
8-12 anos
Condições da árvore:
Árvore sem vigor, com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena necessidade de manutenção.
A copa está com conformação levemente desequilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Apresenta conflitos reais com as edificações e redes aéreas de instalações e potenciais com seres
humanos.
69
Rua David Campista
Árvore No.
12
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim,
flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
3-4 m
Perímetro do Tronco:
43cm
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
5º - S
Diâmetro da
Copa:
4m
Idade
Aproximada:
5- 10 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Sul.
A copa está com conformação desequilibrada, com ramificação predominante para o lado sul.
Gola de calçada com tamanho adequado sem rachaduras e fuga de raízes.
Rua David Campista
Árvore No.
13
Espécie:
Tibouchina granulosa
(Desr. ) Cogn
Nome Popular:
Quaresmeira,
quaresmeira roxa
Família:
Melastomaceae
Altura:
7-8 m
Perímetro do Tronco:
0,70m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
11º - O
Diâmetro da
Copa:
4,5m
Idade
Aproximada:
15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Oeste em função da sua proximidade com edificação adjacente.
A copa está com conformação desequilibrada, com ramificação predominante para o lado oeste.
70
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Apresenta conflitos reais com as redes aéres de instalações e potenciais com seres humanos.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Rua David Campista
Árvore No.
14
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim, flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
3-4m
Perímetro do Tronco:
46cm
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
5º - S /SE
Diâmetro da
Copa:
2m
Idade
Aproximada:
5-10anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor parcial, porém sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem leves vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco levemente inclinado para o sudeste.
A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Conflitos potenciais com seres humanos.
71
Rua David Campista
Árvore No.
15
Espécie:
Tibouchina granulosa
(Desr. ) Cogn
Nome Popular:
Quaresmeira,
quaresmeira roxa
Família:
Melastomaceae
Altura:
7-8 m
Perímetro do Tronco:
0,48m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
14º - O
Diâmetro da
Copa:
5-6m
Idade
Aproximada:
15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e parcialmente sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios leves de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca. O tronco apresenta inclinação para o oeste.
A copa está com conformação desequilibrada, com ramificação predominante para o lado oeste.
Gola de calçada com tamanho adequado, mas com grandes rachaduras e fuga de raízes. O concreto
para revestimento do passeio foi bastante “rachado” pelas raízes e tronco do indivíduo.
Conflitos com gola, redes aéreas e com estrutura de contenção de ferro. Necessidade urgente de
manutenção.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Rua David Campista
Árvore No.
16
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim, flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
6 m
Perímetro do Tronco:
1,8m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
8º - No
Diâmetro da
Copa:
5-6m
Idade
Aproximada:
8-10 anos
72
Condições da árvore:
Árvore com vigor parcial e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Noroeste em função da sua proximidade com edificação
adjacente.
A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Apresenta conflitos reais com edificação e potenciais com seres humanos.
Rua David Campista
Árvore No.
17
Espécie:
Nerium oleander (L.)
Nome Popular:
Espirradeira,
oleandro
Família:
Apocinaceae
Altura:
2,10 m
Perímetro do Tronco:
2,20m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
No prumo
Diâmetro da
Copa:
1,55m
Idade
Aproximada:
20- 25 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção.
A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Apresenta conflitos potenciais com a rede elétrica e com seres humanos.
Árvore extremamente tóxica e venenosa. Inapropriada para ambiente urbano.
73
Rua David Campista
Árvore No.
18
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim, flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
4-6 m
Perímetro do Tronco:
1,8m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
15º - No
Diâmetro da
Copa:
5-6m
Idade
Aproximada:
8-10 anos
Condições da árvore:
Árvore sem vigor , com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Noroeste.
A copa está com conformação desequilibrada, com ramificação predominante para o lado noroeste.
Gola de calçada com tamanho adequado, mas com rachaduras e fuga de raízes. O concreto para
revestimento do passeio foi parcialmente “rachado” pelas raízes e tronco do indivíduo.
Apresenta conflitos potenciais com seres humanos.
74
Rua David Campista
Árvore No.
19
Espécie:
Tibouchina granulosa
(Desr. ) Cogn
Nome Popular:
Quaresmeira,
quaresmeira roxa
Família:
Melastomaceae
Altura:
3,5 m
Perímetro do Tronco:
83cm
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
5º - No
Diâmetro da
Copa:
8-9m
Idade
Aproximada:
12- 15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, com sinais parciais de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho).Casca em condições ruins. Existem muitos vestígios de injúrias mecânicas por podas; pequena necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Noroeste
A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, mas com rachaduras. O concreto para revestimento do
passeio foi parcialmente “rachado” pelas raízes e tronco do indivíduo.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
75
Rua David Campista
Árvore No.
20 A
Espécie:
Citrus aurantifolia
(Christm.) Swingle
Nome Popular:
Lima da pérsia, limão
galego
Família:
Angiospermae - Rutaceae
Altura:
4 m
Perímetro do Tronco:
0,39m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º -No prumo
Diâmetro da
Copa:
1,4m
Idade
Aproximada:
5-7 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de passarinho). Não existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. Presença de manchas nas folhas indicando potencial doença.
O tronco apresenta inclinação para o Norte em função da sua proximidade com edificação adjacente.
Gola de calçada com tamanho adequado, semcom rachaduras e fuga de raízes.
Conflitos potenciais com seres humanos.
76
Rua David Campista
Árvore No.
20 B
Espécie:
Plumeria rubra L.
Nome Popular:
Jasmim- manga
Família:
Apocinaceae
Altura:
3 m
Perímetro do Tronco:
0,33m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
7º - No
Diâmetro da
Copa:
3-4m
Idade
Aproximada:
8- 12 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios leves de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o noroeste.
A copa está com conformação praticamente equilibrada, com ramificação predominante para o lado
noroeste.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Conflitos potenciais com seres humanos.
77
Rua David Campista
Árvore No.
21
Espécie:
Tibouchina granulosa
(Desr. ) Cogn
Nome Popular:
Quaresmeira,
quaresmeira roxa
Família:
Melastomaceae
Altura:
3,5 m
Perímetro do Tronco:
83cm
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
5º - No
Diâmetro da
Copa:
8-9m
Idade
Aproximada:
12- 15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor parcial e sadia, com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Norte em função da sua proximidade com edificação adjacente.
A copa está com conformação desequilibrada, com ramificação predominante para o lado noroeste.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Conflitos potenciais com as redes aéreas e com seres humanos.
Rua David Campista
Árvore No.
22 A
Espécie:
Tibouchina granulosa
(Desr. ) Cogn
Nome Popular:
Quaresmeira,
quaresmeira roxa
Família:
Melastomaceae
Altura:
4,5 m
Perímetro do Tronco:
83cm
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
5º - No
Diâmetro da
Copa:
8-9m
Idade
Aproximada:
12- 15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor parcial e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Noroeste em função da sua proximidade com edificação
78
adjacente.
A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Rua David Campista
Árvore No.
22 B
Espécie:
Livistona chinensis (jacq.)
R. Br.
Nome Popular:
Palmeira-latânica,
palmeira-leque-da-china
Família:
Arecaceae (Palmae)
Altura:
10-12 m
Perímetro do Tronco:
0,78m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
6º - NE
Diâmetro da
Copa:
4-5m
Idade
Aproximada:
25-30 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Não existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Noroeste em função da sua proximidade com edificação
adjacente.
A copa está com conformação levemente desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com
ramificação predominante para o lado nordeste.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
79
Rua David Campista
Árvore No.
23
Espécie:
Dypsis lutescens (H.
wendl.)
Nome Popular:
Areca -bambu
Família:
Arecaceae (Palmae)
Altura:
4-5 m
Perímetro do Tronco:
1,83m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º - No prumo
Diâmetro da
Copa:
4-5m
Idade
Aproximada:
10- 12 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção.
A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes. Conflitos potenciais com
seres humanos e redes aéreas de instalação.
Rua David Campista
Árvore No.
24
Espécie:
Dypsis lutescens (H.
wendl.)
Nome Popular:
Areca -bambu
Família:
Arecaceae (Palmae)
Altura:
5-6 m
Perímetro do Tronco:
2,87m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
Diâmetro da
Copa:
Idade
Aproximada:
80
<3º - No prumo 4-5m 12- 15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Não existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; nenhuma necessidade de manutenção. A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Rua David Campista
Árvore No.
26
Espécie:
Dypsis lutescens (H.
wendl.)
Nome Popular:
Areca -bambu
Família:
Arecaceae (Palmae)’
Altura:
4,5 m
Perímetro do Tronco:
Touceira
2,29
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º - No prumo
Diâmetro da
Copa:
4-5cm
Idade
Aproximada:
10- 15 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Não existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; nenhuma necessidade de manutenção. A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Rua David Campista
Árvore No.
28
Espécie:
Lagerstroemia indica L.
Nome Popular:
Resedá, julieta
Família:
Lythraceae
Altura:
9 m
Perímetro do Tronco:
1,82
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
Diâmetro da
Copa:
Idade
Aproximada:
81
<3º - No prumo 5-6m 15- 20 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor parcial e sadia, com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, mas com rachaduras e fuga de raízes para a rua. O concreto
para revestimento do passeio foi parcialmente “rachado” pelas raízes e tronco do indivíduo.
Rua David Campista
Árvore No.
30
Espécie:
Caesalpinia pulcherrima
(L.) Sw.
Nome Popular:
Flamboiãnzinho de
jardim, flamboiãnzinho
Família:
Fabaceae - Caesalpinioideae
Altura:
6-8 m
Perímetro do Tronco:
0,96m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
25º - No
Diâmetro da
Copa:
5-7m
Idade
Aproximada:
10-15 anos
Condições da árvore:
Árvore sem vigor, com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que ameaçam a integridade da casca; necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Noroeste em função da sua proximidade com edificação
adjacente.
A copa está com conformação desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com ramificação
predominante para o lado noroeste
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Conflitos potenciais com seres humanos e reais com edificações.
82
Rua David Campista
Árvore No.
32
Espécie:
Roystonea oleracea
(jacq.) O.F.Cook
Nome Popular:
Palmeira real, palmeira
imperial
Família:
Arecaceae
Altura:
15-18
Perímetro do Tronco:
1,92
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º - No prumo
Diâmetro da
Copa:
7-8m
Idade
Aproximada:
60 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho inadequado, com rachaduras e grande fuga de raízes.
Apresenta conflitos potenciais com seres humanos e veículos e reais com a calçada.
Rua David Campista
Árvore No.
34
Espécie:
Bauhinia forficata Link
Nome Popular:
Pata de vaca, unha de
vaca, mororó
Família:
Caesalpinoideae
Altura:
13-15 m
Perímetro do Tronco:
Touceira
1,20m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
8º - L
Diâmetro da
Copa:
12-14m
Idade
Aproximada:
25-30 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, com sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o leste em função da sua proximidade com edificação adjacente.
83
A copa está com conformação desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com ramificação
predominante para o lado leste.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Apresenta conflitos potenciais com seres humanos e reais com edificações.
Rua David Campista
Árvore No.
36
Espécie:
Lagerstroemia indica L.
Nome Popular:
Resedá, julieta
Família:
Lythraceae
Altura:
5m
Perímetro do Tronco:
1.46m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º - No prumo
Diâmetro da
Copa:
2m
Idade
Aproximada:
8- 12 anos
Condições da árvore:
Árvore sem vigor, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Casca em condições precárias. Existem vestígios leves de injúrias mecânicas por podas, que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes. Presença de epífitas, com
84
Rua David Campista
Árvore No.
38
Espécie:
Bauhinia variegata L
Nome Popular:
Pata-de-vaca-lilás
Família:
Caesalpinioideae
Altura:
7-8m
Perímetro do Tronco:
0,58m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
12º - NO
Diâmetro da
Copa:
6-7m
Idade
Aproximada:
20-25
Condições da árvore:
Árvore sem vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. O tronco apresenta inclinação para o Noroeste em função da sua proximidade com edificação
adjacente.
A copa está com conformação desequilibrada, diferente da arquitetura da espécie, com ramificação
predominante para o lado noroeste.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Apresenta conflitos potenciais com seres humanos e reais com edificações.
85
Rua Davi Campista
Árvore No.
40
Espécie:
Cordia superba Cham.
Nome Popular:
Babosa branca,carapiá
Família:
Boraginaceae
Altura:
2,5m
Perímetro do Tronco:
0,15m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º - No prumo
Diâmetro da
Copa:
2m
Idade
Aproximada:
5 -8 anos
Condições da árvore:
Árvore sem vigor, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); não apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios leves de injúrias mecânicas por podas, que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. A copa está com conformação equilibrada.
Gola de calçada com tamanho adequado, sem rachaduras e fuga de raízes.
Não apresenta conflitos reais ou potenciais.
Rua Davi Campista
Árvore No.
42
Espécie:
Ficus Benjamina L.
Nome Popular:
Ficus-Benjamina
Família:
Boraginaceae
Altura:
20-25m
Perímetro do Tronco:
3,92m
Inclinação e
Quadrante do Tronco:
<3º - No prumo
Diâmetro da
Copa:
15-20m
Idade
Aproximada:
40 -50 anos
Condições da árvore:
Árvore com vigor e sadia, sem sinais aparentes de ataque de insetos, doenças (tecidos necrosados, secreções caulinares, ramos mortos); apresenta infestação de hemiparasitas (erva-de-passarinho). Existem vestígios leves de injúrias mecânicas por podas, mas que não comprometem a integridade da casca; pequena ou nenhuma necessidade de manutenção. Gola de calçada com tamanho inadequado, com rachaduras e fuga de raízes.
Presença de epífitas, com predominância de Rhipsalis bacífera (J.S. Muell.) Stearn.
Apresenta conflitos reais com a calcada e potenciais com pedestres e veículos.