Estudos de Usuários - UNB

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Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Ciência da Informação – FCI Curso de Graduação em Biblioteconomia Disciplina: Estudos de Usuários Prof. Dra Sofia Galvão Baptista Ângela Maria de Oliveira 12/0007436 Bianca Rossi de Carvalho 12/0008122 Thalita Brito Ribeiro 12/ ??????? Estudo de usuários: Análise do comportamento de busca dos estudantes de Biblioteconomia da Universidade de Brasília – UnB. Antes de apresentar os resultados sobre a questão levantada neste estudo, nada mais pertinente que realizar um breve levantamento histórico do surgimento da área bem como definir e apresentar as metodologias disponíveis para a questão do estudo de usuários além de delimitar o método sobre o qual este estudo se baseou. De acordo com Line (1967 apud CUNHA, 1982) a área de estudos de usuários encontrava-se, até a década de 60 dentro do que antes era denominado levantamento bibliotecário que caracterizava-se por ser um conjunto de dados sobre as atividades e operações de uma biblioteca tanto no aspecto de pessoal (gestão) quanto de uso e usuário. Dentro do século XX pode-se observar diferentes fases de evolução do pensamento, métodos e foco da área de estudos de usuários, que podem ser divididas em: a) de 1948 a 1965, estudos concentrados no uso de informação por cientistas e engenheiros utilizando como métodos principais questionários e entrevistas e coleta de dados quantitativos com a finalidade de prover serviços mais adequados às necessidades dos usuários, b) a partir de 1965, estudos que empregaram técnicas de observação indireta do uso das coleções (como análise de citações) e métodos sociológicos para identificar aspectos do comportamento dos usuários de uma forma mais profunda, e c) na década de 70, estudos que

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Análise do comportamento de busca dos usuários

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Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Ciência da Informação – FCICurso de Graduação em BiblioteconomiaDisciplina: Estudos de UsuáriosProf. Dra Sofia Galvão BaptistaÂngela Maria de Oliveira 12/0007436Bianca Rossi de Carvalho 12/0008122Thalita Brito Ribeiro 12/ ???????

Estudo de usuários:Análise do comportamento de busca dos estudantes de Biblioteconomia da

Universidade de Brasília – UnB.

Antes de apresentar os resultados sobre a questão levantada neste estudo, nada mais pertinente que realizar um breve levantamento histórico do surgimento da área bem como definir e apresentar as metodologias disponíveis para a questão do estudo de usuários além de delimitar o método sobre o qual este estudo se baseou.

De acordo com Line (1967 apud CUNHA, 1982) a área de estudos de usuários encontrava-se, até a década de 60 dentro do que antes era denominado levantamento bibliotecário que caracterizava-se por ser um conjunto de dados sobre as atividades e operações de uma biblioteca tanto no aspecto de pessoal (gestão) quanto de uso e usuário.

Dentro do século XX pode-se observar diferentes fases de evolução do pensamento, métodos e foco da área de estudos de usuários, que podem ser divididas em:

a) de 1948 a 1965, estudos concentrados no uso de informação por cientistas e engenheiros utilizando como métodos principais questionários e entrevistas e coleta de dados quantitativos com a finalidade de prover serviços mais adequados às necessidades dos usuários, b) a partir de 1965, estudos que empregaram técnicas de observação indireta do uso das coleções (como análise de citações) e métodos sociológicos para identificar aspectos do comportamento dos usuários de uma forma mais profunda, e c) na década de 70, estudos que continuam a tendência anterior de estudos sociológicos e também estudos “amplos e exploratórios” com foco em usuários de outras áreas como as ciências sociais e humanidades. (FIGUEIREDO, 1994 apud ROLIM; CENDÓN).

Baptista e Cunha (2007) caracterizam a década de 80 como um período de preocupação com a automação e o planejamento de serviços ou sistemas de informação capazes de atender as necessidades de informação dos usuários, mas os resultados foram insuficientes para se determinar uma relação entre as necessidades de informação e os usuários.

1. Método quantitativo x método qualitativo.

Pode-se dizer que o século XX constitui em um período de evolução da área, mas que o mesmo ainda encontra-se focado em aspectos quantitativos, ou seja, aqueles que podiam ser mensuráveis e quantificáveis, ou seja, fontes mais pesquisadas pelos usuários,

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citações por eles mais utilizadas, quantidade de vezes que o mesmo material era consultado.

O método quantitativo foca na subjetividade do usuário, procurando resolver determinado problema informacional. O método qualitativo de Kuhlthau (1999 apud CUNHA, 1982, p. 174) pode ser dividido em três fases: início, quando o usuário “sente” a necessidade de obter informação; a seleção, quando o usuário vai em busca da informação que lhe é pertinente; nessa busca há a fase da exploração onde as dúvidas são comuns e sanadas apenas na fase da formulação. Conforme a pessoa passa por essas fases, há progresso na busca e a questão inicial torna-se mais clara.

Já o modelo de Taylor aborda a busca e a transformação de dados em informações relevantes, que possam gerar conhecimento.

1.1. Principais métodos para coleta de dados

Aqui são elucidados alguns dos métodos de coleta de dados em estudos de usuários.

1.1.1. QuestionárioDentre as formas de coleta de dados utilizadas no estudo de usuários, o questionário caracteriza-se por ser aquele em que é elaborada uma lista com questões pertinentes Além de dados quantitativos, um questionário pode coletar dados qualitativos com o uso de perguntas abertas, permitindo ao respondente que expresse sua opinião, por exemplo. Trata-se de uma forma rápida de obter informações a respeito do usuário e possui baixo custo levando em conta o fato de que atualmente o questionário pode ser respondido e enviado online, otimizando ainda mais o tempo tanto do aplicador quanto do respondente (PERKINS, 2004 apud CUNHA, 2007).

1.1.2. EntrevistaDe acordo com Cunha (1982 apud BATISTA; CUNHA, 2007), o uso de entrevista para coletar dados pode resultar em informações detalhadas, captação de reações que passariam despercebidas caso fosse aplicado um questionário e requer maior cuidado para não haver interferência na resposta do entrevistado. A entrevista também possibilita o esclarecimento de dúvidas por parte do respondente.

1.1.3. ObservaçãoDe acordo com Baptista e Cunha (2007), existem três formas de observação; a espontânea não estruturada, a participante não sistemática, e a sistemática. É necessário, porém, certa precaução ao optar por essa forma de coleta de dados. Richardson (1999 apud BATISTA; CUNHA, 2007) aponta que o pesquisador deve possuir humildade e honestidade intelectual.

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2. Comportamento de busca

Antes de avaliar o comportamento de busca, é necessário ter total conhecimento do que se necessita (qual informação...). Entender o que se busca é uma das maiores dificuldades do usuário. Bibliotecários atuam como intermediador no sentido de

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“moldar” a questão que o indivíduo levanta possibilitando iniciar o processo de busca. A necessidade de ir em busca de uma informação surge em um momento de incerteza do usuário. Essa incerteza gera um desconforto que só é amenizado justamente quando há “clareamento” das questões, quando se percebe o que deve ser buscado (CHOO, 2003 apud DURIGAN; MORENO, 2011, p. 4).

O comportamento de busca é um dos pontos principais em uma pesquisa de estudos de usuários já que é a partir dos resultados da avaliação do comportamento que uma instituição terá conhecimento a respeito de seus serviços prestados. O comportamento de busca avalia a maneira como o usuário se porta diante de uma pesquisa, se possui alguma estratégia de busca, quanto tempo em média leva para realizá-la (CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 96).

3. Análise dos dados

4. Conclusão

Referências:

BAPTISTA, Sofia Galvão; CUNHA, Murilo Bastos. Estudo de usuários: visão global dos métodos de coleta de dados. Perspectivas em Ciência da Informação, v.12, n.2, p.168-184, 2007.

CUNHA, Murilo Bastos. Metodologias para estudo dos usuários de informação científica e tecnológica. Revista de Biblioteconomia de Brasília, v.10, n.2, p.05-20, 1982.

CUNHA, Murilo Bastos; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de Biblioteconomia e arquivologia. Brasília, DF: Briquet de Lemos / Livros, 2008.

DURIGAN, Gisele Mara; MORENO, Nádina Aparecida. O fluxo e a demanda de informação: a busca pelo ponto de equilíbrio na sociedade da informação. In: SEMINÁRIO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO SECIN, 4., 2011, Londrina. Disponível em: <http://www.uel.br/eventos/cinf/index.php/secin2011/secin2011/paper/viewFile/24/14>. Acesso em: 18 set. 2014.

ROLIM, Elizabeth Almeida; CENDÓN, Beatriz Valadares. Modelos teóricos de estudos de usuários na ciência da informação. Revista de  Informação, v. 14,  n. 2  abr. 2013. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/abr13/Art_06.htm>. Acesso em: 12 set. 2014.