Estudos Morfológicos do Português

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Um olhar aplicado à morfologia.

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Estudos Morfolgicos da Lngua Portuguesa: ConceitosTericos.

O que palavra? O que vocbulo? H diferena?

Conceitos de alguns autores:Normelio Zanotto : [palavra] No um termo unvoco, plurissignificativo, polissmico, em decorrncia de seu amplo uso popular, o que lhe confere contornos semnticos imprecisos, tornando-o inadequado para emprego cientfico.

Jos Lemos Monteiro: Palavras so vocbulos que apresentam significado lexical. Toda palavra vocbulo, mas nem todo vocbulo palavra.

Exemplo 1: P-de-moleque, luta de serpentes; Um dia me disseram que as nuvem eram feitas de algodo (Engenheiros do Hawaii).

Matoso Cmara Jr.: apesar de no falar diretamente a terminologia palavra expressa o termo grupo de fora: A apresentao do vocbulo na escrita se faz pelo critrio formal. Deixa-se entre eles um espao em branco, porque, cada um considerado uma unidade mrfica de per si. (...) grafamos com espaos em branco a expresso proscrever uma lei /proskreverumalei/, que um nico grupo de foras.

Evanildo Bechara: O termo palavra se classifica de maneira diversa: Material fnico (significante ou expresso), significao gramatical e significao lexical. A palavra est constituda indissoluvelmente ( a separao s se faz para efeito de anlise e estudo) de uma base fnica, de duas formas semnticas, a gramatical e a lexical, conhecida como morfema. (p. 334)

Exemplos: Expresso fnica: P-de-moleque > /pedimuleki/ Significao gramatical: Substantivo composto, singular, composto por um termo de ligao (de). Significao Lexical: Um doce. Porm segmentando-o temos ainda duas formas lexicais: p e moleque.

VocbuloNormelio Zanotto: uma denominaoem si mesma de ndole morfolgica, favorecendo, assim, uma especificao de significado. (p.20)

Jos Lemos Monteiro: Toda palavra vocbulo, mas nem todo vocbulo palavra(p.12)

Ex.: Estrutura da lngua portuguesa

Evanildo Bechara: Vocbulo < Vox = voz. (...) um grupo fnico ou grupo de fora.

Nem sempre Vocbulo coincide com Palavra. /alugasy/ e /syaluga/.Um vocbulo com duas palavras.

Constituintes de um vocbulo mrfico

Formas livres(simples e composta); Presas; Dependentes.

Constituio do vocbulo mrfico: comutao e oposio1. O vocbulo constitudo por morfemas. 2. O morfema a unidade mnima significativa no plano da lngua, sendo a sua concretizao realizadas por morfes. 3. Quando o vocbulo no segmentvel em partes menores tem-se um monomorfema.

J havia dito Saussure:

EIXOS DA LNGUA: O SINTAGMA E A ASSOCIAO (PARADIGMA)

O SINTAGMA Os termos estabelecem entre si, em virtude de seu encadeamento, relaes baseadas no carter linear da lngua, que exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo. Estes se aliam um aps o outro na cadeia da fala.(p.142)

O PARADIGMA(...) as palavras que oferecem algo de comum se associam na memria e assim se formam grupos dentro dos quais imperam relaes muito diversas. (p. 143)

O paradigma o conjunto de unidades suscetveis de aparecer num mesmo contexto. (...) opem-se, pois uma exclui a outra: se uma est presente, as outras esto ausncia.(Borba,1971)

GRFICO DAS RELAES Sintagmticas E AssociativasSintagma = Combinao

Associao = Seleo

Comutao

um recurso de troca , permuta, utilizado para comprovar a existncia do morfema.

CAS

-INHA -O -EBRE -(A)RO

A NOO DE VALORValor no se confunde com significao. Significao o resultado da unio significado com o significante. O valor a comparao entre os elementos da linguagem. Apresenta identidades e traos distintivos entre si.

O valor de qualquer termo que seja est determinado por aquilo que o rodeia(...) (Saussure, p. 135) Os elementos da linguagem s adquirem valor enquanto se opem a outros, enquanto no se confundem com outros; no , portanto, sua qualidade prpria e positiva que os caracteriza, mas, antes, sua qualidade opositiva e seu valor diferencial.(Leroy, 1971:80)

OPOSIO a ao geradora, o recurso que d dinamismo permitindo assim estabelecer comunicao. Destarte, a lngua se faz por oposies.

TIPOS DE OPOSIO PRIVATIVA; EQIPOLENTE OU POLAR; GRADUAL.

EXEMPLOS MENINO / MENINO(S), CANTA / CANTA(S) CANTAVA / CANTARA, ANDAMOS / ANDAIS AV/AV, / PO E POS /.

FIM DA PRIMEIRA ETAPA

O MORFEMA

Diferena entre morfe e morfemaO morfe um grupo de fones articulados ou fone articulado no plano da fala. puro e simplesmente elementos fonticos organizados em conjunto ou individual. a concretizao de um morfema. Em suma, morfe forma. O morfema a significao trazida pelo morfe. a unidade mnima significativa, seja essa, lexical ou gramatical. Em suma, morfema a idia expressa pela forma.

OBSERVAO:

ALGUMAS OBSERVAES

O morfe pode apresentar um nico morfema. Cas + a = Cas (unidade lexical) + a (unidade classificatria): O morfe pode apresentar mais de um morfema: fal+a+va+mos = va(DMT) e mos(DNP). O morfe pode ser vazio de significado: Saud()vel = O morfe entre parntese no traz nenhum significado. O dois morfe distintos podem apresentar o mesmo morfema: Vida e vital = vid e vit so dois morfes distintos com a mesma significao ( viver).

LEXICAL O MORFEMA RESPONSVEL PELA MAIOR CARGA SIGNIFICATIVA NO VOCBULO. DENOMINADO DE RADICAL. Ex.: menin + o; cas + a, beb + e + r; estud +o+ s. GRAMATICAL O MORFEMA COM DIFERENTES GRAUS SIGNIFICATIVOS. DISTRIBUDO EM TRS CATEGORIAS : DERIVACIONAIS, FLEXIONAIS E CLASSIFICATRIOS.

DERIVACIONAIS: So responsveis por criar novas palavras. Distribuem-se em prefixal e sufixal.Ex1: Re + Por; A + Moral; In + Feliz ( prefixal); Ex2: Bel + ez + a; Em+barc+a++o; Feliz + mente.

FLEXIONAIS : Tem por responsabilidade alterar singelamente a idia de uma palavra. Os nomes apresentam desinncias de gnero e nmero. Os verbos apresentam desinncias de modo/tempo e nmero/pessoa. CLASSIFICATRIAS: Se responsabiliza em classificar nomes e verbos. A partcula responsvel a vogal temtica.

VIVEMOS EM CONSTANTE QUESTIONAMENTO, O QUE NO SABEMOS, SO QUAIS VIAS DEVEM SER VIVEMOS EM CONSTANTE QUESTIONAMENTO, O PERCORRIDAS PARA SE OBTEREM AS RESPOSTAS. QUE NO SABEMOS, SO QUAIS VIAS DEVEM SER TALO MURYLLO TOSTA BRITO PERCORRIDAS PARA SE OBTER AS RESPOSTAS.talo Muryllo Tosta Brito