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Repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento 91 ESTUDOS SOBRE REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS: metodologias, resultados e recomendações Elisabete Paula Cardoso & Ana Alice Baptista introdução Este texto apresenta os resultados de parte de um trabalho de investiga- ção que teve como objectivo principal identificar recomendações resul- tantes de estudos sobre Repositórios Institucionais (RI) que pudessem ser incorporadas nas políticas sobre repositórios de recursos educati- vos (Cardoso, 2009). Para esse propósito, começou-se por realizar um diagnóstico e comparação dos estudos mais relevantes sobre RI, e outro sobre os estudos mais relevantes sobre Repositórios de Recursos Educa- tivos (RRE). Por fim, fez-se a comparação e discussão dos dois grupos de estudos. Os diagnósticos realizados tomaram em consideração o objec- to de estudo, a metodologia, os resultados, e também as recomendações resultantes de cada estudo. Este texto apresenta o trabalho realizado e os resultados conducentes ao primeiro destes diagnósticos: o que versa sobre os estudos relativos a Repositórios Institucionais. Nesse sentido, a questão de investigação que norteou o trabalho aqui apresentado é a seguinte: Que metodologias foram adoptadas em estudos de repositórios institucionais, que resultados foram obtidos, e que recomenda- ções foram feitas?

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 91

estUdos soBre rePositÓrios institUCionais: metodologias, resultados e recomendações

Elisabete Paula Cardoso & Ana Alice Baptista

introdução

este texto apresenta os resultados de parte de um trabalho de investiga-ção que teve como objectivo principal identificar recomendações resul-tantes de estudos sobre repositórios institucionais (ri) que pudessem ser incorporadas nas políticas sobre repositórios de recursos educati-vos (Cardoso, 2009). Para esse propósito, começou-se por realizar um diagnóstico e comparação dos estudos mais relevantes sobre ri, e outro sobre os estudos mais relevantes sobre repositórios de recursos educa-tivos (rre). Por fim, fez-se a comparação e discussão dos dois grupos de estudos. os diagnósticos realizados tomaram em consideração o objec-to de estudo, a metodologia, os resultados, e também as recomendações resultantes de cada estudo. este texto apresenta o trabalho realizado e os resultados conducentes ao primeiro destes diagnósticos: o que versa sobre os estudos relativos a repositórios institucionais.

nesse sentido, a questão de investigação que norteou o trabalho aqui apresentado é a seguinte:

Que metodologias foram adoptadas em estudos de repositórios •institucionais, que resultados foram obtidos, e que recomenda-ções foram feitas?

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Para responder a esta questão foram identificados e executados os seguintes passos:

Pesquisa e revisão de literatura acerca do tema em estudo, isto 1) é, ri e estudos sobre os mesmos, descritos na literatura cien-tífica.identificação das metodologias usadas, dos resultados obtidos 2) e das recomendações realizadas nesses estudos.análise da informação assim obtida e consequente comparação 3) dos estudos.

os resultados obtidos com a realização deste trabalho foram:

diagnóstico da situação dos estudos sobre ri relativamente ao •objecto de estudo, metodologias de investigação, resultados e recomendações. análise crítica e comparação dos estudos referidos;•

este texto continua com a contextualização do trabalho na área dos repositórios digitais; expomos depois as metodologias utilizadas na realização do trabalho; em seguida apresentamos a relação dos es-tudos encontrados e descrevemo-los na perspectiva de metodologias usadas, resultados obtidos e recomendações feitas; por fim fazemos a análise e discussão sobre os estudos.

contextualização

Um ri é, segundo lynch (2003), “um conjunto de serviços que a uni-versidade/instituição oferece aos membros da sua comunidade, para a gestão e disseminação de materiais digitais, criados pela instituição e pelos membros da sua comunidade”. este é um conceito relativamente recente que foi ganhando aceitação e adesão na comunidade científi-ca. em 2002 foram criados os primeiros ri, e à data de 14 de abril de 2010, a directoria de repositórios de acesso livre (designação em in-

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glês, roar), referia a existência de 1702, dispersos por universidades e centros de investigação1.

alguns esforços para colher informação sobre a implantação de ri, de forma metodológica e internacionalmente comparável, foram reali-zados por lynch & lippincott e van Westrienen & lynch (lynch & li-ppincott, 2005; van Westrienen & lynch, 2005). os resultados desses estudos sugerem que os ri estão a ser usados para responder a preocu-pações relacionadas com o sistema de comunicação científica, quer em reacção aos preços das revistas científicas, quer em apoio aos objectivos do movimento acesso livre (al).

o mote deste movimento mundial em favor do acesso livre a re-sultados de investigação, é a disseminação ampla e irrestrita dos resul-tados de investigação financiada com recursos públicos (Baptista et al, 2007). suber (2007), grande defensor do movimento, define o al como o acesso a conteúdo digital, online, livre de barreiras de custo e permis-são. além de remover barreiras ao acesso, o movimento al defende que o acesso deve ser imediato, e deve ser sobre o texto completo, não só sobre abstracts ou resumos alargados (ibidem). o al é compatível com direitos de autor, revisão por pares, impressão, indexação, preservação, prestígio, progressão na carreira, rendimento (e até lucro), e outras características e serviços de suporte, associados à literatura científica convencional (ibidem). a principal diferença reside no facto de que os custos não são pagos pelo leitor e, logo, não funcionam como barreira ao acesso (ibidem). outro grande impulsionador do al, harnad (2005b), diz que al é acesso online, gratuito, permanente e imediato ao texto integral, e revisto, de todos os artigos de investigação de revistas cientí-ficas. Claramente diz também o que não é: não é publicação online sem controlo de qualidade (sem revisão por pares), não é direccionado para trabalhos pelos quais o autor deseje ser pago, tal como livros ou artigos de jornal/revistas comerciais (harnad, 2008).

o auto-arquivo, isto é, o depósito pelos autores ou seus represen-tantes, dos artigos publicados nas revistas científicas em repositórios,

1 roar - registry of open access repositories - http://roar.eprints.org/, acedido em 14-04-2010.

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disciplinares ou institucionais, é uma das estratégias para o al - a cha-mada via verde (swan & Brown, 2004a; Baptista et al, 2007; suber, 2007; harnad, 2008) -, sendo até considerada por harnad (2005a), como a estratégia que pode conduzir, de forma mais rápida, à concretização do objectivo (utópico para alguns), de ter 100% da literatura científica em acesso livre.

É, pois, de grande valor e interesse o desenvolvimento e a investiga-ção desta área, repositórios digitais institucionais, especialmente para o al. os trabalhos de investigação nesta área são muitas vezes realizados na forma de estudos de utilizadores. no entanto, na generalidade dos ca-sos, estes estudos não cruzam informação entre si, nem confrontam re-sultados, embora denotem conhecimento de outros estudos realizados. o estudo que realizámos pretendeu exactamente colmatar esta lacuna, e por isso centrou-se na análise dos resultados de estudos já feitos a repo-sitórios digitais científicos. a finalidade desta abordagem foi coligir e sis-tematizar a informação encontrada na literatura, reflectir criticamente, e comparar os estudos mais relevantes sobre este assunto.

o contributo deste tipo de trabalho e de revisão de literatura é a sistematização de informação, neste caso relativa aos resultados de es-tudos sobre repositórios, e através desta sistematização, a identificação de aspectos melhor e pior cobertos pelos estudos analisados.

na próxima secção apresentamos as metodologias de recolha, e análise, da informação sobre os estudos de ri de al, para posterior-mente procedermos à sua discussão.

metodologia

descreve-se, de seguida, a metodologia de pesquisa bibliográfica e a me-todologia para análise dos estudos, usadas no nosso trabalho.

Para efectuar as pesquisas utilizámos os seguintes recursos biblio-gráficos: scopus, isi Web of Knowledge, doaJ, rCaaP, Googlescholar; repositórios de algumas universidades como Cornell, loughborough,

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Minho, southampton, Worcester; portais de pesquisa da aCM, e-lis, sciencedirect, springerlink; site do projecto Jorum2.

Utilizamos as seguintes palavras-chave na pesquisa: digital repo-sitory, institutional repository, user analysis, user study, survey, e open ac-cess, e variadas combinações delas.

os critérios para selecção dos documentos foram os seguintes:

trabalhos publicados entre 2006 e 2008;•estudos publicados em revistas científicas da área Bibliotecas e •Ciência da informação, tais como: american scientist, ariadne, d-lib, international Journal on digital libraries, The Journal of academic librarianship;estudos assumidamente sobre acesso livre e repositórios, pre-•ferencialmente ri;

Para a nossa pesquisa, consideramos como trabalhos válidos estu-dos descritos através de artigos ou relatórios. o âmbito da nossa revisão abrangeu o período de 2006 a 2008, porque é um período relativamen-te actual e não muito longo3. durante a realização do estudo, viríamos ainda a incluir na nossa análise trabalhos anteriores a 2006, quando citados pelos trabalhos inicialmente seleccionados.

Para proceder à análise da informação recolhida, analisámos os es-tudos sob a perspectiva da metodologia usada, dos resultados obtidos, e das recomendações feitas, e descrevemo-los sob esses pontos de vista:

objectivo: • Qual o objectivo do estudo realizado?

Metodologia: • Que metodologia foi utilizada para efectuar o estudo?

2 JorUM Website, disponível em http://www.jorum.ac.uk/ . a procura dentro deste site justifica-se pela relevância do projecto na área de repositórios educativos, e pela grande quantidade de publicações, especialmente relatórios, que produz.

3 dada a morosidade do processo de tratamento e análise de dados, só em finais de 2009 foi possível apresentar publicamente os resultados deste estudo, e em 2010 pu-blicarmos, através deste texto, parte do estudo realizado.

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resultados: • Que resultados obtiveram com o estudo?

recomendações: • Que recomendações fazem, resultantes do estudo realizado?

observações: • Que observações pessoais da nossa parte nos suscitam os estudos realizados?

no sentido de sistematizar a análise dos estudos, examinámos as descrições relativamente ao processo de recolha e análise de dados, foco e abrangência de cada estudo, e catalogámos a informação descrita nos resultados e recomendações segundo os tópicos de interesse para a investigação. Para a catalogação concebemos as etiquetas4 listadas no quadro 1.

Posteriormente, a partir das descrições realizadas e da informação catalogada fizemos a discussão e reflexão crítica dos estudos.

Tópico Etiqueta

comportamentos C

problemas P

motivação M

incentivos i

auto arquivo a

processo de depósito Pd

políticas e estratégias instit. Pei

diferenças disciplinares dd

pesquisa pesq

contribuicão cont

Quadro 1 - etiquetas usadas para catalogar a informação relativa aos resultados e

recomendações

4 os tópicos de investigação em ri foram identificados na revisão de literatura.

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estudos encontrados

Com os critérios por nós definidos, e referidos atrás, encontrámos os trabalhos listados no quadro 2. Usamos a designação global “trabalho” visto alguns serem artigos e outros relatórios.

optamos por listar os trabalhos por ordem decrescente de data de publicação. alguns são anteriores a 2006, porque, tal como referido atrás, foram citados em outros trabalhos que faziam parte do conjunto originalmente seleccionado.

Trabalho nº Ano public. Trabalho publicado (autor/data/titulo)

1 2008Kingsley, danny (2008). repositories, research and reporting: the conflict between institutional and disciplinary needs.

2 2007sequeiros, Paula (2007). repositórios de acesso aberto em Portugal: situação presente, alguns resultados e perspectivas futuras.

3 2007Xia, Jingfeng (2007). assessment of self-archiving in institutional repositories: across disciplines.

4 2007Watson, sarah (2007). authors’ attitudes to, and awareness and Use of, a University institutional repository.

5 2007Carr, leslie; Brody, tim (2007). size isn’t everything: sustainable repositories as evidenced by sustainable deposit Profiles.

6 2007davis, Phillip; Connolly, Matthew (2007). institutional repositories: evaluating the reasons for non-Use of Cornell University’s installation of dspace.

7 2007

rovira, Cristofol; Marcos, Mari-Carmen; Codina, lluís (2007). repositorios de publicaciones digitales de libre acceso en europa: análisis y valoración de la accesibilidad, posicionamiento web y calidad del código digital.

8 2007Xia, Jingfeng; sun, li (2007). assessment of self-archiving in institutional repositories: depositorship and Full-text availability.

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Trabalho nº Ano public. Trabalho publicado (autor/data/titulo)

9 2006swan, alma (2006). The culture of open access: researchers’ views and responses.

10 2005lynch, Clifford; lippincott, Joan (2005). institutional repository deployment in the United states as of early 2005.

11 2005van Westrienen, Gerard; lynch, Clifford (2005). academic institutional repositories: deployment status in 13 nations as of mid 2005.

12 2005swan, alma; Brown, sheridan (2005). open access self-archiving: an author study.

13 2005swan, alma (2005). open access self-archiving: an introduction.

14 2004swan, alma; Brown, sheridan (2004b). report of the JisC/osi open access journal authors survey.

15 2004swan, alma; Brown, sheridan (2004a). authors and open access publishing.

Quadro 2 - trabalhos encontrados sobre ris

dos trabalhos listados no quadro 2, alguns dizem respeito ao mes-mo estudo, pelo que não faz sentido aparecerem como estudos separa-dos. Concretamente, referimo-nos aos trabalhos referenciados no par de linhas 14,15 e no trio 9,12,13 do quadro 2. relativamente aos tra-balhos referenciados nas linhas 14 e 15, observa-se que swan e Brown publicaram, em 2004, dois trabalhos: swan & Brown (2004a); swan & Brown (2004b). após leitura verificámos que são, no entanto, sobre o mesmo estudo, pelo que os agrupámos, considerando-os como parte do mesmo estudo. analogamente, nos trabalhos referenciados pelas linhas 9 e 13, observámos publicações de 2006 e 2005 de swan: swan (2006); swan (2005), mas numa posterior leitura verificamos tratar-se do mes-mo estudo referenciado na linha 12, isto é, swan & Brown (2005). no-meadamente, o referenciado pela linha 13 é composto por secções do trabalho/relatório referenciado pela linha 12. assim, agrupamos os três trabalhos, e relacionámo-los com o mesmo estudo.

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ainda sobre a mesma lista de trabalhos, em alguns, embora sendo estudos sobre ri, o foco da investigação não se enquadra verdadeira-mente no foco deste trabalho, que é em estudos que incidem sobre a utilização de ri. Por não se enquadrarem neste nosso objectivo não os vamos considerar, e indicamos de seguida os cinco trabalhos que estão nessas condições.

na leitura do trabalho referenciado na linha 7, rovira et al (2007), verificámos que, embora seja um estudo sobre repositórios, debruça-se especificamente sobre a verificação de critérios de qualidade relaciona-dos com o al à informação em repositórios. não se enquadrando no objectivo do nosso trabalho, retirámo-lo da nossa lista.

na leitura do trabalho referenciado na linha 2, sequeiros (2007), verificamos tratar-se de um estudo de levantamento da situação actual dos repositórios de al em Portugal. similarmente, o trabalho referen-ciado na linha 10, lynch & lippincott (2005), é um estudo que foca o estado actual dos ri nos eUa. Por último, o trabalho referenciado na linha 11, van Westrienen & lynch (2005), aborda o estado actual de implantação de ri em 13 países, num primeiro esforço para colher da-dos comparativos internacionais sobre implantação de ri de um modo sistemático. nenhum destes 3 trabalhos se enquadra no objectivo do nosso trabalho, por isso retirámo-los da nossa lista.

de modo semelhante, também o trabalho referenciado na linha 5, Carr & Brody (2007), não se enquadra no objectivo do nosso trabalho, já que se trata de um estudo para desenvolvimento de métricas de adop-ção de ri. assim, retirámo-lo da nossa lista.

na sequência das decisões a que acabamos de fazer referência, re-formulamos o quadro anterior, e apresentamos no quadro 3 os estudos encontrados sobre ri que foram objecto da nossa meta-análise, organi-zando-os por tipo de estudo.

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Estudo nº Trabalho nº Ano public. Trabalho publicado (autor/data/titulo)

i1 1 2008

Kingsley, danny (2008). repositories, research and reporting: the conflict between institutional and disciplinary needs.

i2 3 2007Xia, Jingfeng (2007). assessment of self-archiving in institutional repositories: across disciplines.

i3 8 2007

Xia, Jingfeng; sun, li (2007). assessment of self-archiving in institutional repositories: depositorship and Full-text availability.

i4 4 2007Watson, sarah (2007). authors’ attitudes to, and awareness and Use of, a University institutional repository.

i5 6 2007

davis, Phillip; Connolly, Matthew (2007). institutional repositories: evaluating the reasons for non-Use of Cornell University’s installation of dspace.

i6

9

12

13

2006

2005

2005

swan, alma (2006). The culture of open access: researchers’ views and responses.swan, alma; Brown, sheridan (2005). open access self-archiving: an author study.swan, alma (2005). open access self-archiving: an introduction.

i714

15

2004

2004

swan, alma; Brown, sheridan (2004b). report of the JisC/osi open access journal authors survey.swan, alma; Brown, sheridan (2004a). authors and open access publishing.

Quadro 3 - estudos encontrados sobre ris

descrição dos estudos

Cada um dos artigos/relatórios listados no quadro 3 foi analisado cui-dadosamente para determinar o objectivo do estudo, que metodologia tinha sido utilizada, que resultados tinham sido obtidos, e que reco-mendações faziam os autores. nem sempre a informação a extrair dos

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estudos estava bem segmentada em alguma secção, tendo sido neces-sário extrair alguns resultados e recomendações que se encontravam dispersos ao longo dos documentos.

decidimos colocar a informação sob a forma de quadro (ver Qua-dro 4), por ser um modo de apresentação mais sistemático, e procura-mos apenas incluir a informação que consideramos importante, para apoiar a discussão no próximo tópico.

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ma

trad

icio

nal c

ultu

ra d

e pa

rtilh

a de

pre

prin

ts,

outr

as n

ão (q

uím

ica,

por

exe

mpl

o); r

epos

itór

ios

disc

iplin

ares

(a

rXiv

, por

exe

mpl

o) q

ue a

utom

atiz

am p

ráti

cas

corr

ente

s, tê

m

men

os p

robl

emas

em

faci

litar

um

sen

tim

ento

de

apro

pria

ção

pelo

s ut

iliza

dore

s; c

onfli

tos

surg

em q

uand

o a

inst

itui

ção

impõ

e pr

átic

as

de p

ublic

ação

que

est

ão e

m d

esac

ordo

com

as

prát

icas

con

side

rada

s ac

eitá

veis

pel

a co

mun

idad

e de

inve

stig

ador

es d

e um

a di

scip

lina;

re

conh

ecen

do e

end

ereç

ando

as

dife

rent

es n

eces

sida

des

das

disc

iplin

as p

ode

resu

ltar

num

a al

ta p

roba

bilid

ade

de u

so d

e r

i ent

re

os a

cadé

mic

os (p

or e

xem

plo,

na

QU

t re

solv

eu-s

e um

con

flito

ent

re

inte

ress

es d

a in

stit

uiçã

o e

dos

acad

émic

os e

cono

mis

tas,

atr

avés

da

cola

bora

ção

entr

e o

ri e

o re

posi

tóri

o di

scip

linar

dos

eco

nom

ista

s - r

ePec

- pa

ra s

atis

faze

r a

nece

ssid

ade

de re

conh

ecim

ento

dos

in

vest

igad

ores

);

rep

osit

ório

dev

e es

pelh

ar

as e

xpec

tati

vas

dos

“col

égio

s in

visí

veis

” aca

dém

icos

, par

a se

r us

ado

volu

ntar

iam

ente

pa

ra a

lgo

mai

s do

que

ob

riga

ção

inst

ituc

iona

l/go

vern

amen

tal d

e co

mun

icaç

ão d

e re

sult

ados

;Po

lític

a m

anda

tári

a po

de

ser

útil

para

o u

so d

e r

i m

as é

nec

essá

rio

ter

em

cons

ider

ação

as

dife

renç

as

cult

urai

s da

s di

scip

linas

na

publ

icaç

ão d

e re

sult

ados

e

com

port

amen

tos

de

pesq

uisa

de

info

rmaç

ão p

ara

cons

egui

r su

cess

o no

ri;

dif

ícil

mud

ar p

ráti

cas,

o

mel

hor

é ad

apta

r o

repo

sitó

rio

e re

spon

der

às n

eces

sida

des

dos

inve

stig

ador

es n

o ap

oio

a es

sas

prát

icas

;

Repositorios institucionais.indd 102 13/11/2010 10:40:46

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 103

Tip

o es

tudo

/ o

bjec

tivo

Met

odol

ogia

Res

ulta

dos

Rec

omen

daçõ

es

i2

estu

do s

obre

prá

tica

s de

aut

o-ar

quiv

o em

4 d

isci

plin

as, e

m 7

r

i de

univ

ersi

dade

s (d

e al

guns

pa

íses

eur

opeu

s e

aus

trál

ia);

det

erm

inar

com

o o

auto

-ar

quiv

o te

m s

ido

real

izad

o ne

ssas

dis

cipl

inas

(quí

mic

a,

físi

ca, e

cono

mia

e s

ocio

logi

a),

e ve

rific

ar s

e au

tore

s fa

mili

ariz

ados

com

repo

sitó

rios

di

scip

linar

es e

stão

mai

s pr

edis

post

os p

ara

o au

to-

arqu

ivo

em r

i;

aná

lise

com

para

tiva

de

taxa

s de

de

pósi

to;

Crit

ério

s de

sel

ecçã

o do

s r

i: (1

) us

ar o

sof

twar

e eP

rint

s (p

orqu

e pe

rmit

e um

cam

po n

ome

do

depo

sitá

rio)

, (2)

tam

anho

do

ri

(mai

or n

umer

o do

cum

ento

s);

dad

os re

colh

idos

: em

cad

a r

i foi

obt

ido

o nú

mer

o de

de

pósi

tos

em c

ada

disc

iplin

a;

em c

ada

item

foi i

dent

ifica

do o

de

posi

tári

o, d

ata

do d

epós

ito,

di

spon

ibili

dade

em

text

o in

tegr

al, t

ipo

e fo

rmat

o do

item

; in

form

ação

adi

cion

al, c

omo

dim

ensã

o e

polít

ica

de d

epós

ito,

fo

i obt

ida

a pa

rtir

da

pági

na w

eb

de c

ada

depa

rtam

ento

; alg

uns

quoc

ient

es fo

ram

cal

cula

dos

para

efe

itos

de

com

para

ção;

sele

cção

das

dis

cipl

inas

: fí

sica

e e

cono

mia

por

que

têm

re

posi

tóri

os d

isci

plin

ares

de

reno

me

inte

rnac

iona

l; qu

ímic

a e

soci

olog

ia, p

orqu

e nã

o tê

m;

rec

olha

de

dado

s: J

an 2

007

Um

a cu

ltur

a di

scip

linar

não

é o

bvia

men

te p

rese

nte;

aut

o-ar

quiv

o é

regu

lado

por

um

sis

tem

a de

liga

ção

e um

a po

litic

a in

stit

ucio

nal

com

puls

iva;

as

mai

s al

tas

taxa

s de

dep

ósit

o, e

m 5

dos

ri,

fora

m e

m q

uím

ica

e so

ciol

ogia

; só

2 do

s r

i apr

esen

tam

alt

as ta

xas

de d

epós

ito

em fí

sica

e

econ

omia

; num

a an

ális

e m

ais

deta

lhad

a so

bre

este

s 2,

num

del

es,

veri

fica-

se q

ue, e

m e

cono

mia

, só

2.3%

dos

dep

ósit

os fo

ram

por

aut

o-ar

quiv

o, 9

7.7%

fora

m fe

itos

por

adm

inis

trat

ivos

; no

outr

o, e

m fí

sica

, 90

% d

os d

epós

itos

com

pree

ndia

m te

ses

e di

sser

taçõ

es d

e es

tuda

ntes

;a

aná

lise

em p

arti

cula

r do

aut

o-ar

quiv

o re

vela

que

, num

dos

ri e

m

que

o de

pósi

to é

obr

igat

ório

, a ta

xa d

e au

to-a

rqui

vo é

alt

a;o

s re

sult

ados

enc

ontr

ados

não

sup

orta

m a

hip

ótes

e de

que

ár

eas

disc

iplin

ares

fam

iliar

izad

as c

om re

posi

tóri

os d

isci

plin

ares

de

al,

est

ão m

ais

pred

ispo

stas

par

a co

ntri

buir

par

a r

i; nã

o fo

i en

cont

rado

nen

hum

pad

rão

part

icul

ar d

e ta

xas

de d

epós

ito

nas

4 di

scip

linas

e n

os 7

ri;

asp

ecto

s op

erac

iona

is d

os r

i, co

mo

depó

sito

ass

isti

do e

dep

ósit

o ob

riga

tóri

o pa

rece

m te

r um

efe

ito

mai

s si

gnifi

cati

vo n

as ta

xas

de d

epós

ito;

no

enta

nto,

isto

leva

nta

ques

tões

ace

rca

de c

omo

isto

af

ecta

rá o

uso

de

ri,

isto

é, e

m c

asos

em

que

os

mem

bros

não

têm

ne

nhum

pap

el n

a co

ntri

buiç

ão p

ara

um r

i, e

não

estã

o fa

mili

ariz

ados

co

m e

le, i

rão

de fa

cto

usá-

lo?

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

----

-Co

men

tári

o pe

ssoa

l: óp

tim

o m

étod

o pa

ra re

unir

dad

os a

cerc

a de

pr

átic

as d

e au

to-a

rqui

vo; a

lgun

s do

s cá

lcul

os a

pres

enta

dos

não

são

mui

to c

laro

s; fo

i usa

da u

ma

esti

mat

iva

de p

rodu

tivi

dade

de

prod

ução

ci

entí

fica

por

disc

iplin

a ca

lcul

ada

e pu

blic

ada

num

art

igo

de 1

977;

se

rá a

inda

vál

ida

em 2

007?

Profi

ssio

nais

de

ri

deve

m c

ham

ar a

ate

nção

do

s re

spon

sáve

is d

as

bibl

iote

cas,

dep

arta

men

tos

e un

iver

sida

des,

par

a a

nece

ssid

ade

de u

ma

polít

ica

com

puls

iva

para

gar

anti

r o

suce

sso

do r

i;

Repositorios institucionais.indd 103 13/11/2010 10:40:46

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104 • repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento

Tip

o es

tudo

/ o

bjec

tivo

Met

odol

ogia

Res

ulta

dos

Rec

omen

daçõ

es

i3

estu

do s

obre

prá

tica

s de

aut

o-ar

quiv

o pe

lo p

rópr

io a

utor

, em

9

ri d

e un

iver

sida

des

(de

algu

ns

país

es e

urop

eus

e a

ustr

ália

);

aval

iar

o su

cess

o do

aut

o-ar

quiv

o em

al

em v

ário

s r

i be

m c

onhe

cido

s, a

trav

és d

a an

ális

e do

s fa

ctor

es d

epos

itár

io

e di

spon

ibili

dade

de

text

o in

tegr

al

aná

lise

quan

tita

tiva

de

cont

eúdo

s de

posi

tado

s;Fa

ctor

es a

plic

ados

: nom

e do

de

posi

tári

o, d

ispo

nibi

lidad

e do

te

xto

inte

gral

; Cr

itér

ios

de s

elec

ção

dos

ri:

(1)

usar

o s

oftw

are

ePri

nts

(por

que

perm

ite

um c

ampo

nom

e do

de

posi

tári

o), (

2) ta

man

ho d

o r

i (m

aior

num

ero

docu

men

tos,

co

nsid

eran

do q

ue q

uant

o m

ais

tem

po te

m, m

ais

cont

eúdo

s ac

umul

ou e

por

tant

o m

elho

r re

puta

ção

terá

);ex

cluí

dos:

repo

sitó

rios

de

inst

itut

os d

e ci

ênci

a ou

te

cnol

ogia

, dad

o qu

e se

pr

eten

de e

stud

ar o

sec

tor

univ

ersi

tári

o; F

oram

se

lecc

iona

dos

9 r

i, fic

ando

rios

paí

ses

repr

esen

tado

s ne

sta

sele

cção

;

rec

olha

de

dado

s: o

ut 2

006

taxa

de

auto

-arq

uivo

exe

cuta

do p

elo

auto

r é

baix

a, a

mai

oria

dos

de

pósi

tos

é fe

ita

por

técn

icos

de

bibl

iote

cas

e pe

ssoa

l adm

inis

trat

ivo;

a

mai

or p

arte

dos

doc

umen

tos

nos

ri a

nalis

ados

, no

cam

po

“dep

osit

ed b

y” te

m (1

) um

nom

e qu

e nã

o é

de n

enhu

m d

os a

utor

es,

ou (2

) um

a ab

revi

atur

a do

dep

arta

men

to o

u es

cola

, ou

(3) a

lgum

a co

isa

que

indi

ca q

ue o

doc

umen

to fo

i im

port

ado

auto

mat

icam

ente

po

r al

gum

pro

gram

ad

epos

itar

art

igos

por

out

ros

é um

a da

s es

trat

égia

s en

cont

rada

s pa

ra

prom

over

o re

crut

amen

to d

e co

nteú

dos

para

os

ri;

taxa

de

disp

onib

ilid

ade

do t

exto

inte

gral

é b

aixa

, exc

epto

par

a re

posi

tóri

os d

a a

ustr

ália

;U

ma

alta

taxa

de

disp

onib

ilida

de d

e te

xto

inte

gral

pod

erá

esta

r re

laci

onad

a co

m u

ma

polít

ica

de d

epós

ito

obri

gató

rio,

mas

não

se

pode

afir

mar

cat

egor

icam

ente

;in

vest

igad

ores

est

ão m

ais

inte

ress

ados

na

leit

ura

do te

xto

inte

gral

de

um a

rtig

o do

que

no a

bstr

act.

o v

alor

de

um r

i irá

dim

inui

r se

a

mai

oria

dos

seu

s co

nteú

dos

são

met

adad

os c

om a

bstr

act s

ó, o

u pi

or

aind

a, m

etad

ados

sem

abs

trac

t, e

se

links

par

a a

vers

ão in

tegr

al d

o te

xto

se to

rnar

em in

disp

onív

eis;

Pela

iden

tific

ação

de

dife

rent

es p

ráti

cas

de

auto

-arq

uivo

, os

gest

ores

de

ri p

odem

cri

ar

dife

rent

es e

stra

tégi

as p

ara

a op

erac

iona

lidad

e do

s se

us re

posi

tóri

os, e

par

a o

dese

nvol

vim

ento

de

polit

icas

de

arq

uivo

;a

s es

trat

égia

s po

dem

en

volv

er o

sup

orte

de

bibl

iote

cári

os o

u al

guém

es

pecí

fico

do d

epar

tam

ento

, se

ndo

este

últ

imo

um

mod

elo

mai

s pr

átic

o;

Repositorios institucionais.indd 104 13/11/2010 10:40:46

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 105

Tip

o es

tudo

/ o

bjec

tivo

Met

odol

ogia

Res

ulta

dos

Rec

omen

daçõ

es

i4

estu

do s

obre

os

com

port

amen

tos,

ati

tude

s e

preo

cupa

ções

dos

au

tore

s re

lati

vam

ente

à

publ

icaç

ão c

ient

ífica

, e a

inda

, co

nhec

imen

to q

ue tê

m e

us

o qu

e fa

zem

do

seu

ri,

Cran

field

QU

epri

nts

(QU

);

iden

tific

ar fa

ctor

es q

ue

pode

m e

ncor

ajar

ou

dese

ncor

ajar

os

auto

res

a de

posi

tar

o se

u tr

abal

ho

no r

i e fo

rnec

er e

ssa

info

rmaç

ão à

Bib

liote

ca;

entr

evis

ta e

stru

tura

da, p

erm

itin

do a

os

auto

res

expr

imir

-se

por

pala

vras

sua

s;en

trev

ista

dos:

21

auto

res

dist

ribu

ídos

pe

las

3 es

cola

s da

Uni

vers

idad

e de

Cr

anfie

ld;

ana

lise

dos

dado

s: a

abo

rdag

em

grou

nded

theo

ry fo

i ado

ptad

a pa

ra

anal

isar

os

dado

s qu

alit

ativ

os (r

espo

stas

do

s au

tore

s fo

ram

com

para

das,

e

resp

osta

s si

mila

res

fora

m c

ateg

oriz

adas

co

m b

ase

nos

dado

s, e

m v

ez d

e id

eias

pr

econ

cebi

das

do e

ntre

vist

ador

);Q

uest

ões

feit

as: Q

ual a

pri

ncip

al

mot

ivaç

ão p

ara

publ

icar

/par

tilh

ar o

tr

abal

ho c

om o

utro

s? C

omo

part

ilha

a su

a in

vest

igaç

ão c

om o

utro

s,

norm

alm

ente

? Co

loco

u al

gum

a ve

z o

seu

trab

alho

dis

poní

vel g

ratu

itam

ente

na

web

? Q

ue m

étod

os u

sa p

ara

pesq

uisa

r tr

abal

ho d

e ou

tros

? Pu

blic

ou

algu

ma

vez

em re

vist

as d

e a

l?

dep

osit

ou a

lgum

a ve

z al

gum

trab

alho

no

QU

? h

á al

gum

a co

ndiç

ão q

ue

gost

asse

de

impo

r an

tes

de c

onco

rdar

em

dep

osit

ar/

cont

inua

r a

depo

sita

r o

seu

trab

alho

no

QU

? a

lgum

a ve

z di

scut

iu c

om u

m e

dito

r a

rete

nção

dos

se

us d

irei

tos

de a

utor

? Q

ue v

ersã

o do

se

u tr

abal

ho g

osta

ria

de v

er in

cluí

da n

o Q

U?

Porq

uê?

Qua

l ser

ia a

sua

gra

nde

preo

cupa

ção

rela

tiva

men

te a

dep

osit

ar

o se

u tr

abal

ho n

o Q

U?

Que

ben

efíc

ios

vê e

m c

oloc

ar c

ópia

do

seu

trab

alho

no

QU

? Q

ue m

otiv

açõe

s te

ria

para

o

faze

r? Q

uem

pre

feri

a qu

e fiz

esse

o

auto

-arq

uivo

(ist

o é,

o d

epós

ito)

do

seu

trab

alho

?

rec

olha

de

dado

s: p

erío

do n

ão

men

cion

ado

Mot

ivaç

ão p

ara

publ

icar

e o

nde

publ

icar

: ser

um

inve

stig

ador

act

ivo

para

o

sist

ema

de a

valia

ção

de i&

d, p

rogr

essã

o na

car

reir

a;M

eio

de p

ubli

caçã

o qu

e re

fere

m u

sar:

revi

stas

cie

ntífi

cas,

art

igos

em

co

nfer

ênci

as; q

uase

met

ade

dos

auto

res

tinh

a us

ado

a w

eb, m

as n

ão o

re

feri

ram

esp

onta

neam

ente

; M

étod

os q

ue u

sam

par

a pr

ocur

ar in

form

ação

/tra

balh

o de

out

ros:

re

curs

os e

lect

róni

cos

da b

iblio

teca

, inc

luin

do s

ervi

ços

de a

lert

a, e

goo

gle/

goog

lesc

hola

r;Pu

blic

ação

em

revi

stas

de

AL:

14%

já o

tinh

a fe

ito,

mas

não

o ir

iam

faze

r no

vam

ente

, ale

gand

o qu

e es

tas

revi

stas

não

são

bem

cot

adas

no

sist

ema

de

aval

iaçã

o de

i&d

;r

esul

tado

s su

gere

m q

ue o

s au

tore

s es

tão

mai

s à

vont

ade

para

usa

r a

web

na

proc

ura

de in

form

ação

, do

que

para

dis

sem

inar

o s

eu tr

abal

ho; e

tam

bém

que

em

bora

mui

tos

dos

auto

res

tenh

am d

ispo

nibi

lizad

o o

seu

trab

alho

via

web

, nã

o é

o se

u m

étod

o ha

bitu

al e

é u

ma

esco

lha

rem

ota;

ape

sar

de u

ma

razo

ável

div

ulga

ção,

mui

tos

auto

res

cont

inua

m s

em s

aber

do

QU

, nem

est

ão a

o co

rren

te d

o se

u pr

opós

ito,

ou

entã

o, s

abem

da

sua

exis

tênc

ia, m

as c

onti

nuam

des

inte

ress

ados

;a

s 2

cond

içõe

s m

ais

refe

rida

s qu

e im

põem

par

a o

depo

sito

: tra

balh

o te

r si

do re

vist

o po

r pa

res

(14%

), e

o de

pósi

to n

ão a

carr

etar

pro

blem

as c

om

edit

oras

(9.5

%);

Preo

cupa

ções

com

o d

epós

ito:

76%

refe

rira

m n

ão te

r; a

s m

enci

onad

as

esta

vam

ass

ocia

das

a ri

scos

de

part

ilha

de tr

abal

ho e

m q

ualq

uer

form

ato,

o só

em

ri,

com

o po

r ex

empl

o, r

isco

de

plág

io e

uso

do

trab

alho

par

a fin

s co

mer

ciai

s nã

o au

tori

zado

s; ta

mbé

m o

tem

po e

nvol

vido

no

depó

sito

foi

invo

cado

, e a

inda

rece

io d

e du

plic

ação

de

esfo

rço,

um

a ve

z qu

e já

sub

met

iam

o

trab

alho

no

sist

ema

de a

valia

ção

de i&

d d

o de

part

amen

to;

Ben

efíc

ios

com

o d

epós

ito

no Q

U: m

aior

aud

iênc

ia (6

7%),

mai

s ci

taçõ

es

(43%

); pa

ra a

mai

oria

dos

aut

ores

, um

a di

ssem

inaç

ão m

ais

alar

gada

do

seu

trab

alho

atr

ai-o

s e

é um

a m

otiv

ação

;M

otiv

ação

de

quem

já ti

nha

depo

sita

do: e

m re

spos

ta a

um

ped

ido

da

bibl

iote

ca (4

4%),

pote

ncia

l aum

ento

de

visi

bilid

ade

do tr

abal

ho (4

4%),

aum

ento

de

cita

ções

(22%

);A

uto-

arqu

ivo

vs d

epós

ito

med

iado

: 76%

pre

fere

m q

ue o

dep

ósit

o se

ja fe

ito

por

pess

oal d

a bi

blio

teca

, 24%

refe

rira

m, n

a su

a re

spos

ta, q

ue n

ão q

uere

m s

er

eles

pró

prio

s a

faze

r o

depó

sito

;o

s au

tore

s ve

rbal

izar

am p

ouca

s pr

eocu

paçõ

es o

u co

ndiç

ões

rela

tiva

men

te à

in

clus

ão d

o se

u tr

abal

ho n

o Q

U, m

as s

ente

m q

ue is

so s

erá

uma

tare

fa e

xtra

e

inco

nven

ient

e, a

lém

dos

seu

s af

azer

es; t

odos

os

auto

res

refe

rem

pel

o m

enos

um

ben

efíc

io d

e de

posi

tar

cópi

a do

seu

trab

alho

no

QU

, mas

mui

tos

sent

em-

se in

segu

ros

e pr

efer

em d

epen

der

da B

iblio

teca

par

a o

depó

sito

;

Para

que

o r

i sej

a be

m s

uced

ido

prec

isa

de s

e po

sici

onar

de

form

a co

nfor

táve

l com

as

mot

ivaç

ões

dos

auto

res

para

pub

licar

;n

eces

sida

de d

e m

ais

divu

lgaç

ão

sobr

e o

prop

ósit

o do

ri;

nec

essá

rio

desc

obri

r m

anei

ras

de

envo

lver

os

auto

res

de fo

rma

mai

s pr

o-ac

tiva

, e e

mbe

ber

o r

i nas

sua

s pr

átic

as d

e tr

abal

ho;

nec

essi

dade

de

expl

orar

que

stõe

s co

mo

copy

righ

t e c

lass

ifica

ção;

Repositorios institucionais.indd 105 13/11/2010 10:40:46

Page 16: estUdos soBre rePositÓrios institUCionais: metodologias ...estUdos soBre rePositÓrios institUCionais: metodologias, resultados e recomendações ... Repositorios institucionais.indd

106 • repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento

Tip

o es

tudo

/ o

bjec

tivo

Met

odol

ogia

Res

ulta

dos

Rec

omen

daçõ

es

i5

estu

do s

obre

a p

arti

cipa

ção

dos

acad

émic

os n

os r

is

inve

stig

ar c

omo

tem

sid

o ad

opta

do o

dsp

ace

na

Uni

vers

idad

e de

Cor

nell.

det

erm

inar

par

a qu

e fin

s es

tão

os in

diví

duos

e c

omun

idad

es

a us

á-lo

.id

enti

ficar

as

razõ

es q

ue fa

zem

de

ter

ou d

esen

cora

jar

os

acad

émic

os d

e us

ar o

ri.

estu

do e

m 3

par

tes:

1ª -

desc

riçã

o do

con

teúd

o e

part

icip

ação

no

Corn

ell’d

spac

e;

dado

s re

colh

idos

par

a o

calc

ulo

das

esta

tíst

icas

: num

ero

de

obje

ctos

, tip

o de

obj

ecto

s,

num

ero

de c

omun

idad

es e

co

lecç

ões,

taxa

s de

par

tici

paçã

o;2ª

- co

mpa

raçã

o co

m re

sult

ados

de

7 u

nive

rsid

ades

tam

bém

co

m in

stal

açõe

s d

spac

e; p

ara

a co

mpa

raçã

o fo

ram

reco

lhid

os

os m

esm

os d

ados

nes

tas

univ

ersi

dade

s;3ª

- en

trev

ista

s co

m 1

1 ac

adém

icos

da

Corn

ell n

as

área

s de

ciê

ncia

s, c

iênc

ias

soci

ais

e hu

man

idad

es, p

ara

expl

orar

ati

tude

s, m

otiv

ação

e

com

port

amen

tos

rela

tivo

s ao

us

o de

repo

sitó

rios

dig

itai

s;

rec

olha

de

dado

s: o

ut a

nov

20

06

Corn

ell’d

spac

e es

tá s

ub-p

opul

ado

e é

sub-

usad

o pe

los

mem

bros

da

com

unid

ade;

mui

tas

cole

cçõe

s va

zias

ou

com

pou

cos

iten

s; o

r

i, no

seu

tod

o, g

oza

de u

m c

resc

imen

to e

stáv

el, n

o en

tant

o só

um

peq

ueno

núm

ero

de c

olec

ções

apr

esen

ta u

m p

adrã

o de

cr

esci

men

to e

stáv

el; a

mai

or p

arte

das

col

ecçõ

es p

arec

e es

tar

a se

r us

ada

para

con

stru

ir a

rqui

vos

de c

olec

ções

, que

r at

ravé

s de

um

dep

ósit

o ún

ico,

que

r at

ravé

s de

adi

ção

auto

mát

ica

de g

rupo

s de

mat

eria

l; as

col

ecçõ

es q

ue e

xper

imen

tam

um

cre

scim

ento

re

gula

r, s

ão a

quel

as e

m q

ue a

uni

vers

idad

e fe

z um

inve

stim

ento

ad

min

istr

ativ

o, ta

l com

o so

licit

ar o

dep

ósit

o de

tese

s e

diss

erta

ções

.n

as in

stit

uiçõ

es e

m q

ue o

dsp

ace

foi i

mpl

emen

tado

com

um

a es

trut

ura

ao n

ível

de

toda

a u

nive

rsid

ade,

e la

nçad

o já

com

o c

onju

nto

de c

omun

idad

es e

col

ecçõ

es d

efini

das,

a p

erce

ntag

em d

e co

lecç

ões

vazi

as é

alt

a; is

to p

ode

dese

ncor

ajar

con

trib

uido

res,

vis

to

que

o fa

z pa

rece

r va

zio;

ao

cont

rári

o, u

ma

com

unid

ade

gran

de e

ac

tiva

men

te c

resc

ente

pod

e se

r pe

rceb

ida

com

o de

alt

o va

lor

para

um

pot

enci

al c

ontr

ibui

dor,

e en

cora

jar

a pa

rtic

ipaç

ão.

Raz

ões

apon

tada

s pa

ra o

uso

de

repo

sitó

rios

: per

man

ênci

a da

in

form

ação

, pre

ssão

das

agê

ncia

s de

fina

ncia

men

to, o

port

unid

ade

de

divu

lgaç

ão, “

chan

cela

” do

regi

sto

de n

ovas

idei

as;

Raz

ões

apon

tada

s pa

ra o

não

-uso

de

repo

sitó

rios

: red

undâ

ncia

co

m o

utro

s m

eios

de

diss

emin

ação

de

info

rmaç

ão, c

urva

de

apre

ndiz

agem

, con

fusã

o re

lati

vam

ente

a co

pyri

ght,

med

o de

plá

gio,

as

soci

ação

do

trab

alho

com

out

ros

de q

ualid

ade

ques

tion

ável

, in

defin

ição

do

conc

eito

de

trab

alho

cie

ntífi

co p

ublic

ado,

repu

taçã

o e

impo

rtân

cia

do a

val d

e ou

tros

;a

Uni

v. C

orne

ll é

uma

inst

itui

ção

com

recu

rsos

, per

mit

indo

que

os

acad

émic

os te

nham

ace

sso

a ex

cele

ntes

rec

urso

s de

info

rmaç

ão;

por

isso

, est

es e

nten

dem

a c

rise

da

com

unic

ação

cie

ntífi

ca e

do

aces

so

à lit

erat

ura

com

o um

não

-pro

blem

a; m

embr

os d

a Co

rnel

l têm

pou

co

conh

ecim

ento

e p

ouca

mot

ivaç

ão p

ara

usar

o d

spac

e; m

uito

s us

am a

lter

nati

vas

ao R

I, ta

is c

omo

pági

nas

web

e re

posi

tóri

os

disc

iplin

ares

; est

es ú

ltim

os s

ão p

erce

bido

s co

mo

tend

o m

aior

re

levâ

ncia

den

tro

das

suas

com

unid

ades

, do

que

o r

i; ca

da á

rea

disc

iplin

ar te

m u

ma

cult

ura

norm

ativ

a la

rgam

ente

defi

nida

pel

o si

stem

a de

pub

licaç

ão e

trad

ição

; tam

bém

os

sist

emas

de

aval

iaçã

o e

de fi

nanc

iam

ento

defi

nem

a m

otiv

ação

por

trás

dos

com

port

amen

tos

dos

inve

stig

ador

es;

Repositorios institucionais.indd 106 13/11/2010 10:40:46

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 107

Tip

o es

tudo

/ o

bjec

tivo

Met

odol

ogia

Res

ulta

dos

Rec

omen

daçõ

es

i6

estu

do s

obre

o c

ompo

rtam

ento

do

s in

vest

igad

ores

cie

ntífi

cos

rela

tiva

men

te a

o a

l,

espe

cial

men

te s

obre

a v

ia

verd

e pa

ra o

al,

isto

é, o

aut

o-ar

quiv

o;

Conh

ecer

o e

stad

o ac

tual

rela

tiva

men

te a

o co

mpo

rtam

ento

de

auto

-ar

quiv

o do

s au

tore

s.

Que

stio

nári

o, d

e la

rga

esca

la,

envi

ado

por

emai

l, a

níve

l m

undi

al;

Que

stõe

s so

bre:

núm

ero

de

veze

s e

form

as u

sada

s pa

ra

auto

-arq

uivo

; há

quan

to te

mpo

o

faze

m; c

onhe

cim

ento

do

auto

-ar

quiv

o co

mo

mei

o pa

ra o

al;

m

otiv

ação

par

a o

auto

-arq

uivo

; te

mpo

gas

to c

om a

uto-

arqu

ivo;

qu

estõ

es s

obre

pro

prie

dade

in

tele

ctua

l; ti

po in

form

ação

de

posi

tada

; rea

cção

a p

olít

icas

de

aut

o-ar

quiv

o;12

96 re

spon

dent

es

rec

olha

de

dado

s: o

ut a

dez

20

04

Qua

se m

etad

e do

s re

spon

dent

es fe

z o

auto

-arq

uivo

de

1 ar

tigo

, pe

lo m

enos

, nos

últ

imos

3 a

nos,

usa

ndo

pelo

men

os 1

das

3

poss

ibili

dade

s: r

i (ou

dep

arta

men

tal)

(20%

), re

posi

tóri

o di

scip

linar

(1

2%),

pagi

na w

eb (p

esso

al o

u de

part

amen

tal)

(27%

); o

mai

or

cres

cim

ento

na

acti

vida

de d

e au

to-a

rqui

vo n

o úl

tim

o an

o fo

i nos

2

últi

mos

mei

os; u

so d

e r

i par

a au

to-a

rqui

vo d

uplic

ou e

aum

ento

u ce

rca

de 6

0% p

ara

repo

sitó

rios

dis

cipl

inar

es;

Posp

rint

s (ar

tigo

s re

vist

os p

or p

ares

) são

dep

osit

ados

mai

s fr

eque

ntem

ente

que

pre

prin

ts (a

rtig

os a

ntes

da

revi

são)

, exc

epto

par

a as

com

unid

ades

de

físi

ca e

ciê

ncia

de

com

puta

dore

s;a

act

ivid

ade

de a

uto-

arqu

ivo

é m

aior

ent

re o

s au

tore

s qu

e m

ais

publ

icam

; con

tinu

a a

have

r um

núm

ero

subs

tanc

ial d

e au

tore

s (3

6%) d

esco

nhec

edor

es d

a po

ssib

ilida

de d

e di

spon

ibili

zar

os s

eus

trab

alho

s em

al

atra

vés

do a

uto-

arqu

ivo;

Raz

ões

para

o n

ão a

rqui

vo: t

empo

nec

essá

rio

perc

ebid

o pa

ra a

ta

refa

, pos

síve

is d

ificu

ldad

es té

cnic

as, e

rece

io d

e in

frac

ção

de a

cord

os

copy

righ

t com

edi

tora

s;Co

mun

icaç

ão d

e re

sult

ados

con

tinu

a o

prin

cipa

l mot

ivo

para

in

vest

igad

ores

pub

lica

rem

os

seus

trab

alho

s (o

u se

ja, p

ara

ter

impa

cto

na s

ua á

rea

de e

stud

o); m

ais

de m

etad

e nã

o sa

be o

que

é a

ta

xa d

e ci

taçã

o pa

ra o

s se

us a

rtig

os;

Qua

se to

dos

os a

utor

es (9

8%) u

sam

alg

um s

ervi

ço b

iblio

gráfi

co p

ara

loca

liza

r ar

tigo

s em

arq

uivo

s ta

is c

omo

web

site

s de

edit

oras

, mas

30%

pro

cura

m e

m re

posi

tóri

os a

l. 7

2% u

sa o

Goo

gle

para

pro

cura

na

web

de

arti

gos

cien

tífic

os; c

om a

che

gada

do

Goo

gleS

chol

ar e

sper

a-se

um

aum

ento

ao

níve

l da

proc

ura

em a

rqui

vos

al

e co

nseq

uent

emen

te

no e

vent

ual i

mpa

cto

dos

arti

gos

lá d

epos

itad

os;

a m

aior

ia d

os a

utor

es (8

1%) c

olab

orar

ia, n

o ca

so d

e de

pósi

to

man

dató

rio

(pel

a in

stit

uiçã

o ou

fina

ncia

dor)

em

ri o

u di

scip

linar

es;

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análise e discussão dos estudos

na secção anterior, listamos os estudos recolhidos sobre utilização de ri, e descrevemo-los sob o ponto de vista do objectivo, da metodologia usada, dos resultados obtidos e das recomendações feitas. nesta secção fazemos a análise e discussão da informação apresentada, de forma a ob-termos o diagnóstico da situação relativamente às metodologias usadas nos estudos sobre repositórios digitais institucionais, assim como relati-vamente aos resultados e recomendações decorrentes desses estudos.

definimos, no início deste artigo, a questão base do trabalho aqui descrito como:

Que metodologias foram adoptadas em estudos de repositórios institu-cionais, que resultados foram obtidos, e que recomendações foram feitas?

Para responder a esta questão, fizemos a revisão de literatura so-bre estudos de ri publicados e construímos o Quadro 4, onde incluímos o objectivo, a metodologia, os resultados e as recomendações, de cada estudo analisado. examinando e extraindo informação do Quadro 4 re-lativamente ao processo de recolha e análise de dados, ao foco e abran-gência de cada um dos estudos, obtemos como resultado o Quadro 5.

Podemos, pela informação exposta neste Quadro, observar o se-guinte:

a investigação é maioritariamente sobre ri como infra-estrutura para a actividade de investigação/desenvolvimento (i&d), e/ou meio para o acesso livre. a abrangência dos estudos varia, desde estudos so-bre um repositório, vários repositórios, até, globalmente, sobre reposi-tórios.

Para a recolha de dados, os estudos apoiam-se em entrevistas, in-quéritos, por mail ou online, ou mesmo informação recolhida de cam-pos de metadados dos repositórios. os autores dos estudos analisados que usaram inquéritos ou entrevistas, não referem ter seguido algum modelo descrito na literatura. as entrevistas são estruturadas ou semi-estruturadas, sendo as questões colocadas da escolha dos autores dos estudos, e reflectindo a intenção do próprio estudo. os respondentes

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são académicos de instituições de ensino superior, ou autores especi-ficamente.

dois dos estudos referem que utilizaram a abordagem Grounded Theory (strauss & Corbin, 1990). os outros não referem ter usado ne-nhuma metodologia em especial.

Quanto ao método utilizado para analisar os dados recolhidos, na maior parte dos casos não é claramente identificado. no entanto, pela forma de apresentação de resultados, observamos que foram realizadas análises quantitativas ou qualitativas sobre os dados.

a resposta à última parte da questão supramencionada, isto é, a identificação de resultados e recomendações dos estudos, requer uma análise objectiva e sistemática da informação descrita no quadro 4. Começamos por recolher na literatura os termos/tópicos de investiga-ção em ri, principalmente observando atentamente as retrospectivas de investigação sobre ri, incluídas em alguns dos estudos analisados, sobretudo em davis & Connolly (2007), Xia & sun (2007b) e Kingsley (2008). identificámos assim aspectos como: práticas correntes de in-vestigadores, atitudes de investigadores, comportamentos de investi-gadores, participação e não participação de académicos, auto-arquivo, depósito, contribuição, pesquisa, estratégias e políticas institucionais, motivação, incentivos, problemas, barreiras à adopção, nível de implan-tação e avaliação de sucesso. de referir que nem todos os tópicos são tratados simultaneamente em todos os estudos que analisámos e, além disso, alguns deles são sinónimos.

tendo em atenção a informação do quadro 4 e os tópicos acima, optámos pelos seguintes para sistematizar a análise aos estudos em causa: atitudes, práticas reais, comportamentos, problemas, motivação, incentivos, auto-arquivo, processo de depósito, diferenças disciplina-res, e políticas e estratégias institucionais. decidimos também, relativa-mente a comportamentos, problemas, motivação e incentivos, observar as actividades de pesquisa e contribuição.

Considerando estes tópicos, revisitamos a 4ª e 5ª colunas do qua-dro 4, coluna dos resultados e coluna das recomendações, e catalogámos a informação aí descrita usando as etiquetas apresentadas no quadro 1. incluímos nos anexo 1 (ver Quadro 7) e anexo 2 (ver Quadro 8) os

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produtos obtidos neste processo, isto é, as etiquetas atribuídas a cada resultado e a cada recomendação de cada estudo analisado.

Para facilitar a análise e comparação dos estudos, tomámos como base os tópicos escolhidos e construímos uma grelha comparativa dos aspectos abordados nos estudos de ri (ver cabeçalho do Quadro 6). Pre-enchemos esta grelha a partir da informação do quadro 7 e do quadro 8, e recorrendo também a informação do quadro 4. Utilizamos a letra “e” para representar um aspecto estudado no estudo, a letra “r” para representar um resultado apresentado no estudo, e a letra “r” para re-presentar uma recomendação feita5.

analisando o quadro 6 podemos observar que, geralmente, os es-tudos incidem sobre atitudes ou sobre práticas, raramente estudam as duas perspectivas. a actividade de contribuição é mais estudada do que a de pesquisa. esta só é estudada do ponto de vista de comportamento dos investigadores. Um dos aspectos mais abordados nos estudos são as políticas e estratégias institucionais.

os resultados dos estudos são diversificados, o que não é surpre-endente dado que os objectivos também o são. alguns, no entanto, re-flectindo sobre o mesmo, chegam a conclusões semelhantes, ou que se completam. Por exemplo, os estudos i4, i5, i6 e i7 concluem que há um baixo nível de conhecimento e motivação para usar ri. os estudos i1, i4 e i6 chegam à conclusão que os ri não são usados directamente para pesquisa. os resultados dos estudos i6 e i7, estudando atitudes, são confirmados pelos estudos i2 e i3, que estudam práticas reais, relativa-mente ao efeito positivo de políticas mandatórias para o depósito. os resultados dos estudos i5, i6 e i7 concluem que os autores contribuem para outros locais, sem ser os ri, porque lhes reconhecem relevância. os ri existem para satisfazer necessidades institucionais, é um resultado do estudo i1, e deviam existir para servir os interesses e necessidades dos investigadores, segundo os estudos i1, i4 e i5.

as recomendações que os diversos estudos fazem recaem sobretu-do sobre políticas e estratégias institucionais, e formas de incentivar a

5 Como as palavras “resultado” e “recomendação iniciam com a mesma letra, escolhemos essa letra, em maiúsculas e em minúsculas, para distinguir resultados e recomendações. não está implícito nesta escolha nenhum juízo de valor e/ou importância.

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contribuição. os estudos i2, i6 e i7 estão de acordo e recomendam que se recorra a políticas compulsivas para garantir o sucesso de ri. os estu-dos i1 e i5 acrescentam que, nesse processo, devem ser tidas em atenção diferenças disciplinares. os estudos i1 e i4 recomendam que se procure adaptar os ri de forma a responder às necessidades dos investigadores, e também a sua integração, nas práticas comuns do processo de inves-tigação, por exemplo, fornecendo serviços de apoio pré-publicação até dados estatísticos pós-publicação. o estudo i6 sugere a disponibilização de informação útil e ajuda aos investigadores como incentivos à contri-buição.

deste nosso trabalho emergem alguns contributos científicos e or-ganizacionais. a análise sistemática que fizemos à informação permite-nos identificar aspectos que têm sido melhor cobertos pela investigação, e outros que têm recebido menos atenção por parte dos investigadores. Para as entidades detentoras de ri, o contributo dado por este trabalho traduz-se pela oportunidade de melhoria na utilização do seu próprio ri. Qualquer organização que possua um ri pode beneficiar de estudos feitos sobre outros ri, especialmente dos resultados e recomendações decorrentes desses estudos, fazendo uma selecção e implementação do que melhor se adaptar ao seu caso e, assim, melhorar a utilização do seu próprio ri. em particular, como este trabalho se debruçou sobre diversos estudos, adiciona a mais valia de beneficiar do que emerge da comparação dos estudos mais relevantes na área.

síntese final e perspectivas de trabalho futuro

o acesso livre é um movimento relativamente recente, mas já com al-guma expressão na comunidade científica. apesar da justeza dos seus princípios e do seu aparente sucesso, a prática tem revelado a existência de alguns pontos a necessitarem de melhoria. estes, bem como algumas das soluções possíveis, foram identificados também através de alguns dos estudos analisados.

este texto apresenta um diagnóstico sobre estudos sobre ri ten-do em conta os seguintes critérios: objecto de estudo, metodologias de

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investigação, resultados e recomendações efectuadas. a partir da defi-nição e implementação da estratégia de pesquisa bibliográfica, identifi-caram-se 10 artigos, relacionados com 7 estudos. estes estudos foram analisados e comparados tendo em conta os critérios anteriormente enunciados. o quadro 4 e os quadro 5 e quadro 6, apresentam o resulta-do final desse trabalho de análise e comparação. o quadro 6, em particu-lar, sumariza e permite comparar os aspectos estudados, os resultados obtidos e as recomendações efectuadas por cada um dos estudos.

os resultados mais relevantes deste trabalho apontam para um baixo nível de conhecimento e motivação para usar ri, no entanto, os autores contribuem para outros locais, sem ser os ri, porque lhes re-conhecem relevância; confirmam a existência de um efeito positivo de políticas mandatórias para o depósito; e concluem que os ri não são usados directamente para pesquisa; concluem ainda que os ri existem para satisfazer necessidades institucionais, e deviam existir para servir os interesses e necessidades dos investigadores. as recomendações que os diversos estudos fazem recaem sobretudo sobre políticas e estraté-gias institucionais, e formas de incentivar a contribuição.

Para além destes resultados, uma panorâmica geral dos temas de investigação em ri emerge como contributo científico deste nosso tra-balho, incluindo uma identificação de áreas onde há considerável inves-tigação e de outras menos estudadas.

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 119

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120 • repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento

anexo 1 - etiquetas atribuídas aos resultados dos estudos

Estudo nº Resultado Etiquetas

1 i1

as 3 disciplinas têm práticas de publicação distintas: química - revistas, sociologia - livros e revistas, ciências de computadores - conferências e alguns revistas; publicação é uma manifestação de toda uma cultura de uma disciplina, e qualquer discussão que envolva mudar o compor-tamento de publicação (tal como colocar o trabalho disponível num formato de aceso livre) tem de tomar em consideração as diferenças disciplinares;

dd

2 i1

Comportamentos de pesquisa: globalmente as 3 disciplinas usam mo-tores de pesquisa, mas o grau de confiança que têm neles e se usam um motor de pesquisa genérico ou procura em base de dados, tende a estar relacionado com a sua disciplina;

C pesq

3 i1

a confiança depositada nestas redes de trabalho, tanto como fonte de informação, como “colégio invisível”, está na base do problema que as instituições enfrentam quando tentam impor um sistema de comunica-ção centralizado. académicos defrontam-se com uma lealdade dividida, para com a sua instituição de emprego e para com a sua rede internacio-nal de colegas, e este sentimento é mais forte para com a comunidade de investigação

P cont

4 i1 algumas disciplinas (física, por exemplo) têm uma tradicional cultura de partilha de preprints, outras não (química, por exemplo)

dd

5 i1algumas disciplinas (física, por exemplo) têm uma tradicional cultura de partilha de preprints, outras não (química, por exemplo)

P cont

6 i1repositórios disciplinares (arXiv, por exemplo) que automatizam práticas correntes, têm menos problemas em facilitar um sentimento de apropriação pelos utilizadores

i cont

7 i1conflitos surgem quando a instituição impõe práticas de publicação que estão em desacordo com as práticas consideradas aceitáveis pela comunidade de investigadores de uma disciplina

P cont

8 i1reconhecendo e endereçando as diferentes necessidades das disciplinas pode resultar numa alta probabilidade de uso de ri entre os académicos

i cont

9 i2Uma cultura disciplinar não é obviamente presente; auto-arquivo é regu-lado por um sistema de ligação e uma politica institucional compulsiva;

a

10 i2

as mais altas taxas de depósito, em 5 dos ri, foram em química e socio-logia; só 2 dos ri apresentam altas taxas de depósito em física e econo-mia; numa análise mais detalhada sobre estes 2, num deles, verifica-se que, em economia, só 2.3% dos depósitos foram por auto-arquivo, 97.7% foram feitos por administrativos; no outro, em física, 90% dos depósitos compreendiam teses e dissertações de estudantes;

dd

11 i2 a análise em particular do auto-arquivo revela que, num dos ri em que o depósito é obrigatório, a taxa de auto-arquivo é alta;

Pei

12 i2

os resultados encontrados não suportam a hipótese de que áreas disciplinares familiarizadas com repositórios disciplinares de al, estão mais predispostas para contribuir para ri; não foi encontrado nenhum padrão particular de taxas de depósito nas 4 disciplinas e nos 7 ri;

dd

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 121

Estudo nº Resultado Etiquetas

13 i2 aspectos operacionais dos ri, como depósito assistido e depósito obri-gatório parecem ter um efeito mais significativo nas taxas de depósito

Pd

14 i2 aspectos operacionais dos ri, como depósito assistido e depósito obri-gatório parecem ter um efeito mais significativo nas taxas de depósito

Pei

15 i2

no entanto, isto levanta questões acerca de como isto afectará o uso de ri, isto é, em casos em que os membros não têm nenhum papel na contribuição para um ri, e não estão familiarizados com ele, irão de facto usá-lo?

P cont

16 i3taxa de auto-arquivo executado pelo autor é baixa, a maioria dos depósi-tos é feita por técnicos de bibliotecas e pessoal administrativo;

a

17 i3taxa de auto-arquivo executado pelo autor é baixa, a maioria dos depósi-tos é feita por técnicos de bibliotecas e pessoal administrativo;

Pd

18 i3 depositar artigos por outros é uma das estratégias encontradas para promover o recrutamento de conteúdos para os ri;

Pei

19 i3Uma alta taxa de disponibilidade de texto integral poderá estar relacio-nada com uma política de depósito obrigatório, mas não se pode afirmar categoricamente

Pei

20 i4Motivação para publicar e onde publicar: ser um investigador activo para o sistema de avaliação de i&d, progressão na carreira;

M cont

21 i4Meio de publicação que referem usar: revistas científicas, artigos em conferências; quase metade dos autores tinha usado a web, mas não o referiram espontaneamente

C cont

22 i4Métodos que usam para procurar informação/trabalho de outros: re-cursos electrónicos da biblioteca, incluindo serviços de alerta, e google/googlescholar;

C pesq

23 i4Publicação em revistas de al: 14% já o tinha feito, mas não o iriam fazer novamente, alegando que estas revistas não são bem cotadas no sistema de avaliação de i&d

C cont

24 i4Publicação em revistas de al: 14% já o tinha feito, mas não o iriam fazer novamente, alegando que estas revistas não são bem cotadas no sistema de avaliação de i&d;

P cont

25 i4

resultados sugerem que os autores estão mais à vontade para usar a web na procura de informação, do que para disseminar o seu trabalho; e também que embora muitos dos autores tenham disponibilizado o seu trabalho via web, não é o seu método habitual e é uma escolha remota

C cont

26 i4muitos autores continuam sem saber do QU, nem estão ao corrente do seu propósito, ou então, sabem da sua existência, mas continuam desinteressados;

P cont

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122 • repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento

Estudo nº Resultado Etiquetas

27 i4

Preocupações com o depósito: 76% referiram não ter; as mencionadas estavam associadas a riscos de partilha de trabalho em qualquer forma-to, não só em ri, como por exemplo, risco de plágio e uso do trabalho para fins comerciais não autorizados; também o tempo envolvido no depósito foi invocado, e ainda receio de duplicação de esforço, uma vez que já submetiam o trabalho no sistema de avaliação de i&d do departamento;

P cont

28 i4Benefícios com o depósito no QU: maior audiência (67%), mais citações (43%); para a maioria dos autores, uma disseminação mais alargada do seu trabalho atrai-os

M cont

29 i4Motivação de quem já tinha depositado: em resposta a um pedido da biblioteca (44%), potencial aumento de visibilidade do trabalho (44%), aumento de citações (22%)

M cont

30 i4auto-arquivo vs depósito mediado: 76% preferem que o depósito seja feito por pessoal da biblioteca, 24% referiram, na sua resposta, que não querem ser eles próprios a fazer o depósito;

Pd

31 i4auto-arquivo vs depósito mediado: 76% preferem que o depósito seja feito por pessoal da biblioteca, 24% referiram, na sua resposta, que não querem ser eles próprios a fazer o depósito;

i cont

32 i4os autores verbalizaram poucas preocupações ou condições relativa-mente à inclusão do seu trabalho no QU, mas sentem que isso será uma tarefa extra e inconveniente

P cont

33 i4muitos sentem-se inseguros e preferem depender da Biblioteca para o depósito;

i cont

34 i5Cornell’dspace está sub-populado e é sub-usado pelos membros da comunidade; muitas colecções vazias ou com poucos itens

C cont

35 i5a maior parte das colecções parece estar a ser usada para construir arquivos de colecções, quer através de um depósito único, quer através de adição automática de grupos de material

C cont

36 i5as colecções que experimentam um crescimento regular, são aquelas em que a universidade fez um investimento administrativo, tal como solicitar o depósito de teses e dissertações

Pei

37 i5

nas instituições em que o dspace foi implementado com uma estrutura ao nível de toda a universidade, e lançado já com o conjunto de comu-nidades e colecções definidas, a percentagem de colecções vazias é alta; isto pode desencorajar contribuidores, visto que o faz parecer vazio

P cont

38 i5uma comunidade grande e activamente crescente pode ser percebi-da como de alto valor para um potencial contribuidor, e encorajar a participação.

M cont

39 i5razões apontadas para o uso de repositórios: permanência da informa-ção, oportunidade de divulgação, “chancela” do registo de novas ideias

M cont

40 i5razões apontadas para o uso de repositórios: pressão das agências de financiamento

i cont

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 123

Estudo nº Resultado Etiquetas

41 i5

razões apontadas para o não-uso de repositórios: redundância com outros meios de disseminação de informação, curva de aprendizagem, confusão relativamente a copyright, medo de plágio, associação do trabalho com outros de qualidade questionável

P cont

42 i5

membros da Cornell têm pouco conhecimento e pouca motivação para usar o dspace; muitos usam alternativas ao ri, tais como páginas web e repositórios disciplinares; estes últimos são percebidos como tendo maior relevância dentro das suas comunidades, do que o ri;

P cont

43 i5cada área disciplinar tem uma cultura normativa largamente definida pelo sistema de publicação e tradição

dd

44 i5os sistemas de avaliação e de financiamento definem a motivação por trás dos comportamentos dos investigadores

C cont

45 i5os sistemas de avaliação e de financiamento definem a motivação por trás dos comportamentos dos investigadores

i cont

46 i6

Quase metade dos respondentes fez o auto-arquivo de 1 artigo, pelo menos, nos últimos 3 anos, usando pelo menos 1 das 3 possibilidades: ri (ou departamental) (20%), repositório disciplinar (12%), pagina web (pessoal ou departamental) (27%)

C cont

47 i6o maior crescimento na actividade de auto-arquivo no último ano foi nos 2 últimos meios; uso de ri para auto-arquivo duplicou e aumentou cerca de 60% para repositórios disciplinares

a

48 i6Posprints (artigos revistos por pares) são depositados mais frequente-mente que preprints (artigos antes da revisão), excepto para as comuni-dades de física e ciência de computadores;

C cont

49 i6Posprints (artigos revistos por pares) são depositados mais frequente-mente que preprints (artigos antes da revisão), excepto para as comuni-dades de física e ciência de computadores;

dd

50 i6 a actividade de auto-arquivo é maior entre os autores que mais publicam C cont

51 i6continua a haver um número substancial de autores (36%) desconhece-dores da possibilidade de disponibilizar os seus trabalhos em al através do auto-arquivo;

P cont

52 i6razões para o não arquivo: tempo necessário percebido para a tarefa, possíveis dificuldades técnicas, e receio de infracção de acordos copyri-ght com editoras;

P cont

53 i6Comunicação de resultados continua o principal motivo para investi-gadores publicarem os seus trabalhos (ou seja, para ter impacto na sua área de estudo)

M cont

54 i6

Quase todos os autores (98%) usam algum serviço bibliográfico para localizar artigos em arquivos tais como websites de editoras, mas só 30% procuram em repositórios al. 72% usa o Google para procura na web de artigos científicos

C pesq

55 i6a maioria dos autores (81%) colaboraria, no caso de depósito man-datório (pela instituição ou financiador) em ri ou disciplinares; 13% colaboraria mas com relutância; 5% não colaboraria;

C cont

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124 • repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento

Estudo nº Resultado Etiquetas

56 i6a maioria dos autores (81%) colaboraria, no caso de depósito man-datório (pela instituição ou financiador) em ri ou disciplinares; 13% colaboraria mas com relutância; 5% não colaboraria;

Pei

57 i7

o grau de conhecimento da existência de arquivos eprints é muito baixo. Menos de 30% em cada grupo diz conhecer algum tipo de arquivo digital; dos que conhecem, tendem a conhecer melhor arquivos discipli-nares, tais como o arXiv;

P cont

58 i7Cerca de 39% dos autores nal fazem auto-arquivo dos seus trabalhos, embora aqui se considere, além de repositórios, também o depósito em página web pessoal ou departamental;

C cont

59 i7

Cerca de 69% dos autores nal depositaria, de boa vontade, os seus artigos num repositório de acesso livre, se lhe fosse solicitado para o fazer, pela instituição ou financiador; cerca de 8% o faria, mas não de boa vontade; 3% não o faria;

C cont

60 i7

Cerca de 69% dos autores nal depositaria, de boa vontade, os seus artigos num repositório de acesso livre, se lhe fosse solicitado para o fazer, pela instituição ou financiador; cerca de 8% o faria, mas não de boa vontade; 3% não o faria;

Pei

61 i7razões invocadas para o não-arquivo: … ansiedade com aspectos técnicos do depósito, preocupações de qualidade e infracções de direitos de autor;

P cont

62 i7os autores do estudo concordam com harnard, que sugere a inércia dos autores como a maior razão para o não-arquivo

P cont

Quadro 7 - etiquetas atribuídas aos resultados dos estudos

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repositórios institucionais Democratizando o acesso ao conhecimento • 125

anexo 2 - etiquetas atribuídas às recomendações dos estudos

Estudo nº Recomendação Etiquetas

1 i1

Política mandatária pode ser útil para o uso de ri mas é necessário ter em consideração as diferenças culturais das disciplinas na publicação de resultados e comportamentos de pesquisa de informação para conseguir sucesso no ri;

Pei

2 i1

Política mandatária pode ser útil para o uso de ri mas é necessário ter em consideração as diferenças culturais das disciplinas na publicação de resultados e comportamentos de pesquisa de informação para conseguir sucesso no ri;

dd

3 i1difícil mudar práticas, o melhor é adaptar o repositório e responder às necessidades dos investigadores no apoio a essas práticas;

i cont

4 i2Profissionais de ri devem chamar a atenção dos responsáveis das bibliotecas, departamentos e universidades, para a necessidade de uma política compulsiva para garantir o sucesso do ri;

Pei

5 i3Pela identificação de diferentes práticas de auto-arquivo, os gestores de ri podem criar diferentes estratégias para a operacionalidade dos seus repositórios, e para o desenvolvimento de politicas de arquivo;

Pei

6 i3 as estratégias podem envolver o suporte de bibliotecários ou alguém específico do departamento, sendo este último um modelo mais prático;

Pd

7 i4Para que o ri seja bem sucedido precisa de se posicionar de forma confortável com as motivações dos autores para publicar;

i cont

8 i4necessário descobrir maneiras de envolver os autores de forma mais pro-activa, e embeber o ri nas suas práticas de trabalho;

i cont

9 i5se o objectivo dos ri é capturar e preservar o trabalho científico de uma universidade, ri precisarão de endereçar a diversidade cultural das áreas disciplinares;

dd

10 i6instituições e agências de financiamento devem influenciar investigado-res ao auto-arquivo;

Pei

11 i6Gestores de repositórios podem ajudar, fornecendo estatísticas de uso úteis para os autores;

i cont

12 i6

Quando necessário aos investigadores desejosos de contribuir, mas deti-dos por qualquer aspecto do processo, os gestores do ri podem auxiliar fornecendo ajuda, aconselhamento, encorajamento e/ou assistência técnica;

i cont

13 i7a resistência dos autores pode ser vista como um problema cultural que precisará de ser ultrapassado pela educação e persuasão, possivelmente até pela coerção;

Pei

14 i7resistência institucional também tem a sua culpa e provavelmente necessita de medidas idênticas;

Pei

Quadro 8 - etiquetas atribuídas às recomendações dos estudos

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lista de siglas e abreviaturas

aCM association for Computing Machinery

al acesso livre

doaJ directory open access Journals

e-lis eprints in library and information science

isi institute for scientific information

JisC Joint information systems Committee

osi open society institute

rCaaP repositório Científico de acesso aberto de Portugal

ri repositório institucional

roar registry of open access repositories

rre repositório de recursos educativos

Repositorios institucionais.indd 126 13/11/2010 10:40:48