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1 ESTUDO TÉCNICO N.º 16/2013 Indicadores de Monitoramento do Plano Brasil Sem Miséria e Programas do MDS: Situação em julho de 2013 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME

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ESTUDO  TÉCNICO  

N.º  16/2013      

 Indicadores  de  Monitoramento  do  Plano  Brasil  Sem  Miséria  e  Programas  do    MDS:  Situação  em  julho  de  2013  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MINISTÉRIO  DO  DESENVOLVIMENTO  SOCIAL  E  COMBATE  À  FOME  

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Estudo  Técnico  No.  16/2013  Indicadores  de  Monitoramento  do    Plano  Brasil  Sem  Miséria  e  Programas  do  MDS:  situação  em    julho  de    2013        Equipe  Responsável                Marconi  Fernandes  de  Sousa      Revisão  Camila  Menezes  Paulo  Jannuzzi    

Estudos  Técnicos  SAGI  é  uma  publicação  da  Secretaria  de  Avaliação  e  Gestão  da  Informação  (SAGI)   criada  para   sistematizar  notas   técnicas,  estudos  exploratórios,  produtos  e  manuais  técnicos,   relatórios   de   consultoria   e   reflexões   analíticas   produzidas   na   secretaria,   que  tratam   de   temas   de   interesse   específico   do   Ministério   de   Desenvolvimento   Social   e  Combate   à   Fome   (MDS)   para   subsidiar,   direta   ou   indiretamente,   o   ciclo   de   diagnóstico,  formulação,  monitoramento  e  avaliação  das  suas  políticas,  programas  e  ações.        O  principal  público  a  que  se  destinam  os  Estudos  são  os  técnicos  e  gestores  das  políticas  e  programas  do  MDS  nas  esferas  federal,  estadual  e  municipal.  Nesta  perspectiva,  são  textos  técnico-­‐científicos  aplicados  com  escopo  e  dimensão  adequados  a  sua  apropriação  ao  Ciclo  de  Políticas,   caracterizando-­‐se  pela  objetividade,   foco  específico  e   tempestividade  de   sua  produção.    Com   vistas   em   ampliar   os   níveis   de   discussão   a   respeito   da   política   social   brasileira,  ambiciona-­‐se   transformar   estes   Estudos   em   artigos   para   publicação   na   Cadernos   de  Estudos,   Revista   Brasileira   de   Monitoramento   e   Avaliação   (RBMA)   ou   outras   revistas  técnicas-­‐científicas  de  repercussão.  

 Palavras-­‐chave:  Indicadores;  Monitoramento;  Brasil  Sem  Miséria    Unidade  Responsável  Secretaria  de  Avaliação  e  Gestão  da  Informação  Esplanada  dos  Ministérios  |  Bloco  A  |  Sala  307  CEP:  70.054-­‐906  Brasília  |  DF  Fone:  61  2030-­‐1501  |  Fax:  2030-­‐1529  www.mds.gov.br/sagi    Secretário  de  Avaliação  e  Gestão  da  Informação  Paulo  de  Martino  Jannuzzi    Secretária  Adjunta  Paula  Montagner  

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Apresentação  

O  presente  Estudo  Técnico  tem  por  objetivo  apresentar  a  sistemática  de  produção  e  

disseminação  dos  principais  indicadores  de  monitoramento  relativos  aos  programas  e  ações  

do  Plano  Brasil  Sem  Miséria  (BSM)  e  do  Ministério  de  Desenvolvimento  Social  e  Combate  à  

Fome  (MDS)  organizados  pelo  Departamento  de  Monitoramento  (DM).  Para  tanto,  o  estudo  

apresenta   breves   descrições   das   atividades   operacionais   e   diárias   de   extração   de   dados,  

construção  de  indicadores,  assim  como,  de  concepção  e  desenvolvimento  de  plataformas  de  

disseminação  dos  mesmos.  

 

1.  Monitoramento  de  Programas  e  os  indicadores    

  A   institucionalização   das   atividades   de  monitoramento   e   avaliação   (M&A)   da   ação  

governamental   vem   ganhando   força   no   Brasil,   acompanhando   o   esforço   de   ampliação   do  

escopo  e  escala  dos  programas  sociais.    Recursos  crescentes  são  aportados  no  levantamento  

de   informações   para   gestão   e   aprimoramento   de   programas   no   país.     e,   por   outro,   o  

aumento  da  qualificação  média  dos  técnicos  e  gestores  nas  três  esferas  do  setor  público.    

No  MDS  há  um  efetivo  esforço  nesse  sentido,  que   já  data  de  sua  criação  em  2004,  

quando   do   estabelecimento   em   seu   organograma   a   Secretaria   de   Avaliação   e   Gestão   da  

Informação.   As   atividades   de   monitoramento   foram   potencializadas   com   a   criação   do  

Departamento  de  Monitoramento  (DM)  em  2010  no  reconhecimento  da  necessidade  de  se  

trabalhar   analiticamente   com   as   informações   geradas   tanto   pelos   sistemas   de   gestão   do  

Ministério  como  com  as  demais  informações  produzidas  pelo  Sistema  Estatístico  Nacional.  E,  

neste   sentido,   assinala-­‐se   a   importância   de   gerar   indicadores   de   monitoramento   mais  

específicos  e  periódicos  para  acompanhamento  das  atividades  envolvidas.  

Com  a  criação  do  Plano  Brasil  Sem  Miséria  em  2011,  em  virtude  de  sua  abrangência  e  

criticidade   de   muitas   de   suas   ações,   tem-­‐se   exigido   das   atividades   do   Departamento   de  

Monitoramento   a   estruturação   de   procedimentos   de   cômputo   periódico   de   indicadores  

sobre  diferentes   temáticas  e  domínios   territoriais  para  acompanhamento  de  metas  e  para  

análise   dos   desembolsos   financeiros,   de   realização   de   atividades-­‐meio,   de   entrega   de  

produtos  e  de  inferência  de  resultados  dos  programas  junto  a  seus  públicos-­‐alvo.  

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Partindo  da   lógica  de   intervenção  dos  programas  e  ações  é  necessário  dispor-­‐se  de  

medidas  que  permitam  acompanhar  o  esforço  governamental  da  alocação  de  recursos  aos  

possíveis   efeitos   na   sociedade.   Tal   como   termômetros   ou   sismógrafos,   os   indicadores   de  

monitoramento  se  prestam  a  medir  a  “saúde  do  paciente”  ou  “estabilidade  do  território”  e  

antecipar   com   alguma   presteza   as   informações   cruciais   para   correção   de   rumos   ou   ações  

contingenciais.  

Um  bom  conjunto  de  indicadores  de  monitoramento  –  organizado  em  um  sistema  ou  

em  uma  proposta  mais  pragmática  em  painel  não  é  necessariamente  composto  de  grande  

quantidade  de  informação,  mas  sim  de  um  sistema  em  que  a  informação  foi  selecionada  de  

diferentes  fontes  e  está  organizada  de  forma  sintetizada  e  mais  adequada  ao  uso  analítico  

pelos   diferentes   gestores.   É   preciso   encontrar   um   ponto   de   equilíbrio   entre   o   “caos  

informacional”,   potencialmente   gerado   pela   estruturação   de   sistemas   de   monitoramento  

construídos  de  baixo  para  cima  (em  que  participam  inicialmente  técnicos  e  gestores  da  base  

e   depois   de   níveis   táticos   e   mais   estratégicos),   e   a   pobreza   analítica   das   propostas  

desenvolvidas  de  cima  para  baixo.    

As   características   de   um   sistema   de   monitoramento   dependem   de   escolhas  

metodológicas   não   triviais,   como   aponta   Vaz   (2009).   Para   o   autor,   o   sistema   terá  

características   diferentes   em   função   de   decisões   quanto   ao   que   deve   ser  monitorado,   ao  

tipo  de  unidade  organizacional  acompanhada,  fontes  de  dados  usadas,  etc  (Ver  Quadro  1).  

 

Quadro  1:  Decisões  metodológicas  e  operacionais  envolvidas  na  especificação  de  um  Sistema  de  Monitoramento  

• O  que  deve  ser  monitorado?  Execução  orçamentária,  processos  e  atividades  e/ou  resultados?    • Qual  a  unidade  de  monitoramento?  Unidades  organizacionais  (quem  faz)?  Programas  (o  que  se  faz)?  

Projetos  (o  que  é  mais  prioritário)?    • Qual  o  escopo  do  monitoramento?  Gerencial  ou  Analítico?    • Quais  as  fontes  e  a  periodicidade  das  informações?    • Como  se  dividem  as  responsabilidades  para  sua  manutenção  periódica?  Qual  o  papel  das  unidades  

organizacionais  temáticas  e  da  área  de  informática?    • Qual  o  nível  de  centralização  e  de  acesso?  Restrito,  seletivo,  aberto  ao  público?    • Qual  o  nível  de  articulação  do  sistema  às  rotinas  de  tomada  de  decisão?    

 

Um   sistema   de   indicadores   de   monitoramento   não   é   um   sistema   de   gestão  

operacional  do  programa,  que  provê  acesso  aos  incontáveis  registros  diários  e  individuais  de  

operação  de   convênios,  prestação  de   serviços,   recursos   transferidos,  projetos  e  atividades  

concluídas.  Um  sistema  de  monitoramento  vale-­‐se  do(s)  sistema(s)  de  gestão  dos  programas  

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para   buscar   informações,   integrá-­‐las   segundo   unidades   de   referência   comum   (município,  

escola,  etc.),  sintetizá-­‐las  em  indicadores  e  conferir-­‐lhes  significado  analítico.  Ao  apresentar  

informações  sintetizadas  na  forma  de  indicadores,  que  podem  ser  analisados  no  tempo,  por  

regiões  e  públicos-­‐alvo,  ou  que  podem  ser  comparados  com  metas  esperadas,  os  sistemas  

de   monitoramento   permitem   ao   gestor   avaliar   se   os   diversos   processos   e   inúmeras  

atividades  sob  sua  coordenação  estão  se  “somando”  no  sentido  preconizado.  Um  sistema  de  

monitoramento   não   é,   pois,   um   conjunto   exaustivo   de  medidas   desarticuladas,  mas   uma  

seleção  de  indicadores  de  processos  e  ações  mais  importantes.  

Um  sistema  que  não  provê  acesso  orientado  às  centenas  de  indicadores  disponíveis  

talvez  não  se  preste  ao  propósito  de  monitoramento  (ainda  que  possa  ser  útil  como  base  de  

dados  para  estudos  avaliativos  a  posteriori).    Também  não  se  presta  ao  monitoramento  um  

sistema   em   que   a   informação   não   está   organizada   segundo   o   nível   de   relevância  

operacional-­‐estratégica   do   gestor   usuário.   Ao   gerente   de   processos   operacionais   básicos,  

deve  estar  disponível  a  informação  essencial  para  o  bom  desempenho  das  atividades  de  seus  

coordenados.   Ao   gestor   mais   estratégico,   devem   estar   disponíveis   indicadores   que   lhe  

permitam  acompanhar  os  macroprocessos  segundo  o  modelo  lógico  do  programa  (JANNUZZI  

2011).  

Para  um  e  para  outro  gestor,  os  indicadores  devem  ser  os  pertinentes  à  sua  esfera  de  

decisão,  ajustados  à  referência  temporal  e  territorial  que  lhes  compete  e  interessa.  As  novas  

ferramentas   de   integração   de   dados   permitem   construir   painéis   de   indicadores   de   forma  

“customizada”,   possibilitando,   inclusive,   acesso   a   informação   mais   detalhada   se   assim   o  

gestor  o  desejar.  Podem-­‐se  construir  painéis  em  camadas  “explicativas”,  isto  é,  organizando  

indicadores   segundo   uma   estrutura   nodal,   em   que   um   primeiro   conjunto   reduzido   de  

indicadores   estratégicos   seja   acompanhado   de   um   segundo   conjunto   mais   amplo   de  

indicadores  mais   específicos,   que   ajudem   a   entender   o   comportamento   e   a   evolução   dos  

primeiros,  e  assim  por  diante.    

Na   realidade,   trata-­‐se   de   um   sistema   de   monitoramento   que   reúne   informações  

sintéticas   –   para   análise   de   tendências   gerais   das   atividades   estratégicas   –   e   informações  

analíticas  –  para  entendimento  mais  aprofundado  das  tendências  observadas.  A  proposta  de  

acompanhamento  das  metas  de   inclusão  social  nos  países  da  Comunidade  Europeia   segue  

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essa  lógica  de  estruturação,  dispondo  os  indicadores  em  três  painéis  articulados  (ATKINSON  

et  al.,  2005),  como  se  vê  no  Diagrama  1.  

 

Diagrama  1:  Organização  de  Painéis  de  Indicadores  em  SM&A  

 

Tal  proposta  de  organização  vem  acompanhada  de  algumas  premissas  básicas  para  

escolha  de  indicadores  que  parece  oportuno  resgatar  neste  texto,  pois  podem  ser  úteis  em  

outras  aplicações  (Quadro  2).  Vale  registrar  que  tal  escolha  deveria  se  orientar  também  pela  

análise   da   aderência   dos   indicadores   às   propriedades   de   relevância   social,   validade   de  

constructo,   confiabilidade,   periodicidade,   sensibilidade   às   mudanças,   especificidades   das  

ações  programadas,  como  discutido  em  Jannuzzi  (2005).  

 

Quadro  2:  Premissas  para  escolha  de  indicadores  de  monitoramento  

• O  conjunto  de  indicadores  não  pode  se  pretender  exaustivo  e  deve  ser  equilibrado  entre  as  dimensões  da  exclusão  social  (saúde,  educação,  moradia  etc.).  Um  conjunto  muito  amplo  de  indicadores  leva  à  perda  de  objetividade,  perda  de  transparência  e  credibilidade.  

• Os  indicadores  devem  ter  uma  interpretação  normativa  claramente  definida  (Para  monitorar  a   exclusão   social   a   taxa   de   desemprego   cumpre   tal   requisito;   já   um   indicador   de  produtividade  do  trabalho  não).    

• Os   indicadores  devem   ser  mutuamente   consistentes,   isto   é,   não  devem   sugerir   tendências  inconsistentes  (indicadores  de  desigualdade  como  o  Índice  de  Gini  e  a  Proporção  de  Massa  Salarial   Apropriada   podem   ter   comportamentos   diferentes   ao   longo   do   tempo,   já   que  medem  aspectos  distributivos  diferentes).  

• Os  indicadores  devem  ser  inteligíveis  e  acessíveis  a  toda  a  sociedade.  São  preferíveis  medidas  simples,   de   fácil   entendimento.   Deve-­‐se   resistir   às   simplificações   indevidas   (indicadores  sintéticos).    

Se  o  programa  foi  especificado  segundo  as  boas  práticas  e  técnicas  de  planejamento  

de   projetos,   deve   haver   um  desenho   lógico   de   encadeamento   de   atividades   e   etapas.   Tal  

sistema   deve   conseguir   oferecer   evidências   acerca   da   execução   do   gasto,   da     produção,  

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eficiência  e  qualidade  dos  serviços,  do  consumo  e  usufruto  por  parte  do  público-­‐alvo  e,  se  

possível,   antecipar   dimensões   impactadas   pelo   programa.   Isto   é,   um   bom   sistema   de  

monitoramento   deve   prover   indicadores   de   insumo,   processo,   resultado   e   possíveis  

impactos   do   programa.   Exemplificando,   tal   sistema   deve   permitir   monitorar,  

simultaneamente:  o  dispêndio  realizado  por  algum  tipo  de  unidade  operacional  prestadora  

de  serviços  ou  sub-­‐projeto;  o  uso  dos  recursos  humanos,  financeiros  e  físicos;  a  geração  de  

produtos  e  a  percepção  dos  efeitos  gerados  pelos  programas.  

 

2.  Os  Indicadores  de  Monitoramento  na  SAGI        

O   Departamento   de   Monitoramento   (DM)   da   SAGI   é   a   unidade   responsável   pela  

construção   de   diversos   indicadores   para   o   Plano   Brasil   Sem   Miséria.   Valendo-­‐se   de  

diferentes   fontes   de   dados   -­‐   Censos   Demográficos,   as   edições   da   Pesquisa   Nacional   por  

Amostra  de  Domicílios,  Cadastro  Único  para  Programas  Sociais  (CadÚnico),  Relação  Anual  de  

Informações   Sociais   (RAIS),   registros   de   programas   do  MDS   e   outros  Ministérios   e   outras  

pesquisas   do   Sistema   Estatístico   Nacional   -­‐   e   variados   procedimentos   estatísticos   e  

integração   de   dados,   o   Departamento   tem   criado   um   sistema   com   conjunto   amplo   de  

indicadores   que   permitem   gestores   dos   três   níveis   do   governo   acompanhar   as   ações   do  

Plano  com  grande  detalhe  temático  e  geográfico.  

Dessa  forma,  a  concepção  e  desenvolvimento  das  ferramentas  de  monitoramento  do  

Departamento   de   Monitoramento   (DM)   foram   ancorados   primeiramente   na   definição   da  

estrutura/arquitetura   do   banco   de   dados   no   que   concerne   às   granularidades   temporais   e  

territoriais  dos  indicadores  que  iriam  compô-­‐lo;  segundo,  na  definição  de  uma  metodologia  

de   documentação   sintética   e   acessível   dos  metadados   e,   por   fim,   no   estabelecimento   da  

manutenção  da  memória  das   rotinas  de  extração,   construção  e   carga  de   indicadores  para  

fins  de  angariar  eficiência  na  atualização  dos  mesmos.  Afinal,  um  sistema  de  indicadores  de  

monitoramento   deve   subsidiar   tempestivamente   os   gestores   nos   processos   de  

acompanhamento  e  análise  dos  indicadores  afetos  à  performance  das  ações  e  programas.  

  Partindo  da  arquitetura  do  banco  de  dados  da  Matriz  de  Informações  Sociais,  o  DM  

estruturou   um   banco   de   dados   ampliado   em   sua   estrutura   de   tabelas   com   a   inclusão   da  

granularidade  nacional  e   regional  e,  desenvolveu  uma  metodologia  de  extração,  geração  e  

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carga  de   indicadores  que  permitisse  uma   interação  acessível  e   inteligível  aos  seus  técnicos  

nas  rotinas  de  alimentação  do  banco  o  que,  consequentemente,   tornou  eficiente  a  análise  

de   conteúdo   e   pertinência   dos   indicadores   nas   aplicações   de   monitoramento.   Com   uma  

equipe  majoritariamente  composta  de  técnicos  e  consultores  especialistas  em  indicadores,  

era   necessário   a   consolidação   das   rotinas   de   trabalho   voltadas   à   análise   de   indicadores   e  

menos  nas  rotinas  de  carga.  Abaixo  segue  Quadro  1  com  a  relação  das  principais  fontes  de  

dados  trabalhadas  no  Departamento.  

 

Quadro  1  –  Relação  das  principais  bases  de  dados  trabalhadas  no  Departamento  segundo  Fonte  

Fontes  de  dados  ANEEL,  Dados  agredados  de  beneficiários  da  tarifa  social  de  energia  elétrica  ANVISA,  Programa  de  Análise  de  Resíduos  de  Agrotóxicos  em  Alimentos  (PARA)  ANVISA,  Programa  de  Análise  de  Resíduos  de  Medicamentos  Veterinários  em  Alimentos  de  Origem  Animal  (PAMVET)  CAIXA,  Cadastro  Único  para  Programas  Sociais  (CadÚnico)  CAIXA,  Folha  de  Pagamentos  do  Programa  Bolsa  Família  (PBF)  CONAB,  Programa  Brasileiro  de  Modernização  do  Mercado  Hortigranjeiro  (PROHORT)  DIEESE,  Pesquisa  Nacional  da  Cesta  Básica  de  Alimentos  IBGE,  Censo  Agropecuário  IBGE,  Censo  Demográfico  IBGE,  Contas  Nacionais  /  Produto  Interno  Bruto  dos  Municípios  IBGE,  Pesquisa  da  Pecuária  Municipal  IBGE,  Pesquisa  de  Informações  Básicas  Municipais  (MUNIC)  IBGE,  Pesquisa  de  Orçamentos  Familiares  (POF)  IBGE,  Pesquisa  Nacional  por  Amostra  de  Domicílios  (PNAD)  IBGE,  Produção  Agrícola  Municipal  (PAM)  IBGE,  Produção  Agrícola  Municipal  (PAM)  IBGE,  Produção  da  Extração  Vegetal  e  da  Silvicultura  IBGE,  Sistema  Nacional  de  Índices  de  Preços  ao  Consumidor  (INPC  e  IPCA)  e  ao  Índices  de  Preços  ao  Produtor  (IPP)  INEP,  Censo  da  Educação  Superior  INEP,  Censo  Escolar  MDA,  Folha  de  Pagamento  do  Programa  de  Fomento  às  Atividades  Produtivas  Rurais  MDA,  Declaração  de  Aptidão  ao  PRONAF  (DAP)  MDIC,  Balação  Comercial  -­‐  Aliceweb  2  MDIC,  Cadastro  de  Microempreendedores  Individuais  MDS,  Censo  do  Sistema  Único  de  Assistência  Social  (Censo  SUAS)  MDS,  Folha  de  Pagamentos  de  Serviços  Socioassistenciais  de  Proteção  Especial  MDS,  Folha  de  Pagamentos  do  Serviços  Socioassistenciais  da  Proteção  Social  Básica  MDS,  Registro  de  Atendimentos  e  Serviços  da  Assistência  Social  (REGATAS)  MDS,  SigCisternas  MDS,  Sistema  de  Acompanhamento  das  Condicionalidades  (SICON)  MEC,  Sistema  de  Pré-­‐Matrículas  do  Pronatec  (SPP)  MF,  Transferências  Constitucionais  MPS,  Benefícios  Ativos  do  Benefício  de  Prestação  Continuada  (BPC)  MS,  Pesquisa  Nacional  de  Demografia  e  Saúde  (PNDS)  MS,  Pesquisa  Nacional  de  Prevalência  de  Aleitamento  Materno  nas  Capitais  e  Distrito  Federal  MS,  Sistema  de  Informações  de  Nascidos  Vivos  (SINASC)  MMA,  Folha  de  Pagamentos  do  Programa  de  Apoio  à  Conservação  Ambiental  /  Bolsa  Verde  MPS,  Aeps  Infologo  MS,  Sistema  de  Informações  sobre  Mortalidade  (SIM)  MS,  Sistema  de  Vigilância  Alimentar  e  Nutricional  (SISVAN)  MTE,  Cadastro  Geral  de  Empregadores  e  Empregados  (CAGED)  MTE,  Relação  Anual  de  Informações  Sociais  (RAIS)    

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  O   gerenciamento   do   banco   de   dados   é   feito   por   meio   de   uma   aplicação   de  

gestão/documentação   de   metadados   e   carga   de   dados.   Na   aplicação,   as   variáveis   estão  

distribuídas   em   tabelas   e   estas   estão   documentadas   em   formulários   compostos   pelas  

informações   relativas   ao   tema,   periodicidade,   unidade   de   análise,   fonte,   descrição,  

observações  adicionais,  agregações   temporais  e   territoriais  e  categoria  das  variáveis  que  a  

compõem  (Ver  Figuras  1  e  2).  

 

Figura  1  –  Gestor  de  metadados  e  carga  de  dados  

 

   

  Importante  ressaltar  que  o  sistema  de  sinaleiras  apresenta  a  distância  temporal  para  

a  data  da  última  atualização  da   tabela,  mas  não   leva  em  consideração  os  cronogramas  de  

disponibilização  dos   registros/pesquisas   de   suas   respectivas   instituições  produtoras.  Dessa  

forma,  funciona  como  informação  adicional  para  alguns  dados  (Exemplo:  Censo  Demográfico  

do   IBGE,   pesquisa   decenal)   e   para   dados   mensais   funciona   como   sistema   de   alerta   para  

atualização  dos  dados  (Exemplo:  Cadastro  Geral  de  Empregados  e  Desempregados  –  CAGED  

do  MTE).  

   

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Figura  2  –  Formulário  de  documentação  dos  metadados  da  tabela  

 

 

O  processo  de  carga  é  feito  por  meio  de  arquivos  texto  (comma  separated  values  –  

extensão  csv)  que  são  compostos  colunas  com  o  código  das  unidades  territoriais  utilizadas  

pelo  IBGE,  mês,  ano  e  as  variáveis  da  tabela.  Cada  tabela  tem  seu  respectivo  arquivo  texto  e  

a   aplicação   espelha   estas   informações   no  banco  de  dados   que   está   em   formato  postgres.  

Dessa  forma,  toda  interação  dos  técnicos  do  DM  com  as  atividades  de  carga  de  dados  pode  

ser  feita  por  meio  de  leitores  de  planilhas  (Exemplo:  Excel,  Open  Office,  Numbers,  etc).  Por  

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fim,  a  aplicação  tem  o  módulo  de  visualização  da  tabela  com  funcionalidades  de  geração  de  

gráficos  e  extração  de  planilhas.  

 

Figura  3  –  Visualizador  de  dados  

 

 

Definida  a  arquitetura  de  banco  de  dados  e  os  procedimentos  para  sua  alimentação,  

cada   tabela   do   banco   tem   sua   respectiva   documentação   relativa   aos   procedimentos   da  

rotina  de  extração  e  cálculo  de   seus   indicadores/variáveis.  Estas   rotinas   são  desenvolvidas  

ou  a  partir  dos  microdados  dos  registros/pesquisas  ou  a  partir  de  extrações  de  indicadores  já  

calculados  pelas  instituições  produtoras  em  seus  canais  oficiais  de  disseminação.  As  rotinas  

realizadas  com  os  microdados  são  documentadas  em  textos   instrucionais  definindo  etapas  

do   processo   e   localização   física   dos   arquivos   nos   computadores   do   Departamento,   assim  

como,  em  scripts/sintaxes  de  programação  de  aplicações  de  softwares  de  estatística.  

Atualmente  o  banco  conta  com  mais  de  1500  variáveis  oriundas  de  diversos  registros  

administrativos  de  programas  e  de  pesquisas  do  Sistema  Estatístico  Nacional.  

   

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Tabela  1  –  Distribuição  das  variáveis/indicadores  do  Banco  de  Dados  do  Departamento  de  Monitoramento  segundo  área  temática  

Área  temática   Quantidade  de  variáveis/indicadores  

Assistência  Social   180  Busca  Ativa   2  Condicionalidades   53  Demografia   99  Desigualdade   30  Economia   61  Educação   208  Inclusão  Produtiva   10  Mercado  de  Trabalho   225  Previdência  Social   12  Saúde   76  Segurança  Alimentar  e  Nutricional   351  Transferência  de  Renda   192  Total   1530    

3.  Aplicações  de  Monitoramento  na  SAGI          

O   banco   de   dados   do   Departamento,   por   fim,   alimenta   as   aplicações   de  

monitoramento   que   estão   disponibilizadas   em   três   plataformas:   Data   Social   (Dados   e  

Boletins),  Painel  de  Indicadores  de  Acompanhamento  da  Conjuntura  e  Programas  Sociais  e  o  

Painel   de  Monitoramento   do   Plano   Brasil   Sem  Miséria.   Além  deste   conjunto   sistêmico   de  

aplicações,   o   banco   de   dados   também   é   ferramenta   de   consulta   do   Departamento   para  

elaboração   de   estudos   técnicos   pontuais.   Apesar   do   banco   não   ser   exaustivo   nas  

possiblidades  de  recortes  e  análises  que  os  microdados  dos  registros/pesquisas  oferecem,  o  

seu  conjunto  estruturado  de  indicadores  otimizam  o  trabalho  rotineiro  de  análise  ao  evitar  

redundância   de   processamento   de   indicadores   recorrentes   nos   conteúdos   trabalhados   no  

âmbito  do  Ministério  e  do  Plano  Brasil  Sem  Miséria.  

 

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Figura  4  –  Fluxograma  da  sistemática  de  monitoramento  do  Departamento  de  Monitoramento

   

Uma   das   plataformas   compostas   pelos   indicadores   é   o   portal   Data   Social,   que  

disponibiliza   dados   e   indicadores   para   elaboração   de   diagnósticos   atualizados   e   para  

monitoramento  das  políticas  e  programas  do  Ministério,  além  de   informações  de  contexto  

social,   demográfico   e   econômico   de   municípios,   estados,   regiões   e   Brasil.   Dados   e  

indicadores   acerca   da   estrutura   de   gestão   de   programas,   do   dimensionamento   e  

características   dos   públicos-­‐alvo   das   políticas,   dos   insumos,   entregas   e   resultados   dos  

programas,   serviços   e   ações   do   Ministério   podem   ser   consultados   nos   componentes  

temáticos  do  portal,  disponíveis  para  acesso  de  técnicos,  gestores  e  população  em  geral  na  

página  da  secretaria.  

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A   plataforma   está   dividida   em   seis   conjuntos   temáticos   de   indicadores:   Data   SED  

(principais  dados  e  indicadores  da  área  social,  econômica  e  demográfica),  Data  CAD  (dados  

do  Cadastro  Único  para  Programas  Sociais  e  do  Programa  Bolsa  Família),  Data  CON  (dados  

sobre   as   condicionalidades   de   Educação   e   Saúde   de   beneficiários   do   Programa   Bolsa  

Família),   Data   SAN   (dados   sobre   contexto   e   programas   de   Segurança   Alimentar   e  

Nutricional),   Data   SUAS   (dados   sobre   equipamentos,   recursos   humanos   e   serviços   da  

Assistência   Social)     e   Data   INC   (dados   sobre   mercado   de   trabalho   e   ações   em   Inclusão  

Produtiva).  

Além  dos  indicadores,  a  aplicação  disponibiliza  boletins  municipais  temáticos  para  os  

5.570  municípios  brasileiros  com  conteúdos  analíticos  textuais  e  gráficos.  Os  boletins  foram  

desenvolvidos   no   Departamento   por   meio   de   programações   que   estabeleciam   relações  

condicionais  entre  indicadores  e  conteúdos  textuais,  possibilitando  a  geração  automatizada  

de   relatórios   municipais   personalizados.   Neste   sentido,   a   estruturação   documentada   do  

indicadores/variáveis   do   banco   de   dados   do   Departamento   foi   crucial   para   fomentar   a  

produção  de  boletins  analíticos  automatizados.  

 

Figura  5  –  Data  Social  

     

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Figura  6  –  Boletins  Municipais  

 

 

Quadro  3  –  Relação  de  Boletins  produzidos  pelo  Departamento  até  julho  de  2013  

Boletim   Conteúdo  

Brasil  Sem  Miséria  no  seu  Município   Conjunto  de  indicadores  referentes  às  ações  que  compõem  o  Plano  Brasil  Sem  Miséria  

Subsídios  para  elaboração  do  PPA  Municipal   Conjunto  básico  de  indicadores  para  subsidiar  o  gestor  municipal  na  elaboração  do  Plano  Plurianual  2014-­‐2017  

Panorama  Municipal  segundo  Censo  Demográfico  2010  

Conjunto  básico  de  indicadores  para  fornecer  ao  um  panorama  municipal  

Extrema  Pobreza  segundo  Censo  Demográfico  2010  

Análise  da  população  em  situação  de  extrema  pobreza  no  município  

Diagnóstico  Socioterritorial  

Conjunto  básico  de  indicadores  acerca  de  características  demográficas,  econômicas  e  sociais  dos  Municípios.  para  elaboração  de  um  diagnóstico  situacional  que  sirva  de  aporte  à  atuação  da  Assistência  Social  

Elaborando  um  Diagnóstico  para  Gestão  Municipal  

Sugestões  para  o  gestor  elaborar  um  Diagnóstico  para  Gestão  de  Políticas  e  Programas  Sociais  em  Âmbito  Municipal  

Mercado  de  Trabalho  segundo  o  Censo  Demográfico  2010   Distribuição  das  pessoas  ocupadas  no  mercado  de  trabalho  

Dinâmica  das  Ocupações  Formais  segundo  RAIS  

Vagas  no  mercado  formal  de  trabalho  para  gestor  no  planejamento  de  oferta  de  cursos  de  qualificação  

Inclusão  Produtiva  segundo  Censo  SUAS  Análise  da  oferta  de  cursos  por  parte  da  gestão  de  Assistência  Social  e  ações  de  geração  de  trabalho  e  renda  e  qualificação  profissional  

 

Integrado  à  plataforma  do  Data  Social   também  se  encontra  o  Painel  de   Indicadores  

de  Acompanhamento  da  Conjuntura  e  Programas  Sociais,   que   também  pode   ser   acessado  

diretamente  do  site  institucional  da  SAGI.  Esta  aplicação  apresenta  painéis  de  indicadores  de  

conjuntura   relacionados   à   educação,   mercado   de   trabalho,   indicadores   analíticos   de  

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desigualdade  e  pobreza  e  uma   síntese  de   indicadores  de  programas,  benefícios   e   serviços  

gestados   pelo   Ministério.   Estes   painéis   tem   o   intuito   de   captar/dimensionar   os   esforços  

realizados  pelo  Ministério  e  os  efeitos  alcançados.  

 

Figura  5  –  Painel  de  Indicadores  de  Acompanhamento  da  Conjuntura  e  Programas  Sociais  (PIC)  

   

Por  fim,  o  Departamento  desenvolve  e  alimenta  a  aplicação  Painel  de  Indicadores  de  

Monitoramento  do  Plano  Brasil  Sem  Miséria  (MONIB)  para  o  acompanhamento  gerencial  e  

analítico  das  ações  do  plano  em  nível  nacional,  regional,  estadual  e  municipal,  dispondo  de  

indicadores   específicos   de   entregas   e   dos   efeitos   das   mesmas.   Conta   com   as   mesmas  

funcionalidades  do  Painel  de  Indicadores  de  Acompanhamento  da  Conjuntura  e  Programas  

Sociais,   diferenciando-­‐se   na   composição   de   indicadores   e   na   inclusão   de   sistema   de  

sinaleiras   nas   tabulações   conforme   intervalos   de   variação   percentual   dos   indicadores   no  

tempo.  

   

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Figura  6  –  Painel  de  Indicadores  de  Monitoramento  do  Plano  Brasil  Sem  Miséria  (MONIB)  

 

 

Um   aspecto   importante   a   ser   elucidado   sobre   o   MONIB1   é   relativo   à   crescente  

introdução   de   indicadores   construídos   a   partir   da   integração   de   dados   provenientes   do  

Cadastro   Único   com   outras   fontes   de   informação   de   registros   de   programas  

governamentais.  De  forma   incremental,  o  Departamento  vem  construindo   indicadores  que  

tenham  a  especificidade  que  o  desenho  do  Plano  exige  a  partir  de  sua  estruturação  nos  eixos  

de  transferência  de  renda,  acesso  a  serviços  e  inclusão  produtiva.  Indicadores  que  permitam  

a  captação  das  interações  de  cobertura  das  ações  destes  eixos,  especialmente  as  focalizadas  

exclusivamente   nas   famílias   extremamente   pobres   são   de   crucial   importância   para   o  

monitoramento  de  uma  atuação  intersetorial  sistêmica  como  a  do  Plano.  

 

4.  Considerações  finais    

O   presente   Estudo   Técnico   objetivou   apresentar   uma   descrição   panorâmica   da  

sistemática   de   produção   e   disseminação   dos   principais   indicadores   de   monitoramento  

relativos   aos   programas   e   ações   do   Plano   Brasil   Sem   Miséria   (BSM)   e   do   Ministério   de  

Desenvolvimento   Social   e   Combate   à   Fome   (MDS)   organizados   pelo   Departamento   de  

Monitoramento   (DM).   Trata-­‐se   de   um   esforço   documental   de   um   trabalho   rotineiro   e  

característico   da   tempestividade   que   a   atividade   de   monitoramento   exige.   Todas   as  

                                                                                                                         1  Recomenda-­‐se  a  leitura  do  ETEC  nº  01/2013  -­‐  MONIB:  Painel  de  Indicadores  de  Monitoramento  do  Plano  Brasil  sem  Miséria  -­‐    concepção  e  funcionalidades  para  maior  conhecimento  da  aplicação.  

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aplicações   aqui   descritas   estão   disponíveis   no   site   institucional   da   SAGI2   e   seus  

aprimoramentos   do   ponto   de   vista   de   funcionalidades   e   conteúdos   se   incrementam  

conforme   a   consolidação   da   experiência   diária   de   incorporação   da   sistemática   de  

monitoramento  à  gestão  no  âmbito  do  MDS.  

Por   fim,   é   importante   destacar   que   só   é   possível   a  manutenção   e   consolidação   de  

sistemáticas   de  monitoramento   quando   seus   conteúdos   e   funcionalidades   se   adequam   às  

necessidades   dos   gestores   dos   programas.   Não   há   receita   única   para   a   construção   de  

sistemas  de  monitoramento  de  políticas  públicas,  mas  sem  dúvida,   tão   importante  quanto  

trabalhar   com   indicadores   consistentes,   é   a   premissa   constante   de   que   a   atividade   deve  

objetivar  tempestivamente  o  subsídio  à  tomada  de  decisão  na  gestão  de  ações  e  programas.    

 

Referências  bibliográficas  

ATKINSON,   T.   et   al.   Social   Indicators:   the   EU   and   Social   Inclusion.   Oxford:   Oxford   Univ.  

Press,  2005.  

JANNUZZI,  P.  M.  Monitoramento  analítico  como  ferramenta  para  aprimoramento  da  gestão  

de  programas  sociais.   In:  Revista  Brasileira  de  Monitoramento  e  Avaliação,  num.  1,  p.  38-­‐

67,  2011.  

SOUSA,  M.  F.  ETEC  N.º  1/2013  -­‐  MONIB:  Painel  de  Indicadores  de  Monitoramento  do  Plano  

Brasil  sem  Miséria  -­‐    concepção  e  funcionalidades.  SAGI,  2013.  

VAZ,   J.C.   O   monitoramento   do   planejamento   governamental   em   ambientes   complexos:  

decisões   e   requisitos.   In:   Cadernos   EIAPP,   Reflexões   para   Iber-­‐América:   Planejamento  

Estratégico.  Brasília:  ENAP,  p.37-­‐44,  2009.  

 

 

                                                                                                                         2  www.mds.gov.br/sagi