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    E S T U D O V I D ACNTICO DOS CNTICOS

    MENSAGEM UM

    UMA PALAVRA INTRODUTRIA E ATRAIDOS ABUSCAR CRISTO PARA A SATISFAO

    (1)

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 1:1-8

    o comeo deste Estudo-Vida de Cntico dosCnticos, eu gostaria de expressar umapalavra de apreciao e tambm minha

    gratido ao Irmo Watchman Nee. O esboo com

    todos os ttulos e subttulos e a interpretao defiguras neste presente Estudo-Vida de Cntico dosCnticos baseado no estudo particular do IrmoNee juntamente com alguns dos seuscooperadores em Maio de 1935, nos quais euparticipei como um dos dez participantes, em umhotel na costa de West Lake da cidade deHangchow, perto de Shanghai.

    N

    O tema de Cntico dos Cnticos asatisfao das satisfaes. Este livro retrata osquatro estgios na experincia daquele que amaCristo e pode ser resumido pelas quatro oraesseguintes:

    (1) A amada de Cristo deve ser algum que seja

    atrado pelo Seu amor e levado por Ele por causa

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    de Sua doura e que busque Nele satisfaocompleta.

    (2) A amada de Cristo deve ser algum que chamado por Ele para ser liberto do ego pela suaunio com a cruz de Cristo.(3) A amada de Cristo deve ser algum que chamado por Ele para viver em ascenso como anova criao de Deus na ressurreio de Cristo.

    (4) A amada de Cristo deve ser algum que chamado mais fortemente por Ele para viver almdo vu pela Sua cruz aps a experincia de amara Sua ressurreio.

    No primeiro estgio a amada de Cristo atrada por Cristo para segui-Lo. No segundoestgio a amada de Cristo experimenta a cruzpara o quebrantamento do ego. A cruz nos salvado ego para que possamos sair de ns mesmos.No terceiro estgio a amada de Cristo vive emascenso. Viver em ascenso experienciar anova criao de Deus na ressurreio de Cristo.No quarto estgio a amada de Cristo vive alm dovu, no trio interior, o Santo dos Santos. A

    experincia da cruz vem primeiro, seguida pelaressurreio e ascenso. Contudo, a experinciade ascenso no suficiente. Aps a ascensoainda h a necessidade do outro estgio seguinte viver alm do vu para uma experinciaadicional da cruz.

    Em Cntico dos Cnticos, um livro depoesia, ns no podemos encontrar as palavrascruz, ressurreio, e ascenso. Nem temos as

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    padro mais elevado. Toda a Bblia umromance, uma histria de amor, de Deus "que seapaixona" pelo homem.

    a. A Histria do Rei Salomo com Sulamita

    Cntico dos Cnticos uma histria do sbioRei Salomo, o escritor deste livro, com Sulamita,uma campo-nesa. Neste Estudo-Vida Salomo chamado de amado e Sulamita chamada de

    amada (lit., "amor" 1:15; 2:2; 4:1, 7; 6:4).Salomo, o gnero masculino, significa "paz" eSulamita o gnero feminino de Salomo. Umapessoa o rei no palcio na capital em Jerusalm,e a outra uma camponesa da zona rural.

    De certo modo, Salomo e Sulamita eramincompa-tveis. Com respeito ao casamento, amaioria das pessoas concorda que duas pessoasdevem ser compatveis uma com a outra.Contudo, ainda mais difcil encontrar um esposoe uma esposa que realmente sejam compatveis.Duas pessoas que so iguais, podem se tornarinimigas, mas duas pessoas que so diferentespodem tornar-se amigos amorosos. Salomo seapaixonou por uma camponesa, e os dois se

    uniram. Aps a unio, eles permaneceram emcomunho todo o tempo.De um modo semelhante, Deus se

    apaixonou pelo homem. Desde que Deus grandee sbio e ns somos pequenos e desinteligentes,ns podemos achar difcil de acreditar que Deuspudesse se apaixonar por ns. Ainda que emborao homem no parea ser compatvel com Deus,Deus, no entanto se apaixonou pelo homem.

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    b. Um Retrato do Amor de Cristo em SuaUnio com os Seus Crentes

    IndividuaisCntico dos Cnticos um retrato do amor

    de Cristo na Sua unio com os Seus crentesindividuais. Todo o Novo Testamento d nfase vida do Corpo, no a vida individual (Rm. 12:4-5;1 Cor. 12:27). Mas Cntico dos Cnticos enfatiza

    no o Corpo corporativamente, mas o crenteindividualmente. Para ter a vida do Corpo, nstemos que ter contato individual com o Senhor.Sem o contato indivi-dual com o Senhor comobase, ns no poderemos ter uma vida adequadade Corpo.

    1) Deus Amando Seu Israel Eleito como umEsposo que Ama a suaEsposa

    Como o registro de um romance divino, aBblia mostra-nos primeiro que Deus ama o SeuIsrael eleito como um Esposo que ama a suaesposa (Is. 54:5-7; Jr. 2:2; 3:1; Ez. 16:8; Os. 2:19-

    20). Israel era uma noiva e o prprio Senhor era oNoivo. Portanto, havia um amor nupcial entreDeus e Israel.

    2) Cristo Amando Sua Igreja como umEsposo que Ama a sua

    Esposa

    Segundo, a Bblia revela que Cristo ama aSua igreja como um Esposo ama a sua esposa (Ef.

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    nova criao em ressurreio (3:65:1); chamadomais fortemente para viver alm do vu pela cruzaps a ressurreio (5:26:13); participar da obrado Senhor (7:1-13); e esperar ser arrebatado (8:1-14).

    I. ATRADO A BUSCAR CRISTO

    Vamos comear a ver agora como aqueleque busca levado a buscar Cristo para

    satisfao (1:2-4a).A. O Anseio da Amada

    Beija-me ele com os beijos de tua boca; porquemelhor o teu amor do que o vinho. Suave oaroma dos teus ungentos, como ungentoderramado o teu nome; por isso, as donzelas teamam. (v. 2-3). Estes versos expressam o anseioda amada.

    1. Ansiando por ser Beijada por Cristo

    A amada de Cristo anseia por ser beijadapor Cristo com os beijos da Sua boca (v. 2a). Os

    beijos da boca o beijo mais ntimo. Este anseiopor ser beijada por Cristo uma resposta ao Seuamor consolador que melhor que o vinho (v. 2b),e ao Seu nome encantador (Pessoa) que comoungento derramado, como a suave fragrnciados seus ungentos (v. 3a).

    Cntico dos Cnticos composto de muitasfiguras. A primeira figura o vinho no qual alegraas pessoas. O vinho aqui significa Cristo alegrando

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    as pessoas com amor. Quando ns estivermostristes, se ns considerarmos o amor de Cristo,ns nos alegraremos. A segunda figura oungento. Seu nome encantador significa a Suapessoa que como ungento derramado.Ningum pode resistir ao Seu amor encantador ea Sua pessoa encantadora.

    2. Por causa do Seu Amor Cativante e SeuNome

    Encantador, Todos os Crentes Puros O AmamPor causa do Seu amor cativante e Seu

    nome encantador, todos os crentes puros O amam(v. 3b). Todos ns condenaramos um homem queatrai muitas mulheres jovens a busc-lo. Mas comCristo diferente. Quanto mais pessoas puras queamam Cristo houver, melhor.

    B. A Busca da Amada

    No verso 4a ns temos uma palavrarelacionada busca da amada: Atrai-me; ecorreremos aps ti. Ela Lhe pede que a atraia nasua busca por Cristo, que ela e os seus

    companheiros possam correr atrs Dele. Todosaqueles que so atrados por Cristo terocompanheiros para segui-Lo. Considerando queeu seja atrado pelo Senhor, muitos seguiro oSenhor comigo. Considere a situao de Pedroquando ele, um pescador, foi chamado peloSenhor (Mt. 4:18-20). Um dia Cristo o Amado,veio, e Pedro ficou encantado por Ele e deixousuas redes e O seguiu. Muitos seguiram Cristo

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    como os companheiros de Pedro. Quando nssomos atrados a seguir Cristo, ns nos tornamosintermedirios para os outros segui-Lo.

    II. A COMUNHO COM CRISTO RESULTANDOEM ENTRAR NA VIDA DA IGREJA

    Em Cntico dos Cnticos 1:4b-8 ns vemosque a comunho com Cristo resulta no entrar navida da igreja. A vida da igreja indicada por

    outra figura o rebanho (v. 7-8) que significa aigreja como o coletivo de muitos crentes.

    A. O Amado Levando-a para o seu espritoque o Lugar mais Santo de Todos para

    Comunho

    O Amado a leva para o seu esprito que olugar mais Santo de todos (as suas recmaras)para comunho. A palavra esprito no usadaaqui, mas expressa pela palavra recmaras noverso 4. Nosso esprito como o lugar de habitaode Cristo (2 Tm. 4:22) se torna o Seu Santo dosSantos (Hb. 10:19) para comunho.

    1. Ela e suas Companheiras Exaltando o SeuAmor com Alegria e Regozijo

    Em comunho com Cristo, a amada e suascompa-nheiras exaltam o amor Dele com alegria eregozijo, pois no sem razo que O amam (v.4b).

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    2. Ela V que seu Ego Pecaminoso emAdo, mas Justificado em

    Cristo

    Ela v que seu ego pecaminoso em Ado,mas ele justificado em Cristo (v. 5-6a). O seuego pecaminoso em Ado denotado pela sua cormorena como as tendas de Quedar. O seu ego

    justificado em Cristo graciosamente pelo sentidode ser comparada s cortinas de Salomo. As

    tendas esto debaixo do sol, mas as cortinasesto dentro do interior das recmaras.

    3. Ela Instruda por Ele de Modo aEntrar na Vida da igreja

    Na comunho dela com Cristo, ela instruda tambm por Ele de modo a entrar navida da igreja (v. 6b-8).

    a. Perseguida pelos Seus Irmos Sectrios

    Ela foi perseguida pelos seus irmossectrios (os filhos de sua me v 6b), e foi

    afastada para longe da vida da igreja pelosrebanhos das suas companheiras (v. 7b). Ela foiperseguida pelos seus irmos sectrios,entretanto eles tambm nasceram por meio dagraa a mesma me (v. 6b) e foi afastadapara longe da vida da igreja. Esta a situaohoje.

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    MENSAGEM DOIS

    ATRADO A BUSCAR CRISTO PARASATISFAO

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    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 1:92:7

    m 1:2-4a ns vemos que a amada de Cristoansiava por Cristo, buscava-O, e foi atrada

    pelo Seu amor, seduzida por Ele em Sua

    E 12

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    doura para correr aps Ele. Cristo agradvel,doce, e cheio de fragrncia como o ungento.Alm disso, o Seu amor encorajador, melhorque o vinho. Todos aqueles que amam Cristo soconstrangidos pelo Seu amor (2 Cor. 5:14).

    Em Cntico dos Cnticos 1:4b-8 o Amadorespondeu a Sua amada que est ansiando ebuscando e a levou para o interior da recmara (oesprito dela) para ter ntima comunho. Aquelacomunho levou a amada de Cristo a entrar na

    vida da igreja, significado pelo rebanho (v. 8; Jo.10:16). Depois que os amados de Cristo entramna vida da igreja, eles comeam a sertransformados pelo Esprito Santo. A vida da igreja um caminho muito importante usado peloEsprito Santo para nos transformar. O EspritoSanto est nos transformando com os santos naigreja.

    III. TRANSFORMADO PELO TRABALHARDO ESPRITO

    A amada de Cristo transformada pelotrabalhar do Esprito (Cntico dos Cnticos 1:9-16a; 2:1-3a). O Esprito composto, todo-

    inclusivo, sete vezes intensificado, que d vida, e o Esprito interior que a consumao do Deus Trino consumado. Este Esprito de fato oprprio Senhor que faz a obra de transformaoem ns. A transformao envolve um processometablico pelo qual o Esprito nos transforma.Esta transformao metablica est entrandoagora dentro de ns na vida da igreja.

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    A. A Amada de Cristo Est sendoTransformada de uma Pessoa de Natureza

    Forte em uma Pessoa Que Confia Nele eOlha para Ele com um Olhar SingeloA amada de Cristo est sendo transformada

    de uma pessoa de natureza forte (uma gua dascarruagens de Fara v. 1:9) em uma pessoaque vive uma vida no confiando nela, masconfiando Nele (lrio 2:1-2; Mt. 6:28) e olha para

    Ele com um olhar singelo (olhos como de pombas v. 1:15b; Mt. 10:16). No princpio, a amada deCristo naturalmente forte, como uma gua nascarruagens de Fara, mas gradualmente ela transformada em um lrio, algum que no maischeio de fora natural, mas est cheio de vida. Talpessoa transformada olha agora para o Senhorcom um olhar singelo. Seu alvo, seu objetivo, Aquele a quem ela ama.

    B. O Amado Apreciando a Beleza Delaem Submisso a Ele

    "Formosas so as tuas faces entre os teusenfeites, o teu pescoo, com os colares" (1:10).

    Aqui o Amado aprecia a beleza dela emsubmisso a Ele (faces formosas com enfeites deornamentos) a beleza dela em obedincia atransformao do Esprito (pescoo com enfeitesde jias). A expresso desta amada de Cristo cheia de submisso seguida por obedincia.Quando ns nos submetermos ao Senhor, ns Oobedeceremos seguramente.

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    C. A Transformao do Esprito e os SeusCompanheiros Adornando-A com aConstituio da Vida de Deus pela

    Obra Redentora de Cristo"Enfeites de ouro te faremos, com

    incrustaes de prata" (v. 11). O Espritotransformando e os companheiros da amada (ns)adornando-a com a constituio da vida de Deus(enfeites de ouro) pela obra redentora de Cristo

    (cravos de prata). A natureza de Deus e aredeno de Cristo so reunidas pelo Esprito e oscompanheiros para ser o adorno dela. O Espritonos transforma, mas o Esprito precisa de nossoscompanheiros para ser Seus ajudadores. Se nspercebermos isto, ns louvaremos o SenhorEsprito que tem nos dado muitos companheirospara ser Seus auxiliares em nos transformar.

    D. Mesa Onde Cristo est Festejando coma Sua Amada, o Amor Dele por Ela Exala Sua

    Fragrncia

    Enquanto o rei est assentado sua mesa,o meu nardo exala o seu perfume (v. 12). mesa

    onde Cristo est festejando com a Sua amada (orei sua mesa), o amor dela (o nardo) para comEle exala sua fragrncia (cf. Jo. 12:1-3). Na vida daigreja os pequenos grupos esto freqentementebanqueteando com o Senhor como convidadoinvisvel. Na edificao dos grupos vitais, aquelesque amam Cristo exalam a fragrncia agradveldeles espontaneamente para Cristo.

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    E. Ela Desfrutando-O Reservadamente naSua Morte e Abraando Seu Amor e

    F

    "O meu amado para mim um saquitel demirra, posto entre os seios meus. / Como umracimo de flores de hena nas vinhas de En-Gedi, para mim o meu amado" (1:13-14). Nestes versosns vemos que ela O desfruta reservadamente (noite) na Sua morte (um saquitel de mirra)

    abraando com amor e f (1 Tm. 1:14; 1 Ts. 5:8). Todo aquele que ama Cristo cheio de f e amore O abraa com f e amor. Alm disso, ela Odesfruta publicamente na Sua ressurreio (umramalhete de flores de hena) nas igrejas(vinhedos) de Cristo como a fonte de redeno(En-Gedi a fonte do cordeiro). Nas igrejasCristo cresce como um ramalhete de flores dehena. Nas igrejas h tambm uma fonte deredeno. A igreja molhada continuamente pelafonte da redeno de Cristo. Disto ns vemos queuma parte principal de nossa vida espiritual estrelacionada vida da igreja.

    F. Ele Aprecia a Beleza do Olhar Dela por Ele

    com um Olhar Singelo pelo Esprito"Eis que s formosa, querida minha, eis

    que s formosa; os teus olhos so como os daspombas". (1:15). Ele aprecia a beleza do olhardela para Ele com um olhar singelo pelo Esprito(olhos como de pombas v. 15). O primeiroaspecto notvel de nossa beleza na viso doSenhor Jesus nosso olhar singelo para Ele. Pelo

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    Esprito ns olhamos para Ele com um olharsingelo.

    G. Ela aprecia a Beleza Dele em SuaDocilidade

    O Amado e a amada apreciam um ao outro."Como s formoso, amado meu, como samvel!" (v. 16a). Neste verso ela aprecia abeleza Dele em Sua amabilidade.

    H. Ela Se Humilha Percebendo que um Pequeno Ser

    "Eu sou uma rosa de Sarom, / O lrio dosvales" (2:1). A palavra para rosa neste versorefere-se a uma rosa selvagem, menosprezada naterra da Judia. Aqui a humildade da amada a levaa perceber que um pequeno ser, mas que porum lado, vive uma vida bela, porm desprezada(rosa) no mundo comum (Sarom, que significa"plancie"), e por outro lado uma vida pura econfiante (lrio) nos lugares baixos (vales). Esteera o seu humilde reconhecimento e percepo arespeito de si mesma.

    I. Ele Aprecia com Amor Aquela Que Viveuma Vida Pura e Confiante

    "Qual o lrio entre os espinhos, tal a minhaquerida entre as donzelas" (v. 2). Aqui Ele aaprecia como o Seu amor (Sulamita) entre asdonzelas (Tg 4:4) que vive uma vida pura e

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    confiante (lrio) no meio de pessoas imundas eincrdulas (espinhos).

    J. Ela O Aprecia como uma Fonte de RicaProviso Que A Supre de um ModoOportuno

    "Qual a macieira entre as rvores dobosque, tal o meu amado entre os filhos" (v.2:3a). Aqui ela O aprecia como uma fonte de rica

    proviso (macieira) que a supre de um modooportuno. A amada e o Amado ambos tm beleza,e eles apreciam a beleza um do outro. Isto nosmostra que a transformao produz umaapreciao mtua entre Cristo e Sua amada.

    IV. SATISFEITA COM O DESCANSOE PRAZER EM CRISTO

    A amada est satisfeita com o descanso eprazer em Cristo (1:16b-17; 2:3b-7). Satisfaorequer duas coisas descanso e prazer.Primeiro, ns precisamos descansar e ento,quando estivermos descansados, ns teremos umpouco de prazer. O resultado deste descanso e

    prazer satisfao.A. Ela Est Satisfeita

    1. Com Sua Vida de Descanso e Satisfaocomo Lugar de Descanso noite em Seus

    Abraos e na Sua Morte eRessurreio como Abrigo

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    Ela est satisfeita com o seu descanso navida de suprimento Dele (verde) como o lugar dedescanso noite (leito) os abraos Dele (2:6) e namorte Dele (ciprestes) e a ressurreio Dele(cedros) como o abrigo (vigas e caibros 1:16b-17). Em tipologia, em figura, uma rvore decipreste significa a morte de Cristo, e uma rvorede cedro significa a ressurreio de Cristo na quala Sua humanidade elevada e exaltada. A mortee a ressurreio de Cristo um abrigo com vigas

    e caibros.2. Em Seu Deleite e Descanso debaixo de

    Suas Sombras, Ela se Abriga durante o Dia,Desfrutando da Sua Doura

    como seu SuprimentoEm Tempo Oportuno

    "Desejo muito a sua sombra e debaixo delame assento, e o seu fruto doce ao meu paladar"(2:3b). Isto revela que ela tambm est satisfeitacom seu deleite e descanso, abrigada debaixo deSuas sombras durante o dia (sombras Is. 4:5-6;2 Cor. 12:9) e Ele doce ao seu paladar,suprimento adequado (fruto doce).

    3. Com Amor Triunfante Derramado sobreEla na Vida da igreja

    Agradvel

    "Leva-me sala do banquete, e o seuestandarte sobre mim o amor / Sustentai-mecom passas, confortai-me com mas, poisdesfaleo de amor (v. 2:4-5). Aqui a amada est

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    satisfeita com o amor triunfante (bandeira deamor) derramado sobre ela na vida da igrejaagradvel (casa do banquete) na qual ela sustentada por Ele, Cristo, como o po da vida (Jo.6:35 bolo de passas) e confortada por Ele como fruto da vida (Ap. 2:7; 22:2 mas) para curara sua paixo. Cristo nos sustenta com Ele mesmocomo po e nos conforta Consigo mesmo comofruto.

    B. Ele Cuida do Descanso Dela Nele

    "Conjuro-vos, filhas de Jerusalm, pelasgazelas e cervas do campo, que no acordeis,nem desperteis o amor, at que este o queira" (v.2:7). Aqui ns vemos que Ele cuida do descansodela Nele.

    1. Considerando-A como Algumque se Agita Facilmente

    Ele a considera como algum que se agitafacilmente (gazelas ou cervos do campo). Todoaquele que ama Cristo uma pessoa que podeagitar-se facilmente.

    2. Advertindo Solenemente os CrentesIntrometidos

    Ele adverte solenemente (conjura) oscrentes intrometidos (as filhas de Jerusalm).Entre os santos na vida da igreja, h vrias irmse irmos intrometidos. Eles se preocupam com osassuntos dos outros e no se preocupam com assuas prprias necessidades de amar o Senhor e

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    crescer na vida divina. Tal intromisso expressapelas filhas de Jerusalm.

    3. No Despert-La de Sua Experincia emCristo e do Seu Descanso Nele

    A advertncia Dele que ningum adesperte da sua presente experincia de Cristo edo seu descanso Nele. Na sua vida Crist elaatingiu o objetivo de descansar e experimentarCristo e estar satisfeita na vida da igreja.

    Temporariamente, Cristo concorda com a situaodela e no quer que ningum a desperte. Este ofim do primeiro estgio da vida Crist da amadade Cristo.

    Muitos de ns podemos testificar porexperincia que esta situao verdadeira. Nestemomento ns podemos dizer, "eu estoudescansando em Cristo e estou desfrutandoCristo. Eu estou protegida por Ele e estou Nele. Avida Dele meu leito, e a Sua morte e

    ressurreio so as vigas que me abrigam. Aquina vida da igreja o amor de Cristo a bandeiraestendida sobre mim. Eu estou satisfeito".

    4. At que Ela Se Sinta Confortvel emSua Segunda Busca do Amado

    Ele lhe permite permanecer em repouso atque ela se sinta confortvel na sua segunda busca

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    aps Ele (ela se agrada). Como ns veremosquando chegarmos prxima seo, Cristo nopretende que Sua amada permanea nesteprimeiro estgio. Ela precisa entrar no segundoestgio da vida Crist da amada de Cristo oestgio de experimentar a cruz de Cristo para oquebrantamento do ego. A amada de Cristo nodeve permanecer em seu ego, permitindo que oego se torne o centro, mas deve sofrer oquebrantamento do ego pela cruz.

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    E S T U D O V I D ACNTICO DOS CNTICOSMENSAGEM TRS

    CHAMADA PARA SER LIBERTA DO EGOPELA UNIO COM A CRUZ

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 2:83:5

    m Cntico dos Cnticos 2:83:5 a amada deCristo chamada por Ele para ser liberta doego pela sua unio com a cruz. Este o

    segundo estgio na experincia da amada de

    Cristo. Trs palavras importantes nos ajudam ainterpretar esta seo: a cruz, o ego, e aintrospeco.

    EA cruz denotada pelas fendas dos

    penhascos e o esconderijo das rochas escarpadas(v.2:14). Estes so lugares de refgio, mas elesso speros, e poucos estariam dispostos a ireml. As fendas dos penhascos e o esconde-rijo dasrochas escarpadas significam seguramente a cruzcomo o lugar de refgio para o homem cado. Olugar mais seguro para ns estarmos a cruz.

    Embora no tenha nenhuma figura do egoem Cntico dos Cnticos, de acordo com aexperincia Crist ele manifestado no segundoestgio. No primeiro estgio, a amada de Cristo O

    procura, recebe ajuda na comunho no interior da

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    recmara, e entra na vida da igreja onde elaexperimenta transformao. Ela entra nodescanso e gozo de Cristo pela sua completasatisfao. Ento o ego se manifesta, e a amadade Cristo comea a s querer ser perfeita. Isto oego.

    O ego muito sutil. Em Mateus 16, depoisque o Senhor Jesus desvendou o caminho da cruzpara o cumprimento da economia de Deus, Pedromostrou seu amor pelo Senhor dizendo, "Tem

    compaixo de ti, Senhor! Isso de modo algum teacontecer!" (v. 22). Pedro pensou que isso era asua prpria palavra. De fato, Pedro falou pelo seuego que tinha se tornado um com Satans. OSenhor Jesus reprovou Pedro que disse, "Arreda!Satans!" (v. 23a). Ento o Senhor falou sobrenegar o ego (v. 24). Isto revela que o ego ahumanidade satnica; o homem possudo eusurpado por Satans. Como resultado, o homemem sua humanidade cada s se preocupa consigomesmo. Porque tudo para ele, o egosmo vistoem todos os tipos de relacionamentos entremarido e mulher, entre pais e filhos, entre patrese empregados.

    Ns no deveramos pensar que podemos

    ser to espirituais que j no temos maisproblemas com o ego. At mesmo a amada deCristo, aquela que anseia por Ele, O busca, e Orecebe, ainda est preocupada com o ego. Nsainda temos uma parte de ns que cada esatnica, e esta parte permanecer conosco atque nosso corpo fsico seja redimido, isto , atque ns tenhamos sido redimidos ao mximo davelha criao. Esta era at mesmo a situao do

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    apstolo Paulo. Ele tinha recebido tantas vises erevelaes, contudo ele percebeu que ele aindaestava na humanidade cada (2 Cor. 12:7).Embora tambm ns ainda estejamos nahumanidade cada, no deveramos viver nela eno deveramos viver por ela. Como um crenteexperiente em Cristo, posso testificar que quantomais velho eu me torno, mais fico aborrecido pelavelha criao, pela humanidade cada, satnica.

    Conforme ns veremos quando chegarmos

    ao final de Cntico dos Cnticos, a amada deCristo eventualmente sente saudades, porqueainda est na velha criao. Ela deseja serperfeita como Cristo que no tem nadaabsolutamente a ver com qualquer coisa da velhacriao. Ela foi restaurada por Deus para ser umanova criao, contudo, de acordo com a economiade Deus, Deus permitiu que uma parte da velhacriao permanecesse com ela.

    Ns podemos ter algum sucesso ao buscarCristo e podemos atingir certa medida desatisfao. Entretanto, ns podemos perguntar,"Como eu posso manter isto? Como eu posso memanter nesta condio?" Neste momento o egoentra.

    O ego surge de debaixo da falsa capa daintrospec-o. De fato, o ego constitudo comintrospeco. Intros-peco se observar olhandopara dentro de voc. A Bblia nos ensina a sempreolhar para Jesus (Hb. 12:2). Ns no deveramosolhar para ns mesmos. Nosso ego no merecedor de olharmos para ele. No obstante,toda pessoa espiritual que atinge uma situao desatisfao em Cristo, eventualmente cai em

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    introspeco, no somente ao observar o ego,mas tambm analis-lo. Quando eu era um jovemcrente, eu freqentemente olhava muito paramim. Eu no gostava de fazer qualquer coisa queno glorificasse o Senhor. Mas de fato eu noestava preocupado com o Senhor; eu estavapreocupado comigo mesmo e com o que os outrospensariam de mim. Olhar desta maneira paradentro de ns mesmos a maior derrota na vidaespiritual e o maior sucesso do inimigo.

    Ao ajudar os outros que esto buscando serespiri-tuais, ns podemos encoraj-los a orar econfessar suas faltas ao Senhor. Tal orao econfisso so normais. Porm, em alguns casosns deveramos encorajar os outros a parar deconfessar e simplesmente crer que o sangue de

    Jesus lmpa-os e que Deus fiel e justo paraperdo-los (1 Jo. 1:7, 9), lembrando-os de queDeus fiel para honrar a redeno de Cristo.

    Quando ns somos introspectivos, nspodemos confessar a mesma questo vez apsvez, pensando que quanto mais nsconfessarmos, mais perdo ns recebere-mos.Este tipo de confisso vem do ego satnico; oresultado de se analisar em coisas espirituais.

    Somente a cruz de Cristo pode nos libertar de talsituao causada pela introspeco. Portanto, nsprecisamos ser chamados para sermos libertos doego pela nossa unio com a cruz. Quando ns nostornamos um com a cruz, nos escondendo nasfendas dos penhascos e no esconderijo das rochasescarpadas, ns seremos libertos do ego.

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    I. PELO PODER DA RESSURREIO DECRISTO ATRAVS DE SUA

    COMUNHO

    A amada de Cristo chamada para serliberta do ego pela sua unio com a cruz pelopoder da ressurreio de Cristo atravs dacomunho Dele (v. 2:8-9).

    A. Chegando, Galgando sobre os Montes e

    Pulando sobre os Outeiros"Ouo a voz do meu amado; ei-lo a

    galgando os montes, pulando sobre os outeiros"(v. 8). Este galgar e pular significa o poder deCristo para superar dificuldades e barreiras. ComoAquele que a ressurreio, Ele segura-mentetm Suas maneiras de superar dificuldades ebarreiras. Todas as dificuldades que atrapalhamnossa comunho com Cristo procedem do nossolado. Muitos "montes" e "outeiros" nos impedemde vir a Ele, mas Ele nunca frustrado, porque Elepode "saltar" e pode pular".

    Como ns podemos ir para a fenda dospenhascos, para o esconderijo das rochas

    escarpadas? Ns no temos fora para fazer isto.A nica maneira que podemos ir para a cruz pelo poder da Sua ressurreio (Fp. 3:10).Portanto, Cristo vem para a auto-satisfaodaquela que O busca no poder de ressurreio.

    B. Sendo Comparado a um Gamoou Filho da Gazela

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    "O meu amado semelhante ao gamo ou aofilho da gazela" (v. 2:9a). A palavra cora no ttulodo Salmo 22 com respeito ressurreio significaCristo em ressurreio. Cristo comparado a umfilho da gazela significa que o Seu poder o poderde ressurreio.

    C. Em P atrs de "Nossa Parede"

    "Eis que est detrs da nossa parede" (v.

    9b). A posio Dele atrs de "nossa parede"significa que a introspeco da amada comproblema de ego faz separao entre ela e Ele.

    D. Olhando atravs das Janelas eEspreitando pelas Grades

    "Olhando pelas janelas, espreitando pelasgrades" (v. 9c). As janelas e a grades significamaberturas estabelecidas por Deus para Ele tercomunho, conversar mais intima-mente com ela.No importa o quanto tentamos nos escondersecretamente, haver sempre uma janela pelaqual Cristo poder nos ver. Pelo fato de o homemter cado, parecia no haver nenhuma maneira

    para Deus tocar o homem ou ter comunho com ohomem. Mas a conscincia do homem uma janela com uma grade que est aberta para Deusentrar e contatar o homem cado. Ns devera-mos nos lembrar disto quando sairmos parapregar o evangelho. Quando ns estamospregando o evangelho, ns precisamos aprendera tocar a conscincia dos outros.

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    II. ENCORAJADA A REAGIR COM O FINAL DOINVERNO E A CHEGADA DA PRIMAVERA

    DA RESSURREIO NO FLORESCERDAS SUAS RIQUEZAS

    Nos versos 10 a 13 a amada encorajada areagir por causa do final do inverno e a chegadada primavera da ressurreio no florescer de suasriquezas. O Amado encoraja a Sua amada a sairdetrs da parede.

    A. A Amada de Cristo Falhando emResponder a Ele na Sua Comunho

    "O meu amado fala e me diz" no verso 10aindica que a amada de Cristo no respondeu a Elena Sua comunho. Se a amada tivesse dado umaresposta adequada, no teria sido necessrio parao Amado falar novamente.

    B. Abatida Por Causa de Sua Condio

    "Levanta-te, querida minha" (v. 10b) indicaque ela estava abatida por causa de sua condio,portanto Cristo pediu a Sua amada para se

    levantar. Sempre que ns temos algum sucessoem nossa busca espiritual, o resultado umacondio depressiva. Tal condio principalmente devido ao ego e a introspeco.

    C. Cristo Querendo que Ela saia de SuaCondio Depressiva para

    estar com Ele

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    As palavras "Formosa minha, e vem" (v.10c) indica que Cristo na Sua avaliao delaqueria que ela sasse da sua condio depressivapara estar com Ele. Esta uma palavra deencorajamento.

    D. O Tempo de Dormncia eTratamentos j Terminaram

    "Porque eis que passou o inverno, cessou a

    chuva e se foi" (v. 11). Isto indica que o tempo dedormncia (inverno) e tratamentos (chuva)terminou e que o tempo de primavera(ressurreio) est chegando.

    E. O Florescer das Riquezas da Ressurreiode Cristo

    "Aparecem as flores na terra, chegou otempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra / A figueira comeou a dar seusfigos, e as vides em flor exalam o seu aroma (v.12-13a). Aqui "flores", "cntico, "voz da rla","flor", e "fragrncia" indica o florescer dasriquezas da ressurreio de Cristo. Tudo isto so

    sinais de ressurreio. Quando ns cantamos, nsestamos em ressurreio. Sempre que nossa bocaest fechada, ns estamos no inverno.

    F. A nsia de Cristo ao Pedir para SuaAmada que Saia da Introspeco do Seu Ego

    para Estar com Ele

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    "Levanta-te, querida minha, formosa minha,e vem" (v. 13b). Estas palavras repetidas indicama nsia de Cristo ao pedir para Sua amada quesaia da introspeco do seu ego para estar comEle. Porm, no fcil algum sair daintrospeco. muito difcil ajudar um irmo ouirm que so introspectivos. s vezes leva um anoou mais antes que tal pessoa possa ser ajudada asair da introspeco do seu ego.

    III. CHAMADA PARA ESTAR EMUNIO COM A CRUZ

    Nos versos 14 e 15 a amada chamadapara estar em unio com a cruz. Considerandoque no Novo Testa-mento ns temos uma palavraclara com relao cruz, em Cntico dos Cnticosa cruz expressa atravs de figuras delinguagem.

    A. Cristo Deseja Ver o Semblante Adorvel

    da Sua Amada e Ouvir a SuaDoce Vozem Sua Unio com a Cruz

    "Pomba minha, que andas pelas fendas dospenhas-cos, no esconderijo das rochasescarpadas, mostra-me o rosto, faze-me ouvir atua voz, porque a tua voz doce, e o teu rosto,amvel" (v. 14). Aqui Cristo, considera Sua amada

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    Introspeces, as Quais Arrunam a SuaRessurreio para a Amada

    "Apanhai-me as raposas, as raposinhas, quedevas-tam os vinhedos, porque as nossas vinhasesto em flor" (v. 2:15). Cristo incumbe a Suaamada a estar atenta s suas peculiaridades,hbitos e introspeces (raposinhas) as quaisarrunam a Sua ressurreio para a amada(nossas vinhas em flor).

    As raposinhas que arrunam as vinhassignificam nossas peculiaridades, nossos hbitos,e nossas introspec-es, e as vinhas significam avida da igreja. Ser espiritual bom, mas conduzfreqentemente s peculiaridades. Quase todapessoa espiritual estranha, tem algumacaracterstica peculiar. Quando ns ficamosestranhos, ns no mais somos espirituais. Aoinvs disto, nos tornamos um problema para aigreja. A libertao da peculiaridade a cruz.

    IV. A REJEIO E O FRACASSO DA AMADA

    Em 2:163:1 ns vemos a rejeio e ofracasso da amada.

    A. Ela Percebe que Cristo Pertence a Ela eEla a Cristo, Contudo Ele no Est com Ela

    "O meu amado meu, e eu sou dele; eleapascenta o seu rebanho entre os lrios" (v. 16).Ela percebe que Cristo pertence a ela e ela a

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    Cristo de acordo com o seu senti-mento, contudoEle no est com ela, mas Ele est apas-centandoSeus seguidores puros e confiantes (apascentan-do entre os lrios). Neste momento ela e Cristono so um.

    B. Rejeitando-O e Pedindo a Ele que Espereat que Sua Condio Depressiva

    Termine

    "Antes que refresque o dia e fujam assombras, volta amado meu; faze-te semelhanteao gamo ou ao filho das gazelas sobre os montesescabrosos" (v. 17). Aqui ela O rejeita pedindo-Lhe que espere at que a sua condio depressivatermine e ento ela volte para a Sua ressur-reio, como uma gazela ou um filho da gazela,na poca da separao deles, a qual somente porEle poderia ser eliminada e no por ela (nosmontes Escabrosos). A palavra Escabroso querdizer "separao". A amada parecia estar dizendoa Ele, "Senhor, eu no estou pronta. Por favor,no venha agora, mas espere at que minhacondio termine. Seja como uma gazela nosmontes escabrosos". Esta separa-o, este monte,

    um problema, e s pode ser removido por Ele.C. Na Sua Introspeco, Ela Busca o Amado,

    mas no O Encontra

    "De noite, no meu leito, busquei o amado deminha alma, busquei-o e no o achei" (3:1). Nasua introspeco, a condio depressiva, elabusca o Amado, mas no O encontra.

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    V. O DESPERTAR E O RETORNO DA AMADA

    Cntico dos Cnticos 3:2-4 fala do despertare do retorno da Amada.

    A. Ela Se Levanta Para Buscar o Amado nosMoldes e nos Mtodos da

    Jerusalm Celestial

    "Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade,pelas ruas e pelas praas; buscarei o amado daminha alma. Busquei-o e no o achei" (v. 2). Elase levantou da sua introspeco para buscar oAmado nos moldes e nos mtodos da JerusalmCelestial (expressado pela Jerusalm terrena).

    B. Aqueles que Cuidam do Povo de Deus nosMoldes da Jerusalm Celestial A Encontra

    "Encontraram-me os guardas, querondavam pela cidade. Ento, lhes perguntei:vistes o amado da minha alma?" (v. 3). Aquelesque cuidam espiritualmente do povo de Deus (Hb.13:17) nos moldes da Jerusalm celestial a

    encontra, e ela lhes pergunta se eles viramAquele a quem ela ama.

    C. Encontrando o Seu Amado e Agarrando-O

    "Mal os deixei, encontrei logo o amado daminha alma; agarrei-me a ele e no o deixei irembora, at que o fiz entrar em casa de minhame e na recmara daquela que me concebeu" (v.

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    3:4). No muito depois de ela deixar aqueles quecuidam do povo de Deus, ela encontra o seuAmado, e ela O agarra e no deixa que Ele v atque ela O leve para o Esprito da graa pelo qualela foi regenerada (a casa de sua me asrecmaras Hb. 10:29; Gl. 4:26; Ef. 2:4-5; Gl. 5:4)para uma ntima comunho.

    A casa da me era o lugar onde ela nasceu,e a recmara da me era o lugar onde ela foiconcebida. A me a graa. De acordo com

    Glatas 4:25-26, a Jerusalm l de cima a qual nossa me representa o princpio da graa queproduz os herdeiros livres e a Jerusalm terrenaproduz filhos da escravido. A recmara da mesignifica o amor que do Pai. O amor do Pairesulta em graa. Efsios 2:4-5 diz que Deus nosamou e ento nos salvou por meio da Sua graa.Ns fomos concebidos no amor de Deus enascidos pela graa de Deus.

    Embora a amada de Cristo tenha cado naintrospec-o, um dia ela acordou e percebeu queela era uma pecadora salva pela graa. Ento elapde dizer, "Deus me amou e Cristo me salvoupela graa". Segunda Corntios 13:14 fala dagraa de Cristo, o amor de Deus, e a comunho

    do Esprito Santo. O Esprito traz o amor de Deus etransmite a graa de Deus a ns.Conseqentemente, o Esprito chamado de oEsprito da graa (Hb. 10:29). Assim que a amadapercebeu que ela era uma pecadora salva pelagraa, ela foi reavivada. Encontrando ento o seuAmado, ela o agarrou e no O deixou ir. Ela trouxeCristo para a casa de sua me onde ela nasceupela graa, e para a recmara onde ela foi

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    concebida em amor. Como a recmara a parteinterior da casa, assim o amor de Deus a parteinterior da graa de Cristo. Como pessoas salvas,ns temos ambos o amor de Deus e a graa deCristo.

    VI. CRISTO ADVERTINDO AS FILHASINTROMETIDAS A NO DESPERT-LA

    "Conjuro-vos, filhas de Jerusalm, pelas

    gazelas e cervas do campo, que no acordeis,nem desperteis o amor, at que este o queira" (v.3:5). Aqui Cristo adverte os crentes intrometidos(as filhas de Jerusalm) a no despert-la de suaexperincia de Cristo na sua libertao do ego,isolada na sua introspeco, na sua comunhontima com Ele at que ela sinta confortvel nasua prxima experincia Dele (at que elaqueira).

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    ns precisamos viver em ascenso. Depois de noschamar cruz, Cristo nos chama para viver emascenso como a nova criao em ressurreiomais adiante.

    I. A NOVA CRIAO

    Cntico dos Cnticos 3:64:6 estrelacionado nova criao.

    A. Pela Unio Completa da Amada com

    CristoA amada de Cristo se torna uma nova

    criao pela sua unio completa com Cristo (v.3:6-11). Ns estvamos unidos com Ado que nostornou a velha criao. Agora ns estamos emunio com Cristo, assim ns somos uma novacriao. Segunda Corntios 5:17 diz, "Se algumest em Cristo, nova criao.

    1. Ela Vem do Egito como Pessoa Inabalvelno Poder do Esprito

    Que isso que sobe do deserto, como colunas defumaa, perfumado com mirra, e de incenso, e de toda sorte

    ps aromticos do mercador?" (v. 3:6). Ela (comoum vencedor eleito representativo de Deus) vemdo Egito (deserto) como pessoa no poderinabalvel do Esprito (x. 14:19-20), perfumadacom a doce fragrncia da morte e ressurreio deCristo e com todas as fragrantes riquezas deCristo como um mercador. O Senhor precisa depessoas vencedoras, aqueles que so

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    perfumados, permeados, com a fragrncia dasriquezas de Cristo.

    2. Ela a Vitria do Cristo Vitorioso a liteira de Salomo; sessenta valentes

    esto ao redor dela, dos valentes de Israel. Todossabem manejar a espada e so destros na guerra;cada um leva a espada cinta, por causa dostemores noturnos" (v. 3:7-8). Ela a vitria (liteira

    para o descanso e vitria noite) do Cristovitorioso, cheio do poder dos vencedores entre oseleitos de Deus que carrega Cristo at mesmo emtempos de dificul-dades, e estes vencedores soperitos na guerra, enquanto esto lutando comsuas armas em tempos de temores.

    3. Ela um Palanquin como umaCarruagem de Cristo

    "O rei Salomo fez para si um palanquim demadeira do Lbano. Fez-lhe colunas de prata, aespalda de ouro; o assento de prpura, e tudointeriormente ornado com amor pelas filhas de

    Jerusalm" (v. 9-10). Ela um palanquim (durante

    o dia) como uma carruagem de Cristo, feita peloprprio Cristo da mais nobre, e elevadahumanidade (a madeira do Lbano), tendo anatureza de Deus (ouro) como sua base, aredeno de Cristo (prata) como seus assentos, arealeza (prpura) trono como seu assento, e oamor dos crentes que cobrem o interior.

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    4. O Esprito Ordena aos Vencedores Crentespara No Olharem para Si mesmos, mas para

    Cristo na SuaHumanidade

    "Sa, filhas de Sio, contemplai o ReiSalomo com a coroa com que a sua me ocoroou no dia do seu desposrio, no dia do jbilodo seu corao" (v. 11). Aqui o Esprito ordena aosvencedores crentes para no olharem para si

    mesmos, mas para Cristo na encarnao da Suahumanidade como uma coroa da Sua ostentao,na poca do desposrio dos crentes com Cristo,um dia de alegria do Seu corao.

    Se Cristo no tivesse humanidade, Ele nopoderia nos desposar. Porque ns somoshumanos, ns no poderamos ser noiva Dele amenos que Ele tambm tivesse humanidade.Portanto, nosso noivado com Cristo depende dahumanidade Dele, a qual a Sua coroa. Ahumanidade que Cristo vestiu na Sua encarnaoe elevada em Sua ressurreio a Sua coroa. Nsprecisamos olhar para Cristo em Sua humanidade.

    Nesta conjuntura, ns deveramos notar quea unio da cama com seu dormente, a unio do

    palanquim com seu cavaleiro, e a unio da noivacom o seu noivo, indicado nos trs artigos acima,todos significam a unio completa da amada comCristo. Porque ns fomos unidos a Cristo, ns nostornamos a nova criao.

    B. A Beleza da Amada, a Noiva, como a NovaCriao

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    Em 4:1-5 ns vemos a beleza da amada, anoiva, como a nova criao.

    1. A Beleza na Sua Singeleza e oDiscernimento pelo Esprito

    "Como s formosa, querida minha, como sformosa! Seus olhos so como os das pombas ebrilham atravs do teu vu. Os teus cabelos socomo rebanhos de cabras que descem ondeantes

    do monte de Gileade" (v. 1). Neste verso nsvemos a beleza em sua singeleza e discernimentopelo Esprito que invisvel aos estranhos, e nasua submisso e obedincia atravs do alimentarde Deus que subjuga a sua desobedincia entreas pessoas desobedientes.

    2. A Sua Beleza em Receber o AlimentoCelestial

    "So os seus dentes como um rebanho dasovelhas recm-tosquiadas, que sobem dolavadouro, e das quais todas produzem gmeos, enenhuma delas h sem crias" (v. 2). Isto fala dabeleza do seu receber o alimento celestial pelo

    seu poder o qual foi tratado pela cruz, torna claropelo lavar do Esprito, e fortalecido e equilibradoduplamente, sem perder a fora.

    3. A Beleza em Seu Falar com a Redenode Cristo e a Sua Autoridade

    "Seus lbios so como um fio de escarlata, etua boca formosa; as tuas faces como rom

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    partida, brilham atravs do vu" (v. 3). Esta abeleza dela em seu falar com a redeno de Cristoe Sua autoridade pela sua boca adorvel e na suaexpresso cheia de vida a qual oculta.

    4. A Beleza em Sua Vontade Submissa Cristo

    "O teu pescoo como a torre de Davi,edificada para arsenal; mil escudos pendem dela,todos broquis de soldados valorosos" (v. 4). Aquins temos a beleza em sua vontade submissa Cristo que a riqueza do poder defensor.

    5. A Beleza em Sua Tenra F e Amor

    "Os teus dois seios so como duas crias,gmeas de uma gazela, que se apascentam entreos lrios" (v. 5). Isto fala da beleza na sua tenra fe o amor fortalecido duplamente e nutrido numambiente de vida pura e confiante.

    C. Sua Perseguio Mais ProfundaO verso 6 fala da sua perseguio mais

    profunda: Antes que refresque o dia, e fujam assombras, irei ao monte da mirra e o outeiro deincenso". Na sua perseguio mais profunda, eladeve ir e permanecer na morte e ressurreio deCristo em seus altos cumes at que Cristo venha,quando o dia amanhece e as sombras fogem.

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    Ante-riormente, ela tinha medo das fendas dospenhascos e dos esconderijos das rochasescarpadas, mas agora ela est disposta a estarl, permanecendo na morte e ressurreio deCristo.

    II. CHAMADA PARA VIVER EM ASCENSO

    Nos versos 7 a 15 a amada chamada paraviver em ascenso.

    A. Seu Chamado

    Nos versos 7 e 8 ns temos o chamado daAmada.

    1. Apreciando Sua Beleza e Perfeio

    "T s toda formosa, querida minha, em tino h defeito" (v. 7). Aqui Ele aprecia a suabeleza e perfeio.

    2. Pedindo a Ela como Sua Noiva Para Saircom Ele da Sua Ascenso

    "Vem comigo do Lbano, noiva minha, vemcomigo do Lbano; olha do cume do Amana, docume do Senir e do Hermom, dos covis dos lees,dos montes dos leopardos (v. 8). Amana querdizer" verdade," Senir quer dizer" arma-duramacia," e Hermom quer dizer" destruio". Nesteverso Ele pede a ela como Sua noiva para saircom Ele da Sua ascenso, o lugar mais alto daverdade e da vitria de Cristo em Sua batalha, e

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    dos lugares celestiais dos inimigos. Aqui nstemos um viver na ascenso de Cristo.

    B. Sua Resposta Silenciosa

    A amada no responde ao chamado audveldo Amado. O verso 9 indica que ela d umaresposta silenciosa: Arrebataste o meu corao,minha irm, noiva minha; arrebataste-me o

    corao com um s dos teus olhares, com uma sprola do teu colar". Aqui Ele a considera comoalgum como Ele em natureza e como a Sua noivacuja resposta sem voz, por um olhar rpido e pelasubmisso dela a instruo de Deus, encantou ocorao Dele.

    C. Seu Desfrute Privado Dela

    Os versos 10 a 15 descrevem o Seu desfruteprivado dela.

    1. Desfrutando o Amor Maravilhoso Dela

    "Que belo o teu amor, minha irm, noiva

    minha! Quanto melhor teu amor do que o vinho,e o aroma dos teus ungentos do que toda a sortede especiarias" (v. 10). Considerando ela comoalgum como Ele em natureza e como a Suanoiva, Ele desfruta o amor maravilhoso dela que muito melhor do que o vinho, e os ungentosdela, os quais eram o Rei (1:3) e so maisfragrantes do que todos os temperos.

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    2. Desfrutando a Palavra Dela como o Mele a Fragrncia da Sua Conduta

    "Os teus lbios, noiva minha, destilam mel.Mel e leite se acham debaixo da tua lngua, e afragrncia dos teus vestidos como a do Lbano"(4:11). Ele desfruta a sua palavra como o mel(para restabelecer o fraco) que vem dos seuslbios e as suas palavras so como mel e leite(para restabelecer o fraco e alimentar os

    imaturos), que esto debaixo da sua lngua, e afragrncia da sua conduta como a fragrncia daascenso.

    3. Considerando-A um Jardim Fechado,um Manancial Recluso,

    e uma Fonte Selada

    "Jardim fechado s tu, minha irm, noivaminha, manancial recluso, fonte selada" (v. 12).Ele no a considera como algo aberto e pblico,mas como um jardim fechado, um manancialrecluso, e uma fonte selada.

    a. Um Jardim Fechado que Cultiva Todos os

    Tipos de Plantas em Cores Diferentes"Os teus renovos so como um pomar de

    roms, com frutos excelentes: a hena e o nardo; onardo e o aafro, o clamo e o cinamomo, comtoda a rvore de incenso, mirra e o alos, comtodas as suas principais especiarias" (v. 13-14).Em Seu desfrute dela, ela um jardim fechadoque cultiva todos os tipos de plantas em cores

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    diferentes como expresses diferentes da vidainterior numa variedade de fragrncias como aexpresso rica da vida madura.

    b. Uma Fonte Selada com um JardimFechado Com uma Fonte que Flui

    gua Viva

    "s fonte dos jardins, poo de guas vivas,torrentes que correm do Lbano" (v. 15). Ele a

    considera uma fonte selada com um manancialrecluso nos jardins como as fontes que fluemgua viva do Esprito-que-d-vida e comotorrentes da vida de ressurreio.

    III. VIVENDO UMA VIDA DE AMOR

    Cntico dos Cnticos 4:165:1 fala de viveruma vida de amor.

    A. A Resposta da Noiva

    O verso 16 a resposta da noiva: "Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra nomeu jardim, para que se derramem os seus

    aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes". Eladeseja um ambiente difcil (vento norte) e umambiente agradvel (vento sul) para trabalharnela como um jardim para que sua fragrnciapossa ser espalhada. Ela pede ao Amado queentre nela como um jardim e desfrute do seu frutomais excelente. Todos ns deveramos considerar-

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    nos um jardim para Cristo, produtores de frutospara o Seu prazer.

    B. A Resposta do Amado"J entrei no meu jardim, minha irm, noiva

    minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comio meu favo de mel, bebi o meu vinho com o leite.Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, amados" (5:1). Aqui o Amado responde,

    convidando Seus amados amigos" o Deus Trino,a comer, beber, e beber fartamente, paradesfrut-la com Ele.

    E S T U D O V I D ACNTICO DOS CNTICOS

    MENSAGEM CINCO

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    VIVENDO EM ASCENSO DISCERNINDOO ESPRITO DA ALMA

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 4:7-15;Hb. 4:12; 1 Ts. 5:23; 2 Cor. 4:16

    Nesta mensagem eu gostaria de dar umapalavra sobre viver em ascenso discernindo oesprito da alma.

    O CHAMADO PARA VIVER EM ASCENSO

    m Cntico dos Cnticos 4:7-8 o Senhorchama a Sua amada para viver em ascensocomo uma nova criao em ressurreio. A

    nova criao somente aquela que est emascenso em ressurreio. Sem ressurreio, nopode haver uma nova criao.

    EO Senhor Expressando Sua Apreciao da

    Amada

    "Tu s toda formosa, querida minha, e em tino h defeito" (v. 7). Aqui o Senhor expressa a

    Sua apreciao da amada para prepar-la parareceber Seu chamado para viver em ascenso.

    O Chamado para Vir com Ele do Lbano

    "Vem comigo do Lbano, noiva minha, vemcomigo do Lbano" (v. 8a). O Lbano uma altamontanha, significando ressurreio. Em 2:9 aamada estava em "nossa parede" do ego

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    introspectivo. A parede est debaixo do ego. Aintrospeco dela tinha construdo uma paredeque a separava do Senhor. Agora Ele a chamapara vir com Ele a uma alta montanha que otopo da ressurreio ascenso. Cristo morreu,ressuscitou, e ento ascendeu. Primeiro nsexperimentamos a ressurreio, e depois ento aascenso.

    Olhando do Cume do Amana, do Cume

    do Senir e do Hermom"Olha do cume do Amana, do cume do Senir

    e Hermom, dos covis dos lees, dos montes dosleopardos (v. 8b). Ns mostramos que Amanasignifica "verdade". Conseqentemente, este opico da revelao. Senir quer dizer "armaduramacia". Armadura macia indica que a luta estterminada e a vitria foi obtida. Hermom querdizer "destruio". O inimigo foi destrudo. Naascenso de Cristo est a Sua vitria. No h maisnenhum lutador, pois o inimigo foi destrudo e aarmadura ficou macia. Alm disso, a verdade estaqui. A verdade recorre realidade do Deus

    Trino tudo o que Deus , tudo aquilo que

    Cristo , e tudo aquilo que o Esprito . Isto ascenso.

    Olhando dos Covis dos Lees e dosMontes dos Leopardos

    O verso 8 fala de olhar dos covis dos lees edos montes dos leopardos. A vitria foi ganha,mas os lees e os leopardos que significam

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    Satans e suas foras malignas ainda esto l.Estes poderes malignos tambm esto noslugares celestiais (Ef. 6:12). Cristo chama a Suaamada para olhar atravs disto, indicando quens temos que ter nosso viver em ascenso.

    Em nosso viver dirio ns no deveramosviver em nossa "parede", embaixo na terra, nemdeveramos viver em nossos "covis" Ns nodeveramos viver em excluso. Ns fomosressuscitados e estamos agora em ascenso; a

    guerra acabou, e vitria foi ganha. Porm, todosos inimigos ainda esto l, e, portanto precisamosestar alertas.

    NOSSA NECESSIDADE DE DISCERNIRO ESPRITO DA ALMA

    Viver em ascenso requer que nsdiscirnamos nosso esprito de nossa alma. Isto de acordo com nossa experincia.

    A Economia de Deus em Nos Salvar

    Ns temos trs partes. Ns temos umesprito, uma alma (o ego), e um corpo (1 Ts.5:23). A economia de Deus em nos salvar

    primeiro regenerar nosso esprito morto em dar aSi mesmo para dentro dele como o elementodivino, tornando nosso esprito novo. Porm,nossa alma ainda velha. Conseqentemente,depois que ns somos regenerados, nossa almaprecisa ser transformada. A transformao daalma um processo gradual que vai passo apasso. Nosso corpo tambm velho. Portanto, ocorpo, o homem exterior, precisa ser consumido

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    dia a dia, enquanto o homem interior vai sendorenovado (2 Cor. 4:16). Este renovar continuarsem parar at que alcance seu cume com atransfigurao do nosso corpo, isto , a redenodo nosso corpo (Rm. 8:23; Fp. 3:21).

    As Pessoas Salvas tm Dois Homens

    Como pessoas salvas todos ns temos doishomens. O novo homem est em nosso esprito, e

    o velho homem est em nossa alma. No importase seja bom ou ruim, certo ou errado, tudo o quens fazemos, se ns fizermos isto em nossa alma,ns estamos vivendo pelo velho homem. Porexemplo, voc pode amar certo irmo e podequerer ajud-lo. Mas se voc o ama e no o ajudaem seu esprito, mas em sua alma, voc estvivendo em seu ego, o velho homem. Isto fazeruma coisa boa no velho homem. Antes de fazerqualquer coisa neste caso de ajuda a um irmo ns temos que orar para contatar o Senhor emnosso esprito primeiro, perguntando a Ele o queEle sente sobre o que ns pretendemos fazer.Ento em nosso esprito ns podemos ter asensao de que o Senhor est contente. Esta

    uma indicao de que o Senhor quer que nsfaamos esta coisa particular. Ento nsdeveremos prosseguir e fazer isto em nossoesprito. Isto viver no esprito.

    Vivendo pelo Novo Homem

    Se ns fazemos coisas pelo velho homem naalma ou no ego, ns estamos nos mantendo na

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    terra. As coisas que ns fazemos podem ser boas,mas ns estamos apesar disto na terra porquens estamos vivendo na alma. Hoje h muitaspessoas boas que esto fazendo coisas boas, masestas pessoas esto todas vivendo na alma. Comoamados de Cristo, ns precisamos perceber quenosso velho homem, incluindo nossa alma, foicrucificado (Rm. 6:6; Gl. 2:20a). J no sou Euquem vivo, mas um outro homem Cristo viveem mim (Gl. 2:20b). Quando ns vivemos por este

    outro homem, ns somos o novo homem, porquens estamos vivendo no esprito, no na alma.

    Vivendo em Ascenso Atravs deViver em Nosso Esprito

    Nosso esprito est conectado aos cus porDeus como o Esprito. No esprito ns estamos noscus, em ascenso. Viver em ascenso requer quevivamos, atuemos, movamos, e faamos tudo emnosso esprito. Por isso, ns temos que aprender adiscernir nosso esprito. Se ns no conhecermosnosso esprito, se ns no soubermos discernir

    nosso esprito de nossa alma, ns no poderemosser uma pessoa espiritual. Quando ns vivemosem nosso esprito, ns estamos em ascensocomo a nova criao em ressurreio. Ns somosuma nova pessoa que vive em um novo universo.

    A Necessidade para Prtica

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    Ns no deveramos pensar que discernir oesprito da alma algo muito difcil para nsaprendermos. Todos ns podemos aprender afazer isto se ns praticarmos uma coisa: Nssempre deveramos indagar ao Senhor: Senhor,este o velho homem, a alma, o velho 'eu'somente, ou Voc comigo?" Se ns sentirmosque ns estamos ss dentro do velho "eu", entons estamos na alma, no velho homem. Se nssentimos que ns somos um com o Senhor e que

    Ele est conosco, ento ns estamos no esprito.Se ns tivermos uma comunho adequada com oSenhor, inda-gando Dele antes de fazer coisas,ento em nosso esprito ns teremos umasensao profunda do que o Senhor est sentindo.Ns saberemos se Ele est contente ou no. Isto discernir a alma do esprito e viver em ascenso.Que todos ns possamos aprender a ter estaprtica mais importante em nosso viver dirio.

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    E S T U D O V I D ACNTICO DOS CNTICOSMENSAGEM SEIS

    CHAMADA MAIS FORTEMENTE PARA VIVERALM DO VU PELA CRUZ APS

    A RESSURREIO(1)

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 5:26:3

    m 5:26:3 a amada de Cristo chamadamais fortemente para viver alm do vupela cruz aps a ressurreio. No

    tabernculo celestial (Hb. 8:2; 9:11-12, 24) umvu separa o Santo Lugar do Santo dos Santos. Ovu uma figura de nossa carne (10:19-20). Paraentrarmos no Santo dos Santos, o vu deve serrasgado. Isto indica que no importa o quanto ns

    estamos em ascenso, em nosso esprito, ns

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    ainda estamos na velha criao e ns ainda temosnossa carne. Portanto, at mesmo depois daexperincia de viver em ascenso, nsprecisamos ainda da experincia da cruz.Ns nunca deveramos pensar que enquantons ainda estamos na velha criao ns podemosatingir to alto grau de espiritualidade e que nsno estamos mais na carne. Considere o caso doapstolo Paulo que seguramente era uma pessoamuito espiritual. Depois que Deus deu para Paulo

    altas revelaes, foi dado a ele "um espinho nacarne" para adverti-lo de que ele ainda tinhacarne (2 Cor. 12:7).

    Ns nunca devemos considerar que somosum "santo" ou um anjo. Ns somos crentesgenunos no processo de Deus da Sua economia.A economia de Deus primeiro regenerar nossoesprito e ento transformar nossa alma, mas acarne ainda est aqui. Ns precisamos seradvertidos de que se ns formos descuidados coma carne, ns danificaremos nossa vida espiritual.

    Pelo fato dos cristos seremfreqentemente descui-dados com relao carne, as divises entre os crentes so comuns.De acordo com o livro de Atos, Barnab discutiu

    com Paulo e se separou dele (15:35-39). Estadiviso foi causada pela inteno de Barnabquerer levar seu primo Joo que tambm erachamado de Marcos com eles em uma viagemproposta para visitar as igrejas. Paulo noconsiderou justo levar Marcos com eles, uma vezque ele no foi com eles e se apartou deles emPanfilia no indo com eles para a obra. E houveuma contenda acirrada, de forma que eles se

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    separam um do outro; e Barnab, levando Marcos,velejou para Chipre" (v. 38-39). Todo argumentoenvolve algo da carne. Provavelmente Pauloestava no esprito quando estava debatendo comele, mas Barnab estava discutindo de acordocom a carne. Isto indica que at mesmo compessoas espirituais a carne permanece e podecausar dano.

    Ns no deveramos pensar que se nsestamos vivendo em ascenso a carne no mais

    est conosco. No, a carne ainda est aqui. Nspodemos estar em ascenso, mas o vu, a carne,ainda est presente. Quando Cristo foi crucificado,o vu no templo foi fendido em dois de alto abaixo (Mt. 27:51). Com Cristo o vu foi rasgado,mas nosso vu ainda permanece. Portanto, nsprecisamos de um chamado mais forte, nosomente para permanecer em ascenso, maspara aprender as lies da cruz e viver alm dovu. Em nossa experincia, o vu e a carnedevem ser rasgados, e ento ns precisamospassar atravs do vu rasgado para viver dentrodo Santo dos Santos. Para isto, ns precisamosdiariamente aprender a lio da cruz.

    I. UM CHAMADO MAIS FORTE DA CRUZDEPOIS DA RESSURREIO E O FRACASSODELA

    Vamos comear a considerar o chamadomais forte da cruz depois da ressurreio e depoisdo fracasso da amada (5:26:3).

    A. O Chamado do Amado

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    Em 5:2 ns temos o chamado do Amado:"Eu durmia, mas meu corao velava; eis a voz domeu amado, que est batendo: Abra-me, minhairm, querida minha, pomba minha, imaculadaminha, porque a minha cabea est cheia deorvalho, os meus cabelos, das gotas da noite". NoSeu chamado para a amada, Ele a consideroucomo Sua irm. Isto significa que ela tinha amesma natureza que Ele. Aqui a amada percebeu

    que seu velho homem, o homem exterior, foicrucificado e o seu novo homem, o homeminterior, est vivo. Ela ouviu o Amado batendo elhe pedindo para abrir para Ele, fazendo-a lembrardo Seu sofrimento e de como Ele sofreu noGetsmani na Sua crucificao. Sua cabea estar"cheia de orvalho" e os Seus cabelos com as"gotas da noite" referem-se a Cristo sofrendo anoite no Getsmani antes da Sua morte.

    B. A Recusa Dela

    O verso 3 nos fala da recusa dela: J despia minha tnica, hei de vesti-la outra vez? J laveios meus ps, tornarei a suj-los?" O Amado a

    chamou, mas ela recusou o chamado Dele. Vistoque ela j tinha tirado a sua maneira anterior devida do velho homem pelo procedimento da cruz,como ela poderia vest-lo novamente, para isto oSeu Amado precisaria repetir o sofrimento Dele nacrucifica-o? Visto que ela j tinha sido purificadapelo Seu sangue redentor, como ela poderia sesujar, j que para isto ela precisaria que o SeuAmado repetisse Seu sofrimento de morte? Estas

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    eram as suas razes para recusar o chamado doAmado.

    C. Ela Abre a PortaNos versos 4 e 5 ela abriu a porta.

    1. Seu Amado Mostrando Sua Mo PerfuradaAtravs da Estreita Abertura Dela

    "O meu amado meteu a mo por umafresta, e o meu corao se comoveu por amordele (v. 4). O seu Amado mostrou a Sua moperfurada pela sua abertura estreita de maneiraque seu interior foi movido a ansiar por Ele. Porexperincia ns sabemos que, por um lado, nspodemos rejeitar o Senhor, mas, por outro lado,ns podemos no fechar a porta completamente.Depois de fechar a porta, ns podemos deixaruma pequena abertura pela qual o Senhor podeestender a Sua mo. Aqui a mo perfurada doAmado lembrou-a que Ele foi crucificado por ela.

    2. Levantando-se para Abrir a Portapara o Seu Amado

    "Levantei-me para abrir ao meu amado; asminhas mos destilavam mirra, e os meus dedos,mirra preciosa sobre a maaneta do ferrolho" (v.5). Ela levantou-se e abriu a porta para o SeuAmado. Sua ao mostrou ao Seu Amado a suaapreciao para com a doura da morte Dele.

    D. O Ocultar do Amado

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    "Abri ao meu amado, mas j ele se retirara etinha ido embora; minha alma se derreteuquando, antes, ele me falou; busquei-o e no oachei; chamei-o, e ele no me respondeu (v. 6).Ela abriu para o seu Amado, mas Ele tinha seretirado e ido embora. A sua alma estavadesanimada quando o Seu Amado falou. Ento elaO buscou, mas no O achou. Ela O chamou, masEle no respondeu.

    E. Seu Ser est Machucado

    "Encontraram-me os guardas que rondavama cida-de; espancaram-me e feriram-me; tiraram-me o manto os guardas dos muros" (v. 7). Aquelesque cuidam do povo de Deus (Hb. 13:17), noconheciam o problema dela, golpea-ram-na e aferiram-na, pensando que ela seria ajudada pelosgolpes deles. Aqueles que cuidam do povo deDeus tomaram o vu dela, a cobertura dela,envergonhando-a publicamente. s vezes nspodemos pensar que ns podemos ajudar outrosos reprovando. Porm, em vez de ajud-los, estareprovao os machuca.

    F. Ela Busca Ajuda dos Crentes Comuns

    "Conjuro-vos, filhas de Jerusalm, seencontrardes o meu amado, que lhe direis? Quedesfaleo de amor (5:8). Isto indica que por causado seu profundo sentimento de fracasso, elasentia que at mesmo os crentes mais jovenspoderiam ajud-la. Ela os encarregou de falar ao

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    seu Amado que ela estava doente de amor,considerando que o seu Amado poderia ter umpouco de considerao pelo seu amor por Ele.

    G. A Primeira Pergunta Daqueles aQuem Ela Pergunta

    No verso 9 ns temos a primeira perguntadaqueles a quem ela pergunta sobre o seuAmado: Que o teu amado mais do que outro

    amado, tu, a mais formosa de entre asmulheres? Que o teu amado mais do que outroamado, que tanto nos conjura?" Considerando queela a mais bela entre as mulheres, eles lheperguntaram o que era to melhor sobre seuAmado do que outro amado que ela tanto osconjurava.

    H. A Impresso Dela do Seu Amado

    Nos versos de 10 a 16 ela respondeu dandoa sua impresso do Amado, considerando-O commuitas expres-ses excelentes e detalhadas.

    1. Seu Amado Puro e Contudo

    Cheio de Vida e Poder"O meu amado alvo e rosado, o mais

    distinguido entre dez mil" (v. 10). O Amado dela puro, contudo cheio de vida e de poder, e Ele distinto como uma bandeira levantada contra oinimigo (Is. 59:19) e para atrair os pecadores (Jo.12:32).

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    2. Seu Encabear de Deus

    A sua cabea como o ouro mais apurado,os seus cabelos, cachos de palmeira, so pretoscomo um corvo" (5:11). O Seu encabear deDeus (1 Cor. 11:3), e a submisso Dele para comDeus distinta e forte.

    3. A Expresso do Seu Sentimento Singelo e Puro

    Seus olhos so como os das pombas juntos correntes das guas, lavado em leite, postosem engastes (5:12). A expresso de sentimentoDele nica e pura, fluindo como o rio da vida,distinto e claro e em condio adequada.

    4. Seu Semblante Belo e Doce

    As suas faces so como um canteiro deblsamo, como colinas de ervas aromticas; seuslbios so lrios que gotejam mirra preciosa" (v.13). A Sua face bela e doce por causa do Seusofrimento pelas bofetadas e pelo desprezo daspessoas, e a Sua boca pura, porque libera doces

    palavras de graa baseadas na Sua redeno.5. As Suas Obras So Cheias do Poder

    Divino e So Perptuas Para Levara Cabo a Vontade de Deus

    As suas mos so como cilindros de ouro,embuti-dos de jacintos; o seu ventre, como alvomarfim, coberto de safiras" (v. 14). Suas obras

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    so cheias do poder divino e so perptuas paralevar a cabo a vontade de Deus. As Suas partesinternas (Fp. 1:8) so cheias de sentimentos pro-fundos, ternos sentimentos forjados pelos Seussofrimentos sob uma clara viso celestial (x.24:10).

    6. A Sua Posio Apoiada no Poder deSustentao e Baseada na Natureza Divina

    de Deus

    As suas pernas, colunas de mrmore,assentadas em base de ouro puro; o seu aspecto,como o do Lbano, esbelto como os cedros" (5:15).A Sua posio apoiada no poder de sustentaoe baseada na natureza divina de Deus, e Suaexpresso mostra que Ele uma pessoa queascendeu aos cus e cuja excelncia transcendetodos os outros.

    7. As Coisas Divinas So Doces ao SeuPaladar

    O seu falar muitssimo doce; sim, ele totalmente desejvel" (v. 16a). As coisas divinas

    so doces ao Seu paladar, Ele completamenteadorvel e desejvel.

    8. A Impresso do Amado Percebida PelaAmada

    "Tal o meu amado, tal, o meu esposo, filhas de Jerusalm" (v. 16b). Esta a impresso

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    do Amado como seu Amigo percebido pelaamada.

    Ns tambm poderamos ser questionadossobre quanto nosso Cristo melhor que os outros,isto , por que nosso Cristo to doce para ns.Muitos de ns podemos no responder a estapergunta adequadamente. Se voc fosse meperguntar, eu diria, "Meu Cristo O todo-inclusivo,Suas riquezas so insondveis (Ef. 3:8). Ele Superior, o primeiro em todas as coisas (Cl. 1:17-

    18): o primognito de toda a criao (v. 17), oprimeiro em ressurreio (v. 18), e o primeiro emtodo o meu viver. Ele tambm a poro de Deusdado a mim para meu desfrute (v. 12). Meu Cristo o Filho de Deus que se tornou um homem. Eleera carne, mas na Sua ressurreio Ele se tornouo Esprito-que-d-vida (1 Cor. 15:45b). Alm disso,meu Cristo tem sete olhos que so o Esprito setevezes intensificado (Ap. 5:6). Ns temos que nosesquecer de pregar outras coisas e pregar eensinar somente o Cristo todo-inclusivo.

    I. A Segunda Pergunta Daqueles

    a Quem Ela PerguntaI.Em Cntico dos Cnticos 6:1 ns temos a

    segunda pergunta daqueles a quem a amadapergunta sobre o seu Amado: Para onde foi o teuamado, o mais formosa de entre as mulheres?Que rumo tomou o teu amado? E ns obuscaremos contigo". Considerando ainda que ela a mais formosa entre as mulheres, eles

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    perguntaram a ela para onde o seu Amado tinhaido para que eles pudessem busc-Lo junto comela, indicando que eles tinham sido atrados pelotestemunho dela em relao ao seu Amado. Elaera uma pessoa que buscava Cristo, e a sua buscainfluenciou, afetou e atraram outros.

    J. A Resposta Dela

    Versos 2 e 3 a resposta dela.

    1. Percebendo Que Seu Amado EstDentro Dela Como Seu Jardim

    2."O meu amado desceu ao seu jardim, aos

    canteiros de blsamo, para pastorear nos jardinse para colher os lrios (v. 2). Depois de buscarajuda de outros, ela percebeu que Seu Amadoestava dentro dela como o jardim Dele e em todosos outros crentes como canteiros de blsamo,alimen-tando ela e os outros crentes como osSeus jardins e reu-nindo os puros e confiantes.

    O jardim de Cristo est em nosso esprito.Em nosso esprito ns cultivamos todas as coisasbelas, espirituais, divinas, e as celestiais que so

    doces ao Seu paladar. Isto s possvel se nsvivermos em nosso esprito. A coisa mais preciosapara um crente viver no esprito. Se nsvivermos em nosso esprito, nosso esprito setorna um jardim. O Senhor est alimentando,pastoreando, e apascen-tando-nos para quepossamos cultivar todos os tipos de especiarias efragrncias para satisfaz-Lo.

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    2. Dizendo a Eles Que Ela Pertence ao SeuAmado

    "Eu sou do meu amado, e o meu amado meu; ele pastoreia entre os lrios" (v. 3). Ela diz eeles, segundo a sua f, fala que ela pertence aoseu Amado e Ele a ela e que Ele est alimentandoagora aqueles que so puros e confiantes. Apalavra dela aqui indica que ela est agora maisamadure-cida em vida do que quando ela falou a

    mesma palavra em 2:16.

    E S T U D O V I D ACNTICO DOS CNTICOS

    MENSAGEM SETECHAMADO MAIS FORTEMENTE PARA VIVER

    ALM DO VU PELA CRUZ APS ARESSURREIO

    (2)

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 6:4-13

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    esta mensagem ns consideraremos sobrequestes adicionais de ser chamados maisfortemente para viver alm do vu pelacruz aps a ressurreio.N II. UMA VIDA ALM DO VU

    Cntico dos Cnticos 6:4-13 fala de umavida alm do vu. O significado intrnseco desta

    seo que um buscador amoroso de Cristoprecisa experienciar a Sua ascenso atravs deviver no Santo dos Santos celestial alm do vupela cruz depois que ela experimentasse aressurreio Dele.

    A. O Elogio do Amado

    Os versos de 4 a 10 so os elogios doAmado.

    1. Seu Amado, Apreciando-A como SeuAmor, Elogiando-A Por Ela Estar Formosa

    como o Santurio Celestial e Graciosa como

    a Jerusalm Celestial"Formosa s, querida minha, como Tirza,

    aprazvel como Jerusalm" (v. 4a). O seu Amado,a aprecia como seu amor, a elogia por estarformosa como o santurio celestial (Tirza 1 Reis14:17) e graciosa como a Jerusalm celestial (Gl.4:26; Hb. 12:22), indicando que ela vive dentro doSanto dos Santos alm do vu, experienciando a

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    ascenso de Cristo atravs da cruz depois da suaexperincia da ressurreio Dele.

    Nos cus h o santurio de Deus que dividido em duas sees. A primeira seo chamada de o Santo Lugar, e o segundo chamado de o Santo dos Santos. Entre elas, huma partio, uma separao, um vu. Hebreus10:20 nos diz que o vu no santurio significa acarne. No santurio divino h a carne; isto est deacordo com a economia de Deus.

    Um princpio bsico na economia de Deus que Deus no um Deus de tempo e espao. ComEle no h nenhum elemento de tempo, porqueEle um Deus de eternidade. Ns queremosposio, pensando que no h nenhuma carnenos cus, mas Deus se importa com a questo.Aparentemente ns estamos nos cus, mas nsainda temos a carne, e ns continuaremos tendo-a at que Deus realize e consuma absolutamentea Sua economia.

    Em nossas experincias espirituais nsfomos atra-dos pelo amor do Senhor e seduzidospelo prprio Senhor em Sua doura. Ns Oseguimos tomando os passos dos santos na igrejapelos sculos. Ento ns entramos em comunho

    com Ele em nosso esprito. Nesta comunho nssomos instrudos a como viver a vida da igreja, ena vida da igreja ns estamos sendotransformados. Ns temos beleza por meio destatransformao, e ns tambm temos des-canso,proteo e satisfao. Todos estes significadosespi-rituais se equiparam aos escritos deSalomo.

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    O prximo estgio o de viver nos lugarescelestiais como a nova criao de Deus emressurreio. Depois de experimentar esteestgio, ns precisamos continuar e experimentaro rasgar do vu. O vu no templo foi fendido pelamorte de Cristo (Mt. 27:51). Porm, o vu dacarne no foi rasgado. Pelo contrrio, o vu aindapermanece para Deus usar no aperfeioamentodos Seus santos. Por exem-plo, Pauloseguramente era um irmo maduro, depois de ter

    passado a era de viver nos cus como a novacriao de Deus em ressurreio. Mas, de acordocom 2 Corntios 12, Deus permitiu que lhe fossedado um "espinho na carne" (v. 7). Aqui nsvemos que at mesmo tal pessoa madura eespiritual ainda poderia ser aborrecida pela carne.Isto indica que no importa o quanto do elementode Deus ns possamos ter em nosso espritoregenerado, ou o quanto ns fomos santificados,renovados, transformados, e conformados imagem do Filho primognito de Deus, contantoque ns estejamos em terra, ns ainda teremos acarne.

    Considerando que a regenerao do nossoesprito seja instantnea, a transformao da

    nossa alma progres-siva. A redeno do nossocorpo tambm progressiva. Paulo disse quenosso homem interior est sendo Reno-vado, masnosso homem exterior, nosso corpo, est sedeteriorando dia a dia. Este o arranjo de Deusde acordo com a Sua economia. Deus no temnenhum plano para ns alcanarmos to altopadro de espiritualidade em que a carne noesteja presente. A economia de Deus nos

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    A amada de Cristo tambm terrvel comoum exrcito com bandeiras, erguida para cimacomo um sinal de vitria (v. 4b)

    3. A Amada Tornando-Se o SanturioCelestial e a Jerusalm

    Celestial Devido SuaVitria Sobre Seus Inimigos

    Este elogio do Seu Amado indica que elaest se tornando o santurio celestial e a Jerusalm celestial devido sua vitria sobre osseus inimigos. Somente sendo um vencedor,algum que derrota os inimigos, poderemos viveralm do vu.

    4. Uma Indicao da Sua Maturidade emVida para a Edificao de DeusAnteriormente a amada foi comparada a

    uma gua, um cavalo entre as carruagens deFara, uma rosa de Sarom, um lrio nos vales eentre espinhos, uma pomba, uma coluna defumaa, uma liteira, um palanquim, um jardim, euma fonte com um fluir, mas agora ela

    comparada a habitao celestial de Deus e a Jerusalm celestial, indicando a maturidade delaem vida para edificao.

    Para a edificao do Corpo de Cristo, nsprecisamos de maturidade em vida. Efsios 4:12-16 que fala da edificao do Corpo nos diz quens precisamos de crescimento para alcanarmaturidade de forma que o Corpo de Cristo possaser edificado. A edificao da igreja de um modo

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    geral requer s a capacidade de administrar,organizar e cuidar das coisas. Isto no algoorgnico, mas algo organizado de acordo comadministrao humana. Porm, a edificao doCorpo nada tem que ver com nossa habilidade deorganizar, administrar e cuidar das coisas. OCorpo de Cristo um organismo, no umaorganizao. A edificao deste organismodepende de crescimento e maturidade em vida. Aedificao do Corpo orgnica.

    Para a edificao do Corpo organicamente,ns precisamos amadurecer. Esta a razoporque ns estamos agora dando nfase nesteestgio a edificao do Corpo muito mais do que aedificao da igreja. Primeira Timteo um livroque fala sobre a igreja como a casa de Deus(3:15). No h nada neste livro sobre a edificaodo Corpo de Cristo. Primeira Timteo 3 fala doarranjo dos presbteros e diconos em seusservios, mas Efsios no fala de presbteros ediconos. Ao invs disso, fala do crescimento dosmembros. Primeiro, ns precisamos crescer, eento ns podemos aperfeioar os outros. Esteaperfeioar de acordo com 2 Corntios 13 noqual Cristo est vivendo e crescendo em ns (v. 5)

    e ns estamos desfrutando o Deus Trino no amordo Pai, a graa do Filho, e a comunho do Esprito(v. 14). Esta a edificao do Corpo, no aedificao da igreja como um tipo de organizao.Esta edificao para a qual ns precisamos dematuridade em vida incomparvel. o Corpoorgnico de Cristo que consumar a Nova

    Jerusalm orgnica no novo cu e nova terra.

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    5. A Palavra do Senhor Parece Rejeio

    "Desvia de mim os olhos, porque eles meperturbam (6:5a). Esta palavra do Senhor parecerejeio (cf. Marcos 7:25-27; Joo 11:5-7; x.32:10; Gn. 32:26), mas de fato ela expressa oconvite Dele para que ela conquiste o Seu amor.

    Tal rejeio de fato uma maneira de dar boas-vindas. Quando o Senhor diz, "Desvia de mim osolhos," Ele realmente est dizendo que ns

    deveramos colocar nossos olhos Nele todo otempo. Quando ns amamos algum, nsqueremos que aquela pessoa olhe para ns todo otempo. As palavras do Amado so palavras que aconvidam a expressar seu amor para conquistar oamor Dele.

    6. Seu Cabelo Como um Rebanho deCabras

    "Os teus cabelos descem ondeantes como orebanho das cabras de Gileade" (6:5b). Osignificado aqui o mesmo em 4:1b.

    7. Seus Dentes so Como um Rebanho de

    Ovelhas"So os teus dentes como um rebanho de

    ovelhas que sobem do lavadouro, e das quaistodas produzem gmeos, e nenhuma delas hsem cria" (6:6). O significado aqui o mesmo em4:2.

    8. As Suas Faces so Como Rom Partida

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    "As tuas faces, como rom partida, brilhamatravs do vu" (6:7). O significado aqui omesmo em 4:3b.

    9. Seu Amado Amado por muitosCrentes Diferentes

    Sessenta so as rainhas, oitenta, asconcubinas e as virgens, sem nmero. Mas uma

    s minha pomba, a minha imaculada, de suame, a nica, a predileta daquela que a deu luz;viram-na as donzelas e lhe chamaram-na ditosa;viram-na as rainhas e a concubinas e a louvaram(6:8-9). Aqui ns vemos que o seu Amado(Salomo, tipificando Cristo no sentido positivo) amado por muitos crentes diferentes, algumascomo rainhas, algumas como concubi-nas, ealgumas como virgens (tudo no sentido positivopotico), mas seu Amado, a considera como Seuamor e a nica perfeita, a elogia como Sua nicaamada, a nica escolhida e regenerada pelagraa.

    10. Seu Amado Elogiando-A ao Amanhecer

    "Quem esta que aparece como a alva dodia, formosa como a lua, pura como o sol" (v.10a). O seu Amado a elogia como o amanhecer,sendo formosa como a lua e pura como o sol,trazendo e brilhando a luz sobre os outros.

    11. Terrvel como um Exrcito comBandeiras

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    No verso 10b o Amado novamente diz queela to terrvel quanto um exrcito combandeiras. O significado aqui o mesmo que noverso 4b.

    B. A Obra da Amada

    "Desci ao pomar das nogueiras, para miraros renovos do vale, para ver se brotavam asvides, se floresciam as romeiras" (v. 11). Aqui ns

    vemos a obra da amada. Ela trabalha em simesmo como um jardim que est crescendo comoo vale que cultiva coisas verdes e frescas, comoos brotos da videira, e como as romsflorescendo. Ela trabalha em si mesma como um

    jardim particular para cultivar nozes, cultivarcomida forte e slida. Ela no s se considera um

    jardim de coisas macias, mas um pomarcultivando nozes em particular para Cristo.

    C. O Progresso e a Vitria da Amada

    Os versos 12 e 13 descrevem o progresso ea vitria da amada.

    1. Ela No Est Ciente de que estProgredindo Rpido Demais

    "No sei como, imaginei-me no carro domeu nobre povo" (v. 12). Ela no est ciente deque est progredindo rpido demais como ascarruagens do nobre povo que segue avante.

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    2. Aqueles que so Atrados por Ela Pedempara que Ela Volte

    "Volta, volta Sulamita, volta, volta paraque ns te contemplemos. Por que quereiscontemplar a Sulamita, na dana de Maanaim?"(v. 13). Aqueles que so atrados por ela pedem aela que volte para que possam olhar para elacomo em dois acampamentos de um exrcito quecelebram sua vitria danando (cf. Gn. 32:2).

    Em Cntico dos Cnticos 6:13 o nome daamada Sulamita que a forma feminina deSalomo foi usado pela primeira vez, indicandoneste ponto que ela se tornou a duplicao deSalomo, em contrapartida, igual a Salomo emvida, natureza, e semelhana, como Eva paraAdo (Gn. 2:20-23), significando que a amada deCristo se torna igual a Ele em vida, natureza, esemelhana para se unir a Cristo (2 Cor. 3:18; Rm.8:29) para o casamento deles.

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    E S T U D O V I D ACNTICO DOS CNTICOSMENSAGEM OITO

    PARTICIPANDO DA OBRA DO SENHOR

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 7:1-13o final do captulo seis a amada, tendo atra-vessado vrios estgios de transformao,se tornou a duplicao de Salomo. Ela

    agora chamada de Sulamita (a forma femininade Salomo 6:13), porque ela se tornou igual aSalomo em vida, natu-reza, e semelhana parase unir a ele em seu casamento. Este casaltornando-se uma s pessoa indica a Nova Jerusa-lm. Na Nova Jerusalm, o Deus redentor(significado por Salomo) e todos Seus redimidos(significado pela Sula-mita) tornam-se um. A Nova

    Jerusalm o amalgamar da divindade ehumanidade para expressar as virtudes huma-nas

    do Deus Trino consumado e processado.

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    Neste momento parece que o livro deveriaterminar, contudo continua. Salomo o senhorde muitos vinhedos, e estes vinhedos requeremmuito trabalho. Agora a campo-nesa que setornou a sua Sulamita tem que se tornar suacooperadora. Isto indica que eventualmente osamados de Cristo precisam participar da obra doSenhor. Para parti-cipar da obra do Senhor nsprecisamos ser qualificados, e nossa qualificaodepende da bagagem espiritual, isto , depende

    de sermos equipados com todos os atributos davida divina.

    I. EQUIPADO COMO UM OBREIRO NAOBRA DO SENHOR

    Em 7:1-9a ns vemos que a amada, aSulamita, estava equipada como um obreiro naobra do Senhor.

    A. O Esprito Observa as Virtudes da Amada

    O orador nos versos 1 a 5 no Salomonem a Sulamita, mas uma terceira pessoa oEsprito. O Esprito um com Cristo (2 Cor. 3:17),

    e o Esprito um com os crentes (Ap. 22:17).Portanto, quando este terceiro fala, como se osdois estivessem falando. Cristo, os crentes e oEsprito so um.

    Os versos de 1 a 5 o observar das virtudesda ama-da pelo Esprito. Virtudes so sinais dematuridade na vida divina. Quanto mais madurosns formos, mais virtudes ns teremos.Conseqentemente, observar as virtudes da ama-

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    da apenas apresentar o que esta cooperadorase tornou, o que ela .

    1. O Esprito Observa Sua Beleza

    Primeiro, o Esprito, a estima como algumda casa real, observa sua beleza. Romanos 5:17revela que a vida de Cristo em ns pode nos

    tornar reis para reinar: ...Muito mais aqueles querecebem a abundncia de graa e o dom da justia reinaro em vida por meio de um s, asaber, Jesus Cristo". Em Romanos ns vemos quea vida de Cristo uma vida de justia para nossa

    justificao, uma vida santa para nossasantificao, e uma vida vitoriosa para nos fazervencedores. Romanos tambm nos falam que nspodemos reinar nesta vida divina de Cristo. Estavida pode nos fazer reis; pode nos tornar nobres.Cntico dos Cnticos indica que a amada de Cristodeve atingir a maturidade na sua vida real parareinar como um rei com Cristo. Esta a primeiravirtude, a primeira qualificao para ela participarda obra do Senhor.

    a. Sua Beleza na Pregao do Evangelhoe no Seu Poder de Equilbrio

    Cntico dos Cnticos 7:1 diz, "Que formososo os teus passos dados de sandlias, filha doprncipe! Os meneios dos seus quadris so comocolares trabalhados por mos de artista". Aqui oEsprito observa sua beleza na pregao do

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    evangelho e no seu poder de equilbrio atravs daobra transformadora do Senhor, o Esprito (Rm.10:15; 2 Cor. 3:18).

    b. A Beleza do Seu InteriorCntico dos Cnticos 7:2 continua dizendo,

    O teu umbigo taa redonda, a que no faltabebida; o teu ventre monte de trigo, cercado delrios". Neste verso o Esprito observa sua belezainterior enchidas da vida divina recebidas pelo

    beber do sangue de Cristo e o comer da sua carnepela f (Jo. 6:53-54).

    c. A Beleza da Sua Habilidade Prtica emAlimentar os Outros de uma

    Maneira Viva

    Cntico dos Cnticos 7:3 continua, Os teusdois seios, como duas crias, gmeas de umagazela". Isto se refere beleza da sua habilidadeprtica em alimentar os outros de uma maneiraviva (Jo. 21:15, 17; cf. Ct. 4:5).

    d. A Beleza da Sua Vontade Submissa, naExpresso do Seu Corao, na

    Sua Percepo Espiritualde Seu Discernimento Aguado

    "O teu pescoo, como torre de marfim; osteus olhos so as piscinas de Hesbom, junto porta de Bate-Rabim; o teu nariz, como a torre doLbano, que olha para Damasco" (7:4). Aqui oEsprito observa a sua beleza em sua vontadesubmissa (significada pelo pescoo) forjado pela

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    transfor-mao do Esprito por meio desofrimentos para levar a cabo a vontade de Deus,na expresso do seu corao que est aberto luz, claro, cheio de descanso, e acessvel aos(olhos cf. 1:15; 4:1; 5:12), e na sua percepoespiritual do seu discernimento aguado (nariz).

    e. A Beleza de Seus Pensamentos eIntenes e da Sua

    Submisso e Obedincia

    pela Sua ConsagraoCntico dos Cnticos 7:5 diz, A tua cabea

    como o monte Carmelo, a tua cabeleira, como aprpura; um rei est preso nas tuas tranas".Neste verso o Esprito observa a beleza dos seuspensamentos e intenes os quais so fortes paraDeus (cf. 1 Rs 18:19-39), e na sua submisso eobedincia pela sua consagrao que para aglria de Deus e para cativar seu Amado, que oRei.

    2. O Esprito A Observa e Apresenta a Todosos Crentes um Retrato Maravilhoso

    da Adorvel Amada de Cristo

    A observao do Esprito apresenta a todosos cren-tes um retrato belssimo da adorvelamada de Cristo dos ps a cabea como umaexpresso de Cristo a quem ela ama (cf. Ct 6:4-10). Tal retrato a qualifica a participar da obra doSenhor.

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    B. As Palavras Inseridas do Amado

    De repente, enquanto o Esprito estfalando, Cristo insere algumas palavras. Em 7:6-9a ns temos as palavras inseridas do Amado.

    1. O Amado Considera Seu Amor e o Elogia

    "Quo formosa e quo aprazvel s, amorem delcias! Esse teu porte, semelhante palmeira, e os teus seios, a seus cachos" (v. 6-7).Aqui o Amado elogia primeiro a sua beleza eamabilidade que proporciona aos outros e ento asua plena estatura como a plenitude de Cristo (Ef.4:13) e a sua rica alimentao para os outros.

    Um cooperador de Cristo deve ser umapessoa formosa e agradvel que encanta osoutros. Os coopera-dores jovens precisamaprender a serem agradveis com os outros elevar a cabo uma obra cativante. Os outros devemficar contentes ao v-los e querer ter comunhocom vocs.