eT- Marketing: (Muito) mais do mesmo - Revista hotelaria Dez 2014

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. indicadores / Opinião 08 hotelaria Dezembro 2014 Há praticamente dois anos, por uns dias de diferença, estava eu sentado no mesmo sítio, o meu escritório móvel, a escrever um artigo, também para esta revista, intitulado (pomposa- mente claro) de “2012: O ano 2.0 do Turismo Online em Portugal ?”. De notar o ponto de interrogação no título... Desde 2012 o meu escritório móvel mudou. Separei-me do meu companheiro de luta da al- tura e adquiri o novo rebento da família Mac. Não só cheira a novo, fundamental, mas pro- cessa três vezes mais, tem mais memória, e o sistema operativo já foi actualizado duas vezes, só para dar alguns exemplos. Dirão que é des- necessário, hoje gerimos tudo na Cloud e no browser, além de que, dirão, o meu trabalho é o mesmo e francamente, como dizia o outro: “não há necessidade”. Continuo a pensar com os meus botões que temos de evoluir, usar melhores ferramentas mesmo que o trabalho seja o mesmo. Produ- tividade e eficiência invariavelmente levam-nos a melhores resultados, e na minha inocência, mantenho a convicção que esses são a essência da “necessidade”. O eT-Marketing, ou marke- ting digital ao serviço do turismo, e em particu- lar da hotelaria, é o case study desta evolução necessária. Não podemos deixar de evoluir so- mente porque o nosso core business é o mesmo. Desde 2012, temos feito mais do mesmo; mas, pela positiva, considero que fizemos (muito) mais. Observo juntos dos profissionais do sector que falamos, e fazemos, hoje muito mais “digitalês”. Na altura, falávamos de redes sociais, era um tema sexy e intimista, hoje conversamos com o hoteleiro da relevância de um bom “Copy”, como dar realce à marca via Storytelling, Con- text Marketing, de boas prácticas de SEO, como segmentar Email Marketing para obter leads qualificadas, etc. Existe seguramente, muito mais consciência do mundo digital no universo do turismo. Recordo-me até de uma apresentação duran- te o congresso da AHP, em 2013, demons- trando o(s) sucesso(s) de campanhas nas redes sociais pelo Turismo de Portugal; E, a confirmação(factual) que os resultados em muito superaram outras acções previamente realizada em moldes não “digitalês”. Por outro lado, temos ainda (muito) mais por fazer Há sempre! Muito por onde fazer mais e me- lhor, não interessa agora listar as várias compe- tências carentes de progresso. Prefiro focar-me no essencial: Paid Media Advertising. Vulgarmente conhecido como “publicidade nos motores de pesquisa”, ou “banners em si- tes”, ainda não é reconhecido como ferramenta com maior potencial de ganhos em incremen- to de vendas. E é realmente frustrante verifi- carmos que o hoteleiro, pré-2015, ainda não quer obter ganhos de 50% ou mais em vendas directas como outros já o fazem. Digo “não quer”, e é propositado, porque não existe ra- cionalmente outra razão. O mais irónico é que, por norma, a barreira para implementar estas tácticas, ser o próprio budget! Ou seja, é como se um amigo (mesmo) lhe dissesse que a troco de 100, devolvia-lhe 1000. Você recusaria? A mecânica do Paid Media Advertising, bem pla- neado e implementado, e praticando paridade de preços nos canais e disponibilidade de stock (condições essenciais) é exactamente o mesmo. Que seja esta a sua boa resolução para 2015, estes são os meus votos sinceros. h [email protected] OLIVIER SOARES / Consultor eT-Marketing - (Muito) Mais do mesmo !

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. indicadores / Opinião

08 hotelaria Dezembro 2014

Há praticamente dois anos, por uns dias de diferença, estava eu sentado no mesmo sítio, o meu escritório móvel, a escrever um artigo, também para esta revista, intitulado (pomposa-mente claro) de “2012: O ano 2.0 do Turismo Online em Portugal ?”. De notar o ponto de interrogação no título...Desde 2012 o meu escritório móvel mudou. Separei-me do meu companheiro de luta da al-tura e adquiri o novo rebento da família Mac.Não só cheira a novo, fundamental, mas pro-cessa três vezes mais, tem mais memória, e o sistema operativo já foi actualizado duas vezes, só para dar alguns exemplos. Dirão que é des-necessário, hoje gerimos tudo na Cloud e no browser, além de que, dirão, o meu trabalho é o mesmo e francamente, como dizia o outro: “não há necessidade”.Continuo a pensar com os meus botões que temos de evoluir, usar melhores ferramentas mesmo que o trabalho seja o mesmo. Produ-tividade e eficiência invariavelmente levam-nos a melhores resultados, e na minha inocência, mantenho a convicção que esses são a essência da “necessidade”. O eT-Marketing, ou marke-ting digital ao serviço do turismo, e em particu-lar da hotelaria, é o case study desta evolução necessária. Não podemos deixar de evoluir so-mente porque o nosso core business é o mesmo.

Desde 2012, temos feito mais do mesmo; mas, pela positiva, considero que fizemos (muito) mais.Observo juntos dos profissionais do sector que falamos, e fazemos, hoje muito mais “digitalês”. Na altura, falávamos de redes sociais, era um tema sexy e intimista, hoje conversamos com o hoteleiro da relevância de um bom “Copy”, como dar realce à marca via Storytelling, Con-text Marketing, de boas prácticas de SEO, como segmentar Email Marketing para obter

leads qualificadas, etc. Existe seguramente, muito mais consciência do mundo digital no universo do turismo.Recordo-me até de uma apresentação duran-te o congresso da AHP, em 2013, demons-trando o(s) sucesso(s) de campanhas nas redes sociais pelo Turismo de Portugal; E, a confirmação(factual) que os resultados em muito superaram outras acções previamente realizada em moldes não “digitalês”.

Por outro lado, temos ainda (muito) mais por fazerHá sempre! Muito por onde fazer mais e me-lhor, não interessa agora listar as várias compe-tências carentes de progresso. Prefiro focar-me no essencial: Paid Media Advertising.Vulgarmente conhecido como “publicidade nos motores de pesquisa”, ou “banners em si-tes”, ainda não é reconhecido como ferramenta com maior potencial de ganhos em incremen-to de vendas. E é realmente frustrante verifi-carmos que o hoteleiro, pré-2015, ainda não quer obter ganhos de 50% ou mais em vendas directas como outros já o fazem. Digo “não quer”, e é propositado, porque não existe ra-cionalmente outra razão. O mais irónico é que, por norma, a barreira para implementar estas tácticas, ser o próprio budget! Ou seja, é como se um amigo (mesmo) lhe dissesse que a troco de 100, devolvia-lhe 1000. Você recusaria? A mecânica do Paid Media Advertising, bem pla-neado e implementado, e praticando paridade de preços nos canais e disponibilidade de stock (condições essenciais) é exactamente o mesmo.Que seja esta a sua boa resolução para 2015, estes são os meus votos sinceros. h

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Olivier SOareS/ Consultor

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