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    ETAPAS DE UMA OBRA

    A primeira etapa desta viagem justamente transpor para o papel tudo aquilo que vocsonha e precisa para morara bem. Ouvindo as necessidades da famlia, o arquiteto esboa ochamado ante-projeto, levando em considerao um estudo preliminar. Nesse momento, oprofissional j deve contar com um levantamento topogrfico e com a sondagem do solo, umaespcie de radiografia do terreno. Para definir a implantao da casa no lote, o arquiteto tambmprecisa avaliar a forma como o sol incide sobre o local, de modo que o projeto favorea aomximo a entrada de luminosidade natural na casa. Somente quando esse desenho inicialconseguir captar da melhor maneira possvel s necessidades dos moradores, ele transforma-seem projeto final, uma espcie de bssola que ir orientar a futura obra. Quanto mais detalhado,mais fcil ser o planejamento e menor o risco de gastos excessivos. Devemos ficar mais atentosaos documentos necessrios antes de iniciar a construo.

    1 PROJETOS E APROVAES

    - contrato:

    Quem vai encomendar ao arquiteto ou engenheiro o projeto e o gerenciamento de umaconstruo deve se proteger com um contrato detalhado. No preciso advogado para redigi-lo,mas necessrio certificar-se de que ele contm alguns itens fundamentais:

    Nome, endereo, RG e CIC do profissional e do cliente; O objeto do contrato, ou seja, elaborao de projeto, gerenciamento da obra e

    contratao de mo de obra; Prazos estabelecidos para execuo dos servios contratados; Preo e forma de pagamento, com prazos especificados; Determinao das responsabilidades civil, penal e trabalhista do encarregado pelo

    gerenciamento e pela contratao da mo de obra; Estipulao de multas para ambos no caso de no cumprimento de clusulas do

    contrato; Indicao do frum para uma possvel discusso legal do contrato; Assinatura das duas partes e de duas testemunhas, todas com firmas reconhecidas; Qualquer acidente ocorrido na obra tem como responsabilidade solidria o proprietrio.

    - alvarLicena, expedida pela prefeitura, que autoriza a construo de um imvel. O poder

    municipal fica obrigado a liberar a permisso sempre que um pedido for feito, desde que respeitetodas as regras e especificaes regidas pelo cdigo de obras e a lei de zoneamento do municpioe a apresente todos os documentos requeridos:

    Cpia autenticada da escritura do terreno;

    Carne de imposto predial e territorial urbano em dia; Cpia da inscrio no municpio e registro no CREA do profissional responsvel pela

    obra engenheiro ou arquiteto; Se houver alguma mudana no decorrer da obra, ela precisa ser notificada ao poder

    municipal, a menos que seja uma das diferenas (entre o projeto aprovado e oexecutado) toleradas. Para poupar tempo e evitar multas, vale a pena informar-se naprpria prefeitura respeitos das modificaes autorizadas.

    - habite-seExpedido pela prefeitura, a licena que libera o imvel construdo ou reformado para a

    moradia ou para a permanncia e circulao de pessoas (como cinemas, teatros e escritrios).Essa autorizao s concedida aps a entrega de todos os documentos referentes obra, comoo alvar e o memorial descritivo, alm dos comprovantes de pagamento dos impostos (INSS e

    ISS) e uma vistoria na obra. Se houver qualquer divergncia, um fiscal vai at a construo: elepode multar o construtor e impedir que pessoas entre no edifcio at que as correes sejamfeitas.

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    - demarcao terrenoPara evitar futuros problemas com limites de reas, bom proceder demarcao do

    terreno. As prefeituras s aprovam plantas de lotes com as divises devidamente definidas.Assim, o proprietrio tem assegurados a rea e os limites de seu imvel: uma garantia para ocaso de algum visinho invadir o espao. Quem no tem esse documento pode solicitar uma cpiana administrao municipal. Nos casos em que a planta no tenha sido aprovada (loteamentos

    clandestinos, por exemplo) o proprietrio deve contratar um topgrafo para fazer as medies edefinir onde termina o terreno. Depois disso, necessrio lev-la para a aprovao na prefeitura,regularizando a situao.

    - contratao de operriosQuando o contrato feito diretamente com os operrios, todas as obrigaes trabalhistas

    so de responsabilidades do proprietrio da obra, ainda que se trate de um servio rpido. Nocaso de haver um empreiteiro, ele o responsvel por efetuar esses pagamentos. Certifique-sede que eles esto realmente sendo recolhidos exigindo a apresentao de todos oscomprovantes. uma forma de evitar futuros problemas com reclamaes trabalhistas. semprebom lembrar que qualquer acidente ocorrido na obra tem como responsvel solidrio oproprietrio.

    - cadastro da obra no INSSO prazo mximo para que se efetue o registro no INSS de 30 dias a partir do incio da

    obra. Quem no o fizer corre o risco de ser autuado e multado por um fiscal. Para o cadastro, spreencher o certificado de matrcula e alterao (CMA) no posto do INSS mais prximo, no preciso pagar nada no ato, as contas poder ser acertadas no final. O valor devido depende de umclculo complexo, feito pelo empreiteiro ou no prprio posto do INSS, que considera ascaractersticas da construo (alvenaria, madeira ou mista) o uso (residencial, comercial ouindustrial) e a metragem. Geralmente, o recolhimento sobre a mo de obra estabelecido deacordo com o custo unitrio bsico. Esse ndice mensal do SINDUSCON leva em conta o valormnimo de cada categoria profissional e de algumas matrias primas.

    - recibos de pagamentoDevem ser mensalmente assinados pelos funcionrios alocados na construo.

    - guias do FGTSNo se esquea das vias mensais de recolhimento do fundo de garantia por termo de

    servio (FGTS) dos funcionrios.

    2 SERVIOS PRELIMINARES a hora de preparar o terreno. Uma maneira de evitar surpresas durante a etapa seguinte

    a da fundao contratar uma empresa para fazer a sondagem, necessria para identificar as

    camadas do solo e sua resistncia. Outro procedimento a ser executado nessa fase olevantamento topogrfico, que vai determinar a necessidade ou no de contratar servios deterraplenagem. A essa altura, a montagem do barraco e o pedido de ligaes provisrias de guae energia eltrica, necessrios para o andamento da obra, tambm precisam ser providenciados.Contar com um mestre de obras ou um engenheiro contratados para acompanhar o dia-a-dia daconstruo sempre bom. So eles que supervisionam todos os profissionais envolvidos naempreitada.

    - sondagemEspcie de radiografia do terreno que identifica as camadas de solo e sua resistncia,

    alm de detectar a presena do lenol fretico (gua). Com base no relatrio fornecido pelaempresa, o engenheiro calculista indica a fundao ideal para o terreno nem maior nem menorque o necessrio. A sondagem faz no mnimo 3 furos em pontos diferentes do lote para conhecersuas caractersticas e resistncia em outras palavras a capacidade que o solo tem de suportar opeso de paredes, vigas e pilares.

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    - camadas do soloBasicamente, existem 3 tipos de solo: argilas, areias e siltes, que podem formar hbridos,

    como silte arenoso. Independentemente do tipo, a qualidade essencial para a construo aresistncia. As areias so classificadas de fofas a compactas; e as argilas, de muito moles a rijas.A argila rija e a areia compactas so excelentes. Mesmo sobre medianamente compacta, ou argilamdia, d para erguer uma casa com segurana. Ao contrrio do que muitos pensam, esses solos

    bons nem sempre surgem em terrenos planos. Nas praias, pode-se encontrar areia poucocompacta; em vrzeas de rios, costuma aparecer a argila orgnica, muito mole.

    - levantamento topogrfico uma anlise do terreno, feita por um topgrafo. Resulta em plantas com curvas de nvel

    que representam a superfcie de uma rea, com todos os seus acidentes, como rvores e pedras,alm de fornecer as caractersticas de nivelamento do lote. Quanto topografia, um terreno podeser plano, em aclive, ou em declive.

    - terraplenagemQuase todo terreno pede terraplenagem. Ela pode ser executada de 2 formas, dependendo

    das condies da rea e do projeto arquitetnico. Pela chamada compensao de corte e deaterro, movimenta-se a terra apenas para acertar o nvel. Em situaes mais complicadas, preciso depositar (aterro) ou retirar (corte) quantidades de solo da rea, o que muitas vezes exigeo emprego de equipamentos de porte. Os cortes e aterros trazem tambm a necessidade deconstruo de muros ou paredes de conteno que podem encarecer a obra. Quando possvel,deve-se deixar o prprio solo fazer esse papel de conteno atravs de taludes naturais, de formaque o prprio solo se auto-sustente.

    - montagem do barracoA principal funo do barraco armazenar com segurana e manter longe das

    intempries os materiais que sero usados no decorrer da obra. A construo pode ser dealvenaria ou de madeira. Na cobertura, geralmente empregam-se telhas de fibrocimento. Alm do

    espao destinado a guarda de materiais, o barraco tambm costuma abrigar instalaes para osque trabalham na obra. As dimenses mnimas dos ambientes e de suas aberturas, destinados adormitrios, banheiros, cozinha, rea de servio, refeitrio dependem do nmero de funcionrioprevistos para a obra e esto NR-18. a organizao do canteiro importante para se obterrapidez, segurana e economia na obra. O barraco de ser erguido numa rea onde possapermanecer at o final da obra sem atrapalhar a movimentao no canteiro.

    -profissionais Arquiteto; Engenheiro calculista; Engenheiro eltrico e hidrulico; Engenheiro executor; Mestre de obras; Encarregado; Pedreiro; Carpinteiro; Serralheiro;

    Servente; Eletricista; Auxiliar de eletricista; Encanador; Auxiliar de encanador; Pintor; Gesseiro; Vidraceiro.

    3 FUNDAESA solidez da futura casa depende de uma fundao bem dimensionada e executada. De

    posse dos resultados da sondagem e do levantamento topogrfico, o engenheiro calculista,profissional contratado para projetar uma fundao adequada, conseguir encontrar a alternativamais eficiente. As fundaes podem ser diretas, no caso de terrenos firmes, e indiretas ouprofundas, quando incluem estacas e exigem a perfurao do solo. Normalmente no se usam

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    fundaes diferentes na mesma obra, mas dependendo das condies do terreno, o engenheiropode recorrer a uma soluo mista.

    - FUNDAES DIRETASAs fundaes de uma casa devem alcanar uma camada de solo de resistncia mdia. Se

    essa camada surgir em pequena quantidade (em geral, at 1,5m abaixo do nvel do solo), d parafazer uma fundao rasa: sapata isolada, sapata corrida ou laje radier.

    - Sapata isoladaTipo de fundao direta, prpria para terreno firmes. Formada por elementos de concreto,

    as sapatas isoladas so construdas apenas nos pontos que recebem, individualmente, a cargadas colunas da casa. A viga baldrame percorre a distncia entre dois pilares (colunas desustentao) e sustenta as paredes de fechamento. Esse tipo de fundao direta recomendadopara casa com qualquer nmero de pavimentos, pois suporta o peso concentrado de pilares.

    - Sapata corridaApia-se diretamente no solo a fim de distribuir sua carga por uma rea maior. Da sapata

    sai a viga baldrame, e da sobem as paredes de alvenaria. indicada pra solos resistentes econstrues com paredes portante, ou seja, aquelas que dispensam pilares e vigas. Dessa forma,o peso das lajes se distribui por igual ao longo das paredes. Se a parede no for portante, oengenheiro pode recorrer a alargamentos das sapatas nos pontos de maior carga (mas s se osolo for resistente).

    - Laje RadierRadier um elemento de fundao superficial que abrange todos os pilares da obra.

    Assemelha-se a uma laje de concreto armado e executado sobre a superfcie do terrenonivelado. A espessura do radier varia de acordo com as cargas da obras e as caractersticas deresistncia do solo. O uso requer uma camada de solo superficial de resistncia compatvel com oporte da construo.

    - FUNDAES INDIRETASAs fundaes de uma casa devem alcanar uma camada de solo de resistncia mdia.Quando ela aparece a mais de 3 metros, recorre-se a fundao profunda: as estacas ou ostubules, que transmitem as cargas ao terreno pela base (estrato de apoio firme no solo) e pelasua superfcie lateral.

    - EstacasElementos de fundao profunda, montado inteiramente por equipamentos ou ferramentas,

    sem a descida de operrios. Existem as pr-moldadas, inseridas no terreno por meio de golpes deum martelo de cravao, e as executadas no local, como a strauss e a broca.

    Estaca strauss

    Quando a perfurao feita com um aparelho chamado strauss vem da o nome da estaca. recomendada nos casos em que a fundao deve ser profunda, entre 4 e 10 m. Para executa-lainstala-se um trip com um tubo metlico que perfura o solo at a profundidade definida peloengenheiro. O furo , ento, preenchido de concreto. Esse tipo de estaca mais indicado paraterrenos secos. Caso haja lenol fretico, s poder ser empregado se, abaixo dele, o solo forconsistente.

    Estaca broca

    feita com o auxlio de uma ferramenta chamada trado, que escava um furo na terra atencontrar solo firme. O trado manual s alcana 4 metros, mas o mecanizado no tem limite.Depois o furo preenchido de concreto. No se indica a broca quando h lenol de gua.

    - TubulesTrata-se de uma pea de concreto armado, cilndrica e com base alargada. o tipo de

    fundao profunda particularmente indicado para terrenos sem pedras. Isso porque, durante a

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    execuo, os operrios cavam a terra e as preenchem com concreto. Ao descerem nasescavaes, conseguem remover eventuais mataces encontrados. Pouco usados em casa, sofeitos cavando-se um poo que , a seguir, concretado.- Impermeabilizao das fundaes

    Rede de drenagem superficial

    Capta a gua da chuva e de lavagem dos arredores da casa. Constituda de grelhas e ralosque recebem a gua dos pisos e conduzem rede de guas pluviais. Como proteo adicionaldeve-se impermeabilizar as baldrames e rodaps de paredes com argamassas especiais, materialpolimrico ou asfltico, todos apropriados para essa finalidade.

    Impermeabilizao de sapatas

    Como dreno, coloca-se uma camada de brita sobre o solo no local previsto para a execuoda sapata. Sobre ela vem o lastro (camada de concreto simples sem armadura), reforado comhidrofugante.

    O isolamento pode ser feito de 2 formas:a) argamassa com hidrofugante + tinta betuminosab) cimento cristalizado + cimento polimrico

    Tanto a argamassa com hidrofugante quanto o cimento cristalizante so rgidos. Por isso, importante o uso da tinta betuminosa ou do cimento polimrico, produtos semiflexveis queevitaro trincas em face da movimentao natural do terreno.

    Impermeabilizao de laje radier

    Comea com uma camada de brita sobre o solo (minimiza a presso do lenol fretico),seguida de lastro com hidrofugante. Para cobrir essa grande rea, o mais indicado so osprodutos flexveis, como manta asfltica e membrana asfltica. O primeiro encontrado pronto,em rolo, e exige servio especializado para fazer emendas. J a membrana uma espcie detinta, aplicada in loco em vrias demos. Por cima, vem o radier.

    4 ESTRUTURAH 2 sistemas de construo de casas. No mais tradicional, pilares e vigas de concreto

    estruturam a moradia e tijolos fecham as paredes. No segundo, racionalizado, pr-moldados deao, madeira ou concreto formam um arcabouo que recebe painis (de gesso ou concreto) oublocos (cermicos, silico-calcrios etc) de fechamentos industrializados.

    Ainda no h uma concluso sobre qual mtodo prima pela economia. A alvenaria pedemais tempo e gera mais desperdcio que a obra racionalizada. Mas os materiais pr-moldadosainda so caros no Brasil. A alvenaria estrutural despensa pilares e vigas: so as paredes deblocos estruturais que sustentam as lajes e o telhado. Qualquer tipo de fundao pode seradequado alvenaria estrutural se o solo for firme, pode-se empregar uma fundao rasa ebarata. Se o solo for ngreme e pouco consistente, o que dificulta o acesso e o trabalho nocanteiro de obras, talvez compense em investir em estruturas pr-moldadas. De qualquer forma, muito provvel que seja necessria uma fundao profunda (e cara) para atingir o solo firme.

    - estrutura de madeiraToras aplainadas ou rolias formam a armao, conhecida como paliteiro. No Brasil,

    usam-se principalmente espcies amaznicas (jatob, cumaru, itaba, entre outras) e dereflorestamento (como o eucalipto, tratado contra a umidade e insetos). Para que no deformemou rachem, fundamental que, antes da montagem, tenham a secagem controlada porespecialistas. H empresas que operam em escala industrial, adaptando o projeto a peas detamanhos predeterminados e encaixes padronizados. Os componentes chegam prontos aocanteiro, onde so armados. O mais comum, porm, o trabalho artesanal, feito no local porconstrutoras tradicionais e carpinteiros. Alguns mecanismos ajudam a evitar ou disfarar fissuras

    no encontro de paredes e madeira, como os frisos e as amarraes com pregos e ferros.- estrutura de ao

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    O ao um metal formado de ao e carbono. No Brasil, as principais siderrgicas fabricamo material em chapas. Outras empresas compram essas chapas e as transformas em vigas epilares, que so utilizados nas estruturas.

    Consulte os fabricantes de estrutura metlica. As Siderrgicas e a Associao Brasileira daConstruo Metlica (Abcem) podem indicar algumas empresas. Muitas delas se encarregam doprojeto estrutural.

    - estrutura de concretoEstima-se que 90% das construes no Brasil tenham estrutura de concreto (mistura de

    cimento, brita, areia e gua) armado com ferragens, que passam por dentro de pilares e vigas.Essa estrutura pode ficar embutida ou aparente. Nesse ltimo caso, d at pra usar concretocolorido, uma novidade que custa 20% a mais.

    Cabe ao arquiteto e engenheiro definir como erguer a estrutura: com concreto preparadopor empresas, feito na obra ou pr-moldado. O concreto dosado em central (cdc) chega aocanteiro em caminhes do tipo betoneira. A proporo entre os componentes previamenteespecificada para que ele tenha a resistncia e consistncia necessrias.

    Entre o preparo e a aplicao, existe um prazo mximo de 3 horas e meia, porque, depoisdisso, o material endurece (embora existem aditivos que retardem esse processo). Quando senecessita de pouco concreto ou o acesso de caminhes complicado, os pedreiros misturam omaterial no canteiro. Raramente, os arquitetos optam por pr-moldados pra casas. O motivo estno alto custo de transporte das peas, que so grandes e pesadas. O sistema mais indicadopara construes de maior porte, pois a produo de peas viabiliza custos.

    - Casa GerassiFamosa que s ela, a Casa Gerassi paulistana, mas j passeou mundo afora nas

    pginas de revistas de arquitetura. Montada com peas pr-fabricadas de concreto, ficou prontaem poucos meses, entrou no roteiro de estudantes e profissionais renomados que vm de longepara conhec-la.

    Para o autor, o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, representa a realizao de um sonho.Grandes peas de concreto foram descarregadas no terreno, em So Paulo, e, como num jogo de

    montar comandado pelas mquinas, articularam-se umas sobre as outras at compor umesqueleto.Em 4 dias surgiu prontinha a estrutura da casa, faltando apenas o enchimento das

    paredes, outra etapa realizada rapidamente, em poucos dias, com blocos pr-fabricados deconcreto.

    - sistema pr-fabricado de concretoVeja o que diz o arquiteto Paulo Mendes da Rocha sobre a estrutura pr-fabricada de

    concreto, usada por ele na Casa Gerassi, em So Paulo.

    Montagem

    Voc faz um contato com a empresa, examina o elenco de peas de linha e monta o kit.

    Eles entregam a estrutura montada. uma realizao extremamente atraente ver a construosurgir. Depois, mais um ms ou dois para instalar os caixilhos e acabamentos. Usa-se muito essesistema para erguer pavilhes industriais s em So Paulo, existem umas 20 usinas de pr-fabricados.

    Padro de qualidade

    Essa construo mostra o padro das peas que saem de uma usina, onde tudo controlado dosagem do concreto, resistncia etc. Casas feitas mo no tm padro tcniconenhum, no se pode garantir nada.

    Liberdade criativa

    A idia de pr-fabricao no absolutamente restritiva imaginao, esse outroraciocnio tolo. comum dizer que a tcnica constrange a imaginao. Ao contrrio, voc s podeimaginar com tcnica. Ningum imagina algo e ento sai correndo atrs de tcnica para fazer

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    acontecer. A rigor, voc raciocina com a tcnica, como se fossem pedra adequadamente talhadaspara fazer uma catedral. Com os pr-fabricados pode-se fazer qualquer coisa.

    Concreto moldado na obra

    Essa uma variante bastante razovel. Voc faz um jogo de frmas na prpria obra, lanao concreto e depois tira as peas prontas. Mas um capricho intil, pois est a a casa do nossoamigo Gerassi para mostrar que possvel realizar uma construo mais facilmente. mais fcilcomprar pronto.

    Construo convencional

    Uma casa suspensa, como essa, foge da idia de ter um jardinzinho na frente e um quintalno fundo. O terreno fica liberado, seja pra guardar automvel, seja pra fazer uma piscina. Tudoisso muito divertido. E divertido o xito da operao: em dois, trs dias a casa est l. Vocimaginou esse pessoal que fica um ano esperando a casa ficar pronta?

    - compare os tipos de estrutura

    QUANTO VALE E QUANTO NO VALE A PENA USARCADA UM DOS TIPOS DE ESTRUTURATIPOS DE ESTRUTURA VALE A PENA NO VALE A PENA

    CONCRETOA

    RMADO

    Quando no houver pressa. Se noocorrer nenhum atraso, sonecessrios 30 dias para levantar oesqueleto de uma construo de250 m. so necessrios 28 diaspara que o material atinja aresistncia especificada no projeto.

    Quando o dinheiro for contado. feito com componen-tes de fcil

    obteno e qualquer pedreirotrabalha com ele.

    Para executar um projeto arrojado,com paredes curvas ou colunasarredondadas, pois o material moldvel, o que d mais liberdadeao arquiteto.

    Numa rea de encosta, difcil montar asfrmas, para podermoldar o concreto.

    Quando sedesconhecem a origemdos ingredientes damistura e impossvel

    testar a qualidade. Se no houver na regio

    empreiteiro habilitadopara fabricar o concretocom as especificaescorretas.

    MADEIRA

    Em terreno do tipo pirambeira, poisem vez de fazer cortes e muro dearrimo, d para apoiar a casa sobrepilares e deixar o terreno livre.

    Em projetos com solues que

    protejam a madeira de chuvas, sole umidade, aumentando adurabilidade. So varandas ebeirais largos, cuidados paraafastar a construo do solo, eisolamento entre a madeira e oalicerce de concreto.

    Para ter uma obra limpa, j que amontagem dispensa frmas emistura de concreto.

    Se voc busca rapidez. Nessecaso, o melhor optar pelossistemas pr-concebidos.

    Se voc no tiver condies de fazermanutenes peridicaspois a madeira estraga

    em contato com aumidade, a incidnciados raios solares e osefeitos da maresia.

    Se voc necessitar depeas de madeira commais de 6m sememendas. Pois esse otamanho com que astoras chegam aomercado.

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    A

    O

    Em terreno do tipo pirambeira, poiscom guindastes possvel levar oao nos locais mais difceis.

    Quando preciso construir empouco tempo.

    Quando h ambientes amplos esem colunas.

    Para ter uma obra limpa e semdesperdcios.

    Para baratear os alicerces, j que aestrutura de ao no sobrecarregaas fundaes.

    Em casas com menosde 200m, pois empequena escala o aosai caro.

    Se o dinheiro para a

    construo inteira noestiver disponvel,porque no adiantapagar por uma estruturarpida para depois parara obra.

    5 ALVENARIAA definio para essa etapa o conjunto de pedras, de tijolos ou de blocos com

    argamassa ou no -, que forma paredes, muros e alicerces. Quando esse conjunto sustenta acasa ele chamado de alvenaria estrutural.

    nesse momento que os donos comeam a se familiarizar com os contornos da casa oque pode levar a tentao de mudar detalhes do projeto. s vezes, necessrio. Mas tenha emmente que pensar em deslocar a parede um pouquinho pra l pode ser uma armadilha para ocronograma da obra e tambm para o oramento.. Uma novidade a chamada obra seca,alternativa tradicional dupla tijolo e cimento.

    - alvenaria estruturas

    Construindo com blocos de cermica

    Mais baratos e com desempenho trmico melhor do que o dos rivais de concreto, eles ocupamquase a metade do mercado de construo. Existem os blocos normatizados, com dimensesperfeitas, e os que so produzidos sem controle de qualidade (irregulares e mais baratos).Cuidado: as peas irregulares exigiro maior consumo de revestimento (emboo). O apelo est na

    leveza: facilita o transporte na obra.

    Construindo com concreto celular

    Criado na Europa, o concreto celular diferencia-se pela leveza (pesa menos que o blococermico). Por isso, est bastante presente em reformas e em situaes em que no se podesobrecarregar as estruturas existentes. Outra caracterstica o isolamento trmico. Explica-se: agrande barreira contra o calor o ar. E, como as placas de concreto so internamente cheias deminsculos poros, ele se torna o melhor nesse quesito. No entanto, por ser mais leve (menosmassa), fraco no quesito isolamento acstico. Os fabricantes oferecem painis e blocosgrandes, com espao para embutir instalaes eltricas e hidrulicas.

    - obra seca

    Construo montada com estrutura de ao e paredes de gesso, dispensando a tradicionaldupla tijolo e cimento. um mtodo construtivo rpido, sem desperdcios e que no gera entulho.Usa os seguintes materiais: estrutura de ao, paredes de painis de gesso acartonado oucimento, tubulao flexvel semelhante a uma mangueira para instalao hidrulica, telhas demassa asfltica em placas (shingles), que so pregados sobre base especfica na cobertura. Osacabamentos podem ser escolhidos vontade.

    Painis de gesso acartonado

    Os painis que compem as chamadas dry walls (paredes secas) so compostas de ummiolo de gesso revestido de um tipo de carto. Usados apenas em paredes internas, eles sofornecidos em diversas espessuras. As medidas tambm variam de acordo com o que o p-direito

    exigir. A espessura final da parede depende da quantidade de placas utilizadas. O padro deduas placas, parafusadas sobre perfis de ao. H placas que repelem gua, recomendadas paraambientes midos, como banheiro, e placas corta-fogo, para quem quer segurana contra

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    incndio. Os fabricantes indicam mo-de-obra, do assistncia tcnica e orientam projetos declientes.

    - tijolos de barroFeitos artesanalmente, so mais caros que os blocos industrializados de concreto e de

    cermica. O preo alto nem sempre significa qualidade h muitas fbricas cujos fornostrabalham a temperaturas inferiores s necessrias e com menor tempo de queima.

    No caso de tijolos para paredes (pois existem tambm os de revestimento), o consumidordeve exigir os testes de dimenses e de resistncia compresso, pois esse tipo de pea segueas exigncias da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

    Ao comprar, prefira produtos que tragam impresso o nome da olaria uma garantia daprocedncia.

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    6 COBERTURAO telhado protege de sol, chuva e vento, mas no s. Funciona como uma espcie de

    moldura, tendo o poder de completar ou at definir o estilo da casa. Exagero? Ento pense numchal. A cobertura pat do projeto arquitetnico de uma moradia. Por isso, cabe ao arquitetodesenha-la. Com o croqui em mos, o engenheiro faz os clculos para dimensionar a estrutura.Nessa conta entram vrios fatores, como a existncia ou no de caixas-dgua apoiadas nastesoura e a ao dos ventos, que variam conforme a regio onde se construir. Conhea todos os

    detalhes da cobertura passo-a-passo: projeto, estrutura, inclinao e tipos de telha, alm deacessrios como calhas e rufos.

    - projetoBasta consultar dados sobre construo para descobrir que o telhado um item caro, que

    consome de 8% a 12% do total da obra. Portanto, o projeto estrutural e a execuo devem serentregues a quem entende do assunto um engenheiro ou uma empresa especializada. Namelhor das hipteses, a falta de um projeto resulta em um superdimensionamento da estrutura, oque, alm do desperdcio de material, tambm acaba sobrecarregando as fundaes.

    Um bom projeto contm as seguintes informaes: A quantidade exata de cada componente ou material;

    As dimenses das peas, calculadas em funo da resistncia da madeira escolhida; Os locais onde ficaro apoiadas as tesouras; A existncia de lajes e forros. Se houver laje, o peso da cobertura ser apoiado nela. Mas

    se for dispensada e em seu lugar houver um forro, ele ficar pendurado na estrutura eter que entrar na conta do dimensionamento das vigas;

    Os valores das cargas descarregadas pelo telhado na casa. Esses nmeros sero teisnos clculos da estrutura e das fundaes.

    - estruturaA mais usada em casa a de madeira, que pode ser feita com trs tipos de matria-prima.

    Veja tambm quando usar a estrutura metlica.

    Estrutura de madeira

    A matria-prima pode ser nativa, reflorestada ou laminada colada. A primeira , de longe, amais utilizada, A segunda comea a ganhar terreno, apesar de ainda cara. A terceira, comum empases como a Alemanha e Frana, ainda pouco conhecida no Brasil.

    Madeira nativa

    Pode ser empregada em estruturas, tem de atender a dois requisitos fundamentais: ter boacapacidade de carga, ou seja, suportar o peso da cobertura, e ser resistente ao ataque de fungose cupins.

    grande a variedade de espcies brasileiras com essas caractersticas. Angelim-pedra,angico-preto, canafstula, cumaru, garapeira, itaba, jatob, maaranduba, muiracatiara, peroba-

    rosa, sucupira, e tatajuba esto entre elas. Mas isso no quer dizer que todas esto disponveisno mercado. Na prtica, uma ou duas so exploradas at praticamente esgotar. Passa-se entopara outras, num ciclo que se repete mais ou menos a cada dois anos. Hoje as vtimas so agarapeira e o jatob.

    Madeira reflorestada

    como so chamados o pnus e o eucalipto, espcies cultivadas que crescem cerca de cincovezes mais depressa que as nativas. Tm boa resistncia mecnica, ou seja, suportam o peso daestrutura, desde que corretamente dimensionadas, mas so suscetveis a fungos e cupins. Porisso, antes de ir para o telhado, devem passar por um tratamento qumico sob presso emautoclave.

    Madeira laminada colada

    So peas composta de lminas de 2 a 4 cm de espessura coladas, mais comuns es estruturasaparentes. Por ser um produto industrializado, a madeira laminada colada passa por um melhor

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    controle de qualidade do que a madeira bruta. Sua fabricao inicia pela secagem da matria-prima em estufa e pela aplicao superficial de um produto qumico contra cupins. No caso dopnus, muito vulnervel, faz-se o tratamento profundo em autoclave.. Em seguida, uma seleodescarta as partes com imperfeies, como ns, rachaduras e pontos podres. A madeira entocortada em lminas, que so coladas entre si, formando vigas de vrias dimenses, nasespessuras necessrias.

    Estrutura Metlica

    Mais caro e ainda pouco aceito na cultura brasileira, esse tipo de estrutura aparece mais emconstrues com vos superiores a 25 metros, o que dificilmente ocorre numa casa. No entanto,com escassez das madeiras, o ao vem ganhando competitividade. Apesar de ser parceiro a dastelhas metlicas, nada impede que receba coberturas cermicas ou de concreto. Seu ponto forteest na rapidez de montagem, j que a estrutura no feita na obra, ou seja, as peas sofornecidas prontas por empresas especializadas.

    - inclinaoO estilo da casa tem tudo a ver com a inclinao do telhado, por isso ela deve ser definida j noprojeto. Expressa em porcentagem, calculada por meio da seguinte frmula:

    i = h x 100/ b. Quando a altura do telhado igual ao comprimento da base, a inclinao de100%. Se ultrapass-lo ser maior do que 100%, caso dos chals. Quanto mais alto o telhado dacobertura, mais inclinadas sero suas guas. De to importante, a inclinao do telhadodetermina o tipo de telha. fcil entender porque. Para que proteja eficientemente a casa da guadas chuvas, preciso que as telhas de qualquer modelo e material sejam instaladas deacordo com a inclinao mnima indicada pelo fabricante. Caso contrrio podem surgirvazamentos. A nica alternativa para desobedecer a essa regra acrescentar uma proteo extra,a subcobertura. Em outras palavras: toda vez que o caimento do telhado for menor do que oexigido para o modelo de telha escolhido, deve-se lanar mo dessa barreira impermevel queimpede infiltraes caso a gua no escoe bem.

    - tipos de telhas

    OS TIPOS MAIS COMUNS DE TELHAS

    Modelo MaterialInclinaoMnima*

    Peas por m *

    1. Americana Cermica e policarbonato 36% 122. Colonial Cermica e vidro 25% 24 a 26

    3. Chapas onduladas etrapezoidais

    Fibrocimento, ao, PVC, alumnioe policarbonato

    10%Varia em funo dotamanho das telhas,feitas at sob medidas.

    4. Francesa Cermica e vidro 32% 155. Italiana Cermica 32% 13,5 a 146. Japonesa Cimento 35% 15

    7. Mediterrnea Cermica 30% 14,58. Paulista Cermica 30% 269. Plan Cermica e vidro 27% 26

    10. Planas germnica euruguaia

    Concreto, cermica e vidro 50%Varia conforme omodelo, o tamanho e asuperposio indicada.

    11. Portuguesa Cermica e vidro 30% 15 a 1612. Romana Cermica e vidro 30% 16 a 1713. Shingle Massa asfltica 26% a 30% Vendida por m14. Tipotgula (ou clssica) Concreto 30% 10,4* Valores mdios. Podem variar conforme o material e o fabricante.

    - material das telhasOs telhados de barro fazem parte da paisagem brasileira desde o perodo colonial. Nos ltimostempos, porm, a concorrncia de outros materiais tem aumentado. Lanadas no Brasil a cerca

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    de 20 anos, as telhas de concreto vem conquistando espao e casa de alto padro, que apostamna superioridade do produto.No extremo de preo, aparece um competidor importante, o fibro-cimento. Ele domina no setorindustrial, mas visto com reservas pelo mercado residencial, em que est associado aconstrues populares.Bastante vasto, o leque de opes inclui ainda telhas de ao, alumnio, policarbonato, PVC, vidromadeira, massa asfltica e pedra.

    - calhas e rufosA chuva cai sobre o telhado, escorre pelas telhas, e recolhida pelas calhas e chega ao solo pormeio de condutores. Apesar de muito comuns, as duas ltimas etapas desse percurso no soobrigatrios, ou seja, nada impede que uma casa abra mo desse sistema de captao. Mas hinconvenientes nisso: a gua que pinga direto das telhas pode estragar o jardim e espirrar nasparedes. Que adere s calhas, no entanto, se v obrigado a limp-las periodicamente. Casocontrrio o telhado ficar sujeito a entupimentos e grandes transtornos com infiltraes.

    7 INSTALAO HIDRULICAO que o bom projeto de hidrulica? aquele que atende s necessidades da famlia, que integra ao plano arquitetnico tanto

    do ponto de vista da forma quanto do custo e que facilita futuros reparos. Um projeto de hidrulicacusta quase o mesmo que o estrutural. E a melhor maneira de garantir instalaes hidrulicasadequadas encomendar um projeto especfico.

    - a presso da guaUma das primeiras preocupaes para quem vai construir deve ser a presso da gua na

    rua. Quando a presso baixa, encher a caixa dgua pode levar muito tempo se ela altademais, prejudica o bom funcionamento de alguns aparelhos, exemplo aquecedor de acumulao.O mercado oferece dispositivos que elevam ou reduzem a presso da gua.

    Dispositivos de presso de gua: nos casos em que falta presso, o pressurizador umdos nicos recursos que de fato resolvem. Os diferentes modelos encontrado no mercadofuncionam de acordo com o mesmo conceito: um tipo de bomba que, acoplada a um tanque,encarrega-se de elevar a presso da gua, forando a diminuio de presso da gua.j asvlvulas redutoras de presso podem ser acopladas entrada de gua da residncia, forando adiminuio de presso em todo o sistema hidrulico.

    - tipos de caixas dguaO mercado oferece basicamente 5 tipos: as de alvenarias (comuns em construes antigas

    e edifcios); as de fibrocimento; as de fibras de vidro; as de inox e as de PVC, de superfcie menosporosa. As de alvenaria e as de fibrocimento so velhas conhecidas do brasileiro. J as de fibro devidro e as de PVC cheram ao mercado mais recntemente e prometem acumular menos sujeira.

    Tambm so mias leves e tem encaixes mais precisos, o que deve tornar mais fceis a instalaoe a manuteno peridica.

    - tubos e conexesA primeira dvida costuma ser que material usar. Antes de comprar tubos tambm

    conveniente prestar ateno nas medidas.

    Material: o PVC encabea o ranque dos mais conhecidos, mas o mercado oferece aindaoutras famlias de produtos: o cobre, sobretudo no transporte de gua aquecida, o CPVC (um tipode PVC para gua quente), o ao galvanizado e at novidades como o polietileno reticulado, quej equipa alguns edifcios brasileiros.

    Medidas: elas so dadas em milmetros (as peas soldveis) e polegadas (asrosqueveis). Quando os dois tipos esto presentes na mesma pea, ela trar as duas medidas:milmetros de um lado e polegadas, que correspondem a 2,54cm, do outro. Como os itens

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    rosqueveis tem espessura de parede diferente dos soldveis, siga a tabela, que traz a conversodas medidas levando em conta essa diferente. Tome cuidado, ainda, com a converso de cobrepara PVC/ CPVC: as medidas tambm sero diferentes, j que o cobre mais resistente e,portanto, tem paredes mais finas. Na hora de trocar um material por outro, fique atento.

    No se engane na converso:

    Cobre PVC/ CPVC Pea de rosca Pea de solda15mm 20mm 1/2' 15mm22mm 25mm 3/4" 20mm28mm 32mm 1 25mm35mm 40mm 1 1/4" 32mm42mm 50mm 1 1/2" 40mm54mm 60mm 2 066mm 75mm 2 1/2" 60mm79mm 85mm 3 75mm104mm 110mm 4 100mm

    - os registros de gavetaEles controlam o fluxo de gua em sesses da casa. Na cozinha e na lavanderia, no h

    necessidade de muitos deles: 1 para gua quente e outro para gua fria do conta do recado. Nobanheiro poder til destinar um registro exclusivo para a vlvula de descarga: se ela precisar deconserto o resto do banheiro no fica sem gua.

    - caixas de gordura e caixas de inspeoProvidencie caixas de gordura, de preferncia na sada de cada cmodo, e as inspeo h

    intervalos regulares, conforme a determinao do projetista. E caso de entupimento, amanuteno feita a partir delas: o resultado uma extenso menor de tubos a seremdesimpedidos.

    8 INSTALAO ELTRICAUm projeto bem dimensionado, alicerardo em materiais de qualidade, evita muito mais

    que disjuntores desarmando ele nos poupa de incndios e choques eltricos, que podem causarqueimaduras e at matar. Esse o momento de elaborar o projeto, determinando quantastomadas cada cmodo deve ter, onde elas estaro, quantos pontos de luz sero necessrios equal a capacidade de carga de cada um. Todos os sonhos (um homer theater, uma estao demicro computadores) devem constar da sua planta, ou ser difcil concretiz-los sem ter, maistarde, de quebrar as paredes e de redimensionar as potncias.

    - a escolha dos materiaisOs materiais que levam a energia aos diferentes pontos de sua casa devem ser de boa

    qualidade. Procure na embalagem o smbolo do INMETRO, procedimento aconselhvel paratodos os componentes de sua instalao. Desde os cabos at os interruptores, esse smbolosignifica que as peas foram feitas obedecendo s normas da ABNT para instalaes eltricas debaixa tenso.

    - fios e cabosS h uma diferena entre eles: a flexibilidade.Os fios constitudos de um nico e espesso filamento so rgidos. J os cabos so

    formados por vrios filamentos finos, o que lhes d maleabilidade e facilita sua colocao nostrechos onde h curvas. O material de que so feitos o condutor de eletricidade o mesmo, ocobre. Faa sua pesquisa de preos, mas no leve um produto s porque mais barato. Issopode significar matria prima inferior quanto mais puro o cobre, melhor ser a conduo da

    energia. Muita ateno tambm quanto ao revestimento, que deve ser antechamas. Na hora dacompra, pergunte sobre a qualidade do produto e verifique as suas especificaes. A cada 50cm

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    de rolo, os cabos trazem impressas informaes como bitola (ou sesso nominal) em milmetro aoquadrado, nome do fabricante, tenso e a marca do INMETRO.

    O clculo da bitola: o clculo feito levando-se em considerao a distncia entre oquadro de distribuio e a tomada, alm da potncia do aparelho. Quanto maior a distncia, maiorser a bitola do cabo. Se ela for sub-dimensionada, a energia se transformar em calor,diminuindo o desempenho do aparelhos, aumentando o consumo de energia e expondo sua

    instalao a um curto circuito.Aumentar a esmo a sesso nominal no a soluo do problema: com uma bitola maior

    do que o necessrio voc estar apenas onerando a sua obra. Em geral os fios tem entre 2,5mme 8mm, mas o clculo correto trabalho do projetista.

    A partir da feita a distribuio dos circuitos: para cada um so usados 2 fios vivos (umfase e um neutro) , para tomadas de 127 volts. Ou fase e fase, para tomadas de 220 volts. Fase,como voc j percebeu, justamente o fio que conduz a energia eltrica. Se a sua cada abastecida com tenses de 115 volts ou 127 volts voc ter 2 fios fases e um neutro chegando sua construo. Porm nas cidades onde a tenso de 220 Watts ou 230 Watts, a ligao serfeita com a penas 2 fios, correspondendo a fase e fase.

    - definio dos circuitosNesse momento, voc j listou eletrodomsticos e pontos de luz com devidas potncias.Contas feitas, definem-se os circuitos (as linhas de transmisso de energia internas, que

    saem da caixa de distribuio e levam a eletricidade at os aparelhos). Para cada um instala-seum disjuntor. A questo : quantos?

    Fixar essa quantidade relativamente simples: ramais que alimentam aparelhos decorrente eltricas superior a 10 ampres, como chuveiros, fornos de microondas, mquinas delavar roupas e secadoras e torneiras eltrica, por exemplo, pedem circuitos exclusivos. A mesmaindicao serve para os aparelhos eletrnicos, como os computadores, mesmo que no tenhampotncias to elevadas. Alm disso, tomadas e pontos de luz no devem ser abastecidos por ummesmo circuito.

    Como determinar o limite de cada circuito? E quantas tomadas podem ser ligadas a cada

    um sem que aja o risco de sobrecarga?A norma da ABNT recomenda tomadas comuns, de 100W de potncia para ambientes deestar, como salas e quartos. Um circuito feitos com um cabo de 2,5 mm (a bitola mais comuns emresidncias) a uma tenso de 127V pode conduzir algo em torno de 1200 a 1500 W. Assim, serpossvel ligar de 10 tomadas de 100W cada uma, j prevendo uma margem de segurana. Se ateno for de 220V a potncia do circuito aumenta para algo em torno de 2200W.

    Ao estabelecer o nmero de circuitos e a potncia de cada um, lembre-se de que no sedeve exceder o limite de cada ramal, sob pena de superaquecimento dos cabos, variaes natenso e desarme constante dos disjuntores.

    - aterramento do sistemaPor ser um grande depsito de energia, a terra pode fornecer ou receber eltrons,

    neutralizando uma carga negativa ou positiva. Aterrar o sistema exatamente isso: estabeleceressa ligao com a terra, estabilizando a tenso em caso de sobrecarga. Assim voc evita umcurto circuito nos aparelhos.

    O procedimento o seguinte: prximo ao medidor, uma barra de cobre vendida nas casasespecializadas, cravada no solo. Dela sai um cabo terra para todas as tomadas da casas. Quemdeve determinar a especificao da barra de cobre o projetista de eltrica, pois o dimetro e ocomprimento dependem do tipo de aplicao. Uma barra mal dimensionada torna o procedimentoineficaz.

    9 IMPERMEABILIZAO

    Existem solues arquitetnicas, que includas no projeto, ajudam a manter a casa seca.Outras contribuem para melhorar o isolamento trmico.

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    - recursos para manter a casa seca

    Beirais largos, que livram as paredes das chuvas;Peitoris, pingadeiras e dentes (salincias), que protegem as janelas e a fachada da casa;

    P-direitos altos e aberturas generosas, que melhoram a circulao de ar; Drenos no interior das paredes que tenham contato direto com o solo; Impermeabilizao de reas mais sujeitas umidade, como subsolos, fundaes e pisos;

    Nas lajes de cobertura, aplique as mantas (as mais usadas so as asflticas, mais baratase mais eficientes). O material emendado, formando uma capa. Outra soluo comum amembrana asfltica (pelcula formada pela aplicao de vrias camadas de tinta). Nos doiscasos, faa o caimento para o ralo e a calha, estenda a impermeabilizao ao interior dosralos, suba o revestimento no mnimo 30 cm nas paredes e cubra a impermeabilizaocom argamassa para s ento assentar o piso;

    Telhas amarradas, que no se desloquem com os ventos, provocando vazamentos.

    - problemas mais comuns e suas solues

    PROBLEMA: manchas, bolhas e superfcie fria ou molhada na face interna de uma parededa fachada

    Causa: fissuras superficiais na pintura. Pintura externa descascando.Soluo: Se o descascamento for generalizado, realizar pintura externa tomando cuidados com aaderncia da pelcula de tinta. Se for localizado, verificar possveis trincas por baixo na pintura doreboco ou emboo.

    Causa: Fissuras superficiais no emboo externo.Soluo: Se as fissuras no emboo forem microscpicas,, generalizadas e superficiais porquehouve retrao de massa durante a secagem. Refazer a pintura aplicando uma base selante eusar tinta base de resina acrlica. Se as movimentaes forem grandes, aconselha-se oemprego de tela de nylon por baixo da pintura nos locais mais danificados.

    Causa: Fissuras na alvenariaSoluo: o correto verificar as provveis causas de seu aparecimento antes de se tomarprovidncias para a recuperao definitiva. Estas causas podem estar associadas a deformaesestruturais. Aconselha-se a presena de um profissional para diagnosticar a origem do problema.

    Causa: Fissuras no encontro da alvenaria com a viga.Soluo: Causa mais provvel a movimentao higrotrmica da parede e da estrutura,associada a outros fatores como encunhamento mal executado ou precoce. A correo dessastrincas deve ser executada, aps diagnstico de profissional, com a remoo da argamassa derevestimento na regio afetada, fazendo a desvinculao da parede e a viga atravs de corte notopo da parece e preenchimento com material deformvel e refazendo o revestimento

    empregando bandagem para a separao da parede e do revestimento.

    Causa: Fissuras no encontro da alvenaria nova com a antigaSoluo: Em reformas deve-se ter o cuidado de fazer a amarrao entre as alvenarias novas e asj existentes. Pode-se refazer a amarrao com o emprego de barras de ao ou criar uma juntade dilatao e executar os procedimentos de preenchimento e revestimento descritos acima.

    Causa: Fissuras no encontro da alvenaria com os pilares.Soluo: Provavelmente no foi feita a ligao adequada entre a alvenaria e o pilar. A soluo remover o revestimento ao longo do encontro pilar/parede, destacar a alvenaria do pilar atravsde junta de dilatao, fazer o preenchimento da junta com material deformvel, refazer orevestimento empregando tela tipo estuque e refazer a pintura.

    Causa: Revestimento externo da casa poroso, provocado pela argamassa do emboo com traoinadequado.

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    Soluo: Se o revestimento tiver poroso ou fraco, com certeza o trao (volume de cimento, cal eareia) no foi adequado. A melhor soluo a remoo da argamassa fraca, verificando seexistem trincas na alvenaria, e refazer o emboo com trao adequado.

    Causa: Parte inferior da parede umedecida com os respingos da chuva.Soluo: Verificar se a parte inferior da parede est impermeabilizada, se foi feita barra inferiorexterna do revestimento (emboo) com aditivo impermeabilizante e se a pintura precisa de

    manuteno.

    PROBLEMA: Manchas e bolhas no alto das paredes de andar superior

    Causa: Ausncia ou defeito da impermeabilizao da laje, quando no h telhado.Soluo: Impermeabilizar a laje com manta ou membrana asfltica ou refazer a existente.

    Causa: Problemas com captao da chuva ralos mal vedados ou problemas no chumbamentode buzinotes.Soluo: Inspecionar as junes da impermeabilizao com os ralos e os buzinotes.

    Causa: Telhas deslocadas, trincadas ou porosas.Soluo: Verificar se houve danos nos encaixes das telhas, recoloca-las. As trincadas devero sersubstitudas, de preferncia pelas de mesma fabricao. Se as telhas estiverem porosas,providenciar a substituio ou proceder limpeza e impermeabilizao da parte superior comtintas ou vernizes apropriados.

    Causa: Problemas na captao da chuva. Os mais comuns so rufos e calhas corrodas, malsoldadas, entupidas ou mal dimensionadas.Soluo: Verificar o estado das calhas e rufos. Dependendo do material usado, ele poder serremendado, resoldado ou substitudo. No caso de materiais suscetveis a ferrugem, providenciarpintura interna impermevel.

    PROBLEMA: Superfcie mida, bolor e bolhas em paredes com jardineira.

    Causa: Falta ou defeito de impermeabilizao da jardineira.Soluo: Impermeabilizar com manta asfltica anti-raiz ou refazer a existente.

    Causa: Altura da terra inadequada.Soluo: Verificar se a altura da terra no est ultrapassando a altura que a manta protege e sefor o caso rebaixar o nvel de terra da jardineira.

    Causa: Maneira inadequada de regar a jardineira.Soluo: Cuidados ao fazer a rega para no molhar reas de parede no preparadas parareceberem gua.

    Causa: Tubulao eltrica rompida ou aberta por razes.Soluo: Providenciar a troca do tubo, que depois de aberto inundado pela gua, ou veda-locom mastiques que possam sofrer ao do sol e chuva.

    Causa: Ralo entupido.Soluo: Limpar e cobrir o ralo com dreno feito com britas e envolto em manta do tipo bidim parabarrar a entrada na tubulao de terra e razes. No esquecer de verificar as junes daimpermeabilizao com os ralos.

    Causa: Trincas na alvenaria.Soluo: A jardineira pode no suportar o volume de terra que recebeu e romper-se. Refazer asamarraes das paredes, reforar as paredes com concreto e armao.

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    PROBLEMA: Superfcie mida, esfarelada ou manchas na parte de baixo das paredes doandar trreo.

    Causa: A umidade do solo sobe pelas fundaes por falta ou deteriorao da impermeabilizaodas fundaes.Soluo: Se a alvenaria for de tijolos de barro macio, cristaliza-los injetando resina na base daparede. No caso de blocos vazados, refazer a impermeabilizao sobre a alvenaria de

    embasamento (nivelamento sobre os baldrames), descascar o reboco pelos dois lados da paredee aplicar cimento polimrico ou argamassa com impermeabilizante at 50 cm acima do piso.

    Causa: H vazamentos de tubulaes de hidrulica, de esgoto ou de gua fria.Soluo: Consertar a tubulao que fica sob o piso ou no quintal.

    Causa: Empoamento de gua de chuva junto s paredes externas.Soluo: Providenciar a drenagem superficial da gua de chuva e descascar o reboco pelos doislados da parede e aplicar cimento polimrico ou argamassa com impermeabilizante at 50 cmacima do piso.

    PROBLEMA: Bolor e bolhas embaixo das janelas.

    Causa: Trincas inclinadas nos cantos das janelas.Soluo: Indicar a falta de contravergas. Antes de vedar as trincas, providenciar a colocao decontravergas sob as janelas, de concreto ou com ferragem devidamente chumbada. Paraconsertar as trincas proceder conforme descritos nos itens, anteriores, sobre reparo de fissurasem alvenaria.

    Causa: Trincas com manchas de escorrimento vindo dos cantos do peitoril.Soluo: Peitoril com inclinao insuficiente ou abaulado, que no expulsa a gua para fora daalvenaria. Antes de reparar as trincas, corrigir o problema com o peitoril, arrumando a inclinaoou trocando a pea.

    Causa: Trincas sobre o peitoril nas junes com a alvenaria.Soluo: A dilatao dos materiais do peitoril e alvenaria so muito diferentes provocando oaparecimento de fissuras horizontais. Para corrigir, frisar a massa sobre o peitoril, preencher osulco com material selante moldvel e

    - Isolamento TrmicoA preocupao com isolamento trmico deve estar presente desde a elaborao do

    projeto. Para isso, o arquiteto precisa conhecer a posio do sol no local onde ser construda acasa e leva-la em considerao na hora de definir a implantao. a maneira mais simples eeficiente de tirar partido da ventilao e da iluminao natural.

    A escolha de materiais adequados ao clima da regio outro ponto importante. As mais

    significativas trocas de calor entre a casa e o ambiente acontecem por meio do telhado e dasparedes. Por isso, esses elementos devem ser alvos de uma ateno especial.

    Veja algumas formas de melhorar o conforto trmico dentro de casa.

    Cuidados com telhado

    Entre os especialistas, as telhas de cermica so consideradas assim as mais adequadasao nosso clima. Se preferir o concreto, lembre-se que os tons escuros retm o calor, por isso vomelhor em regies frias. No caso do metal, faa questo do recheio de poliuretano, l de rocha oul de vidro, uma barreira contra a entrada de calor no vero e contra a sada dele no inverno.

    Subcoberturas de alumnio

    As subcoberturas de alumnio tambm conhecidas como foils, so uma mo na roda paragarantir um telhado sequinho. Alm disso, reduzem a entrada de calor que entra na casa pelo alto.Existem basicamente duas espcies de manta, ambas de polietileno: as que tm lmina de

    alumnio em apenas um dos lados e as duplamente metalizadas. O manual da boa instalao

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    manda que elas sejam fixadas entre caibros e contracaibros, impedindo que a gua de eventuaisvazamentos acumule-se nas ripas. Dessa maneira tambm se formam colches de ar,necessrios ao seu bom desempenho trmico.

    Outro ponto importante: quando a camada metlica revestir apenas um dos lados damanta, ela deve ficar voltada para baixo, tirando partido da propriedade do alumnio de emitirpouco calor.

    Isolamento trmico

    De maneira geral, no clima brasileiro, as casas erguidas com tijolos macios no precisamde nenhum tipo de isolante trmico nas paredes. Porm, quando o fechamento for feito commateriais mais leves, como painis de cimento (usados com estruturas metlicas), preciso ficaratento. Um recurso muito usado nesses casos so as paredes duplas. No espao deixado entre aplaca cimentcia externa e o painel de gesso interno forma-se um colcho de ar, que funcionacomo isolante trmico. Outra opo empregar materiais isolantes como l de vidro ou l derocha. Ateno: eles podem ser colocados apenas nas paredes expostas ao exterior da casa,nunca nas internas.

    10 ESQUADRIASChama-se de esquadria qualquer tipo de caixilho usado na obra. So as futuras portas,janelas, venezianas etc. Pode ser alumnio, PVC ou madeira. As esquadrias anti-rudo so umaalternativa para locais muito barulhentos.

    - AlumnioOs tipos com tamanho padronizado j vm com grapas ou chumbadores para fixao e

    uma proteo que deve ser retirada somente depois do acabamento final das paredes. Isso evitao contato com cimento e tinta, difceis de remover. J as esquadrias feitas sob medida socolocadas pelos prprios fabricantes. Eles pem um contramarco (moldura que delimita e protegea rea da janela) e s depois do acabamento das paredes instalam a esquadria.

    Na fabricao as peas podem receber dois tratamentos, que alm de proteo lhes do

    cor. Durante a anodizao, os perfis ganham tons de bronze e preto. Importante: verifique naembalagem a camada de proteo da janela. Casas na cidade e no campo exigem anodizao A13. As litorneas A18. Esses nmeros indicam a resistncia do alumnio agressividade do ar daregio. Outro tratamento a pintura eletrosttica a p, que traz um leque de cores e resiste mais aintempries.

    - PVCAs janelas de PVC (policloreto de vinila, um tipo de plstico) levam vantagem sobre o

    alumino no desempenho termoacstico. Em parceria com vidro duplo, elas economizam energiaporque reduzem a troca de calor entre os ambientes externo e interno, segundo os fabricantes.Assim, dispensa-se o arcondicionado.

    A maioria da empresas trabalha sob encomenda. No h restries quanto ao uso no

    litoral. Tanto esses produtos quanto os de alumnio pedem um cuidado na compra: pergunte aovendedor se a janela foi aprovada pela ABNT, que testa a resistncia chuva e ao vento.

    - MadeiraO primeiro ponto a verificar nas esquadrias se o material tem resistncia mecnica

    adequada aos esforos a que as peas sero submetidas. Janelas e portas externas tm de sermacias para que suportem bem as intempries e, no caso das janelas, agentem a estrutura.

    Painis como MDF e aglomerado revestidos de lminas decorativas de 1mm sopermitidos em portas internas nas quais a madeira macia colada apenas nas reas maisexigidas, como a regio da fechadura.

    Tipos de madeira e seus usos

    Portas expostas a intempries: cabreva-vermelha, cumaru, garapa, imbuia,, itaba, jatob,sucupira. O eucalipto de reflorestamento promete ser uma opo, mas ainda no h larga ofertano mercado.

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    Portas para ambientes interno: angelim-pedra, curupixa, cedro, freijo, louro-vermelho,macacaba, muiracatiara,, pau-amarelo, peroba-rosa,, tatajuba, tauari.

    Batentes: madeiras densas, pesadas e de maior resistncia, como peroba-rosa, jatob, itaba,garapa, e angelim-pedra.

    Janelas: madeiras mais leves, a exemplo de cedro, muiracatiara, curupix e freij.

    - Esquadrias Anti-rudoRecebem esse nome as esquadrias que reduzem pelo menos 30 decibis do barulho

    externo. Essa uma classificao usada pelos fabricantes, pois a janela anti-rudo no est nalista de produtos com certificao obrigatria. Trazem vidros duplos ou triplos, selados, com umespaador dentro. O mercado oferece duas alternativas. A primeira comprar uma janela de altopadro, encomendada com base no catlogo de modelos do fabricante. Outra adquirir peasconhecidas como kits anti-rudo, ou seja, janelas produzidas especialmente para esse fim e deacordo com a necessidade do cliente.

    Os materiais mais comuns so o alumnio e o PVC. Os perfis de alumnio precisam deborrachas interna que impeam a transmisso do rudo; o de PVC no, pois so soldados eabsorvem bem o som.

    11 REVESTIMENTOS/ACABAMENTOSOs revestimentos para piso e parede do, em grande parte, a cara da casa. Respondem

    tambm por uma soma respeitvel do custo da obra representam, junto aos demais acabamentos,quase 30% do total.

    Inevitvel, portanto, que os futuros moradores mergulhem nesse mundo. Um bom comeo definir a lista de compras logo no projeto. Isso permite uma previso mais extra do oramento.Se no for possvel, tente pelo menos pensar em todos os itens de uma vez assim fica mais fcilcoordena-los, compondo a casa como um todo. Veja as opes de acabamentos para piso e

    parede a prenda a calcular a quantidade de cermica necessria.

    - Acabamentos para piso e paredeAo cortn, ao inox, alumnio, ardsia, arenito, assoalho de madeira, azulejo, bambu,

    banho de areia, borracha, caiao, carpete de madeira, cermica, cimento queimado, concreto,concreto estampado, deck, epxi, estuque, fibra de vidro, frmica, fulget, granilha, granilite,granito, granulados, ladrilho hidrulico, lajota de barro, lambri, laminados metalnicos, linleo,mrmore, massa de quartzo, massa texturizada, mosaico de vidro, mosaico portugus, parque,pastilha de cermica, pastilha de porcelana, pastilha de vidro, pedra gois, pedra mineira, pedramiracema, pedra-sabo, pedra santa izabel, pedra so carlos, perda so tom, piso laminado,,plaqueta de barro, porcelanato, quartzitos, tbua corrida, taco de madeira, textura, tijolo de barro,tintas, vermelho, vinil.

    - Como calcular a quantidade de cermica

    Paginao esse jargo usado pelos arquitetos para a disposio da cermica no piso enas paredes tem um papel importante. Ela visa zerar os corte, encaixando um nmerointeiro de peas no ambiente. Quanto mais recortes, maior a possibilidade de quebras.

    Mo-de-obra um azulejista experiente corta a pea na diagonal perfeitamente,aproveitando o outro pedao, Assim, 10% ou 20% extras podem ser exagero. Mo-de-obraespecializada significa economia de material.

    Tamanho e cor da cermica quanto maior a cermica, maior a possibilidade de quebras.J o formato 10 x 1 cm se encaixa em qualquer cantinho. Se escolher cores especiais,estampas e relevos, leve uma quantidade maior para estoque. Peas estampadas do

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    muita perda, pois preciso encaixar os desenhos na hora do assentamento. Neste caso,os 10% so vlidos.

    No ignore o rejunte Considere este exemplo: num banheiro de 1,40 x 2,60 m revestidode cermica 20 x 20 cm, o rejunte de 2 mm no piso ocuparia uma rea equivalente a 1mde revestimento, exatamente aquela caixa para guardar.

    12 VIDROSNessa seara h de tudo:de vidros curvos a modelos reflexivos que retm ou reduzem o

    calor em 80%. Existe at vidro antichama e autolimpante, que repele a gua e a sujeira. Certosmodelos vm combinados a pelculas coloridas; outros so trabalhos artesanalmente ouimpressos com texturas. Alm dos fabricantes (que so poucos no mercado), tambm trabalhamnessa rea as empresas transformadoras produzem as verses laminadas, temperadas,esmaltadas ou curvas. Voc pode encomendar o que deseja aos revendedores ou as lojas devidro que operam tambm com importados de outros revendedores.

    - tipos de vidro usados em arquitetura

    Aramado: vidro com malha de ao no miolo que segura os estilhaos em caso dequebra. Pode ser curvo. Usado em guarda-corpos, portas, cobertura e divisrias.

    Vidro com cristal lquido: ativada por controle remoto ou interruptor, a chapa dupla devidro, com cristal lquido dentro, deixa o conjunto transparente. Desligada fica leitosa.Para funcionar precisa ser comprada em caixilhos prprios. Sistema prprio paradivisrias de escritrios, locais que demandam privacidade ocasional.

    Vidro curvo: antes impensvel, ele despontou em construes comerciais agora ovidro sinuoso tornou-se uma realidade tambm para os projetos de casas. As chapascomuns, metalizadas, impressas, temperadas, laminadas e aramadas so moldadasnovamente, conforme o projeto. Os preos variam conforme a quantidade, pois obeneficiamento do material exige a confeco de uma frma na curvatura exata. Como

    isso precisa ser feito caso a caso, o valor ainda alto, mas menos proibitivo do queanteriormente. Vidro duplo: duas chapas de vidro laminado, temperado, impresso, refletivo ou cristal

    intercaladas por uma cmara com ar ou gs barram a passagem de calor e som.Usado em caixilhos ou esquadrias para reduzir o barulho e manter a casa naturalmenteaquecida ou fresca com a ajuda de refrigeradores de ar.

    Vidro esmaltado: obtido artesanalmente pela aplicao de esmalte sobre o vidro,criando desenhos e texturas. Alguns podem ser laminados. Usado em detalhes evitrais.

    Vidro impresso: chapas gravadas com texturas ornamentais, colorida ou incolor.Empregado em divisrias, vitrais janelas ou portas. Pode ser espelhado ou serigrafado.

    Como j possvel lamin-lo ou temper-lo, permite uso em locais que exijamsegurana. Vidro laminado: duas ou mais lminas de vidro cristal ou temperado, incolor ou

    colorido, refletivo ou no, com pelculas plsticas coloridas (do tipo PVB) no meio. Emcaso de rompimento, os pedaos do vidro no despregam. O PVB filtra parte dos raiosultravioleta e barra parte do som. Para telhados, cobertura, fachadas, esquadrias,guarda-corpos e pisos.

    Vidro refletivo/ metalizado: uma camada metlica reflete o sol e permite controlar seusefeitos, como o aquecimento e a entrada de luz e de raios ultravioleta. Seu visualespelhado varia conforme a intensidade da metalizao. Pode ser aplicado na formatemperada, curva, laminada ou dupla. Nas verses temperado e laminado, usado emfachadas, coberturas e boxes. O mesmo que vidro metalizado.

    Vidro temperado: depois de um tratamento trmico, torna-se at cinco vezes maisresistente que o vidro comum. Quando quebra, desmancha-se em pequenos

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    fragmentos, pouco cortantes. Dispensa caixilhos na instalao. Pode ser laminado.Usado em portas e janelas, divisrias, fachadas, guarda-corpos e boxes.

    13 PINTURASGosto no se discute. Aspectos culturais tambm no. Escolher as cores que vo salpicar

    os ambientes da casa uma deciso absolutamente pessoal. Mas os estudos de cor no esto ai

    por acaso. Convm levar em conta a sensao que as diferentes matizes causam sobre osnimos, os efeitos das cores modificando os ambientes e as parcerias mais harmnicas doespectro cromtico. Veja tambm algumas dicas para no errar na hora da compra.

    - as cores e as sensaes

    Amarelo luminosa, a marca da alegria e favorece a criatividade. Vai bem em salas deginstica e ambientes de leitura. Nos cmodos em que se fica durante muitas horas, no muitoaconselhvel.

    Verde no espectro cromtico, esse tom neutro faz fronteira entre as quentes e as frias amarca do equilbrio.

    Azul calmante e introspectivo, ao contrrio do vermelho. Pouco indicado para pessoasdepressivas.

    Bege acolhedor e sem contra-indicaes, transmite sensao de envolvimento.Laranja associado sade, estimula o apetite.Marrom se o pblico feminino fica vontade em meio aos lilases, o masculino se sente

    em casa envolto nos tons da terra.Vermelho excitante e energtico. a cor da guerra masculina por excelncia.Cinza ela surge da mistura de suas cores complementares. Em casa, com outros tons,

    sugere equilbrio.Branco quando usado sozinho deprime. No piso, causa insegurana.

    - as cores e os ambientes

    Mais que se cercar de tons agradveis, preciso ter em mente que a cor pode atenuaralguns problemas, como uma rea muito comprida ou um p-direito excessivamente baixo. Vejacomo conseguir esses efeitos especiais.

    Para ampliar ambientes pequenos, as clores claras so sempre indicadas. Mas prefiraas frias. Os azuis e os verdes, por exemplo, parecem expandir o espao, enquanto ostons quentes o aproximam.

    Para corrigir um corredor comprido e estreito, pinte as paredes largas com uma corclara e luminosa. Nas duas extremidades escolha um tom mais escuro umvermelho, por exemplo.

    Antes de pintar as portas e os batentes, pense no efeito desejado: para camufl-los,use a mesma cor das paredes. Para dar destaque, escolha um tom contrastante.

    - pintura de alvenaria a pintura que se faz sobre reboco, massa, concreto ou gesso. Todas as tintas para a

    alvenaria so solveis em gua. Na prtica, significa que o produto deve ser diludo apenas emgua antes da aplicao a quantidade certa voc confere na embalagem. A limpeza dos pincise acessrios tambm fcil, pois no requer o uso de solvente. Portanto, atente apenas para afamlia a qual a tinta pertence so duas, de acordo com a resina empregada na frmula. Eladefine o tipo de acabamento, a durabilidade e o preo. Veja quando usar tinta acrlica, ltex ouvinil-acrlica e como preparar a superfcie para receber a pintura.

    Acrlica: feita base de resina acrlica, que garante mais resistncia, essa tinta indicadapara ambientes internos e tambm para reas externas, onde a durabilidade chega a 10 anos.

    Uma das qualidades a lavabilidade. A palavra no existe na maioria dos dicionrios, mas,trocando em midos, significa que paredes pintadas com esse tipo de tintas pode ser facilmentelimpas com esponja macia, gua e sabo neutro. Oferece 3 tipos de acabamento semibrilho,acetinado e fosco. O preo o mais salgado da prateleira: chega a custar 40% mais que a tinta

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    ltex. E, quanto mais brilhante a tinta, mais cara. Dentro dessa famlia, h tintas especficas. Aselsticas acompanham a dilatao e a retrao da argamassa em outras palavras, a pelcula capaz de resistir s fissuras das paredes sem rachar. So indicadas para fachadas e qualquerparede sujeita s intempries. Ainda h as tintas antimofo, com maior concentrao de fungicidae algicida, o que as torna mais resistentes maresia e umidade excessiva podem ser usadas,inclusive, em banheiros.

    Ltex: at o aparecimento das tintas acrlicas, h cerca de 20 anos, ela reinava sozinha nomercado brasileiro. A base o acetato de polivinila, conhecido como PVA, resina menos resistentedo que a acrlica. Em reas sujeitas a chuva e sol, por exemplo, os produtos de primeira linhaprometem uma durabilidade mdia de trs anos. Disponvel somente na verso fosca, tem baixalavabilidade: difcil retirar riscos sem deixar manchas na pintura.

    Vinil-acrlica: entre a ltex e a acrlica encontra-se uma terceira opo: a tinta vinil-acrlica,que mistura os dois tipos de resina acima e, em geral, garantem durabilidade e preosintermedirios.

    Como preparar a superfcie:

    Preparar a superfcie de maneira adequada to importante quanto escolher a tinta. Nocaso de paredes novas, que acabam de ser erguidas, imprescindvel esperar de 30 a 45 dias,dependendo das condies climticas, at que a argamassa esteja completamente seca ochamado prazo de cura do reboco. Use a lixa para ter certeza: se o reboco no estiver curado, aparede esfarela. Depois, certifique-se de que o profissional contratado para o servio no pulenenhum item deste passo-a-passo:

    1. Com esptula ou escova de ao, retire todas as partculas soltas. O servio arrematado com uma lixa.

    2. Remova todo o p acumulado com escova ou pano mido. Terminada essa etapa, preciso esperar que a parede seque.

    3. Aplique uma demo de lquido selador, respeitando a diluio recomendada naembalagem. O produto fecha os poros e faz com que a tinta seja absorvida deforma homognea, eliminando a necessidade de uma terceira demo. comumfazer-se uma vistoria aps a aplicao do selador e, se for necessrio, aplicar umemassado para fechar fissuras e pequenos defeitos que s podem ser observadosna superfcie aps a primeira demo de selador. Aps o emassamento, esperar por48 horas para aplicao ou retoque do selador.

    4. Aps 4 horas, a superfcie pode ser pintada.

    - pintura de madeira e metalQuando o assunto madeira, metal ferroso e alumnio, a escolha certa o esmalte

    sinttico. O acabamento fica a a seu gosto: alto brilho, acetinado ou fosco. Todos tem base de

    resina acrlica e prometem resistir ao do sol e da chuva. Como devem ser diludos emsolvente do tipo aguarrs, Tm cheiro mais forte do que as tintas para alvenaria mas j possvel encontrar novas verses do produto, que usam gua como solvente.

    Madeira: portas, janelas, portes, forros e corrimos novos devem ser lixados e limposcom pano umedecido em aguarrs. A etapa seguinte a aplicao de uma demo de seladorapara madeira, diluda em solvente especfico para o produto (verifique a proporo recomendadana embalagem) esse procedimento garante uma pintura mais uniforme. Espere 24 horas paraque seque totalmente, lixe novamente e retire o excesso com um pano umedecido em aguarrs.Pronto: est na hora de pintar. Se a pea de madeira vai ser repintada, a tarefa mais simples.Elimine o brilho da tinta antiga, assim como qualquer partcula solta, com uma lixa. Limpe compano umedecido com aguarrs, espere secar e pinte novamente. Caso precise nivelar a superfciepara corrigir pequenos defeitos, o produto adequado a massa para madeira, aplicada comesptula ou desempenadeira. Aps a secagem, que leva 24 horas, lixe e aplique uma demo defundo sinttico para madeira.

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    Metal ferroso: peas novas de ferro e de ao, como portes e grade para janelas, devemser protegidas com zarco, um fundo anticorrosivo laranja ou vermelho que protege o metal daferrugem. Espere secar por 24 horas e pinte em seguida. No caso de grades e portes antigos,basta usar a lixa para remover o brilho da tinta velha, assim como todos os pontos de ferrugem.

    Alumnio: esquadrias de alumnio e peas de ao galvanizado tambm podem ser pintadas

    j existem, inclusive, fundos e esmaltes especficos para esse fundo. A forma de prepar-las, noentanto, no difere da dos metais ferroso.

    - pintura de cermica e azulejoCermica: h um tipo de esmalte sinttico prprio para telhas, tijolos vista e outras

    superfcies cermicas no vitrificadas. O acabamento pode ser acetinado ou brilhante,dependendo da marca, mas a cor sempre a mesma: cermica. Os fabricantes prometemdurabilidade superior a trs anos desde que as peas estejam totalmente livres de umidade nahora da pintura. A preparao comea pela lixa (para que todas as partculas soltas sejameliminadas) e remoo do p com pano embebido em aguarrs. Manchas de mofo podem serretiradas com soluo de gua sanitria e gua, meio a meio. Se o problema gordura , bastausar gua e sabo neutro. Para que a pintura fique mais uniforme, aplique uma demo de fundopreparador para paredes. Espere a secagem e pinte.

    Azulejo: boa parte dos esmaltes para azulejos feita base de resina acrlica. Elesproporcionam um acabamento fosco ou acetinado e podem ser aplicados em superfcies lisas oudecoradas, mas somente em reas secas no servem para boxes ou banheiras, por exemplo.Basta misturar o produto a um diluente especial, que d aderncia superfcie esmaltada abisnaguinha est includa no preo. H ainda os esmaltes base de epxi. Segundo osfabricantes, essa famlia encara a gua sem problemas, mas a nica opo de acabamento oalto brilho. . antes do uso, ele deve ser misturado a um catalisador, tambm includo no preo. Apartir desse momento, o produto tem vida til de apenas 4 horas. A preparao dos azulejoscomea pela eliminao da gordura, uma vez que costumam usar em cozinhas e banheiros.

    preciso lav-los com gua morna e um produto de limpeza do tipo multiuso. Em seguida, passeapenas um pano com lcool e uma demo de fundo fosfatizante ele garante a adeso da tinta superfcie lisa.

    Quando a tinta aplicada diretamente sobre os azulejos, as depresses dos rejuntes ficammais evidentes. Se preferir disfar-las, passe o fundo fosfatizante e, sobre ele, trs demos demassa crlica, tendo o cuidado de lixar cada uma delas. Pinte assim que secar.

    - texturasAs texturas comearam a aparecer na dcada de 70, nas construes populares. No

    havia jeito mais barato e eficiente de disfarar pequenos defeitos nas paredes. De l para c,elas conquistaram status e se transformaram na menina dos . as novas frmulas j incluemhidrorrepelente, ingrediente que impede o acmulo de umidade e oferece durabilidade de at

    cinco anos em reas sujeitas a sol e chuva.

    Tipos:Com base nestes dois tipos de textura, possvel criar inmeros efeitos decorativos a

    ferramenta que vai determinar o resultado.

    Rsticas: mais speras porque contm pedrinhas de quartzo na mistura, so indicadaspara reas externas. So aplicadas com esptulas, desempenadeiras, escovas e o que mais aimaginao permitir.

    Lisas: sem quartzo, mais suaves ao toque, podem revestir inclusive ambientes internos.Com elas, usam-se rolos de espuma rgida, encontrados em diversos padres a sua escolha.

    Aplicao:A aplicao de textura no tem mistrio. Para comear, dispensa at o uso de massa fina

    basta que a parede esteja totalmente livre de umidade. O segredo est nas mos de quem faz o

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    servio. A primeira demo de textura lisa deve ser diluda (a proporo indicada na embalagem)e aplicada com um rolo comum, como se fosse uma tinta. Somente na segunda demo entram emcena rolos e ferramentas especiais. Com a textura rstica diferente. Por ser bem mais espessa,a primeira camada aplicada com desempenadeira de ao e, a seguir, desempenadeirasespeciais com ou sem dentes, esptulas, vassouras ou escovas conferem o efeito que vocescolher. Os fabricantes recomendam cuidado redobrado com as emendas, que costumam ficarvisveis. Para evitar o problema, o ideal que o aplicador faa o servio aos poucos, dividindo a

    parede em pequenos painis, de no mximo, 2m. melhor ainda que o trabalho seja feito por duaspessoas ao mesmo tempo. Assim, a dupla ter tempo de igualar as emendas antes que a texturaseque.- problemas e provveis causas

    Eflorescncia: manchas esbranquiadas que surgem nas paredes quando o produto foiaplicado sobre uma superfcie mida ou antes do tempo exigido para a cura do reboco.

    Fissuras: essas rachaduras finas, que afetam apenas o reboco, aparece quando no seaguarda o tempo de cura ou quando a camada de massa fina espessa demais.

    Enrugamento: ocorre se a camada de tinta est muito espessa ou o intervalo entre asdemo no foi suficiente. Outro fator que propicia o surgimento do problema o uso de tner comosolvente, quando o certo empregar o aguarrs.

    Crateras: indicam a presena de leo, graxa ou gua na superfcie. Tambm aparecemquando a tinta diluda em materiais no recomendados, como gasolina ou querosene.

    Saponificao: a alcalinidade da cal e do cimento resultam em manchas que fazem o ltexdescascar e impedem a secagem dos esmaltes ou das tintas leo. A causa: tinta aplicada antesda cura do reboco.

    Manchas em madeira: so resultado dos resduos de soda custica (ou similar) usada pararetirar a camada de tinta anterior.

    Bolhas em alvenaria: emparedes externas, geralmente revelam o uso de massainadequada. Dentro de casa, a tinta pode ter sido aplicada sem que a poeira do lixamento tenhasido totalmente removida.

    Descascamento em alvenaria: significa que a tinta no aderiu. Acontece quando o produto aplicado sobre cal ou uma superfcie empoeirada.

    Escorrimento: ocorre quando a tinta diluda em excesso ou em solvente errado.Desagregamento: a pintura descasca juntamente com o reboco, que esfarela. A razo,mais uma vez, a pressa: reboco pintado antes da cura.

    14 SEVIOS COMPLEMENTARESTerminada a obra hora de providenciar a limpeza da casa. O erro estar em achar que

    essa uma faxina comum, realizvel por uma faxineira ou por voc, dono da casa. A limpeza deobra deve retirar sobras de rejunte, manchas de cimento e respingos de tinta. Esse tipo de sujeirageralmente pede produtos de uso profissional fortes txicos e mo-de-obra treinada, que eviteacidentes e danos nos materiais a serem limpos. No se esquea de contratar a limpeza antes defazer a jardinagem, pois os produtos prejudicam as plantas.

    - limpeza da obra

    Dicas para contratar o servio

    Faa pelo menos 3 oramentos para comparar preos.

    Ao se decidir por uma empresa, confira referncias de trabalhos anteriores: isso nodeprecia o profissional.

    Faa um contrato de prestao de servios em que conste nome, documentao eendereo dos envolvidos e a especificao clara do trabalho.

    Condicione parte do pagamento entrega do trabalho. um jeito de tentar se garantirde picaretas.

    H empresas que fazem at aplice de seguros para eventuais acidentes perguntese isso est disponvel.

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    Produtos contra-indicados para cada material

    Porcelanato, mrmore, granito e pedras naturais. Evite alvejantes. Ladrilhos hidrulicos. Corra dos limpadores base de amonaco. Vinlicos. Nada de solventes em cima deles.

    Cermicas. Aquelas com PEI (ndice de resistncia abraso) 1,2 e 3 so sensveisaos cidos. J as de PEI 4 e 5 aceitam uma soluo de uma parte de cido muritico

    para 20 partes de gua. Fabricantes de cermica vendem detergentes para clarearcermicas. Pastilhas de vidro. Saponceos, escovas e buchas costumam risc-las.

    Mosaico portugus. Agenta tudo exceto cido, que pode descolori-lo. Madeiras envernizadas (com sinteco, por exemplo) e esquadrias de alumnio. Deixe-as

    longe dos solventes. Pintura ltex. Cuidado com lcool, inclusive com respingos. Tijolos vista. Jatos de gua dirigidos desgastam o material. Vidros e peas de ao escovado. Palhas de ao e saponceos riscam a superfcie. Cubas de ao inox. Saponceos e buchas abrasivos esto proibidos. Confie nos

    produtos de uso domsticos para limpar inox. Louas sanitrias. Alvejantes, saponceos e palhas de ao danificam a vitrificao. Torneiras e outros metais. Nem pensem em abrasivos, palhas de ao e saponceos.

    Como driblar os oito erros mais freqentes1. Cubra, com plstico ou papelo, as bancadas de pedra do incio ao fim da obra.

    Porosas, mancham at com embalagens coloridas esquecidas sobre elas.2. frgil, o vidro s deve ser fixado no final. Se sobrar alguma sujeirinha, aplique uma fina

    demo de massa corrida e, aps a secagem, retire-a com uma esptula de plstico.3. em estado bruto, a madeira ainda pode ser lixada caso sofra manchas de tinta ou de

    gesso. Por isso passe o verniz s no final.4. no deixe material espalhado. Isso chamariz para acidentes, uma lata de tinta por

    exemplo, marca facilmente o piso com ferrugem.5. se no der para instalar ferragens e maanetas depois de tudo pronto, abuse de

    plsticos e fita crepe para preserv-las de manchas.6. revestimentos claros marcam com cimento e rejunte. Pea que o assentador v

    limpando conforme trabalha. Assim, a sujeira no impregna.7. esquadrias instaladas, proteo nelas. Antes de o pintor e o gesseiro chegarem, isole

    portas e janelas com papelo ou plsticos.8. cubra o piso e poupe preocupaes. H quem utilize plstico grosso ou sacos de

    estopa e, por cima, uma camada de gesso. Certifique-se de que o material em contatocom o revestimento no tenha estampas que possam manch-las.

    - jardinagem

    Planejar o jardim no uma tarefa simples, como pode parecer primeira vista. Um bomprojeto paisagstico contempla, alm dos tipos de plantas mais adequadas ao local, os sistemasde irrigao, drenagem e iluminao. Por isso, tambm nessa fase, o ideal encomendar umprojeto a um profissional especializado, no caso o arquiteto paisagista.