ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está...

59
1 ETEC FERNANDO PRESTES PROF THIAGO SAGAT TÉCNICAS DE REDAÇÃO: DOCUMENTOS TÉCNICOS INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS REVISÃO GRAMATICAL SOROCABA 2011

Transcript of ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está...

Page 1: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

1

ETEC FERNANDO PRESTES

PROF THIAGO SAGAT

TÉCNICAS DE REDAÇÃO: DOCUMENTOS

TÉCNICOS

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

REVISÃO GRAMATICAL

SOROCABA

2011

Page 2: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

2

SUMÁRIO

Capítulo 1: LINGUAGENS.................................... 3

Capítulo 2: COMUNICAÇÃO.............................. 5

Capítulo 3:RELATÓRIO....................................... 6

Capítulo 4: CURRÍCULO..................................... 8

Capítulo 5:CONCORDÂNCIA NOMINAL........ 11

Capítulo 6: CARTA COMERCIAL..................... 13

Capítulo 7: CONCORDÂNCIA VERBAL.......... 18

Capítulo 8: INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS... 22

Capítulo 9:REQUERIMENTO............................. 28

Capítulo 10: REFORMA ORTOGRÁFICA........ 30

Capítulo 11: CERIMONIAL.................................. 39

Capítulo 12: Manual do TCC................................. 43

Page 3: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

3

“Minha vó contava uma história quandu a família tava reunida , sobri um tiu... achu qui

é tiu avô, num sei... bom, essi tiu, chamava Zuardo, mais u nomi deli era pá sê Osvaldo!

“. É qui quandu fôru registrá eli, disséru “Osvardo”, tão rápidu, cum um ô qui nem dava

pra ouví e cum um érri nu lugar di éli, qui u iscrivão intendeu Zuardo! I intão, ficou

assim...”

Ana Cláudia, 04 de maio de 1999

“Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi

ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti

discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestátenção. U

alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol

qui é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis.

Quem soubé falá, sabi iscrevê.”

Jô Soares, revista veja, 28 de novembro de 1990

CAPÍTULO 1: LINGUAGENS A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a

oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião

frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa

inserção ao convívio social.

E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são

basicamente dois:O nível de formalidade e o de informalidade.

O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às

normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma

maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse

exercer total soberania sobre as demais.

Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor

prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que

para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é

considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma.

Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades

linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais,

culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

Variações históricas:

Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do

tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em

consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”,

contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do

vocábulos.

Analisemos, pois, o fragmento exposto:

Antigamente

“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito

prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,

Page 4: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

4

mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam

longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade

Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.

Variações regionais:

São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes

regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe

outras nomenclaturas, tais como:macaxeira e aipim. Figurando também esta

modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.

Variações sociais ou culturais:

Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de

instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o

linguajar caipira.

As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas,

cantores de happy, tatuadores, entre outros.

Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico.

Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de

informática, dentre outros.

Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o

assunto:

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados.

Oswald de Andrade

CHOPIS CENTIS

Eu “di” um beijo nela

E chamei pra passear.

A gente fomos no shopping

Pra “mode” a gente lanchar.

Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.

Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro

aipim.

Quanta gente,

Quanta alegria,

A minha felicidade é um crediário nas

Casas Bahia.

Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.

Pra levar a namorada e dar uns

“rolezinho”,

Quando eu estou no trabalho,

Page 5: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

5

Não vejo a hora de descer dos andaime.

Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger

E também o Van Damme.

(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

CAPÍTULO 2: COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO:

Comunicar-se é emitir a mensagem, através de códigos por meio dos canais de

comunicação, a alguém que passa a ser o receptor, que a decodifica e retorna com

uma mensagem que é chamada de feedback, ao chegar de volta ao emissor, se

transforma em outra mensagem eo ciclo continua ou se encerra.

A comunicação é eficaz quando a mensagem tem o mesmo significado para o

emissor e para o receptor.

A responsabilidade por uma comunicação eficaz está no emissor.

I. “Eu disse com todas as letras, ele não entendeu porque não quis”.

II. “Eu já expliquei mil vezes, não entendeu porque é burro”.

III. “Eu já falei tudo o que era para ser feito, mas ele não prestou atenção”.

Mal-humorado Mau-humorado

Mal cheiro Mau cheiro

Fazem cinco anos... Faz cinco anos...

Houve muitos acidentes Houveram muitos acidentes

Existe muitas esperanças Existem muitas esperanças

Bastaria dois dias Bastariam dois dias

Faltou poucas peças Faltaram poucas peças

Sobrou ideias Sobraram ideias

Para mim fazer... Para eu fazer...

Para eu trazer ... Para mim trazer...

Para mim, estudar é gratificante. Para eu, estudar é gratificante.

Eles estavam entre eu e você. Eles estavam entre mim e você.

Há dez anos atrás... Dez anos atrás...

Há muito tempo... Há muito tempo atrás...

Venda à prazo. Venda a prazo.

A partir de R$20,00. À partir de R$20,00.

Elas virão à pé. Elas virão a pé.

Andamos a cavalo. Andamos à cavalo.

Ela usa salto a Luís XV. Ela usa salto à Luís XV.

Vamos assistir ao jogo hoje. Vamos assistir o jogo hoje.

Ele chegou em casa. Ele chegou a casa.

Ele ainda é de menor. Ele ainda é menor de.

Preferia ir a ficar. Preferia ir do que ficar.

Prefiro mais alho do que cebola. Prefiro alho a cebola.

Não há regra sem excessão. Não há regra sem exceção.

Ela está paralizada Ela está paralisada

Fomos a uma festa beneficente Fomos a uma festa beneficiente

A festa começa às 10hrs e 30 A festa começa às 10h e 30 min

A sessão terminou às 11:00 A sessão terminou às 11h.

Paguei cincoenta reais a minha

bolsa

Paguei cinquenta reais a minha

bolsa

Marcio quebrou seu óculos. Márcio quebrou seus óculos.

Comprei-o pra você. Comprei ele pra você.

Aluga-se casas. Alugam-se casas.

O ingresso é gratuíto. O ingresso é gratuito.

Page 6: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

6

Vendeu um grama de ouro. Vendeu uma grama de ouro.

O peixe tem muita espinha. O peixe tem muito espinho.

Moramos numa casa germinada. Moramos numa casa geminada.

O governo interviu. O governo interveio.

Ela era meia louca. Ela era meio louca.

Comeu frango ao invés de peixe. Comeu frango em vez de peixe.

Eu confirmarei. Eu vou estar confirmando.

Encontrei bastante erros. Encontrei bastantes erros.

CAPÍTULO 3: RELATÓRIO 1. Relatório

I. Estrutura

A estrutura do relatório deve ser a primeira e fundamental preocupação para

quem escreve. Num relatório bem estruturado, o desenvolvimento lógico dos

assuntos fica facilitado. Assim, não só fica mais fácil “vender” as ideias

expostas (função de comunicação imediata), como torna-se simples

encontrar informações desejadas ( função de registro permanente).

II. Objetivo na redação

Antes de se iniciar a elaboração de um relatório, deve-se estabelecer com a

máxima clareza qual é o objetivo a ser atingido. Normalmente, isto não é

feito no grau de detalhe que seria necessário para definir sua estrutura.

Durante toda elaboração do relatório, não se deve perder o objetivo de vista.

Ele deverá orientar desde a escolha do título, até a organização dos tópicos e

a forma de redigir.

III. Público Leitor

Durante toda elaboração do relatório temos que nos perguntar

constantemente: “Quem vai ler isso?”

IV. Elaboração do índice

Podemos considerar que o índice é já o relatório na sua forma mais

resumida. Ao ler o índice, nós já montamos um modelo conceitual em

preparação para a leitura do texto que se segue.

V. Coesão e coerência do texto

VI. Escrita paralela:

Levantar as atividades da área

Apresentar conclusões a diretoria

Estudar alternativas

Descrever procedimentos adotados

Implantar os novos procedimentos

Avaliar os resultados

VII. Redação:

Page 7: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

7

1. Use o mínimo necessário de palavras. Ligue as palavras

diretamente, sem auxílio de “muletas” e sem empregar

construções muito elaboradas:

“Ouviram do Ipiranga, as margens plácidas, de um povo heroico o brado

retumbante” > As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado

retumbante de um povo heroico.

A empresa encontra-se no momento num processo de revisão dos seus

procedimentos. > A empresa está revisando seus procedimentos.

De acordo com aquilo que estabelece o item 7 do presente manual. > De

acordo com o item 7 do manual.

2. Empregue referências diretas usando pronomes:

Com relação aos problemas supramencionados. > Com relação a esses

problemas.

Reportamo-nos à correspondência em epígrafe. > Reportamo-nos a essa

correspondência.

Com relação aos custos, recomendamos novos procedimentos para a

contabilização dos mesmos. > Com relação aos custos, recomendamos

novos procedimentos para sua contabilização.

Os materiais são encaminhados ao almoxarifado. Em seguida, os mesmos

são inspecionados. > Os materiais são encaminhados ao almoxarifado.

Em seguida, eles são inspecionados.

3. Construa frases curtas:

Como a diferença de tratamento contábil dos valores oriundos dessas

transações, não tem efeito líquido sobre a apuração do resultado da

empresa, embora apresente modificação na posição das contas

patrimoniais, sujeitas às verificações da Comissão de Valores

Mobiliários, somos de opinião que o critério orientativo para a

contabilização das transações deve emanar das regulamentações

estabelecidas por aquela comissão, o que, na prática, significa seguir

padrões que afetam igualmente todas as empresas do ramo, não

constituindo, portanto, efeito negativo a incidir unicamente sobre a

empresa em questão, fato que aparentemente poderia prejudicar sua

imagem perante os acionistas e o público em geral. > A diferença de

tratamento contábil dos valores oriundos dessas transações não tem

efeito líquido sobre a apuração do resultado da empresa. Entretanto,

apresenta modificação na posição das contas patrimoniais, sujeitas as

verificações da Comissão de Valores Mobiliários. Assim, somos de

opinião que o critério orientativo para a contabilização das transações

deve emanar das regulamentações estabelecidas por aquela comissão. Na

prática, isso significa seguir padrões que afetam igualmente todas as

empresas do ramo. Não constitui, portanto, efeito negativo a incidir

unicamente sobre a empresa em questão, fato que aparentemente poderia

prejudicar sua imagem perante os acionistas e o público em geral.

4. Evite o uso excessivo de voz passiva:

Nenhuma ação foi tomada pela diretoria. > A diretoria não tomou

nenhuma ação.

Page 8: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

8

Foi notado que muitas das medidas que foram recomendadas, não foram

acatadas pela área financeira. > Notamos que a área financeira não

acatou muitas das medidas que recomendamos.

Depois que todas as requisições de materiais do mês tenham sido

recebidas, o preenchimento do formulário que serve de base ao cálculo

do consumo de materiais, deve ser feito pelo Almoxarifado. > Depois de

receber todas as requisições de materiais do mês, o Almoxarifado deve

preencher o formulário que serve de base ao cálculo do consumo de

materiais.

5. Prefira uma frase positiva em lugar de uma negativa:

Não acreditamos que seja possível realizar. > Acreditamos que não seja

possível realizar.

Se não iniciarmos a implantação até outubro, não teremos o novo sistema

operando em janeiro. > Se iniciarmos a implantação até outubro, teremos

o novo sistema operando em janeiro.

6. Lembretes: é importante você ter em mente alguns lembretes

enquanto escreve:

1. Concordância;

2. Verbos no Futuro;

3. Jargão Profissional;

4. Simplicidade;

5. Concentração no tema;

6. Utilização de frases curtas, em ordem direta e palavras simples;

7. Observação às normas gramaticais.

VIII. Partes de um relatório :

1. Título ;

2. Objetivos;

3. Introdução;

4. Procedimento experimental;

5. Resultados experimentais;

6. Considerações finais;

7. Referências bibliográficas.

CAPÍTULO 4: CURRÍCULO

CURRÍCULO

Três mandamentos para a elaboração de um currículo:

1. Não minta: O currículo é um documento que conta sua trajetória profissional e

deve ser positivo. Porém, um relato favorável é diferente de uma lista de auto-

elogios. Não divulgue qualificações que não possui nem cite cargos que não

ocupou. Descobertas, mentiras como essas levarão o empregador a

desconsiderar sua candidatura.

2. Não entre em detalhes quanto a salário: Como ocorre com os catálogos de

qualidade, os preços deve vir à parte. Até aqui, o leitor está preocupado em

avaliar sua adequação ao cargo e salário não constitui questão central. Porém o

recrutador pode solicitar que você forneça detalhes sobre seu salário atual ou

Page 9: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

9

revele sua progressão salarial. Nesse caso, coloque os dados na carta acompanha

o currículo.

3. Não anexe fotografias: Ao preparar o currículo, você elabora um documento que

leva o leitor a formar uma imagem positiva sobre você. Se incluir uma

fotografia, pode induzi-lo a conclusões subjetivas baseadas em sua aparência. Às

vezes, porém, empresas das áreas de publicidade, moda ou eventos podem

solicitar uma foto anexa ao currículo. Nesse caso, envie-a.

Itens do currículo:

1. Nome;

2. Dados pessoais;

3. Objetivo;

4. Formação acadêmica;

5. Outros cursos;

6. Idiomas;

7. Qualificações;

8. Experiência profissional.

CARTA DE APRESENTAÇÃO

Algumas empresas contratantes também solicitam que o candidato escreva, muitas

vezes de próprio punho, uma carta de apresentação. Essa é uma forma de avaliar a

capacidade de elaboração textual e domínio da língua padrão.

Essas cartas são bem mais formais do que as particulares e devem iniciar-se com

fórmulas respeitosas (Prezado Senhor, Prezado Senhor Diretor) e encerrar-se com

saudações formais (atenciosamente, cordialmente).

Modelo 1

Prezado(a) Senhor(a),

De acordo com a indicação do Sr. João da Silva, envio meu currículo para apreciação.

Há cinco anos atuo na área de divulgação e markerting da empresa Ramos&Associados,

desenvolvendo trabalhos de consultoria na área educacional e também na organização

de eventos em diversos segmentos empresariais.

Neste momento, busco uma efetivação no mercado, visando o desenvolvimento de um

trabalho objetivo e gerador de resultados, de forma a possibilitar crescimento qualitativo

e quantitativo para os envolvidos.

Agradeço a atenção e coloco-me ao inteiro dispor para contato pessoal.

Modelo 2

Prezados Senhores,

Em busca de nova proposta de trabalho na área Administrativo-Financeira, apresento-

lhes meu currículo anexo.

Entre minhas características básicas encontram-se: adaptabilidade, bom humor,

dinamismo, responsabilidades, perfeccionismo, auto-exigência, dedicação ao trabalho e

bom relacionamento em geral.

Informo ainda que estou disponível para viagens, de acordo com a necessidade da

organização.

Page 10: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

10

No aguardo de contato de sua parte, coloco-me à disposição para prestar-lhes mais

esclarecimentos.

Atenciosamente,

Modelo 3

Prezados Senhores,

Estou à procura de novos desafios profissionais na área de Recursos Humanos e

acredito que sua empresa possa ter interesse por minhas qualificações.

Sou graduada em Comunicação Social e História, com pós-graduação em

Administração. Atuo na área de Recursos Humanos há nove anos, com destaque para o

desenvolvimento e coordenação de atividades de treinamento, tendo inclusive obtido a

certificação ISO-9001.

Envio anexo o meu currículo para fazer parte de seu banco de dados e coloco-me à

disposição para uma entrevista pessoal, quando poderei fornecer mais informações

sobre minha experiência profissional.

Cordialmente,

Modelo 4

Dr. Augusto Valente

Diretor

Interforma Assessoria Empresarial Ltda.

Av. Luis Alcântara, 768 - sala 56 São Paulo - SP

Prezado Dr. Augusto,

Sou executivo de Assuntos Corporativos e Comunicação Empresarial com carreira em

escritórios de advocacia e no Banco Banespa, onde adquiri sólida experiência em

relações com a imprensa, clientes, órgãos de defesa do consumidor, gestão de produtos,

suporte a desenvolvimento de agências e postos de serviços, análise de concorrência,

formação e liderança de equipes, interface entre banco e empresas seguradoras e de

cartões de crédito e áreas administrativas. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais,

tenho pós- graduação em Jornalismo.

Visando posições em empresas suas clientes, encaminho meu currículo e estarei à sua

disposição para um contato pessoal e informações adicionais sobre minha carreira

Atenciosamente,

A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela

fronteira montada na lambreta com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da

Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal perguntou assim pra

ela:

__ Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás.

Que diabo a senhora leva nesse saco?

Page 11: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

11

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros que adquirira no

odontólogo, e respondeu:

__ É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha

saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e

dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela

montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro

com a muamba dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na

lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela

levava no saco e ela respondeu que era areia uai! O fiscal examinou e era mesmo.

Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, toda as vezes, o que ela

levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

__Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa

de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

__ Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o

fiscal propôs:

__ Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não

conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora

está passando por aqui todos os dias?

__ O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.

__ Juro – respondeu o fiscal.

__ É lambreta!

CAPÍTULO 5: CONCORDÂNCIA NOMINAL O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome adjetivo concordam em gênero e número

com o substantivo a que se referem.

Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas.

O livro segue anexo.

As duplicatas seguem anexas.

A fotografia segue inclusa.

Os documentos seguem inclusos.

Ele respondeu: muito obrigado.

Ela disse: muito obrigada.

Ele mesmo construiu a casa.

Elas mesmas resolveram o problema.

Ela própria entregou o documento.

Eles próprios receberam o prêmio.

Tomou meia garrafa de vinho depois de beber meio litro de leite.

Bastantes alunos participaram da reunião.

A porta estava meio fechada.

Alessandra andava meio aborrecida.

Eles falaram bastante.

Eram alunas bastante simpáticas.

Elas chegaram bastante cedo.

Havia menos pessoas interessadas no cargo.

Havia menos candidatos interessados no cargo.

Poucas pessoas tinham muitos motivos.

Eram alunas muito aplicadas.

Compraram livros caros.

Os livros custaram caro.

Eram mercadorias baratas.

Pagaram barato aqueles livros.

Andavam por longes terras.

Page 12: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

12

Elas moram longe.

Água é bom.

Chuva é necessário

Bebida alcoólica é proibido para menores.

A água é boa.

A chuva é necessária.

As bebidas alcoólicas são proibidas para menores.

Os lusíadas é um poema épico.

A poluída São Paulo necessitava chuva.

Os professores reivindicamos melhores condições de trabalho.

Exercícios:

1. Complete as lacunas com uma das formas indicadas entre parênteses.

a) Há pouco o relógio da sala bateu meio-dia e _____.(meio/meia)

b) O gerente enviou ______ os preços dos aparelhos solicitados. (em anexo/

anexos)

c) Será _____ interferência de pessoas estranhas no debate. (proibida/proibido)

d) Esta semana havia ______ pessoas na fila. (menos/menos)

e) O governador falava ______, por isso tinha ______chances frente ao

adversário. (pouco,pouco/pouco,poucas)

f) Hoje ficaremos _______ com a empresa, ao entregar este trabalho.

(quite/quites)

2. Imagine que você trabalhasse como revisor de língua portuguesa em um jornal.

Você faria alguma correção no texto do anúncio a seguir? Justifique.

GERENTES DE LOJA

Requisitos:

Experiência mínima de 2 anos em gerência.

Sexo feminino.

Idade entre 25 e 35 anos.

Nível universitário.

Usuária de computador.

Salário excepcional. Os interessados deverão enviar “currículos” com foto ou preencher

ficha na rua...

3. Reescreva as frases seguintes , fazendo a devida concordância das palavras

indicadas entre parênteses :

a) O leitor pulou (longo) capítulos e páginas, porque achou o livro grosso.

b) O poeta escreveu capítulos e páginas (compacto).

c) O advogado considerou (perigoso) o argumento e a decisão.

d) Comprei uma casa e um carro (usado).

e) Os alunos e as alunas (aprovado) pretendem fazer um coquetel e um baile

(bastante) agradáveis.

f) Seu nome na lista dos aprovados deixou os pais dele (bastante) felizes.

g) Os moradores entregaram um documento ao prefeito com reivindicações (

bastante) para a melhoria do trânsito no bairro.

h) Os alunos que ajudaram na campanha receberam (bastante) congratulações

dos beneficiados.

i) A mãe ficou (meio) aborrecida com aquela discussão entre os filhos mais

velhos.

Page 13: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

13

j) Eu comprei (pouco) laranjas e (meio) melancia.

4. A frase a seguir apresenta ambiguidade:

“ Após a reunião, a diretora da empresa ficou só na sala.”

a) Qual é a palavra responsável pela ambiguidade dessa frase? Por quê?

b) Reescreva a frase de modo a desfazer a ambiguidade, tornando preciso cada

um dos sentidos da palavra.

5. A palavra bastante tem dois valores gramaticais. Como advérbio, ela equivale a

“muito, demais” e é invariável; como adjetivo, equivale a “ muito(a),

muitos(as)”. Leia estas frases:

I. Ele conhece_______ países.

II. Ele conhece_______ esses países.

Em qual delas a palavra BASTANTE tem o sentido do advérbio e é

portanto, invariável?

CAPÍTULO 6: CARTA COMERCIAL

Carta comercial é a correspondência tradicionalmente utilizada pela indústria e

comércio.

APRESENTAÇÃO DATILOGRÁFICA

Existem duas modalidades para a disposição datilográfica de cartas: o sistema em bloco

e o sistema de encaixe.

Sistema em Bloco

No sistema em bloco, não há marcação de parágrafo. Todas as linhas são iniciadas

apartir da margem esquerda, observando-se pauta simples. Entre os períodos, deixa-se

pautadupla. Havendo tópicos em maiúsculas, a segunda linha é indicada após sua

última letra, paraevitar que as da linha anterior fiquem sem estética.

Sistema de Encaixe

No sistema de encaixe, o texto é feito com pauta dupla do início ao fim. O parágrafo

será de 10 espaços, a partir da margem esquerda.

O destinatário, a invocação, o fecho da carta e a assinatura obedecem a uma disposição

idêntica nos dois sistemas.

TRANSFORMAÇÃO DE CARTA COMERCIAL TRADICIONAL

EM CARTA COMERCIAL MODERNA

Agora, veremos como transformar uma carta tradicional em uma carta simplificada,

economizando-se assim tempo e esforço.

Page 14: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

14

Page 15: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

15

Justificativa da Supressão de Vários ELementos

(1)Suprime-se o local junto à data, porquanto já consta no papel timbrado.

(2)Elimina-se a preposição “A”, desnecessária no caso.

(3)Elimina-se o endereço do destinatário, uma vez que o mesmo consta no envelope.

(4)Suprimem-se os dois pontos na invocação.

(5)Não é necessário marcar-se o parágrafo. Basta deixar espaço duplo vertical,

indicando-o.

(6)Não é necessário colocar-se a expressão „em resposta”, porque o destinatário sabe

que se está

respondendo a algo.

(7)Não há necessidade de cair em redundância: ou se coloca a representação ou o

nome do

representante.

(8)Suprime-se o número 10, uma vez que a palavra dez já está mencionada.

(9) Expressões desnecessárias.

(10) Não há necessidade de citar o número da duplicata, nem o banco, porque o

proprietário deve ter

registro desse título.

(11) Não é necessário precisar a data em que o título foi encaminhado.

(12) Não é necessária a expressão p.p. (próximo passado), uma vez que a data passou

recentemente.

(13) Expressões desnecessárias.

(14) Não se usa mais tapa-margem e, para que haja funcionalidade na correspondência,

a margem

direita não precisa ficar uniforme.

(15) Expressão desnecessária. Se houvesse algo mais, seria acrescentado à carta.

(16) Expressão desnecessária, porque está implícita no final.

(17) Não se usa mais a pauta para a assinatura do remetente.

OBSERVAÇÕES

Carta-Circular

Quando a carta tiver que ser endereçada multidirecionalmente, usar-se-á a CARTA-

Page 16: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

16

CIRCULAR.

Carta em Tópicos

Quando existem diversos assuntos a serem abordados na carta, usa-se a CARTA EM

TÓPICOS (cada assunto constitui um tópico). Propostas de redação

Elabore duas cartas comerciais, usando os seguintes dados:

1. Ferreira & Cia. Ltda. solicita a Irmãos Pires Ltda. o envio, com a máxima urgência, de

mercadorias, conforme relação anexa. Agradece atendimento.

2. Silveira & Cia. comunica a Francisco Camargo a inauguração de uma nova agência.

Convida-o para a inauguração e coquetel. Agradece a presença.

1. Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre uso de termos estrangeiros no

Brasil] para que palavras como "shopping center", "delivery" e "drive-through" sejam

proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra

o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo

idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a

preservação da soberania nacional, a saber:

Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer "Tu vai" em espaços públicos do

território nacional;

- Nenhum cidadão paulista poderá dizer "Eu lhe amo" e retirar ou acrescentar o plural

em sentenças como "Me vê um chopps e dois pastel";

- Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra "borraxaria" e

nenhum dono de banca de jornal anunciará "Vende-se cigarros";

Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais

como "casar-me-ei" ou "ver-se-ão".

(PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. "O Estado de S. Paulo", São Paulo,

8/04/2001.)

No texto acima, o autor

a) revela-se preconceituoso em relação a certos registros lingüísticos ao propor medidas

que os controlem.

b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e

socioculturais da língua.

c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e

nominal pelo falante brasileiro.

d) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve

ser protegida contra deturpações de uso.

e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar

corretamente os pronomes.

2. Brasil

O Zé Pereira chegou de caravela

E preguntou pro guarani da mata virgem

- Sois cristão?

- Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte

Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!

Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!

O negro zonzo saído da fornalha

Tomou a palavra e respondeu

- Sim pela graça de Deus

Page 17: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

17

Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!

E fizeram o Carnaval

(Oswald de Andrade)

Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como

uma junção de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar

que a visão apresentada pelo texto é

a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto

parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.

b) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo

positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas.

c) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil

como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.

d) negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando

em anarquia e falta de seriedade.

e) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras - portugueses, negros e índios -

pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.

3- Dos recursos lingüísticos presentes nos quadrinhos, o que contribui de modo mais

decisivo para o efeito de humor é a:

a) pergunta que está subentendida no primeiro quadrinho.

b) primeira fala do primeiro quadrinho.

c) falta de sentido do diálogo entre candidato e cabo eleitoral.

d) utilização de “Fulano”, “Beltrano” e “Sicrano” como nomes próprios.

e) ambigüidade que ocorre no uso da expressão “pelas costas”.

4) Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das

avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que

estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista,

que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o

ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que

era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem

para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.

5) No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos

beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os jogue no

chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e incomodando, seja

discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as luzes a fim de inibir o

transgressor.

Page 18: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

18

CAPITULO 7: CONCORDÂNCIA VERBAL I sujeito simples:

A) regra geral:

Nós nunca discordamos de você.

Sumia na estrada poeirenta a última boiada da fazenda.

B) verbo + pronome se:

Divulgaram-se os planos.

Os planos foram divulgados.

Não se confiava nos planos.

Precisa-se de motoristas experientes.

C) a maior parte de, grande número de, uma porção de, + nome no plural:

A maioria dos pássaros fugiu/fugiram do viveiro.

D) mais de, menos de, cerca de, perto de, + numeral:

Mais de um interessado enviou currículo à empresa.

Mais de cem interessados enviaram currículos.

Perto de vinte alunos faltaram à prova.

Mais de um vereador se acusaram mutuamente.

E) pronomes de tratamento

Vossa excelência enganou seus eleitores.

Vossa excelência enganastes seus eleitores.

F) pronomes relativos que e quem:

foram os professores que pediram as explicações.

Fui eu que pedi as explicações.

Foram os funcionários quem reivindicou o aumento.

Foram os funcionários quem reivindicaram o aumento.

G) nome próprio que só tem plural:

Os Estados Unidos não aceitaram o acordo comercial.

O Amazonas impressiona pelo seu grande volume de água.

Canoas localiza-se no rio grande do sul.

III. concordância do verbo com o sujeito composto:

a) Sujeito composto posicionado antes do verbo:

O carro e o ônibus caíram no rio.

Dias quentes e temporais repentinos caracterizam o verão.

A paz e a tranqüilidade reinava/reinavam naquele lugar.

A angústia, a inquietação, o desespero o dominou/ dominaram.

A ameaça, o terror, a agressão, nada o deteria.

(tudo, nada, ninguém ou alguém)

b) Sujeito composto posicionado depois do verbo:

Caiu/ caíram no rio o carro e o ônibus.

c) Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes:

Você, seu amigo e eu nunca aceitaríamos esse acordo.

Tu e teu amigo ficareis/ficarão aqui até domingo?

d) Núcleos do sujeito ligados por ou:

Marcos ou Cláudio se casará com Simone. (exclusão)

A beleza ou a verdade sempre o emocionam.

Um ou outro erro seria corrigido.

IV. CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER:

a) Sujeito e predicativo são nomes de coisas:

Page 19: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

19

Nossas vidas eram/era uma verdadeira festa.

b) Quando o sujeito e o predicativo designam pessoas:

(a concordância é feita obrigatoriamente com a palavra que designa pessoa)

Os amigos de infância eram sua grande alegria.

O problema da empresa são os funcionários desmotivados.

c) Verbo ser indicando horas distâncias e datas:

Agora são seis horas da tarde.

Quando ele chegou, já era uma e vinte.

Daqui à cidade são quinze quilômetros.

Hoje é dia 19 de setembro.

Hoje é 19 de setembro.

Hoje são 19 de setembro.

d) Expressões é muito, é pouco, é demais

Dois mil reais foi pouco para pagar a dívida.

Vinte toneladas é muito peso para esse caminhão.

Seis metros de tecido seria demais para fazer o vestido?

V. concordância dos verbos impessoais:

a) Verbo haver:

Antigamente havia poucos carros nas ruas.

Aqui nunca houve nem haverá brigas.

Na reunião devia/ podia/ vai haver umas vinte pessoas.

Antigamente existiam poucas escolas particulares.

Antigamente deviam existir poucas escolas particulares.

Se te maltratarem, eles se haverão comigo.

Os acusados houveram o perdão do juiz.

b) Verbo fazer:

Já faz muitos anos eu não se fabrica essa peça.

Amanhã fará dez anos que me casei.

Domingo vai fazer três semanas que chegamos.

CONCORDÂNCIA COM SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:

QUANDO UM ÚNICO ADJETIVO ESTIVER SE REFERINDO A MAIS DE UM

SUBSTANTIVO, A CONCORDÂNCIA SERÁ FEITA DA SEGUINTE FORMA:

a) SE O ADJETIVO VIER ANTEPOSTO AOS SUBSTANTIVOS A QUE SE REFERE,

DEVERÁ CONCORDAR COM O SUBSTANTIVO MAIS PRÓXIMO:

ESCOLHESTE PÉSSIMA HORA E LUGAR PARA FALAR.

ESCOLHESTE PÉSSIMO LUGAR E HORA PARA FALAR.

ESTAVAM APREENSIVOS A TORCIDA E OS JOGADORES.

b) SE O ADJETIVO VIER POSPOSTO AOS SUBSTANTIVOS A QUE SE REFERE, A

CONCORDÂNCIA PODERÁ SER FEITA OU COM O SUBSTANTIVO MAIS

PRÓXIMO, OU NO PLURAL COM AMBOS OS SUBSTANTIVOS.

ESCOLHEU A HORA E O MOMENTO ADEQUADO.

ESCOLHEU A HORA E O MOMENTO ADEQUADOS.

AGUARDAVA OCASIÃO E MOMENTO OPORTUNOS.

14- No grupo, .... os trabalhos.

a) Sou eu que coordena

Page 20: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

20

b) É eu que coordena

c) É eu quem coordena

d) É eu quem coordeno

e) Sou eu que coordeno.

15- Assinale a alternativa que completa as frases:

I – Grande parte dos alunos ...... hoje.

II – Não serão vocês quem ......o problema.

III – Os Estado Unidos...... da reunião.

a) Faltou – resolverão – participará

b) Faltaram – resolverá – participará

c) Faltaram – resolverá – participarão

d) Faltou – resolverá – participarão

e) Alternativas C e D são corretas.

16. "A Polícia Federal investiga os suspeitos de terem ajudado na fuga para o Paraguai e a

Argentina. A polícia desses países não puderam prendê-los porque o governo brasileiro não fez

o pedido formal de captura."

(Adaptado de "O Estado de São Paulo", 22/08/93)

a) No segundo período, há uma infração às normas de concordância. Reescreva-o de

maneira correta.

b) Indique a causa provável dessa infração.

17. Reescreva o texto a seguir de acordo com o padrão culto da língua:

“Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá

presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar

totalmente”.

18. FELIZ ANIVERSÁRIO

A família foi pouco a pouco chegando. Os que vieram de Olaria estavam muito

bem vestidos porque a visita significava ao mesmo tempo um passeio a Copacabana. A

nora de Olaria apareceu de azul-marinho, com enfeites de paetês e um drapejado

disfarçando a barriga sem cinta. O marido não veio por razões óbvias: não queria ver os

irmãos. Mas mandara sua mulher para que nem todos os laços fossem cortados - e esta

vinha com o seu melhor vestido para mostrar que não precisava de nenhum deles,

acompanhada dos três filhos: duas meninas já de peito nascendo, infantilizadas com

babados cor-de-rosa e anáguas engomadas, e o menino acovardado pelo terno novo e

pela gravata.

Tendo Zilda - a filha com quem a aniversariante morava - disposto cadeiras

unidas ao longo das paredes, como numa festa em que se vai dançar, a nora de Olaria,

depois de cumprimentar com cara fechada aos de casa, aboletou-se numa das cadeiras e

emudeceu, a boca em bico, mantendo sua posição ultrajada. "Vim para não deixar de

vir", dissera ela a Zilda, e em seguida sentara-se ofendida. As duas mocinhas de cor-de-

rosa e o menino, amarelos e de cabelo penteado, não sabiam bem que atitude tomar e

ficaram de pé ao lado da mãe, impressionados com seu vestido azul-marinho e com os

paetês.

Depois veio a nora de Ipanema com dois netos e a babá. O marido viria depois.

E como Zilda - a única mulher entre os seis irmãos homens e a única que, estava

decidido já havia anos, tinha espaço e tempo para alojar a aniversariante -, e como Zilda

estava na cozinha a ultimar com a empregada os croquetes e sanduíches, ficaram: a nora

de Olaria empertigada com seus filhos de coração inquieto ao lado; a nora de Ipanema

na fila oposta das cadeiras fingindo ocupar-se com o bebê para não encarar a

concunhada de Olaria; a babá ociosa e uniformizada, com a boca aberta.

E à cabeceira da mesa grande a aniversariante que fazia hoje oitenta e nove anos. LISPECTOR, Clarice. "Laços de família". Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, pp. 59-60.

Page 21: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

21

(I) E à cabeceira da mesa grande a aniversariante que fazia hoje oitenta e nove anos.

(II) Fazia um ano que o filho de Olaria não aparecia nas festas familiares.

Embora o verbo FAZER tenha sido flexionado na 3ª pessoa do singular nos dois

períodos acima, a concordância se deu em cada um dos casos por razões distintas.

Identifique-as.

19. Considere estas duas frases:

1. O comércio entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai quadruplicaram nos

últimos anos – e faz negócios melhores quem se comunica melhor.

Revista Veja, 9/9/1998

2. O péssimo estado de conservação de muitas rodovias brasileiras causam

prejuízos de milhões de reais ao país.

Frase noticiário de TV.

Ambas apresentam o mesmo problema de uso da norma culta.

a) Aponte-os nas duas frases.

b) Reescreva as passagens incorretas, adequando-as à norma culta.

c) Faça uma hipótese para explicar, em cada frase, o que poderia ter levado o

redator a cometer o erro.

20. Nas frases a seguir, a concordância verbal está de acordo com a norma culta.

Leia-as, observando o verbo em destaque.

a) O silencio, a paz, ea quietude do lugar acalmava-lhe o espírito.

b) O abandono, a pobreza, a miséria absoluta continua matando milhares

de crianças brasileiras.

c) Não obteve asilo político nos países vizinhos o ex-ditador e seus

colaboradores.

d) O respeito dos vizinhos, o bem-estar material, a presença dos amigos,

nada o prendia àquele lugar.

1) Em todas essas frases, o sujeito é composto; o verbo no entanto, está no

singular. Explique em cada caso, por que a concordância verbal está

correta.

Page 22: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

22

2) Somente uma das frases ficaria incorreta se o verbo fosse empregado no

plural. Identifique-a e justifique sua resposta.

CAPÍTULO 8: INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Jorge Vercilo

“Fênix”

Composição: Flávio Venturini /

Jorge Vercilo

Eu! Prisioneiro meu, Descobri no

brêu

Uma constelação...

Céus! Conheci os céus pelos olhos

seus

Véu de contemplação...

Deus! Condenado eu fui a forjar o

amor no aço do rancor E a transpor

as leis mesquinhas dos mortais...

Vou! Entre a redenção e o esplendor

de por você viver...

Sim! quis sair de mim e esquecer

quem sou e respirar por ti e assim

transpor as leis mesquinhas dos

mortais...

Agoniza virgem Fênix o amor entre

cinzas, arco- íris, esplendor por

viver às juras de satisfazer o ego

mortal...

Coisa pequenina Centelha divina

Renasceu das cinzas Onde foi ruína

Pássaro ferido Hoje é paraíso...

Luz da minha vida Pedra de

alquimia Tudo o que eu queria

Renascer das cinzas...

E eu! Quando o frio vem Nos

aquecer o coração Quando a noite

faz nascer A luz da escuridão E a

dor revela a mais Esplêndida

emoção... O amor!

Jota Quest

“O Vento”

Voe por todo mar, e volte aqui...

Voe por todo mar, e volte aqui...

Pro meu peito.

Se você foi, vou te esperar

Com pensamento que só fica em

você

Aquele dia, um algo mais

Algo que eu não poderia prever.

Você passou perto de mim

Sem que eu pudesse entender

Levou os meus sentidos todos pra

você

Mudou a minha vida e mais

Pedi ao vento pra trazer você aqui

Morando nos meus sonhos e na

minha memória

Pedi ao vento pra trazer você pra

mim

Vento traz você de novo

Vento faz do meu mundo novo

E voe por todo o mar e volte aqui...

E voe por todo mar, e volte aqui...

Pro meu peito.....

Banda Fatale

“Lembranças”

No silêncio das cinco ele acorda e

tudo parece já tão distante,

A tristeza de ter que deixar tudo

aquilo que viveu pra trás,

Lembranças...

Com o sonho na estrada, o corpo

cansado o tempo parece parar,

E uma névoa seguindo seus passos,

faz parecer sempre o mesmo lugar,

Vai meu irmão! Não deixe o destino

pra trás!

Não vá... Dizer que seu sonho

termine aqui,

O tempo vai te mostrar, um novo

caminho pra te guiar.

Seja lá quem escreva os caminhos,

deixa o final pra que você o faça.

Não se prenda ao presente viva o

futuro e não olhe pra trás.

Lembranças...

Não vá... Dizer que seu sonho

termine aqui,

O tempo vai te mostrar, um novo

caminho pra te guiar.

Vai! Buscar um pouco mais!

Do que a vida trás!

Esperar é a fraqueza de todos

mortais!

Que deixam de viver por não

acreditar....!

Uooou...Dai!! Ao sol um novo lar!

Ao céu um novo mar! À vida a

alegria de não se entregar!

Que um dia você vai, sem medo

acordar...

Em um mundo onde a estrela é

você!

Page 23: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

23

Chico Buarque

“História De Uma Gata”

Me alimentaram

Me acariciaram

Me aliciaram

Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento

Detefon, almofada e trato

Todo dia filé-mignon

Ou mesmo um bom filé... de gato

Me diziam em casa, não tome vento

Mas é duro ficar na sua

Quando à luz da lua

Tantos gatos pela rua

Toda a noite vão cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres

Porém, já nascemos livres

Senhor, senhora ou senhorio

Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa

Fui barrada na portaria

Sem filé e sem almofada

Por causa da cantoria

Mas agora o meu dia-a-dia

É no meio da gataria

Pela rua virando lata

Eu sou mais eu, mais gata

Numa louca serenata

Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres

Porém, já nascemos livres

Senhor, senhora ou senhorio

Felino, não reconhecerás

Victor e Léo

“Vida boa”

Moro num lugar

Numa casinha inocente do sertão

De fogo baixo aceso no fogão,fogão

à lenha ai ai

Tenho tudo aqui

Umas vaquinha leiteira,um burro

bão

Uma baixada ribeira,um violão e

umas galinha ai ai

Tenho no quintal uns pé de fruta e

de flor

E no meu peito por amor,plantei

alguém(plantei alguém)

Refrão

Que vida boa ô ô ô

Que vida boa

Sapo caiu na lagoa,sou eu no

caminho do meu sertão

Vez e outra vou

Na venda do vilarejo pra comprar

Sal grosso,cravo e outras coisa que

fartá,marvada pinga ai ai

Pego o meu burrão

Faço na estrada a poeira levantar

Qualquer tristeza que for não vai

passar do mata-burro ai ai

Galopando vou

Depois da curva tem alguém

Que chamo sempre de meu bem,a

me esperar(a me esperar)

Novo Tom

“Como duvidar?”

" As ondas do mar quebrando em

uma praia,

o veludo azul do céu bordado de

estrelas,

cores diluídas em uma floresta,

cachoeira soando como grande

orquestra .

As lágrimas do orvalho desenhadas

em uma rosa,

a lua iluminando uma estrada de

terra,

o gosto açucarado de um favo de

mel,

o amanhecer pintado em tom pastel.

Como duvidar de um Deus tão

poderoso de um ser tão detalhista

que pintou o mundo com suas mãos?

Como duvidar de um ser que me faz

respirar?

Comanda os planetas e se importa

com as palavras que eu falar.

como duvidar?

A grandiosidade de uma montanha.

O trabalho árduo em um

formigueiro,

um arco-íris rasgando o céu

cinzento,

dunas esculpidas pelo sopro do

vento,

o sol se escondendo no horizonte

distante,

a poesia existente em um

nascimento,

a brisa balançando uma rede na

varanda,

o som de crianças brincando de

ciranda.

Como duvidar de um Deus tão

poderoso de um ser tão detalhista

que pintou o mundo com suas mãos?

Como duvidar de um ser que me faz

respirar?

Comanda os planetas e se importa

com as palavras que eu falar.

Como duvidar?”

INSTRUÇÃO: As questões de números 2 e 3 se baseiam no soneto Solar Encantado, do poeta

parnasiano Vitor Silva (1865-1922), num fragmento de uma reportagem da revista Casa Cláudia

(abril/1999) e na letra do samba Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa (1910-1982).

Solar Encantado

Encerrado no horror de uma lenda sombria

Ouve-se à noite, em torno, um clamor lamentoso,

Piam aves de agouro, estruge a ventania,

E brilhando no chão por sobre a selva fria.

Dentro um luxo funéreo. O silêncio por tudo...

Apenas, alta noite, uma sombra de leve

Agita-se tremer nas trevas de veludo...

Ouve-se, acaso, então, vaguíssimo suspiro.

E na sala, espalhando um clarão cor de neve,

Resvala como um sopro o vulto de um vampiro. SILVA, Vítor. In: Ramos, P.E. da Silva. Poesia parnasiana –

antologia . São Paulo: Melhoramentos,1967, p,245

Page 24: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

24

A Alma do Apartamento Mora na Varanda

No terraço de 128m2 , a família torna sol, recebe amigos para festas e curte a vista dos Jardins, em São

Paulo. Os espaços generosos deste apartamento dos anos 50 recebem luz e brisa constantes graças às

grandes janelas.

Os aromas desse apartamento de 445m2 denunciam que ele vive os primeiros dias: o ar recende a pintura

fresca. Basta apurar o olfato para também descobrir a predileção do dono da casa por charutos, lírios e

velas, espalhados pelos ambientes sociais. Sobre o fundo branco do piso e dos sofás, surgem os toques de

cores vivas nas paredes e nos objetos. “Percebi que a personalidade do meu cliente é forte. Não tinha nada

a ver usar tons suaves”, diz Nessa César, a profissional escolhida para fazer a decoração.

Quando o dia está bonito, sair para a varanda é expor-se a um banho de sol, pois o piso claro reflete a luz.

O espaço resgata um pedaço do Mediterrâneo, com móveis brancos e paredes azuis. “Parece a Grécia”,

diz a filha do proprietário. Ele, um publicitário carioca que adora sol e festa, acredita que a alma do

apartamento está ali. MEDEIROS, Edson G. & PATRÍCIO, Patrícia. A alma do

apartamento mora na varanda. In: Casa Cláudia, São Paulo, Editora

Abril, n 4, ano 23. abril/99, p.69-70.

Saudosa Maloca

Se o sinhô não tá çembrado

dá licença de contá

que aqui onde agora está

esse edifício arto

era uma casa véia

um palacete assobradado.

Foi ali, “seu” moço

que eu, Mato Grosso e o Joca

construímos nossa maloca

Mas um dia

__ nóis nem pode se alembrá__,

veio os homens c'as ferramentas,

que o dono mando derrubá.

Peguemos todas nossas coisas

e fumos pro meio da rua

apreciá a demolição

que tristeza que nós sentia

cada tauba que caía

doía no coração

Mato Grosso quis brigá

mais em cima eu falei:

Os homens tá c'o a razão,

Nóis arranja outro lugá

Só se conformemos quando o Joca falô:

“Deus dá o frio conforme o cobertô”.

E hoje nóis pega paia na grama dos jardim

e prá esquecer nóis cantemo assim:

Saudosa maloca, maloca querida, dim, dim

donde nóis passemos dias feliz de nossa vida. BARBOSA , Adoniran. In: Demônios da Garoa – Trem das 11.

CD 903179209-2. Continental – Warner Music Brasil, 1995.

22. Os três textos apresentados focalizam o tema casa ou habitação, mas o fazem sob

diferentes perspectivas econômicas, sociais, temporais e afetivas. Releia-os com atenção

e a seguir,

a) Indique a palavra que, em cada texto, melhor caracteriza o tipo de habitação focalizada;

b) Tomando por base a resposta anterior e os elementos contextuais, relacione o tipo de

habitação à classe social a que pertencem ou pertenciam os respectivos moradores.

23. A letra de Saudosa Maloca pode ser considerada como realização de uma “linguagem

artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição e elementos do uso popular ao uso

culto. Uma destas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em

lugar de “nos”, diferentemente do que prescreve a norma culta (o poeta emprega se

Page 25: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

25

conformemos em vez de nos conformamos; se alembrá em vez de nos lembrar). Considerando

este comentário,

a) descreva e exemplifique o que ocorre, na linguagem artística do compositor, com o _r final e

com o -lh medial das palavras, em relação ao uso oral culto;

b) estabeleça as diferenças que apresentam, em relação ao uso culto, as seguintes formas verbais

da primeira pessoa do plural do presente do indicativo empregadas pelo compositor:

“pode”(verso11), “arranja”(verso23) e “pega”(verso26).

24. Você habitualmente usa e reconhece vários níveis de linguagem, associados a diferentes

falantes, estilos e contextos. Você sabe também que às vezes o falante utiliza um estilo que não

é seu, para produzir efeitos específicos, que é o que faz o maestro Júlio Medaglia na carta

abaixo:

Massa!

“Pô, Erundina, massa! Agora que o maneiro Cazuza virou nome num pedaço aqui na Sampa,

quem sabe tu te anima e acha aí um point pra botá o nome de Magdalena Tagliaferro, Cláudio

Santoro, Jaques Klein, Edoardo de Guarnieri, Guiomar Novaes, João de Souza Lima, Armando

Belardi e Radamés Gnatalli. Esses caras não foi cruner de banda a la 'Trogloditas do Sucesso',

mas se a tua moçada não manjar quem eles foi, dá um look aí na enciclopédia Britânica ou no

Groves Internacional e tu vai sacá que o astral do século 20 musical deve muito a eles.”

Júlio Medaglia, di-jei do Teatro Municipal do Rio de Janeiro

(São Paulo,SP) (Painel do leitor, Folha de S. Paulo,04/10/90)

a) Que grupo social pode ser identificado por este estilo? Transcreva as marcas lingüísticas

características desse grupo presentes no texto.

b) Em que campo da cultura deram contribuição importante os nomes mencionados na carta e

que passagem(ens) do texto permite(m) afirmar isso?

c) O texto contém uma crítica implícita. Qual é e a que é dirigida?

25. A coluna "Painel" do jornal "Folha de S. Paulo" publicou a seguinte nota:

LITERALMENTE

Desde a divulgação da pesquisa Data-Folha mostrando que 79% não sabem que

Fernando Henrique é o novo ministro da Fazenda, seus adversários no Congresso

criaram um novo apelido para ele: "Ilustre desconhecido."

("Folha de S. Paulo", 31.05.93 )

a) Quais os sentidos da expressão "Ilustre desconhecido" quando usada habitualmente

em relação a alguém, e como apelido de Fernando Henrique Cardoso?

b) Uma dessas duas interpretações de "Ilustre desconhecido", resulta num paradoxo*.

Diga qual é essa interpretação e justifique.

c) O título "Literalmente" é adequado à nota? Por quê?

(*paradoxo = contra-senso, contradição )

26. Para responder às questões a seguir, leia o trecho extraído de "Gabriela, cravo e

canela", obra de Jorge Amado.

Page 26: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

26

O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, entrou no bar, soltou um bafo

pesado de álcool na cara de Nacib e apontou com o dedo as garrafas de "Cana de

Ilhéus". Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível. Já cumprira Nacib,

na véspera, seu dever de cidadão, servira cachaça de graça aos marinheiros. Passou o

dedo indicador no polegar, a perguntar pelo dinheiro. Vasculhou os bolsos o loiro

sueco, nem sinal de dinheiro. Mas descobriu um broche engraçado, uma sereia dourada.

No balcão colocou a nórdica mãe-d'água, Yemanjá de Estocolmo. Os olhos do árabe

fitavam Gabriela a dobrar a esquina por detrás da Igreja. Mirou a sereia, seu rabo de

peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no mundo não havia, com

aquele calor, aquela ternura, aqueles suspiros, aquele langor. Quanto mais dormia com

ela, mais tinha vontade. Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e

canela. Nunca mais lhe dera um presente, uma tolice de feira. Tomou da garrafa de

cachaça, encheu um copo grosso de vidro, o marinheiro suspendeu o braço, saudou em

sueco, emborcou em dois tragos, cuspiu. Nacib guardou no bolso a sereia dourada,

sorrindo. Gabriela riria contente, diria a gemer: "precisava não, moço bonito ..." E aqui

termina a história de Nacib e Gabriela, quando renasce a chama do amor de uma brasa

dormida nas cinzas do peito.

No texto, o autor relaciona a cultura nacional à estrangeira, buscando, por meio da

comparação, estabelecer equivalências entre elas. O trecho do texto que indica esse tipo

de comparação é

a) Passou o dedo indicador no polegar ...

b) ... servira cachaça de graça aos marinheiros.

c) No balcão colocou a nórdica mãe-d'água ...

d) ... e apontou com o dedo as garrafas de "Cana de Ilhéus".

e) Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível.

27- A oração "Vasculhou os bolsos o loiro sueco", com a substituição do complemento

verbal por um pronome oblíquo, equivale a

a) Vasculhou-o os bolsos.

b) Vasculhou-se o loiro sueco.

c) Vasculhou-lhe os bolsos.

d) Vasculhou-lhes o loiro sueco.

e) Vasculhou-os o loiro sueco.

28- Na fala da mulher, substituindo "é mais barato" por "é preferível" e adequando a

frase à norma culta, obtém-se:

a) É preferível comprar sapato toda semana a abastecer o carro.

b) É preferível comprar sapato toda semana do que abastecer o carro.

c) É preferível comprar sapato toda semana que abastecer o carro.

d) É preferível comprar sapato toda semana de que abastecer o carro.

e) É preferível comprar sapato toda semana ante a abastecer o carro.

Page 27: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

27

29- As informações da charge, presentes nas falas de ambas as personagens, permitem

afirmar que

a) o marido mora longe do trabalho.

b) os sapatos são muito caros.

c) o marido não sabe economizar sapato.

d) o preço do combustível está muito alto.

e) a família tem muita despesa com sapatos.

Não permita Deus que eu morra

Sem que ainda vote em você;

Sem que, Rosa amigo, toda

Quinta-feira que Deus dê,

Tome chá na Academia

Ao lado de vosmecê,

Rosa dos seus e dos outros,

Rosa da gente e do mundo,

Rosa de intensa poesia

De fino olor sem segundo;

Rosa do Rio e da Rua,

Rosa do sertão profundo

(Manuel Bandeira, "Estrela da Vida Inteira".)

30- Observe os versos: "Tome chá na Academia / Ao lado de vosmecê,"

a) De que Academia se trata?

b) "Vosmecê" é uma variante de que pronome? Dê alguma outra variante desse mesmo

pronome, de uso comum na língua falada do Brasil.

AUTO-ESTIMA "Fiz a cirurgia com 16 anos. Não fiz pelas outras pessoas, fiz para me

olhar no espelho e me sentir bem (...) Eu sinto como se o meu corpo tivesse absorvido o

silicone, como se o peito fosse meu mesmo. E é: meu pai pagou e ele é meu." C. S., 17,

sobre cirurgia plástica que fez nos seios, ontem na Folha.

("Folha de S. Paulo", 03.08.2004.)

31- Refletindo sobre o emprego dos pronomes possessivos em português, responda:

a) Como, no texto, pode ser definido o sentido de posse presente na expressão "como se

o peito fosse meu mesmo"?

b) E como pode ser definido o sentido de posse na expressão "E é: meu pai pagou e ele

é meu"?

Page 28: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

28

32. Observe o pronome de tratamento usado por Mafalda para dirigir-se a Manolito. Imagine o diálogo que antecedeu

àquele registrado nos quadrinhos e analise os possíveis enunciados da professora se empregasse, de acordo com a

norma culta, o mesmo pronome de tratamento que Mafalda usa para falar com Manolito.

I. Manolito, vais indo bem em Matemática.

II. Fico espantada com a tua rapidez para fazer contas.

III. Eu lhe dou os parabéns pelo seu desempenho em Matemática.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas I e II.

e) apenas II e III.

33. Tendo em vista a charge de Fausto, considere as seguintes afirmativas:

1. O efeito de humor é obtido, dentre outras coisas, pela recuperação do sentido literal da frase do último quadrinho.

2. A expressão "trem-bala" constitui uma metáfora: veloz como uma bala. Fausto associa, à já metaforizada

expressão, um novo sentido.

3. O mico retratado no último quadrinho simboliza a vergonha do povo brasileiro diante dos infortúnios.

4. O desenho do Congresso Nacional no último quadro permite associar as figuras humanas retratadas nesse quadro

com os políticos brasileiros, que se revoltam com os escândalos divulgados nos últimos meses.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.

e) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.

CAPÍTULO 9: REQUERIMENTO

É um documento no qual o interessado, depois de se identificar e se qualificar, faz sua

solicitação à autoridade competente. Só é usado ao se dirigir ao serviço público.

Possui características próprias, como: após o vocativo, deixam-se aproximadamente dez

linhas ou espaços e o corpo, espaço destinado ao despacho da autoridade competente,

finalizando com pedido de deferimento à solicitação, data, após exposição." (Cleuza G.

Gimenes Cesca, in Comunicacão Dirigida na Empresa.)

Há teóricos, como Teobaldo de Andrade, que defendem a dispensa do pedido de

deferimento, argumentam que ninguém faz uma solicitação para pedir indeferimento: "Nestes

termos, pede deferimento" ou "N. termos, p. deferimento" ou "N.T./P.D./ ou "N.T./A.D."

Page 29: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

29

O requerimento é um instrumento do cidadão, nele se faz a solicitação de um direito que a

pessoa, grupo de pessoas ou empresa considera tê-lo. Não há necessidade de ser datilografado,

pode ser manuscrito.

O famoso abaixo-assinado, muito usado pelo povo e por organismos populares, é um

requerimento de caráter coletivo. Como nele vão muitas assinaturas, o espaçamento entre as

partes do requerimento pode ser menor. Mas, cuidado! Não assine nada em branco, exija que o

texto do abaixo assinado esteja expresso na folha em que você for colocar sua assinatura.

Antigamente ele era feito em papel almaço (com ou sem pauta), sua redação era uma

iniciativa do requerente, por isso o cidadão semiletrado pagava uma taxa a um escritório para

redigi-lo. Hoje, com o programa de desburocratização, as repartições fornecem modelos e até

formulários a serem preenchidos.

Modelo 1:

Exmo. Sr. Secretário de Esportes da Prefeitura Municipal de Campinas.

(10 espaços)

Indústria ABC, localizada na rua Acácia nº 500, Bairro São João, nesta cidade, inscrita no

C.G.C. 48.784.943/0001-08 e Inscrição Estadual nº 244.152.262, vem requerer a V.Exa. a

cessão do Centro Esportivo do Jardim Santo Antônio para a realização do 1º Campeonato

Esportivo Interno de seus funcionários, nos dias 16 e 17 de março próximo, das 8 às 18 horas,

em virtude de não possuir espaço físico adequado.

(3 espaços)

Nestes termos,

pede deferimento.*

(3 espaços)

Campinas, 13 de fevereiro de 2000.

(3 espaços)

Assinatura

* "Nestes termos, pede deferimento" pode ser eliminado.

Modelo 2

Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Araçatuba

(10 espaços)

Nós, abaixo-assinados, moradores do Conjunto Habitacional Hilda Mandarino, vimos

requerer de V.Exa. o asfaltamento das ruas do conjunto habitacional com urgência, pois em dias

secos a poeira invade as casas, prejudicando a saúde das pessoas, e em dias chuvosos, suas vias

públicas ficam intransitáveis, até para os ônibus da TUA.

(2 espaços)

Nestes termos,

pedimos deferimento.*

Page 30: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

30

Araçatuba, 7 de março de 2000

(2 espaços)

Assinatura:

Endereço:

Assinatura:

Endereço:

(sucessivamente)

* "Nestes termos, pedimos deferimento" pode ser eliminado.

Proposta de redação

Faça um requerimento dirigido ao prefeito de sua cidade solicitando revisão em seu carnê de

IPTU, pois você não concorda com os critérios estabelecidos.

CAPÍTULO 10: REFORMA ORTOGRÁFICA.

GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA

Saiba o que mudou na ortografia brasileira

O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações

introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico

da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990,

por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-

Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o

Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de

1995.

Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua

escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina

todas as diferenças ortográfi cas observadas nos países que têm a língua

portuguesa como idioma ofi cial, mas é um passo em direção à

pretendida unificação ortográfica desses países.

Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos,

elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente

sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica

para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as

mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com

questões teóricas.

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.

O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I

J K L M N O P Q R

S T U V W X Y Z

Page 31: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

31

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria

dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por

exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg

(quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show,

playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser,

Kafka, kafkiano.

Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar

que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica

Agüentar

Argüir

Bilíngüe

Cinqüenta

Delinqüente

Aguentar

Arguir

Bilíngue

Cinquenta

Delinquente

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas

derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras

paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica

alcalóide

alcatéia

andróide

apóia (verbo apoiar)

apóio (verbo apoiar)

asteróide

bóia

celulóide

colméia

Coréia

epopéia

estréia

estréio (verbo estrear)

geléia

heróico

idéia

jibóia

jóia

odisseia

paranóia

Alcaloide

Alcateia

Androide

Apoia

Apoio

Asteroide

Boia

Celuloide

Colmeia

Coreia

Epopeia

Page 32: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

32

Estreia

Estreio

Geleia

Heroico

Ideia

Jiboia

Joia

Odisseia

Paranoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim,

continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu,

éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos

quando vierem depois de um ditongo.

Como era Como fi ca

feiúra feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final

(ou seguidos de s), o acento permanece.

Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica

abençôo

crêem (verbo crer)

dêem (verbo dar)

dôo (verbo doar)

enjôo

lêem (verbo ler)

magôo (verbo magoar)

perdôo (verbo perdoar)

povôo (verbo povoar)

vêem (verbo ver)

vôos

zôo

Abençoo

Creem

Deem

Doo

Enjoo

Leem

Magoo

Perdoo

Povoo

Veem

Voos

Page 33: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

33

Zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/

pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fica

Ele pára o carro.

Ele foi ao pólo Norte.

Ele gosta de jogar pólo.

Esse gato tem pêlos brancos.

Comi uma pêra.

Ele para o carro.

Ele foi ao polo Norte.

Ele gosta de jogar polo.

Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pera.

.

Atenção:

• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do

passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª

pessoa do singular.

Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é

preposição.

Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos

verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter,

conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:

Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.

Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.

Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras

forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.

Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis,

(ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e

redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar

e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar,

delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas

do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do

imperativo.

Page 34: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

34

Veja:

a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser

acentuadas. Exemplos:

• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue,

enxágues, enxáguem.

• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua,

delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser

acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser

pronunciada mais fortemente que as outras):

• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague,

enxagues, enxaguem.

• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua,

delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a

e i tônicos.

Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas,

como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para

facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras

que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como

as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras

formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefi

xos, como:

aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,

entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini,

multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub,

super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefi xos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos:

anti-higiênico

anti-histórico

co-herdeiro

macro-história

mini-hotel

proto-história

sobre-humano

super-homem

ultra-humano

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da

vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:

aeroespacial

agroindustrial

anteontem

antiaéreo

antieducativo

Page 35: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

35

autoaprendizagem

autoescola

autoestrada

autoinstrução

coautor

coedição

extraescolar

infraestrutura

plurianual

semiaberto

semianalfabeto

semiesférico

semiopaco

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,

mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar,

cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo

elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:

anteprojeto

antipedagógico

autopeça

autoproteção

coprodução

geopolítica

microcomputador

pseudoprofessor

semicírculo

semideus

seminovo

ultramoderno

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei,

vice-almirante etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo

elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.

Exemplos:

antirrábico

antirracismo

antirreligioso

antirrugas

antissocial

biorritmo

contrarregra

contrassenso

cosseno

infrassom

microssistema

minissaia

multissecular

Page 36: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

36

neorrealismo

neossimbolista

semirreta

ultrarresistente.

ultrassom

5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo

elemento começar pela mesma vogal.

Exemplos:

anti-ibérico

anti-imperialista

anti-infl acionário

anti-infl amatório

auto-observação

contra-almirante

contra-atacar

contra-ataque

micro-ondas

micro-ônibus

semi-internato

semi-interno

6. Quando o prefi xo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo

elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:

hiper-requintado

inter-racial

inter-regional

sub-bibliotecário

super-racista

super-reacionário

super-resistente

super-romântico

Atenção:

• Nos demais casos não se usa o hífen.

Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante,

superproteção.

• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada

por r: sub-região, sub-raça etc.

• Com os prefixos circum e pan, usase o hífen diante de palavra iniciada

por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o

segundo elemento começar por vogal. Exemplos:

hiperacidez

hiperativo

interescolar

interestadual

interestelar

interestudantil

superamigo

superaquecimento

Page 37: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

37

supereconômico

superexigente

superinteressante

superotimismo

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se

sempre o hífen. Exemplos:

além-mar

além-túmulo

aquém-mar

ex-aluno

ex-diretor

ex-hospedeiro

ex-prefeito

ex-presidente

pós-graduação

pré-história

pré-vestibular

pró-europeu

recém-casado

recém-nascido

sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu,

guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que

ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos,

mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-

São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de

composição. Exemplos:

girassol

madressilva

mandachuva

paraquedas

paraquedista

pontapé

12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou

combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na

linha seguinte. Exemplos:

Na cidade, conta-

-se que ele foi viajar.

O diretor recebeu os ex-

-alunos.

Resumo

Emprego do hífen com prefixos

Regra básica

Sempre se usa o hífen diante de h:

anti-higiênico, super-homem.

Outros casos

Page 38: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

38

1. Prefixo terminado em vogal:

• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.

• Sem hífen diante de consoante diferente de re s: anteprojeto,

semicírculo.

• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo,

antissocial, ultrassom.

• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

2. Prefixo terminado em consoante:

• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-

bibliotecário.

• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.

• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações

1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada

por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra

e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra

iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo

quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar,

cooperação, cooptar, coocupante etc.

4. Com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante

etc.

5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de

composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,

paraquedas, paraquedista etc.

6. Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se

sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-

casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

Teste seu Conhecimento sobre a Nova Ortografia

1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua portuguesa?

a) 23

b) 26

c) 28

d) 20

e) 21

2. A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como

„assembléia‟, „céu‟ ou „dói‟). Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:

a) Assembléia, dói, céu

b) Assembléia, doi, ceu

c) Assembléia, dói, ceu

d) Assembleia, dói, céu

e) Assembleia, doi, céu

3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com acento circunflexo. Qual delas?

a) Vôo

b) Crêem

c) Enjôo

d) Pôde

e) Lêem

4. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas corretamente:

a) bússola, império, platéia, cajú, Panamá

Page 39: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

39

b) bussola, imperio, plateia, caju, Panama

c) bússola, imperio, plateia, caju, Panamá

d) bússola, império, plateia, caju, Panamá

e) bussola, imperio, plateia, cajú, Panamá

5. De acordo com as novas regras para o hífen, passarão a ser corretas as grafias:

a) Coautor, antissocial e micro-ondas

b) Co-autor, anti-social e micro-ondas

c) Coautor, antissocial e microondas

d) Co-autor, antissocial e micro-ondas

e) Coautor, anti-social e microondas

6. Qual das frases abaixo está redigida de acordo com a nova ortografia?

a) É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado,

ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.

b) É preciso ter auto-estima e autocontrole para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado,

ainda muito polemico e com ajustes a fazer.

c) É preciso ter auto-estima e autocontrole para co-ordenar o projeto de infraestrutura recémaprovado,

ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.

d) É preciso ter auto-estima e auto-controle para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado,

ainda muito polemico e com ajustes a fazer.

e) É preciso ter auto-estima e auto-controle para co-ordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado,

ainda muito polêmico e com ajústes a fazer.

7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa?

a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arquirrival, saúde

b) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequente, arquirrival, saude

c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequente, arquirrival, saúde

d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente, arqui-rival, saúde

e) Pára-choque, ultra-sonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arqui-rival, saúde

Respostas:

1. b

2. d

3. d

4. d

5. a

6. a

7. c

CAPÍTULO 11: CERIMONIAL

MODELO DE CERIMONIAL PARA TCC

Início da Cerimônia

O mestre de cerimônias deve fazer uma pré-

abertura dando os avisos iniciais (MODELO DE

DISCURSO AO LADO – QUADRO 1)

(Manter música ambiente)

QUADRO 1

Senhoras e Senhores, boa noite

Dentro de instantes daremos

inicio a cerimônia de hoje.

Pedimos a colaboração de todos

para que permaneçam em seus

lugares e mantenham os aparelhos

celulares desligados.

Page 40: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

40

Apresentação do evento (MODELO DE

DISCURSO AO LADO –QUADRO 2)

Composição da mesa – Discurso Padrão

Diretor: Sr._______________________________

Coordenador (a) do Curso: Sr (a)_______________

Orientador (a):______________________

Examinador(a):________________________

IMPORTANTE: Quando o Diretor não estiver

presente, ele pode ser representado por uma outra

autoridade. Esta deve ser chamada pelo cargo, nome,

e indicação de representação de acordo com o

modelo abaixo:

Modelo: Convidamos para compor a mesa a Diretora

de Serviços, Sra. Sônia Gonelli, representando o

Diretor desta Unidade.

O mestre de cerimônias se pronuncia após a composição da mesa:

Execução do Hino Nacional (

Pronunciamentos - O mestre de cerimônias

convida o Diretor da Unidade ou seu representante

oficial para fazer a Abertura da Cerimônia

(Conforme discurso Quadro 3).

IMPORTANTE: normalmente, a autoridade mais

importante faz seu pronunciamento no encerramento

de evento. No entanto, nesta instituição, o diretor da

unidade ou o seu representante é quem fará o

pronunciamento inicial.

IMPORTANTE: LIMITAR O TEMPO DE

PRONUNCIAMENTO PARA 5 MIN.

QUADRO 2

É uma grande satisfação poder

contar com sua presença nesta

cerimônia de apresentação dos

Trabalhos de Conclusão de Curso,

dos alunos do terceiro módulo do

curso técnico em ..................., da

Etec Fernando Prestes.

O trabalho de conclusão de curso

tem por objetivo consolidar a

formação do aluno por meio do

desenvolvimento de uma pesquisa

científica, com temas

relacionados às competências

profissionais.

Na noite de hoje serão

apresentados os trabalhos

_________ e __________.

Convidamos para compor a mesa de trabalhos a ........

Coordenadora do Curso Técnico em Secretariado ,

Profª Sueli Maria..........

As Orientadoras professoras Daniele .............

Selma ................

Os Examinadores Professoras Ana Paula

Karina

Professor Antonio Marcos Fiel

(seguir a ordem acima de acordo com os presentes)

Pedimos a todos que fiquem em pé para a execução do

Hino Nacional Brasileiro.

QUADRO 3

Convidamos ao palco para

proferir seu pronunciamento o Sr.

Diretor prof _____________ ou o

Sr. Prof __________ em nome

_________________

Page 41: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

41

Agradecimentos: O mestre de cerimônias faz

os agradecimentos, conforme a ordem de

precedência:

IMPORTANTE: as pessoas que recebem os agradecimentos são aquelas que estão

presentes, ocupam cargos importantes dentro da instituição, e convidados, que não

compõem a mesa.

MODELO:

Agradecemos a presença e participação nesta cerimônia

Da Diretora de serviços, Senhora Sonia Gonelli

Do Coordenador Pedagógico, Prof. Francisco.....

Das professoras Lúcia Martins e Maria da Glória Souza e a todos os demais professores

aqui presentes.

Dos pais e familiares

Dos colegas de curso técnico em ..................... das Etecs de Sorocaba e Votorantim.

(seguir a ordem acima de acordo com os presentes)

Início da apresentação dos trabalhos – O mestre de cerimônias convida os alunos

conforme discurso abaixo:

Convidamos ao palco para apresentação do trabalho ____(NOME DO

TRABALHO)____, os alunos

_______,_________,______________,_______________,______________.

Ao final de cada trabalho, o mestre de cerimônias dará continuidade aos

trabalhos:

Dando continuidade aos trabalhos desta noite , convidamos ao palco as alunas

_________________,____________,__________________,_________ para a

apresentação do trabalho _______________________________.

Agradecimentos Gerais: O mestre de cerimônias chama um aluno, ou ele mesmo

o faz – Agradecimento aos professores, coordenadores, funcionários, amigos,

familiares, de maneira respeitosa e geral.

OBS: esse agradecimento pode ser feito em forma de discurso falado, áudio-visual

(Power point), ou entrega de lembranças.

Caso aconteça a entrega de lembranças, o seguinte texto pode ser utilizado pelo mestre

de cerimônia:

Na seqüência, as alunas farão a entrega de uma lembrança aos componentes da mesa.

Convido a Aluna ______ para fazer a entrega da lembrança à ____________

Page 42: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

42

Encerramento: O mestre de cerimônias convida o Coordenador do curso ou um

professor representante para fazer o encerramento do evento, conforme o discurso

abaixo:

Para encerrar os trabalhos desta noite, convidamos ao palco o Coordenador do Curso

Prof________ ou o Sr. Prof_______ em nome do Coordenador do Curso.

OBS: Quando acontecer apresentações de TCCs subsequentes ou for servido um

coquetel, o mestre de cerimônias deve pedir atenção de todos e passar as orientações

finais, conforme modelo de discurso abaixo:

Um momento por favor,

Lembramos que na próxima quinta feira, no mesmo horário e local, os demais

concluintes do técnico em secretariado apresentarão seus trabalhos, convidamos a todos

a prestigiar o evento.

Mais uma vez, agradecemos a atenção e desejamos a todos uma boa noite.

IMPORTANTE CONSIDERAR:

Lembranças e agradecimentos áudiovisual: são opcionais, ficam a critério da

concordância entre alunos e professor orientador;

DICAS GERAIS E DE ORNAMENTAÇÃO

1. BANDEIRA: ordem: quando temos as 4 bandeiras, a ordem será a seguinte:

Sendo que o

responsável pela ornamentação não deve se esquecer de observar o seguinte critério:

“direita e esquerda de um dispositivo é a direita e a esquerda de uma pessoa colocada de

costas para o prédio, ou palco, onde estão as bandeiras, e de frente para rua, platéia ou

público”

2. MESA CENTRAL: deve ser composta pelo número necessário de cadeiras,

acomodando todos os membros da mesa.

A toalha deve cobrir os pés da mesa, ao menos nas partes da frente e laterais

(preferencialmente branca);

Sobre a mesa deve ter água em embalagens descartáveis (preferencialmente tipo

copo), caneta ou lápis, folha ou bloco para anotação, e os trabalhos

BANDEIRA ETEC

Page 43: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

43

encadernados para avaliação. Opcionalmente dispor um arranjo com flores

“baixo”.

3.Tribuna: ornamentar com arranjo de flores e cobrir com tecido (opcional).

4. Recepção Externa: na entrada do local do evento, deve haver uma mesa com toalha

(preferencialmente branca), arranjo de flor (opcional), livro para assinatura de presença

dos convidados e caneta (lembrar de pegar lista de alunos das turmas convidadas).

5. Convite: a arte é opcional, o tamanho padrão 21X15 cm, e o texto abaixo é uma

sugestão, lembrando que contempla as informações necessárias, ou seja, Convite, nome

do evento, data, horário, local.

CONVITE

Os alunos concluintes do Curso Técnico em ________________

__________, __________, ___________,

convidam para a apresentação do trabalho de conclusão

conclusão de curso:____________________________,

a realizar-se às dezenove horas e trinta minutos do dia vinte e ______ de

junho de dois mil e dez, no anfiteatro da ETEC Fernando Prestes.

6. Teste de equipamentos: os equipamentos, tais como microfones, som, datashow,

entre outros, devem ser testados 1 hora antes da apresentação para evitar situações

constrangedoras.

CAPÍTULO 12:

MANUAL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO1

1 Baseado nas orientações elaboradas pela Profª Responsável por Projetos Ivone Marchi Lainetti Ramos

(CETEC) e do material organizado pelos professores Divanil Antunes Urbano, André Caciatore e Valencia F. S. Savioli

Page 44: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

44

Introdução

O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC é requisito essencial e obrigatório

para obtenção do diploma de técnico. Trata-se de umaatividade escolar de

sistematização do conhecimento sobre um objeto de estudo pertinente à área de

formação profissional. O propósito deste manual é apresentar subsídios para elaboração

do TCC, de maneira a favorecer o desenvolvimento de competências específicas,

visando à formação de profissionais capazes de buscar, compreender e aplicar o

conhecimento científico. O processo de elaboração do TCC tem início no 2º Módulo,

devendo ser concluído no final do 3º Módulo. A critério de cada Habilitação

Profissional, o TCC poderá ser elaborado de forma individual ou em equipe.

1. ESCOLHA DO TEMA

O aluno deverá definir o tema de seu trabalho levando em consideração os seguintes

aspectos:

A. Tendências, preferências pessoais e profissionais. O trabalho a ser

desenvolvido deverá permitir o alcance do objetivo curricular e o aprimoramento

da formação profissional, fomentando a qualificação do aluno para o mundo do

trabalho. O entusiasmo, a dedicação, o empenho, a perseverança e a decisão para

superar obstáculos dependem, naturalmente, do ajustamento do perfil do

pesquisador ao tema escolhido. A observância deste aspecto impulsionará

sobremaneira o desenvolvimento do trabalho.

B. Aptidão: não basta gostar do tema, é preciso ter aptidão, ser capaz de

desenvolvê-lo. Aptidão, neste caso, poderá ser entendida como base cultural e

científica adequada (experiência na área de conhecimento, relação direta com o

currículo da habilitação etc.). Temas de caráter filosófico exigem aptidão ou

capacidade para abstração, enquanto que assuntos de caráter científico exigem

correspondentes conhecimentos básicos e específicos.

C. Tempo: na escolha do tema, o tempo deve ser um fator a ser considerado. O

tempo disponível para realização do trabalho deve ser compatível com o nível de

dificuldade (complexidade) do tema selecionado.

D. Recursos: o fator econômico deve ser ponderado, uma vez que o

desenvolvimento de determinadas pesquisas exige a realização de viagens e/ou a

aquisição de alguns materiais/equipamentos. O aluno deverá analisar a facilidade

de acesso às fontes de pesquisa e a existência ou não de material bibliográfico

disponível e atual.

Page 45: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

45

E. Relevância: o tema deve ser escolhido de maneira que o estudo realizado possa

trazer uma contribuição efetiva na solução de algum problema. Deverá

contemplar certo grau de inovação seja na abordagem, seja no produto final.

2. AVALIAÇÃO

A avaliação do TCC compreende:

I. avaliação contínua do processo de elaboração do TCC pelo Professor Responsável do

Componente Curricular;

II. avaliação do trabalho pelos docentes da Habilitação Profissional, dentro do que

âmbito de cada componente curricular;

III. apreciação dos trabalhos pela para a Banca de Validação.

A avaliação do TCC envolverá apreciação do trabalho escrito e da apresentação oral.

Page 46: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

46

I. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

1. Capa

2. Folha de Rosto

3. Página de Avaliação

4. Dedicatórias e Agradecimentos (0pcionais)

5. Sumário: indicação dos assuntos (títulos das partes, capítulos e seções do trabalho) e

respectivas páginas, que tem como propósito facilitar a localização dos conteúdosd e

interesse do leitor.

6. Lista de Tabelas e Figuras

7. Resumo: em um parágrafo com até 250 palavras, constituído por uma breve narrativa

sobre o conteúdo do trabalho.

II. ELEMENTOS TEXTUAIS

1. Introdução

Fazem parte da Introdução os seguintes itens:

a) Tema

b) Delimitação do Tema / Assunto – delimitar o tema em termos de profundidade,

extensão, tempo e espaço.

c) Justificativa – motivo(s) da escolha do tema: qual a importância, a relevância e a

pertinência do objeto de estudo.

d) Objetivos – o que se pretende alcançar com o desenvolvimento do trabalho, quais os

resultados previsíveis.

e) Hipótese(s) – suposições a serem confrontadas no final do trabalho.

f) Referencial teórico – trata-se da indicação do “estado da arte”, o conhecimento

atualizado, em termos teóricos do tema e do assunto tratados.

g) Metodologia – relato de quais caminhos, em termos de pesquisa e experimentos,

foram percorridos para o alcance dos

objetivos estabelecidos. Fluxograma e cronograma das atividades.

2. Desenvolvimento – corresponde ao corpo nuclear do trabalho, que tem como

finalidade explicar, discutir e demonstrar . Onde: - Explicar é tornar evidente o que

estava implícito, descrever, classificar e definir. - Discutir é comparar as várias posições

sobre o assunto.

- Demonstrar é aplicar a argumentação apropriada à natureza do trabalho.

Page 47: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

47

Constitui-se por:

a) Análise da idéia principal (decomposição do todo em partes)

b) Enumeração dos pormenores relevantes: discussão dos detalhes e apresentação de

argumentos a favor e contra.

c) Apresentação dos dados da pesquisa: planejamento, tipo, instrumentos utilizados e

seus principais resultados.

d) Técnicas utilizadas para análise da pesquisa e sua justificativa.

e) Discussão e verificação das hipóteses e sua variáveis, apresentadas como suposição

na Introdução, confrontando-as com o problema e suas variáveis.

f) Apresentação dos argumentos que foram construídos e que darão validade aos

resultados esperados.

3. Conclusão - Visa:

a) recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa;

b) consolidar os argumentos construídos;

c) comprovar ou rejeitar a(s) hipótese(s) expostas no

desenvolvimento;

d) recapitular o que foi proposto na Introdução, seguindo, na medida do possível, a

ordem em que foram apresentados.

III. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

1. Apêndices – todo o material pertinente para ilustração e/ ou complementação do

trabalho elaborado pelo autor, tais como: questionários, formulários, tabulação de

dados, gráficos, transcrição de entrevistas etc.).

2. Anexos – todo material pertinente para ilustração e/ou complementação do trabalho

NÃO elaborado pelo autor (Leis, Decretos, cópias de documentos, artigos, ilustrações

etc.).

3. Referência bibliográfica – bibliografia efetivamente utilizada para a produção do

trabalho. A apresentação deve seguir as Normas da ABNT (NBR 6023), conforme

exemplos a seguir:

Page 48: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

48

ABREU, Maria Célia de. MASETTO, Marcos T. O professor universitário em aula:

prática e princípios teóricos. 4ª Ed. São Paulo: MG Ed. Associados, 1985.

BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: Editora SENAC São

Paulo, 1998.

BRASIL. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Lex: Ministério da Educação e Cultura. Disponível em <

http://grad.unifesp.br/alunos/cg/ldb/LDB.pdf>.Acesso em 22/12/06.

DENCKER, Ada de Freitas Manetti. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Turismo.

São Paulo: Futura, 1998.

______. Pesquisa e Interdisciplinaridade no Ensino Superior: uma experiência no

curso de Turismo. São Paulo: Aleph, 2002.

MENDONÇA, Ana Waleska P. C. A universidade no Brasil. Revista Brasileira de

Educação. Rio de Janeiro, p. 131-150, maio/jun/jul/ago/2000. Disponível em

<http://www.anped.org.br/revbraseduc.htm>. Acesso em 26/12/06.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE TURISMO (OMT). Introdução ao Turismo. São

Paulo: Roca, 2001.

NETO, Alexandre Shigunov. MACIEL, Lizete S. B. (orgs). Currículo e formação

profissional nos cursos de turismo. Campinas, SP: Papirus, 2002.

PORTO, Cláudio. RÉGNIER, Karla. O Ensino Superior no Mundo e no Brasil

Condicionantes, Tendências e Cenários para o Horizonte 2003-2025: uma

abordagem exploratória. Dezembro de 2003. Disponível em

<http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/ensinosuperiormundobrasiltendenciascenari

os2003-2025.pdf>. Acesso em 22/12/06.

TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. A sociedade pós-industrial e o profissional em

turismo. Campinas, SP: Papirus, 1998.

Page 49: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

49

Desenvolvimento do trabalho:

Com o projeto aprovado inicia-se o primeiro capítulo do projeto, porém no

momento de montar o texto ou corpo do trabalho, inicia-se como está a seqüência

abaixo. Estas normas devem nortear os trabalhos de conclusão de Curso Técnico em

Agenciamento de Viagens. Os trabalhos acadêmicos devem estar vinculados às linhas

de pesquisa dos cursos.

Os trabalhos devem ser digitados com as fontes 12 em Arial ou Times New

Roman, em espaços 1,5 linha; com recuo de parágrafo de 1 tab (1,5 cm). Com exceção

das citações longas e notas de rodapé que devem ser em espaço simples, fonte 10.

Os títulos, bem como os nomes dos capítulos devem ser digitados em letras

maiúsculas (caixa-alta) em negrito e tamanho 14.

Os capítulos, (se for usada a palavra capítulo), deve ser numerado em algarismos

romanos, ex.: CAPITULO I, caso a palavra seja suprimida coloca-se o nome do

capitulo, ex.: 1. TURISMO DE NEGÓCIOS EM SOROCABA. Os alinhamentos de

títulos ou nome de capítulos podem ser centralizados ou justificados à esquerda, mas

escolhido um padrão, esse deve ser seguido até o final do trabalho.

As citações com até três linhas devem ser inseridas no parágrafo entre aspas.

Ex.: Conforme AZEVEDO (1988, p.16) “O contrato supõe a liberdade. O contrato

respira a liberdade”.

As citações com mais de três linhas devem aparecer em parágrafo distinto, com

recuo de 4 cm da margem esquerda do texto. Deve ser apresentada sem aspas deixando

espaço simples entre as linhas e espaço duplo entre a citação e os parágrafos anteriores

(tamanho de letra 10).

Exemplo:

O Turismo contemporâneo é um grande consumidor da natureza

e sua evolução, nas ultimas décadas, ocorreu como

conseqüência da busca do verde e da fuga dos tumultos dos

grandes conglomerados urbanos pelas pessoas que tentam

recuperar o equilíbrio psicofísico em contato com os ambientes

naturais durante seu tempo de lazer (RUSCHMANN, 1997,

p.13).

A FORMA GRÁFICA DO TEXTO

Configuração de página:

Margens:

Superior: 3,0 cm

Page 50: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

50

Inferior: 2,0 cm

Esquerda: 3 cm

Direita: 2,0 cm

Cabeçalho e Rodapé: 1,25 cm

Papel: A4

Formatação de Fonte:

Fonte: Arial

Estilo da fonte: Regular

Tamanho: 12

Formatação de Parágrafo

Alinhamento: Justificada

Recuo:

direito e esquerdo: 0

especial: primeira linha

Espaçamento:

antes: 6 pts.

depois: 0 pt.

entre linhas: 1,5

Numeração de página:

Posição: Início da página (cabeçalho)

Alinhamento: direita

Citações:

- Transcrição ao pé da letra e entre aspas

- Para indicar omissão de trechos que não são importantes, usam-se reticências no início

e no fim das passagens citadas, e entre parênteses quando o trecho a omitir se encontrar

no meio da passagem citada:

Ex: “... nas casas onde morava aquele pensador, (...) faltavam as condições necessárias

para que realizasse a sua missão...”

-Em caso de síntese das idéias de um autor, deve-se traduzir fielmente o sentido do texto

original. A indicação da fonte vem em seguida a síntese seguida de Cf. (Confira).

Ex: Cf. SILVA, Pedro A. A descoberta científica, p. 15.

- Para citações que ultrapassarem 3 linhas, deve-se coloca-las em parágrafo próprio,

recuada (5 cm) e em tamanho menor (tamanho 10), e sem aspas.

Ex:

Os eventos constituem parte significativa na composição

do produto turístico, atendendo intrinsecamente as

exigências de mercado em matéria de entretenimento,

lazer, conhecimento, descanso e tantas outras motivações.1

Page 51: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

51

- Terminada a citação, coloca-se o número de chamada, indicativo da nota de referência

do rodapé. O número é inserido no final da pontuação da citação e sobrescrito, como no

exemplo acima em que verificamos o número 1 acima da metade da linha.

Notas de Rodapé

As notas de rodapé servem para indicar a fonte de onde é tirada a citação, e inserir

considerações complementares que, por extenso, poderiam atrapalhar o

desenvolvimento do texto, mas que podem serem úteis caso o leitor queira se

aprofundar no assunto.

As notas de citação bibliográfica devem conter:

Nome do autor (Inicia-se com o primeiro nome, seguido do sobrenome)

O título da obra

O número da página

Separando estes três elementos com vírgulas.

A referência bibliográfica de rodapé dispensa informações como cidade, editora e data.

Afinal este tipo de informação estará presente nas referências bibliográficas, no final do

trabalho.

Ex: (checar a nota de rodapé desta página)

... segmentação, que é a técnica estatística que permiti

decompor a população em grupos homogêneos, e também a

política de marketing que divide o mercado em parte

homogêneas, cada uma com seus próprios canais de

distribuição, motivações diferentes e outros fatores.2

Quando várias notas de rodapé se referem a uma mesma obra de um mesmo autor,

variando-se apenas a página, usa-se a expressão latina: ibid.

Ex: (checar a nota de rodapé desta página)

Quando a empresa encontra o nicho certo de seu produto,

pode oferecer proximidade maior com o consumidor, bens

e serviços a preços competitivos, encurtando os canais de

distribuição, além de estabelecer pontos-de-venda mais

adequados e utilizar veículos de publicidade selecionados

exclusivamente para o segmento visado.3

2 Mário BENI, Análise estrutural do turismo, p. 153.

3 Ibid., p. 218.

Page 52: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

52

Quando houver a necessidade de citar outro livro, do mesmo autor, usa-se a expressão

IDEM, para substituir o nome do autor.

Ex:

1 Mário BENI, Análise estrutural do turismo, p. 226.

2 IDEM, Política e planejamento de turismo no Brasil, p. 48.

Referências no Corpo do Texto

Se quiser optar pela não colocação da fonte da citação na nota de rodapé, pode-se inserir

a fonte em seguida ao final da citação, entre parênteses, incluindo o sobrenome do

autor, o ano em que foi publicada a obra, e a página. Os dados completos se encontrarão

nas referências bibliográficas nas páginas finais do trabalho.

Ex:

... segmentação, que é a técnica estatística que permiti

decompor a população em grupos homogêneos, e também a

política de marketing que divide o mercado em parte

homogêneas, cada uma com seus próprios canais de

distribuição, motivações diferentes e outros fatores... (Beni,

2003, p.153)

Referências Bibliográficas

Livros:

Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:

o nome do autor (sobrenome primeiro em letras maiúsculas)

título do livro (todas as palavras escritas em minúsculas, exceto a primeira letra

inicial, e nomes próprio. O título deve vir grafado em negrito)

subtítulo (palavras escritas em letras minúsculas)

edição (indicada a partir da 2ª edição)

local da publicação

editora (elimina-se os elementos jurídicos ou comerciais desnecessários à sua

identificação)

data

Os elementos são separados por pontuações, tais como: vírgula, ponto final e dois

pontos.

Ex:

Page 53: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

53

PELLIZER, Hilário Ângelo. Turismo de negócios: qualidade na gestão de viagens

empresariais. São Paulo: Thomson Learning, 2005.

- 2 ou 3 autores: separam-se os nomes com ponto e vírgula.

PETROCCHI, Mario; BONA, André. Agências de turismo: planejamento e gestão.

São Paulo: Futura, 2003.

- mais de 3 autores: insere-se apenas o primeiro autor e em seguida a expressão “et al.”

para designar os demais.

ANDRADE, Nelson et al. Hotel: planejamento e projeto. 8. ed. São Paulo: Senac São

Paulo, 2005.

- obras coletivas, com vários atores, organizadas por um deles: insere-se o nome do

organizador seguido pela indicação (Org.).

BRAGA, Débora Cordeiro (Org). Agências de viagens e turismo: práticas de mercado.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

Revistas:

Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:

o nome do autor (sobrenome primeiro em letras maiúsculas)

título do artigo (todas as palavras escritas em minúsculas, exceto a primeira letra

inicial, e nomes próprio)

título da revista (em negrito)

local da publicação

volume ou tomo

fascículo

páginas inclusivas

data

Ex:

FERRAZ JR, Tércio Sampaio. Curva de demanda, tautologia e lógica da ciência.

Ciências Econômicas e Sociais, Osasco, v.6, n. 1, p/ 97-105, jan. 1971.

HARADA, Ligia. Turismo de incentivo. Eventos, São Paulo, n. 44, p. 58-62, 2006.

Jornal:

Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:

nome do autor

título do artigo

título do jornal (em negrito)

Page 54: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

54

cidade

data completa

número ou título do caderno

indicação da página e eventualmente da coluna

- artigo assinado

PINTO, J. N. Programa explora tema raro na TV. O Estado de São Paulo, 8.2.1975, p.

7, c.2.

- artigo não assinado

ECONOMISTA recomenda investimento no ensino. O Estado de São Paulo, 24.5.977,

p. 21, 4-5 col.

Internet:

Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:

nome do autor

título do artigo

endereço da localização na rede (em itálico)

data de acesso

LEME, Francisco da Silva. Quando e como uma empresa deve elaborar uma política de

viagens. http://www.revistaturismo.com.br/artigos/polviagens.html. Acesso em 21 dez

2008.

Page 55: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

55

Modelo de capa:

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA (14)

ETEC FERNANDO PRESTES (14)

CURSO TÉCNICO EM ....................................... (14)

TITULO DO TRABALHO (16)

SOROCABA - SP(14)

2010

Page 56: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

56

Modelo de Folha de rosto:

NOME DO (S) ALUNO (S)

TITULO DO TRABALHO (16)

Nome do orientador (12)

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado como

exigência parcial para obtenção do certificado de Técnico em

.......................... pela Escola Técnica Estadual Fernando Prestes,

em Sorocaba/SP. (recuo de parágrafo de 6 cm, espaçamento 1,5

linha, sem negrito)

SOROCABA - SP(14)

2010

Page 57: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

57

Modelo de folha de aprovação

TITULO DO TRABALHO (16)

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC Aprovado como

requisito parcial para obtenção do certificado de Técnico em

.............................. pela Escola Técnica Estadual Fernando

Prestes, em Sorocaba/SP. (recuo de parágrafo de 6 cm,

espaçamento 1,5 linha, sem negrito, fonte 12)

Nome dos componentes da banca: (12)

Ex.: Monteiro Lobato

Coord. do Curso Técnico em...................

Guimarães Rosa

Professor especialista na área ................

SORCABA - SP (14)

2010

Modelo de Dedicatória

Dedico este trabalho a todos os educadores que lutam todos os dias e nunca

desistem de ensinar e a todos os profissionais de turismo que continuam divulgando o

magnífico patrimônio cultural brasileiro.

Page 58: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

58

Modelo de Agradecimento

AGRADECIMENTOS (14)

Aos professores e alunos que sempre procuraram me motivar a continuar. (12)

Modelo de epígrafe que é opcional em TCCs, que pode ser um poema ou um

pensamento relacionado ao tema , a estética fica por conta do grupo.

“...ninguém educa ninguém e

ninguém se educa sozinho. Os

homens se educam em comunhão”.

Paulo Freire

Page 59: ETEC FERNANDO PRESTES dois:O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um

59

SUMÁRIO (14)

INTRODUÇÃO.......................................................................................... 08

1. A COZINHA RURAL PAULISTA....................................................... 12

1.1. Modos de Preparação.......................................................... 16

2. VIDA CAIPIRA...................................................................................... 32

CONSIDERAÇOES FINAIS..................................................................... 50

REFERÊNCIAS....................................................................................... 60

ANEXOS................................................................................................... 63

(TAMANHO 12 NO CORPO DO SUMÁRIO)

A NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS COMEÇA PARTIR DA FOLHA DE

ROSTO, PORÉM SÓ APARECERÁ, NO TRABALHO, NO CANTO SUPERIOR

DIREITO, A PARTIR DA INTRODUÇÃO.